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ANNO XVIII jtâP^&***&Qi~mtmmi__tâir\j» RIO DE JANEIRO, 27 DE FEVEREIRO DE 1915 NUM.1636 'ir "" WWWK»TBW "!'"-'-' "—'¦" ' RIO^NU 'O SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLUSTRADO ^=f r*VUH_EWO AVULSO - ao© réis^k ^^í'-"_f 1 _*. _ lUL "vT^k- Redacção, escriptoriô e officinas ¦•* Rua do Hospicio N. 218 ... Telephone N. 3515 Vês, Annita? Como vai pelo braço do «marido», fingiu que não nos conheceu. não se lembra de que, como nós, pertence ao bloco do «Faz tudo. . . » ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias-

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ANNO XVIII

jtâP^&***&Qi~mtmmi__tâir\j»

RIO DE JANEIRO, 27 DE FEVEREIRO DE 1915 NUM.1636

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RIO^NU'O

SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLUSTRADO ^=fr*VUH_EWO AVULSO - ao© réis ^k

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1 _*.

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lUL"vT^k-

Redacção, escriptoriô e officinas ¦•* Rua do Hospicio N. 218 ... Telephone N. 3515

— Vês, Annita? Como vai pelo braço do «marido», fingiu que não nos conheceu. Já não selembra de que, como nós, pertence ao bloco do «Faz tudo. . . »

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias-

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2 =EK] (-) O RIO NU (-) 27 de Fevereiro de 1915

lESlPElDniERiriE¦ ' T uo d

4» KIO l\liJ

DFUNDADO EM 1S9S

ASSIGNATURASAnno . . . 12*000 | Semestre. . 7*000

Exterior: Anno 20Í0OONumero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

!__Si_____!

Toda a correspondência, seja deque espécie fôr, deve Berdlrlgldaaogerente desta folha.

S_3_a_3_SIS_^S!__3S-S__3S

Umm casM mm-nnras©

>0IS, aqui lhes trago um casal fe--. < JX. liz. Nunca houve entre estes«iSBSr* meus heróes a menor queixa de

mm®wWSi, parte a parte.Até hoje ainda ella não provou das

mãos do marido nenhum marital estalo (nemelle ainda achou na sua metade uma razãobastante para lh'o pregar) nem tão pouco ellaainda poude apertar seu marido num belis-cão por alguma beliscadura que elle desseno matrimônio.

Ora, pois, sendo assim, meus senhores,tenho o prazer mais do que todos inauditode lhes apresentar o Sr. Januário Pantagrue-lico e a Sra. Conegundes idem, que é comoquem diz Pantagruelica também.

Estes doisanimaesinhos, pela sua mutuafidelidade, são dignos de figurar como rari-dade em um museu.. ,e eu ainda hei de pen-sar nisto.

E já que os puz em contado com estasduas preciosidades, deixem-me contar-lhes aunica nuvem que por momentos ia toldandoaquelle céo sincero, mas que por isso mes-mo, attenta toda aquella sinceridade, termi-nou em um sorriso...

O meu amigo Januário, que alguma coisasentira enfraquecer em si, fez um dia grandeprovisão de um elixir que em poucos dias opoz como Sansão, e, dali, lá foi para a fren-te rijo como as armas e forte para o amor,que era mesmo um estarrecimento.

Começou a sonhar, sonhar muito, sonharcoisas lindas; mas como era lavrador-é ver-dade, esquecia dizer, lavrador em S. Joãode Passa Quatro — resumiam-se os sonhos acoisas agrícolas e holticulferas, mais ou me-nos.

E um dia, ou antes, uma noite, agarradoá mulhersinlia do seu coração, o meu amigolavrava cantarolando, uma grande porção deterreno. De repente, os bois empacam I Janu-ario grita, levanla o arado, afim de ver si es-tava seguro em alguma pedra: os bois, alli vi-ados, puxam desafogadamente e Januário denovo mette o arado. E quando na sua ale-gria assim tratava da sua vida em sonhos,graças ao elixir, um grito horrivel o desper-tou!

Era a sua mulher, que olhava para ellede uma maneira como nunca olhara em oc-casião alguma.

Januário, arrancado ás delicias do seusonho, fez á mulher a primeira carranca queella lhe viu, e gritou:Arre ! Arre 1 Que diabo te fizeram?não se pôde sonhar descansado ?

Pois sim, mas...que sonhavas tu?—perguntou Conegundes, ainda offegante.

Ora! Lavrava alegremente.. .Lavravaha mais de meia hora...

—E', mas eu é que sentia as conseqiien-ei as.

Tu? Que diabo linhas tu com o meuarado c com o meu sonho ? I...

Tinha que eu gritei, porque tu, de re-pente, parece que enterraste o arado comtanta força, que ias atravessando a terra deum lado ao outro.

Januário comprehcndeu. Teve então aquel-le sorriso de que já lhes falei, affagou a mu-Iherzinha.. .e continuou a dormir serena-mente.

Um casal feliz, meus senhores 1DIABO OL1CO

«Uma moça delicada, que ga-nha pouco no trabalho honestoserá auxiliada com pequena pen-sâo ou aposento por joven deeducação; trata-se de negocioabsolutamente sério.»

(Do Popularissimo.)Requer moça que além de delicadaPor cima ganha (sic) pouco no trabalho...Ella entra co'o cacophaton na alhada

E elle com o... caracter...SUR1CO.

•~:X'.füXk,x*^4cH -=

— Que pena elle estar fraquinho do pei-to... Estas leituras quentes põem-me fogonas veias. Felizmente cite está tomando oPeitoral de Angico Pelotense e ficará bomdepressa...

Bibliotheca do "Rio Nu"As pessoas «Io interior que nos íi-zerem pedido, dc 11111:1 só vez. detodos os livros qui» compilem a líi-hliothcca do BEIO XI'. <josar;lo dcami nliatimeuto qne 11:1o pódc serleito n:is ciicnmiiiciidns parcclla-d:is, Até ii presente data. a lEililio-tlicca consta de 3(i volumes. quevendidos um a um ficam para osleitores do interior, numa despeza

ln.nl ¦!.- * 4$ SOO.Ocsde. porem, que o pedido altranjaTODOS os livros ila OEibliotlicca. p<>-demos enviai" os 20 VOB.UMRS pela

importância dc

18S000sem outras despeza*. Aquelles que.se ifiiizcri-Hi aproveitar dessa vau-laç|cm laçam suas cucomiiiciidns.acompanhadas da respectiva im-

portanria. a

ALFREDO VELLOSOISii» «lo Hospicio - .818

¦cio _t_. .1,1x1:11.»

De lingua..."Um allemão procura pes-soa distineta para trocar idioma."

(Do Popularissimo.)Portiiguezniente falando,Este allemão andaá minguaE quer, pois, o miserando

Cair de lingua.EUCASOLIVRI.

LIÇÃO ÚTIL

Zé Carrilho, fazendeiro,Disse comsigo : «Pistolas !Vou ao Rio de Janeiro,Folgar um pouco ! Ora bolas I

Já me enfastia esta vida,Cá 110 fundo do sertão;Quero folgar, divertir-me,Tomar de gozo um fartão !...»

— Tal idéa, sem tardança,Tornou elle em realidadeE dentro de poucas horas,Estava nesta cidade...

A' procura de um compadre,Por muitas horas andou;Inda, porém, teve sorte,Pois, afinal, o encontrou.

Em casa deste hospedou-seMesmo porque (que fazer? !)Tanto insistira a comadreQue o poude emfim convencer.

Um quarto correcto, chie,Foi-lhe logo destinadoE numa caminha fofaDormiu elle repimpado...

A comadre, que é damnadaPela plantação do milho,Sua horta, no outro diaQuiz mostrar ao Zé Carrilho...

Viu-a este, com cuidadoE depois disse: «Ouve cá:Mêcê, comadre, franqueza,Não sabe o mio prantá I...

Eu pranto d'o„tro systemaE tenho mio na horta;Sabe como? Enterro a espiga,Conservando os grão de fora !..

PEQ.

Está á venda—A PULGA— Grande sue-cesso da nossa esplendida collecção.

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=!sSl 27 de Fevereiro de 1915 ESI °_E (-) O RIO NU (-)

CD

.«auáS®®^.

Está mais do que verificada a urucubacada companhia do Republica.O publico agora não vai lá nem com

peças novas.A revuctte de Carlos Leal e Avelino deSouza No Paiz do Sol, que, aliás, somosobrigados a confessar ser boazinha, na sua

premiére foi representada para meia dúzia deespectadores.E assim tem sido todas as noites.sar A caixa do S. José está transformada

em Casa de Orates. Ali tudo manda e tudofaz o que quer.ira- Na carta que escreveu ao Correioqueixando-se de que a Empresa do Republicatenta prejudicar os seus interesses, com a re-tirada de scena da revuctte No Paiz do Sol,o Carlos Leal descobriu que o mez de Fe-vereiro tem trinta dias, pois diz que a re-vista de Gastão Bousquet nem a 30 destemez estará em condições de subir á scena.

E' uni talento este Carlos Leal!.**" Desde que a Emnia de Souza veiu dePortugal, o Moraes inchou e passou a tratarcom desprezo todos os seus camaradas eamigos.

E' que elle preza mais a sua própriaavaccalhação...tir Zangou-se comnosco a Maria Amélia

Reis porque não dissemos no passado nu-mero as fantasias com que ella saiu nos tresdias de Carnaval.

Mas ainda estamos a tempo. Dizemol-oagora:

No primeiro dia a actriz fantasiou-se de«Invejosa», no segundo de «Invertida» e noterceiro de «Sem graça».

Está satisfeita ?B& A' porta do Republica :«Porque é que o Paulo, fiscal, tem

aquelle ar tão ridículo ?»«Porque á força de querer se fazer bo-

nito, para ver si delle se agrada alguma co-rista, fica mais feio do que o próprio DudúUrucubaca.»

i®" A Auricelia Castro, do S. José, éuma rapariga muito bonita (vista de longe)mas tem o máo gosto de gostar de homensfeios.

Pois não é que a moça se agradou doCampos, que é horrendo e tem voz de mu-lher enluarada!...

"S" A bofetada que a estrellinha Sarah,do S. Pedro, deu no pseudo-tenor Alacid,seu noivo, deixou o rapaz tão avaccalhado,que o obrigou a desmanchar o casamento ea despedir-se da empresa.

Mas...Ora, adeus ! Fitas...s®" Está praticando para escriptora thea-

trai a Chica Brazão, do Apollo,O Castro é que é o mestre.>& Que tal se tem dado o Carvalhinho

do S. José com a Maria Castro?Bem, pois não ?Estimamos.&r Houve ha dias, no Teixeira, por

questões de ciúmes, um grande escândaloentre o Arthur de Oliveira e a corista Lydiado Republica.

Em meio da discussão o Arthur cuspiuna cara da rapariga, mas em compensaçãolevou uma roda de cafeteiro, que o obrigou acórar diante da gente toda que enchia o Café.

Agora, anda, Arthur!Volta a metter-te com ella !

^^wa«-9®@@--Bi>a-_á^

MARCA REGISTRADA *^¦>,,- 1

Um homem bem trajado, vestido á moda ecom elegância, embora não tenha merecimentoalgum, é sempre bem recebido em toda parte.

Por conseguinte, quem tiver a preciosa idéade escolher os seus fatos no famoso 34 da ruada Carioca, a nunca assás decantada Alfaia-taria Guanabara, pôde ficar certo de quevencerá em toda a linha. E' somente naquelleestabelecimento que uni homem de bom gostoe amigo da economia pôde, de um momentopara outro, transformar-se no mais perfeitodandy parisiense.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedi-dos do interior, dando-se agencia.

ias" No S. José estão muito descontenteso Raul e o Tavares, por causa da ligação daAuricelia com o Campos.

Nem é para menos ! Tendo a mulher sidodelles...

SS- Peigiin'a-nos o Júlio do Café, por in-termedio da Violeta, do S. Pedro, si lhe po-demos informai quem foi que lhe roubou ocoração da mulher que elle adora.

Pois não !O ladrão dá pelo nome de Fernando e

mora...Ah ! onde mora não dizemos, porque

não nos foi perguntado.**" Passou a fazer parte da officialidadeda armada a corista Nenem do Firmino.

A moça agora está bem.*B" Chovem na nossa meza de redacção

as reclamações dos hospedes do Hotel Na-cional contra a corista Piedade de Jesus, oumelhor, Piedade Ai, mô filho! do Republica,por continuar a mulher a fazer muito barulhoquando todas as noites no seu quarto é ele-ctrisada pelo electticista daquelle theatro ouacariciada pelo Candinho, que agora tambemdeu para isso.

Realmente, uma coisa assim não é tole-ravel 1 Taes scenas fazem crescer agua naboca, porque os hospedes não são dé ferroe... ainda si a corista os quizesse consolara todos...

t®* Consta que a empreza do Republicavai fazer grande reducção nos preços das lo-calidades do seu theatro, afim de ver si con-segue levar publico aquella casa de diversões.

iW Não se realisou ainda o projectadoduello entre o pseudo-tenor Alacid e o Cam-pos, do S. Pedro, por causa da estrellinhaSarah.

E disse-nos a Carlota Urucubaca que jáagora elle não se realisará, porque o pseudo-tenor tem medo do Campos.

w Está de mal com o portuguez gordoa ex-virgolina Cecília, do S. Pedro.

As festinhas da moça são dadas agora aum mocinho imberbe que parece não tergeito ainda para o amor.

it^Já estão limpos os sapatos brancosda Isabel Ferreira, do S. José.

Ao aue dizem, elles foram secretariados.*8" Com que então o Pinto Filho, do

Apollo, não faz nada sem primeiro combinarcom o Zé Loureiro por telegramma?

O' coisa ! sempre estás com uma vai-dade !...

<W No Republica, ao que parece, ha umapredilecção pelas peças que mettem burrosem scena.

No Pão Nosso havia um, e agora lá estáo burro Ato Pdi> do Sol!

E' burro p'ra... burro !...w A Cecília do S. Pedro fez-se amiga

da Nenem officiala.Quem sabe si nessa amigação não haverá

nada de novo ?<w O motivo por que o Salles Ribeiro se

caracterisou com aquella perinha no papel deEstudante da revuctte No Paiz do Sol é paraque o espectador não possa ver a boca torta

que o fresquinho actor faz quando cantaagudo.

O menino é bonito, mas ainda quer passarpor mais bonito.

szr Está á venda na portaria do Re-publica o nariz com que a Emma de Oliveirarepresentou os seus papeis no «O 31», nosdias de Carnaval.

Para tratar com os dois Moraes, de pre-ferencia á noite.&r Esteve em nossa redacção o Sr. JaymeBento, digníssimo secretario da companhia

do «Cyclo theatral>, que ora trabalha no Re-publica, o qual, depois de agradável palestrasobre vários assumptos, nos manifestou cia-ramente o seu desgosto pela indifferença queo publico do Rio vota á sua companhia.

Diz elle que, si fosse possivel, arranjariaa que a empresa rescindisse hoje mesmo docontrato, só para que elle, Jayme, não tenhamais o desgosto de trabalhar em companhiado Carlos Leal.

Na opinião do illustre secretario o Car-los Leal nunca foi actor, nem autor, nem...coisa alguma, sendo ao contrario, o moveida urucubaca que affecta o theatro Republica.

JOÃO RATÃO.

Au Bijou de Ia Mode Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e estrangeiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

PffS©FBSS,PS©"Uma senhora viuva, portu-

gueza, de 39 annos de idade,educada, vivendo de sua profis-são, deseja encontrar um cava-lheiro solteiro ou viuvo que aproteja ou viverem como casa-dos."

(Do Jornal do Commercio.)Pelas phrases da viuva portuguezaQue quer, sem cerimonia, a protecção,Calculo que ella tenha, com certeza,

Fresca profissão...BARRIGUINHA DE MACACO.

IflíisííM» JaponezPara perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

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4 ==ES H ° R'0 nu (-> g*§ 27 de Fevereiro de 1915

wm 1 Kira&aru

c_A elegante, sympathica e perfumada ma-

detnoiselle Cêcê cada vez fica mais apaixo-nada pelo «portuense» C.

Terá a morena, apesar de virgolina,desejos ardentes de experimentar o saborda... correia?

O mais triste, mademoiselle, é que o «ho-mem» não deixa aquella «paixonite» pela«amarradinha»... da rua Castro Alves e pa-rece não ligar aos encantos naturaes de ma-detnoiselle qua sabemos chie a valer I

E' que aquelle amor tem o doce sabordo frueto... prohibido ! !

—t O menino prodígio dos «getulicas pia-gás,» apesar de só possuir dezenove ridentesprimaveras, (completas a 27 de Janeiro de1915), tornou-se campeão dos «conquista-dores suburbanos.»

Não lhe corresse nas veias o puro sangueardente do Antonico!

Aquelle «zinho» só não consegue levarvantagens em cima de alguém do sexo ga-lante quando não quer. Para corroborar anossa affirmativa ahi está o rosário immensode Dódócas, Carmens, Mariettas, Lauras,Juliettas, etc. etc, que elle possúelMesmo defronte á sa maison elle con-seguiu, (effeitos das festas carnavalescas),fazer uma «amulatada creatura» ficar de...zé pereira !

O Monteirinho só respeita a virgolinidadedo...! Podemos dizer, ó João ?>& O «estradeiro» Othon raspou nova-mente o bigode.

Incommodaria o seu'.'b,ello moustache aalguma das suas «deusap» ou alguma «me-nina» pensaria ser o jíiesmo, como o dono,de... madeira? S :¦'.(

ss- Que razão teráT, «amadora-OAfera» doDemocrata-Club, qüè'pertence á raça dos«cotias,» de envolver-se com a vida privadade quem não lhe dá a menor importância?Olhe, menina, seria melhor ter a lingua

mais curta um pouquinho, porque si ellanão lhe cabe na boca, o melhor que tem afazer é enfial-a no c.ollarinlio do... Edgard !cesr O doutor D. B. aguou-se um pouquitono «baile de posse» e deu para abraçar nobotequim do Candinho a «esposa» do «Dr.do Dote»!

Seria por isto que ella enthusiastnadadizia:Amor com amor dá.. .rio e é por esta razãoque eu trato como ás pedras, isto é, brito!!!t^r O «prefeitural» Costa tanto envolveu-se com o pessoal do ether que acabou sendo«cadáver» tambem ! O que vale é ser só em28 fachos, não é, ó Costa ?

_ t- O «pessoal democrata» estranhounão ter o «coronel» do retrato a crayon res-pondido ao discurso de offerta feito em scenaaberta pelo sub-director de diversões.

A razão é simples: o homem é modestoá valer !—CO Alcides vendo o «Henrique Cobra-dor» almoçando ficou branco como cera !E' que elle teve a mesma impressão do

Joca da Lua ao ver um cadáver boiando !sa- Affirmaram-nos que a interessante Z.M. continua a ser a primeira dama peladinliado Mundo I

Ea primeira «águia suburbana» tambem!i®" Daremos um doce á quem nos respon-der qual a «casadinha» de Barão de Bom Re-

tiro, (zona Engenho Novo), que freqüenta os«paladinos bailes» levando na undia i> esposo.

Entre «elle» e «ella» não ha differença.Ambos são dois A. A.! I

¦w Ainda hoje não podemos desvendar o«mysterio» da «casa assombrada» do Barãode Bom Retiro.

Faliam-nos alguns dados sobre a maiordas «piratarias» que ali tem se passado.Podemos affirmar, por agora, que nellaacham-se envolvidos os seguintes persona-gens: M. M.; O. M.; Z. M.; A. M.; (esta é afamilia pirata); M. S. (este é o purinlio quefaz o pereira); um «figaro» conquistador eum presidente esbrógue e mettido a sebo.

Nós só esperámos que se realize o «cas-tigo» para cair em cima de tres «águias» cdo puritano e ajrescalhado M. S. como ai-guem tem em mira fazer, para depois collo-carmos os pontos nos i i I

Por ora o «troço» continuará nas dobrastenebrosas do mysterio I

—' Por onde andarão os piratas engenhodentrenses Mocinho, Samuel, Mario Haller,Filardi, Fernando, Octavio pioneiro, Medeirose Horacio e as «vivandeiras» Luzia do 83,Maria Cuspideira e a esguia telephonista darua Pernambuco?

Teria o Engenho de Dentro perdido osforos de «Reino dos Piratas»?

PIRATA MÓR.

Licor TibainaO melhor purifica*

— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua \° de Março, 14

Em casa. O marido á mulher:Sempre que vais ao dentista voltas

com a saia toda amarrotada...A mulher:

E' a cadeira delle, que não dá com-modo. Agora, si elle quizer que eu volte lá,ha de comprar um divan.

COLLECÇÃO DE FOGOConsta esta primorosa collecção de cin-co álbuns de vistas, contendophotographias tiradas do natural e porisso mesmo expressivas, instruetivase... aperitivas.A collecção completa representa 40posições diversas, com as respectivasexplicações e constitue o mais prodi-gioso tônico para levantar organismosdepauperados. —Os álbuns são numerados dei a Se vendem-se em nosso escriptorio a 1$cada um; os pedidos feitos pelo Correiodevem vir acompanhados de mais SOOréis para cada álbum, quando encom-mendados isoladamente ; para recebera collecção completa (os cinco álbuns)basta mandar a importância de seismil réis.Os pedidos de fora, que serão prompta-mente attendidos, devem ser endereça-dos, com as respectivas importâncias, a

Alfredo Velloso - m D0 H0™ »• m»Rio de Janeiro

CKiXDMBifi de -STrratr.c-s

HAVAES — O assumpto da sua «Ingc-unidade» já foi tratado em outro conlo c pu-blicado ha tempos no Rio Nu.

Ciiiquinho —A mulher de que fala éhoje um canliáa 420 c está, por isso, aposen-tada da vida fácil.

Sabemos onde mora, mas uão dizemosporque nâo vale a pena o amigo ir procural-a.

Luiz FROUXO — Effectivamcnte, é umatristeza !

Mas quando se chega á sua idade a frou-xidào é uma coisa inevitável. Por isso não seafflija.

Moça das Flores —Banhos mornos to-dos os dias, quantas mais vezes melhor.

Faça isso, sem mais nada, que a bran-cura das flores desapparecerá... com ellas.

Menino esperto — Isso, menino! Nãoseja trouxa!

Vá fazer as Jestinhas ao velhote, mas pri-meiro apanhe-lhe o arame.

A crise está safada... Todo o cuidado épouco.

D. Mariquinhas — Porque é que a se-nhora não se vinga ? Vá visitar qualqueramigo de seu marido...

Mas olhe: faça isso na hora em que oseu digno esposo vai tambem visitar a suaamiga.

Dr. Gomoso — Não entendemos disso,não, senhor I Somos amantissimo das viagensá Orópa... mas só gostamos de viajar empaquetes femininos.

JOÃO DURO.

RECURSO EXTREMO

Numa rua da cidade deste Rio de Janei-ro, onde vive, de poleiro, ás janellas, «cer-ta gente», Giovani, o bom mascate, distrahi-do, ia passando, quando menos esperava éseguro de repente !...

Olhando, então, dá de cara com «gentil»Venus.. .escura, que perguntou com ternura:Tens agúia de borda ? !...Si senhora, elle responde, já um tan-to atrapalhado: ella diz-lhe; entra um boca-do, que é p'ra eu pode compra...

Uma vez lá dentro, o tolo, fez a mulhersortimento; na hora do pagamento, nem vin-tem ao bruto deu ! Elle fica furioso, faz entãogrande salceiro, por não ver o seu dinheiro,producto do que vendeu.

A mulher, damuada fica ! Vai lá dentro e,quando volta, a lingua no bruto solta, apitan-do incontinenti!!

Um «civil».. .civilisado, tal banze bispan-do então, vem saber, com precaução, da cau-sa do «tempo quente»: diz a mulher que osujeito, depois de se... «por em dia», recu-sou-se (quem diria?!...) a puxar pela bolada.

O mascate, então, chorando, da melhorfôrma se explica, o civil com elle implica, nãoattende ! Que embrulhada I

Afinal, todo o recurso tendo o mascateempregado e vendo tudo baldado, ao guardadiz: Má que horrôre I

Estou falando dêrêtcho...Tuto eu mostraespia, bem.. .Si nô crê pôdetamem tomar Iôchêro, senhóre...

PEQUENINO

Proveito delta.,

A mulher do JeremiasDiz que tem um namoradoQue lhe dá todos os diasUm gostoso bom bocado.

ZÉ.

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~=JBJ 27 dc Fevereiro de 1915 (-) O RIO NU (-) EB= 5 :

O TemporãoAquella rapariga, de lindos olhos negros,

que sabia dansar os quadris roliços no andarprovocante, era a paixão ardente do primo eo ii.artyrio do pobre hortelão.

Mal despontava a manhã, ella descia emdesalinho, á cata das fruetas, alegre, cl.il-reante como um passarinho, pisando, i.icons-ciente e travessa, os nabos e os tomates dopobre José, que se arrepelava todo em gritosde dor, por ver o estrago em suas plantações.Ella fazia rindo, rebolando-se toda emostrando as pernas de um torneado enton-tecedor, nos saltos que dava para galgar asvallas.

E um dia, o primo foi encontral-a revis-tando os canteiros onde morangueiros vice-javam, escondendo a terra com as suas folhaslongas.

Prima, ainda não é tempo de mo-rangos...Pois sim... Mas encontrei um, tem-

porão e bem bonito.Então, deixa-me chupal-o.Ella olhou-o sorridente, num ar de desa-

fio. A manhã estava quente e a moça sentiao corpo agitar-se nuns arrepios exquisitos.Seus olhos liumedeceram-se e os lábios sec-caram como si por elles tivesse passado umfogo estranho e tentador. Os seios entumes-ceram-se e uma sensação agradável percor-reu-llie o dorso. Fechou os olhos, já numinicio de gozo e quiz ir mais longe na pro-vocação aquelle rapaz forte, que a tentava.Vem tiral-o daqui...

E a frueta foi esconder-se no collo farto.O primo avançou resoluto e, rompendo-

lhe o vestido, começou a beijar-lhe os seios,desvairado.

Ai, primo... E atirava o corpo paratraz, de modo que os lábios do rapaz lheprocurassem os seios, num sugar dorido,num gozo mais pronunciado.

Ella requebrava-se toda, louca de vo-iupia, soltando queixumes de um gozo im-menso.

Então, primo, ainda não encontraste o

morango ? perguntou a rapariga com voz su-mida e cantante de luxuria.Já, e mais dois outros...

E caira.n por sobre o canteiro, abalandona queda uma laranjeira em flor.E pétalas se despejavam sobre elles,emquanto o velho jardineiro, escondido nu-ma moita, dizia comsigo:Ahi, rapaz... Mata-lhe a sede e co-me-lhe o temporão!

J. MIN...

3fc Galeria Artística %Avisamos aos leitores i|uv «valiamfalta ile algumas estampas da nossa•Valeria Artística, e queiram eomplc*tar a eolleeeao. que cm nosso eserip-torio existem exemplares ile todosos numero» do KIO XI' desde o ínl-cio da puolicncAn dessa Galeria, po-deudo ser adquiridos sem aiigmeuto

de preeot

Modos de ver...

Confessou-me hontem a RosaQuando eu á noite a fui verQue a sua vida é gostosaPorque só leva a.. .dansar.

ZÉ.

.%_i'im •JapuiiezaNão ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá .10 cabello a côr que se desejaE' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 eHospicio, 164 e 166.

Perfis suburbanosO. M.

E' o mais heróico e «prelo» defensordos «Peladlnhos do Engenho Novo»!

Por elles dá a vida.Arranjou com um «Barão, um «bom rc-

liro» num velho casebre que levaria a palmaás minas da cathedral de Reims depois dobombardeio dos allemães !

E' ali que elle tem o «Reino da Pira-taria,» pois é onde tem encerradas as «pa-cas» entre as quaes a mais «gorda» é aconstituída por um afrescalhado e puritanoleopoldlnlco Manoel, celebre em engolir bijúspiras 1

Tem uma mania celebre: pedir tostõesá mocidade pirata do Engenho Novo.

Quiz ha tempos ser mais águia que um«cathedratico» formado na escola dos Moci-nho, Haller e Lydio, isto é, dum «sahido» daAcademia do Engenho de Dentro, e para istochegou a querer fazer de Ferrabraz! Comoo diabo collocou-se atrás da porta com umatranca, mas quando o cartollinha transpoz oshumbraes do chiteau da esguia pequena, fu-giu-lhe a coragem ou roncou-lhe o demo nastripas, e o certo é que o «bicho» ficou na«moita» e até «engrossou» a pseudo-victimada sua valentia I

Desejando transpor o «Olympo» sobrou-lhe um i e foi pairar mais baixo, pois sóchegou a... Mendes I

Nós o fo. ¦ tografamos porque elle pro-metteu que junto com os seus «asseclas» iriaao frontespicio de quem tivesse a supremaaudácia de pôr-lhe os podres á mostra, porquedo contrario não o fazíamos por julgarmos oseu valor pessoal: um zero à esquerda dumnumero I

MAS D'AZIL.

Está á venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Ma Zona... Apavorante novellarealista. — Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

FOLHETIMJi; 20-r^\

¥̂sirmF-r

— POR —

V. DE NOVAES

Para mini, não, porque não lhedou confiança.

— Fique sabendo, Sr. Alonso,que nãotem o direito de nos insultar, só porquevivemos aqui de favor!

E saiu, batendo violentamente coma porta.

O hespanhol soltou uma gargalhada:Está como uma bicha, o diabo davelha ! Deus permitta que ella tome opião á unha e que se vá para o diabo quea carregue !

Coitada! Foste grosseiro e cruel...Já vens advogar a sua causa? Pois

olha: podes. . .E interrompeu-se, porque á porta

surgira de nnvo a velha, com os olhos in-jectados, os lábios brancos e trêmulos deraiva.

E' melhor— disse ella—que o se-

nhor cuide .em não ser o ultimo a saber,ouviu ? '-'

E retirou-se precipitadamente.O Alonso não era tão burro assim

para nào comprehender a allusão; mastambem tinha o bom senso necessáriopara não se irritar logo ao primeiro ata-que, aliás indirecto, á sua pacatez de ma-rido que confia de mais na esposa.

De resto, elle que nunca tivera ciu-mes de D. Sinhá, porque, como marido,não faltara aos deveres conjugaes desdeque se casara, dando-lhe sempre umaração de amor sufficiente, não tinha mo-tivos para lhe retirar a confiança, agoraque ella, em seguida a uma operação me-lindrósa e a uma enfermidade prolongada,estava ainda em convalescença e não pen-saria em ter contacto com homem, de-vido á prohibição terminante do medico.

O temperamento ardente da mulher,que elle conhecia perfeitamente, deviaachar-se amortecido.

Dahi o receber com indiflerença nãofingida a invectiva da-velha, insultuosamais para D. Sinhá do que para elle.

Com uma calma extraordinária diri-giu-se á esposa:

¦— Ouviste?

Foi uma explosão de cólera justi-ficavel. . . Trataste-a tão mal. . .

Sou da tua opinião, mas nãoquero mais essa gente em casa. Trata deas mandar embora.

Mas si ellas não tem para onde ir?•—¦ Então deixa-as ficar. Hoje, foi uma

indirecta; amanhã será uma intriga; de-pois. . . Queira Deus não te venhas a ar-repender com essas moradoras do porão.

Explicações

D. Sinhá estava afflicta por saber oresultado da conversa entre Jorge e o Sr.Santos. Vira este entrar pouco depois doseu dialogo com o Alonso e suppoz queo estudante não demoraria a voltar.

Como sabemos, Jorge, após a suanrallograda conferência com o inquilinodo 15, dispuzera-se a ir jantar e depoisesperar a hora do trabalho no jornal.

Só regressou á casa pelas tres horasda madrugada e encontrou a senhoria deplantão, recostada numa cadeira de via-gem, onde parecia dormitar.

O estudante passou por ella pé antepé e quando se achava a pequena distan-cia, ouviu murmurar o seu nome:

(Continua)

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i =E5| (-) O RIO NU (-) gj 27 de Fevereiro de 1915

«O

5êde de aura

commendador havia fallecido...Ha muito que o fatal desenlaceera esperado a todo o momento,sem nenhuma magna quasi, mas

com uma enorme avidez, aliás.O sexagenário homem que se findara na-

quelle dia em que o sol nem ao menos vierabeijar as flores e fazer a ventura dos passa-rinhos.não deixava farnilia, nem verdadeirosamigos. Deixava, porem, milhões; milhõescomo aquelles cubiçados por Croix-Dieu das«Tragédias de Pariz», milhões que vinhampôr a cidade em polvorosa,levantando rasgasenlre os innumeros gananciosos e falsários.

A morte do velho portuguez viera tambémtrazer o bárathro para esses homens que seentregavam numa só onda a revolver as gave-tas dos velhos moveis,em procura docubiçadotestamento, que ainda nâo se apresentara eparecia não se dignar a tal. Os amigos maischegados, oecupados nesse mister, começa-vam já a desanimar de todas as tentativas,de todas as devassas...

Estava tudo perdido...Entre esses amigos, amigos ursos,existia

um que já não podia agüentar o peso da de-sesperança e carregava o sobrolho a cada ins-tante que se fechava um movei e que o tympa-no da gaveta cumpria o seu dever, fazendoouvir por todo o palacete o seu timbre agu-do e penetrante.

Era elle o capitão Barbosa, antigo com-merciante e amigo do morto, a quem a fortu-na pouco ajudara e o desejo do ouro escan-galháraa alma. Convicto de que o seu nomehavia de figurar nas disposições do milliona-rio, passara noites e mais noites á cabeceirado enfermo, abanando-lhe as moscas e pre-dispondo os frascos de remédios supérfluos.

Uma tarde, uma velha e dourada tardede verão, em que o facultativo parecia rego-sijar-se com o seu grande saber e o enfermode tantos mezes sorrira ao pensar nos heli-anthos, que tanto amara, o quinquagenariocapitão chegara a exclmar com desespero:

— Diabo !

A phrase repetia-se agora. O testamentonão apparecia e elle continuava pobre tal co-mo aquelle Job da Escriptura e essas florinhassilvestres, que não conhecem as estufas e ostranseuntes esmigalham...

Súbito, o capitão estacou; arregalando osgrandes olhos, distinguiu sobre um immen-so movei, o scintillar formosíssimo do dia-mante.. .Olhou em redor, e, sem perda detempo, estendeu o nervudo braço para aquel-Ia obra de arte, trazendo na mão callosa uma

jóia que elle não ousou encarar e o fez des-cer a escadaria de mármore, tomando o ca-minho do jardim...

Uma flor que se abria deixou ver nessemomento o seu rubro calix, de onde uma dou-rada e laboriosa abelha exlrahia o mel purl-ficador que os raios de Phebo beijavam comcarinho.

O capitão chegara a casa.O seu plano estava traçado; ninguém des-

cobrira o seu crime e elle pagava-se sem exor-dios, pois tinha entre as mãos um enormis-sinio diamante, que era a sua fortuna, o seusonho...

...E, realmente, elle sonhava; sonhava,tendo nas mãos o... vaso da noite, nas boi-das do qual despejava beijos e mais beijos,julgando ter ali a sua fortuna, o seu diamante !

De porcellana é que era aquillo. ¦.MOÇO.

"Cavalheiro de tratamentoprecisa de um apartamento mo-biliado, para passar algumas ho-ras do dia, em casa de pessoadiscreta e que não tenha lios-pedes."

(Do Jornal do Commercio.)

Meu cavalheiro, que a pedir vais secco...Um aviso prudente aqui tens tu:Foge dos antros, e não sejas peco...A policia anda dando em rendez-vous!

BARRIGUINHA DE MACACO.

BIBLIOTHECADAS

ALCOVAS GALANTES

Acham-se á venda, em nosso escriptorio,os seguintes livros dessa collecção : Viciosas,P...sérias, Virgens Avariadas e Amor portodos os...

Todos esses livros são muito bem escn-ptos e primorosamente illustrados com pho-togravuras a cores, tiradas do natural.

Preço : lfOOO cada exemplar ; pelo Cor-reio, 1 "500. A collecção dos quatro, pelo Cor-reio, 5"000.

Pedidos aALFREDO VELLOSO

Risa dn lltssspistio S I 8 « Uso «lc; Jancirsi

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

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E' num salão nobre. Ha recepção. Con-versa-se. Em grupos separados, entre umavalsa e uma quadrilha, os homens, com oorgulho másculo, exaltam as suas habilidadesem conquistas. As meninas cochicham osnamoros, em outro grupo, e, finalmente, aofundo, na meia sombra, de um reposleiro, assenhoras casadas falam das fraquezas e dosheroísmos dos Srs. seus maridos.

Cheguemo-nos a este grupo, onde sepode ouvir boa coisa...

Diz a senhora D. Anastácia.Pois é verdade. E não só na Câmara,

como na Intendencia, junto ao Governo. Meumarido tem uma influencia enorme. Bastametter um empenho para num instante, siquizer, fazer um deputado, um pai da Pátria!E a senhora, D. Ambrosia?

A de meu marido não é tão grande,mas sempre tem influencia e quando mette,arranja sempre...

.. .o que ? também um pai da Pátria ?Não, minha senhora. O systema delle

é outro. Arranja sempre... um filho !ALBUQUERQUE.

03 ?""¥"¦". ira

"Uni senhor deseja encon-trar uma senhora séria, para suacompanhia."

(Do Popularissimo.)Pelo annuncio este senhorE', no serviço, um batuta...E quer ser o protector

De uma... pura.CAPIRÃO EUTICO.

LOTERIAS DA CAPITAL EEDERALSabbado, 6 de Março, ás 3 horas da tarde

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Por conta...«L. Perdoe-me, hoje não

posso esperar-te no restaurante.Aguarde carta. Saudades domuito teu Doido."

(Do Jornal do Commercio.)Lendo o bilhete do seu Doido, a bellaTalvez que na mamata se não metta...E, não perdendo o tempo, a D. Aquella,Vai por conta fazer uma... pândega.

EURICUBACA.

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do sartffite —

GRANADO & C. - Rua ,° de Março, í

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27 dc Fevereiro de 1915 _=g§ (-) O RIO NU (-

m Jffe ZÊ ^fWSmm pi/- \n ksWWm

Ç g I V I ¦!___•= '¦'--

_4V/S0— O "/?/o Ato" íieio ton repórter ai-gum nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; todo aquelle quese apresentar como tal é nín intrujãoe deve ser tratado conto merece.

Na zona chieA viuvinha Santa da zona Madureira til-

timamente atirou-se ás farras com certo cara.Si o seu menino souber dessa coisa, te-

mos encrenca na zona !ai' A Annita tem dado sorte a valer com

o barbeirinho e o caixeiro de um botequim.Ora, sua funecionaria, é melhor ensinar

os meninos do que fazer fitas.Não tem pena do carteirinho batoque?ar Porque é que o Mariano anda todo

enfadado com uma certa operaria de uma fa-brica de calçado? Cuidado com o civil dazona .

na" O Augusto, depois que foi barradonos Democráticos, anda fazendo fitas dizendoser noivo. Olhe, seu Augusto, você não diziaque ella, apezar de viuva, era só sua?

ar Porque é que o Tavares promette atodo o menino bonito montar uma casa debarbeiro? , . . ,tear A viuvinha Santa foi vista comendoum lombinho assado na zona Avenida RioBranco no terceiro dia do carnaval.

Essa funecionaria esquece que seus in-quilinos não dormen?...

ar A Clara Portugueza anda numa roxuramedonha em cima do Mario Fontes. Malsabe a Clara que esse kagado só gosta demeninos bonitos.

ar A casa da zona Relação a que nos re-ferimos no numero de 6 do corrente não é apensão numero 47 como sahiu publicado porequivoco. .

ar o Ramiro Pé Espalhado teve a glon-fleação dos seus feitos na passeata do ceie-bre dia da excêntrica feijoada, ficando sus-penso das funeções de guardador de chapéos.

Os nossos parabéns, seu kagado!ar o menino Lezut, depois que se con-

venceu que é o primeiro e único maxixeirodo mundo, só fala em contractos vantajosos eem novos passos de maxixes.

Ora, seu coisa, porque você não comprauni bode e deixa de ser tolo ?

ar O Ramiro Pé Espalhado, primeiro fi-feiro das zonas, andou na sexta-feira ultimafazendo figurações abraçado com a ManoelaVarina da zona Riachuelense pelos botequinsda zona Lapa.

Toma vergonha, ó Pé Espalhado 1«ar A Esmeralda da zona Formosa andou

na semana próximo passada á espreita doseu agaloado policial na zona Lavradio. Cui-dado, seu veterinário; olhe que a funecionariaanda disposta a fazer nova encrenca!

ar As autoridades têm dado __.fi.rfe7 nascasas de rendez-vous das diversas zonas eem algumas dellas tem encontrado muitasdonzellinhas que ali vão aprender a tocarclariuetía e receber as caricias em seus ca-chorrinhos.

Por isso é que as funecionarias andam apão e a laranja ...

ar o azar da Angela Fallabosta e tantoque arranjou para inquilina a Maria Pé deMoringa.

Então a feiticeira Alexandrina do RioGrande não tem adiantado nada com as re-messas dos feitiços ?

Haja vista os arranjos para a prosti-tuição da Dora.

Quando é que você, Fallabosta, tomavergonha ?

ar o Dario falliu.A Julieta mais uma vez o collocou como

empregado nas pestiqueiras do Victorino.Livra!...«ar No jantar de domingo ultimo na casa

da Kelty da zona Marrecas 13, o corista Al-berto Ferreira pediu em casamento a divetteJulieta, sendo convidados para padrinhos oactor Raul Soares e a Santanella.

Parabéns aos noivos Iar Porque será que certo Coronel, quan-

do conversa com a Márietta, no quarto, só seescuta o mesmo dizer: "meu Deus, que pra-zer, como isto é bom."

Que gosluras, hein, seu agaloado ILINGUA DE PRATA.

0' têmpora !"Um senhor bem collocado

deseja encontrar tona moça semcompromissos para sua compa-nheira."

(Do Popularissiuw.)

Quando existia moral,Nos tempos do pai Adão,Esse desejo', afinal,Chamava-se amigação!

EUCASOLIVRI.

<&)

Dr. Ubaldo Veiga, J^jü^SSErias, silas tonipliiai-is _ cansequendas. "Jo"?B"a,sda mullier, corrinientos, etc. Aoplita 606, í**;*.e 1116. Cura das gonorrhéas agudas e chronicaspelos nrocessiis mais modernos.

to»!. Rua Ginialves Dias 13. dli 3 is 6. todos Oi dias.

EPSReD^EiraiBn©"Viuva ainda moça, pede a

protecção occtilta de pessoa sériae pede ao mesmo o empréstimoadiantado de 60# por se acharcom difficuldades."

(Do Jornal do Commercio.)A viuva que é moça aindaNo pedido mais não corra...Dê sua missão por findaQuem dá o pão, dá a... palavra.

SURICO.

Wsm&éw/itéh

fflfjí *i>'0-.jÜC___Ifu3i - ——-¦¦¦**"*—~~

C__. ..a costureira Emilia, da zona Monte

Alegre, furiosa por não saber onde pára aCândida Leal... ,

...a Elza em companhia da Lydia noTeixeira... , _

...o Leonardo a offerecer retratos aosamigos na véspera da sua partida para S.Paulo... .....

.. .a Cecilia contando a historia do seuaborto, no Criterium.. .

...o Braguinha fazendo o papel de me-nina a conselhos da Rozinha...

.. .o Braguinha atrapalhado com o alnu-rante no «Poleiro»...

.. .o Sabiá não dando uma folga na don-zetlinlta que o acompanhou ao ultimo bailedo «Poleiro»... . ,

...o Ramiro Pé Espalhado abraçadocom a Manoela Varina da zona Riachuelenseem certo botequim da zona Lapa...

., .a Nhã Labareda na zona Lavradio aprocura de um conhecido menino...

...na zona Ouvidor a Emilia agarradi-nha ao Eduardinho...

...no S. José a Leonor avaccalhando-secom o menino...

... o João de Deus conversando com omajor Theophilo, falando a respeito da Car-men Martins...

... o corista Antônio do "Apollo nazona Luiz de Camões alugando um quartoem certa hospedaria...

... o sargento Lâmpada e o Adorno emum camarote no "Apollo", fazendo a ChicaBrazão chupar uma barata.. .

... na frisa do "Palace Theatre" o As-sombro com a transmontana Lulú. Outravez ?...

VÈ TUDO.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

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lá está á venda o n. 5 da «CoílecçãoAmorosa», intitulado SANDW1CH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

Preço, 500 réis ; pelo Correio, 800 reis.Os pedidos de fora, que só serão atten-

didos quando vierem acompanhados da res-pectiva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSO

Itun do Hospício * 1 8 -- Rio de Janeiro

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8=g§ (-)ORIONU(-) 27 dc Fevereiro dc 1915

g^j .... . ,,,,vl. ¦.,,... .,,...-;,, -— "WÊlWSSi ^L^Z

Bilol-ca ÍO RIO NU

DOIS CONTRA UMA — Primorosa sérieimpressa a cinco cores, photographias do na-tural, constituindo um bello volume.

Está á venda. Preço 1 í500; pelo Cor-reio, 2Í000.

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-gabundo, 2Í000; pelo Correio, 2$500.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1$500;pelo Correio, 2|000,

AMORES DE UM FRADE - (3» edição,n. 1 da «Collecção Amorosa»)—Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-lecção Amorosa«) — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME M1NET —(n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de unia linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis-

CASTA SUZANNA - (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs. , .

SANDWICH —(n. 5 da Collecção Amo-rosa) — Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS — Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chi de 1» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1$000; pelo Correio1*500.

CONTOS RÁPIDOS —Estão pu-bücados os seguintes : N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracía — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre—N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores — N. 10, FamiliaModerna — N. 11, Na Zona... e N. 12,O brinquedo.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros acima citados sãoillustrados com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

Os pedidos dirigidos ao nosso escriptorio devem vir acompanhadosda respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaes

ou dinheiro e endereçados a

.Alfffctsdi© TellosoRUA DO HOSPÍCIO 2-18- Rio de Janeiro