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Plano de ação pastoral, que visa um desenvolvimento pastoral melhor tendo um campo de abrangência maior e mais positiva diante das dificuldades modernas.

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  • XV PLANEJAMENTO DIOCESANO DA AO EVANGELIZADORA 2012 -2015

    DIOCESE DE PARANAVA PR

  • APRESENTAO Com alegria apresento o XV Plano Diocesano da Ao Evangelizadora

    da Diocese de Paranava. Ele sintetiza uma longa caminhada de preparao, execuo e de snteses. Na sntese final devem encontrar-se as aspiraes pastorais de todas as comunidades que responderam ao questionrio na sua parquia, daqueles que participaram a nvel decanal e, por fim, daqueles que participaram na Assemblia Diocesana que aconteceu em 15 de novembro de 2011.

    Fazer um Plano Diocesano ter conscincia de que ns podemos colaborar na construo do Reino de Deus de maneira planejada. Certamente nos prximos anos da pastoral diocesana ouviremos falar muito sobre: evangelizao da juventude; casais em nova unio; estado permanente de misso; iniciao crist; reestruturao dos encontros de pais e padrinhos; animao bblica da vida e da pastoral; equipes de formao bblica; leitura orante da bblia; descentralizao das atividades religiosas; articulao das pastorais sociais; trabalho conjunto, etc.

    Desejo sinceramente que cada uma das proposies possa ser aprofundada e desdobrada para que possamos transformar em prtica evangelizadora, tudo aquilo que a XV Assemblia Diocesana viu como essencial para a continuao do nosso trabalho evangelizador. Temos, com certeza, muito trabalho pela frente. Que Maria Me da Igreja acompanhe a todos os agentes de pastoral: padres, religiosas ou leigos. Ela inspire caminhos e atitudes para que todas estas proposies ajudem muitas pessoas a encontrar Jesus Cristo Salvador.

    Paranava, 10 de maro de 2012

    Dom Geremias Steinmetz Bispo Diocesano de Paranava

  • I PARTE

    PROPSITO DA AO EVANGELIZADORA

    1. Objetivo Geral da Ao Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2010 a 2015 e do XV Planejamento Diocesano da Ao Evangelizadora da Diocese de Paranava:

    EVANGELIZAR,

    A partir de Jesus Cristo e na fora do Esprito Santo, como Igreja discpula, missionria e proftica, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, luz da evanglica opo preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo.

    1.1 O QUE SE ENTENDE POR EVANGELIZAR?

    Antes de definir o que significa evangelizar, convm trazer a lume que a Palavra Evangelho (gr.euangelion) significa boa nova e, (euangelizesthai) anunciar boas novas.

    E que, o evangelho tem um contedo definido indicado pelo uso dos termos como anunciar, declarar, pregar, falar, conhecer, ensinar, ouvir, receber (1 Cor 15, 1; 9,14; 2Cor 11,7; Gl 1,1.1,12; 2,2; Cl 1,23...). Esse contedo resumido brevemente como relativo ao Filho Jesus Cristo

    descendente de Davi (Rm 1,3s). Ele a boa nova da graa de Deus (At 20,24), a boa nova da salvao (Ef 1,13), a sabedoria de Deus (1 Cor 2,6). A participao no Evangelho participao na salvao (Fl 1,5). Atravs do Evangelho, Cristo trouxe a vida e a imortalidade (2Tm 1,10). Portanto, evangelizar anunciar a todas as pessoas, que Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem - a Palavra, o Caminho, a Verdade e a Vida, veio ao mundo para nos fazer participantes da natureza divina (2 Pd 1,4),

    para que participemos de sua prpria vida. a vida trinitria do Pai, do Filho e do Esprito Santo, a vida eterna. Sua misso manifestar o imenso amor do Pai, o qual quer que sejamos filhos no Filho. A Igreja que nasce

    da ao evangelizadora de Jesus e dos Doze, existe para evangelizar. Evangelizar constitui, de fato, a graa e a vocao prpria da Igreja, a sua mais profunda identidade (Evangelii Nutiandi - A Evangelizao no Mundo Contemporneo, do Papa Paulo VI, n 14 e 15).

  • 2. EVANGELIZAR A PARTIR DE JESUS CRISTO

    Notamos que toda ao eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para ele e o Reino do Pai. Jesus Cristo nossa razo de ser, origem de nosso agir, motivo de nosso pensar e sentir. Nele, com Ele e a partir dEle mergulhamos no mistrio trinitrio, construindo nossa vida pessoal e comunitria. No h, pois, como executar planejamentos pastorais sem antes pararmos e nos colocarmos diante de Jesus Cristo. Em atitude orante, contemplativa, fraterna e servidora, somos convocados a responder, antes de tudo a ns mesmos: quem Jesus Cristo? (Mc 8, 27-29). A Conferncia de Aparecida, marco referencial para a Igreja na Amrica Latina e no Caribe, na esteira do cinquentenrio de abertura do Conclio Vaticano II (1962) nos convida a olhar com ateno para aquele que, sendo rico, se fez pobre para a todos enriquecer (2 Cor 8,9). A recente Exortao Apostlica Ps-sinodal Verbum Domini proclama com toda clareza que Deus nos fala, se comunica conosco por meio de sua palavra que Jesus Cristo, Verbo feito carne (Jo 1,14). Jesus Cristo incessante e eterna entrega, dom de si para o outro.

    Por isso, as atitudes de alteridade e gratuidade marcam a vida do discpulo missionrio de todos os tempos. Alteridade se refere ao outro, ao prximo, quele que, em Jesus Cristo, meu irmo ou minha irm, mesmo estando do outro lado do planeta. A vida s se ganha na entrega, na doao. Quem quiser perder a sua vida por causa de mim a encontrar! (Mt 10,39). Todo relacionamento igualmente chamado a acontecer na gratuidade. Gratuidade significa amar, em Jesus Cristo, o irmo e a irm, respondendo, atravs de atitudes fraternas e solidrias grande questo proposta por Jesus: quem o meu prximo? (Lc 10,29), querendo e fazendo bem ao outro sem nada esperar em troca. Significa cortar a raiz mais profunda da violncia, da excluso, da explorao e de toda discrdia.

    Gratuidade e alteridade, como expresso do Amor, so fontes de paz, reconciliao e fraternidade.

    Por certo, a ao evangelizadora da Igreja trabalha pela reconciliao, o que no significa pactuar com a impunidade, a corrupo e todas as formas de desrespeito aos direitos bsicos de toda pessoa.

    Gratuidade e alteridade so, portanto, modos de compreender o que h de mais decisivo em Jesus Cristo: a sada de si, rumo humanidade marcada pelo pecado, fonte de dor e morte. Jesus nos amou at o fim! Fidelidade uma das maiores provas do amor. Num mundo onde tudo descartvel

  • at mesmo as pessoas o compromisso fiel torna-se uma das caractersticas fundamentais do (a) discpulo(a) missionrio(a) (cf. Hb 10,38). Na Igreja, o discpulo missionrio percebe a fora de uma unio que ultrapassa raas, condies econmico-sociais, preconceitos, discriminaes (Gl. 3,28) e tudo que, de algum modo, tenda mais a separar do que a unir.

    Viver, pois, o encontro com Jesus Cristo implica necessariamente amor, gratuidade, alteridade, tambm, unidade, eclesialidade, fidelidade, perdo e reconciliao. Torna o discpulo missionrio firmemente enraizado e edificado em Cristo Jesus (Ef 3,17; Cl 2,7), semelhana da casa que se constri sobre a rocha (Mt 7, 24-27).

    3. MARCAS DE NOSSO TEMPO

    O anncio do Evangelho exige do Discpulo Missionrio alguns requisitos indispensveis para sua acolhida e coerente compreenso, tais como: Conhecer a realidade; buscar entendimento da complexidade da Mudana de poca; isso exige observao atenta do Discpulo Missionrio e, percepo dos Desafios dos Tempos de Transformaes.

    a) Conhecer a realidade O discpulo missionrio sabe que, para efetivamente anunciar o Evangelho, deve conhecer a realidade sua volta e nela mergulhar com o olhar da f, em atitude de discernimento. Como o Filho de Deus assumiu a condio humana, exceto o pecado, nascendo e vivendo em determinado povo e realidade histrica (cf. Lc 2,1-2), ns, como discpulos missionrios, anunciamos os valores do Evangelho do Reino na realidade que nos cerca luz da Pessoa, da Vida e Palavra de Jesus Cristo, Senhor e Salvador. Pois, o Conclio Vaticano II nos conclama a considerar atentamente a realidade, para nela viver e testemunhar nossa f, solidrios a todos, especialmente aos mais pobres. E diz que a realidade sempre mais complexa do que podemos imaginar. Nela existem luzes e sombras, alegrias e preocupaes. A esse respeito, a Conferncia de Aparecida recorda que vivemos um tempo de transformaes profundas, que afetam no apenas este ou aquele aspecto da realidade, mas a realidade como um todo, chegando aos critrios de compreenso e julgamento da vida. Ao falar da amplitude da globalizao ela afirma que estamos diante de transformaes que atingem todos os setores da vida humana, de modo

  • que j no vivemos uma poca de mudanas, mas uma mudana de poca;

    b) Mudanas de poca Mudanas de poca so tempos desnorteadores, pois afetam os critrios de compreenso, os valores mais profundos a partir dos quais se afirmam identidades e se estabelecem aes e relaes. Vrias atitudes podem, ento, surgir nestes perodos histricos. Duas, no entanto, se destacam. De um lado o relativismo, prprio de quem, no devidamente enraizado, oscila entre as inmeras possibilidades oferecidas. De outro, so os fundamentalismos, que se fechando em determinados aspectos, no consideram a pluralidade e o carter histrico da realidade como um todo. Estas duas atitudes se desdobram em outras tantas, como por exemplo, o laicismo militante, com posturas fortes contra a Igreja e a verdade do Evangelho, a irracionalidade da chamada cultura miditica, o amoralismo generalizado, atitude de desrespeito diante do povo e um projeto de nao que nem sempre considera adequadamente os anseios deste mesmo povo. Em situao de contradies e perplexidades, o discpulo missionrio reage segundo o esprito das bem-aventuranas (Mt 5, 1ss), em defesa e promoo da vida, negada ou ameaada por vrias formas de banalizao e desrespeito: manipulao de embries, homicdios, prtica do aborto provocado, ausncia de condies mnimas para uma vida digna com educao, sade, trabalho, moradia, enfim, da ausncia de efetiva proteo vida e famlia, s crianas e idosos, com jovens despreparados sem oportunidades para ocupao profissional.

    c) Observao do Discpulo Missionrio O discpulo missionrio observa com preocupao o surgimento de certas prticas e vivncias religiosas predominantemente ligadas ao emocionalismo e ao sentimentalismo. O fenmeno do individualismo penetra at mesmo em certos ambientes religiosos, na busca da prpria satisfao, prescindindo do bem maior, o amor a Deus e o servio aos semelhantes. Exclui-se a salvao em Cristo, que passa a ser apresentada como sinnimo de prosperidade material, sade fsica e afetiva. Reduzem-se, deste modo, o sentido de pertena e o compromisso comunitrio-institucional. J no mais a pessoa que se coloca na presena de Deus, como servo atento (1 Sm 3,9-10), mas a iluso de que Deus pode estar a servio das pessoas. Os motivos pelos quais uma iluso to grave assim acaba por adquirir fora em nossos dias so muitos e interligados. Dizem respeito: s incontveis carncias das mnimas condies que grande parte de nossa populao tem para enfrentar problemas ligados sade, moradia, ao trabalho e s questes de natureza afetiva; s incertezas de um tempo de tranformaes, que levam

  • algumas pessoas a buscarem tbuas de salvao, agarrando-se ao que mais imediatamente se encontra ao alcance.

    d) Desafios dos Tempos de Transformaes Tempos de transformaes to radicais nos afligem, mas tambm nos desafiam a discernir, na fora do Esprito Santo, os sinais dos tempos. Mudanas de poca pedem um tipo especfico de ao evangelizadora, a qual, sem deixar de lado aspectos urgentes e graves da vida humana, preocupa-se em ajudar a encontrar e estabelecer critrios, valores e princpios. So tempos propcios para a volta s fontes, busca dos aspectos centrais da f. Esta a grande diretriz evangelizadora que vem acompanhando a Igreja neste incio do sculo XXI: no colocar outro fundamento que no seja Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre (Hb 13,8). Este um tempo em que, atravs de novo ardor, novos mtodos e

    nova expresso, respondamos missionriamente mudana de poca

    com o recomear a partir de Jesus Cristo.

    4. URGNCIAS NA AO EVANGELIZADORA Frutos das Orientaes das Diretrizes Gerais da Ao Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015, da 49 Assemblia Geral da Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil, so as urgncias que seguem, que nos so apresentadas como tentativas de superao dos desafios da evangelizao nos dias de hoje, para que aplicando-as cheguemos a atingir o ideal proposto pela Conferncia de Aparecida.

    4.1 A IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSO (sair de si, ir em busca). Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura. Quem crer e for batizado ser salvo (Mc 16,15).

    O desejo de Jesus Cristo que o anncio do Reino atinja o mundo inteiro e os que crerem e forem batizados sero salvos. Este ide no nos parece um convite, muito menos um pedido ou sugesto, mas sim uma ordem. Por isso, o discpulo (a) missionrio (a) no pode esquivar-se desse desafio. A Igreja por natureza missionria (Dap 347). Ao longo dos sculos, e de acordo com a realidade das pessoas, a misso assumiu perspectivas distintas e nunca deixou de acontecer. Lembremos que o contedo da misso sempre o mesmo, ontem, hoje e sempre (Jesus Cristo e o projeto do seu Reino). Tenhamos sempre em conscincia uma dvida de gratido, pois o que somos hoje como cristos, devemos aos que nos precederam, que nos acolheram e nos evangelizaram. Significa que devemos transmitir a outros as riquezas da evangelizao que recebemos.

  • Neste momento histrico marcado fortemente por uma mudana de poca, a misso assume um rosto prprio, com pelo menos trs caractersticas que so: Urgncia, amplitude e Incluso. A misso se torna urgente em face da oscilao de critrios. ampla e inclusiva, enquanto reconhece que todas as situaes, tempos e locais so seus interlocutores. O que marcante nesse contexto de mudana de poca a falta, muitas vezes, de referenciais e de valores absolutos ou duradouros.

    A atual conscincia missionria interpela o discpulo (a) missionrio (a) a sair ao encontro das pessoas, das famlias, das comunidades e dos povos, para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, e ao mesmo tempo proclamar em todas as direes que o mal e a morte no tm a palavra final (Dap 548). Faz-se necessrio compreender cada vez mais que os valores e as referncias j no se transmitem com a mesma fluidez de outros tempos, por isso, indispensvel anunciar Jesus Cristo, apresentando com clareza e testemunho, quem Ele e qual sua proposta para as pessoas.

    Um distanciamento de Jesus Cristo e de seu projeto de Reino de Deus tem trazido consequncias para toda a humanidade. Essas consequncias so notadas nas muitas formas de desrespeito e mesmo destruio da vida. Diante dessa cultura de morte, o discpulo (a) missionrio (a) deve sentir-se desafiado a anunciar com o testemunho, a beleza do reino de Deus, que vida, paz, concrdia, reconciliao... (Gl 5,22s), e isso deve ser de modo oportuna e inoportunamente (2Tm 4,2). Neste redescobrir missionrio, surge em primeiro lugar o papel de cada batizado em todos os lugares e situaes em que se encontrar. Trata-se do testemunho pessoal, base sobre o qual o anncio haver de ser construdo (EN 21).

    Devido ao enfraquecimento das instituies e das tradies, cresce a responsabilidade pessoal. Nesta mudana de poca, as instituies e tradies tendem a ser julgadas com base nas aes dos indivduos. Por isso, muito cuidado no que se diz, pensa, sente e faz. Perscrutando o ideal de Aparecida preciso agir com firmeza, sem deixar de reconhecer o que de bom j foi feito em outras pocas, mas decididamente fazer opo por uma verdadeira converso pastoral, atravs da qual se ultrapassem os limites de uma pastoral de mera conservao para uma pastoral decididamente missionria (Dap 370).

    Quando se fala em uma Igreja em estado permanente de misso, no se deve entender atitudes ao lado de outras atividades e servios j existentes, mas de dar a tudo o que se faz no dia a dia da parquia, um sentido missionrio, estabelecendo a partir do que j existe, algumas urgncias que ajudem todos os batizados a efetivamente se reconhecerem missionrios, tendo certeza de que agindo assim, como Igreja no Brasil, estaremos reforando o compromisso com a Misso Continental (DAp 550-551, DGAE 2008-2010 n0 211.212).

  • 4.2 IGREJA: CASA DA INICIAO VIDA CRIST A f em Jesus Cristo dom de Deus e, seu ponto de partida se d pelo encontro pessoal com um acontecimento, uma Pessoa, capaz de dar um novo horizonte vida e, com isso, uma orientao decisiva. Por sua vez, este encontro com Jesus mediado pela ao da Igreja e concretizado em cada tempo, lugar ou cultura como forma de atualizar e fortalecer a atitude de discpulo. Este seguimento pessoa de Jesus, desperta uma resposta consciente e livre desde o mais ntimo do corao do discpulo levando-o a tornar-se anunciador do Mestre ao mundo que o cerca e est em contnua transformao.

    Diante destas transformaes contnuas nos dias atuais, os meios utilizados em outros tempos para o anncio de Jesus Cristo j no possuem a mesma eficcia de antes. Basta olhar como exemplo a instituio famlia, chamada a ser a grande transmissora da f e dos valores, que diante de tantas transformaes j no possui o mesmo flego para cumprir esta misso. Esta mudana de poca exige que o anncio da pessoa de Jesus Cristo seja explicitado continuamente, o que s possvel a partir de uma efetiva Iniciao vida crist. , portanto, por esta razo que cresce o incentivo Iniciao vida crist e os grandes desafios que surgem dessa realidade como a de desenvolver, em nossas comunidades, um processo de iniciao vida crist que conduza a um encontro pessoal cada vez maior com Jesus Cristo. Este um dos mais urgentes sentidos do termo misso nos dias atuais: ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo, fascinar-se por Ele e optar por segui-Lo de forma contnua e permanente. Torna-se necessrio com isso a conscincia de que a Iniciao Vida Crist deve acontecer no apenas uma nica vez na vida de cada pessoa, com os sacramentos iniciais, mas refeita, fortalecida e ratificada tantas vezes quantas o cotidiano exigir. Mas, para que isso acontea, as comunidades precisam ter uma perspectiva catecumenal, sendo comunidades diuturnamente mistaggicas, preparadas para permitir que o encontro com Jesus Cristo se faa e se refaa permanentemente.

    Esta atitude catecumenal das comunidades apresenta uma srie de consequncias para a ao evangelizadora, tais como: acolhida, dilogo, partilha, familiaridade com a Palavra de Deus e a vida em comunidade, bem como novas estruturas, isto , grupos de estilo catecumenal nos mais diversos lugares e horrios, sempre disponveis a acolher, apresentar Jesus Cristo e dar as razes da esperana. Implica tambm em um novo perfil de agente evangelizador, onde o Ministrio de Catequista assuma um papel preponderante. Afinal so os Catequistas a ponte entre o corao que busca descobrir ou redescobrir Jesus Cristo e Seu seguimento na comunidade de irmos, em atitudes coerentes e na misso de colaborar na edificao do Reino de Deus.

  • 4.3 IGREJA: LUGAR DE ANIMAO BBLICA DA VIDA E DA PASTORAL Encontramos a relevncia deste ponto na referncia da prpria Palavra de Deus: Toda Escritura inspirada por Deus e til para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justia (2 Tm 3, 16). E, ratificada pelas afirmaes das Diretrizes da Ao Evangelizadora ao dizer: ... o povo de Deus seja educado e formado claramente para se abeirar das Sagradas Escrituras na sua relao com a Tradio viva da Igreja, reconhecendo nelas a prpria Palavra de Deus. Vinculado com a iniciao crist, o atual momento da ao evangelizadora convida o discpulo missionrio a redescobrir o contato pessoal e comunitrio com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo. A Iniciao Vida crist e a Palavra de Deus esto intimamente ligadas. Uma no pode acontecer sem a outra, pois, ignorar as Escrituras ignorar o prprio Cristo (DGAE n. 43 a 45). , pois, no contato eclesial com a Palavra de Deus que o discpulo missionrio, permanecendo fiel, vai encontrar foras para atravessar um perodo histrico de pluralismo e grandes incertezas. Bombardeado a todo o momento por questes que lhe desafiam a f, a tica e a esperana. A Palavra saboreada na alteridade (colocar-se no lugar do outro), na gratuidade e tambm na eclesialidade (referente vida em comunidade, vida de Igreja). So vrios os mtodos de leitura da Bblia. A Conferncia de Aparecida destacou a Leitura Orante como caminho para o encontro com a Palavra de Deus. Podemos dizer que a animao bblica de toda a pastoral, passa alm de uma pastoral bblica especializada, quer nos conduzir a uma iluminao bblica de toda vida. Ainda, a Igreja como casa da Palavra, deve privilegiar a Liturgia. Cada ao litrgica est, por sua natureza, impregnada da Escritura Sagrada.

    4.4 IGREJA: COMUNIDADE DE COMUNIDADES

    O discpulo missionrio de Jesus Cristo faz parte do Povo de Deus (1Pd 2,9-10; LG 9) e necessariamente vive sua f em comunidade. A dimenso comunitria intrnseca ao mistrio e realidade da Igreja, que deve refletir a Santssima Trindade. Sem vida comunitria, no h como efetivamente viver a proposta crist, isto , o Reino de Deus... Ao mesmo tempo em que se constata, nesta mudana de poca, uma forte tendncia ao individualismo, percebe-se igualmente a busca por vida comunitria. Em nossos dias, alm das comunidades territorialmente estabelecidas, deparamo-nos com comunidades transterritoriais, ambientais, afetivas e, as crescentes comunidades virtuais. Dando lugar a verdadeiras redes de comunidades.

    A comunidade eclesial deve abrir-se para acolher dinamicamente os vrios carismas, servios e ministrios. Todas as comunidades so convocadas a se unirem em torno das Diretrizes da Ao Evangelizadora da Igreja no Brasil e a assumirem os Planos Pastorais de cada Igreja Particular, onde elas esto inseridas.

  • O caminho para que a parquia de torne verdadeiramente uma comunidade de comunidades inevitvel, desafiando a criatividade, o respeito mtuo, a sensibilidade para o momento histrico e a capacidade de agir com rapidez. A setorizao da parquia pode favorecer o nascimento de comunidades, pois valorizam os vnculos humanos e sociais. Assim, a Igreja se faz presente nas diversas realidades, vai ao encontro dos afastados, promove novas lideranas e a iniciao vida crist acontece no ambiente em que as pessoas vivem.

    Importa reconhecer que o investimento nestas pequenas comunidades traz consigo o desafio de se pensar naqueles que as vo pastorear, bem como na diversificao dos ministrios confiados aos leigos. A pastoral vocacional se torna prioritria, sobretudo para o ministrio ordenado e a vida consagrada, e a sempre crescente adequao da formao diaconal e presbiteral, inicial e permanente, a este novo momento da histria da evangelizao. Deve ser sempre mais valorizada a atuao do laicato na animao das comunidades. Sob a orientao do bispo diocesano, presbteros, diconos, consagrados e leigos devem se unir em torno das grandes metas evangelizadoras e dos projetos pastorais que as concretizam.

    4.5 IGREJA A SERVIO DA VIDA PLENA PARA TODOS (Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundncia Jo 10,10)

    A vida dom de Deus. O Evangelho da vida est no centro da mensagem de Jesus. A misso dos discpulos o servio vida plena. A Igreja no Brasil sabe que nossos povos no querem andar pelas sombras da morte, tm sede de vida e felicidade em Cristo. Por isso, proclama com vigor que as condies de vida de muitos abandonados, excludos e ignorados em sua misria e dor, contradizem o projeto do Pai e desafiam os discpulos missionrios a maior compromisso a favor da cultura da vida (DAp 358).

    Ao mergulhar nas profundezas da existncia humana, o discpulo missionrio abre seu corao para todas as formas de vida ameaadas desde o seu inicio at a morte natural. Na medida em que nenhuma vida existe para si, mas para outras e para Deus, este um tempo mais que propcio para a articulao e integrao de todas as formas de paixo pela vida. S assim conseguiremos vencer os tentculos da morte.

    atravs da promoo da cultura da vida que os discpulos missionrios de Jesus Cristo testemunham verdadeiramente a sua f. Num tempo que tende a privilegiar o indivduo, a ganncia e o culto ao corpo, em detrimento do bem comum, o discpulo missionrio sabe que Jesus Cristo veio para dar a vida em resgate de todos, voltando-se de modo especial para a ovelha perdida, desgarrada e fragilizada.

    Contemplando os diversos rostos sofredores, especialmente os novos rostos de pobres (DAp 402), o discpulo missionrio enxerga, em cada um, o rosto do seu Senhor: chagado, destroado, flagelado (Is 52,13ss). No se cala diante da vida impedida de nascer, seja por deciso individual, seja pela legalizao e descriminalizao do aborto. No se cala igualmente diante da vida sem alimentao, casa, terra, trabalho, educao, liberdade, esperana e

  • f. O discpulo missionrio reconhece que, seu sonho por vida eterna, leva-o a ser, j nesta vida, parceiro da vida e vida em plenitude. Da o ratificar e potencializar a opo preferencial pelos pobres (DAp 32), implcita na f cristolgica naquele Deus que se fez pobre por ns, para nos enriquecer com sua pobreza (DAp 3), e que dever atravessar todas as suas estruturas e prioridades pastorais (DAp 396) manifestando-se em opes e gestos concretos (DAp 397).

    Mas esta dimenso exige mais que simples gestos caritativos. Exige articulao, conhecimento, organizao na luta por polticas sociais cada vez mais justas e promotoras do bem das pessoas e comunidades. As Diretrizes da 49 Assemblia Geral da CNBB, com suas urgncias, acima descritas, deram-nos uma viso geral dos objetivos da Igreja no Brasil para os anos de 2012 a 2015. Esta viso panormica tem o intuito de lanar luzes sobre a realidade de cada Igreja Particular de nosso pas, que tem, por sua vez, a tarefa de realizar seus planejamentos pastorais a partir das referidas Diretrizes.

    II PARTE

    SNTESE DAS ASSEMBLIAS DECANAIS Procedendo de olhar atento no foco de dar o contributo confeco, forma e ao do Planejamento Pastoral da Diocese de Paranava, segundo as orientaes da 49 Assemblia Geral da CNBB, aconteceram as Assemblias Decanais nos trs Decanatos que compem esta Diocese. A finalidade dessas Assemblias de avaliar e sintetizar as propostas das Assemblias Paroquiais sobre as Urgncias apresentadas pela CNBB. E, tambm, se necessrio, fazer acrscimos e decidir o que ser apresentado para ser trabalhado na Assemblia Diocesana de 15 de novembro 2011, com vistas elaborao do Planejamento Pastoral Diocesano.

    5. ASSEMBLIA DO DECANATO DE PARANAVA Esta importante Assemblia, de 01 de outubro de 2011, contou com representantes de todas as parquias do Decanato de Paranava, com um nmero expressivo de participantes leigos, padres e religiosos. Foi realizada em uma sala da Parquia So Sebastio, com incio s 13h30 por meio da orao conduzida por Dom Geremias, e terminou s 17h30. Procedeu com a explanao do Bispo Diocesano sobre as Urgncias da Ao Evangelizadora e, orientao sobre os trabalhos em grupos. Dos dez grupos formados, cada dois ficaram designados para analisar uma urgncia e dar cinco sugestes, das quais a Assemblia Decanal eliminaria cinco e conservaria cinco para serem encaminhadas Assemblia Diocesana. Do trabalho da Assemblia Decanal foram colhidos os resultados seguintes.

  • 5.1 A Igreja em Permanente Estado de Misso

    Sugestes: a) Oferecer Cursos Bblicos peridicos aos Leigos e um trabalho de

    valorizao da Bblia diante da comunidade; b) Aproveitar os Movimentos e Pastorais, bem como, as Estruturas j

    existentes, como forma prtica e vivel de tornar todos os grupos mais dinmicos na contribuio Igreja na rdua tarefa de evangelizar;

    c) Se necessrio, implantar novas pastorais, onde no existem (fortalecer) com a finalidade exclusiva de chegar s famlias, com periodicidade;

    d) Trabalhar a articulao e comunho entre as aes pastorais; e) Estabelecer formao permanente por meio de escolas nos

    decanatos.

    5.2 Igreja: Casa da Iniciao Crist

    Sugestes: a) Esclarecer o Processo de Iniciao Crist; b) Promover uma nova conscincia do que iniciao crist, utilizando

    as estruturas j existentes. - implantar o RICA nas parquias; c) Estabelecer critrios para escolha dos novos catequistas, bem como

    metas de formao e espiritualidade para os mesmos; d) Criar na Diocese diretrizes para o sacramento da iniciao, e que

    todas as parquias usem os mesmos critrios; e) Oferecer aos catequistas que sejam os primeiros a viver a iniciao

    crist, por meios de encontros, retiros, - formao contnua. Que o material catequtico seja baseado na iniciao crist; - promover a nvel paroquial escolas de formao: bblica, litrgica, catequtica, etc.

    f) Implantar em toda a diocese a pastoral familiar, afim de que esta possa conscientizar e promover os valores cristos;

    5.3 Igreja: Lugar de Animao Bblica da Vida e da Pastoral

    Sugestes a) Promover cursos bblicos nas parquias; b) Ensinar os catequizandos a manusear a Sagrada Escritura, bem

    como promover a prtica da leitura orante diria na sede da parquia;

  • c) Priorizar a leitura bblica em todas as atividades dos movimentos e pastorais;

    d) Preparar grupos de pessoas para levar a Palavra de Deus s famlias e comunidades que se encontram afastadas da Igreja.

    5.4 Igreja: Comunidade de Comunidades

    Sugestes: a) Formao paroquial permanente para todos da comunidade, tendo

    como temas: cristologia, mariologia, documentos da Igreja, leitura orante da Bblia, liturgia, porque a gente s ama aquilo que conhece;

    b) Formao de pequenos setores dentro de setores j existente, ex: visita das capelinhas, orao do tero, acolhida de novos vizinhos, Missa na casa dos dizimistas. Integrar as pessoas da rua e do setor que ainda no participam;

    c) Promover retiros espirituais nas parquias para os jovens que esto finalizando a catequese, apresentando todos os carismas dos movimentos e pastorais da parquia;

    d) Dar abertura para novas pessoas nos trabalhos ministeriais da igreja, (ex: liturgia, canto, MESC ) onde possam destacar novas lideranas;

    e) Aproveitar os encontros de pais e padrinhos, noivos, exquias, pastoral da esperana, readequando o contedo para que neste momento todos tenham um encontro pessoal com cristo.

    5.5 Igreja: A Servio da Vida Plena Para Todos

    Sugestes: a) Agente de promoo vida: dividir as comunidades em setores. Em

    cada um destes setores formar, instruir e nomear um agente de promoo vida que tenha os olhos voltados a identificar problemas relacionados violncia, drogas, prostituio e outros assuntos deste perfil. Estes agentes no resolvero os problemas identificados, mas ser apenas um intermedirio da resoluo, entrando em contato com movimentos e pastorais da Igreja cuja atuao corresponda a cada problema identificado. Porm, este agente deve ir alm da atuao da Igreja, entrando em contato, se necessrio, com o conselho tutelar local, delegacia, escola, ou qualquer outro rgo que possa vir ao encontro da resoluo do problema identificado.

    b) Mutiro de promoo vida: realizar a cada 3 meses mutires de promoo vida. Estes mutires devem ser realizados por profissionais da rea da sade, educao e segurana, que

  • voluntariamente e atravs de organizao e iniciativa da parquia, visitem todas as famlias da comunidade, identificando problemas que agridem a vida plena, direito de todos. Ex: a equipe voluntria ficar atendendo em um determinado local, tendo este trabalho sido divulgado anteriormente.

    c) Conselho diocesano de promoo vida: formar um conselho diocesano de promoo vida que d subsdios para que as duas propostas sugeridas acima, de fato, aconteam. Este conselho deve apoiar, formar, cobrar, fiscalizar.

    d) Criar a pastoral de conjunto a nvel paroquial: unio e dilogo entre pastorais para uma melhor difuso da assistncia aos que sofrem.

    e) Proporcionar oficinas para os jovens, msica, esportes, sendo forma de difundir o Evangelho nesse meio. Fortalecer as redes sociais a servio da evangelizao.

    5.6 ASSEMBLIA DO DECANATO DE LOANDA A Assemblia desse Decanato avaliou, produziu, definiu e ofereceu, para as decises da Assemblia Diocesana de 15 de Novembro de 2011, as seguintes sugestes para cada Urgncia.

    5.6.1 Igreja em Estado Permanente de Misso Sugestes: a) Realizar um trabalho de misso constante para atingir as famlias, os

    que esto em dificuldade e afastados; b) Formao para os padres e leigos, com elementos capazes de

    alcanar os objetivos propostos pelo Documento de Aparecida e a Verbum Domini;

    c) Fazer um trabalho concreto de evangelizao junto aos casais de nova unio, envolvendo a pastoral familiar.

    d) Desenvolver um trabalho de acolhida, acompanhamento e evangelizao junto aos migrantes. Ex. os trabalhadores do corte de cana.

    5.6.2 Igreja: Casa da Iniciao Vida crist Sugestes: a) Criar momentos de catequese para os pais e demais adultos; b) Repensar e formular melhor os cursos de pais e padrinhos;

  • c) A Igreja, comunidade dos engajados, deve promover momentos de orao, de reflexo, no sentido de ajudar as pessoas na comunidade da vida crist;

    d) Organizar na parquia equipe de evangelizao ps Crisma; e) Envolver a Pastoral Familiar em todo o processo de evangelizao

    catequtica.

    5.6.3 Igreja: Lugar da Animao Bblica da Vida e da Pastoral Sugestes: a) Criar momentos de catequese para os pais e demais adultos; b) Formar escolas de estudo bblico, para que o povo aprenda a usar a

    Bblia e interpret-la, com a Leitura Orante; c) Promover uso da Bblia na catequese; d) Promover uma melhor unio entre os grupos, movimentos e pastorais a

    partir do estudo bblico; e) Criar equipes para dar formao bblica na parquia; f) Formao adequada para as equipes Litrgicas paroquiais.

    5.6.4 Igreja: Comunidade de Comunidades Sugestes: a) Formar pequenos grupos; b) Descentralizar as atividades religiosas possveis para os pequenos

    grupos ou comunidades menores: Ex: CEBS; c) Implantar definitivamente o processo de evangelizao para a vida

    crist; d) Promover o dilogo entre os grupos, pastorais e movimentos,

    realizando uma pastoral orgnica e de conjunto; e) Evangelizao da juventude.

    5.6.5 Igreja a Servio da Vida Plena Para Todos Sugestes: a) Fazer parcerias com o poder pblico naquilo que pode objetar um

    trabalho em conjunto; b) Implantar a pastoral da sade em todas as comunidades; c) Integrar todas as foras vivas das comunidades para um agir em

    defesa da vida em todas as suas dimenses; d) Implantar a Pastoral da Visitao; e) Acolher e encaminhar para tratamento os dependentes qumicos.

  • 5.7 ASSEMBLIA DO DECANATO DE PARASO DO NORTE Valiosas, tambm, foram as sugestes vindas do Decanato de Paraso do Norte para a Assemblia Diocesana. Como podemos verificar e comparar com as definies dos decanatos de Paranava e Loanda no que segue a cada Urgncia.

    5.7.1 IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSO Sugestes: a) Disponibilizar formao para pastorais e movimentos; b) Trabalhar com os casais de segunda unio; c) Fortalecer os grupos de reflexo (CEBs); d) Trabalhar com os jovens e adolescentes; e) Oferecer orientaes sobre a poltica.

    5.7.2 IGREJA: CASA DA INICIAO VIDA CRIST Sugestes: a) Trabalhar a formao permanente de todos os grupos, em todos os

    nveis: (Diocesano, Decanal e Paroquial), para que cada pessoa, conhecendo mais a Jesus, sua mensagem e sua Igreja possa amar e abraar a causa do Reino de Deus.

    b) A catequese tem que ser valorizada e com isso os sacramentos de Iniciao devem ser mais bem trabalhados, tanto na Catequese como na Pastoral Familiar, e com isto, mostrar que a Igreja no s dar os Sacramentos, mas a vivncia dos mesmos.

    5.7.3 IGREJA: LUGAR DA ANIMAO BBLICA DA VIDA E DA PASTORAL Sugestes: a) Prtica da Leitura Orante da Bblia; b) Formao Bblica (Escola Bblica nas comunidades, com a participao

    dos agentes de pastoral e comunicao). 5.7.4 IGREJA: COMUNIDADE DE COMUNIDADES

    Sugestes: a) Formar a Pastoral Familiar (trabalhar com casais de segunda unio); b) Formar a Pastoral do Dzimo, tanto a nvel diocesano, como paroquial; c) Formar uma Pastoral de Conjunto; d) Dividir a comunidade em setores.

  • 5.7.5 IGREJA A SERVIO DA VIDA PLENA PARA TODOS Sugestes: a) Dar prioridade aos rostos sofridos de nossa Parquia, dando nfase

    para a vida, destacando os respectivos segmentos pastorais; b) Trabalhar a evangelizao dos jovens; c) Pastoral da acolhida (buscar os afastados). d)

    Observamos nas decises das Assemblias dos Decanatos de Paranava, Loanda e Paraso do Norte, que h pontos que se repetem e convergem, demonstrando a percepo dos membros das assemblias decanais quanto ao grau de importncia e urgncia dos desafios a serem trabalhados na realidade do territrio de nossa Diocese. Para melhor realar a compreenso, exporemos de forma sequencial os tens mais sugeridos, e alguns que mesmo no tendo muita indicao dos membros das assemblias revestem-se de grande significado. Acompanhemos:

    Oferecer formao aos leigos e leigas sobre: iniciao crist, Bblia, espiritualidade (10x);

    Estruturar trabalhos com os jovens e adolescentes da crisma e ps-crisma (4x);

    Trabalhar a comunho e articulao das pastorais, movimentos - Pastoral de conjunto- (2x);

    Trabalhar com casais em nova unio (2x); Reformular os cursos de pais e padrinhos; Empenhar-se na setorizao paroquial.

    Sinteticamente, so esses os desafios apresentados pelas assemblias decanais a serem trabalhados na Assemblia Diocesana de 15 de novembro, aproveitando, em especial, as estruturas j existentes na diocese e nas parquias.

  • III PARTE

    SNTESE GERAL - APROVADA EM ASSEMBLIA Iluminados pelas orientaes das Diretrizes Gerais da Ao Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015, da 49 Assemblia Geral da Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil, as quais a Diocese de Paranava se empenhou em estudar pelas Assemblias Paroquiais atravs da Cartilha elaborada pelo Bispo, Dom Geremias e um grupo de padres e Freis. E, aprofundou as propostas das Assemblias paroquiais por meio das Assemblias Decanais, que deram novas colaboraes para a Assemblia Diocesana de 15 de Novembro de 2011. Que, por sua vez, refletiu, sintetizou, ampliou e ratificou decises das assemblias decanais, e aprovou para este Plano Pastoral Diocesano a seguinte sntese:

    6. A Igreja em Estado Permanente de Misso a) Realizar um trabalho de misso constante para atingir as famlias, os que esto em dificuldades e afastados, com especial ateno evangelizao dos casais em nova unio e juventude, envolvendo a pastoral familiar; b) A partir dos princpios e objetivos propostos pelo Documento de Aparecida e Verbum Domini, promover a articulao e a comunho entre as Pastorais (Pastoral Orgnica e de Conjunto);

    6.1 Igreja: Casa de Iniciao Crist c) Implantar e operacionalizar as diretrizes da Iniciao Crist, centradas no RICA, a partir da renovao das estruturas j existentes, enfatizando a escolha e formao de novos catequistas e a evangelizao ps-Crisma;

    d) Repensar e reformular os encontros de Pais e Padrinhos. 6.2 Igreja: Lugar de Animao Bblica da Vida e da Pastoral e) Criar equipes de formao bblica para atuar nas parquias; f) Priorizar a Leitura Orante da Bblia em todas as atividades dos movimentos, pastorais e grupos.

    6.3 Igreja: Comunidade de Comunidades g) Aproveitar os encontros de pais e padrinhos, noivos, exquias, pastoral da esperana, readequando o seu contedo, para que as pessoas descubram o valor da vida em comunidade e possam ser acolhidas para os trabalhos ministeriais da Igreja;

  • h) Descentralizar as atividades religiosas possveis para as CEBs e os pequenos grupos, dando especial ateno ao setor juventude;

    6.4 Igreja: A Servio da Vida plena para Todos i) Articular as Pastorais Sociais em nvel paroquial e diocesano, para uma melhor assistncia aos que sofrem;

    g) Fazer parcerias com o setor pblico, objetivando o trabalho em conjunto, integrando todas as foras vivas da sociedade para um agir em defesa da vida em todas as suas dimenses.

    Embora, aparentem demasiado sintticas as designaes e definies da Assemblia Diocesana para cada Urgncia, importante lembrar que elas necessitaram de muito empenho - sobretudo amor causa - de todas as foras vivas da Diocese, em especial do Bispo Diocesano, Coordenador da Ao Evangelizadora, padres diocesanos, religiosos, religiosas e coordenadores leigos, para seu valor efetivo.

    A fim de concretizar as decises da Assemblia Diocesana presentes neste planejamento pastoral 2012-2015, construdo na comunho e participao das parquias e decanatos que compem nossa Diocese de Paranava, foi proposto - e aceito em reunio do clero diocesano - pelo Bispo Diocesano, Dom Geremias Steinmetz, a criao do Conselho Diocesano de Pastoral, cuja finalidade retomar, discutir e avaliar as decises da Assemblia de 15 de novembro de 2011 para priorizar urgncias e alavancar sua operacionalizao.

    So membros natos deste Conselho: o Bispo Diocesano, o Coordenador da Ao Evangelizadora, os Coordenadores Diocesanos de Pastorais e Movimentos, Procos e Padres Assessores. A pedido do Bispo Diocesano e indicao dos procos participaro do Conselho dois membros de cada comunidade paroquial das trinta e cinco parquias que compem esta Diocese de Paranava.

    Por fim, Deus que inspirou o bom propsito da evangelizao em vista da salvao de todos que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador, nos d a graa de um ardoroso empenho na concretizao dessas prioridades da Assemblia Diocesana, por sua vez, bem explicitadas neste Planejamento Pastoral.