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UNIRIO Univer sidade Federal do Estado do Rio de Janeiro  X VIII C olóquio do Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO Programação e Caderno de Resumos

XVIII Colóquio - CadernoDeResumos

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UNIRIOUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

 XVIII Colóquiodo Programa de Pós-Graduação

em Música da UNIRIO

Programaçãoe

Caderno de Resumos

07, 08 e 09 de outubro de 2013

Sala Vera Janacopulos Av. Pasteur, 296 - Urca

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UNIRIOUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

REITOR

Luiz Pedro San Gil Jutuca

V ICE-REITOR

 José da Costa Filho

PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

Ricardo Cardoso

DECANA DO CLACarole Gubernikoff 

C OORDENADOR DO PPGMClayton Daunis Vetromilla

DIRETOR DO INSTITUTO V ILLA-LOBOS

Sérgio Azra Barrenechea

SECRETARIA DE ENSINO DO PPGM Aristides Antônio Domingues Filho

Leandro Rodrigues

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA Av. Pasteur, 436 – Praia Vermelha

Rio de Janeiro – RJ - Cep: 22290-040Tel: (21) 2542-2554www.unirio.br/ppgm

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 XVIII Colóquiodo Programa de Pós-Graduação

em Música da UNIRIO

C OMISSÃO ORGANIZADORA

C OORDENAÇÃO Martha Tupinambá de Ulhôa

ORGANIZAÇÃO ARTÍSTICA

 João Batista Sartor Luciano Câmara

Nichola Dittrich Viggiano 

ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA

Daniel Puig Luiz Costa-Lima Neto

Pedro MattosRenato Borges

ORGANIZAÇÃO GERAL Marcia Ogando

Sabrina Lôbo

07, 08 e 09 de outubro de 2013

Sala Vera Janacopulos

 Av. Pasteur, 296 - Urca

07, 08 e 09 de outubro de 2013 · UNIRIO / CLA / IVL / PPGM

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Programação

Segun a, 07 de outubro de 2013

9:00 Credenciamento / Inscrições de ouvintes

9:30 Recital-Conferência

A ESCRITA PARA PIANO DE EDINO KRIEGER: UMAABORDAGEM ESTRUTURAL E INTERPRETATIVA

Prof. Dr. José Wellington dos Santos (piano)

Sessão de Comunicações

11:00 ANÁLISES DE GRAVAÇÕES COM PRESENÇA EAUSÊNCIA DO PRATO RIDE

Mário Negrão Borgonovi

11:20 PARÂMETROS DO ÁUDIO DIGITAL COMO ELEMENTOSPARA CRIAÇÃO NA MÚSICA DE TRENT REZNOR

Pedro Mattos

11:50 A ESPACIALIDADE SOB O FOCO DA ANÁLISE: QUATROMUROS A SEREM DERRUBADOS

Renato Pereira Torres Borges

12:20 Almoço

13:40 Credenciamento / Inscrições de ouvintesSessão de Comunicações

14:00 A FORMAÇÃO PARA O ENSINO A ALUNOS COM ALTASHABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO: ANALISANDO AQUESTÃO NAS DIRETRIZES CURRICULARES DASLICENCIATURAS EM MÚSICA

Marcia Gabriela Correia Ogando

14:20 SUINGUE SE APRENDE? SUINGUE SE ENSINA?

Manoela Marinho Rego

14:40 O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DEVITÓRIA (ES): UM LEVANTAMENTO HISTÓRICODESDE O SÉCULO XVI AO SÉCULO XXI

 Ademir Adeodato

15:10 EDUCAÇÃO MUSICAL ONLINE E REDES SOCIAIS NAINTERNET: DELINEANDO O CAMPO DE PESQUISA

 Juciane Araldi Beltrame

15:40 EDUCAÇÃO MUSICAL: O QUE É BÁSICO NAEDUCAÇÃO BÁSICA?Rebeca Vieira de Queiroz Almeida

16:00 Intervalo

Recitais Comentados

16:30 “TECLAS PRETAS”, IMPRESSÕES SOBRE ACADÊNCIA DE ZÉ BODEGA

Denize Rodrigues Cerqueira

17:00 O “CHORO PARA SAXOFONE E ORQUESTRA” DE CLAUDIOSANTORO – UMA PROPOSTA INTERPRETATIVAVinícius Macedo

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Terça, 8 de outubro de 2013

9:00 Credenciamento / Inscrições de ouvintes

9:30 Recital Comentado

DIGITAÇÃO ENARMÔNICA EM FLAUTAS DE SISTEMASIMPLES A PARTIR DA BIBLIOTECA MUSICAL DAIMPERATRIZ LEOPOLDINA NO BRASIL

Claudio Frydman

Sessão de Comunicações

10:10 A CRIATIVIDADE PRESENTE NOS PROCESSOS DESIGNIFICAÇÃO MUSICAL

Marcio Pizzi de Oliveira

10:30 A ABORDAGEM À CRIANÇA DE 1 A 3 ANOS A PARTIRDA TEORIA DO AMADURECIMENTO EMOCIONAL DED. W. WINNICOTT E SUAS IMPLICAÇÕES EM UMPROCESSO DE MUSICALIZAÇÃO INFANTIL

 Arthur Bava

11:00 ASPECTOS SOBRE A CRIATIVIDADE E AEDUCAÇÃO MUSICAL

Ricardo Murtinho Braga Cotrim

11:30 APRECIAÇÃO MUSICAL: CONCEITOS E APLICAÇÕESANALISADOS À LUZ DA TEORIA DASREPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Gina Denise Barreto Soares

12:00 O ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS NODESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO MUSICAL

Mauro Luiz da Rocha Soares

12:30 Almoço

Sessão de Comunicações

14:00 SOUL MAIS SAMBA: “RIVALIDADE” ENTRE O MOVIMENTOBLACK RIO E O SAMBA NOS ANOS 1970

Sabrina Lôbo de Moraes

14:30 FORRÓ EM ESTADO DE FLUXO: UM OLHAR SOBRE ABIPOLARIZAÇÃO ELETRÔNICO/PÉ-DE-SERRA

Climério de Oliveira Santos

15:00 VIDEO GAME MUSIC: REFLEXÕES INICIAIS APARTIR DE ENTREVISTAS

Schneider Ferreira Reis de Souza

15:30 TRABALHO ACÚSTICO EM UMA ANÁLISEETNOMUSICOLÓGICA DOS ARRANJOS DASBATERIAS DE ESCOLAS DE SAMBA

Lino Camenietzki Amorim

16:00 Intervalo

Palestra

16:30 GAZZI DE SÁ E O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO MUSICALNA PARAÍBA (1930-1950)

Profª. Drª. Luceni Caetano da Silva

17:30 Lançamento do livro:

GAZZI DE SÁ E O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO MUSICALNA PARAÍBA (1930-1950)

 Autora: Luceni Caetano da Silva

07, 08 e 09 de outubro de 2013 · UNIRIO / CLA / IVL / PPGM

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Quart  , 09 de outubro de 2013

9:00 Credenciamento / Inscrições de ouvintes

9:30 Recital Comentado

FLAUTA COM HARMONIA E AFETO João Batista Sartor 

Sessão de Comunicações

10:10 MÚSICA ESPECTRAL: ANÁLISE MUSICAL DE“UNANSWERED QUESTIONS” PARA FLAUTA SOLODE TRISTAN MURAIL 

 João Batista Sartor 

10:40 A IMAGEM E O OUVINTE

Fábio Monteiro de Souza

11:00 CAGE E A FILOSOFIA DO ATO DE BAKHTIN

Ricardo Mendonça Petracca

11:30 ANÁLISE DO “ESTUDO Nº 15 WHITE ON WHITE”,DE G. LIGETI

Rudi Garrido da Costa Lima

12:00 A CANÇÃO “DESAFINADO”: UMA ANÁLISE ESTRUTURAL Josimar Machado Gomes Carneiro

12:30 OS “CORDOFONES POLIGLOTAS” E OS PROBLEMASTERMINOLÓGICOS DO VIOLÃO NO BRASIL

Humberto Amorim

12:50 Almoço

Sessão de Comunicações

14:10 ESTUDO COMPARATIVO DE TRÊS GRAVAÇÕESDO “NOTURNO PARA FLAUTA E PIANO” DENIVALDO ORNELAS

David Ganc 

14:30 A COMPOSIÇÃO “DI MENOR” DE GUINGA E O FRASEADODO VIOLÃO DE SETE CORDAS DO SAMBA/CHORO

Luciano Augusto Câmara da Silva

15:00 PANORAMA SOBRE AS PRINCIPAIS TÉCNICAS DE SEISBAQUETAS UTILIZADAS EM INSTRUMENTOSBARRAFÔNICOS DE PERCUSSÃO ATUALMENTE

 Ana Letícia de Barros Santoro

15:30 APLICABILIDADE DAS IDEIAS INTERPRETATIVAS DE HUGORIEMANN NO "MOSAICO" DE J. V. BRANDÃO

Daniel Aguiar Novais

16:00 Intervalo

Concerto de Encerramento17:00 ORQUESTRA BARROCA DA UNIRIO

Direção: Profa. Dra. Laura Rónai

 XVIII Colóquio do Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO

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 XVIII Colóquiodo Programa de Pós-Graduação

em Música da UNIRIO

Sumário

Resumos  pág.

O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VITÓRIA(ES): UM LEVANTAMENTO HISTÓRICO DESDE O SÉCULO XVIAO SÉCULO XXI

............................................................................................................................... Ademir Adeodato  12UNIRIO – Doutorado em Música – Música e Educação / Ensino-aprendizagem em música

PANORAMA SOBRE AS PRINCIPAIS TÉCNICAS DE SEISBAQUETAS UTILIZADAS EM INSTRUMENTOSBARRAFÔNICOS DE PERCUSSÃO ATUALMENTE

....................................................................................................... Ana Letícia de Barros Santoro  13UNIRIO – Doutorado em Música – Musicologia / Linguagem e Estruturação Musical 

A ABORDAGEM À CRIANÇA DE 1 A 3 ANOS COM BASE NATEORIA DO AMADURECIMENTO EMOCIONAL DE D.W.WINNICOTT E SUAS IMPLICAÇÕES EM UM PROCESSO DEMUSICALIZAÇÃO INFANTIL

......................................................................................................................................... Arthur Bava  14UNIRIO – Mestrado em Música – Ensino e aprendizagem em Música / Música e Educação

DIGITAÇÃO ENARMÔNICA EM FLAUTAS DE SISTEMASIMPLES A PARTIR DA BIBLIOTECA MUSICAL DAIMPERATRIZ LEOPOLDINA NO BRASIL

...............................................................................................................................Claudio Frydman  15UNIRIO – Doutorado em Música – Teoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

FORRÓ EM ESTADO DE FLUXO: UM OLHAR SOBRE ABIPOLARIZAÇÃO ELETRÔNICO/PÉ-DE-SERRA

............................................................................................................Climério de Oliveira Santos  17 UNIRIO – Doutorado em Música – Musicologia / Etnografia das Práticas Musicais

07, 08 e 09 de outubro de 2013 · UNIRIO / CLA / IVL / PPGM

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APLICABILIDADE DAS IDEIAS INTERPRETATIVAS DE HUGORIEMANN NO “MOSAICO Nº 1” DE JOSÉ VIEIRA BRANDÃO

........................................................................................................................Daniel Aguiar Novais 

18UNIRIO – Mestrado em música – Teoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

ESTUDO COMPARATIVO DE TRECHOS DE TRÊS GRAVAÇÕESDO “NOTURNO PARA FLAUTA E PIANO” DE NIVALDOORNELAS

.........................................................................................................................................David Ganc   19

UNIRIO – Mestrado em Música – Teoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

“TECLAS PRETAS”, IMPRESSÕES SOBRE A CADÊNCIA DE ZÉBODEGA

..........................................................................................................Denize Rodrigues Cerqueira  20UNIRIO – Mestrado em Música – Teoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

A IMAGEM E O OUVINTE................................................................................................................Fábio Monteiro de Souza  21

UFRJ – Mestrado em Música – Composição / Poética da criação musical 

APRECIAÇÃO MUSICAL: CONCEITOS E APLICAÇÕES

ANALISADOS À LUZ DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕESSOCIAIS

...........................................................................................................Gina Denise Barreto Soares  22UNIRIO – Doutorado em Música – Música e Educação / Ensino Aprendizagem em Música

OS “CORDOFONES POLIGLOTAS” E OS PROBLEMASTERMINOLÓGICOS DO VIOLÃO NO BRASIL

...........................................................................................................................Humberto Amorim 

23UNIRIO – Doutorado em Música – Musicologia / Linguagem e Estruturação Musical 

MÚSICA ESPECTRAL: ANÁLISE MUSICAL DE “UNANSWEREDQUESTIONS” PARA FLAUTA SOLO DE TRISTAIN MURAIL

............................................................................................................................ João Batista Sartor   24

UNIRIO – Doutorado em Música – Teoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

A CANÇÃO “DESAFINADO”: UMA ANÁLISE ESTRUTURAL.............................................................................................. Josimar Machado Gomes Carneiro  25

UNIRIO – Doutorado em Música – Composição / Linguagem e Estruturação Musical 

EDUCAÇÃO MUSICAL ONLINE E REDES SOCIAIS NAINTERNET: DELINEANDO O CAMPO DE PESQUISA

.................................................................................................................... Juciane Araldi Beltrame  26UNIRIO – Doutorado em Música – Música e Educação / Ensino-Aprendizagem em Música

 XVIII Colóquio do Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO

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ETNOMUSICOLOGIA E TRABALHO ACÚSTICO NOREDIRECIONAMENTO POLÍTICO DE UMA PESQUISA ACERCA

DAS BATERIAS DAS ESCOLAS DE SAMBA..............................................................................................................Lino Camenietzki Amorim  27 UNIRIO – Mestrado em Música – Musicologia / Etnografia das práticas musicais

A COMPOSIÇÃO “DI MENOR” DE GUINGA E O FRASEADO DOVIOLÃO DE SETE CORDAS DO SAMBA/CHORO

................................................................................................................................Luciano Camara  28

UNIRIO – Mestrado em Música – Musicologia / Documentação e História da Música

SUINGUE SE APRENDE? SUINGUE SE ENSINA?..................................................................................................................Manoela Marinho Rego  29

UNIRIO – Mestrado em Música – Música / Música e Educação

A FORMAÇÃO PARA O ENSINO A ALUNOS COM ALTASHABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO: ANALISANDO AQUESTÃO NAS DIRETRIZES CURRICULARES DASLICENCIATURAS EM MÚSICA

.................................................................................................Marcia Gabriela Correia Ogando  30UNIRIO – Doutorado em Música – Educação Musical / Ensino e Aprendizagem em Música

A CRIATIVIDADE PRESENTE NOS PROCESSOS DESIGNIFICAÇÃO MUSICAL

..................................................................................................................Marcio Pizzi de Oliveira  31UNIRIO – Mestrado em Música – Música e Educação / Ensino aprendizagem em música

ANÁLISES DE GRAVAÇÕES COM PRESENÇA E AUSÊNCIA DO

PRATO RIDE.................................................................................................................Mário Negrão Borgonovi  32

UNIRIO – Mestrado em Música – Musicologia / Etnografia das práticas musicais

ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS NODESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO MUSICAL

........................................................................................................Mauro Luiz da Rocha Soares  33UNIRIO – Mestrado em Música – Música e Educação / Ensino e Aprendizagem em Música

PARÂMETROS DO ÁUDIO DIGITAL COMO ELEMENTOS PARACRIAÇÃO NA MÚSICA DE TRENT REZNOR

......................................................................................................................................Pedro Mattos  34UNIRIO – Mestrado em Música – Musicologia / Documentação e História da Música

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EDUCAÇÃO MUSICAL: O QUE É BÁSICO NA EDUCAÇÃOBÁSICA?

................................................................................................Rebeca Vieira de Queiroz Almeida 

35UNIRIO – Mestrado em Música – Educação Musical / Ensino-Aprendizagem em Música

A ESPACIALIDADE SOB O FOCO DA ANÁLISE: QUATROMUROS A SEREM DERRUBADOS

.........................................................................................................Renato Pereira Torres Borges  36UNIRIO – Mestrado em Música – Musicologia / Documentação e História da Música

ASPECTOS SOBRE A CRIATIVIDADE E EDUCAÇÃO MUSICAL...................................................................................................Ricardo Murtinho Braga Cotrim  37 

UNIRIO – Mestrado em Música – Música e Educação / Ensino-aprendizagem

CAGE E A FILOSOFIA DO ATO DE BAKHTIN..........................................................................................................Ricardo Mendonça Petracca  38

UNIRIO – Doutorado em Música – Composição / Linguagem e Estruturação Musical 

ANÁLISE DO “ESTUDO Nº 15, WHITE ON WHITE” DE GYÖRGYLIGETI

.......................................................................................................................................Rudi Garrido  39

UNIRIO – Mestrado em Música – Composição / Linguagem e Estruturação Musical 

SOUL MAIS SAMBA: “RIVALIDADE” ENTRE O MOVIMENTOBLACK RIO E O SAMBA NOS ANOS 1970

.................................................................................................................Sabrina Lôbo de Moraes  40UNIRIO – Mestrado em Música – Musicologia / Etnografia das Práticas Musicais

VIDEO GAME MUSIC: REFLEXÕES INICIAIS A PARTIR DEENTREVISTAS

.................................................................................................Schneider Ferreira Reis de Souza  41UNIRIO – Mestrado em Música – Musicologia / Etnografia das práticas musicais

O “CHORO PARA SAXOFONE E ORQUESTRA” DE CLAUDIOSANTORO – UMA PROPOSTA INTERPRETATIVA

................................................................................................................................Vinícius Macedo  42UNIRIO – Mestrado em Música – Práticas Interpretativas / Teoria e Prática da Interpretação

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 XVIII Colóquiodo Programa de Pós-Graduação

em Música da UNIRIO

Resumos

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O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DEVITÓRIA (ES): UM LEVANTAMENTO HISTÓRICO

DESDE O SÉCULO XVI AO SÉCULO XXI

Ademir AdeodatoUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaMúsica e Educação / Ensino e Aprendizagem em música

Resumo: Este trabalho refere-se a uma pesquisa em andamento do Curso dedoutorado em Música da UNIRIO. Tem por objetivo investigar, historicamente, olugar ocupado pelo ensino musical na rede regular de ensino de Vitória (ES). Olevantamento estende-se desde o final do século XVI até o início do século XXIe buscará analisar como fatores políticos, socioeconômicos e pedagógicos têminfluenciado a implementação do ensino de música nas escolas públicas destemunicípio. A pesquisa se dará por meio de uma abordagem histórica e terámetodologia predominantemente qualitativa. A coleta e o levantamento dosdados serão realizados por meio de: 1) Pesquisa bibliográfica e documental   –desenvolvida, prioritariamente, nos arquivos públicos de Vitória e nas SecretariasMunicipal e Estadual de Educação. Serão analisadas publicações diversas (livros,artigos, revistas) e documentos oficiais (decretos, leis, portarias, dentre outros),que possam trazer informações referentes aos objetivos deste trabalho; 2) Pesquisa de Campo – buscará informações sobre as propostas realizadas a partir

da segunda metade do século XX. Entrevistas serão conduzidas e questionáriosaplicados com sujeitos (professores, coordenadores, gestores, dentre outros) queparticiparam de tais propostas. O método de análise de conteúdo, proposto porLaurence Bardin, foi escolhido para a interpretação dos dados. As reflexões serãosubsidiadas teoricamente por estudos provenientes dos campos da Educação eda Educação Musical. Em relação ao campo educacional, serão focados estudosque analisam as políticas públicas na educação básica brasileira, enquanto que no

que se refere à Educação Musical serão utilizados trabalhos que refletem sobrepropostas de inserção curricular do ensino de música no Brasil. Espera-se quepelo intercruzamento das informações e pelas reflexões decorrentes possamoscontribuir para a construção de referências teóricas e práticas que fortaleçam asdiscussões sobre as políticas públicas de inserção do ensino de música naeducação básica brasileira.

Palavras-Chave: Ensino de música, Educação Básica, Políticas Públicas,Legislação Educacional, Vitória (ES).

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PANORAMA SOBRE AS PRINCIPAIS TÉCNICAS DESEIS BAQUETAS UTILIZADAS EM INSTRUMENTOS

BARRAFÔNICOS DE PERCUSSÃO ATUALMENTE

Ana Letícia de Barros SantoroUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaMusicologia / Linguagem e Estruturação Musical

Resumo: Desde o início do século XX é possível encontrar relatos depercussionistas famosos que testaram a utilização da técnica de quatro baquetasnos instrumentos barrafônicos de percussão, adicionando mais uma baqueta emcada mão em suas performances no xilofone, na marimba e, mais tarde, novibrafone. Estas tentativas foram as sementes que permitiram o surgimento e oestabelecimento de uma nova prática no final do século XX. No decorrer deaproximadamente cem anos, a técnica de seis baquetas se estabeleceufirmemente no cenário percussivo mundial. Apesar de existirem mais de cemobras compostas pelo mundo e vários métodos didáticos dedicados unicamentea esta técnica, a nova prática ainda não conquistou seu espaço no Brasil. Estacomunicação tem como objetivo divulgar as principais técnicas de seis baquetasdisponíveis atualmente e suas características particulares, ainda pouco conhecidasno país. Atualmente existem seis escolas principais de utilização da técnica, cadauma possuindo características específicas de mobilidade e independência. Esta

comunicação tem como objetivo descrever as escolas existentes, seus criadorese as configurações específicas de cada técnica.

Palavras-Chave: Seis Baquetas, Teclados Barrafônicos, Vibrafone, Marimba,Técnica de Percussão.

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A ABORDAGEM À CRIANÇA DE 1 A 3 ANOS COMBASE NA TEORIA DO AMADURECIMENTO

EMOCIONAL DE D.W. WINNICOTT E SUASIMPLICAÇÕES EM UM PROCESSO DE

MUSICALIZAÇÃO INFANTIL

Arthur BavaUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em Música

Música e Educação / Ensino e Aprendizagem em música

Resumo: Essa comunicação é parte de dissertação de mestrado, constituindoum recorte em relação ao todo. A discussão aprofundada da teoria de Winnicottserá apresentada na dissertação, enquanto no presente texto relacionaremosteoria e prática, na apresentação da estrutura de uma aula. O objetivo é situar o

professor no universo em que se encontra a criança desta faixa etária, a partirdesta teoria, para auxiliá-lo na abordagem à criança e no planejamento eexecução das atividades visando à aprendizagem. Winnicott ressalta a importânciada relação “mãe-bebê” para a constituição de indivíduos saudáveis. Segundo ele,essa relação é fundamental para o estabelecimento de um psiquismo, de um eu, epara a capacidade de se relacionar com objetos e com o outro. Para isso,depende da existência de um ambiente facilitador (mãe suficientemente boa) quefavoreça as experiências criativas do bebê e a gradativa integração destasexperiências em uma identidade unitária, o si-mesmo. É também nessa relaçãoque o bebê desenvolve a capacidade de se relacionar com a realidade,inicialmente de maneira subjetiva, passando por uma fase intermediária entre osubjetivo e o objetivo, para só então, poder se relacionar de maneira objetiva,como um si-mesmo, separado da díade mãe-bebê. Essa capacidade de serelacionar com um determinado sentido de realidade em razão de seuamadurecimento, terá que ser observada pelo professor ao abordar a criança

desta faixa etária, uma vez que essa capacidade delimitará o âmbito dasexperiências que ela será capaz de vivenciar; e consequentemente afetará a formacomo o professor irá estabelecer e apresentar os conteúdos em um processo deensino-aprendizagem adaptado e condizente com as possibilidades da criança(papel do professor suficientemente bom).

Palavras-Chave: Musicalização infantil, Winnicott, Relação “mãe-bebê”,

Professor “suficientemente bom”.

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DIGITAÇÃO ENARMÔNICA EM FLAUTAS DESISTEMA SIMPLES A PARTIR DA BIBLIOTECA

MUSICAL DA IMPERATRIZ LEOPOLDINA NO BRASIL

Claudio FrydmanUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaTeoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

Resumo: O presente recital comentado tem o objetivo de apresentar nossapesquisa de doutorado, que discute práticas interpretativas em flautas de sistema simples  (mecanismo que antecedeu o sistema  moderno  da flauta Boehm, cujomodelo final foi forjado em 1847), à luz das práticas historicamente informadas.Para esse fim, utilizamos instrumentos originais e adotamos uma bibliografia dosséculos XVIII e XIX: incluindo métodos, tabelas e outras fontes. Como objetodeste estudo, recorremos a uma seleção de partituras para flauta e piano dadécada de 1810. Essas obras, localizadas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro,pertenceram à Maria Leopoldina de Habsburgo (1797-1826) – Imperatriz-consortede D. Pedro I  – e fazem parte da Colleção D. Thereza Christina Maria. Uma dasprincipais questões debatidas na tese (a ser defendida em 2014) é o dedilhadodiferenciado para notas enarmônicas, uma prática que entrou em desuso nodecorrer do século XIX – sobretudo, com a adesão da classe musical aotemperamento igual. Se por um lado, a desconsideração da diferença entre

sustenidos e bemóis simplificou, por outro reduziu o espectro sonoro, o quecausou um empobrecimento da execução. Essa condição é quase imperceptívelaos ouvidos de hoje, mas à época era determinante para uma imersão emocionalno caráter pretendido. Para uma percepção mais apurada das enarmonias, o duoformado pelo flautista Claudio Frydman  e o pianista  Jorge Ortiz  iráinterpretar movimentos lentos de sonatas dos seguintes autores: AugustEberhardt Müller, Raphael Dressler e C.T. Moritz. Até o momento, chegamos à

conclusão preliminar de que a técnica acima descrita é particularmenteconveniente em flautas de sistema simples, uma vez que esses instrumentosadmitem possibilidades mais maleáveis de digitação, além de se adaptarem melhora diferentes temperamentos.

Palavras-Chave: Flauta Transversal, Práticas Interpretativas, Música Antiga,Século XIX.

Recital Comentado

CLAUDIO FRYDMAN – FLAUTA TRANSVERSAL JORGE ORTIZ – PIANO

August Eberhardt Müller (1767-1817)

“Grande Sonate pour le Piano-Forte et Flûte, Oeuv. 38”  II) Larghetto Melanconico (3’)  Leipzig: C. F. Peters, s.d. [BN (DIMAS): 181-]

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Raphael Dressler (1784-1835)“Sonata per il Forte-Piano e Flauto, Op. 51”  II) Andante Sostenuto (5’) 

Leipzig: C. F. Peters, s.d. [BN (DIMAS): ca. 1819]

C.T. Moritz (final do séc. XVIII – início do séc. XIX)“Grande Sonate Concertante pour le Pianoforte et la Flûte, Ov. 8”  II) Andante (6’30”)  Leipzig: C. F. Peters, s.d. [BN (DIMAS): 1814]

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FORRÓ EM ESTADO DE FLUXO: UM OLHAR SOBRE ABIPOLARIZAÇÃO ELETRÔNICO/PÉ-DE-SERRA

Climério de Oliveira SantosUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaMusicologia / Etnografia das Práticas Musicais

Resumo: Este trabalho é proveniente da pesquisa que hora desenvolvo nocurso de doutorado e que lança um olhar crítico sobre a bipolarização forró pé-de-serra  (ou tradicional ) e forró eletrônico  (ou estilizado). Essas duas categoriascostumam ser naturalizadas por vários agentes que comumente as consideramestanques e dentro das quais costumam enquadrar toda a diversidade existenteno forró. Ao aprofundar a investigação sobre categorias classificatórias, foramobservadas ocorrências que extrapolam as convenções e regras vinculadas aoque se costuma chamar de “gênero musical”, no sentido discutido por vários

autores, como Steven Neale (1980), Simon Frith (1996), Keith Negus (1999) eFabian Holt (2007). No entanto, embora exerça influência vetorial num fluxo maisabrangente, o  gênero musical   é abordado aqui enquanto categoria êmica,empregada por executivos da indústria, músicos e outros agentes no sentido deviabilizarem as suas carreiras profissionais. O gênero musical interage com outrasocorrências menos evidentes, às vezes periféricas, não codificadas, as quaisdenomino de práticas de fronteira, posto que não integram o conjunto de

convenções/regras genéricas. Como estudo de caso, este trabalho focaliza osprojetos de alguns artistas – Silvério Pessoa, Josildo Sá e Geraldinho Lins – quenão enquadram a si próprios e nem são enquadrados por outrem em nenhumadas vertentes opostas do forró. Ao identificar entre tais artistas certas práticasnão codificadas no referido gênero, a pesquisa deste trabalho passou a abordar oforró como um fluxo, isto é, um conjunto mais amplo que inclui o gênero musicale as práticas fronteiriças. Em estado de fluxo, o forró está em movimento

permanente, operando num constante devir. O estudo esteia-se em trabalho decampo, em preceitos de etnomusicologia e das ciências sociais, sobretudo,antropologia e sociologia.

Palavras-Chave: Forró, Fluxo musical, Práticas de fronteira, Diversidade.

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APLICABILIDADE DAS IDEIAS INTERPRETATIVASDE HUGO RIEMANN NO “MOSAICO Nº 1”

DE JOSÉ VIEIRA BRANDÃO

Daniel Aguiar NovaisUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em música Teoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

Resumo: O presente material foi organizado a partir de algumas fontes quetraçam um panorama do papel desempenhado na musicologia por Hugo Riemann(1849-1919), mostrando o alcance que suas teorias tiveram no meio acadêmico etambém fora dele. O vasto trabalho do musicólogo alemão notabilizou-seespecialmente pelas suas contribuições para a Teoria das Funções Harmônicas epara o fraseado musical, que constitui o objeto mor desta pesquisa. Riemannestudou e sistematizou as concepções fraseológicas de diversos autores detratados anteriores a ele, do século XIX e também do século XVIII, de modo apoder apresentar sua própria visão acerca da métrica e da fraseologia. O teóricochegou a cunhar um novo termo; “agógica” – para se referir às flutuações dopulso musical utilizadas na condução rítmica da frase. Desenvolveu, ainda, umconjunto de símbolos para indicar nuances expressivas, os quais foram utilizadosnas suas numerosas edições de obras de diversos compositores. No decorrer dapesquisa, será delineado um apanhado mais detalhado das ideias riemannianas

sobre o fraseado musical, e para isso recorre-se não somente às obras dopróprio Riemann, como também aos textos críticos de Damien EhrhardtAlexander Rehding e outros. É notória a ausência de traduções de obras deHugo Riemann para o português, o que explica em parte a escassez de estudosmais aprofundados sobre esse teórico alemão no Brasil. Esta pesquisa pretendeverificar a aplicabilidade das ideias interpretativas de Hugo Riemann na peça“Mosaico nº 1” para violão, do compositor brasileiro José Vieira Brandão. Em uma

de suas seções, a peça emprega a citação direta da melodia de uma “cantiga decego” anônima da região do Rio São Francisco, em Minas Gerais, a qual temdiscretas nuances métricas que aparentemente escapam ao que foi previsto porRiemann na formulação de sua teoria do fraseado.

Palavras-Chave: Fraseado musical, Hugo Riemann, Violão.

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ESTUDO COMPARATIVO DE TRECHOS DE TRÊSGRAVAÇÕES DO “NOTURNO PARA FLAUTA E

PIANO” DE NIVALDO ORNELAS

David GancUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em música Teoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

Resumo: Nesta comunicação é apresentado um recorte da pesquisa emandamento, dividida em três partes. Na introdução, é apresentada, de maneiraabreviada, a trajetória do compositor e saxofonista Nivaldo Ornelas, conhecidocomo músico popular por sua associação, no início de sua carreira, com MiltonNascimento, Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal. Sua obra autoral já foi objetode estudo em trabalhos anteriores, mas a presente pesquisa, entretanto, enfocauma parcela de sua produção quase desconhecida: sua música de câmara. Nasegunda parte é apresentado um resumo do capítulo da dissertação que faz umestudo sobre a interpretação, questionando se o intérprete/performer   deve serfiel à partitura ou ter licença criativa. O capítulo é ilustrado com algumascolocações feitas por compositores do início do século XX, como Stravinsky,Ravel, Schöenberg e Copland, chegando a textos contemporâneos de Abdo,Sloboda e Laboissière. Assim, são obtidos dados para refletir sobre as mudançasdeste tema no percurso de quase 100 anos. Na última parte, utilizando

metodologia analítico/comparativa, são mostrados dois pequenos trechos da peçausada como estudo de caso: o “Noturno para flauta e piano” ,  primeira peçaerudita de Nivaldo Ornelas – interpretados por três duos de diferentes escolasinterpretativas. Através da comparação de gravações pôde-se investigar o uso dosdiferentes parâmetros interpretativos como andamento, agógica, articulação,dinâmica e uso de ornamentação não indicada na partitura. Com os dadoscoletados, obtêm-se subsídios para apresentar resultados comprobatórios da

plurisemanticidade da obra, consonantes com conclusões de trabalhos de outrosautores que usaram metodologia similar.

Palavras-chave: Gravações comparadas, Interpretação, Nivaldo Ornelas.

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“TECLAS PRETAS”, IMPRESSÕES SOBREA CADÊNCIA DE ZÉ BODEGA

Denize Rodrigues CerqueiraUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaTeoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

Resumo: O presente trabalho apresenta resultados parciais de pesquisa demestrado em andamento, tendo por objetivo principal investigar o processo deimprovisação no gênero musical choro, a partir da transcrição e análise deperformances gravadas em disco do saxofonista tenor José Araújo de Oliveira,mais conhecido como Zé Bodega. Esta comunicação aborda questões técnicas einterpretativas relacionadas à introdução improvisada do choro “Teclas Pretas”de Paschoal de Barros, registrado no LP da Orquestra Tabajara O fino da Música (1977), gravado no teatro Anhembi, São Paulo. O foco principal é identificar oselementos utilizados para a construção do improviso e sua relação com o temada composição. O texto aborda ainda fatos ocorridos por ocasião da gravação, aformação instrumental utilizada neste arranjo e apresenta um breve panoramahistórico da vida profissional de Bodega.

Palavras-Chave: Zé Bodega, Saxofone, Teclas Pretas, Improvisação, Choro.

Recital Comentado

“TECLAS PRETAS”(PASCOAL DE BARROS)

Pascoal de Barros“Teclas Pretas”

Denize Rodrigues (saxofone tenor)Eduardo Neves (piano)Bruno Repsold (baixo)Antônio Neves (bateria)

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A IMAGEM E O OUVINTE

Fábio Monteiro de SouzaUniversidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJMestrado em Música

Composição / Poéticas da criação musical

Resumo: Richard Wagner, em seu ensaio intitulado Ópera e Drama  (1851),expôs sua concepção sobre ópera, a qual não se relacionaria apenas à música eao teatro, mas também a um mosaico simultâneo de interlocuções, incluindopoesia, gesto e visualidade, a exemplo da universalidade do drama grego clássico.Entretanto, como aponta Friedrich Nietzche (1999) “é próprio dele [Wagner]toda ambiguidade, o duplo sentido, tudo o que persuade os incertos, sem torná-los conscientes do que são persuadidos”. Isto caracteriza o interesse docompositor em conteúdos que não eram os relacionados à sua estética musical,mas sim, a questões ideológicas sobre política, raça e credo. Assim, de acordo

com Nietzche, o ouvinte agiria como se embriagado estivesse pela “ingestãocontínua de álcool” (1999), em razão do furor e delírio ocasionado pelo impactoda imagética wagneriana. Claude Debussy, por sua vez, no “Prélude à l’après-midid’un faune” , diverge da conduta imagética de Wagner. Debussy acrescenta que seuinteresse era “num tipo de música livre dos temas e motivos ou formada por umúnico e contínuo tema (...) e o desenvolvimento forneceria uma concepção maisuniversal e psíquica”. Uma estética que incentivasse a psiquê do ouvinte, no uso

do pensamento, do sentimento, da intuição e da sensação. O objetivo destetrabalho é aprofundar a discussão sobre o papel do ouvinte nas imagéticas doscompositores Richard Wagner e Claude Debussy, no “Prélude à l’après-midi d’unfaune”, atendo-se às metáforas psíquicas que envolvem a personagem fauno, dopoema homônimo de Stéphane Mallarmé.

Palavras-Chave: Imagem, Ouvinte, Debussy, Mallarmé.

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APRECIAÇÃO MUSICAL: CONCEITOS E APLICAÇÕESANALISADOS À LUZ DA TEORIA DAS

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Gina Denise Barreto SoaresUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaMúsica e Educação / Ensino e Aprendizagem em música

Resumo: Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográficacrítica sobre apreciação musical visando conhecer como o conceito de tal tema éapresentado na literatura. Também temos interesse em verificar se sãoapresentadas aplicações didáticas da apreciação musical na educação básica ecomo são desenvolvidas. Em função de considerarmos a apreciação como umfenômeno psicossocial, acreditamos que o conhecimento é construído numarelação dinâmica entre indivíduo e sociedade, portanto intersubjetivamente.Sendo assim, a base da crítica da literatura sobre a apreciação musical será aquitratada à luz da psicologia social, mais detalhadamente tomando como referenciala “Teoria das Representações Sociais” proposta por Serge Moscovici (1985) edesenvolvida por Denise Jodelet e colaboradores. O presente estudo se justificaem função do nosso interesse em potencializar o ato de ouvir música, o qualtodos nós temos alguma vivência e que é o ponto de partida para nossa relaçãocom a própria música. Pretendemos enfatizar a apreciação que, mesmo estando

presente em outros fazeres musicais tais como a composição e a performance,ainda carece de maior aprofundamento em sua abordagem. Defendemos a ideiade que pensar a apreciação musical como algo construído socialmente permitecriar meios para que uma visão pouco colaborativa ceda lugar à outra visão maiscomprometida com o desenvolvimento musical. Nosso interesse tem origem nosconcertos didáticos realizados nas escolas públicas pela Orquestra Filarmônicado Espírito Santo (OFES) dentro do Projeto Orquestra nas Escolas, cujo objetivo

é levar a comunidade a participar de uma apresentação em que a músicaorquestral é apresentada ao público de forma mais acessível, sem certasformalidades observadas nas salas de concerto, embora a funcionalidaderitualística do conjunto sinfônico seja explicada.

Palavras-Chave: Apreciação musical, Representação social, Concertosdidáticos.

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OS “CORDOFONES POLIGLOTAS” E OS PROBLEMASTERMINOLÓGICOS DO VIOLÃO NO BRASIL

Humberto AmorimUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaMusicologia / Linguagem e Estruturação Musical

Resumo: A comunicação intenta apresentar, à luz dos dicionários primevos dalíngua portuguesa e da documentação que nos foi legada por ordens religiosas eviajantes estrangeiros a partir do “descobrimento”, um panorama dos problemasterminológicos que atravessam as pesquisas sobre o violão no Brasil,especialmente as que se concentram nos estudos dos cordofones de cordasdedilhadas entre os séculos XVI e XIX, período no qual, por um lado, um únicotermo nominava instrumentos diversos e, por outro, um mesmo instrumentorecebia variados nomes. A comunicação pretende discutir alguns dos fatores quedesencadearam tal processo, tais como: a identificação dos idiomas queparticiparam na construção e sedimentação do português, a relação sinonímicados cordofones em diferentes idiomas, a aparição difusa de tais vocábulos nosdocumentos coletados a partir do século XVI. Os referenciais teóricos incluemautores como: Le Goff (2001), Chartier (1995, 2002), Foucault (2003), Certeau(1982), Bordieu (1996) e Bloch (2001). Os objetivos primordiais são: 1) Ampliar oléxico disponível para as consultas e pesquisas sobre os cordofones no Brasil a

partir do século XVI; 2) Oferecer ferramentas de análise que permitam umentendimento menos movediço não somente sobre a nomenclatura de taisinstrumentos, mas também sobre os seus personagens, os seus universossimbólicos e os papeis sociais que representaram no Brasil pós-descobrimento.

Palavras-Chave: Cordofones, Problemas terminológicos, Violão brasileiro.

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MÚSICA ESPECTRAL: ANÁLISE MUSICAL DE“UNANSWERED QUESTIONS” PARA FLAUTA SOLO

DE TRISTAIN MURAIL

 João Batista SartorUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaTeoria e Prática da Interpretação / Práticas Interpretativas

Resumo: Este texto apresenta uma sobreposição de análises musicais. Aprimeira delas é baseada nos vários espectros da gravação obtidos a partir doprograma de computador Sonic Visualiser   em conjunto com a escuta da peça“Unanswered Questions” (1995) para flauta solo do compositor francês TristainMurail. Este compositor é um dos fundadores e um dos principais líderes domovimento conhecido como Música Espectral, que surgiu nas últimas décadas doséculo XX e persiste já consolidado neste início de século XXI no panorama damúsica erudita mundial. Os espectros empregados nesta análise incluem afrequência, intensidade e forma de onda com relação ao tempo. A segunda análisemusical é baseada em uma análise estrutural da peça a partir de sua partitura.Para bem situar as análises musicais empregadas, o trabalho é introduzido poruma breve apresentação da estética da Música Espectral e uma pequena biografiado compositor. No decorrer das análises pode-se constatar que a peça apresentaum processo que engloba vários parâmetros musicais inter-relacionados atuando

numa mesma direção, como uma grande onda musical formada por ondasmenores. Os espectros básicos utilizados estão numa relação de quintas e, apesarde serem constantemente transformados e distorcidos, com técnicas como

 glissandi, harmônicos e microtonalidade, eles sugerem um direcionamento para ofinal da peça.

Palavras-Chave: Análise Musical, Música Espectral, Unanswered Questions,

Tristain Murail, Flauta solo.

Recital Comentado*

FLAUTA COM HARMONIA E AFETO

 J. S. Bach (1685-1750)“Solo para flauta”, BWV 1013  Allemande (4’30’’) (c. 1722)

Dimitri Cervo (1968)“Sapequinha” (4’’) (2013)“Corrente” (3’’) (2013)

Eugène Bozza (1905-1991)“Image” (4’30’’) (1939)“Sarabande” (4’’) (1939)

Tristain Murail (1947)“Unanswered Questions” (4’’) (1995)“Bourrée anglaise” (2’’)  (1995)

Michael Colquhoun (1953)“Charanga” (3’30’’) (1993)

* Notas de Programa serão distribuídas durante o Recital.

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A CANÇÃO “DESAFINADO”:UMA ANÁLISE ESTRUTURAL

 Josimar Machado Gomes CarneiroUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaComposição / Linguagem e Estruturação Musical

Resumo: Este estudo consiste na análise musical da canção “Desafinado” deAntônio Carlos Jobim (1927-1994) e Newton Mendonça (1927-1960), parceirosem música e amigos de infância no bairro de Ipanema, Rio de Janeiro. Lançada por João Gilberto, em 1959, em seu primeiro LP – Chega de Saudade, esta canção temsido considerada, desde então, como um marco fundamental da bossa nova,movimento musical em grande evidência no Brasil e no exterior desde a décadade 1960. O que se pretende analisar é a semelhança formal desta composiçãocom as canções americanas da chamada Golden Era, período que abrange asdécadas de 1920 a 1950, a partir do modelo Verse – Refrain, proposto por AllenForte. Também são analisadas as relações das regiões harmônicas e as alteraçõessofridas pelos acordes, com base nos princípios de A. Schoenberg damonotonalidade e da transformação dos acordes diatônicos. Aspectos melódicoscompletam a análise em uma perspectiva neo-schenkeriana, baseada em Forte /Gilbert, através de um sistema de cinco pautas, onde três delas trazem a melodiae a cifra, as diminuições melódicas e a estrutura interna. A melodia usada foi

transcrita do Cancioneiro Jobim e, a cifra, da partitura de piano extraída do arranjode Claus Ogerman para o álbum The Composer of Desafinado Plays, quando Jobimgravou esta peça pela primeira vez. A natureza composta da melodia de“Desafinado” traz uma polifonia interna na sua voz principal, representada emmais duas pautas que completam o sistema, indicando a condução destas vozes ea voz do baixo.

Palavras-Chave: Jobim, Harmonia, Melodia, Forma, Análise.

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EDUCAÇÃO MUSICAL ONLINE E REDES SOCIAIS NAINTERNET: DELINEANDO O CAMPO DE PESQUISA

 Juciane Araldi BeltrameUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaMúsica e Educação / Ensino e Aprendizagem em música

Resumo: Esta comunicação apresenta a fase inicial da pesquisa de doutorado,tendo como tema as redes sociais e a educação online. Considerando ascaracterísticas de interação, não linearidade, quebra de hierarquias, participaçãoativa dos integrantes das redes sociais e os aspectos de interação e colaboraçãoda educação na modalidade online  surgem os questionamentos: as práticas einteratividade presentes nas redes sociais da internet podem contribuir para aconcepção pedagógica de cursos na modalidade online? Quais os possíveisdiálogos entre as práticas presentes nas redes sociais e os cursos de música

online  desenvolvidos na escola/universidade? Tendo em vista a fase inicial dapesquisa, com entrada em campo prevista para outubro de 2013, o foco destacomunicação será o caminho percorrido, desde a elaboração do projeto até asescolhas metodológicas e do campo de pesquisa. A opção por enfatizar aconstrução da pesquisa se dá principalmente pelo fato desta estar na fase inicial, epelas reflexões advindas dos questionamentos levantados na fase dedesenvolvimento do desenho metodológico. Muitos são os fatores e variáveis

relacionados à escolha de um tema e à avaliação de sua relevância para a área deeducação musical como um todo, por isso, a escolha por trazer à tona essasreflexões poderá contribuir para o desenvolvimento da pesquisa.

Palavras-Chave: Educação musical online, Redes sociais na internet,Tecnologia, Pesquisa de campo.

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ETNOMUSICOLOGIA E TRABALHO ACÚSTICO NOREDIRECIONAMENTO POLÍTICO DE UMA PESQUISA

ACERCA DAS BATERIAS DAS ESCOLAS DE SAMBA

Lino Camenietzki AmorimUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMusicologia / Etnografia das práticas musicais

Resumo: Tendo em vista a identificação de uma postura inicial essencialmenteconservatorial  da pesquisa de mestrado que ora elaboramos acerca dos arranjosdas baterias das escolas de samba cariocas, principalmente no que diz respeito aodistanciamento de contribuições sociais mais diretas de uma pesquisa em música,a presente comunicação se debruça no campo de saber da etnomusicologia,buscando um direcionamento dos resultados da produção de conhecimento maispróximo das demandas sociais das comunidades pesquisadas. Partindo de umadescrição autocrítica do contexto que levou a essa abordagem inicial, se daráuma revisão das metodologias, objetivos e justificativas propostos em torno detodo o processo de produção de conhecimento da referida pesquisa. Asperspectivas etnomusicológicas, impactadas pelo que Samuel Araújo definiu comoimplicações da virada epistemológica das humanidades do século XX, permitiramentender a dimensão política da produção de conhecimento, denunciando que oobjetivo anterior da pesquisa se baseava em uma perspectiva de especialização de

arranjadores enquanto mão-de-obra com maior proficiência na manipulação derecursos sonoros a partir de uma análise detalhada dos arranjos das baterias dasescolas de samba. Admitindo que se passou uma fase importante da pesquisa emum momento anterior a esse contato mais próximo com a etnomusicologia,principalmente no que diz respeito à coleta de dados em campo, identifica-se oconceito de trabalho acústico como ferramenta teórico-metodológica visandopermitir uma aproximação dos dados empíricos coletados sob a perspectiva mais

conservatorial, na busca dos novos objetivos traçados a partir das tentativas deaproximação da pesquisa com uma maior relevância social.

Palavras-Chave: Etnomusicologia, Acústica, Escolas de samba.

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A COMPOSIÇÃO “DI MENOR” DE GUINGAE O FRASEADO DO VIOLÃO DE SETE CORDAS

DO SAMBA/CHORO

Luciano CamaraUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMusicologia / Documentação e História da Música

Resumo: O trabalho a ser apresentado é um recorte de minha pesquisa demestrado em andamento. A pesquisa contempla duas composições para violãosolo: “Di menor” de Guinga, e “Cepa Andaluza” de Paco de Lucia. Abordamoscomo técnicas violonísticas específicas de cada estilo musical (relacionadas aoviolão de choro e samba, no primeiro objeto citado, e ao violão flamenco, nosegundo) são adquiridas em contextos que mesclam oralidade e formalidade natransmissão de conhecimentos musicais, e como esses conhecimentos, aplicadosno momento da composição, acabam tornando-se indissociáveis da mesma, o queconfere às peças caráter de exemplos idiomáticos dos estilos musicaissupracitados. No recorte proposto para o presente colóquio, o foco estádirecionado para a composição “Di menor” de Guinga, nome artístico docompositor e violonista carioca Carlos Althier de Souza Lemos Escobar. A músicade Guinga vem sendo estudada em pesquisas acadêmicas interessadas em seuprocesso composicional e no uso que o compositor faz do violão nesse

processo, seja em peças para violão solo ou canções. Tais pesquisas ressaltam oidiomatismo presente em sua obra. Após a introdução, na qual serão resumidosos elementos originários da pesquisa, voltar-nos-emos especificamente para apeça de violão solo “Di menor”, a fim de analisar como esta peça se relacionacom o universo do samba e do choro. Abordaremos alguns aspectos estruturaisdesta composição, em comparação com exemplos musicais que explicitam ofraseado do violão de sete cordas, instrumento emblemático deste universo.

Além dos exemplos sonoros referidos, nos utilizaremos também de revisãobibliográfica sobre o tema.

Palavras-Chave: Violão, Idiomatismo, Guinga, Composição, Choro.

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SUINGUE SE APRENDE? SUINGUE SE ENSINA?

Manoela Marinho RegoUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIOMestrado em Música

Música e Educação / Ensino e Aprendizagem em música

Resumo: O termo “suingue” é amplamente utilizado na música popular e maisespecificamente no contexto do gênero samba, embora seja difícil precisar seusignificado exato. Este pode expressar significados diferentes, como fluência,sotaque, balanço, síncope, ou mesmo uma mistura de todos esses significados.Mas o que é "suingue"? Uma maneira de interpretar? Um sotaque? Um dominato? Parecer ser um fenômeno de tangibilidade bastante frágil, masfundamental num discurso musical fluente e convincente. Em nossa pesquisatentamos entender o que é "suingue" dentro do contexto do samba.Pretendemos encontrar a gênese desse fenômeno e analisar a importância do

contexto cultural para o fazer musical suingado, identificando, ainda, se o“suingue” é algo que se pode ensinar ou aprender. Para essa investigaçãoanalisamos quais processos de ensino e aprendizagem são empregados naconstrução do fazer musical, levando em conta três níveis de familiaridades como samba: (1) o aprendiz nascido dentro de um meio propício, cujo aprendizado sedá principalmente por imersão; (2) o aprendiz que pertence a mesma cultura masque não passou pelo processo de imersão e; (3) o aprendiz de uma cultura

diferente.

Palavras-Chave: Suingue, Samba, Ensino da MPB.

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A FORMAÇÃO PARA O ENSINO A ALUNOS COMALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO:

ANALISANDO A QUESTÃO NAS DIRETRIZESCURRICULARES DAS LICENCIATURAS EM MÚSICA

Marcia Gabriela Correia OgandoUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutorado em MúsicaEducação Musical / Ensino e Aprendizagem em Música

Resumo: O presente trabalho trata-se de um recorte do conteúdo da pesquisade doutorado em Música em andamento. Desta pesquisa – a qual tem como focoa formação de professores de música, no Brasil, no que se refere ao ensino aalunos com altas habilidades ou superdotação – procura-se apresentar,inicialmente: os conceitos de altas habilidades ou superdotação, encontrados emdocumentos oficiais brasileiros; a diversidade de terminologias pertinentes,encontradas na bibliografia especializada; os aspectos da formação docente parao ensino a alunos com altas habilidades ou superdotação, com base na análise dabibliografia centrada no tema. Destaca-se, neste sentido, a problemática apontadapelo Ofício nº.9 de 2013, entregue pelo Conselho Brasileiro para Superdotação(ConBraSD) ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente(CONANDA), sobre os reflexos da dificuldade de identificação desses alunosnos Censos Escolares e sobre o despreparo de profissionais de diferentes áreas

diante das pessoas com altas habilidades ou superdotação, a exemplo dos casosem que são equivocadamente identificadas com Transtorno de Déficit de Atençãocom Hiperatividade ou Autismo e, inclusive, medicadas desnecessariamente. Noque concerne à formação de professores de música em relação às altashabilidades ou superdotação, o presente trabalho apresenta uma análise dosdocumentos oficiais que norteiam os currículos das Licenciaturas em Música,sendo realizados, neste sentido, apontamentos sobre a importância da formação

de professores para o ensino de música a alunos com altas habilidades ousuperdotação, destacando que este tema não tem se projetado em meio àspesquisas da área da música, fato que justifica maior atenção ao assunto.

Palavras-Chave: Altas habilidades, Superdotação, Formação docente,Licenciatura em Música.

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A CRIATIVIDADE PRESENTE NOS PROCESSOS DESIGNIFICAÇÃO MUSICAL

Marcio Pizzi de OliveiraUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMúsica e Educação / Ensino e Aprendizagem em música

Resumo: Essa comunicação se propõe a debater assuntos relativos asignificação musical, avaliando suas possibilidades criativas. Usaremos como baseo artigo "Música e significado: reflexões sobre a presença da criatividade dentrodos processos de significação musical". É possível entender que a música nãopossui o mesmo potencial de remeter a significados tal como a linguagem o faz.No entanto, podemos identificar mecanismos metafóricos que respaldados porexperiências relativas a diversos domínios podem dotar a música de sentido. Mascomo esses processos de significação se manifestam criativos? Quais são as

características que refletem a presença de elementos criativos? Pode acriatividade estar presente tanto em processos de significação relativos acomposição quanto a escuta? Para elucidar os pontos destacados vamosprocurar entender os processos de significação musical comparando música elinguagem, identificando semelhanças e diferenças. Essa averiguação é importantepois apesar de operarem de maneira distinta enquanto fenômenoscomunicativos, a linguagem é fundamental para a transmissão de experiências que

estão na raiz de entendimentos musicais. Em seguida investigaremos como nossasexperiências podem influir na nossa forma de entender a música e como esseentendimento pode gerar processos metafóricos de significação. Esses processosserão estudados através das abordagens de Vygotsky (2009) e Ostrower (2012)relativas à criatividade a fim de identificar a participação da mesma em taisprocessos. Verificaremos que a significação musical pode ser criativa, pois éimpregnada de recursos de ordenação e organização característicos da

criatividade. Essa capacidade criativa está presente em mecanismos designificação inerentes aos atos de composição e escuta.

Palavras-Chave: Significado, Criação, Metáfora.

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ANÁLISES DE GRAVAÇÕES COM PRESENÇA EAUSÊNCIA DO PRATO RIDE

Mário Negrão BorgonoviUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMusicologia / Etnografia das práticas musicais

Resumo: Esta apresentação refere-se à análise de duas gravações com foco napresença e ausência do prato ride, peça da bateria com função de conduçãorítmica e com timbres específicos que podem conferir às gravações ambientesdiversos correlacionados ao  jazz, mesmo que o gênero seja de músicainstrumental brasileira. Bateria é compreendida no presente texto como oinstrumento tocado por uma única pessoa, e não o conjunto de instrumentos depercussão como o da escola de samba. Ao nos referirmos a esta formaçãonumerosa, especificaremos “bateria de escola de samba” (Barsalini, 2009). As duas

análises utilizam espectrogramas que permitem a visualização e compreensão dasconcepções do analista. É apresentado um pequeno histórico sobre a introduçãodo prato ride, contemplando as alterações nos padrões rítmicos de condução,bem como os impactos nas concepções de performances dos bateristas, nacomposição e arranjos dos “kits” do instrumento, nas escolhas dos timbresdurante as performances e, principalmente, na simplificação das formaçõesinstrumentais do setor rítmico de grupos de samba e jazz.

Palavras-Chave: Jazz, Ride, Bateria, Samba, Timbre.

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ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS MUSICAISNO DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO MUSICAL

Mauro Luiz da Rocha SoaresUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMúsica e Educação / Ensino e Aprendizagem em Música

Resumo: Esta pesquisa trata dos diferentes processos de enculturação musicale de treinamento vivenciados pelos alunos antes de ingressar nas escolas demúsica, e da relação que se estabelece entre esses processos e o desempenhodos alunos na aprendizagem formal de instrumentos musicais. De acordo comautores como John A. Sloboda e Patrícia F. Santiago, enculturação e treino sãorespectivamente processos de imersão cultural e de instrução específica em quea diversidade e a qualidade destas vivências e treinamentos interferem nodesempenho dos alunos na aprendizagem dos instrumentos musicais.

Considerando tal relação, esta pesquisa tem como objetivo buscar mecanismospara auxiliar os alunos que não apresentam rendimento satisfatório naaprendizagem dos instrumentos musicais, em decorrência de lacunas nas etapasque antecederam esse aprendizado, tendo como referenciais teóricos autoresque comprovaram a eficácia do ensino coletivo de instrumentos musicais nainiciação instrumental, com destaque para Flavia Maria Cruvinel e Ana CristinaTourinho. A pesquisa de campo consistirá do acompanhamento de aulas coletivas

de instrumentos musicais ministradas a alunos ingressantes no curso básico demúsica da Escola de Música Villa-Lobos, com trajetórias de vida distintas, e comidades que variam de 13 a 17 anos. A apreciação musical, aqui entendida comoescuta do repertório a ser trabalhado, sucedida pelo emprego deacompanhamento em instrumentos de percussão, usados visando aodesenvolvimento da percepção rítmica; e na sequência, a introdução deinstrumentos melódicos e harmônicos, com o objetivo de desenvolver a

percepção melódica e harmônica a partir de músicas com melodias de fácilassimilação, contendo apenas acordes de tônica, subdominante e dominante,serão os procedimentos metodológicos adotados. Os alunos serão entrevistadospara se conhecer suas trajetórias e seus conhecimentos e habilidades avaliadosantes e durante o processo.

Palavras-Chave: Percepção musical, Ensino coletivo de instrumentosmusicais, Escola de música.

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PARÂMETROS DO ÁUDIO DIGITAL COMOELEMENTOS PARA CRIAÇÃO NA MÚSICA DE

TRENT REZNOR

Pedro MattosUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMusicologia / Documentação e História da Música

Resumo: O advento das tecnologias de gravação teve um enorme impacto nomodo como as pessoas produzem e consomem música. Ao longo do século XXessas transformações se acentuaram com o desenvolvimento do estúdio degravação, que, aceito como uma ferramenta de composição, expande aspossibilidades sonoras. Nos últimos anos, a relação entre música e as tecnologiasde gravação tem sido foco de muitos estudos. No entanto, ainda há muito quepesquisar sobre a produção e recepção destas práticas. Neste trabalho seráanalisada uma das maneiras como essas ferramentas são utilizadas – a mediaçãotecnológica como parâmetro musical – com o intuito de entender o que levacompositores de certos subgêneros de rock a fazerem essas escolhas.Particularmente, a faixa “Closer to God” do compositor norte-americano TrentReznor, se utiliza das limitações das taxas de resolução e de amostragem doáudio digital para criar um efeito que gradualmente distorce toda a faixa nos seusmomentos finais, criando uma densa massa homogênea de ruído. A análise,

assistida de espectrogramas e representações gráficas de onda sonora, contribuipara compreender o fenômeno, visto que oferece evidências visuais do processoocorrido. Ao concluir que o efeito foi alcançado pela manipulação das taxas deresolução e de amostragem do áudio, são indicadas algumas possibilidades deinterpretação destas escolhas estéticas baseadas nas observações de Reynolds(1994, 1996), Cascone (2002) e Kromhout (2009).

Palavras-Chave: Trent Reznor, Mediação tecnológica, Áudio digital, Rock.

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EDUCAÇÃO MUSICAL: O QUE É BÁSICONA EDUCAÇÃO BÁSICA?

Rebeca Vieira de Queiroz AlmeidaUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaEducação Musical / Ensino e Aprendizagem em Música

Resumo: Com o retorno da obrigatoriedade do ensino de música nas escolas –Lei 11.769 de 2008 – educadores(as) e pesquisadores(as) da Educação Musicalprocuram respostas e propostas para a efetivação deste ensino. O problemagerador dessas múltiplas questões pode ser resumido através da pergunta: “Oque é ‘básico’ na educação musical de Ensino Básico?” Dessa forma, pretendemostrazer contribuições para dialogar com a pergunta proposta como temadisparador do artigo. Introduzimos o assunto realizando um breve percursoideológico sobre a (trans)formação do currículo para/na educação básica para as

massas e como suas ideias influenciaram os precursores da pedagogia musical noinício do século XX até os dias atuais. Em paralelo, apresentamos ascontribuições da psicologia cognitiva da música através dos conceitos deenculturação  e treino, desenvolvidos por Sloboda. Acrescentamos ainda, as ideiasde Winnicott, autor que, ao enfatizar as relações interpessoais, professor-aluno-turma, nos fala sobre a necessidade da existência de um “espaço transicional”confiável, que proporcione o desenvolvimento cognitivo musical de modo

saudável. Nas considerações finais, propomos quatro pontos culminantesresultantes das leituras expostas, que não delimitam, mas se propõem comopossíveis respostas/caminhos para a pergunta proposta no início do artigo: 1)tomar como ponto de partida a enculturação, visando à ampliação dosconhecimentos musicais dos alunos; 2) promover um diálogo constante entreenculturação  e o treino, proporcionando um contato mais próximo com ofenômeno musical, incluindo a criação, a performance e a apreciação; 3)

proporcionar um ambiente de confiabilidade para o desenvolvimento daaprendizagem em música; 4) apropriar-se de jogos criativos musicais comoferramentas mediadoras de um “espaço transicional” confiável e potente,proporcionando também o amadurecimento cognitivo e social dos alunos.

Palavras-Chave:  Educação musical, Desenvolvimento cognitivo musical,Enculturação e treino, Espaço transicional, Jogos e criatividade musical.

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A ESPACIALIDADE SOB O FOCO DA ANÁLISE:QUATRO MUROS A SEREM DERRUBADOS

Renato Pereira Torres BorgesUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMusicologia / Documentação e História da Música

Resumo: Esta comunicação é um recorte de uma pesquisa em andamento, quetematiza a disseminação das técnicas composicionais geradas a partir da práticados cori spezzati da região do Veneto, no século XVI. Como objetivo, pretende-seinvestigar a questão da espacialidade sob o foco da análise musical, em diálogocom a escuta e com a prática composicional. Estão abarcadas como objeto dadiscussão duas possibilidades de emprego do espaço na música: o espaço atual eo espaço virtual. A partir de um panorama histórico analítico-composicional, ainvestigação pretende discutir algumas das dificuldades encontradas na

disseminação das práticas que tematizam o espaço, e das técnicas analíticasrelacionadas. Entre os obstáculos encontrados, três são trazidos à discussãodurante o texto. O primeiro diz respeito à ruptura de objetivos entre a grafiatradicional e a música ouvida. A interferência de diversos fatores acústicos(Berlioz, Erickson) e a dificuldade em repeti-los, tendo em vista a compreensãodos termos anteriormente empregados para descrever o resultado sonoro,compõem o segundo tópico debatido. Por fim, levanta-se a falta de debate e

prática com tais repertórios, em termos qualitativos e quantitativos (Brant,Dixon, Stockhausen), por parte dos intérpretes. Com essa perspectiva analítica,busca-se a discussão do eco barroco como técnica composicional virtualizadorado espaço realizada estritamente por meios acústicos. Duas peças musicais sãoempregadas como demonstração da técnica: “Echo ad manuale duplex, forte etlene. Echo alio modo” (SSWV 128) de Samuel Scheidt e o allegro  da“Primavera” (Concerto em Mi op.8 No.1 - RV 269) de Antonio Vivaldi.

Palavras-Chave: Análise, Escuta, Espaço virtual.

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ASPECTOS SOBRE A CRIATIVIDADEE EDUCAÇÃO MUSICAL

Ricardo Murtinho Braga CotrimUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMúsica e Educação / Ensino e Aprendizagem em Música

Resumo: Neste artigo será relacionada uma série de questões a respeito dotermo criatividade e educação musical. Tem como ponto de partida os primeirosestudos sobre o pensamento criativo que surgem na área da psicologia a partirda segunda metade do século XX. A criatividade é tratada em diferentesdimensões, como um fenômeno sociocultural. Serão articuladas ideias de autoresmais recentes, do final do século XX, que trazem entendimentos acerca dacriatividade como condição necessária da própria existência humana, atuandodesde as ações mais rotineiras do dia a dia até a criação das grandes obras

artísticas e científicas. Traz a tona questões, como os ambientes favoráveis,determinantes para os fatores motivacionais no desenvolvimento de atividadescriativas. Relaciona estas ideias com questões da educação musical tradicional, demodelo conservatorial, que atua de modo geral com propostas dehomogeneização do conjunto, onde todos buscam estar enquadrados emmodelos pré-estabelecidos de certos modos musicais. O artigo traz questões queapontam para o interesse de se criar ambientes favoráveis à criatividade no

campo da educação musical através de uma pedagogia musical problematizadora,a serviço da livre expressão do indivíduo, que valorize a diferença entre ossujeitos e suas subjetividades.

Palavras-Chave: Criatividade, Educação musical, Subjetividade.

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CAGE E A FILOSOFIA DO ATO DE BAKHTIN

Ricardo Mendonça PetraccaUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIODoutorado em Música

Composição / Linguagem e Estruturação Musical

Resumo: Esta pesquisa examina, sob a ótica do filósofo russo Mikhail Bakhtin(1895–1975), a ideia de indeterminação e acaso presente nas obras docompositor norte-americano John Cage (1912-1992), destacando aquelascompostas na década de 1950. Para tanto, são analisadas diferentes conferênciase artigos do compositor, publicados neste mesmo período e constantes nacoletânea Silence (1961), além dos textos de Bakhtin datados da década de 20 eoutros posteriores associados a estes – a maioria deles publicados somente apóssua morte. Com isso, procura-se demonstrar que ao caminhar em direção àindeterminação e ao acaso, como na obra 4’33” , Cage, influenciado pela filosofia

Zen, se aproxima da filosofia do ato de Bakhtin, elaborada na juventude dopensador russo e hoje considerada como matriz filosófica de todos os seustrabalhos posteriores. Entende-se que, ao trazer para o “interior” da obra ossons produzidos no ambiente, deixando que estes, libertados do gosto e damemória, sejam “eles mesmos”, Cage confere ao momento de realização da obrauma importância composicional, onde esta assume um caráter de evento único.Bakhtin, por sua vez, busca apreender o ato único, singular, irrepetível e que

possui este caráter de evento, onde o sujeito não-teórico se apropria, realmente,de seu contexto – acreditando que, somente desta forma, é possível religarcultura e vida (por meio do ato) num mundo onde estes dois aspectos aparecemseparados e impermeáveis. Assim sendo e, a partir desta perspectiva, busca-sedemonstrar a presença de Bakhtin – comumente associado à teoria literária – nopensamento musical de Cage.

Palavras-Chave: Cage, Bakhtin, Filosofia do Ato, Composição, EstéticaMusical.

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ANÁLISE DO “ESTUDO Nº 15, WHITE ON WHITE”DE GYÖRGY LIGETI

Rudi GarridoUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaComposição / Linguagem e Estruturação Musical

Resumo: O meu projeto de mestrado lida com a presença de elementosextramusicais nas composições de György Ligeti. Nesta comunicação, pretendofazer uma análise dinâmica do estudo “White on White”, a primeira peça do“Terceiro Livro de Estudos para Piano” do compositor. Para isto, será necessárioseguir algumas etapas. O primeiro passo será fazer uma pequena introduçãosobre a composição como um todo dos Estudos para Piano, falando de suaencomenda, do envolvimento de Ligeti com o piano, suas primeiras ideias,técnicas empregadas e interesses extramusicais. A próxima etapa consistirá em

apresentar as teorias científicas as quais o compositor demonstrava curiosidade einteresse, como espirais sonoras, a função ‘Escadaria do Diabo’, a teoria do caos ea geometria fractal. Pretendo fazer uma breve explicação dando noções básicassobre a Teoria do Caos e sua representação gráfica, a geometria fractal. Explicareiparte da terminologia da área, como auto-similaridade, iteração; convergência;divergência e atratores  fixos, móveis ou caóticos. Logo em seguida irei exporevidências que mostram o interesse de Ligeti nesse assunto científico e também

que discutem como esses saberes estão presentes direta ou indiretamente na suapoética musical. Pretendo associar a influência desses conceitos sobre osprincipais parâmetros constitutivos das peças: forma, textura e escolha dasalturas, utilizando exemplos além dos próprios estudos para piano.Especificamente a respeito do “Estudo nº 15, White on White”, pretendo discutir apresença da geometria fractal na concepção da forma e da textura da peça.Também utilizarei de gráficos para mostrar aspectos caóticos dentro da

construção deste estudo.

Palavras-Chave: Análise musical, Ligeti, Piano, Teoria do caos, Geometriafractal.

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SOUL MAIS SAMBA: “RIVALIDADE” ENTRE OMOVIMENTO BLACK RIO E O SAMBA NOS ANOS 1970

Sabrina Lôbo de MoraesUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMusicologia / Etnografia das Práticas Musicais

Resumo: O presente trabalho é resultado parcial de minha pesquisa  demestrado em andamento. A pesquisa trata da rivalidade que ocorreu entre osadeptos da música soul  e do samba na cidade do Rio de Janeiro nos anos 1970.Naquele período, a música Soul   ganhara adeptos em clubes cariocas como oRenascença, ocupando o lugar que antes era das rodas de samba. Observou-seque há um deslocamento do público jovem negro para os Bailes Black. Essepúblico passará a não mais se identificar com a cultura do samba, poissupostamente esta não estaria representando o que entendiam por “orgulho

negro”. Para os chamados blacks,  o samba estaria transmitindo uma imagemnegativa do negro no Brasil, criando estereótipos com os quais este grupopretendia romper e sendo criticado também por não ter um caráter deengajamento. A ascensão do movimento soul   teria passado a ameaçar ahegemonia do samba e, em contrapartida, surgiram acusações por parte desambistas e intelectuais a respeito do culto à música estrangeira em detrimentoda música que consideravam genuinamente nacional. Uma das respostas ao

crescimento do movimento black foi a música “Sou mais samba” do compositorCandeia, que me instigou a realizar esta pesquisa. A pesquisa, de caráterbibliográfico e social, de método de investigação histórica e descritiva, tem comoobjetivo investigar o que teria fomentado os embates entre os chamados blacks eos sambistas, averiguando as questões sociais, nacionalistas, de crítica a estamúsica e movimento, assim como outras questões relacionadas ao mercadocultural. A metodologia utilizada constituir-se-á de uma revisão de literatura,

busca em artigos de jornal, revista e vídeos.

Palavras-Chave: Movimento Black Rio, Samba, Rivalidade.

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VIDEO GAME MUSIC: REFLEXÕES INICIAISA PARTIR DE ENTREVISTAS

Schneider Ferreira Reis de SouzaUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaMusicologia / Etnografia das práticas musicais

 

Resumo: A música dos jogos eletrônicos, conhecida como video game music  (VGM), foi inicialmente criada para servir de trilha sonora e aumentar a imersãodo jogador no jogo (Collins, 2008). Apesar de existirem sons nos jogoseletrônicos desde a criação de Computer Space, em 1971, a música contínua só foiusada a partir de 1978, com Space Invaders. Mas foi durante a década de 1980 queo uso da VGM começou a fazer parte da maioria dos jogos eletrônicos.Conforme a presença das músicas dos jogos eletrônicos aumentava, ganhavamcerta autonomia, podendo ser ouvidas, atualmente, através de CDs ou arquivos

digitais em qualquer reprodutor de áudio. Além disso, muitas pessoas começarama tocar as músicas dos jogos que mais gostavam, sendo que alguns constituíramgrupos musicais especializados em VGM, chegando a realizar apresentações aovivo ou distribuição na internet de vídeos gravados de suas performances. Sobrea VGM foram realizadas algumas pesquisas sobre aspectos da composição musicale sua história (Collins, 2008; Whalen, 2004), porém sem o foco na experiênciados ouvintes. Diante disso, a pesquisa de mestrado que venho realizando tem

como objetivo entender a VGM pela perspectiva de seus usuários. Considerandoo caráter ainda exploratório da pesquisa, decidiu-se por uma abordagemqualitativa, e, por isso, estão sendo realizadas entrevistas semiestruturadas comouvintes de VGM como meio de obter dados. Para este trabalho pretendoapresentar parte dos dados obtidos durante as entrevistas e as reflexões iniciaismostrando a relação que os entrevistados tem com o gênero em questão. Até omomento os dados demonstram que a VGM é aceita como um gênero musical

específico e representativo para definir a música produzida para jogoseletrônicos, havendo, no entanto, simultaneamente, uma falta de clareza nasfronteiras na definição do gênero.

Palavras-Chave: Jogos eletrônicos, Entrevista, Pesquisa exploratória, Gênero.

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O “CHORO PARA SAXOFONE E ORQUESTRA” DECLAUDIO SANTORO – UMA PROPOSTA

INTERPRETATIVA

Vinícius MacedoUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Mestrado em MúsicaPráticas Interpretativas / Teoria e Prática da Interpretação

Resumo: O objeto do presente trabalho é a obra do compositor brasileiroClaudio Santoro (1919-1989), “Choro Para Saxofone e Orquestra” (1952),também conhecido com o título de “Fantasia Concertante para Saxofone eOrquestra”. A obra foi gravada no ano de 1954, no LP Independência 1001, quetraz como título: Canto de Amor e Paz. Contemplo a dicotomia ‘liberdade deinterpretação’ versus ‘fidelidade à escrita’, discutindo as diferentes edições eprocurando identificar os elementos necessários ao intérprete para elaborar umaproposta interpretativa coerente com o pensamento do compositor. A análisecontempla as fontes documentais obtidas durante o processo de pesquisa, taiscomo: o manuscrito original, as edições fac-símile e diplomática, as gravações daobra, juntamente com entrevistas e correspondências pessoais do compositor. Apesquisa pretende apresentar uma contribuição aos estudos sobre o compositore sua obra, trazendo novas ideias e informações referentes a aspectos ainda nãoabordados academicamente.

Palavras-Chave: Choro, Concertante, Fantasia, Santoro, Saxofone.

Recital Comentado

“CHORO PARA SAXOFONE E ORQUESTRA”(CLAUDIO SANTORO)

Claudio Santoro (1919-1989)“Choro para Saxofone e Orquestra”  (1952)

DVD

Concerto gravado ao vivo na sala Cecília Meireles, em 2009Vinicius Macedo (saxofone)Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio do Janeiro

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