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Fechamento: 08/02/2017 às 23h58 Ano: XXV - Nº 6043 Quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017 Zarattini: Governo Temer quer acabar com Lava Jato e entregar riquezas nacionais aos estrangeiros O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP), acusou ontem o governo ilegítimo de Michel Temer de patrocinar um conjunto de manobras para literalmente bloquear a Operação Lava Jato, preservando assim o PMDB e o PSDB das investigações da força-tarefa. O líder observou que o golpe que destituiu a pre- sidenta legítima Dilma Rousseff do car- go, no ano passado, teve o objetivo claro de proteger os atuais integrantes do go- verno usurpador. “Fico com dó de quem saiu às ruas, inocentemente, de verde-amarelo, achando que o golpe era para enfrentar a corrupção”, comentou Zarattini. Para o líder, tudo começou com o golpe e teve sequência com Temer na Presidência, seguindo um roteiro que já vinha sendo feito pelos golpistas antes mesmo da derrubada de Dilma. Dois fatos recentes comprovam a continuidade do plano de Temer – que é citado 43 vezes em uma das delações da empreiteira Odebrecht – para esvaziar a Lava Jato e proteger seus aliados. O primeiro fato é a criação de um ministério para ser ocupado por Moreira Franco, novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, citado 34 vezes em uma das delações da Lava Jato. No cargo de ministro, Moreira Franco tem foro especial no Supremo Tribunal Federal (STF). A outra medida é a indicação, para uma vaga no STF, do ministro da Justiça Alexandre de Moraes, filiado ao PSDB e sobre o qual pesam várias denúncias de que não teria conduta ilibada para ocupar o cargo. Cabe ao Senado aprovar ou não a indicação. Zarattini estranha a indicação de Moraes, “pois, no STF, teria que investigar ex- colegas de ministério e correligionários do PSDB”. O presidente do PSDB, Aécio Neves, e o chanceler do governo golpista, o tucano José Serra, são alguns nomes do partido já delatados na Lava Jato e que deverão ser alvo de investigação. A Bancada do PT no Congresso Nacional realiza hoje um seminário que dará início ao ciclo de debates sobre “O desmonte da Previdência pública brasileira”. O objetivo da atividade é informar a sociedade a respeito da gravidade do ataque à Previdência Social e mobilizá-la para barrar a proposta de desmonte do setor, que tramita na forma da PEC 287/16. A abertura do evento, marcada para as 9h30, será feita pelo líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) Carlos Zarattini (PT-SP) Carlos Zarattini (PT-SP) Carlos Zarattini (PT-SP) Carlos Zarattini (PT-SP). “Não vamos dar trégua na luta para barrar essa reforma, que na verdade é um desmonte completo da Previdência Social, e esses debates serão fundamentais para que possamos informar e mobilizar a sociedade para essa batalha”, afirmou Zarattini. Os expositores convidados para este primeiro debate – “Fortalecer a Previdência “Não é reforma!” – Seminário nesta quinta inicia ciclo de debates sobre o desmonte da Previdência social” – serão Leonardo Rolim Guimarães, que foi secretário de Políticas de Previdên- cia Social do governo Dilma Rousseff, e Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na próxima quinta-feira (16), o tema será “Nenhum direito a menos na Previdên- cia”, e os convidados serão a economia Laura Tavares, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Carlos Eduardo Gabas, que foi ministro da Previdência Social nos governos Lula e Dilma. O evento de hoje serjá no plenário 1 da Câmara, no anexo II, e será transmitido ao vivo pelo portal e-Democracia (https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias) e pelo Facebook do PT na Câmara (www.fb.com/ptnacamara). Através das plataformas, os internautas poderão enviar perguntas sobre o tema aos palestrantes e parlamentares. O líder do PT citou o procurador-geral Rodrigo Janot, que agora, aparentemente, concluiu que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a forma encontrada por políticos acusados de corrupção de obstruir a Operação Lava Jato. Janot citou a “solução Michel”, no inquérito em que pede investi- gação contra o senador Romero Jucá (PMDB- RR), o ex-senador Sergio Machado, o sena- dor Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-pre- sidente José Sarney. De acordo com o procurador, o ‘plano’ elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em prática logo após Temer assumir interinamente a Presidência, em maio de 2016. Previdência revidência revidência revidência revidência – Para o líder Zarattini, além de tentar se livrar das investiga- ções da Lava Jato, os golpistas têm outro objetivo grave: destruir os direitos do povo brasileiro conquistados ao longo de décadas. Os principais retrocessos articulados por Temer são o desmonte da Previdência Social e da legislação trabalhista. “No caso da reforma da Previdência, o governo promove verdadeiro terrorismo, gastando milhões de reais para tentar convencer o povo de que a mudança que pretendem é necessária. O PT, os movimentos sociais e as centrais sindicais vão lutar contra esses retrocessos”, afirmou o líder. Petrobras etrobras etrobras etrobras etrobras – Em outra vertente, os golpistas querem “demolir as empresas nacionais, a começar pela Petrobras”, denunciou Zarattini. Segundo ele, o governo usurpador de Temer quer apequenar a Petrobras, tirando-a da 5º posição do ranking das maiores empresas de petróleo do mundo para um lugar inexpressivo, com a abertura total do pré-sal para as petroleiras estrangeiras. “As multinacionais querem abocanhar o pré-sal, o que vai impedir a industrialização e o uso dos recursos do petróleo para o desenvolvimento do Brasil. Essa é a lógica do governo Temer – entregar as riquezas nacionais para os estrangeiros”, disse Zarattini. GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

Zarattini: Governo Temer quer acabar com Lava Jato e ... · O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), protocolou ontem representa- ... dente Luiz Inácio Lula da

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Fechamento: 08/02/2017 às 23h58

Ano: XXV - Nº 6043Quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Zarattini: Governo Temer quer acabar com Lava Jatoe entregar riquezas nacionais aos estrangeiros

O líder do PT na Câmara, deputadoCarlos Zaratt ini (SP)Carlos Zaratt ini (SP)Carlos Zaratt ini (SP)Carlos Zaratt ini (SP)Carlos Zaratt ini (SP), acusou ontemo governo ilegítimo de Michel Temer depatrocinar um conjunto de manobras paraliteralmente bloquear a Operação LavaJato, preservando assim o PMDB e o PSDBdas investigações da força-tarefa. O líderobservou que o golpe que destituiu a pre-sidenta legítima Dilma Rousseff do car-go, no ano passado, teve o objetivo clarode proteger os atuais integrantes do go-verno usurpador. “Fico com dó de quemsaiu às ruas, inocentemente, de verde-amarelo, achando que o golpe era paraenfrentar a corrupção”, comentou Zarattini.

Para o líder, tudo começou com o golpe e teve sequência com Temer naPresidência, seguindo um roteiro que já vinha sendo feito pelos golpistas antesmesmo da derrubada de Dilma. Dois fatos recentes comprovam a continuidade doplano de Temer – que é citado 43 vezes em uma das delações da empreiteiraOdebrecht – para esvaziar a Lava Jato e proteger seus aliados.

O primeiro fato é a criação de um ministério para ser ocupado por MoreiraFranco, novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, citado 34 vezes emuma das delações da Lava Jato. No cargo de ministro, Moreira Franco tem foroespecial no Supremo Tribunal Federal (STF). A outra medida é a indicação, parauma vaga no STF, do ministro da Justiça Alexandre de Moraes, filiado ao PSDBe sobre o qual pesam várias denúncias de que não teria conduta ilibada paraocupar o cargo. Cabe ao Senado aprovar ou não a indicação.

Zarattini estranha a indicação de Moraes, “pois, no STF, teria que investigar ex-colegas de ministério e correligionários do PSDB”. O presidente do PSDB, AécioNeves, e o chanceler do governo golpista, o tucano José Serra, são alguns nomes dopartido já delatados na Lava Jato e que deverão ser alvo de investigação.

A Bancada do PT no Congresso Nacional realiza hoje um seminário que daráinício ao ciclo de debates sobre “O desmonte da Previdência pública brasileira”. Oobjetivo da atividade é informar a sociedade a respeito da gravidade do ataque àPrevidência Social e mobilizá-la para barrar a proposta de desmonte do setor, quetramita na forma da PEC 287/16.

A abertura do evento, marcada para as 9h30, será feita pelo líder do PT naCâmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP). “Não vamos dar trégua na luta parabarrar essa reforma, que na verdade é um desmonte completo da Previdência Social,e esses debates serão fundamentais para que possamos informar e mobilizar asociedade para essa batalha”, afirmou Zarattini.

Os expositores convidados para este primeiro debate – “Fortalecer a Previdência

“Não é reforma!” – Seminário nesta quinta iniciaciclo de debates sobre o desmonte da Previdência

social” – serão Leonardo Rolim Guimarães, que foi secretário de Políticas de Previdên-cia Social do governo Dilma Rousseff, e Eduardo Fagnani, professor do Instituto deEconomia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Na próxima quinta-feira (16), o tema será “Nenhum direito a menos na Previdên-cia”, e os convidados serão a economia Laura Tavares, professora da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Carlos Eduardo Gabas, que foi ministro daPrevidência Social nos governos Lula e Dilma.

O evento de hoje serjá no plenário 1 da Câmara, no anexo II, e será transmitido aovivo pelo portal e-Democracia (https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias) e peloFacebook do PT na Câmara (www.fb.com/ptnacamara). Através das plataformas, osinternautas poderão enviar perguntas sobre o tema aos palestrantes e parlamentares.

O líder do PT citou o procurador-geralRodrigo Janot, que agora, aparentemente,concluiu que o impeachment da presidenteDilma Rousseff foi a forma encontrada porpolíticos acusados de corrupção de obstruir aOperação Lava Jato. Janot citou a “soluçãoMichel”, no inquérito em que pede investi-gação contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-senador Sergio Machado, o sena-dor Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-pre-sidente José Sarney.

De acordo com o procurador, o ‘plano’elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em prática logo após Temerassumir interinamente a Presidência, em maio de 2016.

PPPPPrevidênciarevidênciarevidênciarevidênciarevidência – Para o líder Zarattini, além de tentar se livrar das investiga-ções da Lava Jato, os golpistas têm outro objetivo grave: destruir os direitos do povobrasileiro conquistados ao longo de décadas. Os principais retrocessos articuladospor Temer são o desmonte da Previdência Social e da legislação trabalhista. “Nocaso da reforma da Previdência, o governo promove verdadeiro terrorismo, gastandomilhões de reais para tentar convencer o povo de que a mudança que pretendem énecessária. O PT, os movimentos sociais e as centrais sindicais vão lutar contraesses retrocessos”, afirmou o líder.

PPPPPetrobrasetrobrasetrobrasetrobrasetrobras – Em outra vertente, os golpistas querem “demolir as empresasnacionais, a começar pela Petrobras”, denunciou Zarattini. Segundo ele, o governousurpador de Temer quer apequenar a Petrobras, tirando-a da 5º posição do rankingdas maiores empresas de petróleo do mundo para um lugar inexpressivo, com aabertura total do pré-sal para as petroleiras estrangeiras. “As multinacionais queremabocanhar o pré-sal, o que vai impedir a industrialização e o uso dos recursos dopetróleo para o desenvolvimento do Brasil. Essa é a lógica do governo Temer –entregar as riquezas nacionais para os estrangeiros”, disse Zarattini.

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

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Líder da Bancada: Deputado Carlos Zarattini (SP)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Rogério Tomaz Jr.; Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Denise Camarano (Editora-chefe); Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira , Ivana Figueiredo e Gabriel Sousa

Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu, Jonas Tolocka, Jocivaldo Vale, Crisvando Queiroz e Rafael Carlota

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças e Eva Gomes

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

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O líder do PT na Câmara, deputado CarlosCarlosCarlosCarlosCarlosZarattini (SP)Zarattini (SP)Zarattini (SP)Zarattini (SP)Zarattini (SP), protocolou ontem representa-ções na Corregedoria da Polícia Federal e na Co-missão de Ética da Presidência da República paraabertura de processo a fim de averiguar o procedi-mento ético e disciplinar dos delegados federaisIgor Romário de Paula e Maurício Moscardi Grillo– ambos da Lava Jato – em relação ao ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na representação na Comissão de Ética da Pre-sidência, também assinada pelos deputados PPPPPauloauloauloauloauloPimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS)Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ)Wadih Damous (PT-RJ)Wadih Damous (PT-RJ)Wadih Damous (PT-RJ)Wadih Damous (PT-RJ),é igualmente citado o ministro da Justiça Alexandrede Moraes, recém-indicado pelo presidente MichelTemer para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.Moraes é acusado de omissão quanto à conduta dosdois delegados da PF, que fizeram à imprensa de-clarações arbitrárias, abusivas e injuriosas a respei-to de suposta prisão de Lula.

As duas representações serão enviadas também àProcuradoria-Geral da República (PGR) para avaliareventual prática de crime por parte dos delegados.Para Zarattini e Damous, as entrevistas dos dois dele-

PERSEGUIÇÃO A LULA

Líder do PT denuncia delegados à Corregedoriada PF e à Comissão de Ética da Presidência

gados à imprensa falando sobre suposta prisão deLula revelam postura parcial e “incompatível com oexercício” da atividade pública, além de deixar claraa pretensão de prender o ex-presidente “com basesem idiossincrasias”.

Em entrevista à revista Veja, Grillo disseque os investigadores perderam o “timing” paraprender o presidente de honra do PT. Já Pauladisse ao portal de notícias UOL que a prisãopoderia ocorrer futuramente.

“É inadmissível que um agente de Estado se pro-nuncie sobre investigação ainda em curso, sob suaresponsabilidade, com o claro objetivo de constrangerum cidadão, em desrespeito ao direito de defesa e ao

devido processo legal”, cita a representação à Comis-são de Ética.

Zarattini, na representação ao corregedor da PF,Roberto Mário da Cunha Cordeiro, mostra que odelegado Igor Romário de Paula não só violou oCódigo de Ética da PF e o dos servidores públicos,como também incorreu em crime ao divulgar infor-mações sigilosas da investigação contra o ex-presi-dente Lula durante entrevista coletiva. “Configuragrave transgressão disciplinar e abuso de autoridade(...) além de tipificar crime de violação de sigiloprofissional previsto no artigo 325 do Código Pe-nal”. Paula cometeu, no mínimo, abuso de autori-dade e de atuação inadequada no cumprimento desuas atribuições funcionais, diz o líder do PT narepresentação.

Zarattini pede à PF a instauração de procedimen-to ético-disciplinar contra o delegado Romário dePaula, com a aplicação das devidas sanções funcio-nais e disciplinares. O mesmo procedimento é solici-tado à Comissão de Ética da Presidência da Repúblicaem relação aos dois delegados e ao ministro da Jus-tiça. A PGR também é acionada com o mesmo fim.

Governo Temer tem responsabilidade por caos na segurança do Espírito Santo

O deputado Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES) ocupou a Tribu-na no plenário ontem para uma comunicação pela Liderançada Oposição e criticou a demora do governo federal emcolocar um efetivo do Exército para garantir a segurança noEspírito Santo, depois que a Polícia Militar do estado decidiucruzar os braços há cinco dias. “Há uma situação de pânicogeneralizado entre os capixabas. O Espírito Santo vive amais grave crise em toda a sua história, e o governo federalsubestimou a gravidade do assunto e não deu a resposta notempo necessário para a população”, afirmou.

De acordo com o parlamentar petista, desde segunda-feira (6), ele tembuscado, junto ao governo federal, uma resposta para apoiar o estado. “Noentanto, o governo demorou a colocar um efetivo que pudesse ocupar esseespaço de autoridade deixado pela PM, ausente das ruas. Só na segunda à noiteenviaram algumas dezenas da Força Nacional, e, só depois de muita pressão, oExército foi autorizado a agir. Ou seja, o governo federal deixou horas e dias sepassarem sem uma providência, tendo simplesmente suspendido o diálogo comessa categoria”, criticou Givaldo Vieira.

O deputado do PT disse ainda que, mesmo não concordando com o métodoutilizado pela Polícia Militar para o protesto, há legitimidade nas reivindica-

ções. “Eu apoio a reivindicação de melhoria das condições detrabalho e de salário. Entretanto, não concordo com o métodousado, porque não se pode deixar toda a população de umavez sem policiamento. Já há registro de 90 mortos e muitosarrastões, assaltos e invasão às lojas”, reiterou.

Para Givaldo Vieira, a política equivocada do governo Te-mer de arrocho fiscal e de cortes é a base do conflito da PM noEspírito Santo. Falou ainda que a crise pode se ampliar paraoutros estados e categorias. “Aí está a primeira face cruel dessa

política equivocada que vem sendo implementada por este governo dizendo que asaída para a crise que vivemos é simplesmente cortar os investimentos e impedir osaumentos dos servidores. O risco é se propalar por todo Brasil e por outras catego-rias que estão sendo massacradas por esses cortes e por essa política de arrocho quedesconsidera o ser humano”, ressaltou o petista.

O deputado Givaldo Vieira defendeu a criação de uma comissão externapara monitorar a crise da segurança no Espírito Santo e, para isso, apresentourequerimento que aguarda votação no plenário.

PlenárioPlenárioPlenárioPlenárioPlenário – Os deputados aprovaram ontem, em plenário, o PLP 163/15, quemuda a forma de cálculo do coeficiente de participação do município no rateio do ICMSquando em seu território houver usina hidrelétrica. A matéria segue para sanção.

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

“É inadmissível que umagente de Estado se

pronuncie sobreinvestigação ainda em

curso com o claro objetivode constranger um

cidadão”

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GOVERNO GOLPISTA

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB)admitiu na terça-feira (7), em depoimentoao juiz Sérgio Moro, a participação deMichel Temer nas indicações dos princi-pais cargos da Petrobras. O ex-presidenteda Câmara afirmou que Temer participoude reunião, em 2007, para discutir indi-cações para diretorias da petroleira. O de-poimento de Cunha desmente o presiden-te golpista Michel Temer, que depôs, porescrito a Moro, como testemunha de de-fesa. No documento, Temer declarou que“não houve essa reunião”, citada na denúncia daforça-tarefa da Lava Jato contra Eduardo Cunha.

Mas Eduardo Cunha foi categórico no depoimen-to: “Ele (Temer) participou sim da reunião e foi eleque comunicou a todos nós o que tinha acontecido nareunião, porque não era só o cargo da Petrobrás, eramoutras várias discussões que aconteciam no PMDB”,assegurou. E acrescentou: “Fui comunicado (sobre areunião), tanto eu como Fernando Diniz (lobista daPetrobras, já morto), na época, pelo próprio MichelTemer e pelo Henrique Alves (ex-ministro e aliadomuito próximo de Temer). O Temer esteve nessa reu-nião junto com Walfrido Mares Guias”, reforçou.

Na avaliação do deputado Leo de BrittoLeo de BrittoLeo de BrittoLeo de BrittoLeo de Britto(PT-AC)(PT-AC)(PT-AC)(PT-AC)(PT-AC), integrante do Conselho de Ética da Câma-ra, está muito claro que o presidente Temer mentiuem depoimento ao juiz Moro. “Não há dúvida de queMichel Temer negociava cargos na Petrobras, e asafirmações de Cunha são um recado para o presidentesobre o que pode acontecer caso não haja movimenta-ção da cúpula do PMDB para livrá-lo da prisão”.

Leo de Britto relembrou uma frase do senadorRomero Jucá (PMDB-RR) de que “Cunha é Temer e

Michel Temer mentiu: participou denomeações na Petrobras, diz Eduardo Cunha

Temer é Cunha”, dita na época em que se articu-lou o golpe para retirar a presidenta eleita DilmaRousseff da Presidência. “Cunha sabe muito deTemer na presidência do PMDB, das armações,dos desvios. Eles atuavam juntos. Agora, às vés-peras de o Supremo Tribunal Federal julgar umpedido de habeas corpus, Cunha cobra a fatura dogolpe que levou Temer ao poder”, afirmou.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA), tambémintegrante do Conselho de Ética, disse que EduardoCunha demorou muito para confirmar o que todos jásabiam. “Não é bem uma novidade, sabemos queTemer, como presidente do PMDB, participou dasnegociações de cargos para o partido. Mas as afir-mações de Cunha são importantes porque fica cadavez mais claro o envolvimento da cúpula do PMDBcom a Lava Jato e a participação de Temer nosescândalos de corrupção”.

ApuraçãoApuraçãoApuraçãoApuraçãoApuração – Para o deputado Wadih DamousWadih DamousWadih DamousWadih DamousWadih Damous(PT-RJ)(PT-RJ)(PT-RJ)(PT-RJ)(PT-RJ), de pessoas como Eduardo Cunha pode seesperar tudo, inclusive que elas falem a verdade. “Éobvio que Temer participava das negociações e distri-buições de cargos. É crível que Cunha esteja falando a

verdade, mas o importante agora é quedepoimentos e delações sejam comple-mentados com provas”, enfatizou.

Damous disse que espera que apartir deste depoimento haja investi-gação e que as apurações deixem deser seletivas. “As apurações não po-dem ser restritas ao PT”, reforçou.

GarneroGarneroGarneroGarneroGarnero – Além de desmentir Mi-chel Temer, Eduardo Cunha tambémchamou a atenção para a ligação doatual presidente ilegítimo com o em-

presário Mário Garnero. Em diversas oportunida-des, Garnero promoveu eventos nos Estados Uni-dos com participação do então vice-presidenteMichel Temer. O último evento realizado por Gar-nero que contou com a participação de Temer ocor-reu em Nova York em julho de 2016.

Rede socialRede socialRede socialRede socialRede social – O depoimento de Cunha foicomentado na rede social por vários deputadosdo PT. A maioria destacou que o presidente ile-gítimo mentiu em depoimento, por escrito, aSérgio Moro e pediu #Fora Temer.

O deputado Valmir Prasc ide l l i (PT-SP)Valmir Prasc ide l l i (PT-SP)Valmir Prasc ide l l i (PT-SP)Valmir Prasc ide l l i (PT-SP)Valmir Prasc ide l l i (PT-SP)frisou que “Temer coordenava nomeações na

Petrobras” e acrescentou que Cunha declarouque semanalmente ele, Temer e outros coordena-dores do PMDB faziam reuniões para “debater ecombinar toda a situação política”.

O deputado Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA) pe-diu fora Temer e destacou a afirmação de Cunhasobre Temer ter mentindo em relação às nomea-ções na Petrobras. O deputado PPPPPaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimenta(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS) twitou: “Eduardo Cunha abre o bico eentrega Temer!”.

Juiz federal suspende nomeação deMoreira Franco feita por presidente ilegítimo

A Justiça Federal do Distrito Federal suspendeuontem, por liminar, a nomeação de Moreira Francopara a Secretaria-Geral da Presidência, que confere aele status de ministro. Na decisão, que responde auma ação popular movida por estudantes da Universi-dade de Brasília, o juiz Eduardo Rocha Penteado lem-bra que a nomeação ocorreu três dias após a homolo-gação da delação dos executivos da Odebrecht, naqual Moreira Franco é citado várias vezes. Com anomeação, ele teria foro privilegiado.

A liminar foi comemorada pelo deputado JoãoJoãoJoãoJoãoJoãoDaniel (PT-SE)Daniel (PT-SE)Daniel (PT-SE)Daniel (PT-SE)Daniel (PT-SE), que também ajuizou uma açãopopular na Justiça Federal de Sergipe contra a nome-ação. “Esperamos que essa decisão seja confirmada,

porque está muito claro que essa nomeação tinha oobjetivo de garantir o foro privilegiado para MoreiraFranco e permitir que ele escape da Lava Jato”.

Na avaliação de João Daniel, a nomeação faz partede uma arrumação para “acobertar o grupo golpista” deMichel Temer. “No momento em que o governo Temernomeia ministros com um único objetivo de livrá-lo daJustiça da primeira instância para que ele só possa serjulgado pelo STF, se confirma que a nomeação é apenaspolítica. Foi para acobertar integrantes da sua equipeem delações na Lava Jato”, reforçou.

Para João Daniel, o que se vê após o golpe contra apresidente eleita Dilma Rousseff, é a concretização dagrande armação para esconder “a corrupção de partidos

da base aliada de Temer”, além de permitir a realizaçãodas reformas que retiram direitos do povo brasileiro.

Rede SocialRede SocialRede SocialRede SocialRede Social – Deputados da Bancada do PTusaram suas redes sociais para comentar e elogiar adecisão. A deputada Margarida SalomãoMargarida SalomãoMargarida SalomãoMargarida SalomãoMargarida Salomão(PT-MG)(PT-MG)(PT-MG)(PT-MG)(PT-MG) escreveu em sua conta no twitter: “A no-meação de Moreira Franco foi mais uma artimanhagolpista do des-governo de Michel”. Ela aproveitoutambém para reforçar o #ForaTemer.

O deputado Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS) também usouo twitter para falar que a Justiça barrou a nomeação.O deputado lembrou que Moreira Franco é citado maisde 30 vezes só na primeira delação da Odebrecht. Eque ele (Franco) é amigo íntimo de Michel Temer.

DIVULGAÇÃO

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O Partido dos Trabalhadores “surge da neces-sidade sentida por milhões de brasileiros de in-tervir na vida social e política do País para trans-formá-la”. É o que diz o manifesto de criação doPT, escrito e lançado por um conjunto de sindica-listas, intelectuais e representantes dos movi-mentos sociais e da ala progressista da IgrejaCatólica, no dia 10 de fevereiro de 1980.

Os feitos históricos do partido – nos 37 anosque serão comemorados nesta sexta-feira (10) –revolucionaram a política e transformaram a vidade milhões de brasileiros. Essa é a avaliação do líder da Bancada do PT naCâmara, deputado Car los Zarat t in i (Car los Zarat t in i (Car los Zarat t in i (Car los Zarat t in i (Car los Zarat t in i (SSSSSP) .P) .P ) .P ) .P ) .

“O PT, ao longo desses 37 anos, se tornou o verdadeiro partido do povobrasileiro. E por que isso? Porque em todas as lutas populares, em todasas reivindicações, em todas as lutas dos mais humildes deste País, o

Partido dos Trabalhadores completa 37 anos comlegado inquestionável de transformação social

José Guimarães (CE), líder da Minoria na Câmara

“O PT soube transformar a vida do povo brasileiro.É por isso que esse nosso legado tem que ser vistocomo algo importantíssimo para se pensar o futuro. OPT não morreu. Muito pelo contrário. O PT é a grandeesperança de retomada de tudo aquilo de bom que

fizemos pelo Brasil, em todas as áreas das políticas públicas. O povo brasileiro gostado PT, e para nós que somos fundadores a nossa vida está umbilicalmente vinculadaa esses 37 anos de lutas, conquistas e vitórias. O PT continuará sendo a grandeesperança de milhões e milhões de brasileiros”.

Marco Maia (RS)“O PT completa 37 anos de uma bela história

construída com muita luta e com a participação inte-gral dos trabalhadores de nosso Brasil. Durante esses37 anos, nós reafirmamos a democracia, construímosum partido verdadeiramente democrático, com instân-

cias que ouvem os trabalhadores e produzem políticas públicas que foram responsá-veis por mudar a história do Brasil”.

Margarida Salomão (MG)“O PT é uma construção histórica única no sentido

de ser um projeto de esquerda construído de baixo paracima. Isso é ímpar na história do Brasil. É um partidoque chegou ao poder, que teve pela sua qualidadepolítica, condição de dirigir este País por 14 anos,

estabelecendo uma pequena fresta em 500 anos de opressão e conservadorismo. Olegado do PT tem dupla face, uma são as conquistas da população brasileira atravésde nossos governos e a outra é o fato de, a partir dessa possibilidade política, ter sidopossível mostrar que os homens e as mulheres comuns podem ser protagonistas”.

Paulo Pimenta (RS)“O PT sem dúvida alguma é a principal ferramen-

ta de defesa dos trabalhadores, de defesa da democra-cia, de transformação da sociedade brasileira. Issotudo se transformou em realidade através dos governosdo presidente Lula e da presidenta Dilma, dos gover-

nos estaduais, municipais em todos os espaços que ocupou e conquistou com umafinalidade: a defesa dos trabalhadores. Nosso partido está mais vivo e mais forte doque nunca. Com certeza, nesse aniversário, nós vamos reafirmar os nossos compro-missos e a nossa disposição de luta”.

Patrus Ananias (MG)“Nesses 37 anos de uma belíssima história, o PT

contribuiu muito para o processo civilizatório brasilei-ro. Implantamos o orçamento participativo, inverte-mos prioridades priorizando os mais pobres, os quemais precisam da ação efetiva do Estado. Criamos o

modo petista de governar e, no Legislativo, o modo petista de legislar. Coroamosessa nossa caminhada e esse nosso trabalho com esplêndidos governos do presidenteLula e da presidente Dilma, quando mudamos o Brasil”.

Andrés Sanchez (SP)“O PT fez transformações nas últimas décadas que

poucos partidos do mundo conseguiram fazer. Então,eu só tenho que parabenizar não só os militantes, mastodas as pessoas que são petistas e aquelas que sim-patizam com PT e entendem o governo do PT como

seu. Parabéns ao Partido dos Trabalhadores”.

Jorge Solla (BA)“Não existe nenhuma experiência na luta política

no Brasil tão rica quanto a criação e o legado que temsido constituído a partir do PT. O PT mudou o Brasil,tirou milhões da miséria, levou políticas públicas comimpactos para um conjunto da população brasileira e,

com certeza, deixou marcas que por mais que tentem, não conseguirão apagar.Temos muita história pela frente”.

Ságuas Moraes (MT)“O Partido dos Trabalhadores completa 37 anos na

defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadoresdesse País, na construção da cidadania do povo brasilei-ro. Nós temos um País antes do PT e depois do PT. Temosum Brasil antes do governo do presidente Lula e depois

do governo do presidente Lula. O País ao longo dos 13 anos de PT no governo avançouem todas as áreas. Por isso, queremos comemorar esses 37 anos e dizer que o PT estarávivo na alma, na vida das pessoas que sonham com um País ainda melhor”.

Angelim (AC)“São 37 anos de uma história de luta, de conquis-

tas sociais, econômicas e, principalmente, de repre-sentatividade dos excluídos, da classe trabalhadora edaqueles que mais precisam. Um dos legados do PT éexatamente ter tirado da pobreza e da extrema pobreza

milhões de brasileiros. Regatamos a credibilidade do País junto ao cenário interna-cional nesses anos todos que estivemos à frente do governo federal”.

Assis Carvalho (PI)“O PT é um partido que vem mudando a história

deste País para melhor. Antes, você tinha praticamenteo banqueiro, o latifundiário, o grande comerciante, aspessoas de posse decidindo o destino da política. Maso PT, a partir de fevereiro de 1980, muda essa história,

fazendo exatamente a política de massa. Depois tivemos a grande oportunidade dedirigir esse País, quando se promoveu a grande inclusão social”.

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rabalhadores completa 37 anos comlegado inquestionável de transformação social

Partido dos Trabalhadores esteve presente econtinua lutando”, explicou orgulhoso Zarat-tini.

O líder petista observou ainda que emqualquer canto do País tem um militante doPT “lutando contra as injustiças, lutando pormais democracia e por justiça social”. Se-gundo ele, “é por isso que o PT é o partido dopovo brasileiro, é o verdadeiro partido quedefende o povo brasileiro, e está enraizadoem todos os cantos do Brasil”.

Esse jeito diferenciado de fazer política ao longo de quase quatrodécadas mudou os rumos do Brasil e promoveu transformações que rompe-ram com séculos de exclusão. É com base nesse legado e nas mudanças queainda precisam ser feitas que vários deputados do partido prestam suashomenagens ao PT. Leia os depoimentos.

Bohn Gass (RS)“Para o Brasil e para o mundo, o PT é referência

de um partido democrático, um partido que tem umprograma para que o povo possa ter qualidade devida, cidadania, habitação, salário digno, estudo, dig-nidade. É um partido que promoveu a democracia no

Brasil. Esse partido está sob todos os ataques. Precisamos fazer autocritica dosnossos erros, mas principalmente reafirmar a participação democrática do povo”.

Benedita da Silva (RJ)“Fizemos uma mudança radical na inclusão,

na oportunidade, na participação do povo brasi-leiro nas políticas sociais. O Brasil ficou diferentenesses 37 anos. Vimos as mulheres, os negros, ospobres, os miseráveis serem incluídos com as po-

líticas implementadas pelos nossos governos. Pretendemos continuar fazendoeste trabalho. O PT é das massas, é do desenvolvimento, é da inclusão e é porisso que eu amo tanto esse meu partido. Parabéns PT pelos seus 37 anos deluta e de vitórias”.

Enio Verri (PR)“Nesses 37 anos, nós deixamos a marca da

justiça, a marca da igualdade e, principalmente,uma prova que é possível sim ter uma sociedademais justa, mais fraterna e igualitária. Parabéns

aos militantes, todos os companheiros e companheiras que lutaram para fazercom que o Brasil fosse o que fosse – durante este período – e se hoje vivemosum momento de crise, de golpe, é a militância do PT que responde nas ruas e lutapara que em breve a gente possa volta a dirigir esse País e continuar fazendo asmudanças que o povo merece. Parabéns PT! Parabéns povo brasileiro!”.

Caetano (BA)“O PT é um patrimônio do povo brasileiro. É um

partido que fez a transformação do nosso País, que levoumais de 30 milhões de brasileiros para a classe médiae tirou o Brasil do mapa da fome. O PT precisa continuarforte e firme. Nós estamos junto com o PT para, de

novo, fazer a transformação que o Brasil precisa. Viva o PT! Viva o povo brasileiro!”.

Leo de Brito (AC)“Nesses 37 anos de existência, o PT deixou o lega-

do da organização da classe trabalhadora, das pessoasque não têm, que não podem, que não sabem. O PTdeixou o legado, sobretudo, de ter governado o País por13 anos e ter tirado mais de 40 milhões de pessoas da

pobreza. Deixou o legado da esperança de um povo trabalhador, desse povo brasileiro,desse povo guerreiro que merece ter dias melhores”.

Leonardo Monteiro (MG)“Quero cumprimentar toda a militância do PT pela

construção desse partido que deixou um legado impor-tante no nosso Brasil. Foram 13 anos que nós governa-mos esse Brasil – oito anos com o presidente Lula emais de cinco anos com a presidenta Dilma. Fizemos

uma revolução, tiramos o nosso País do mapa da fome, avançamos na educação, nosprogramas sociais. Portanto, nosso partido tem uma história que se confunde com ahistória do nosso País”.

Nilto Tatto (SP)“O Partido dos Trabalhadores é a ferramenta que

possibilitou que os trabalhadores e as trabalhadorasdeste País, as pessoas mais pobres do Brasil, aquelasque sempre foram excluídas de todos os direitos tives-sem a oportunidade de fazer política e de participar detransformações importantes, como as que foram produ-

zidas nos últimos anos pelos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dapresidenta Dilma Rousseff. Parabéns ao Partido dos Trabalhadores”.

Padre João (MG)“O Partido dos Trabalhadores mudou a realidade

da vida do povo brasileiro, ao garantir acesso à edu-cação, quando transformou a vida dos trabalhadoresdo campo, da cidade, de empresários, ou seja, a vidade todos os brasileiros. Esse é um grande legado

desses 37 anos. O PT acumulou forças e apresentou um novo projeto que é referên-cia para o mundo. Nesses 37 anos, precisamos fazer autocrítica e apresentar umprojeto ainda mais ousado para o povo brasileiro e mostrar para o mundo que épossível fazer com que todas as riquezas sejam socializadas com todos”.

Paulão (AL)“Temos um partido que transformou o Brasil,

principalmente lutando contra a miséria, a exclusãosocial, que fortaleceu a democracia e levantou a es-perança do povo brasileiro. É por isso que o PT conti-nua sendo estrela para o Brasil e para o mundo. Viva

o PT! Viva o povo brasileiro!”.

Vicentinho (SP)“A existência do nosso partido é o marco que

ninguém tem poder de apagar. É o marco na históriado Brasil. É uma referência internacional. Nosso par-tido adquirir maturidade, respeito mundial, mas, tam-bém, causou muita inveja, causou muito desconforto,

sobretudo, para os grandes grupos econômicos que não se conformam em ver aspessoas sem fome, estudando, com casa, com moradia, e podendo viajar e viver empaz. E é o nosso grande legado, e nós vamos retomá-lo com muita força”.

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

ANIVERSÁRIO

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BRASIL PÓS-GOLPE

O deputado João Daniel (PT-SE) João Daniel (PT-SE) João Daniel (PT-SE) João Daniel (PT-SE) João Daniel (PT-SE) apelou ao governo federal que adote,urgentemente, medidas eficazes que demonstrem compromisso com o homem docampo em Sergipe, que vêm sofrendo com os efeitos da pior seca dos últimos 50anos. Na terça-feira (7), o parlamentar participou de reunião com o ministro daIntegração Nacional, Helder Barbalho, juntamente com o governador JacksonBarreto e com a bancada federal de Sergipe, acompanhados por prefeitos de quase30 municípios sergipanos que se encontram em situação de emergência.

Na pauta, a situação de grande dificuldade que esses municípios vêm enfrentandopela falta de chuvas. “Estamos vivendo um período em que estamos vendo os animais nosemiárido morrerem por falta de água e alimentação. E as medidas tomadas pelogoverno federal, até o momento, não resolvem e não demonstram compromisso com anossa população que enfrenta essa grave seca”, afirmou João Daniel.

Na tribuna da Câmara, o parlamentar fez um apelo ao governo federal paraque faça uma parceria com o governo do estado e com os municípios sergipanosmais atingidos pela seca. “Não dá para vermos os animais morrerem sem água ecomida”, destacou. Para João Daniel, o governo federal pode fazer o que a presi-denta Dilma Rousseff fez em anos anteriores, quando a seca afligia os municípiosdo semiárido brasileiro.

Na retomada dos trabalhos da CPIda Funai/Incra, a bancada ruralista ten-tou novamente ontem na Câmara votarrequerimentos de quebra de sigilo tele-fônico, bancário e fiscal de diversas enti-dades ligadas às causas indígenas, qui-lombolas e ambientais. Na primeira ver-são da CPI, encerrada no ano passadosem apresentação de relatório, uma li-minar da Justiça impediu a votação dosmesmos requerimentos por não existirqualquer fato que justificasse a medida.

Os requerimentos do relator da CPI, deputadoNilson Leitão (PSDB-MT), pretendem quebrar sigilode entidades como o Conselho Indigenista Missioná-rio (CIMI), o Instituto Socioambiental (ISA), o Centrode Trabalho Indigenista (CTI) e a Associação Brasilei-ra de Antropologia (Abra). Para a decepção da banca-da ruralista, o início da ordem do dia no plenáriointerrompeu a reunião.

Vários deputados presentes à reunião questio-naram a insistência do presidente da CPI, deputadoAlceu Moreira (PMDB-RS), em votar novamente osmesmos requerimentos. Para o deputado NiltoNiltoNiltoNiltoNiltoTTTTTatto (PT-SP)atto (PT-SP)atto (PT-SP)atto (PT-SP)atto (PT-SP), caso os requerimentos sejam mes-mo aprovados, a questão será novamente resolvidano Judiciário. “Essa CPI apresenta os mesmos re-querimentos da anterior, que foi objeto de contesta-ção da Justiça porque não havia motivação para a

Ruralistas tentam quebrar sigilode entidades indígenas e quilombolas

para criminalizar e punir movimentos sociais

quebra de sigilo. É importante registrar isso porque,se essa CPI incorrer no mesmo erro, essa votaçãoserá judicializada novamente”, avisou.

O deputado Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS) questionou o pre-sidente da CPI sobre a razão de requerimentos apre-sentados pela oposição não serem colocados em vo-tação. “Por que os nossos requerimentos, da minoriaque não é chapa branca, não entram na pauta paraserem votados? Será que a minoria não tem essedireito?”, indagou.

Em resposta, Alceu Moreira disse que os requeri-mentos de quebra de sigilo não foram votados na CPIpassada e devem ser apreciados pela nova CPI. Sobre anão inclusão dos requerimentos da minoria, incluindoos do PT, Moreira afirmou que essa é uma decisão quecabe exclusivamente ao presidente da Comissão.

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) Valmir Assunção (PT-BA) Valmir Assunção (PT-BA) Valmir Assunção (PT-BA) Valmir Assunção (PT-BA) ar-

gumentou que a decisão monocrática dopresidente demonstra que a CPI tem comoúnico objetivo criminalizar entidades es-pecíficas. “Uma série de requerimentosque incluem entidades do agronegócionão são pautados [para votação]. Nesseaspecto, está nítido o caráter dessa CPI:criminalizar entidades que defendemíndios e quilombolas, quebrando seus si-gilos”, denunciou.

Tentando fazer a defesa da quebra desigilo, o relator da CPI acabou reconhecen-

do, ainda que indiretamente, que não existe fato espe-cífico que justifique a ação. “Não existe entidade nessePaís que nunca cometeu um erro”, tergiversou Leitão.

Em resposta ao relator, o deputado JoãoJoãoJoãoJoãoJoãoDaniel (PT-SE)Daniel (PT-SE)Daniel (PT-SE)Daniel (PT-SE)Daniel (PT-SE) lembrou que as entidades alvo daquebra de sigilo nem mesmo foram convocadas paraprestar esclarecimentos na CPI. “Se quisessem conhe-cer a movimentação financeira, bastava convocar asentidades que elas viriam e esclareceriam a dúvida. Oque essa CPI deveria mesmo investigar são os diversoscrimes praticados pelos ruralistas ao longo da histó-ria, como grilagens de terras e assassinatos pratica-dos contra quilombolas, indígenas, posseiros e semterra”, lembrou o petista.

A deputada Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF) e os depu-tados PPPPPatrus Ananias (PT-MGatrus Ananias (PT-MGatrus Ananias (PT-MGatrus Ananias (PT-MGatrus Ananias (PT-MG) e PPPPPaulãoaulãoaulãoaulãoaulão(PT-AL)(PT-AL)(PT-AL)(PT-AL)(PT-AL) também participaram da reunião da CPI.

Mudança no “Minha Casa, MinhaVida” vai favorecer mais ricosO deputado Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS) criticou em pronunciamento no plenário a

mudança de foco promovida pelo governo ilegítimo de Temer no Programa “MinhaCasa, Minha Vida”, implementado pelos governos do PT visando atender os menosfavorecidos. Agora, em vez de garantir moradia para pessoas de baixa renda, oprograma vai priorizar aqueles com rendas mais altas.

Para o parlamentar petista, essas mudanças no programa vão favorecer os maisricos, aumentar a desigualdade e a exclusão nas periferias. “O governo golpistaestá dando uma mãozinha com o dinheiro público para que o mercado aumente suataxa de lucro nos empreendimentos de alto padrão. O programa destinado para achamada faixa de um salário mínimo e meio só está disponível para construtoras.As entidades do movimento popular que quiserem trabalhar nessa faixa continua-rão esperando”, lamentou Marcon.

De acordo com o deputado, a cobertura da mídia com o anúncio das mudançasno programa é apenas para “passar a impressão” de que o governo ilegítimo estátrabalhando. “Esse pacotão pró-mercado imobiliário tende a aumentar o preço daterra e a elitizar ainda mais a construção de novas moradias por empresas privadas.E essa mídia que está aí precisa passar a impressão de que o governo estátrabalhando, que o golpe valeu a pena”, reiterou Marcon.

Seca: João Daniel apela pormedidas eficazes para sertanejos

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

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DESMONTE

O deputado Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA) defendeu on-tem, em pronunciamento no plenário, que a refor-ma da Previdência (PEC 287/16) proposta pelogoverno ilegítimo de Temer seja barrada. “Esse é odever de cada um dos deputados e deputadas nestaCasa, pois esta reforma da Previdência é uma aber-ração, uma imoralidade, uma medida estúpida con-tra o povo brasileiro”, afirmou.

Para o parlamentar petista, o governo Temermente quando diz que a Previdência é deficitária.“Isso é uma mentira desse governo ilegítimo, queaté agora não fez nada do que ele disse que fariaem benefício da sociedade brasileira. O governo éincompetente para melhorar a Previdência e quer

Parlamentares de vários partidos e de-zenas de ativistas pelos direitos das mu-lheres declararam guerra à proposta de re-forma da Previdência (PEC 287/16) envi-ada ao Congresso pelo governo ilegítimo egolpista de Michel Temer. Durante o lança-mento do Movimento das Mulheres Contraa Reforma da Previdência, ocorrido ontemna Câmara, todos os pronunciamentos des-tacaram a necessidade de denunciar e re-sistir aos retrocessos contidos na reforma.

Entre os pontos mais criticados da reforma foramcitados o fim da diferenciação do limite mínimo deidade para a aposentadoria entre homens e mulherese a mudança nos critérios da aposentadoria das traba-lhadoras rurais. A proposta de Temer retira o direito deas mulheres se aposentarem cinco anos antes doshomens e iguala a idade mínima para aposentadoriaem 65 anos para todos os casos.

Para as trabalhadoras rurais, o retrocesso é aindamaior. Além da perda do direito de se aposentar ante-cipadamente, a reforma de Temer exige um percentu-al de contribuição individual para ter direito à apo-sentadoria. Atualmente, o recolhimento ocorre sobreum percentual da produção.

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF), umadas coordenadoras do ato, o Movimento de MulheresContra a Reforma da Previdência (PEC 287/16) “pre-cisa se espalhar pelo País para barrar os retrocessoscontidos na proposta”.

“As mulheres serão as mais atingidas com aretirada de direitos contida na proposta de reformada Previdência, assim como toda parcela mais pobreda população que não tem a mesma expectativa devida dos mais ricos”, afirmou Erika Kokay.

Já a deputada Ana PAna PAna PAna PAna Perugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP), presiden-

Parlamentares e entidades de defesa da mulherprometem resistir à reforma da Previdência de Temer

te da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Huma-nos das Mulheres, destacou que a mobilização popularterá papel crucial para barrar a aprovação da reforma noCongresso. “Só acredito na força da sociedade civil or-ganizada para barrar essa reforma. A correlação de for-ças aqui dentro é desigual, a ponto de já sabermos oque vai ocorrer caso não haja o enfrentamento lá fora.Se não conseguirmos mobilizar a população, esse go-verno vai continuar avançando, e quando a sociedadeacordar, poderá ser tarde demais”, alertou.

Margaridas contra a reformaMargaridas contra a reformaMargaridas contra a reformaMargaridas contra a reformaMargaridas contra a reforma – Diversaslideranças de organizações e entidades defenso-ras dos direitos da mulher também destacaram enecessidade de conscientizar a população sobre aperda de direitos e de organizar uma reação àreforma. Presentes em grande número ao evento,dezenas de mulheres da via campesina vestiamcamisas com o tema da Marcha das Margaridas,que ocorrerá no dia 8 de março, Dia Internacionalda Mulher. Nesse ano, as Margaridas vão marcharem Brasília contra a reforma da Previdência.

“Começamos a trabalhar muito cedo, enfrenta-mos a dupla jornada ao acordar cedo e dormir tarde.Hoje nos aposentamos com 55 anos e, com essareforma, teremos que trabalhar mais dez anos. Isso é

uma violência contra as mulheres. Por isso,nós, Margaridas, vamos marchar contra areforma da Previdência”, disse AlaídesMoraes, representante da Contag e da co-ordenação da Marcha das Margaridas.

Para a deputada Maria do RosárioMaria do RosárioMaria do RosárioMaria do RosárioMaria do Rosário(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS), essa pressão pode viabilizar aderrota da reforma da Previdência no Con-gresso. “Nós, mulheres, vamos nos erguernas ruas, nas praças, em cada categoriaorganizada, seja no campo ou na cidade, e

vamos derrotar a reforma desse governo golpista queatende apenas os interesses dos rentistas, banqueirose grandes empresários do País”, disse.

Convenções InternacionaisConvenções InternacionaisConvenções InternacionaisConvenções InternacionaisConvenções Internacionais – Além de ata-car direitos garantidos pela Constituição de 1988, arepresentante da ONU Mulheres, Camila Almeida,alertou que a reforma da Previdência de Temer tam-bém viola compromissos assumidos pelo Brasil emconvenções internacionais.

“O Brasil é signatário de convenções interna-cionais que condenam a discriminação contra amulher e promovem a igualdade de gênero. Essareforma claramente desconsidera as diferençasentre a vida de homens e mulheres no País”, ob-servou. Especificamente Camila Almeida se refe-riu à Convenção sobre a Eliminação de Todas asFormas de Discriminação contra a Mulher (Cedaw,em inglês, de 1979) e ao Pacto Internacional so-bre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais(Pidesc, de 1966).

Também compareceram à reunião a deputadapetista Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG)Margarida Salomão (MG), o deputadoPPPPPedro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC)edro Uczai (PT-SC) e a senadora Fátima Be-zerra (PT-RN), representando a Procuradoria dasMulheres do Senado.

Caetano: reforma da Previdência é uma aberração,uma medida estúpida contra o povo brasileiro

colocar a culpa nas costas dos trabalhadores, dopovo brasileiro”, disse Caetano.

O deputado Caetano classificou como “injus-ta” a proposta de reforma da Previdência do go-verno Temer, principalmente com o trabalhadorrural. “Essa reforma acaba com a aposentadoria

rural. Atenção trabalhadores do campo, povo bra-sileiro que produz neste País: Michel Temer queracabar com a aposentadoria do povo da roça, dopovo dos sertões, do povo do Nordeste, do povotrabalhador, do povo que vive no campo”, alertou.

Essa reforma é tão absurda, acrescentou Caeta-no, que “define como aposentadoria especial o casodo efetivo dano à saúde, impedindo a referência àcategoria ou à ocupação; extingue a aposentadoriaespecial por atividade de risco; altera a aposenta-doria por invalidez para incapacidade para o traba-lho; desconsidera a dupla jornada de trabalho dasmulheres brasileiras e mais outras questões queprejudicam o trabalhador brasileiro”.

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

ZECA RIBEIRO/CÂMARA

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Somente um governo de exceção, num contexto deruptura democrática, poderia nomear para o SupremoTribunal Federal uma pessoa com as características deAlexandre de Moraes. Com a indicação, Temer premia oatual titular do Ministério da Justiça. E o premia poruma série de razões, nenhuma delas digna de louvor.

Em primeiro lugar, Moraes está sendo premia-do por ser um quadro partidário. A intenção, eviden-temente, é aparelhar o STF. Moraes é filiado aoPSDB, partido que foi parceiro do PMDB na constru-ção do impeachment e que se mantém desde oinício como seu principal aliado na base do gover-no, sobretudo na sustentação de uma agenda orien-tada para a violação de direitos, entre elas a refor-ma da previdência nos moldes propostos.

O governo também premia a truculência. A ma-neira com que Alexandre de Moraes tratou os estu-dantes de São Paulo nas manifestações de rua nosúltimos anos foi muito truculenta. Houve o uso siste-mático de gás lacrimogêneo e de balas de borracha,com o intuito de coibir o direito à manifestação emprotestos absolutamente pacíficos e organizados. In-clusive uma estudante perdeu a visão no segundo

Artigo/Paulo Teixeira(PT-SP)

É fundamental que oSenado impeça nomeaçãode Alexandre de Moraes,afirma Paulo Teixeira

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) destaca, em artigo publicado em sua rede social, a importância de o Senado barrar a

indicação de Alexandre de Moraes para a Suprema Corte brasileira. Ele reforça que a decisão do golpista Michel Temer

premia o atual titular do Ministério da Justiça por uma série de razões, entre elas, ser do quadro partidário, agir com

truculência, com incompetência e desleixo. “Nenhuma delas digna de louvor”, lamenta. Paulo Teixeira destaca que o objetivo

de ter Alexandre de Moraes no STF é estancar a Lava Jato, num momento em que as investigações se voltam na direção do

PMDB, de Temer e do PSDB, com fartas citações a José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin. “Nesse sentido, é fundamental

que o Senado não corrobore essa nomeação e que outros nomes sejam apresentados”, defende. Leia abaixo a íntegra do artigo:

Só um governo de exceção indicaria Alexandre de Moraes para o STFsemestre do ano passado, repetindo o que já haviaacontecido anos antes, com dois fotógrafos, sob omesmo governo de Geraldo Alckmin. Em setembro,outros estudantes foram cercados e detidos num epi-sódio absolutamente questionável em que houve acooperação do Exército, infiltrando um capitão emgrupos de jovens a fim de forjar um flagrante e determanifestantes com base num crime presumido.

Ao indicar Alexandre de Moraes ao STF, o governotambém premia a incompetência e o desleixo. Um dostermômetros de sua incompetência à frente do Ministérioda Justiça foi a inépcia de Moraes na condução da crisecarcerária. Inépcia na condução e negligência na preven-ção. Semanas antes dos massacres, a governadora deRoraima entrou em contato com o Ministério da Justiçaavisando da iminência de rebeliões no Estado e pedindosocorro. Moraes admitiu ter recebido o pedido e explicounão ter tomado nenhuma providência por um motivo pro-saico: ele se esqueceu. Em relação à crise no Amazonas,a negligência foi a mesma. A Pastoral Carcerária foi umadas muitas instituições que alertaram o governo federalsobre a situação no Estado ainda no final do ano passado.

Michel Temer também premia o atraso. A forma

com que Alexandre de Moraes trata a segurança públicarevela desconhecimento e flerta com o retrocesso. Mo-raes não concebe a articulação dos três entes federati-vos (União, Estados e Municípios) nem a integração doaparato de segurança com o poder judiciário. E falhanas políticas de prevenção. Ele trata a segurança públicade uma forma arcaica e pouco eficiente, baseada naideia equivocada de que mais armas e mais viaturasresolverão o problema da violência. Ele também esva-ziou os recursos para o Sistema Penitenciário.

Moraes também demonstra atraso ao abordar otema das drogas, indo cortar pés de maconha e prome-tendo banir a espécie da América Latina, num momentoem que o tema das drogas vem sendo tratado cada vezmais sob a perspectiva da regulação, como ocorreu noUruguai e em grande parte dos Estados Unidos.

Finalmente, a indicação de Alexandre de Moraestem como objetivo estancar a Lava Jato, num momentoem que as investigações se voltam na direção do PMDB,de Temer e do PSDB, com fartas citações a José Serra,Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Nesse sentido, é funda-mental que o Senado não corrobore essa nomeação eque outros nomes sejam apresentados.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS) clas-sificou como “verdadeiro escárnio” a indicação fei-ta pelo presidente ilegítimo Temer do nome de Ale-xandre de Moraes para ocupar uma vaga no SupremoTribunal Federal (STF). “Alexandre de Moraes nãotem nenhuma isenção para ocupar esta função, queé das mais elevadas na magistratura do nosso País.Ele está sendo nomeado por Michel Temer com oobjetivo de dar andamento ao processo de proteçãodo próprio Temer, de diversos de seus ministros e demuitos de seus aliados”, afirmou.

Para Fontana, o objetivo de Alexandre de Moraesno STF “é pagar as contas” devidas pelo golpe parla-mentar que tirou do poder a presidenta Dilma, eleita

Moraes no STF é “verdadeiro escárnio”, diz Henrique Fontana

democraticamente. “Ele não estará no STF para subs-tituir Teori Zavascki e, sim, para pagar as contas aMichel Temer. Ele está sendo indicado como partedaquele grande acordo no qual o senador RomeroJucá falava no período em que se construiu o golpe

parlamentar no Brasil. O acordo era estancar a san-gria, inclusive com acordo e intervenção no STF, esuprimir, procurar bloquear as investigações contra acorrupção que estão em curso”, reiterou o petista.

O deputado Henrique Fontana foi mais longe eafirmou que o País esperava do governo uma indica-ção, no mínimo, técnica. “O Brasil esperava queTemer indicasse alguém de caráter técnico, de con-duta ilibada, que procurasse contribuir para estabi-lizar o Supremo. O Brasil precisa de outro perfil paraocupar a vaga de Teori Zavascki. De um perfil seme-lhante ao dele, não de um homem partidário, nãode um ministro da Justiça do próprio Temer, quequer ser protegido”, enfatizou.

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

LUIZALVES/CD