Zoneamento e infromações sobre a seringueira

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  • 7/22/2019 Zoneamento e infromaes sobre a seringueira

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    Zoneamento macro - Aptido ecolgica da cultura da

    seringueira

    Mapa da aptido da cultura da seringueira

    Aptido climtica para a cultura da seringueira

    O habitat da seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg.) situa-se, segundo Ferrand(1944), no Sudoeste da Bacia Amaznica. Essa regio compreende o Estado do Acre,reas vizinhas do Peru, Bolvia e Estados do Amazonas e Rondnia.

    No Estado de So Paulo, at cerca de 23S no Planalto e 25S no litoral, em condiesquase subtropicais, numerosos campos experimentais e culturas comerciais vm se

    desenvolvendo, sem qualquer problema ligado ao clima (Camargo, 1963; Cardoso,1968; Martinez, et al., 1969). O seringal mais antigo do Planalto Paulista, plantado em1916/17, acha-se em Gavio Peixoto, prximo a Araraquara (Camargo, Felisberto,1958).

    Um problema grave da heveicultura em zonas equatoriais a incidncia da molstiaconhecida como mal-das-folhas ou queima-das-folhas, causada pelo fungo Microcylusulei P.Henn V. Arx. ou Dothidella ulei P.Henn. Essa enfermidade tem se constitudo emsrio obstculo implantao das culturas comerciais nas regies tropicais-equatoriais

    brasileiras, exigindo o plantio de material resistente ao mal, em geral menos produtivos,ou o emprego de tcnicas especiais que encarecem a produo.

    O mal-das-folhas, entretanto, no encontrou condies ambientais favorveis incidncia de forma epidmica na situao climtica, praticamente subtropical doEstado de So Paulo. O fungo est presente endemicamente desde o incio da dcada de1960, mas a incidncia no assume o carter de epifitia, mesmo em plantaes dematerial altamente susceptvel (Camargo et al., 1967).

    Os citados autores, estudando o comportamento ecolgico e fonolgico do fungocausador do mal-das-folhas e da seringueira nas condies climtica do Vale do Parabae do Paulista, apresentaram as seguintes concluses:

    a) a molstia ocorre unicamente em plantas situadas em terrenos de baixada, maldrenados, onde a alta umidade atmosfrica noturna e o orvalhamento prolongadofavorecem a infeco e o desenvolvimento do fungo;

    b) mesmo em terreno de baixada a infeco fica restrita s brotaes que aparecem noperodo de janeiro a abril, quando as condies ambientais, topoclimticas, seapresentam mais favorveis;

    c) as folhas brotadas no perodo livre de infeces, de maio a dezembro, mantm-senormalmente sadias no resto do ano fenolgico, mantendo as plantas bem enfolhadas,

    ainda que os lanamentos foliares afetados fossem destrudos pelo fungo;

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    d) a esporulao fica paralisada nos meses de invernos, mais frios, interrompendoanualmente o potencial do inculo e a propagao da enfermidade;

    e) unicamente material muito susceptvel molstia tem sido afetado e apenas emcondies topoclimticas e sazonais, as mais propcias infeco;

    f) em condies de campo, a manifestao do mal-das-folhas se verifica quando afreqncia superior a 12 por ms, de noites, com umidade relativa elevada, superior a95%, por mais de dez horas consecutivas, essa condio muito freqente na regiolitornea; no Planalto relativamente freqente em terreno de baixada e praticamenteinexistente em terrenos elevados, bem drenados dos interflvios;

    g) as condies climticas do Planalto Paulista e reas similares dos Estado vizinhosno se mostram propcias manisfestao do mal-das-folhas, mesmo cultivando-seclones e materiais altamente susceptveis enfermidade.

    Em estudo sobre a aptido climtica da heveicultura no Brasil, Camargo (1971), utilizouo ndice de 20 C de temperatura mdia do ms mais frio, para definir o limite abaixo doqual a regio no apresentaria condies climticas favorveis incidncia daDothidella, mostrando-se livre da manifestao da molstia em carter epidmico.

    Como Planta originria d Bacia Amaznica, regio caracterizada pelo clima equatorialquente mido, crena geral que a seringueira exige muito calor e umidade para sedesenvolver bem e dar produes elevadas de ltex. Para as condies do Estado de SoPaulo, inclusive para o Planalto, que se acha ao redor de 500 a 600 metros de altitude, oincio da sangria no muito demorado. Cunha (1966), estudando seringal emPindamonhangaba, no Vale do Ribeira, a cerca de 500m de altitude, verificou que aossete anos de idade havia cerca de 70% de rvores com mais de 45cm de circunfernciano tronco, preenchendo as exigncias para o incio da sangria em regime normal deexplorao. As produes de borracha seca, numa base de 150 sangrias anuais, foramestimadas para o 7, 8 e 9 anos de idade, respectivamente, de 460, 620 e 835 kg porhectare.

    Exigncias climticas

    Com base no fato de a seringueira se desenvolver satisfatriamente nas condies doPlanalto Paulista da regio de Campinas para o interior, ou seja, ao norte do paralelo 23

    e abaixo da altitude de 700 metros, foi possvel definir os parmetros indicativos daaptido trmica para a cultura da seringueira. Carmargo (1956, 1959, 1971) props osparmetros de 20 C de temperatura mdia anual ou a evapotranspirao potencial anualde 900 mm para indicar o limite acima do qual a rea pode ser consideradatermicamente apta para a cultura comercial da seringueira.

    Quanto ao fator hdrico, o mesmo autor em trabalhos de zoneamento de aptidoclimtica para a cultura da seringueira no Brasil, adotou o parmetro de 150 mm dedeficincia hdrica anual, segundo balano de Thornthwaite & Mather (1955), paraindicar o limite acima do qual haveria problemas por falta de gua no solo e iniciaria ainaptido climtica para a cultura comercial.

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    Esse limite de 150 mm foi estimado para o balano hdrico efetuado admitindo-se umareteno de 30 mm de gua na zona das razes. No caso, porm, dos balanos utilizadosneste trabalho, preparados, considerando um reteno de 125 mm, o referido limite deinaptido passaria de 150 para 250 mm, um valor muito maior.

    No Estado de So Paulo as deficincias hdricas anuais mais elevadas, que se verificamno extremo norte junto ao rio Grande, esto em torno de 160 mm e portanto bem aqumdo limite de 250 mm admitindo como indicativo da marginalidade ou inaptidoclimtica para a cultura da seringueira.

    Para indicar a capacidade vegetativa de culturas perenes como a seringueira, Camargo(1971) props o emprego do parmetro evapotranspirao real anual, segundoThornthwaite & Mather (1955). Esse elemento corresponde diferena entre aevapotranspirao potencial anual, que representa a capacidade energtica de vegetaoe a deficincia hdrica anual, que corresponde s restries trazidas capacidadeenergtica. Assim, quanto maior a evapotranspirao potencial e menor a deficincia

    hdrica no curso do ano, maior a capacidade vegetativa da regio considerada.

    Cunha (1963), estudando o comportamento de seringueiras, platadas em Campinas,onde obterve em sete sucessivas colheitas, do 12 ao 18 ano, produes mdiasconsideradas bastante elevadas, da ordem de 4kg de borracha seca por planta por ano ouo correspondente a 1600kg por hectare. Esse resultado bastante representativo dacapacidade de produo do planalto. Campinas, com a evapotranspirao real anual daordem de 935 mm, est muito prxima do limite de 900 mm, abaixo do qual a rea seriaconsiderada inapta por insuficincia trmica ou na capacidade vegetativa.

    Parmetros climticos adotadosO preparo da carta de zoneamento da aptido agroclimtica da seringueira para estetrabalho foi baseada nos parmetros adotados por Camargo (1971). No foram, porm,considerados muito elevadas para a heveicultura e os das temperaturas mdias do msfrio, que separa as reas consideradas sujeitas das admitidas como livres da incidnciagrave da molstia.

    O valor de 150 mm de deficincias hdricas anuais, para 300 mm de capacidade dereteno de gua no solo, admitindo como limitante para a plena aptido climtica aheveicultura, est muito acima das deficincias hdricas mais elevadas normalmente

    encontradas no territrio paulista. Em um balano hdrico preparado par 125 mm decapacidade de reteno de umidade, aquele limite de 150 mm corresponderia a cerca de250 mm. Dados demonstram que as mais elevadas deficincias hdricas verificadas noextremo norte, junto ao rio Grande, pouco ultrapassaram a 160 mm.

    Quanto temperatura mdia do ms mais frio, foi verificado que o limite acima do quala enfermidade encontra condies de assumir carter grave, praticamente no ocorre noEstado.

    Os parmetros empregados para caracterizar as diferentes faixas de aptido climticapara a heveicultura nas condies do Estado de So Paulo foram as seguintes:

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    a) evapotranspirao real anual (Era) = 900 mm: corresponde o limite acima do qual afaixa apresenta aptido trmica ou capacidade vegetativa satisfatria para a culturacomercial;

    b) Temperatura mdia anual (Ta) = 18 C: indica o limite abaixo do qual a faixa se

    apresenta demasiadamente fria e sujeita s geadas, tornando-a inapta cultura daseringueira;

    c) deficincia hdrica anual (Da) = 0 mm: indica a condio de ausncia de estao seca,ou de umidade elevada o ano todo, favorescendo a incidncia de molstias, inclusive domal-das-folhas, nos terrenos de baixada e mal drenados.

    Cartografiafaixas de aptido climtica

    As faixas de aptido climtica adotadas a Cultura da Seringueira, em So Paulo, so asseguintes:

    Faixa "A"Evapotranspirao real (Er), superior a 900 mm e Da, acima de zero. Indicaplena aptido climtica para a cultura da seringueira. As condies trmicas e hdricasmostram-se satisfatrias vegetao e a produo da planta, mas desfavorveis incidncia do mal-das-folhas. A faixa abrange quase todo o Planalto Paulista e as partes

    baixas do Vale do Paraba.

    Faixa "B" Er, superior a 900 mm e Da, nulo. As condies trmicas e hdricas sofavorveis planta, mas falta de estao seca, favorece a manifestao de epifitias, domal-das-folhas nos terrenos de baixada, mais midos. A faixa compreende,

    particularmente s reas litorneas e do Vale do Ribeira do Iguape.Faixa "C"Er inferior a 900 mm e Ta, superior a 18 C. A faixa se apresenta marginal cultura da seringueira por restrio trmica e incidncia freqente de geadas severas,

    particularmente em terrenos mal drenados. A faixa situa-se no sul e leste do planalto,nas fraldas das Serras do Mar e da Mantiqueira.

    Faixa "D" Ta inferior a 18 C. considerada inapta a heveicultura por insuficinciatrmica e por estar muito sujeita incidncia de geadas severas. A faixa compreende asreas serranas, mais elevadas e muito frias, das Serras do Mar e da Mantiqueira.

    Plantio de seringueiras cresce e estimula economia agrcola capixaba

    24/08/2012 - 16h22min

    Incaper

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    Economicamente rentvel e ambientalmente sustentvel, a cultura da seringueira tem

    crescido nas propriedades rurais de vrios municpios capixabas

    O cultivo de seringueiras tem se mostrado uma alternativa econmica vivel para osprodutores rurais. Alm de rentvel e ambientalmente sustentvel, a atividade daextrao da borracha natural possui um mercado de consumo promissor. Atualmente, a

    Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em conjunto como Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia Tcnica e Extenso Rural (Incaper), tematuado para incentivar a expanso dessa cultura nos diversos municpios capixabas, pormeio do Programa de Expanso da Heveicultura Capixaba (Probores).

    O Probores visa aumentar o nmero atual de 15 mil hectares de seringueiras plantadaspara 75 mil hectares em 2025, meta estabelecida no Plano Estratgico deDesenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag). Essa medida ir gerar mais de 20mil empregos diretos no Esprito Santo. De acordo com o pesquisador do Incaper, CsarTeixeira Pereira, a seringueira uma atividade agrcola que combina gerao de renda

    para o produtor rural com preservao ambiental.

    O plantio de seringueiras proporciona renda ao produtor o ano inteiro, pois uma

    cultura perene e de alta produtividade de ltex. interessante para o pequeno produtorporque no demanda muita mo de obra. Alm disso, h garantia de venda do produto,pois um mercado em expanso, explica Csar. Ao final do ciclo de vida da rvore,

    ela tambm pode ser usada como madeira nobre para a produo de mveis.

    O pesquisador explica tambm que os benefcios ambientais so grandes. A coberturavegetal proporcionada pela seringueira protege o solo, evita a eroso e preserva asnascentes de gua. uma das rvores que mais sequestra CO2, sendo meia tonelada por

    planta quando ela est com 15 anos, disse Csar. Ele lembra que a borracha naturalextrada das seringueiras possui maior refinamento para confeco de produtos que a

    borracha sinttica, feita a partir do petrleo, recurso natural finito no meio ambiente.

    Para expandir essa cultura nos municpios capixabas, em 2009 o Incaper realizou adistribuio de 375 mil mudas de seringueiras a produtores rurais. No ano seguinte,foram distribudas 300 mil mudas e, em 2011, 250 mil mudas. De acordo com oextensionista do Escritrio Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) de Vila Velha,Itamar Alvino de Souza, a procura pelas mudas tem ampliado consideravelmente.

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    Para 2012 e 2013, temos a previso de distribuir 250 mil mudas, mas j recebemos ademanda de 288 mil pelos produtores. O motivo desse aumento se deve ao fato de a

    borracha ser um produto agrcola bastante valorizado. Estudos demonstram que no

    deve haver problema de mercado para esse item pelos prximos 15 anos, explicouItamar.

    Produtores rurais confirmam: seringueiras so um bom negcio

    Para o produtor rural Abimael Correa do Nascimento Filho, que mora no CrregoRancho Alto, municpio de So Gabriel da Palha, investir em seringueiras vantajoso,

    pois gera dinheiro todo ms. Em cinco hectares, podemos plantar 2.300 ps e extrair

    mil quilos de borracha por ms, gerando uma renda mdia mensal de R$ 2.500. Vemosque a oscilao de preo no to grande, explica Abimael. Ele disse que iniciou o

    plantio de seringueiras em sua propriedade h 20 anos.

    A comercializao do produto garantida e as empresas multinacionais constituem amaior parte dos compradores. Porm, j h iniciativas de produtores na criao decooperativas para a compra do produto, como por exemplo, a Cooperativa dosProdutores de Seringueira de So Gabriel da Palha (Cooptex), criada em janeiro desteano. Criamos a cooperativa para evitar o problema do atravessador. Agora podemos

    fazer a entrega do produto direto ao consumidor, a um preo melhor, falou Abimael.

    No municpio de So Gabriel da Palha, o plantio da seringueira tem sido feito com acultura do caf, o que tem trazido bons resultados. O consrcio proporciona maior

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    aproveitamento de rea e maior rentabilidade, pois agrega duas culturas de valoreconmico no mesmo espao, explica o extensionista rural, Carlos Lobo. Ele orientaque, quando as duas culturas forem plantadas na mesma poca, o produtor pode

    procurar o escritrio do Incaper para saber o espaamento adequado para o plantio.Atualmente, o municpio conta com 300 produtores familiares que possuem plantio de

    seringueiras em sua propriedade.

    A produo de seringueiras tambm tem se expandido pelo municpio de Guarapari. Deacordo com o produtor rural da comunidade Baa Nova, Angelo Marchese, essa temsido uma opo vivel para quem possui pouca mo de obra na propriedade. Iniciei o

    plantio h quatro anos a partir das mudas do Probores. Hoje tenho 2.500 plantadas. Fizessa opo porque o custo da produo baixo e trabalho sozinho na roa. Tambm dum bom amparo como floresta, explica Angelo.

    Esprito Santo o 4 maior produtor de borracha natural do Brasil

    O Esprito Santo ocupa o 4 lugar no Pas na produo de borracha natural. Conformedados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), o Estado produziu, em2010, 5.945 toneladas de borracha, o que representa 4,4% da produo total nacional.Em primeiro lugar ficou So Paulo, com 58,2%, seguido da Bahia (14,2%) e MatoGrosso (8,7%).

    Os fatores que levam o Esprito Santo a ter esse destaque so de ordem natural e devidoa investimentos pblicos ao longo dos anos. Mais de 80% das reas capixabas possuem

    clima ideal para o cultivo da seringueira. Aqui chove acima dos 1.100 milmetrosanualmente e o perodo do inverno seco, lembra o coordenador do Programa de

    Desenvolvimento da Silvicultura e Recursos Naturais da Seag, Pedro Galvas.

    As polticas pblicas que incentivam o plantio de seringueiras so histricas. Em 1960,com apoio da Seag, foi implantada a primeira rea de seringueira em Vila Velha. Osucesso desse plantio, apelidado de Tira Teima, serviu para provar s autoridadesfederais o potencial que o Estado tinha para o cultivo da rvore. Em 1978, o GovernoFederal lanou o programa Probor II, que incluiu o Esprito Santo. Naquela poca,foram plantados no Estado mais de 8 mil hectares de seringueira, disse Galvas.

    Ele tambm lembra que, em 2002, foi lanado um novo programa apoiado pelaSeag/Incaper e pelo Ministrio do Meio Ambiente, com propsito de aumentar a rea de

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    plantio de seringueira no Estado. O atual programa em vigor, o Probores, foi lanadoem 2007 pelo Governo do Esprito Santo. Na poca, a rea plantada de seringueiras erade 8 mil hectares. Desse perodo at 2012, foram ampliados 7 mil hectares.Atualmente, o Estado conta com uma rea estimada de 15 mil hectares j implantados

    e vem conseguindo cumprir as metas estabelecidas, disse Galvas.

    Embora seja um grande consumidor de borracha, o Brasil ainda depende de importaesdesse produto. De acordo com o Grupo Internacional de Estudos da Borracha (IRSG),em 2012, o Pas consumiu 354 mil toneladas de borracha, enquanto produziu apenas139 mil toneladas. H elementos histricos que justificam a dependncia da importaodo produto. O Brasil, durante dcadas no sculo XIX, foi praticamente o nico

    produtor de borracha no mundo. Porm, o cultivo era realizado sem nenhuma tecnologiade manejo agronmico. Com a adaptao da seringueira em cultivos tecnificados naregio do Sudeste Asitico, houve uma queda acentuada nos preos da borracha natural

    por aumentar a oferta do produto, explica Pedro Galvas.

    Outro fator que limitou a expanso da cultura da seringueira no Pas foi a crena de suano adaptao a outras regies do Brasil a no ser a Amaznica. Percebemos que hojeo cultivo da seringueira cresceu muito na Regio Sudeste, sendo So Paulo o maior

    produtor do Pas. As perspectivas de mercado so boas, pois importamos 70% daborracha, logo existe um grande mercado para ser atendido, disse Galvas. Eleestimula o plantio da rvore. Vale a pena plantar a seringueira e ela se torna ainda mais

    rentvel nas propriedades de agricultura familiar.

    Pesquisa, assistncia tcnica e extenso rural difundem a atividade agrcola

    Para ampliar o plantio de seringueiras de maneira qualificada no Esprito Santo, oIncaper tem desenvolvido quatro linhas de pesquisas nessa rea, a saber: sistemasagroflorestais consrcio de seringueiras com cacau, caf, banana, abacaxi e outrasespcies florestais; novas tecnologias para a produo de mudas; avaliao devariedades adaptadas a vrios ambientes; e aspectos nutricionais e adubao deseringueiras. A partir desses experimentos, ser possvel estender essas experincias aos

    produtores rurais.

    No mbito da assistncia tcnica, os profissionais do Incaper e de outras instituies

    tm recebido orientaes tcnicas sobre plantio e produo da seringueira ecomercializao da borracha natural, por meio de treinamentos, cursos de capacitao,

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    simpsios e congressos. Alm do servio de assistncia tcnica, o Incaper proporcionaatividades de socializao do conhecimento aos produtores rurais. Para este ano, est

    prevista a realizao de um curso de sangria em seringueiras nos municpios da Serra,Linhares, So Gabriel da Palha e na Fazenda de Pacotuba, com durao de cinco dias.

    Produtores recebem incentivos econmicos para plantio de seringueiras

    Os agricultores que quiserem adquirir as mudas de seringueiras devem procurar osescritrios do Incaper nos seus respectivos municpios. Porm, 60% das mudas sodestinadas a agricultores de base familiar, conforme os seguintes critrios de prioridade:

    possuir carta de aptido do Pronaf; residir em reas de assentamentos rurais; possuirreas entre 0,5 e 5 hectares; proprietrios que participem de programa de carterambiental patrocinado pela Seag/Incaper.

    Conforme o tamanho da rea a ser plantada com seringueiras, o produtor recebedescontos. At 1 hectare, o desconto no valor das mudas de 80%; de 1 a 4 hectares, odesconto de 50% e de 4 a 5 hectares, h 30% de desconto. A Seag tem pago em tornode R$ 3,00 por muda, e repassado aos produtores, com os descontos, a um valor mnimode R$ 0,50.

    Como incentivo econmico produo de seringueiras, o Governo do Esprito Santotambm oferece linhas especficas de crdito aos produtores rurais, por meio do Bancode Desenvolvimento do Esprito Santo (Bandes). Em 2012, o banco, por meio do

    Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do ProgramaAgricultura de Baixo Carbono (ABC) do Governo Federal, financiou mais de R$ 1,5milho para produo de borracha e cultivo de seringueira no Esprito Santo.

    Foram destinados R$ 447 mil para os agricultores de pequeno porte e outros R$ 1,1milho investimentos no cultivo de seringueira com foco na sustentabilidade. No ano de2011, foram R$ 1,3 milho destinados a agricultores de pequeno porte, por meio doPronaf. Este ano, o Bandes tambm lanou o Funres Desenvolvimento Rural, voltado

    para produtores rurais que no sejam enquadrados no Pronaf. Trata-se de mais umaopo aos agricultores que queiram investir no cultivo de seringueiras.

    Para ter mais informaes e acessar as linhas de crdito rural do Bandes procureinformaes no site do banco - www.bandes.com.br - ou pelo 0800 283 4202.

    Curiosidade: Borracha natural x borracha sinttica

    A borracha natural obtida das partculas contidas no ltex, fludo citoplasmticoextrado dos vasos situados na casca das rvores por meio de cortes sucessivos de finasfatias de casca, processo denominado de sangria. Possui propriedades comoelasticidade, plasticidade, resistncia ao desgaste e ao impacto, propriedades isolantesde eletricidade.

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    A borracha sinttica, obtida a partir do petrleo, possui quase a mesma composioqumica da borracha natural, porm suas propriedades fsicas so viveis para alguns

    manufaturados, porm so inferiores para luvas cirrgicas, preservativos, pneus deautomveis, caminhes, avies e revestimentos diversos, produzidos a partir daborracha natural.

    Informaes imprensa:Assessoria de ComunicaoIncaperEduardo Brinco/Juliana Esteves/Luciana SilvestreTexto: Luciana Silvestre

    [email protected]: 3636-9865/3636-9868/9850-2210/9964-0389Twitter: @incaperFacebook: Incaper

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