Família representada nos Neotrópicos por cerca
de 40 gêneros e cerca de 650 espécies, com
centros de distribuição na Região Amazônica
e Guianas. Na Reserva são encontrados 16
gêneros e 60 espécies.
AN
NO
NA
CEA
E
121
Annonaceae
Na Reserva a família é caracterizada
pelo hábito arbóreo, ou muitas vezes pela
presença de arvoretas, raramente na forma de
lianas (Annona haematantha). Vegetativamente a família pode ser reconhecida pelo odor forte
do corte do tronco ou de ramos, que se torna
característico com a prática; pela presença de
fibras longas e resistentes na casca, conhecidas
popularmente como envira; pelas folhas
dísticas (exceto em Tetrameranthus, com folhas espiraladas); e pela presença de marcas
de chamas no corte transversal do tronco.
Pêlos ou escamas estreladas são típicos do
gênero Duguetia, e ocorrem também em Tetrameranthus.
As flores têm 3 sépalas, livres ou
unidas (4 em Tetrameranthus); as pétalas são livres, geralmente em 2-3 verticilos. Os
estames e carpelos são numersos. Os frutos
são geralmente apocárpicos (os monocarpos
são em geral estipitados), e são carnosos e
indeiscentes (Bocageopsis, Cymbopetalum, Diclinanona, Ephedranthus, Guatteria, Guatteriopsis, Malmea, Pseudoxandra, Tetrameranthus e Unonopsis), ou deiscentes (Anaxagorea e Xylopia). Frutos sincárpicos podem ser encontrados em Annona, Duguetia, Fusaea e Rollinia.
As Annonaceae têm flores de tamanhos
que variam de pequeno, como em Bocageopsis multiflora e Xylopia amazonica, a grande, como em Cymbopetalum euneurum e Duguetia ulei. As cores variam, podendo ser esbranquiçadas,
creme-amareladas, esverdeadas, alaranjadas e
até cor-de-vinho.
A antese (funcionamento das flores)
acontece em duas etapas distintas devido
a uma diferenciação temporal entre a
receptividade dos estigmas (fase "feminina"),
que ocorre num dia, e a liberação do pólen
(fase "masculina"), que ocorre no dia seguinte.
O odor emitido pelas flores é o principal aviso
aos polinizadores de que as flores estão em
funcionamento. Os odores variam muito nas
diferentes espécies e muitos deles imitam o
odor de frutos maduros; as flores de Xylopia benthamii emitem um odor semelhante ao de taperebá, as de Duguetia stelechanta têm odor semelhante ao de banana madura, e as
de Duguetia asterotricha lembram abacaxi; outras têm odores aromáticos que lembram o
de folha de goiaba amassada, como Duguetia ulei e D. riparia. Um outro grupo tem odores semelhantes a perfume, como Xylopia
amazonica e Tetrameranthus duckei.Algumas flores têm antese diurna,
como as de Bocageopsis multiflora e Duguetia stelechanta, e outras têm antese noturna, como Cymbopetalum euneurum e Xylopia crinita. Muitas das espécies que têm antese noturna
e algumas com antese diurna apresentam
uma elevação da temperatura das flores
(termogênese) que pode atingir até 12o acima
da temperatura do ambiente, o que aumenta a
volatilização dos compostos odoríferos.
Os principais polinizadores são
coleópteros (besouros) de diferentes famílias,
como por exemplo Scarabaeidae, Nitidulidae
e Staphylinidae, e também tisanópteros.
Esses insetos são atraídos pelo odor na fase
feminina e permanecem no interior das
flores, alimentando-se de pétalas e pólen,
usando as flores também como local de
acasalamento. Quando o pólen é liberado,
os insetos entram em contato com este e ficam
totalmente "empoeirados", estando prontos
para transportá-lo para flores receptivas.
Terminada a liberação do pólen, as pétalas
caem, obrigando os insetos a voar; nessa
ocasião, flores receptivas estão emitindo odor
e podem atrair esses insetos, que realizarão
então a polinização.
Dispersão na família se dá
principalmente por meio de animais, com
exceção de Anaxagorea, em que ocorre deiscência explosiva, sendo comum devido
a isso a ocorrência de vários indivíduos
próximos uns aos outros.
Muitas espécies são cultivadas,
principalmente no gênero Annona, devido aos seus frutos comestíveis (por exemplo graviola,
fruta de conde etc.). A envira é utilizada na
confecção de utensílios.
Xylopia benthamii
AN
NO
NA
CEA
EFLORES
Duguetia stelechantha *
Anaxagorea brevipes
Duguetia flagellaris
Duguetia stelechantha
Diclinanona calycina
Cymbopetalum euneurum
Fusaea longifolia Guatteria olivacea Guatteria foliosaDuguetia pycnastera *
Duguetia ulei Guatteria megalophylla
Xylopia nitida Xylopia crinitaGuatteria sp. 2 Rollinia insignisGuatteriopsis blepharophylla
* Fotos cedidas por Antônio Webber
FRUTOS
Cymbopetalum euneurum
Cymbopetalum euneurum *
Anaxagorea brevipes
Annona aff. excellens
Bocageopsis multiflora
Ephedranthus amazonicus
Duguetia surinamensis
Duguetia stelechantha Duguetia flagellaris Duguetia flagellaris *
Xylopia nitidaMalmea manausensis
Guatteriopsis hispida Guatteria megalophylla
Xylopia crinita *
122
AN
NO
NA
CEA
E
123
Os agrupamentos se baseiam principalmente no tipo de ritidoma (grupos 1, 2 e 3) e hábito
(grupos 4, 5, 6 e 7) e, embora esses caracteres sejam facilmente observados no campo, atenção
especial deve ser tomada, pois indivíduos jovens podem possuir características distintas de um
outro adulto, por exemplo, plantas jovens do grupo 2 apresentam o ritidoma às vezes estriado,
ao contrário de fissuras largas e profundas observadas em adultos. No grupo 7, plantas jovens
e baixas (arvoretas ainda) podem fazer com que se confunda com o grupo 6, que se diferencia
daquele grupo apenas pelo porte dos indivíduos. Pêlos estrelados ou escamas estreladas, apesar
de bem visíveis a olho nu ou, na maioria das vezes, com uma lupa de mão, são difíceis de serem
vistos em Duguetia asterotricha e D. arenicola.
GUIA AOS GRUPOS
Árvores; nervura central impressa na face superior da folha; pêlos
simples recobrindo as partes vegetativas.77
Geralmente arvoretas do sub-bosque
Nervura central impressa na face
superior da folha.
Folhas alternas ou
espiraladas; pêlos estrelados
ou escamas estreladas nas
partes vegetativas.
Nervura central proeminente
na face superior da folha.44
55
EscamasPêlos estrelados
Pêlos simples recobrindo
as partes vegetativas.66
Ritidoma fissurado
Árvores com raízes suporte ou
sapopemas
22
11
Fissuras largas e profundas;
lenticelas, quando presentes,
não confinadas nas fissuras.
Árvores ou arvoretas.
Geralmente confinadas
dentro de fissuras
longitudinais.
Árvores ou lianas com
lenticelas alinhadas
verticalmente
33
Xylopia spp. Árvores com raízes suporte ou sapopemas,
nervura central impressa na
face superior da folha, nervuras
secundárias obscuras.
AN
NO
NA
CEA
E
Xylopia emarginata var. duckei. (Envireira). Árvore. Face
inferior da folha densamente
coberta com pêlos eretos e
marrons, principalmente sobre
a nervura central, esta carenada
na face inferior; base aguda a
obtusa, obliqüamente truncada.
Ocasional. Baixio. Amazônia
Brasileira.
Xylopia aff. spruceana. Árvore. Face inferior da folha com
a nervura central e margem
densamente coberta com pêlos
eretos e marrons; base aguda
a obliqüamente truncada.
Ocasional. Campinarana.
Amazônia venezuelana e
brasileira.
Xylopia crinita. Árvore. Face inferior da folha densamente
coberta com pêlos adpressos
a eretos, marrom-escuros;
base arredondada, cordada.
Ocasional. Platô e baixio.
Amazônia venezuelana e
brasileira, Guiana Francesa.
Xylopia benthamii. (Embiriba, Envira-amarela). Árvore. Face
inferior com pêlos longos, eretos
e marrons, principalmente em
folhas jovens e sobre a nervura
central; base aguda. Freqüente.
Vertente e campinarana.
Amazônia venezuelana e
brasileira, Peru e nas Guianas.
Folhas de ápice emarginado.
Folhas de ápice acuminado. Ramos jovens
e pecíolos com pêlos longos e eretos.
124
56
10267
82
11
SAPOPEMAS
Xylopia emarginata var. duckei, um exemplo das sempre
presentes sapopemas
ou, em outros caso,
raízes suporte no
gênero.
125
Xylopia amazonica. (Envira sarassará, envireira-vermelha).
Árvore. Face inferior
densamente a escassamente
revestida com pêlos adpressos
e brancos. Freqüente. Em
todos os ambientes. Amazônia
venezuelana e brasileira,
Suriname.
Xylopia parviflora. (Envira-sara-sará, pacovi). Árvore. Face
inferior da folha densamente
coberta com pêlos adpressos e
esbranquiçados; ápice com um
pequeno mucro piloso. Rara.
Vertente e Baixio. Norte da
América do Sul.
Xylopia polyantha. (Envira-amarela, envira-branca). Face
inferior da folha coberta com
pêlos adpressos e castanhos.
Ocasional. Platô e vertente.
Amazônia brasileira e Bolívia.
Folhas de ápice acuminado. Ramos
jovens e pecíolos com pêlos adpressos.
Xylopia calophylla. Árvore. Face inferior da folha
densamente revestida de pêlos
longos, adpressos, branco-
prateados à castanhos; nervura
central carenada na face inferior.
Rara. Platô. Amazônia brasileira
(Amazonas e Pará).
Xylopia nitida. (Envira-amarela, envira-vermelha). Árvore. Face
inferior densamente coberta por
pêlos longos, adpressos, branco-
prateados à marrons; nervura
central carenada na face inferior.
Freqüente. Todos ambientes,
incluindo capoeiras. Norte da
Amazônia e Guianas.
7565
105
62115
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CEA
E
AN
NO
NA
CEA
E
Bocageopsis multiflora. (Envira-preta, envira-surucucu-folha-
miúda). Árvores. Lâmina
foliar assimétrica, face inferior
não glauca, esparsamente
coberta com pêlos adpressos e
esbranquiçados; acúmen apical
10-15 mm; 12-18 nervuras
secundárias. Freqüente. Platô,
vertente e capoeira. Norte da
Unonopsis stipitata. (Envira, envireira). Árvores ou arvoretas.
Lâmina obovada; face inferior
subglabra; 12-17 nervuras
secundárias. Freqüente.
Todos os ambientes, exceto
Campinarana. Amazônia e
Guianas.
Unonopsis duckei. (Envira-preta, envira-surucucu). Árvore.
Lâmina foliar elíptica-oblonga,
face inferior densamente
coberta com pêlos adpressos e
marrons, principalmente sobre a
nervura central, 11-13 nervuras
secundárias. Ocasional. Platô e
vertente. Amazonas e Rondônia.
Bocageopsis pleiosperma. (Envira-preta). Árvores. Lâmina
foliar assimétrica; face inferior
glauca, densamente coberta
com pequenos pêlos adpressos e
esbranquiçados; acúmen apical
cerca de 5 mm; 11-14 nervuras
secundárias. Freqüente. Platô e
vertente. Amazonas e Pará.
Fusaea longifolia. (Envira-preta, envira-surucucu). Árvore ou
arvoreta. Face inferior da folha
subglabra; base aguda, às vezes
obtusa; 13-16 nervuras secundárias,
fortemente impressas na face
superior; veia marginal presente
e impressa na face superior.
Freqüente. Platô, vertente e baixio.
Norte da América do Sul.
Ritidoma fissurado, fissuras
largas e profundas. Lenticelas
geralmente ausentes, quando
presentes, não confinadas nas
fissuras. Árvores ou arvoretas.
Nervura central proeminente na face
superior da folha.
Nervura central impressa na face
superior da folha.
126
186
92
218117
263
22
126
127
Duguetia megalocarpa. (Envira-cajú). Árvore. Face superior da
folha brilhante, esparsamente
recoberta com pêlos estrelados
multiradiados; face inferior
densamente recoberta com
pêlos estrelados multiradiados;
base obtusa; 9-12 nervuras
secundárias. Ocasional.
Vertente. Amazonas e Pará.
Duguetia surinamensis. Árvore. Face superior da folha glabra; face
inferior esparsamente recoberta
com escamas estreladas; base
atenuada à aguda; 10-16 nervuras
secundárias. Ocasional. Platô e
vertente. Colômbia, Amazonia e
Guianas.
Guatteria meliodora. Árvore. Face inferior da lâmina esparsamente
coberta com pêlos adpressos e
brancos; base aguda, decurrente
em um pecíolo alado; nervura
mediana carenada na face inferior;
15-25 nervuras secundárias
fortemente proeminentes em
ambos os lados. Rara. Baixio e
campinarana. Amazônia peruana e
Brasil.
Guatteria guianensis. Árvore. Face inferior
da lâmina densamemte
recoberta com pêlos
adpressos à eretos, brancos;
base obtusa, decurrente
em um pecíolo alado; 20-
30 nervuras secundárias,
impressas na face superior;
veia marginal presente,
impressa. Rara. Vertente.
Guiana Francesa e Amazônia
brasileira.
Guatteria aff. decurrens. Árvore. Face inferior da lâmina
densamente coberta com pêlos
adpressos e brancos; base obtusa,
longo-decurrente; 15-17 nervuras
secundárias. Rara. Baixio.
297140
261
173
Ephedranthus amazonicus. (Envira-dura, Envira-taia).
Árvore. Face superior da
folha glabra à subglabra; face
inferior subglabra, opaca à
verde-glauca; 10-15 nervuras
secundárias, impressas na face
superior. Freqüente. Platô,
vertente e capoeira. Norte da
América do Sul.297
AN
NO
NA
CEA
E
303
AN
NO
NA
CEA
E
Annona aff. excellens. (Envireira). Árvore. Ramos
jovens, face inferior da folha e
nervura central na face superior
densamente recobertos por
pêlos marrons e eretos; 10-16
nervuras secundárias. Rara.
Baixio. Amazônia peruana e
brasileira.
Annona ambotay. (Envira-cajú, envira-taia). Árvore. Ramos jovens
recobertos por pêlos eretos e
marrons; face inferior e nervura
central e secundárias na face
superior densamente recobertas
por pêlos eretos e adpressos,
marrons, simples ou estrelados;
10-15 nervuras secundárias.
Freqüente. Vertente, baixio e
campinarana. Norte da América
do Sul.
Annona amazonica. Árvore. Ramos jovens
glabros; face inferior da
folha glauca, esparsamente
recoberta por pêlos adpressos
e esbranquiçados; 10-15
nervuras secundárias. Rara.
Baixio. Amazônia brasileira
(Amazonas e Pará).
Annona haematantha. Liana lenhosa. Nervuras em
ambos os lados esparsamente
cobertos por pêlos adpressos
e marrons; 10-12 nervuras
secundárias. Rara. Baixio.
Guianas e arredores de
Manaus.
Rollinia insignis. (Biribá-bravo, envira-bobó). Árvore. Nervuras
central e secundárias do lado
superior cobertas com pêlos
brancos, às vezes glabro, face
inferior densamente, ou quase,
cobertos com pêlos eretos,
marrons à brancos; 18-30
nervuras secundárias. Ocasional.
Platô, vertente e capoeira.
Amazônia brasileira e peruana.
Annona spp. e Rollinia spp. Árvores ou lianas. Lenticelas
alinhadas verticalmente,
geralmente confinadas dentro
de fissuras longitudinais.
Nervura central impressa na
face superior da folha.
Domáceas axilares ausentes.
128
331
125
281
33
164218
Geralmente arvoretas do
sub-bosque; nervura central
proeminente na face superior da
folha; pêlos simples recobrindo
ramos jovens, pecíolos e folhas,
ou ausentes.
129
Annona impressivenia. (Graviola-brava). Árvore.
Nervuras secundárias pouco
evidentes, 8-10. Rara.
Campinarana. Guiana
venezuelana a Amazônia
Central.
Annona foetida. (Envira-ata, graviola-da-mata). Árvore.
Nervuras secundárias
conspícuas, 7-10. Freqüente.
Platô e vertente. Amazônia
brasileira e peruana.
Pseudoxandra aff. williamsii. Arvoreta, 5-7 m. Face inferior da
folha esparsamente coberta com
pêlos adpressos e esbranquiçados,
principalmente sobre a nervura
central; base aguda a obtusa;
9-11 nervuras secundárias; veia
marginal de 3-6mm da margem.
Rara. Não localizada na Reserva,
apesar de ocorrer nela. Espécie
nova não descrita.
Cymbopetalum euneurum. (Envira). Arvoreta, 1-5 m. Face
inferior da folha subglabra à
esparsamente coberta com pêlos
adpressos e brancos; base aguda;
14-16 nervuras secundárias
impressas na face superior.
Ocasional. Baixio. Amazônia
Central brasileira.
Unonopsis guatterioides.
(Envireira). Arvoreta, 4-7 m. Face
inferior da lâmina esparsamente
coberta com pêlos eretos e
brancos, nervura central coberta
com pêlos eretos quando jovem;
8-11 nervuras secundárias.
Ocasional. Vertente e baixio.
Amazônia brasileira e Guianas.
106137
AN
NO
NA
CEA
E
44
Domáceas axilares presentes.
183247
AN
NO
NA
CEA
E
Duguetia flagellaris. (Ameju-preto, caniceiro-preto). Arvoreta
cespitosa. Espécie com
crescimento vegetativo através
de flagelos que se estendem por
alguns metros da planta mãe. Face
inferior da folha esparsamente
coberta com escamas estreladas;
base aguda à atenuada; 10-
20 secundárias; veia marginal
presente. Ocasional. Platô e
vertente. Norte da América do Sul.
Duguetia stelechantha. (Ata-brava). Árvore até 20 m. Tronco
à vezes com caroços, de onde
partem as inflorescências. Face
inferior da folha densamente
coberta por escamas inteiras
(as maiores) à estreladas (as
menores); base obtusa à aguda;
11-20 nervuras secundárias.
Freqüente. Vertente. Amazônia
Central.
Duguetia ulei. (Envira). Arvoreta. Face inferior da
folha esparsamente coberta
por escamas estreladas;
base obtusa a subcordada;
10-16 nervuras secundárias.
Ocasional. Baixio.
Amazônia Central Brasileira.
Duguetia riparia. (Envira-preta). Arvoreta. Face inferior da folha
esparsamente coberta com pêlos
estrelados e escamas estreladas;
base obtusa; 9-17 nervuras
secundárias. Rara. Baixio. Norte
da América do Sul. Duguetia calycina. (Envira). Arvoreta. Face inferior da folha
esparsamente recoberta por
escamas estreladas; base obtusa,
às vezes aguda; 8-14 nervuras
secundárias. Rara. Platô.
Venezuela, Brasil (Amazonas e
Mato Grosso) e Guianas.
Duguetia pro parte e Tetrameranthus spp. Geralmente arvoretas do sub-
bosque; folhas alternas ou
espiraladas; nervura central
impressa na face superior da
folha; pêlos estrelados ou
escamas estreladas nas partes
vegetativas.
130
236
213
282
160
55
Folhas dísticas, escamas estreladas
presentes na face inferior da folha, às
vezes associadas com pêlos estrelados.
266
131
Duguetia trunciflora. Árvore até 20 m. Face inferior da
folha esparsamente coberta
por escamas estreladas; base
obtusa a aguda; 10-20 nervuras
secundárias. Ocasional. Todos
os ambientes, inclusive áreas
alteradas. Amazônia peruana e
brasileira, e Guiana Francesa.
Duguetia arenicola. Arvoreta. Face inferior da folha
esparsamente coberta por pêlos
estrelados e escamas estreladas;
base aguda; 7-10 nervuras
secundárias. Rara. Campinarana.
Arredores de Manaus.
Duguetia pycnastera. (Envira-preta). Arvoreta. Folhas buladas;
face superior glabra, mas nervura
central e base das nervuras
secundárias densamente
cobertas com pêlos simples
e estrelados; face inferior
esparsamente coberta com
pêlos estrelados; 7-13 nervuras
secundárias. Ocasional. Vertente
e baixio. Guianas e Amazonas.
Duguetia asterotricha. (Envira-surucucu-da-mata).
Arvoreta. Face inferior da folha
esparsamente coberta por pêlos
estrelados; 12-18 nervuras
secundárias. Rara. Platô.
Amazônia brasileira e peruana.
Tetrameranthus duckei. Árvore. Folha subglabra ou esparsamente
coberta com pêlos estrelados em
ambos os lados; base aguda;
10-12 nervuras secundárias.
Freqüente. Campinarana.
Amazônia colombiana,
venezuelana e brasileira
(particularmente comum na
região de Manaus).
266
82
219136
AN
NO
NA
CEA
E
190
Folhas dísticas, somente pêlos estrelados
na face inferior da folha.
Folhas arranjadas em espiral, somente
pêlos estrelados na face inferior da
folha.
AN
NO
NA
CEA
E
Guatteriopsis blepharophylla. (Envireira). Arvoreta do sub-
bosque. Ramos jovens e pecíolos
densamente cobertos com pêlos
adpressos e castanhos, glabros
com o tempo; face inferior da folha
com o mesmo indumento; base
estreitamente aguda, decurrente;
16-23 secundárias. Ocasional.
Platô e vertente. Amazônia
venezuelana e brasileira.
Guatteriopsis hispida. (Envireira). Arvoreta. Ramos jovens e pecíolos
densamente cobertos por longos
pêlos marrons (até 2mm comp.),
patentes e persistentes; face inferior
da folha densamente coberta com
longos pêlos patentes e marrons;
base obtusa a aguda; 10-16
secundárias. Ocasional. Transição
entre Campinarana e vertente.
Amazônia brasileira.
Guatteriopsis friesiana. Arvoreta do sub-bosque.
Ramos jovens e pecíolos
densamente cobertos com
indumento velutino de
pequenos pêlos eretos,
marrom-escuros e persistentes;
face inferior da folha com
pêlos adpressos e marrons;
base largamente cordada;
10-20 nervuras secundárias
obscuras. Rara. Platô e
vertente. Amazônia Brasileira.
Anaxagorea manausensis. Árvore até 10 m. Face inferior
da folha esparsamente cobertos
com pêlos eretos à glabra; base
obtusa à aguda, levemente
decurrente; 8-14 nervuras
secundárias, fortemente
impressas na face superior.
Freqüente. Baixio. Amazônia
brasileira e Peru.
Guatteria megalophylla. (Envira-preta). Árvore. Face superior da
folha glabra; inferior subglabra;
base aguda, decurrente; 15-20
nervuras secundárias, fortemente
impressas na face superior; veia
marginal presente. Freqüente.
Baixio. Norte da América do Sul.
Geralmente arvoretas do
sub-bosque; nervura central
impressa na face superior; pêlos
simples recobrindo as partes
vegetativas.
Tronco não lenticelado.
Tronco lenticelado.
132
272
224
299138
231
66
133
Anaxagorea brevipes. Árvore até 10 m. Face inferior da
folha subglabra; base aguda
a arredondada; 7-15 nervuras
secundárias. Ocasional. Baixio.
Norte da América do Sul.
Anaxagorea phaeocarpa. Árvore até 20 m. Face inferior da folha
esparsamente coberta com pêlos
eretos à glabra; base aguda à
arredondada; 10-12 nervuras
secundárias; veia marginal
presente. Ocasional. Baixio.
Sul da América Central e Norte
da América do Sul.
Malmea manausensis. (Envira-preta, envireira). Arvoreta do
sub-bosque. Face inferior da
folha esparsamente cobertos com
pêlos adpressos; base aguda;
10-15 nervuras secundárias,
proeminentes na face superior,
formando quase um ângulo reto
com a nervura central. Rara.
Platô e vertente. Arredores de
Manaus.
Pseudoxandra coriacea. (Envira-preta, envira-roxa). Árvore,
6-25 m. Folhas coriáceas.
Face inferior da folha glabra;
base obtusa, margem revoluta;
nervuras secundárias obscuras
e não contáveis; veia marginal
obscura, muito próxima a margem.
Ocasional. Platô, vertente e
baixio. Amazônia venezuelana e
brasileira.
Guatteria sp. 2. (Envireira). Árvore. Face superior da folha pilosa sobre
as nervuras primárias e secundárias;
inferior esparsamente a densamente
cobertos por pêlos adpressos e
marrons, principalmente entre
as nervuras; base aguda; 10-12
nervuras secundárias. Ocasional.
Platô.
163256
149
199126
AN
NO
NA
CEA
E
Guatteria pro parte e Diclinanona spp. Árvores; nervura central impressa na face
superior da folha; pêlos simples
recobrindo as partes vegetativas.
221
77
Diclinanona calycina. (Envireira). Árvore. Face superior da folha
brilhante, coberta com pêlos
eretos e marrons à glabra, inferior
esparsamente à densamente
coberta com pêlos adpressos e
brancos, principalmente sobre a
venação; base aguda, decurrente;
14-18 nervuras secundárias.
Todos os ambientes. Amazônia
venezuelana e brasileira, Peru.
Guatteria citriodora. (Envira-amarela). Árvores. Face superior
da folha glabra, inferior densamente
coberta por pêlos eretos e marrom-
escuros (em grupos de 2-4,
parecendo estrelados); base aguda,
margens freqüentemente revolutas;
15-17 nervuras secundárias,
obscuras. Rara. Platô e vertente.
Amazônia brasileira e Guiana
Francesa.
Guatteria discolor. (Envira-preta, Envira-rolinha). Árvore. Face
superior da folha verde-escuro e
pálida, densamente coberta com
pêlos marrons, adpressos e eretos,
inferior marrom, densamente
coberta com pêlos eretos e
marrom-avermelhados; base aguda,
decurrente; 15-25 secundárias.
Freqüente. Todos os ambientes,
exceto baixio. Amazônia brasileira.
Guatteria foliosa. (Envireira). Árvore. Nervuras (menos central)
proeminentes em ambas as faces,
face superior verde-brilhante,
subglabra, inferior verde-pálido,
esparsamente cobertas por pêlos
adpressos e brancos; base obtusa,
abruptamente decurrente; 10-13
nervuras secundárias. Freqüente.
Platô e capoeira. Amazônia
brasileira e boliviana, Guyana.
Guatteria scytophylla. (Envira-preta). Árvores. Face superior
da folha logo tornado-se
subglabra, inferior densamente
coberta por pêlos adpressos
e branco-esverdeados, dando
um aspecto prateado; base
aguda a obtusa, decurrente;
12-16 nervuras secundárias.
Freqüente. Todos ambientes,
exceto baixio. Amazônia
Brasileira.
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DICA DE CAMPO
Duguetia surinamensis
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Guatteria sp. 1. Árvore. Face superior da folha glabra,
inferior subglabra; base aguda;
10-13 nervuras secundárias.
Rara. Vertente e campinarana.
Guatteria olivacea. (Envira-bobó, envira-fofa). Árvore. Face
superior da folha glabra, inferior
esparsamente coberta com
pequenos pêlos adpressos; base
aguda, longo-decorrente; 15-20
nervuras secundárias, impressas
na face superior. Freqüente.
Todos os ambientes. Amazônia
brasileira.
Guatteria sp. 3. Árvores. Face superior da folha brilhante e
glabra, inferior esparsamente
coberta com pêlos adpressos e
castanhos; base aguda a obtusa;
15-17 nervuras secundárias,
inconspícuas; nervura central
achatada na face superior,
carenada na face inferior. Rara.
Vertente.
Guatteria aff. procera. (Envira-preta). Face superior da folha
densamente a esparsamente
coberta por pêlos adpressos
e marrons, densamente sobre
a nervura central, inferior
densamente coberta por pêlos
adpressos e castanhos, base
aguda a obtusa; 10-15 nervuras
secundárias. Rara. Vertente.
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197
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Duguetia surinamensis apresenta os maiores frutos encontrados entre as Annonaceae da
Reserva. Duram bastante tempo no solo ao
lado da planta-mãe.
AN
NO
NA
CEA
E