Destaques nesta Edio:
Dados Acidentes de Trabalho
Dados Estatsticos da ACT
2
FICHA PRTICA PRP n. 12
Sinalizao de Segurana
3
Nanomateriais e SST. Quais so os problemas para os Trabalhadores?
10
Estudo sobre Assdio Moral no
Trabalho
11
At maio de 2013, segundo dados da ACT, j foram
registados cerca de 47 acidentes de trabalho mor-
tais. Estes so nmeros preocupantes o facto de
em Portugal se registar uma morte por dia em resul-
tado de acidente de trabalho ou doena profissio-
nal, tem necessariamente que fazer refletir sobre as
polticas de preveno nacionais. A preveno relati-
va aos acidentes de trabalho uma rdua tarefa,
estamos em crer, ainda mais nos tempos de crise
que atravessamos, em que lamentavelmente se
assiste ao desinvestimento na preveno.
Passamos uma parte muito significativa das nossas
vidas no local de trabalho, por isso, as condies de
trabalho so de uma importncia crucial para a sa-
de fsica e mental dos indivduos pelo que
essencial que apesar da crise, e tendo em conta
o retorno que o investimento nesta rea representa,
quer para os indivduos, em particular, quer para a
sociedade em geral, se continue a investir/ a apostar
na Preveno. Esta a mensagem que importa
reforar. Esta a nossa misso.
Neste nmero iremos dar seguimento publicao
de uma ficha prtica sobre Sinalizao de Seguran-
a, uma rea que desempenha um papel importante
como forma de informar os trabalhadores dos vrios
riscos inerentes s suas atividades, conduzindo-os a
atitudes preventivas e de proteo, reduzindo o ris-
co de acidentes. Destacamos, ainda, publicaes
sobre as nanotecnologias.
Editorial
Julho-2013
Volume 01 N 07
Visite o
Boletim Informativo PRP
Preveno de Riscos Profissionais
ACT
Acidentes de Trabalho 1. Semestre de 2013
Sinistralidade laboral
PRPBoletim de Preveno de Riscos Profissionais Pgina 2
De acordo com dados da ACT, neste 1. Semestre de 2013 janeiro a 14 de maio (ltima atualizao)
registaram-se em Portugal cerca de 47 acidentes de trabalho mortais.
Quadro 1Acidentes de trabalho mortais objeto de inqurito pela ACT, registados entre janeiro a maio de 2013
Sinistralidade Laboral Mortal janeiro a maio de 2013
Nas instalaes
32
In Itinere
11
Em viagem, transporte ou circulao
4
ACT
Acidentes de trabalho mortais objeto de inqurito pelos inspetores do
trabalho - 2012
Tipo de acidente 2011 2012
Nas instalaes 128 116
In itinere 14 16
Em viagem, transporte ou circulao
19 17
Total 161 149
Atividades Econmicas 2011
2012
Agricultura, Produo Animal, Caa, Floresta e Pesca 16 23
Indstrias Extrativas 5 5
Indstrias Transformadoras 20 34
Eletricidade, Gs, Vapor, gua Quente e Fria e Ar Frio 0 0
Captao, Tratamento e Distribuio de gua; Saneamento, resduos 3 1
Construo 48 43
Comrcio por grosso e a retalho; Reparao de veculos automveis 12 10
Transportes e Armazenagem 11 13
Alojamento, restaurao e similares 3 1
Actividades de Informao e de Comunicao 1 0
Actividades Financeiras e de Seguros 0 1
Actividades Imobilirias 0 1
Actividades de Consultoria, Cientficas, Tcnicas e Similares 2 2
Actividades Administrativas e dos Servios de Apoio 3 4
Administrao Pblica e Defesa; Segurana Social Obrigatria 4 2
Educao 0 0
Actividades de Sade Humana e Apoio Social 0 2
Actividades Artsticas, de Espectculos, Desportivas e Recreativas 0 1
Outras Actividades de Servios 2 0
Actividades das Famlias Empregadoras de Pessoal Domstico 1 1
Actividades dos Organismos Internacionais e Outras Instituies Extra-
territoriais 0 0
Em averiguao 30 5
Total 161 149
Quadro 2Acidentes de trabalho mortais
objeto de inqurito pela ACT, em 2012
Quadro 3Acidentes de trabalho mortais por atividade, em 2012
Ficha Prtica n. 12
Sinalizao de Segurana
Pgina 3 Volume 01 N 07
5Quais as classificaes legais para os dife-
rentes sinais?
Sinal de proibio - o sinal que probe
um comportamento;
Sinal de aviso - o sinal que adverte de
um perigo ou de um risco;
Sinal de obrigao - o sinal que impe
certo comportamento;
Sinal de salvamento ou de socorro - o
sinal que d indicaes sobre sadas de emergn-
cia ou meios de socorro ou salvamento;
Sinal de indicao - o sinal que fornece
indicaes no abrangidas por sinais de proibi-
o, aviso, obrigao e de salvamento ou de
socorro;
Cor de segurana - cor qual atribudo
um determinado significado;
Smbolo ou pictograma - a imagem que
descreve uma situao ou impe um determina-
do comportamento e que utilizada numa placa
ou superfcie luminosa;
Placa - o sinal que combina uma forma
geomtrica, cores e um smbolo ou pictograma,
visando fornecer uma indicao cuja visibilidade
deva ser garantida por iluminao adequada;
Lei n. 102/ 2009, de 10 de Setembro,
Artigo 103.
A sinalizao pretende condicionar e orientar a atuao do indivduo perante situaes de risco para as
quais se pretende chamar a ateno. A sinalizao adequada dos riscos profissionais constitui uma efe-
tiva medida de preveno dos riscos profissionais a que os/as trabalhadores/as se encontram. A sinali-
zao de segurana e sade uma condio bsica essencial de preveno dos riscos profissionais,
revestindo-se de grande importncia nos locais de trabalho, na medida em que alerta os/as trabalhado-
res/as para os riscos a que se encontram expostos.
1O que a sinalizao de segurana?
Entende-se por sinalizao de segurana a que
est relacionada com um objeto, uma atividade
ou uma determinada situao que fornece uma
indicao, ou uma prescrio relativa segurana
e sade no trabalho., ou a ambas atravs de:
uma placa com cor de segurana com pictogra-
ma;
um sinal luminoso ou acstico;
uma comunicao verbal;
um sinal gestual.
2Qual o objetivo da sinalizao de segurana?
Tem por objetivo chamar a ateno, de uma for-
ma rpida e inteligvel, para objetos, e situaes
susctiveis de provocar perigo.
3Qual a legislao aplicvel?
O Decreto-Lei n. 141/ 95, de 14 de novembro
estabelece as prescries mnimas relativas sina-
lizao de segurana e sade no trabalho e a Por-
taria n. 1456 A/ 95, de 11 de dezembro.
4A quem compete sinalizar?
Compete ao empregador garantir a existncia de
sinalizao de segurana e sade no trabalho, de
acordo com a legislao em vigor, sempre que os
riscos no puderam ser evitados ou suficiente-
mente diminudos com meios tcnicos de prote-
o coletiva ou com medidas de preveno, mto-
dos e alterao dos processos de trabalho. Decre-
to lei n. 141/ 95, n. 1 do artigo 5..
A sinalizao de segurana e sade uma condio bsica essencial de preveno dos riscos profis-
sionais .
Placa adicional - placa utilizada em conjunto com
outra placa e que fornece indicaes complementares
a esta;
Sinal luminoso - o sinal emitido por um dispositivo
composto por materiais transparentes ou translci-
dos, iluminados a partir do interior ou pela retaguar-
da, de modo a transform-lo numa superfcie lumino-
sa;
Sinal acstico - o sinal sonoro codificado, emitido e
difundido por um dispositivo especfico, sem recurso
voz, humana ou sinttica;
Comunicao verbal - a mensagem verbal predetermi-nada que utiliza voz, humana ou sinttica;
Sinal gestual - o movimento, ou uma posio dos bra-
os ou das mos, ou qualquer combinao entre eles,
que, atravs de uma forma codificada, oriente a reali-zao de manobras que representem risco ou perigo
para os trabalhadores.
6Existe alguma sinalizao que deve estar afixada
de forma permanente nas empresas?
Artigo 6. do DL 141/ 95
De acordo com a legislao, tm carcter permanente:
As placas de proibio, aviso e obrigao;
As placas de localizao e identificao dos
meios de salvamento e de socorro;
As placas e cores de segurana destinadas a
localizar e a identificar o material e equipamento de
combate a incndios;
As placas e cores de segurana destinadas a
indicar o risco de choque contra obstculos e a queda
de pessoas;
As placas e rotulagens de recipientes e tuba-
gens;
A marcao, com uma cor de segurana, de
vias de circulao.
7Quais as caratersticas da sinalizao?
Os sinais tm pictogramas e cores diferentes consoan-
te o seu significado, para que o/a trabalhador/a possa compreender o sinal de segurana de uma forma rpi-da e correta.
Sinalizao de Segurana (cont.)
A importncia da sinalizao de segurana
Reside no facto de estimular e desenvolver a ateno do/a trabalhador/a para os riscos a que est exposto/a, e permitindo-lhe recordar as ins-trues e os procedimentos adequados em situa-es concretas.
O Quadro seguinte permite o entendimento desta
questo.
Sinalizao de Segurana (cont.)
Pgina 5
8Qual a sinalizao que no tem carter permanente? Artigo 7. do DL 141/ 95
De acordo com a legislao, tm carter acidental, ou seja, a sua utilizao deve ser restringida ao tempo estri-
tamente necessrio:
- Os sinais luminosos ou acsticos, ou as comunicaes verbais destinadas a chamar a ateno para aconteci-
mentos perigosos, a chamar pessoas para uma ao especfica ou a facilitar a evacuao de emergncia de pes-
soas;
- Os sinais gestuais ou as comunicaes verbais destinadas a orientar pessoas que efetuam manobras que impli-
quem riscos ou perigos.
9Quais as principais regras para afixao da sinalizao?
Artigo 8. do DL 141/ 95
O empregador deve garantir a acessibilidade e a clareza da mensagem da sinalizao de segurana e de sade
no trabalho. Por isso, deve garantir o nmero suficiente de sinalizao e sua localizao inadequada, o bom
estado de conservao e adequado funcionamento dos seus dispositivos.
A colocao e utilizao da sinalizao de segurana e de sade implica, nomeadamente:
a) Evitar a afixao de um nmero excessivo de placas na proximidade umas das outras;
b) No utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser confundidos;
c) No utilizar um sinal luminoso na proximidade de outra fonte luminosa pouco ntida;
d) No utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo;
e) No utilizar um sinal sonoro, quando o rudo ambiente for demasiado forte.
Cor Significado ou finalidade Indicaes e precises
Vermelho
Sinal de proibio Atitude perigosa
Perigo de alarme Stop, pausa, dispositivos de corte
de emergncia. Evacuao
Material de equipamento de
combate a incndios
Identificao e localizao
Amarelo ou amarelo alaranjado
Sinal de aviso Ateno, precauo. Verificao.
Azul
Sinal de obrigao Comportamento ou ao especfi-
ca. Obrigao de utilizar equipa-
mento de proteo individual
Verde Sinal de salvamento ou de
socorro
Portas, sadas, vias, material, pos-
tos, locais especficos
Situao de segurana
Regresso normalidade
10A sinalizao pode ser utilizada em conjunto?
Podem ser utilizados simultaneamente vrios sinais,
como sendo:
Sinais luminosos e sinais acsticos faris,
lmpadas, buzinas, etc.
Sinais luminosos e comunicao verbal voz
humana (altifalante) ou voz sinttica;
Sinais gestuais e comunicao verbal: movi-
mento dos braos ou das mos para orientar os/
as trabalhadores/as em manobras consideradas
perigosas.
11Quais os erros a evitar na sinalizao?
No basta ao empregador colocar a sinalizao,
fundamental que controle a sua eficincia, o seu
estado de conservao e funcionamento, tal como
j referido.
Assim deve-se evitar:
A afixao de um nmero excessivo de placas
na proximidade umas das outras;
Utilizar simultaneamente dois sinais luminosos
que possam ser confundidos;
Utilizar um sinal luminoso na proximidade de
outra fonte luminosa pouco ntida;
Utilizar dois sinais de socorro ao mesmo tempo;
Utilizar um sinal sonoro, quando o rudo
ambiental for demasiado forte.
Sinalizao de Segurana (fim.)
Pgina 6 Volume 01 N 07
ACT - Ao Inspetiva em fora
A ACT tem vindo a desenvolver um conjunto de
aes inspetivas, desde o princpio do ms de
julho. Com efeito, a mais recente, levada a cabo no
passado dia 8 segunda-feira realizou-se no
setor da restaurao e bares nos concelhos de Oei-
ras e Cascais, tendo sido fiscalizadas 70 empresas
do setor da restaurao e bares em praias desde
Paos de Arcos at Cascais. A ao abrangeu,
pois, um total de 70 estabelecimentos envolvendo
inspetores da ACT, do SEF e agentes da PSP, tendo
sido detetadas vrias irregularidades relacionadas
com a segurana e sade e com as situaes de
trabalho no declarado.
Foram, nesta medida, detetadas diversas irregula-
ridades relacionadas com a segurana e sade,
com o trabalho no declarado e com situaes de
falsos recibos verdes. Foram, igualmente, sinaliza-
dos um elevado nmero de trabalhadores no
declarados Segurana Social e Administrao
Fiscal.
Assim, de acordo com a notcia que consta do Site
da ACT, foram identificados cerca de 510 trabalha-
dores, dos quais 459 em situao regular e 51 em
situao irregular, bem como 140 estrangeiros.
J no passado dia 5 de julho a ACT realizou uma
ao inspetiva na Ilha de Tavira, igualmente dirigi-
da ao setor da restaurao. Nesta ao inspetiva
foram fiscalizados 8 estabelecimentos, sendo ado-
tados 11 procedimentos coercivos por trabalho no
declarado.
Saiba mais sobre a ao inspetiva da ACT
Notcias Relevantes
A consulta visa recolher ideias e contribuies de
todos os cidados e organizaes com interesse na
rea sobre um possvel novo instrumento poltico de
alto nvel da UE em matria de SST.
Lszl Andor, o Comissrio para o Emprego, Assun-
tos Sociais e Incluso, afirmou: Os acidentes de
trabalho atingiram o mais baixo nvel de sempre e as
normas de sade e segurana no trabalho da Unio
Europeia so uma referncia para o resto do mundo.
O investimento na segurana no trabalho compen-
sador, pois conduz a uma maior produtividade e a
um bem-estar acrescido dos trabalhadores, a uma
reduo do absentismo e da rotao de efetivos e a
uma maior satisfao no trabalho, em especial
durante a crise. Esta rea de interveno poltica, no
entanto, tambm enfrenta desafios que precisam de
ser resolvidos em conjunto por todos ns.
Aceda Aqui .
Comisso Europeia lana consulta pblica sobre nova Estratgia
Comunitria de SST.
Pgina 7 Volume 01 N 07
Aps a publicao do documento de trabalho "Avaliao da estratgia da UE em matria de SST
2007-2012" da Comisso, em 31 de maio de 2013, a Comisso lanou uma "consulta pblica sobre o
novo trabalho da UE quadro da poltica de segurana e sade".
Doenas Profissionais: Comis-
so Europeia lana Relatrio
abrangente A Comisso Europeia publicou um Relatrio ,no
incio de junho, sobre doenas ocupacionais
reportado a 29 pases europeus. O Relatrio
centra-se num conjunto vasto de questes: reco-
nhecimento, remunerao, preveno, epide-
miologia, conscincia pblica, dados estatsticos,
entre outros.
Este Relatrio analisa, igualmente, as posies
das partes interessadas - governo, parceiros
sociais e seguradoras - e discute os riscos emer-
gentes e as boas prticas de preveno.
O Relatrio sugere formas de melhorar a situa-
o, tais como: a intensificao da troca de infor-
maes e experincias entre os pases sobre a
deteo e a compensao das doenas profissio-
nais, uma melhor comunicao das informaes
Comisso Europeia sobre as listas nacionais e
programas nacionais de investigao, bem como
uma melhor cooperao entre a Comisso Euro-
peia e as diferentes partes interessadas - EU-
OSHA, EUROSTAT, Eurofound, Comit Consultivo
para a Segurana e a Sade no Trabalho - e ainda
as medidas prticas a serem implementadas nos
Estados-Membros no sentido de serem melhora-
das tanto a preveno como a deteo das doen-
as profissionais.
Consulte o Relatrio Aqui .
Os nanomateriais so peque-
nas partculas com um gran-
de potencial, mas as preocu-
paes com os seus riscos
potenciais para a sade e a
segurana so igualmente
grandes. Os nanomateriais
so utilizados, manuseados e
processados em muitos locais
de trabalho. Por este motivo,
devem ser adotadas medidas
prudentes de gesto dos ris-
cos relacionados com a utili-
zao destes materiais no
local de trabalho.
Leia os mais recentes e-facts
publicados pela EU-OSHA
sobre as ferramentas de ges-
to de riscos disponveis para
os nanomateriais no local de
trabalho, e as recomendaes
mais especficas sobre a pre-
veno da exposio aos
nanomateriais nos cuidados
de sade e nos trabalhos de
manuteno.
A Revista Time Magazine listou os acidentes de trabalho mais
graves ocorridos este ano. O maior deles ocorreu no Bangladesh
onde o desabamento de um complexo industrial matou 1.127
trabalhadores. Segue uma pequena resenha dos acidentes
ocorridos:
- O complexo industrial de oito andares andares Rana Plaza
desbou matando cerca de 1.127 pessoas no Bangladesh. De acordo
com a revista pelo menos 3,5 mil trabalhadores estavam dentro do
edficio que alojava cinco fbricas de produo de vesturio, no
momento do acidente.
- Uma fbrica de aves incendiou no nordeste da China, provocando
a morte de 119 pessoas e ferindo dezenas de pessoas. Segundo
relatrios posteriores, aponta-se que as portas do local se
encontravam trancadas, impedindo os trabalhadores de sairem
para o exterior.
- Uma exploso distruiu a sede de uma empresa de petrlio no
Mxico, provocando a morte a 37 trabalhadores. Aps o acidente,
as autoridades mexicanas concluram que o problema ocorreu
devido a uma fasca causada por falha eltrica que nflamou um
local que continha gs armazenado.
- Uma exploso destruiu uma fbrica de fertilizantes no Texas,
Estados Unidos. O acidente teve origem num incndio que se alastrou at ao local onde estava armazenado combustvel.
- Uma exploso de gs destruiu um complexo de escritrios em
Praga, capital da Repblica
Checa. A exploso deixou
cerca de 40 trabalhadores
feridos.
Consulte a Lista Aqui
PRP Pgina 8
Gesto de Riscos dos Nano-
materiais no Trabalho Revista Time faz listagem dos maiores
acidentes de trabalho em 2013
Lista de Acidentes de Trabalho
Mortais registados em Portugal no
1. Semestre de 2013
Pretende-se com este suporte informativo
registar os acidentes de trabalho mortais
ocorridos durante este ano, no nosso pas .
Pgina 9 Volume 01 N 07
Publicaes UGT Diferentes culturas no local de trabalho: Garantir a Segurana e a Sade atravs da liderana e da participao O Relatrio Diverse cultures at work: ensuring safety and
health through leadership and participation publicado no
final de maio pela Agncia Europeia de Segurana e Sade
no Trabalho revela que a falta de sensibilizao para as
diferenas culturais pode gerar consequncias graves no
mundo laboral.
Ressalta, contudo, que as organizaes podem e devem
ser mais inclusivas e utilizar a diversidade para obter efei-
tos positivos, como fonte de aprendizagem, mudana e
renovao.
O Relatrio alerta para a necessidade de se criar um clima
de segurana construtivo, partilhado por todos os mem-
bros de uma fora de trabalho diversificada.
Aplica teorias transculturais ao local de trabalho e
demonstra em que medida a liderana e a participao dos
trabalhadores so fundamentais para a melhoria da segu-
rana e da sade em locais de trabalho culturalmente
diversificados.
Recomenda que os gestores adaptem o seu estilo de lide-
rana, combatam as barreiras lingusticas e forneam uma
formao eficaz aos trabalhadores para que estes consi-
gam superar as questes interculturais, fomentando assim
um ambiente de trabalho inclusivo.
Consulte o Relatrio, apenas disponvel em ingls Aqui.
Campanha Juntos na Preveno de Riscos Profissio-nais.
Outras Publicaes
OSHA
Esta Lista no exaustiva, na
medida em que resulta apenas
da consulta aos rgos de
comunicao nacionais.
Nanomateriais e Segurana e Sade e no Trabalho. Quais so os problemas
para os Trabalhadores?
Pgina 10 Volume 01 N 07
A ETUI tem publicado ao longo dos anos um con-
junto de informaes sobre as nanotecnologias.
Esta brochura sobre a produo e utilizao de
nanomateriais nos locais de trabalho a mais
recente publicao.
A cada dia a nanotecnologia encontra-se mais pre-
sente no desenvolvimento de novos produtos e pro-
cessos industriais. A manipulao de partculas
nanomtricas tem aberto inmeras oportunidades
de desenvolvimento de novos produtos e materiais.
Porm, a sua utilizao exige uma nova anlise e
avaliao dos processos, procedimentos e disposi-
tivos industriais de forma a garantir a proteo dos
trabalhadores e utilizadores.
O que sabemos dos riscos envolvidos ainda mui-
to limitado e escasso, pelo que esta publicao
mais um contributo para o entendimento desta vas-
ta e complexa problemtica.
O INSHT Instituto Nacional de Segurana e
Higiene do Trabalho em Espanha, publicou
recentemente este importante documento com
orientaes para a avaliao de fatores de risco
psicossocial em que so definidas as seguintes
fases:
Fase 1. Identificao dos fatores de risco
Fase 2. Escolha da metodologia, tcnicas e instru-
mentos
Fase 3. Planeamento e realizao de trabalho de
pesquisa
Fase 4. Anlise e processamento de resultados
Fase 5. Desenvolvimento e implementao de um
programa de Interveno
Fase 6. Monitorizao e controle de medidas
tomadas
Faculta pistas e fontes de informao teis para se
proceder correta avaliao de riscos, explicando
de uma forma simples e objetiva todos os procedi-
mentos a ter em conta.
Recomendamos, pois, a leitura desta publicao.
Aceda ao documento Aqui .
Publicao Algumas Orientaes para a
Avaliao dos Riscos Psicossociais
Pgina seguinte Assdio
moral no Trabalho
Pgina 11
Estudo sobre o Assdio Moral
O caso do setor bancrio
Compreender o fenmeno do assdio moral no
mundo do trabalho, levanta algumas questes.
Porqu e como acontece? Quem so as vtimas?
Quem so os agressores? Quais as consequncias?
Como a vtima se pode defender? Que proteo legal
existe?
O fenmeno do assdio moral no novo no mundo
do trabalho. No entanto, o seu estudo recente. A
investigao sobre este fenmeno, no nosso pas ,
ainda, escassa, pelo que sugerimos neste Blog, a
consulta da Tese de Doutoramento de Ana Teresa
Verdasca[1] sobre o assdio moral no setor bancrio
portugus (elaborado sob a orientao de Antnio
Garcia Pereira).
Foi realizada uma anlise emprica, utilizando
simultaneamente uma metodologia quantitativa e
qualitativa, e tendo como objetivos especficos os
seguintes:
Medir o nvel de incidncia de assdio moral quer
em termos de auto-percepo (subjetivo) quer em
termos comportamentais (objetivo);
Caraterizar a experincia de ser alvo de assdio
moral, identificar os comportamentos mais
frequentes e principais estratgias utilizadas pelas
vtimas, no decorrer do processo;
Analisar a relao entre diversos fatores
organizacionais e socioeconmicos e a ocorrncia de
assdio moral no local de trabalho;
Apontam-se algumas Concluses:
- 5,9% dos inquiridos foram alvo de assdio moral
frequente nos ltimos 12 meses, 24,8% foram alvo de
- 23,4% dos inquiridos foram testemunha de
situaes de assdio moral no seu local de traba-
lho;
42,4% das vtimas a experincia de assdio teve
uma durao superior a 3 anos;
A maioria dos casos (46,7%) refere ter sido vti-
ma juntamente com os colegas do grupo de tra-
balho;
Uma percentagem relativamente menor de vti-
mas (43,3%) refere ter sido alvo de assdio de
forma isolada;
Na maioria dos casos (53,6%) as vtimas de ass-
dio frequente referem ter sido assediadas por
agressores do sexo masculino e 39,3% por agres-
sores de ambos os sexos, sendo que apenas
7,1% dos alvos referem ter sido alvo de assdio
por agressores do sexo feminino;
Relativamente posio formal dos agressores,
75,8% das vtimas referem ter sido alvo de ass-
dio por parte de um superior hierrquico,
enquanto apenas 15,2% referem, como agresso-
res, os colegas de trabalho;
No prximo n. do nosso PRP pretendemos apresen-
tar um caso de um trabalhador vtima de assdio
moral no trabalho.
- No que se refere aos comportamentos mais
frequentes, as vtimas de assdio moral de
carcter severo (ou frequente) referem
frequentemente que em 69,7% dos casos As
suas opinies ou pontos de vista so
ignorados, em 57,6% dos casos O seu
trabalho ou os esforos que faz para o realizar
so persistentemente criticados e tem uma
carga de trabalho excessiva;
- 54,5% dos casos O seu trabalho
excessivamente controlado. Estas mesmas
vtimas de assdio moral frequente referem
que, ocasionalmente, em 30,9% dos casos Tem
uma carga de trabalho excessiva, em 23,7%
dos casos O seu trabalho excessivamente
controlado, e em 21,6% dos casos -lhe
sugerida a realizao de trabalhos claramente
abaixo do seu nvel de competncia;
- Relativamente s estratgias seguidas pelas
vtimas de assdio moral frequente ou severo,
quando confrontadas com uma situao de
assdio, temos que as estratgias mais
frequentemente utilizadas, de forma frequente,
so: Pensou em mudar de emprego (57,6%),
Decidiu ignorar a situao e proceder como se
nada se passasse (51,6%) e Dedicou-se ainda
mais ao seu trabalho (48,5%);
ocasionalmente133 Pediram ajuda aos seus
colegas de trabalho (57,65), Decidiram
dedicar-se ainda mais ao seu trabalho (48,5%)
e Enfrentaram o agressor respondendo na
mesma moeda (45,5%).
Consulte o Estudo sobre Assdio Moral no
Local de TrabalhoO caso do sector bancrio
portugus Aqui.
Pgina 12
Com o apoio
Uma publicao
Departamento de Segurana e Sade
no Trabalho da UGT
Assdio Moral (cont.)