Aspectos Psicológicos nos DA
Desenvolvimento Psíquico
Maria Christina Maciel
Desenvolvimento Psíquico
Várias teorias desenvolvimento da criança (Freud, M. Klein, Winnicott, Piaget, Vigotsky,Newmann e outros)
Freud: componentes básicos estruturais
Id
Ego
Superego
ID
Contém tudo que é herdado; Estrutura original, básica; Reservatório de energia primitiva, instintiva; Conteúdos inconscientes que nunca foram
para a consciência; Material reprimido ; Id Força do cavalo (depende do
cavaleiro)
EGO
Desenvolve-se a partir do id; Lida realisticamente com as pulsões básicas
do id; Mediador entre as forças do id e exigências
da realidade externa; Tarefa:garantir a saúde, segurança e
sanidade da personalidade (auto-preservação);
EGO
Acontecimentos externos: armazena experiências, evita excesso de estímulo interno e aprende a fazer modificações no mundo externo em seu pp. benefício;
Acontecimentos internos (id):missão de obter controle sobre as exigências dos instintos (devem ou não ser satisfeitas;adiamento ou não;situação mais favorável);
EGO
Controlar ou regular impulsos – buscar soluções mais adequadas, menos imediatas / mais realistas;
Substituir princípio do prazer pelo princípio da realidade;
Percepção Ego
Instinto Id
SUPEREGO
Desenvolve-se a partir do ego; Atua como um juiz ou censor sobre o ego; Depósito dos códigos morais e modelos de
conduta (valores de gerações); Representante interno dos valores e ideais
tradicionais da sociedade; Fixa normas que definem e limitam a
flexibilidade do ego.
Meta da Psique
Manter e recuperar, quando perdido, um
nível aceitável de equilíbrio dinâmico que
maximiza o prazer e minimiza o
desprazer.
Exemplo
ID – não trabalhar; ir para a praia
Ego – aconselha prudência; busca oportunidade mais adequada
Superego – inaceitável faltar a um compromisso assumido
Propósito da Psicanálise
Fortalecer o ego, fazê-lo mais independente do superego, ampliar seu campo de percepção e expandir sua organização a fim de poder controlar adequadamente o id.
Melhor desenvolvimento do ego
melhores oportunidades de gratificar os desejos e de usar o mundo exterior para conseguir o que quer
Força do EGO
Relativa eficiência do ego em relação aos conteúdos do id (instintos) e às forças do meio ambiente com que o ego tem de lidar;
Início da vida: instintos muito fortes Entre 5 e 6 anos: ego atinge a superioridade
sobre o id (educação); Adolescência: conflitos entre forças do ego e
do id aumentam.
Força do EGO
Varia no curso do desenvolvimento normal;
A eficiência de um indivíduo na vida é determinada pela perfeição ou imperfeição da força do ego.
Mecanismos de Defesa
São medidas extremas que o ego adota, para aliviar tensão, sob excessiva ansiedade.
Características:– negam, falsificam ou distorcem a realidade;– operam inconscientemente.
Mecanismos de Defesa
Repressão: algo que provoca alarme é expulso da consciência ;
Projeção: indivíduo tende a atribuir a origem da ansiedade mais ao meio externo do que aos seus impulsos;
Regressão: retorno a um estágio anterior do desenvolvimento;
Negação: tendência a não ver a realidade como ela é;
Mecanismos de Defesa
Fuga (para a vida de fantasia):substituição de fatos penosos por fantasias prazerosas.
Utilizados em toda a infância em grau moderado afim de proteger o ego contra a ansiedade
Prejudicial quando assume grandes proporções, afastando da realidade
Sinais Emocionais
“O desenvolvimento emocional implica num movimento de idas e vindas.” (Maldonado)
Cada etapa: comportamentos regressivos, desorganizados ou de aparente piora;
Situações mais difíceis: entrada na escola, irmão, morte,dificuldade escolar comportamentos temporariamente regressivos
Sinais Emocionais
“O desenvolvimento emocional pode ser concebido como um longo caminhar da dependência quase total do bebê para a interdependência do adulto que dá e recebe numa relação madura de troca.”
Existem barreiras que podem prejudicar: medo da separação, do fracasso, do desconhecido, da frustração, de perder o controle e outros.
Sinais Emocionais
Criança – dificuldade em mascarar os sentimentos, envia constantemente sinais aos pais, professores e outras crianças (“pedidos de socorro”)
Adulto – muitas vezes não percebe ou não compreende; critica e castiga
Interferência na aprendizagem : raiva, agressividade, medo, timidez excessiva, ansiedade, insegurança, baixa auto estima
Sinais Emocionais - Agressividade
Reação à frustração, à ameaça Manifestações: palavra, ataques verbais,
gestos, agressão física, mímica pejorativa, falta de atenção, olhar
Direta (pessoa) ou indireta (alguém próximo ou objeto), aliviando assim as tensões
Convivência em ambientes agressivos (pais violentos – filhos agressivos)
Sinais Emocionais - Agressividade
Sinais: Agressividade gratuita (ridicularizar e
depreciar amigos) Satisfação quando colega é advertido; Desconfiança ao receber carinho; Tendência à indisciplina; Provocação em relação ao professor; Contrários à sugestões do professor.
Sinais Emocionais - Agressividade
Reação positiva: garantir o lugar na família, adquirir melhores resultados escolares ultrapassando os colegas;
Reação negativa: manifestação por brigas, ataques de cólera, gritos, ferimentos, destruição de objetos ou de realizações
Sinais Emocionais - Agressividade
Orientação: Utilizar métodos que as levem a entender as
críticas como positivas; Compreender suas necessidades; Confiar na sua capacidade de melhora; Agir de forma menos impositiva:
orientação X castigo
explicação X ordens
Sinais Emocionais - Medo
“Um fenômeno psicológico com carater marcado afetivo que acompanha a tomada de consciência de um medo real ou imaginário, de uma ameaça...”(Petit Robert)
Desde o nascimento (ruidos intensos e movimentos bruscos)
7 meses : medo de pessoas estranhas; angústia do medo de perder a mãe
Medos por falta de informação e imaginação Medos transmitidos pelos pais
Sinais Emocionais - Medo
Primeiro dia na escola: medo do desconhecido, de ser deixada na escola, de ser excluída;
Outros medos na escola: de ser ridicularizada, de ser observada,de não fazer amigos, de enfrentar novas situações e aprendizagens.
Medo do fracasso.
Sinais Emocionais - Medo
“Eu não sei fazer.”
Sinais Emocionais - Medo
Será que a tarefa é muito difícil? Será que o nível de competência da criança
está abaixo? Será que a criança ainda é muito nova para
o que está sendo pedido? Será que a criança é teimosa e não tem
vontade de fazer? Será que a criança receia não conseguir
fazer corretamente? Será que deseja a minha ajuda?
Sinais Emocionais - Medo
Sinais: Dizem: “eu não sei fazer.” Ficam agressivas; Ficam retraídas, chorando ou grudando na
professora; Tremores no corpo e fala baixa.
Sinais Emocionais - Medo
Orientação: Não rir de um medo infundado (para a
criança ele é verdadeiro); Demonstrar compreensão; Manter a criança informada sobre assuntos
que desconhece e que estão causando medo;
Introduzir o riso; Proporcionar meios de obter sucesso em
pequenas coisas ( segurança medo de ser ridicularizado).
Sinais Emocionais – Inibição e Timidez
Não incomoda a classe; Manifesta-se por uma grande vergonha; Muitas vezes ligada à insegurança; não
confia nas suas pp. possibilidades; compromete a capacidade de pensar
Dificuldade em se exprimir; Dificuldade para se aproximar de outras
crianças; Tendência a se “fechar”;
Sinais Emocionais – Inibição e Timidez
Tendência a não olhar no olho do interlocutor; Escrita mostra tônus muscular mais rebaixado
(muito leve); Fala pouco e baixo;não pergunta as dúvidas; Comportamentos de medo (falar diante de um
grupo); Constroem um mundo à parte na sala de aula; Geralmente apáticas e influenciáveis.
Sinais Emocionais – Stress infantil
Causas: condições precárias de moradia e
alimentação, educação rigorosa com
castigos corporais, divórcio dos pais, doença
na família, obrigação de sobressair na
escola desde cedo (tirar a maior nota,
ganhar no esporte e em gincanas culturais),
acumular diversas tarefas diárias e outras
Sinais Emocionais – Stress infantil
Sinais: Agitação, irritabilidade, incapacidade para se
concentrar; Diminuição da resistência do organismo
(males estomacais ou dor de cabeça); Tensão muscular
Sinais Emocionais – Stress infantil
Orientação: Auxiliar a criança a exteriorizar suas
emoções por meio do diálogo, do jogo, do riso e até do choro;
Conversar com a família.
Sinais Emocionais – Auto estima baixa
Conjunto de atitudes, sentimentos, expectativas e crenças baseadas nas várias atitudes das crianças ao participar no mundo;
Crianças que se vêem de forma positiva: são mais perseverantes nas tarefas, revelam maior segurança, têm mais força para enfrentar mudanças;
Pais não devem supervalorizar as dificuldades, nem “fazer de conta” que nada está acontecendo
Sinais Emocionais – Auto estima baixa
A criança deve aprender a se ver de forma realista, lidando com frustrações;
Críticas duras e constantes dos pais para disciplinar a criança perda da confiança em si mesma, auto crítica exacerbada;
Falta de crítica dificuldade para desenvolver a auto estima, sentimento de que os pais não ligam para ela;
Sinais Emocionais – Auto estima baixa
Cuidado e crítica Disciplina e confiança A baixa auto estima se reforça em si mesma;
Sinais: Insegurança; Emoções bloqueadas; Timidez; Diminuição do tônus muscular; Falta de perseverança, incapacidade de luta.
Sinais Emocionais – Auto estima baixa
Criança não acredita nas suas possibilidades
ansiosa frente a um problema difícil incapacidade de luta, de segurança incapacidade de resolver o problema novo fracasso idéia de mau aluno é reforçada
Sinais Emocionais
Como auxiliar as crianças a lidarem com as emoções?
Como auxiliar ?
Característica de todos: insegurança grande gerada por revezes do meio;
Pressão dos pais, escola e colegas : alterações emocionais; sinais de que algo não está bem;
Pais para evitar imagem negativa de si mesmos: “você é difícil”, “se melindra à toa”, “não sabe fazer nada certo”, “outra vez me dando problema...”
Quando um aluno fracassa: baixas expectativas de realização pessoal, escassa persistência nas tarefas e baixa estima de si próprio
Como auxiliar ?
Como auxiliar ?
Evitar estereótipos: nervosas, irrequietas, desorganizadas, agitadas, descontroladas, irresponsáveis, impulsivas, etc
Escutar o que a criança tem a dizer e ajudá-la a se exprimir;
Encontrar uma criança que possa ajudar a que está com dificuldades (relações de ajuda eficazes);
Construção de relações humanas mais serenas e laços de afetividade mais sólidos (Celso Antunes);
Como auxiliar ?
A criança tem um corpo e uma história