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Aula 04 meio ambiente , cincia e tecnologia
Ol, amigos, tudo bem? Passaram bem a semana e
estudaram bastante? Espero que sim, e que estejam cheios de
vontade e energia para continuarem com os estudos!!!
Na aula de hoje vou tratar de algumas questes
relacionadas energia, ao meio ambiente e tecnologia, pois estes
so assuntos que esto sempre correlacionados, no mesmo?
Espero que estejam todos preparados e animados! Ento,
lets go ?! ;-)
1 - Recursos naturais: aproveitamento, desperdcio e polticas
de conservao
Bem, amigos, praticamente impossvel falar de
aproveitamento, desperdcio e, sobretudo, de polticas de
conservao dos recursos naturais, sem darmos uma pincelada nas
principais convenes e protocolos, somente para termos uma ideia
de como e quando a preocupao com meio ambiente e
desenvolvimento sustentvel tornou-se pauta de discusso em quase
todo o planeta.
Inegavelmente a data de 1972 marcou, sem dvida alguma,
a comunidade internacional, com a Conferncia das Naes Unidas
sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, o que para muitos
considerado o surgimento do Direito Ambiental Internacional.
Mas vejamos: aps esse evento, em 1987, foi assinado o
Tratado de Montreal, que teve como objetivo erradicar gradualmente
substncias nocivas camada de oznio. Mas o grande impulso do
debate sobre meio ambiente e sustentabilidade aconteceu em 1992,
no Rio de Janeiro, com o evento Eco92, onde foram estabelecidas
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duas convenes: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanas
climticas, e em 2012 quando ocorreu a Rio+20.
Como deu para perceber, com o intuito de normatizar a
explorao dos recursos naturais, foi surgindo um conjunto de
preceitos instituindo direitos e deveres para os diversos atores
internacionais no que se refere perspectiva ambiental, tendo como
objetivo a melhoria e a qualidade de vida para as geraes presentes
e futuras. Em outras palavras, a noo de que o crescimento
econmico deve levar em considerao a incluso social e a proteo
ambiental.
Importante salientar que o nmero de tratados
internacionais firmados para proteo do meio ambiente
impressionante, tanto que de 1960 at o ano de 2012 mais de
30.000 dispositivos jurdicos sobre o meio ambiente foram criados.
Portanto, o importante disso percebermos que h uma forte
preocupao internacional com esse tema e, por isso, as
negociaes internacionais em matria ambiental tm se tornado um
ponto prioritrio na agenda e nas polticas estatais.
Entretanto, pessoal, quando vemos tantos tratados e tantas
leis sobre a mesma coisa, uma certeza podemos ter: algo no est
funcionando!!!
A grande dificuldade para que tais negociaes se
convertam em compromissos rigorosos o impacto no
desenvolvimento econmico dos pases que a conteno dos recursos
naturais gera. justamente nesse ponto que h um forte conflito de
interesses entre o Direito Internacional Ambiental e o Direito
Internacional Econmico.
Sem sombra de dvidas, os Estados tm o direito de buscar
o seu desenvolvimento econmico, entretanto, esse crescimento no
pode ocorrer custa da degradao ambiental, e a surge um novo
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princpio conhecido como Desenvolvimento Sustentvel, conforme
explicitei anteriormente.
A definio mais aceita para desenvolvimento sustentvel
como sendo a melhor maneira de se extrair e utilizar os recursos
visando ao crescimento e desenvolvimento humano e melhoria da
qualidade de vida sem comprometer a capacidade de atender s
necessidades das futuras geraes, ou seja, o desenvolvimento que
no esgota os recursos para o futuro. Resumindo: "crescer sem
destruir. Em outras palavras, a noo de que o crescimento
econmico deve levar em considerao a incluso social e a proteo
ambiental.
Desta forma, o desenvolvimento sustentvel depende de
planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais so
esgotveis, representando uma nova forma de ver o desenvolvimento
econmico, a partir de uma perspectiva que leva em conta o meio
ambiente.
Professora, possvel existir desenvolvimento e
sustentabilidade? Ento, eu respondo: Clarooooo! rsrs
Temos o exemplo da comunidade Ribeirinha e de
agricultores da Amaznia, cuja principal fonte de renda o
extrativismo. Baseadas num conhecimento tradicional, as famlias
exploram produtos diferentes: o primeiro a castanha, fruto de uma
das rvores mais altas da Amaznia, a castanheira; o outro o ltex,
extrado das seringueiras nativas e usado na produo de borracha.
Mas a atividade que vem mais crescendo nos ltimos anos
extrao do leo de copaba. Estudos indicam que uma copaibeira
chega a viver mais de 300 anos na floresta, sendo que o uso caseiro
dos leos da floresta uma tradio que atravessou os sculos na
Amaznia. Uma riqueza cultural que permanece viva em toda a
regio. Formado por muitas substncias, o produto eficiente no
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combate a germes e tem qualidades aromticas. Por isso, entra na
fabricao sabonetes, xampus, cremes, perfumes. Apesar de ser
tradicional, essa atividade s comeou a ganhar flego nos ltimos
anos. Foi quando os ribeirinhos fundaram uma cooperativa e
firmaram contrato com uma indstria de cosmticos que passou a
comprar o leo de maneira regular. Nessa fase, os produtores
receberam assistncia tcnica e apoio de entidades como a Agncia
de Desenvolvimento Sustentvel do Amazonas, do governo estadual,
e esto aproveitando as riquezas da floresta de maneira sustentvel.
So rvores, sementes, frutos e folhas que se transformam em
perfumes e produtos de beleza. Alm de melhorar a renda das
famlias, a atividade ajuda a preservar a floresta. Atualmente,
17/02/2013, toda produo de leo levada para o galpo da
cooperativa, em Manicor.
A partir dessa experincia, podemos perceber a necessidade
e a possibilidade de um olhar empreendedor no que diz respeito ao
desenvolvimento econmico e conservao da natureza.
Beleza! Alguns de vocs devem estar se perguntando: E as
iniciativas do poder pblico? O que tem sido feito para preservao
de nossos recursos naturais?
Bom, meus amigos, ao longo de nossa histria foi possvel
perceber a degradao ocorrida na floresta amaznica brasileira.
O Brasil est empenhado na conservao da sua
biodiversidade. Governo e sociedade se articulam para enfrentar
juntos um dos maiores desafios da humanidade neste sculo:
garantir o meio ambiente saudvel para as futuras geraes dentro
de uma lgica de desenvolvimento sustentvel.
A Organizao das Naes Unidas (ONU) reconhece o papel
do Brasil como lder mundial na criao de reas protegidas. Dos 700
mil km de reas destinadas conservao e uso sustentvel da
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biodiversidade criadas em todo o mundo desde 2003, o Brasil
participa com aproximadamente 75% desse total. A criao de reas
protegidas considerada pela ONU como uma das principais
ferramentas de conservao da biodiversidade do planeta.
Nada melhor que dados oficiais, no mesmo?
As recentes quedas no desmatamento da Amaznia so
resultado de uma srie de polticas governamentais para proteger a
floresta e oferecer alternativas sustentveis para 25 milhes de
pessoas que vivem na regio. A estratgia baseada em aes
rgidas de fiscalizao aliadas a um dos sistemas mais eficientes do
planeta para o monitoramento por satlite de florestas tropicais, que
permite a deteco do desmatamento em quase tempo real. O
sistema, que j se tornou referncia internacional, agora ser
ampliado para outros biomas.
A formulao da Poltica Nacional da Biodiversidade contou
com a anuncia de Organizaes No Governamentais (ONGs),
universidades, comunidades, povos tradicionais e empresrios. Uma
legislao ambiental avanada complementa o arcabouo que o Brasil
criou para proteger o meio ambiente.
Observem como a questo dos recursos naturais, principalmente a
gua, apareceu em provas!
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1 - (FUNIVERSA/PC-DF-Perito/2012) A questo ambiental
entrou na agenda poltica do mundo contemporneo.
Governantes, cientistas e organizaes sociais,
independentemente das posies assumidas, buscam meios de
aprofundar o conhecimento acerca do tema, como forma de
subsidiar tomada de decises no enfrentamento do problema.
Da Conferncia de Estocolmo (1972), passando pela Rio-92 e
chegando Rio+20, um princpio ecolgico abraado por
ambientalistas e, sendo emblemtico da luta pela preservao
da vida, pode ser assim sintetizado:
A) Aliar desenvolvimento econmico aos limites do planeta desafio
que diz respeito aos governos de pases emergentes, fugindo da
alada dos demais Estados e atores sociais.
B) A preservao de todas as formas de vida no planeta requer o
imediato retorno s condies de produo existentes no mundo
antes do advento da Revoluo Industrial.
C) A volta agricultura de subsistncia, com o abandono das prticas
econmicas ditadas pelos mercados, condio essencial para o fim
das emisses de CO2 na atmosfera.
D) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o
mundo contemporneo, a exemplo de terremotos e maremotos,
esto diretamente ligados s atuais mudanas climticas.
E) A necessria adequao do sistema produtivo capacidade de
regenerao do planeta implica no consumir nem descartar mais
produtos que a Terra capaz de suportar.
COMENTRIOS
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A alternativa A exige um rpido comentrio sobre a
Rio+20 antes de respondermos a questo. A Conferncia das Naes
Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentvel, Rio+20, foi realizada
no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, com o
objetivo de avaliar os avanos desde as conferncias de meio
ambiente j realizadas e propor novas metas para o desenvolvimento
sustentvel. Foram discutidos dois temas principais durante a
conferncia: a economia verde no contexto do desenvolvimento
sustentvel e da erradicao da pobreza; e a estrutura institucional
para o desenvolvimento sustentvel. A Rio+20 contou com a
participao de 190 chefes de estado.
Bem, agora que j relembramos sobre a Rio+ 20, vamos
voltar para a alternativa A. Na Rio+20 foram discutidos assuntos
ambientais, mas tambm se falou sobre erradicao da pobreza, falta
de moradia, entre outros. Durante esta conferncia aconteceu um
evento paralelo chamado de Cpula dos Povos, que teve a
participao da sociedade civil na discusso das propostas. Portanto,
os temas discutidos envolveram vrios pases e a sociedade como um
todo, motivo pela qual esta alternativa est errada.
A alternativa B fala em um retrocesso no tempo que no
h como imaginar. No existe a mnima possibilidade do mundo hoje
voltar a ser o que era antes da Revoluo Industrial. Ento, muito
facilmente podemos classificar essa alternativa como errada.
A alternativa C est errada por dois motivos: primeiro
porque impossvel voltar agricultura de subsistncia e segundo
porque o excesso da emisso de CO est relacionado queima de
combustveis nas indstrias, nos veculos, entre outros.
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A alternativa D tambm pode ser classificada como errada
logo de cara. Dizer que terremotos e maremotos no existiram no
passado, um grande erro. S para citar um exemplo, em 1755,
aconteceu em Lisboa um terremoto seguido de maremoto, que quase
destruiu toda cidade e matou milhares de pessoas.
A alternativa E est correta e seria marcada como tal, por
eliminao das anteriores, que, de to lgicas pareciam at
brincadeira, vocs no acham? De qualquer forma, todos j ouviram
falar em sustentabilidade. Sem aprofundarmos muito em conceitos,
basta sabermos que a sustentabilidade est diretamente relacionada
ao desenvolvimento econmico e material sem agredir o meio
ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que
eles se mantenham no futuro. Ou seja, adequar o progresso
preservao ambiental.
2 - O texto remete economia sustentvel, ou seja,
preocupao de investir no conhecimento de modo a promover
o desenvolvimento sem degradar irreparavelmente o meio
ambiente. Esta assertiva esta certa ou errada.
COMENTRIOS
Se fizermos uma leitura tranquila do enunciado e dessa
questo, acharemos facilmente a resposta. Economia sustentvel
justamente a tentativa de conciliao entre o meio ambiente e o
desenvolvimento, ou seja, no parar o desenvolvimento, mas
alcan-lo de maneira sustentvel. A assertiva est certa.
Bom, meus amigos! Vamos entrar em um tema que j foi
cobrado em concursos anteriores, e bem provvel que aparea nas
provas.
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Ano Internacional da Cooperao pela gua.
Vocs sabiam que, em dezembro de 2010, a ONU
(Organizao das Naes Unidas) declarou o ano de 2013 como o Ano
Internacional da Cooperao pela gua? Mas, por que professora? De
onde a ONU tirou essa ideia? Acontecendo tanta coisa mundo afora
e a ONU preocupada com gua?
Por isso mesmo, galera! Da o termo cooperao pela gua.
Vamos entender um pouco sobre a tese da ONU?
Amigos, do conhecimento de todos ns que o planeta
dispe de aproximadamente 1,4 bilho de km de gua. E como
demonstra a figura abaixo, quase toda ela - 97,5% - salgada. Dos
2,5% de gua doce, mais de 2/3 esto indisponveis para o consumo
e, igualmente, para a maior parte dos usos industriais, pois esto
contidos em glaciares e subsolos.
Pois meus amigos, o xis da questo que, pelas projees da
ONU, a populao mundial poder chegar, em 2050, a 9,1 bilhes, o
que, com certeza, acarretar um aumento de 70% na demanda por
alimentos, e sabemos que a agricultura a atividade que mais
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consome gua. Se as previses da ONU se concretizarem, teremos o
agravante que, at 2035, o consumo de energia dever crescer uma
mdia de 49%, o que aumentar em 11% o gasto de gua para a sua
gerao, a produo de biocombustveis dever retirar 20% da gua
destinada agricultura, e para piorar esse cenrio, temos ainda que
pensar na possibilidade da elevao da temperatura do planeta que
est estimada em mais 2C, o que exigir altos investimentos por
parte do poder pblico em medidas de adaptao dos sistemas de
distribuio e de preveno a enchentes.
Bom, galera, dentro deste contexto, gerenciar a gua inclui
tambm administrar e intermediar interesses e conflitos, sendo que o
primeiro foco deste ano internacional recai sobre a disputa pelas
guas fronteirias bacias hidrogrficas e aquferos localizados entre
dois ou mais pases. Para termos uma ideia, atualmente, em 2013,
cerca de 150 naes compartilham 276 bacias hidrogrficas e 273
aquferos, e o que pior que, em muitos casos, isso tem sido feito
atravs de confrontos armados.
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Ao analisarmos a figura acima na relao gua versus populao,
podemos perceber claramente as desigualdades distributivas e que se
acentuam ainda mais, naquelas regies que apresentam maior
adensamento populacional. Vejam: o continente asitico que detm
aproximadamente 36% do total dos recursos hdricos disponveis,
para atender s demandas de mais da metade da populao mundial.
Tal cenrio nos convida a refletir sobre os temas ligados aos
recursos hdricos e suas implicaes nas relaes internacionais
contemporneas, porque para responder s mltiplas exigncias
internas de um pas, da dessedentao humana gerao de
energia, so utilizadas guas que no provm exclusivamente de
dentro das fronteiras nacionais, mas de recursos partilhados com
outros Estados. Diante desta preocupao, a ONU defende a tese de
que o acesso gua muito mais vantajoso por meio do dilogo,
pois o confronto armado alm de politicamente desgastante, tem um
custo humano e econmico muito elevado.
Mas, professora, no existem acordos assinados entre
alguns pases? Eu respondo que sim e ressalto que muitas vezes a
assinatura no documento no impede o confronto e, alm disso,
relevante o fato de que dos rios transfronteirios existentes, apenas
cerca de tem sua utilizao regulamentada por tratados em vigor,
sendo que mais da metade destes tratados no preveem quaisquer
mecanismos de soluo de controvrsias.
Podemos citar o exemplo de Israelenses, jordanianos e
palestinos que tm diversos tratados assinados nos anos de 1990
para compartilharem a bacia do rio Jordo. Mas, mesmo assim, Israel
causou uma crise hdrica na Faixa de Gaza em 2007 e 2008 ao
impedir a entrada de combustveis e equipamentos para a
manuteno dos sistemas de gua e esgoto.
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De outro lado, temos inmeros acordos que se mantm
mesmo em tempos de guerra, como ocorre com o tratado sobre o rio
Indo, assinado entre ndia e Paquisto.
Mas, acertar os pontos de tratados no tarefa fcil, e de
acordo com a ONU, a tendncia que o nmero de conflitos se eleve,
visto que o consumo continuar a crescer, e que cerca de 160 bacias
no so contempladas por acordos para a explorao racional e ou
compartilhada. Bom meus amigos, espero ter ajudado nesse
entendimento sobre a preocupao da ONU em dedicar um ano para
a cooperao pela gua.
Fonte: http://pct.capes.gov.br/teses/2011/53001010025P6/TES.PDF
Mas, vamos ver como isso poder ser cobrado em provas?
2.1 - (CESGRANRIO/CEF/2012-Advogado) Entre 1800 e 2010
a populao cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1
bilho para 7 bilhes de habitantes), e a economia (PIB)
aumentou cerca de 50 vezes. Hoje, pode-se dimensionar o
impacto do ser humano na Terra por meio de uma metodologia
utilizada para medir as quantidades de terra e de gua (em
termos de hectares globais gha) que seriam necessrias
para sustentar o consumo atual da populao.
ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n.
2196, dez. 2010, p. 24. Adaptado.
1) No contexto da sustentabilidade planetria, a metodologia acima
denominada
(A) agroecologia
(B) biorremediao
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(C) controle biolgico
(D) manejo ambiental
(E) pegada ecolgica
COMENTRIOS
A expresso pegada ecolgica uma traduo do ingls
ecological footprint e se refere quantidade de terra e gua que
seriam necessrias para sustentar as geraes atuais. Vamos
aproveitar e recordarmos os outros termos citados. A agroecologia se
refere ao equilbrio integrado entre a agricultura e o meio ambiente.
A biorremediao o processo no qual os organismos vivos so
utilizados para remover ou diminuir os poluentes do ambiente. J o
controle biolgico o fenmeno que acontece espontaneamente na
natureza e consiste na regulao do nmero de plantas e animais por
inimigos naturais. E, finalmente, manejo ambiental conjunto de
intervenes para promover a preservao biolgica.
(CESPE/IBAMA/2012) Apontada por ambientalistas como a
caixa dgua do Pantanal, a regio das nascentes do Rio
Paraguai, em Mato Grosso, sofre h quarenta anos um
processo de degradao que pode ser alvo de investigao. O
Instituto Homem Pantaneiro (IHP) denunciou ao Ministrio
Pblico Federal a ameaa ao bioma que se mantm como o
mais preservado do pas, com quase 85% de sua rea original.
O IHP comprovou o desmatamento ilegal nas reas prximas
s cabeceiras e acusou os efeitos da extrao mineral e do uso
intensivo do solo para agropecuria, mesmo em rea de
proteo ambiental.
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O Estado de S. Paulo, 2/9/2012, p. A25 (com adaptaes).
Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando aspectos
relativos ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentvel e
ecologia, julgue os itens seguintes.
2.2 (CESPE/IBAMA/2012) O exemplo do rio Taquari, no
extremo sul de Mato Grosso, usado como alerta para o que
pode ocorrer com o rio Paraguai: o termo taquarizao
surgiu para evidenciar os efeitos da degradao de nascentes,
processo assinalado pelas grandes eroses e do qual
decorreram o comprometimento do lenol fretico e a perda
da hidrologia da regio.
COMENTRIOS
Oi, pessoal, antes de respondermos a esta pergunta, vai
uma dica. A banca responsvel por esta prova, o CESPE, gosta de
temas bem atuais mesmo. Deem uma olhadinha na data desta
reportagem: foi em setembro 2012 e a prova em outubro 2012.
Portanto, fiquem atentos aos fatos importantes e bem atuais. Bem,
agora vamos falar um pouco sobre o Rio Taquari e sua degradao.
Para isso, vou usar informaes contidas na reportagem do
enunciado, pois atravs dela possvel resolver esta questo.
Quando falamos em taquarizao estamos falando sobre o processo
que ameaa o Pantanal como um todo, devido aos efeitos da
degradao das nascentes. Como isso acontece? Bem, depois de anos
de mau uso do solo no Alto Taquari, uma rea de 700 quilmetros de
rio acabou praticamente soterrada por enormes bancos de areia.
Assim, com o lenol fretico comprometido, os sedimentos foram
sendo levados pelo rio, que foi morrendo aos poucos. Outro fator da
degradao foi o uso intensivo do solo para a pecuria agravado pela
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baixa tecnologia utilizada pelos produtores de gado locais, que no
tm acesso a tcnicas modernas de manejo. Utilizando modos
rudimentares, os produtores de gado enfraqueceram ainda mais o
solo j deficiente da regio. Com isso, provocaram grandes cicatrizes
chamadas voorocas - termo cientfico para as eroses que atingem o
lenol fretico. O assoreamento se estendeu aos outros pontos e
prejudicou a fauna e a flora de todo o Rio Taquari - plantaes
ribeirinhas foram afogadas e algumas espcies de peixes, impedidas
de se reproduzir. Segundo pesquisas, em uma dcada, o Rio Taquari
diminuiu de 485 toneladas para 62 toneladas o volume de pescado. A
estimativa de que o total de reas inundadas chegue a 11 mil
quilmetros quadrados. A degradao do Alto Taquari se intensificou
desde o comeo da dcada passada, mas o rio levou 30 anos para
morrer. Outros rios podem demorar mais por ter uma melhor
qualidade de solo, mas essa situao pode se repetir. o que se
teme em relao ao Rio Paraguai, logo a assertiva est correta.
RIO + 20
A Conferncia das Naes Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentvel, conhecida Rio+20, aconteceu na
cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.
Mas, antes de entrarmos no assunto em si, ser que algum de vocs
saberia me responder por que a Conferncia ficou conhecida por este
nome?
O batismo de Rio+20 foi feito em comemorao aos 20 anos
da realizao da Conferncia das Naes Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Portanto, pessoal, no
titubeiem quando virem alguma referncia que faa ligao de uma
conferncia com a outra, ok?
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A realizao dessa Conferncia aqui no Brasil estava
aprovada desde 2009, pela Assembleia Geral das Naes Unidas. O
objetivo central era a renovao do compromisso poltico com o
desenvolvimento sustentvel, avaliando o progresso e as lacunas das
decises tomadas nas principais cpulas mundiais sobre este tema.
Algo importante de se constatar que a Rio+20, assim
como outras conferncias espalhadas pelo mundo, no criou muito
otimismo de sair com grandes resolues e que trouxessem
mudanas significativas para o Desenvolvimento Sustentvel. Mas,
apesar das inmeras crticas que a conferencia recebeu, a boa notcia
que a Rio+20 deixou um legado positivo - que vai alm do
documento tcnico da conferncia:
A Rio+20 abriu o caminho para novas discusses e
para a popularizao dos debates sobre
sustentabilidade para um pblico maior que o de
ambientalistas. Como exemplo de novas discusses
que esto em aberto e caminhando, podemos citar a
definio de metas ESPECFICAS para os pases em
termos de desenvolvimento sustentvel.
Nesse sentido, pessoal, a Rio+20 deu o pontap inicial em
um processo que deve ser concludo at 2015, ou seja, a definio
dos objetivos de Desenvolvimento Sustentvel da ONU. Alm disso,
criou-se espao para a discusso e construo de um novo tratado
sobre o clima e uma nova regulamentao de proteo aos oceanos.
A ento ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
destacou que os principais pontos de progresso da Rio+20 foram:
A discusso para criar um novo indicador para substituir o
Produto Interno Bruto (PIB);
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O fortalecimento do rgo da ONU para o Meio Ambiente, o
PNUMA;
O debate sobre consumo sustentvel;
A criao do Rio+, que seria um centro de excelncia de
debates, localizado no Rio de Janeiro, para analisar o
desenvolvimento sustentvel e manter ligaes com a ONU.
Como podemos observar , ao contrrio do que muita gente
esperava, a conferncia teve uma conotao abstrata muito grande,
desagradando a muitos que esperavam a efetivao de determinadas
polticas ambientais. Portanto, pessoal, as avaliaes sobre a Rio+20
nem sempre so vistas com o otimismo da nossa ministra, no
mesmo?
As crticas j estavam por toda a parte desde antes da
realizao da conferncia e continuaram sendo veiculadas nas mdias
como forma de despertar o interesse crtico do pblico geral.
Assim, uma das principais questes levantadas diz respeito
formulao de muitos documentos que falam sobre a criao de
fundos bilionrios para o desenvolvimento sustentvel, mas que no
dialogam, por exemplo, com a explorao de petrleo nos pases
africanos - que em muito colaborou para a retirada de milhares de
pessoas da situao da misria.
Alm disso, muitos dizem que a Rio+20 apresentou
resultados tmidos, colocando a economia verde apenas como um dos
muitos caminhos rumo ao desenvolvimento sustentvel. Outros
afirmam que os avanos no foram grandes e houve, mais uma vez,
promessas adiadas, ou seja, o documento no mostrou quase
nenhum avano.
Pois , meus amigos, a Rio+20 acabou entre elogios e
crticas e mais uma vez mostrou como o tema meio ambiente e
desenvolvimento sustentvel complexo e aparentemente infinito.
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Assim, ao mesmo tempo em que podemos observar coisas boas,
tambm podemos concluir que necessrio avanar na resoluo de
polticas efetivas que definam regras para o Desenvolvimento
Sustentvel.
3 -(Questo indita) "O Brasil ficou responsvel por construir
um consenso possvel. O consenso possvel um ponto de
partida e no de chegada. Isso no significa que a partir da os
pases no possam ter suas prprias polticas, afirmou a
presidente Dilma Rousseff a respeito da Rio+20 que aconteceu
no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.
http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/dilma-diz-que-
documento- final-da-rio20-e-ponto-de-partida.html (com adaptaes)
Sobre a Conferncia das Naes Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentvel, Rio+20, podemos afirmar que:
a) A escolha do Brasil como sede do evento foi devido ao fato de o
pas ainda no ter sediado um evento de tal magnitude que tratasse
sobre meio ambiente.
b) O documento final da Rio+20 gerou grande contentamento entre o
pblico especializado e geral, pois definiu grandes avanos sobre o
desenvolvimento sustentvel.
c) A realizao da conferncia no Rio de Janeiro deu maior
visibilidade para a cidade e para o Brasil. Mas, dentre os pontos
negativos do encontro, as comisses estrangeiras reclamaram dos
altos preos e do trnsito.
d) O nome Rio+20 foi escolhido por causa dos 20 pontos que seriam
discutidos no encontro.
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Fcil, fcil, heim pessoal? Uma pequena lida na aula e a resposta
salta aos olhos!
Bom, vamos discutir ponto a ponto para que no fique
nenhuma dvida.
A letra A est errada. L no incio, quando eu comecei a
falar da Rio+20, eu disse que esse nome era devido ao fato de se
estar completando 20 anos da Rio-92, certo? Ento, s essa
explicao j basta pra desmentir a assertiva A.
A letra B est errada. Passando os olhos pelos noticirios
sobre a conferncia vemos que a afirmativa mente. H controvrsias
sobre os resultados da Rio+20. Uns afirmam que houve avanos,
outros defendem que as promessas no geraram avanos. O prprio
documento apresentou uma srie de questes que ainda devem ser
discutidas para depois gerarem resultados. Portanto, a assertiva
est errada.
A letra C est certa. A realizao desse evento no Rio, e
tambm os prximos eventos que esto programados para
acontecerem no Brasil, do grande visibilidade internacional para o
pas. A conferncia que aconteceu no Rio em junho no foi diferente e
mostrou para o mundo um pouco do que o pas tem a oferecer.
De um modo geral, os visitantes afirmaram que voltariam
ao pas e elogiaram a beleza da cidade. Mas, em contrapartida, as
comisses internacionais reclamaram dos altos preos de
hospedagem, alimentao, etc. Por fim, o que no poderia ser
diferente tendo em vista o cenrio conturbado do trnsito em nossas
grandes metrpoles, houve muita reclamao a respeito da lentido e
desorganizao do trnsito no Rio.
A letra D est errada. Como eu j afirmei nos comentrios
e no prprio texto da aula, o nome Rio+20 foi devido aos 20 anos do
Rio-92.
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4 - (ESAF/MIT -2012) A questo ambiental entrou na agenda
do mundo contemporneo, notadamente a partir do fim da
Segunda Guerra Mundial. A Organizao das Naes Unidas
(ONU) organiza ou chancela encontros globais para a
discusso mais aprofundada do tema, a exemplo da Eco- 92,
ocasio em que se elaborou a Agenda 21. Em 2012, o Brasil
sediou mais um desses fruns mundiais, dedicado ao
desenvolvimento sustentvel e ao combate pobreza,
conhecido como:
A- Vida e Natureza
B- Planeta Sustentvel
C- Amaznia Verde
D- SP 2012
E- Rio +20
COMENTRIOS
Bem, amigos, essa aqui a banca deu de lambuja no
concurso, n? Tinha que estar muiiiiito desatualizado pra errar uma
questo como essa o que no ser o problema de nenhum de
vocs, ok? A resposta correta a letra E.
5 - (CESPE/TJ-RR/2012) Vinte anos antes da realizao da
Conferncia das Naes Unidas para o Desenvolvimento
Sustentvel a Rio+20 , a Conferncia das Naes Unidas
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada
informalmente de Rio-92, tornou conhecido o termo
sustentabilidade, at ento empregado em meios restritos por
ambientalistas e cientistas que frequentavam simpsios
internacionais e realizavam estudos especficos sobre temas
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como a emisso de gases de efeito estufa na atmosfera, a
destruio das florestas e as mudanas climticas.
Os desafios do desenvolvimento e da sustentabilidade.
In: O Globo, 29/6/2012, p. 2 (com adaptaes).
Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando os
diferentes aspectos que ele suscita, julgue os itens que se
seguem.
(CESPE/TJ-RR/2012) Antes da Rio+20, conferncia que
marcou os vinte anos da Rio-92, outras conferncias mundiais
para a discusso da questo ambiental foram promovidas pela
Organizao das Naes Unidas em diversos continentes,
como a chamada Rio+10, em Johanesburgo, na frica do Sul,
dedicada, entre outros assuntos, avaliao do cumprimento
dos compromissos firmados em 1992, no Rio de Janeiro.
COMENTRIOS
Bem, pessoal, esta questo relativamente fcil devido a
grande divulgao na mdia sobre o tema. Mas, como no podemos
perder a oportunidade, vamos falar um pouquinho sobre as
conferncias mundiais promovidas pela ONU para tratar de assuntos
ambientais. O primeiro grande evento foi realizado em Estocolmo, na
Sucia, em 1972. Em 1982 ocorreu um novo encontro, em Nairbi,
no Qunia. O Brasil sediou uma conferncia, organizada na cidade do
Rio de Janeiro, em 1992, cujo evento ficou conhecido como Eco-92.
Aps 10 anos, foi realizada em Johanesburgo, na frica do Sul, a
Cpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentvel, conhecida
como Rio+10, que alm de reforar aspectos relacionados
preservao ambiental, que foram discutidos na Eco-92 ou Rio-92,
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tambm tratou de assuntos sociais. Portanto, a assertiva est
correta.
6 - (CESPE/TJ-RR/2012) Constataes como a de que os
pases desenvolvidos tm responsabilidade na poluio do
planeta e a de que os pases pobres necessitam receber dos
pases mais ricos apoio financeiro, tecnolgico e humanitrio
para superarem a misria e iniciarem um processo seguro de
desenvolvimento econmico, includas nos documentos
produzidos durante a Rio-92, esto na origem das discusses
promovidas na Rio+20 sobre os temas economia verde no
contexto do desenvolvimento sustentvel e erradicao da
pobreza.
COMENTRIOS
Vamos recordar um pouco sobre a Rio-92? A ECO-92 ou
Rio-92 aconteceu no Rio de Janeiro de 03 a 14 de junho de 1992 e
contou com a presena de lderes mundiais para discutir medidas que
promovam o progresso aliado preservao do meio ambiente nas
prximas dcadas. Entre os principais temas constam: economia
verde e cooperao global, sendo que o primeiro trata de um modelo
de crescimento econmico baseado na baixa emisso de carbono e no
uso inteligente dos recursos naturais., o que depende, por sua vez,
de uma organizao entre os pases para garantir que os protocolos
sejam seguidos por todos os governos. Fizeram um balano tanto dos
problemas existentes quanto dos progressos realizados e tambm
elaboraram documentos importantes sobre questes ambientais.
Entre esses documentos, temos a Agenda 21, que um acordo
estabelecido entre 179 pases para a elaborao de estratgias para o
alcance do desenvolvimento sustentvel e para melhoria de condies
sociais e econmicas. O aprofundamento dessas discusses resultou
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na elaborao do Protocolo de Kyoto, de 1997, que objetiva a
reduo da emisso de gases intensificadores do efeito de estufa.
Porm, muitos pases desenvolvidos e em desenvolvimento, em
virtude do modelo de produo e consumo estabelecido, no
colocaram em prtica as polticas ambientais elaboradas durante
esses eventos, intensificando o aquecimento global. Bem, essas
informaes esto indiretamente ligadas a esta questo e falar sobre
elas tambm uma forma de estudo e aprendizagem. Bem, agora
que as informaes foram dadas, vamos falar sobre a questo
propriamente dita. Todas as afirmativas citadas na questo esto
corretas, inclusive o que diz respeito erradicao da pobreza, que
no est ligada questo ambiental, mas que tambm um dos
objetivos dessas conferncias. Sendo assim, a assertiva est
correta.
7 - Um dos principais dilemas a serem enfrentados por muitos
pases nos dias de hoje o de conciliar metas de longo prazo,
como a reduo das emisses de gases poluentes e do
consumo, com a necessidade de estimular a economia no
curto prazo para a gerao de emprego e renda s populaes.
COMENTRIOS
Bem, amigos, esta questo tambm muito tranquila e por
ser to lgica j mostra que est correta. Um dos assuntos tratados
pelo Protocolo de Kyoto justamente sobre a emisso de gases
poluentes pelos pases desenvolvidos e sobre a necessidade de
controle entre produo e preservao do meio ambiente. Portanto, a
assertiva est correta.
O novo cdigo florestal
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Bem, amigos, em meio a todo o debate internacional sobre
meio ambiente aqui no Brasil ressurgiu (e finalmente conseguiu ser
votado) um dos assuntos nacionais mais importantes no que diz
respeito a esse tema: o Novo Cdigo Florestal.
Esse cdigo o conjunto de regras que regulamenta todas
as prticas que se referem utilizao do meio ambiente no Brasil.
ele que determina o que se pode desmatar e o que,
obrigatoriamente, deve ser preservado e protegido pelos produtores,
ou seja, ele define as formas e propores da preservao do meio
ambiente mesmo dentro das propriedades rurais.
E por que essa discusso agora?
No segredo para nenhum de ns que atualmente existe,
inclusive, uma autocobrana no sentido de adotarmos prticas dirias
que contribuam para a o meio ambiente ou que o degradem o
mnimo possvel, no mesmo? Pois bem, pensando em termos
macro essa cobrana chegou s esferas pblicas brasileiras e, na
noite de 24 de maio de 2012, foi aprovado, na Cmara dos
Deputados, o texto do novo Cdigo Florestal Brasileiro.
Na verdade, essa no uma discusso to recente quanto
se imagina, pois h mais de dez anos de discusses e depois de trs
tentativas mal sucedidas, foi que esse novo texto foi aprovado pelos
deputados.
Com essa onda verde, em que todos os pases do mundo
voltam suas atenes para a preservao ambiental, a discusso
sobre a nossa legislao florestal no pde mais ser adiada, como
vinha sendo feito.
O ponto chave do governo na discusso sobre o novo texto
do Cdigo Florestal girava justamente em torno de incluir punies
mais rigorosas para quem reincidisse em crimes ambientais.
Todavia, outros pontos tambm geraram muitas discusses como as
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reas de preservao permanentes (APPs) e iseno aos
pequenos produtores da obrigatoriedade de recomporem a
reserva legal.
Enfim, as mudanas que estavam em discusso sobre a
atualizao do Cdigo foram votadas mesmo sem que houvesse um
consenso entre as partes diretamente envolvidas, ou seja, os
ruralistas, os ambientalistas e pequenos produtores.
Como j era de se esperar, cada setor tinha suas prprias
reivindicaes, que so, na grande maioria das vezes, dissonantes.
Tal divergncia de interesses o grande entrave de todo o processo
de aprovao da norma.
O texto aprovado pelos deputados acabou
agradando bastante a bancada ruralista, j que
anistiou todos os produtores rurais que
desmataram at 2008, diminuiu as reas de
vegetao nativa em encostas e retirou a proteo a
reas mais sensveis, como os mangues.
O texto do Novo Cdigo foi votado em 2011 na Cmara dos
Deputados e tambm no Senado Federal, onde sofreu modificaes,
voltando a ser analisado na Cmara em 2012, onde obteve
inicialmente 12 vetos pela presidente Dilma.
Vocs sabiam que o atual cdigo em vigor ainda era o de
1965 e contava apenas com algumas modificaes? Pois , queridos,
ele estava mesmo precisando de uma atualizada, n?
E finalmente, em 18/10/12, a presidente Dilma converteu a
MP 571/12 na Lei 12.727/12 contendo nove vetos.
O principal veto retira do texto a flexibilizao que os
parlamentares queriam para a recuperao de reas de preservao
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permanente (APPs) nas margens de rios. Veremos isso nos quadros
abaixo!
Apesar de eu acreditar ser improvvel que cobrem pontos
especficos desse cdigo podemos reforar aqui alguns tpicos de
maior relevncia do Novo Cdigo Florestal, que agora uma lei
meeeesmo e que h uma segurana jurdica sobre todos os pontos
que foram revistos. Dentre eles podemos destacar:
A recomposio mnima exigida pela legislao para
recomposio da rea de Preservao
Fonte: Imprensa Coasul - 22/10/2012
O mdulo fiscal varia entre cinco e 100 hectares, de acordo com o municpio. Na
Amaznia, por exemplo, ele ocupa, em mdia, 76
hectares. Na capital paulista, um mdulo equivale
a cinco hectares.
- Cadastro Ambiental Rural (CAR) - O cadastramento de
propriedades familiares ser facilitado, ficando a cargo do rgo
ambiental a realizao de procedimentos mais dispendiosos, como a
captao das coordenadas geogrficas para, por exemplo, a
delimitao de reserva legal.
Reserva Legal: As propriedades com at quatro mdulos
fiscais que no tiverem o montante de reserva legal exigido por lei
no sero obrigadas a fazer a recomposio, mas devero averbar
como reserva a parcela de mata nativa existente em julho de 2008.
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Encostas e topo de morros: A redao aprovada consolida
plantaes em encostas e topos de morros, definidas como APP,
entre elas: caf, ma, uva e fumo. No permitindo, no entanto,
novos desmatamentos nessas reas.
A medida no permite novos desmatamentos nas reas
Urbanas e Rurais. As vrzeas so consideradas reas de
Preservao Permanente (APP), em zonas rurais ou urbanas. E todas
as propriedades tero de respeitar o afastamento exigido pela Lei,
conforme o tamanho da propriedade.
Plantio de espcies frutferas e exticas: No
permitido o plantio de espcies frutferas ou exticas livremente. Para
que sejam plantadas estas espcies, at o limite de 50% da rea a
ser reflorestada, ser necessria autorizao prvia dos rgos
ambientais estaduais ou municipais.
Bom, pessoal, confiram nos quadros abaixo, o que foi
proposto na MP 571/12, e o consolidado na Lei 12.727/12 com os
vetos presidenciais. Fonte: Mnica Breda Consultora/ Advogada -STCP Engenharia de Projetos Ltda. http://www.stcp.com.br/upload/fck/M%C3%B4nica_Breda_Mudancas_Novo_Codigo_Florestal.
Como pudemos ver, o pas conta agora com um marco regulatrio
para o setor produtivo e ambiental, que abre caminho para o
enfrentamento de novos desafios. Sabemos que este texto que
regula as florestas no Brasil, quando colocado em prtica,
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seguramente exigir adequaes em aspectos que somente sero
evidenciados no dia a dia da sua implantao.
Vejam a cobrana desse assunto em prova!
8 (Questo indita/2013) Com relao Lei 12.727/12
correto afirmar que:
A - Foi editada em maio pela presidenta Dilma, e continha 12 vetos.
B - A presidenta Dilma e imps 09 vetos na MP 571/12.
C - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 12 vetos feitos pela
Presidenta.
D - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 09 vetos feitos pela
Presidenta.
COMENTRIOS
Uma leitura bem atenta da aula e essa foi de graa, n
mesmo?. Um pouco maliciosa, pois, foram tantas idas e vindas de um
lado para o outro at ser convertida em Lei que d para confundir se
estamos falando da MP que teve 12 vetos ou da Lei 12.727/12 que
teve 09 vetos pela presidenta. A correta a letra D.
O pr-sal e o novo marco regulatrio
Bem, pessoal, esse outro assunto muito importante, mas
que no tem sido muito cobrado nas provas dos ltimos concursos.
De todo modo, no poderamos deixar de falar aqui da descoberta
que j varia de alegrias a inmeros protestos: o pr-sal.
Pr-sal o nome que foi dado s reservas de
hidrocarbonetos em rochas calcrias que se localizam abaixo de
camadas de sal. E o que isso exatamente? Resumindo, petrleo
descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo
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do nvel do mar. uma camada de aproximadamente 800
quilmetros de extenso por 200 quilmetros de largura, que vai do
litoral de Santa Catarina ao do Esprito Santo, ou seja, grande at
perder de vista!
A discusso sobre a existncia de uma reserva petrolfera na
camada pr-sal ocorre desde a dcada de 1970, quando gelogos da
Petrobrs acreditavam nesse fato, porm, no possuam tecnologia
suficiente para a realizao de pesquisas mais avanadas, fato que
com todo esse avano tecnolgico no foi difcil constatar. Para
podermos visualizar o quo profundo se localiza o petrleo e como
ser difcil explorar essa rea, vejamos a figura a seguir:
Localizao da camada Pr-sal
Para extrair o leo e o gs da camada pr-sal, ser
necessrio ultrapassar a gua de mais de 2.000m, uma camada de
1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal,
ou seja, demanda tempo e dinheiro, muito dinheiro!
A descoberta de reservas de petrleo e gs natural, pela
Petrobras, na camada pr-sal, um assunto bastante relevante para
o Brasil do ponto de vista estratgico. Todos ns sabemos que o
petrleo uma fonte de energia no renovvel e que no futuro a sua
escassez poder ser responsvel por grave crise energtica. No h
consenso entre os cientistas sobre quanto tempo ainda temos de
utilizao de petrleo, mas h os que afirmam que dentro de mais 30
anos no haver mais reservas desse hidrocarboneto.
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Nesse sentido, ter reservas de petrleo em larga escala
uma grande vantagem geopoltica para um pas. Conforme o governo
brasileiro j se posicionou, o petrleo na camada pr-sal ir aumentar
a importncia econmica e poltica do pas no cenrio internacional.
Alm disso, ser importante para proporcionar saldos positivos
balana comercial brasileira e gerar empregos.
Em relao aos volumes das reservas de petrleo e gs
natural na camada pr-sal, ainda no existe uma estimativa segura.
Todavia, possvel que existam reservas de 50 a 100 bilhes de
barris, quantidade que colocaria o Brasil na condio de um dos
maiores produtores e exportadores de petrleo e derivados do
mundo.
Algumas ideias importantes que precisamos saber sobre o
pr-sal:
A extrao de petrleo deve ser feita de forma sustentvel e
economicamente vivel.
Se a extrao for feita de forma muito acelerada, h o risco de que
as reservas de petrleo e gs natural se esgotem rapidamente.
Alm disso, caso haja exportao em demasia desse petrleo,
poder haver uma sobrevalorizao do real, o que prejudicar as
exportaes e facilitar as importaes. Esse fenmeno
conhecido como doena holandesa.
Para a extrao do pr-sal, haver necessidade de volumosos
recursos destinados pesquisa e ao desenvolvimento para
viabilizar a explorao em guas ultraprofundas.
Vocs j ouviram falar da maldio do petrleo?
Segundo alguns estudiosos, quando um pas possui grande
disponibilidade de recursos advindos do petrleo, h um desestmulo
ao desenvolvimento econmico e poltico. Isso porque com recursos
em abundncia, no h incentivos para que o governo invista em
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desenvolvimento de tecnologia e formao de recursos humanos.
Alm disso, a sobrevalorizao do cmbio dificulta o desenvolvimento
de outros setores e a economia do pas torna-se refm da volatilidade
do preo do petrleo no mercado internacional. E o que o Brasil est
fazendo para evitar a temida maldio do petrleo?
Tendo em vista a destinao dos recursos do pr-sal ao
desenvolvimento econmico e social do Brasil, o governo est
trabalhando na formulao de um novo marco regulatrio para sua
explorao. O modelo utilizado atualmente para a explorao de
petrleo o de concesso. Por meio desse modelo, todo petrleo e o
gs natural produzido de propriedade da empresa concessionria
(que pode ser a Petrobras ou outra!), sendo a remunerao do
governo feita essencialmente sob a forma de royalties e participao
especial. O modelo proposto pelo governo (que ainda no foi
aprovado!) o de partilha. Por meio desse modelo, parte do petrleo
produzido da empresa e parte do governo. Dessa forma, a
remunerao do ente pblico dar-se- por intermdio de participao
na receita gerada pela venda.
O modelo de concesso era justificado por um cenrio em
que o risco exploratrio era elevado, o qual era compensado por meio
de vantagens econmicas (maiores lucros) ofertadas s empresas. O
modelo de partilha, por sua vez, surge em um cenrio em que o risco
exploratrio , a princpio, baixo. Logo, a remunerao das empresas
ser menor! Alm disso, o modelo de partilha proporcionar ao
governo maior controle dos recursos oriundos do pr-sal.
Recentemente foi aprovada pelo Senado Federal a criao
da Pr-Sal Petrleo S/A, estatal que ser responsvel por controlar e
fiscalizar a explorao do petrleo do pr-sal. O novo marco
regulatrio do pr-sal estabelece, ainda, que ser constitudo um
Fundo Social para o qual ser destinada a receita decorrente da
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comercializao do petrleo, do gs natural e de outros
hidrocarbonetos da Unio. A maior controvrsia existente em
relao destinao desses recursos.
Outra controvrsia existente no novo marco regulatrio do
pr-sal acerca do pagamento de royalties.
Vamos entender porque a lei dos royalties to polmica, e
o que vem sendo discutido sobre esse assunto.
Da forma como saiu aprovada do Senado, a lei dos royalties
irritou municpios e Estados no produtores. Isso porque a lei prev
redividir no s recursos de contratos futuros, como alterar tambm
os de contratos antigos. S para facilitar o entendimento, vamos
definir o que vem a ser um royalty. Royalty so tributos pagos
mensalmente ao governo federal pelas empresas que extraem
petrleo, como compensao por danos ambientais causados pela
atividade. No caso do setor de petrleo, trata-se de um valor cobrado
da concessionria que explora os campos, baseado em sua produo.
O montante pago Unio, que repassa parte dos recursos a
Estados e municpios segundo propores estabelecidas na legislao.
At a aprovao da nova diviso dos royalties pelo Congresso, em
novembro de 2012, os municpios e Estados produtores recebiam a
maior parcela dos royalties e participaes especiais (tributo pago
pelas empresas pela explorao de grandes campos de petrleo). A
presidenta Dilma, no entanto, decidiu vetar alguns artigos da nova
lei, entre os quais, a rediviso dos royalties para contratos j
vigentes. Ela tambm determinou aos beneficirios desses recursos
que invistam 100% da renda obtida, a partir deles, em educao. A
inteno tratar os dois assuntos, PNE e royalties, de forma casada
para assegurar novos recursos para a educao.
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O que prev a nova lei dos royalties? O texto-base do
projeto, oriundo do Senado, redistribuiu os recursos provenientes da
explorao do petrleo entre Unio, Estados e municpios de forma
escalonada at 2020, diminuindo a parcela direcionada aos
produtores e, em contrapartida, aumentando o repasse aos no
produtores.
Por que h tanto interesse na lei dos royalties? O
interesse est no montante arrecadado com os recursos provenientes
da matria-prima, que tendem a se multiplicar nos prximos anos,
sobretudo com a explorao do pr-sal, considerado a nova fronteira
energtica do Brasil.
De onde que surgiu a vontade de mudar essa lei? A
partir de 2007, quando o Brasil anunciou a descoberta de grandes
reservas do chamado "pr-sal", o governo Lula passou a defender
novas regras para a explorao de petrleo no pas. Em agosto de
2009, o presidente Lula apresentou quatro projetos para mudanas
no setor, sendo um deles na redistribuio dos royalties. Na ocasio,
o ento presidente tambm props a mudana do modelo de
explorao do pr-sal, de concesso (quando o governo faz um leilo
e ganha o consrcio que der o maior lance) para o de partilha (por
meio do qual a Petrobras operadora nica e possui uma fatia de
30% de todos os blocos).
Com referncia destinao dos royalties, a presidenta
Dilma Rousseff publicou em edio extra do Dirio Oficial da Unio,
(03/12/12) nova medida provisria destinando 100% dos royalties do
petrleo para a Educao. A determinao vale para futuros
contratos em regime de concesso. A medida ainda aguardou
votao e foi analisada pelos parlamentares em maro de 2013,
quando teria seu prazo de validade expirado.
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No sistema de partilha, em que a explorao das reservas dividia
entre empresas e Unio, a Educao ficar com 50% dos
rendimentos do Fundo Social do Pr-sal.
Com os vetos da presidenta, os Estados e municpios
produtores continuaro recebendo os mesmos percentuais dos
contratos no regime de concesso j firmados.
Vejam como ficar a distribuio dos royalties em novos contratos:
- Estados produtores, que recebem 26,25% de concesso no mar,
recebero 20% a partir de 2013.
- Municpios produtores, que atualmente recebem 26,25%, recebero
15% a partir de 2013. Percentual que dever ser reduzido
gradativamente at 4% em 2020. Municpios afetados pelas
operaes de embarque e desembarque de hidrocarbonetos
recebero 3% entre 2013 e 2016, e, a partir da, 2%.
- O Fundo Especial, a ser distribudo entre Estados e o Distrito
Federal, passa a ser de 21% em 2013, sendo elevado gradativamente
at chegar fatia de 27%.
- O Fundo Especial, a ser distribudo entre municpios, tambm passa
a ser de 21% a partir de 2013.
Os percentuais defendidos pelos congressistas para a
distribuio dos recursos foram mantidos, mas a nova diviso s vale
para contratos firmados a partir do dia 03/12/2012. Com a nova
diviso, Estados e municpios no produtores tambm passam a
receber recursos de royalties do pr-sal.
Podemos perceber que a coisa est andando. Mais um
exemplo desses avanos, que o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) concedeu, em
meados de setembro de 2012, aquela que dever ser a sua mais
importante licena ambiental deste ano: a Licena Prvia requerida
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pela Petrobras para iniciar a produo e o escoamento de petrleo e
gs natural de campos do polo pr-sal da Bacia de Santos (Etapa 1).
Com a emisso dessa licena, o rgo ambiental deu sinal
claro sobre a viabilidade de explorao, a qual dever se iniciar em
breve, uma vez que a licena de instalao j foi emitida.
Bom salientar que a explorao do pr-sal s comeou em
blocos j licitados (27% do total) - onde tambm h explorao de
ps-sal e sob o regime antigo, de concesso. Segundo a Petrobras, o
pr-sal j equivale a 10% da produo nacional, ou,
aproximadamente, 200 mil barris dirios. A companhia diz que entre
janeiro de 2011 e novembro de 2012, a produo nesses dois locais
cresceu 148%. "No entanto, aquele pr-sal anunciado com pompa
por Lula - que levaria o Brasil a um novo patamar energtico e
estruturado sob um novo modelo de produo, o da partilha - ainda
no deslanchou.;-)
Vejamos que em 15/03/2013, o Supremo Tribunal Federal
(STF) recebeu quatro aes diretas de inconstitucionalidade (ADIs)
contra as novas regras de distribuio dos royalties do petrleo: a
ADI 4918, ajuizada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro (ALERJ), a ADI 4917, de autoria do governador do Rio
de Janeiro, Srgio Cabral, a ADI 4916, de autoria do governador do
Esprito Santo, Renato Casagrande, e a ADI 4920, ajuizada pelo
governador do Estado de So Paulo, Geraldo Alckmin.
So Paulo concentra seu pedido na alterao das regras de
distribuio dos royalties em relao aos contratos de explorao j
firmados, visando preservar a irretroatividade da nova legislao.
Argumenta que a receita dos royalties receita originria dos entes
federativos, destinados recomposio dos efeitos sociais,
econmicos e ambientais decorrentes da produo de petrleo e gs,
para a ALERJ, as modificaes impostas pela nova lei subtraem
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propriedade do Estado do Rio de Janeiro, garantidas pelo pacto
federativo.
De acordo com o governador capixaba, as unidades
federadas impactadas pela explorao de petrleo e gs passaro a
receber menos royalties e participaes especiais que as unidades
federadas que no so impactadas, a quem sero distribudos
recursos destinados aos chamados 'fundos especiais', solicitando a
distribuio dos royalties a Estados e municpios e um regime de
partilha de participao especial devem ser aplicados os critrios
estabelecidos nas leis anteriores sobre a matria.
Srgio Cabral (RJ) argumenta que a Lei dos Royalties
sancionada pela presidenta da Repblica inconstitucional e pede a
concesso de liminar ao STF para suspender a imediata aplicao da
nova lei ou a interpretao da mesma conforme a Constituio.
Portanto, no dia 18/03/2013, a ministra Crmen Lcia, do
Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu parte da nova Lei dos
Royalties do Petrleo, promulgada na semana anterior. Esta deferiu
liminar na ao de autoria do estado do Rio de Janeiro, suspendendo
tambm vrios artigos da lei alegando que h urgncia qualificada
comprovada no caso, alm de riscos objetivamente demonstrados
da eficcia dos dispositivos e dos seus efeitos, de difcil
desfazimento. A deciso tem validade enquanto o caso no for
apreciado pelo plenrio do Supremo. Vamos aguardar! At a prxima
aula!
Controvrsias sobre a Usina de Belo Monte
Apesar de ser um assunto meio passado essa uma
questo que continua muito atual, j que Belo Monte envolve
divergncias de opinies que ainda no foram homogeneizadas. No
final de semana do dia 22 de abril de 2012 ainda pudemos assistir a
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diversas manifestaes contra a usina que j tem sua obra em
andamento!
O projeto era visto como prioritrio pelo governo Lula no
setor de energia, sendo o 2 mais caro do Programa de Acelerao do
Crescimento (PAC), ficando atrs somente do trem-bala entre So
Paulo e Rio de Janeiro.
A construo da usina de Belo Monte considerada
essencial para suprir a demanda por energia no Brasil nos prximos
anos, com previso para entrar em funcionamento em 2015.
Segundo estimativas, a obra ir beneficiar 26 milhes de brasileiros.
Todavia, pessoal, os ambientalistas alegam que a
construo da hidreltrica ir causar um enorme impacto ambiental e
social em relao aos moradores daquela rea. Isso porque, com a
construo da usina, haver desvio do curso do rio e alagamento de
reas, o que afetar a fauna e flora. Por outro lado, a populao da
regio, que inclui comunidades indgenas, receia ser afetada pela
construo da usina.
Segundo crticos, o impacto ambiental e social da instalao
da usina hidreltrica de Belo Monte foi subestimado. Alm disso,
argumentam que o projeto no possui viabilidade econmica, em
razo da perda de vazo do Rio Xingu em poca de seca, o que
resultaria em gerao de energia bem abaixo da capacidade
instalada.
Devido a todas essas controvrsias, h inmeras
contestaes em relao usina de Belo Monte, as quais so
provenientes de moradores locais, organizaes no governamentais
e ambientalistas. H, inclusive, inmeras aes judiciais ajuizadas
pelo Ministrio Pblico em relao construo da usina, as quais
apontam possveis irregularidades no projeto.
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Todas essas controvrsias, que incluram questes judiciais,
fizeram com que o prego para definir quem seria responsvel pela
construo de Belo Monte fosse suspenso por duas vezes. O prego
foi finalmente realizado, com a obteno da vitria pelo Consrcio
Norte-Energia, que ofereceu o menor preo do Megawatt / hora: R$
78,00 e a construo da usina j est em andamento. Apesar disso,
as discusses e os protestos que rondam essa construo continuam
a todo vapor entre indgenas e at mesmo artistas que agora
lanaram mo, inclusive, de redes sociais como o Facebook, para a
divulgao de seus protestos.
A divergncia to grande que vem tomando propores
internacionais, o que levou a Organizao dos Estados Americanos
(OEA), no ms de abril de 2012, a voltar a pedir ao Brasil explicaes
sobre comunidades que habitam a Bacia do Rio Xingu, onde ser
construda a usina Hidreltrica de Belo monte.
Sobre o andamento da construo, foi anunciado em
21/12/2012, a concluso de uma das partes mais polmicas da obra:
uma barragem provisria (ensecadeira), que desvia o rio Xingu
permitindo assim a construo da casa de fora complementar da
usina. Essa barragem foi alvo de protestos por impedir a passagem
pelo rio. Por isso foi construdo um sistema de transposio das
pequenas embarcaes. Um guincho est sendo usado para
atravessar estas embarcaes por cima da barragem.
Vamos acompanhando para ver como ser esse desfecho,
mas, enquanto ele no vem, que tal resolvermos mais algumas
questes?
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9 (Questo indita/2013) O Ministrio Pblico Federal
ajuizou uma ao civil pblica buscando a anulao do edital
de licitao da usina hidreltrica de Belo Monte e a licena
prvia emitida pelo IBAMA para o projeto. Para o MPF, a usina
ser instalada em terras indgenas e deve ser suspensa
enquanto no for publicada a regulamentao do artigo 176,
pargrafo 1, da Constituio Federal sendo que a Justia
Federal no Par julgou improcedente esta ao. Por Elton Bezerra
http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/justica-federal-belo-monte-nao-area-indigena De
acordo com texto julgue se verdadeira ou falsa a notcia
COMENTRIOS
Bom, pessoal, vamos antes verificar a base legal do MP
Federal: Artigo 176, 1 A pesquisa e a lavra de recursos minerais
e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste
artigo somente podero ser efetuados mediante autorizao ou
concesso da Unio, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa
brasileira de capital nacional, na forma da lei, que estabelecer as
condies especficas quando essas atividades se desenvolverem em
faixa de fronteira ou terras indgenas.
Portanto de um lado o MP entende que a usina ser
instalada em terras indgenas e deve ser suspensa enquanto no for
publicada a regulamentao do artigo 176. Mas, para o juiz Arthur
Pinheiro Chaves, da 9 Vara Federal, h entendimento assentado de
que o empreendimento no est localizado em terras indgenas e que
a Constituio no concedeu imunidade absoluta s terras indgenas
e afirmou que o Estado pode utilizar os recursos hdricos e minerais
localizados nessas reas. "Resta evidenciado, portanto, que a
orientao contida na Constituio prima por garantir, em benefcio
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da populao brasileira de forma geral e integral, o uso dos recursos
hdricos e minerais, ainda que estejam localizados em terras
indgenas, o que, alis, no poderia ser diferente, uma vez que tais
recursos pertencem, por razes estratgicas, prpria Unio
Federal", julgando assim ao civil pblica improcedente. Dessa
forma, a assertiva est correta.
___X___
Questes Tecnolgicas
Pessoal, para finalizar nossa aula quero falar de um ltimo
assunto que tambm muito importante no contexto internacional
contemporneo: as inovaes tecnolgicas!
Quando pensamos em tecnologia acho que os
computadores, Ipads, Ipods e Iphones so alguns dos produtos que
logo nos vm mente, n? Todavia, amigos, h muito tempo o
homem utiliza tecnologia, que no necessariamente algo que
dependa de energia para funcionar.
Assim, tecnologia est ligada, diretamente, descoberta de
novas formas de nos organizarmos e nos movimentarmos no
mundo, ou seja, formas que acabam alterando nosso modo de viver e
de nos relacionarmos com os outros. Nesse sentido, uma das
principais tecnologias j encontradas, acreditem ou no, foi h
milhes de anos! Sim, pessoal, a descoberta de que o simples bater
de duas pedras secas sobre a palha produzia calor e fogo, o qual
poderia ser mantido por quanto tempo se desejasse, desde que fosse
alimentado com madeira seca ou outros combustveis fsseis,
promoveu uma grande mudana na vida do homem.
Mas quando falamos de tecnologia no mundo atual o cenrio
muda, no mesmo? Logo nossa mente sofre uma enxurrada de
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imagens permeadas por eletroeletrnico, metais leves e pesados,
objetos concretos e at ferramentas meio abstratas como a
internet.
Assim, sempre que vamos coluna de tecnologia nos
jornais e revistas, nos deparamos com avanos dirios em termos de
informtica ou inovaes eletrnicas. Ouvimos falar hoje do
lanamento de um supercomputador, que amanh j estar superado
por outro novo lanamento! A nossa sociedade marcada pela Era da
Informao e da Inovao Tecnolgica, mas tambm, pelos crimes
ligados internet.
Diante de tudo isso, devemos sempre estar antenados ao
que se passa no mundo do desenvolvimento tecnolgico e lembrar
que todas as inovaes (na informtica, nos transportes, nos meios
de comunicao, nas mdias) afetam diretamente a vida em
sociedade!
E a entra a importncia de uma aula que tivemos logo no
inicio do nosso curso, sobre a globalizao que funciona tanto como
principal propulsora das inovaes tecnolgicas, quanto como
consequncia delas!
Mas vamos ver algumas questes atuais que abordam
justamente as ltimas descobertas tecnolgicas que vm,
gradativamente, fazendo parte do nosso cotidiano.
10 - (Indita / 2013) Tecnologia e Cincia:
Os estudiosos debatem h tempos as fronteiras entre cincia e
tecnologia, sendo que para estes a tecnologia a aplicao
prtica do conhecimento cientifico em produtos e processos
utilizados para a soluo de problemas do dia a dia. De acordo
com essa assertiva podemos afirmar que:
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1) Um dos principais avanos tecnolgicos no decorrer dos sculos so
os computadores.
2) A combinao de cincia e tecnologia mostrou ser capaz de render
muito mais no enriquecimento e desenvolvimento das naes.
3) A cincia e movida pela curiosidade humana, a tecnologia avana
impulsionada pelas necessidades da sociedade.
4) Cincia e tecnologia no esto entrelaadas, visto no se
alimentarem uma da outra.
Marque a alternativa correta.
A) Apenas 1 e 3 esto corretas.
B) Somente a 2 esta correta.
C) Todas esto incorretas.
D) Todas esto corretas.
E) Somente a 4 est incorreta.
COMENTRIOS
Bom, amigos, um pouco de malcia e ser fcil descobrir que somente
a E est incorreta.
Questo 1: O fato que o computador foi o grande avano
tecnolgico, no temos a menor dvida quanto a isso. Portanto, a
assertiva est correta.
Questo 2: A afirmativa da questo 3 de que a cincia e movida pela
curiosidade humana, e de que a tecnologia avana impulsionada
pelas necessidades da sociedade responde a questo 2. Sem essa
combinao, as duas andariam isoladas e sem avanos para
satisfazerem s necessidades humanas, sociais econmicas. Desta
forma, 2 e 3 esto corretas.
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J a questo 4 est incorreta ao afirmar que cincia e tecnologia NO
esto entrelaadas. A letra E a alternativa que responde
questo.
___X___
Bem, meus queridos, ficamos por aqui! Uma tima semana a todos e
at a nossa prxima aula!
Abraos
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LISTA DE QUESTES
1) (FUNIVERSA/PC-DF-Perito/2012) A questo ambiental
entrou na agenda poltica do mundo contemporneo.
Governantes, cientistas e organizaes sociais,
independentemente das posies assumidas, buscam meios de
aprofundar o conhecimento acerca do tema, como forma de
subsidiar tomada de decises no enfrentamento do problema.
Da Conferncia de Estocolmo (1972), passando pela Rio-92 e
chegando Rio+20, um princpio ecolgico abraado por
ambientalistas e, sendo emblemtico da luta pela preservao
da vida, pode ser assim sintetizado:
A) Aliar desenvolvimento econmico aos limites do planeta desafio
que diz respeito aos governos de pases emergentes, fugindo da
alada dos demais Estados e atores sociais.
B) A preservao de todas as formas de vida no planeta requer o
imediato retorno s condies de produo existentes no mundo
antes do advento da Revoluo Industrial.
C) A volta agricultura de subsistncia, com o abandono das prticas
econmicas ditadas pelos mercados, condio essencial para o fim
das emisses de CO2 na atmosfera.
D) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o
mundo contemporneo, a exemplo de terremotos e maremotos,
esto diretamente ligados s atuais mudanas climticas.
E) A necessria adequao do sistema produtivo capacidade de
regenerao do planeta implica no consumir nem descartar mais
produtos que a Terra capaz de suportar.
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2 - O texto remete economia sustentvel, ou seja,
preocupao de investir no conhecimento de modo a promover
o desenvolvimento sem degradar irreparavelmente o meio
ambiente. Esta assertiva esta certa ou errada.
2.1 - (CESGRANRIO/CEF/2012-Advogado) Entre 1800 e 2010
a populao cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1
bilho para 7 bilhes de habitantes), e a economia (PIB)
aumentou cerca de 50 vezes. Hoje, pode-se dimensionar o
impacto do ser humano na Terra por meio de uma metodologia
utilizada para medir as quantidades de terra e de gua (em
termos de hectares globais gha) que seriam necessrias
para sustentar o consumo atual da populao.
ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n.
2196, dez. 2010, p. 24. Adaptado.
1) No contexto da sustentabilidade planetria, a metodologia acima
denominada
(A) agroecologia
(B) biorremediao
(C) controle biolgico
(D) manejo ambiental
(E) pegada ecolgica
(CESPE/IBAMA/2012) Apontada por ambientalistas como a
caixa dgua do Pantanal, a regio das nascentes do Rio
Paraguai, em Mato Grosso, sofre h quarenta anos um
processo de degradao que pode ser alvo de investigao. O
Instituto Homem Pantaneiro (IHP) denunciou ao Ministrio
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Pblico Federal a ameaa ao bioma que se mantm como o
mais preservado do pas, com quase 85% de sua rea original.
O IHP comprovou o desmatamento ilegal nas reas prximas
s cabeceiras e acusou os efeitos da extrao mineral e do uso
intensivo do solo para agropecuria, mesmo em rea de
proteo ambiental.
O Estado de S. Paulo, 2/9/2012, p. A25 (com adaptaes).
Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando aspectos
relativos ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentvel e
ecologia, julgue os itens seguintes.
2.2 (CESPE/IBAMA/2012) O exemplo do rio Taquari, no
extremo sul de Mato Grosso, usado como alerta para o que
pode ocorrer com o rio Paraguai: o termo taquarizao
surgiu para evidenciar os efeitos da degradao de nascentes,
processo assinalado pelas grandes eroses e do qual
decorreram o comprometimento do lenol fretico e a perda
da hidrologia da regio.
3(Questo indita) "O Brasil ficou responsvel por construir
um consenso possvel. O consenso possvel um ponto de
partida e no de chegada. Isso no significa que a partir da os
pases no possam ter suas prprias polticas, afirmou a
presidente Dilma Rousseff a respeito da Rio+20 que aconteceu
no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.
http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/dilma-diz-que-
documento- final-da-rio20-e-ponto-de-partida.html (com adaptaes)
Sobre a Conferncia das Naes Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentvel, Rio+20, podemos afirmar que:
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a) A escolha do Brasil como sede do evento deveu-se ao fato de o
pas ainda no ter sediado um evento de tal magnitude que tratasse
sobre meio ambiente.
b) O documento final da Rio+20 gerou grande contentamento entre o
pblico especializado e geral, pois definiu grandes avanos sobre o
desenvolvimento sustentvel.
c) A realizao da conferncia no Rio de Janeiro deu maior
visibilidade para a cidade e para o Brasil. Mas, dentre os pontos
negativos do encontro, as comisses estrangeiras reclamaram dos
altos preos e do trnsito.
d) O nome Rio+20 foi escolhido por causa dos 20 pontos que seriam
discutidos no encontro.
4(ESAF/MIT -2012) A questo ambiental entrou na agenda do
mundo contemporneo, notadamente a partir do fim da
Segunda Guerra Mundial. A Organizao das Naes Unidas
(ONU) organiza ou chancela encontros globais para a
discusso mais aprofundada do tema, a exemplo da Eco- 92,
ocasio em que se elaborou a Agenda 21. Em 2012, o Brasil
sediar mais um desses fruns mundiais, dedicado ao
desenvolvimento sustentvel e ao combate pobreza,
conhecido como:
A- Vida e Natureza
B- Planeta Sustentvel
C- Amaznia Verde
D- SP 2012
E- Rio +20
5 - (CESPE/TJ-RR/2012) Vinte anos antes da realizao da
Conferncia das Naes Unidas para o Desenvolvimento
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Sustentvel a Rio+20 , a Conferncia das Naes Unidas
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada
informalmente de Rio-92, tornou conhecido o termo
sustentabilidade, at ento empregado em meios restritos
por ambientalistas e cientistas que frequentavam simpsios
internacionais e realizavam estudos especficos sobre temas
como a emisso de gases de efeito estufa na atmosfera, a
destruio das florestas e as mudanas climticas.Os
desafios do desenvolvimento e da sustentabilidade.
In: O Globo, 29/6/2012, p. 2 (com adaptaes).
Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando os
diferentes aspectos que ele suscita, julgue os itens que se
seguem.
B - (CESPE/TJ-RR/2012) Antes da Rio+20, conferncia que
marcou os vinte anos da Rio-92, outras conferncias mundiais
para a discusso da questo ambiental foram promovidas pela
Organizao das Naes Unidas em diversos continentes,
como a chamada Rio+10, em Johanesburgo, na frica do Sul,
dedicada, entre outros assuntos, avaliao do cumprimento
dos compromissos firmados em 1992, no Rio de Janeiro.
6 - (CESPE/TJ-RR/2012) Constataes como a de que os
pases desenvolvidos tm responsabilidade na poluio do
planeta e a de que os pases pobres necessitam receber dos
pases mais ricos apoio financeiro, tecnolgico e humanitrio
para superarem a misria e iniciarem um processo seguro de
desenvolvimento econmico, includas nos documentos
produzidos durante a Rio-92, esto na origem das discusses
promovidas na Rio+20 sobre os temas economia verde no
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contexto do desenvolvimento sustentvel e erradicao da
pobreza.
7 - Um dos principais dilemas a serem enfrentados por muitos
pases nos dias de hoje o de conciliar metas de longo prazo,
como a reduo das emisses de gases poluentes e do
consumo, com a necessidade de estimular a economia no
curto prazo para a gerao de emprego e renda s populaes
8 (Questo indita/2013) Com relao Lei 12.727/12
correto afirmar que:
A - Foi editada em maio pela presidente Dilma, e continha 12 vetos.
B - A Presidente Dilma e imps 09 vetos na MP 571/12.
C - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 12 vetos feitos pela
Presidente.
D - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 09 vetos feitos pela
Presidente.
9 (Questo indita/2013) O Ministrio Pblico Federal
ajuizou uma ao civil pblica buscando a anulao do edital
de licitao da usina hidreltrica de Belo Monte e a licena
prvia emitida pelo IBAMA para o projeto. Para o MPF, a usina
ser instalada em terras indgenas e deve ser suspensa
enquanto no for publicada a regulamentao do artigo 176,
pargrafo 1, da Constituio Federal sendo que a Justia
Federal no Par julgou improcedente esta ao. Por Elton
Bezerra http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/justica-
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julgue se verdadeira ou falsa a notcia
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10 - (Indita / 2013) Tecnologia e Cincia:
Os estudiosos debatem h tempos as fronteiras entre cincia e
tecnologia, sendo que para estes a tecnologia a aplicao
pratica do conhecimento cientifico em produtos e processos
utilizados para a soluo de problemas do dia a dia. De acordo
com essa assertiva podemos afirmar que:
1) Um dos principais avanos tecnolgicos no decorrer dos sculos
so os computadores.
2) A combinao de cincia e tecnologia mostrou ser capaz de render
muito mais no enriquecimento e desenvolvimento das naes.
3) A cincia e movida pela curiosidade humana, a tecnologia avana
impulsionada pelas necessidades da sociedade.
4) Cincia e tecnologia no esto entrelaadas, visto no se
alimentarem uma da outra. Marque a alternativa correta.
A) Apenas 1 e 3 esto corretas
B) Somente a 2 esta correta
C) Todas esto incorretas
D) Todas esto corretas
E) Somente a 4 esta incorreta
GABARITO
1 E
2 VERDADEIRA
2.1 E
2.2 VERDADEIRA
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3 C
4 E
5 VERDADEIRA
6 VERDADEIRA
7 VERDADEIRA
8 D
9 VERDADEIRA
10 E
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BIBLIOGRAFIA
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_____________. O Espao dividido: os dois circuitos da
Economia urbana dos pases subdesenvolvidos. So Paulo:
Editora da Universidade de So Paulo, 2008.
SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas.
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Civilizao Brasileira, 2005.
Disponvel em:Acesso
em 17/02/2013.
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