52
CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 1 Prof a Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Aula 04 – meio ambiente , ciência e tecnologia Olá, amigos, tudo bem? Passaram bem a semana e estudaram bastante? Espero que sim, e que estejam cheios de vontade e energia para continuarem com os estudos!!! Na aula de hoje vou tratar de algumas questões relacionadas à energia, ao meio ambiente e à tecnologia, pois estes são assuntos que estão sempre correlacionados, não é mesmo? Espero que estejam todos preparados e animados! Então, let’s go ?! ;-) 1 - Recursos naturais: aproveitamento, desperdício e políticas de conservação Bem, amigos, é praticamente impossível falar de aproveitamento, desperdício e, sobretudo, de políticas de conservação dos recursos naturais, sem darmos uma “pincelada” nas principais convenções e protocolos, somente para termos uma ideia de como e quando a preocupação com meio ambiente e desenvolvimento sustentável tornou-se pauta de discussão em quase todo o planeta. Inegavelmente a data de 1972 marcou, sem dúvida alguma, a comunidade internacional, com a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, o que para muitos é considerado o surgimento do Direito Ambiental Internacional . Mas vejamos: após esse evento, em 1987, foi assinado o Tratado de Montreal, que teve como objetivo erradicar gradualmente substâncias nocivas à camada de ozônio. Mas o grande impulso do debate sobre meio ambiente e sustentabilidade aconteceu em 1992, no Rio de Janeiro, com o evento Eco92, onde foram estabelecidas

Aula 04

Embed Size (px)

Citation preview

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    1

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Aula 04 meio ambiente , cincia e tecnologia

    Ol, amigos, tudo bem? Passaram bem a semana e

    estudaram bastante? Espero que sim, e que estejam cheios de

    vontade e energia para continuarem com os estudos!!!

    Na aula de hoje vou tratar de algumas questes

    relacionadas energia, ao meio ambiente e tecnologia, pois estes

    so assuntos que esto sempre correlacionados, no mesmo?

    Espero que estejam todos preparados e animados! Ento,

    lets go ?! ;-)

    1 - Recursos naturais: aproveitamento, desperdcio e polticas

    de conservao

    Bem, amigos, praticamente impossvel falar de

    aproveitamento, desperdcio e, sobretudo, de polticas de

    conservao dos recursos naturais, sem darmos uma pincelada nas

    principais convenes e protocolos, somente para termos uma ideia

    de como e quando a preocupao com meio ambiente e

    desenvolvimento sustentvel tornou-se pauta de discusso em quase

    todo o planeta.

    Inegavelmente a data de 1972 marcou, sem dvida alguma,

    a comunidade internacional, com a Conferncia das Naes Unidas

    sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, o que para muitos

    considerado o surgimento do Direito Ambiental Internacional.

    Mas vejamos: aps esse evento, em 1987, foi assinado o

    Tratado de Montreal, que teve como objetivo erradicar gradualmente

    substncias nocivas camada de oznio. Mas o grande impulso do

    debate sobre meio ambiente e sustentabilidade aconteceu em 1992,

    no Rio de Janeiro, com o evento Eco92, onde foram estabelecidas

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    2

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    duas convenes: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanas

    climticas, e em 2012 quando ocorreu a Rio+20.

    Como deu para perceber, com o intuito de normatizar a

    explorao dos recursos naturais, foi surgindo um conjunto de

    preceitos instituindo direitos e deveres para os diversos atores

    internacionais no que se refere perspectiva ambiental, tendo como

    objetivo a melhoria e a qualidade de vida para as geraes presentes

    e futuras. Em outras palavras, a noo de que o crescimento

    econmico deve levar em considerao a incluso social e a proteo

    ambiental.

    Importante salientar que o nmero de tratados

    internacionais firmados para proteo do meio ambiente

    impressionante, tanto que de 1960 at o ano de 2012 mais de

    30.000 dispositivos jurdicos sobre o meio ambiente foram criados.

    Portanto, o importante disso percebermos que h uma forte

    preocupao internacional com esse tema e, por isso, as

    negociaes internacionais em matria ambiental tm se tornado um

    ponto prioritrio na agenda e nas polticas estatais.

    Entretanto, pessoal, quando vemos tantos tratados e tantas

    leis sobre a mesma coisa, uma certeza podemos ter: algo no est

    funcionando!!!

    A grande dificuldade para que tais negociaes se

    convertam em compromissos rigorosos o impacto no

    desenvolvimento econmico dos pases que a conteno dos recursos

    naturais gera. justamente nesse ponto que h um forte conflito de

    interesses entre o Direito Internacional Ambiental e o Direito

    Internacional Econmico.

    Sem sombra de dvidas, os Estados tm o direito de buscar

    o seu desenvolvimento econmico, entretanto, esse crescimento no

    pode ocorrer custa da degradao ambiental, e a surge um novo

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    3

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    princpio conhecido como Desenvolvimento Sustentvel, conforme

    explicitei anteriormente.

    A definio mais aceita para desenvolvimento sustentvel

    como sendo a melhor maneira de se extrair e utilizar os recursos

    visando ao crescimento e desenvolvimento humano e melhoria da

    qualidade de vida sem comprometer a capacidade de atender s

    necessidades das futuras geraes, ou seja, o desenvolvimento que

    no esgota os recursos para o futuro. Resumindo: "crescer sem

    destruir. Em outras palavras, a noo de que o crescimento

    econmico deve levar em considerao a incluso social e a proteo

    ambiental.

    Desta forma, o desenvolvimento sustentvel depende de

    planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais so

    esgotveis, representando uma nova forma de ver o desenvolvimento

    econmico, a partir de uma perspectiva que leva em conta o meio

    ambiente.

    Professora, possvel existir desenvolvimento e

    sustentabilidade? Ento, eu respondo: Clarooooo! rsrs

    Temos o exemplo da comunidade Ribeirinha e de

    agricultores da Amaznia, cuja principal fonte de renda o

    extrativismo. Baseadas num conhecimento tradicional, as famlias

    exploram produtos diferentes: o primeiro a castanha, fruto de uma

    das rvores mais altas da Amaznia, a castanheira; o outro o ltex,

    extrado das seringueiras nativas e usado na produo de borracha.

    Mas a atividade que vem mais crescendo nos ltimos anos

    extrao do leo de copaba. Estudos indicam que uma copaibeira

    chega a viver mais de 300 anos na floresta, sendo que o uso caseiro

    dos leos da floresta uma tradio que atravessou os sculos na

    Amaznia. Uma riqueza cultural que permanece viva em toda a

    regio. Formado por muitas substncias, o produto eficiente no

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    4

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    combate a germes e tem qualidades aromticas. Por isso, entra na

    fabricao sabonetes, xampus, cremes, perfumes. Apesar de ser

    tradicional, essa atividade s comeou a ganhar flego nos ltimos

    anos. Foi quando os ribeirinhos fundaram uma cooperativa e

    firmaram contrato com uma indstria de cosmticos que passou a

    comprar o leo de maneira regular. Nessa fase, os produtores

    receberam assistncia tcnica e apoio de entidades como a Agncia

    de Desenvolvimento Sustentvel do Amazonas, do governo estadual,

    e esto aproveitando as riquezas da floresta de maneira sustentvel.

    So rvores, sementes, frutos e folhas que se transformam em

    perfumes e produtos de beleza. Alm de melhorar a renda das

    famlias, a atividade ajuda a preservar a floresta. Atualmente,

    17/02/2013, toda produo de leo levada para o galpo da

    cooperativa, em Manicor.

    A partir dessa experincia, podemos perceber a necessidade

    e a possibilidade de um olhar empreendedor no que diz respeito ao

    desenvolvimento econmico e conservao da natureza.

    Beleza! Alguns de vocs devem estar se perguntando: E as

    iniciativas do poder pblico? O que tem sido feito para preservao

    de nossos recursos naturais?

    Bom, meus amigos, ao longo de nossa histria foi possvel

    perceber a degradao ocorrida na floresta amaznica brasileira.

    O Brasil est empenhado na conservao da sua

    biodiversidade. Governo e sociedade se articulam para enfrentar

    juntos um dos maiores desafios da humanidade neste sculo:

    garantir o meio ambiente saudvel para as futuras geraes dentro

    de uma lgica de desenvolvimento sustentvel.

    A Organizao das Naes Unidas (ONU) reconhece o papel

    do Brasil como lder mundial na criao de reas protegidas. Dos 700

    mil km de reas destinadas conservao e uso sustentvel da

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    5

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    biodiversidade criadas em todo o mundo desde 2003, o Brasil

    participa com aproximadamente 75% desse total. A criao de reas

    protegidas considerada pela ONU como uma das principais

    ferramentas de conservao da biodiversidade do planeta.

    Nada melhor que dados oficiais, no mesmo?

    As recentes quedas no desmatamento da Amaznia so

    resultado de uma srie de polticas governamentais para proteger a

    floresta e oferecer alternativas sustentveis para 25 milhes de

    pessoas que vivem na regio. A estratgia baseada em aes

    rgidas de fiscalizao aliadas a um dos sistemas mais eficientes do

    planeta para o monitoramento por satlite de florestas tropicais, que

    permite a deteco do desmatamento em quase tempo real. O

    sistema, que j se tornou referncia internacional, agora ser

    ampliado para outros biomas.

    A formulao da Poltica Nacional da Biodiversidade contou

    com a anuncia de Organizaes No Governamentais (ONGs),

    universidades, comunidades, povos tradicionais e empresrios. Uma

    legislao ambiental avanada complementa o arcabouo que o Brasil

    criou para proteger o meio ambiente.

    Observem como a questo dos recursos naturais, principalmente a

    gua, apareceu em provas!

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    6

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    1 - (FUNIVERSA/PC-DF-Perito/2012) A questo ambiental

    entrou na agenda poltica do mundo contemporneo.

    Governantes, cientistas e organizaes sociais,

    independentemente das posies assumidas, buscam meios de

    aprofundar o conhecimento acerca do tema, como forma de

    subsidiar tomada de decises no enfrentamento do problema.

    Da Conferncia de Estocolmo (1972), passando pela Rio-92 e

    chegando Rio+20, um princpio ecolgico abraado por

    ambientalistas e, sendo emblemtico da luta pela preservao

    da vida, pode ser assim sintetizado:

    A) Aliar desenvolvimento econmico aos limites do planeta desafio

    que diz respeito aos governos de pases emergentes, fugindo da

    alada dos demais Estados e atores sociais.

    B) A preservao de todas as formas de vida no planeta requer o

    imediato retorno s condies de produo existentes no mundo

    antes do advento da Revoluo Industrial.

    C) A volta agricultura de subsistncia, com o abandono das prticas

    econmicas ditadas pelos mercados, condio essencial para o fim

    das emisses de CO2 na atmosfera.

    D) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o

    mundo contemporneo, a exemplo de terremotos e maremotos,

    esto diretamente ligados s atuais mudanas climticas.

    E) A necessria adequao do sistema produtivo capacidade de

    regenerao do planeta implica no consumir nem descartar mais

    produtos que a Terra capaz de suportar.

    COMENTRIOS

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    7

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    A alternativa A exige um rpido comentrio sobre a

    Rio+20 antes de respondermos a questo. A Conferncia das Naes

    Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentvel, Rio+20, foi realizada

    no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, com o

    objetivo de avaliar os avanos desde as conferncias de meio

    ambiente j realizadas e propor novas metas para o desenvolvimento

    sustentvel. Foram discutidos dois temas principais durante a

    conferncia: a economia verde no contexto do desenvolvimento

    sustentvel e da erradicao da pobreza; e a estrutura institucional

    para o desenvolvimento sustentvel. A Rio+20 contou com a

    participao de 190 chefes de estado.

    Bem, agora que j relembramos sobre a Rio+ 20, vamos

    voltar para a alternativa A. Na Rio+20 foram discutidos assuntos

    ambientais, mas tambm se falou sobre erradicao da pobreza, falta

    de moradia, entre outros. Durante esta conferncia aconteceu um

    evento paralelo chamado de Cpula dos Povos, que teve a

    participao da sociedade civil na discusso das propostas. Portanto,

    os temas discutidos envolveram vrios pases e a sociedade como um

    todo, motivo pela qual esta alternativa est errada.

    A alternativa B fala em um retrocesso no tempo que no

    h como imaginar. No existe a mnima possibilidade do mundo hoje

    voltar a ser o que era antes da Revoluo Industrial. Ento, muito

    facilmente podemos classificar essa alternativa como errada.

    A alternativa C est errada por dois motivos: primeiro

    porque impossvel voltar agricultura de subsistncia e segundo

    porque o excesso da emisso de CO est relacionado queima de

    combustveis nas indstrias, nos veculos, entre outros.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    8

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    A alternativa D tambm pode ser classificada como errada

    logo de cara. Dizer que terremotos e maremotos no existiram no

    passado, um grande erro. S para citar um exemplo, em 1755,

    aconteceu em Lisboa um terremoto seguido de maremoto, que quase

    destruiu toda cidade e matou milhares de pessoas.

    A alternativa E est correta e seria marcada como tal, por

    eliminao das anteriores, que, de to lgicas pareciam at

    brincadeira, vocs no acham? De qualquer forma, todos j ouviram

    falar em sustentabilidade. Sem aprofundarmos muito em conceitos,

    basta sabermos que a sustentabilidade est diretamente relacionada

    ao desenvolvimento econmico e material sem agredir o meio

    ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que

    eles se mantenham no futuro. Ou seja, adequar o progresso

    preservao ambiental.

    2 - O texto remete economia sustentvel, ou seja,

    preocupao de investir no conhecimento de modo a promover

    o desenvolvimento sem degradar irreparavelmente o meio

    ambiente. Esta assertiva esta certa ou errada.

    COMENTRIOS

    Se fizermos uma leitura tranquila do enunciado e dessa

    questo, acharemos facilmente a resposta. Economia sustentvel

    justamente a tentativa de conciliao entre o meio ambiente e o

    desenvolvimento, ou seja, no parar o desenvolvimento, mas

    alcan-lo de maneira sustentvel. A assertiva est certa.

    Bom, meus amigos! Vamos entrar em um tema que j foi

    cobrado em concursos anteriores, e bem provvel que aparea nas

    provas.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    9

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Ano Internacional da Cooperao pela gua.

    Vocs sabiam que, em dezembro de 2010, a ONU

    (Organizao das Naes Unidas) declarou o ano de 2013 como o Ano

    Internacional da Cooperao pela gua? Mas, por que professora? De

    onde a ONU tirou essa ideia? Acontecendo tanta coisa mundo afora

    e a ONU preocupada com gua?

    Por isso mesmo, galera! Da o termo cooperao pela gua.

    Vamos entender um pouco sobre a tese da ONU?

    Amigos, do conhecimento de todos ns que o planeta

    dispe de aproximadamente 1,4 bilho de km de gua. E como

    demonstra a figura abaixo, quase toda ela - 97,5% - salgada. Dos

    2,5% de gua doce, mais de 2/3 esto indisponveis para o consumo

    e, igualmente, para a maior parte dos usos industriais, pois esto

    contidos em glaciares e subsolos.

    Pois meus amigos, o xis da questo que, pelas projees da

    ONU, a populao mundial poder chegar, em 2050, a 9,1 bilhes, o

    que, com certeza, acarretar um aumento de 70% na demanda por

    alimentos, e sabemos que a agricultura a atividade que mais

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    10

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    consome gua. Se as previses da ONU se concretizarem, teremos o

    agravante que, at 2035, o consumo de energia dever crescer uma

    mdia de 49%, o que aumentar em 11% o gasto de gua para a sua

    gerao, a produo de biocombustveis dever retirar 20% da gua

    destinada agricultura, e para piorar esse cenrio, temos ainda que

    pensar na possibilidade da elevao da temperatura do planeta que

    est estimada em mais 2C, o que exigir altos investimentos por

    parte do poder pblico em medidas de adaptao dos sistemas de

    distribuio e de preveno a enchentes.

    Bom, galera, dentro deste contexto, gerenciar a gua inclui

    tambm administrar e intermediar interesses e conflitos, sendo que o

    primeiro foco deste ano internacional recai sobre a disputa pelas

    guas fronteirias bacias hidrogrficas e aquferos localizados entre

    dois ou mais pases. Para termos uma ideia, atualmente, em 2013,

    cerca de 150 naes compartilham 276 bacias hidrogrficas e 273

    aquferos, e o que pior que, em muitos casos, isso tem sido feito

    atravs de confrontos armados.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    11

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Ao analisarmos a figura acima na relao gua versus populao,

    podemos perceber claramente as desigualdades distributivas e que se

    acentuam ainda mais, naquelas regies que apresentam maior

    adensamento populacional. Vejam: o continente asitico que detm

    aproximadamente 36% do total dos recursos hdricos disponveis,

    para atender s demandas de mais da metade da populao mundial.

    Tal cenrio nos convida a refletir sobre os temas ligados aos

    recursos hdricos e suas implicaes nas relaes internacionais

    contemporneas, porque para responder s mltiplas exigncias

    internas de um pas, da dessedentao humana gerao de

    energia, so utilizadas guas que no provm exclusivamente de

    dentro das fronteiras nacionais, mas de recursos partilhados com

    outros Estados. Diante desta preocupao, a ONU defende a tese de

    que o acesso gua muito mais vantajoso por meio do dilogo,

    pois o confronto armado alm de politicamente desgastante, tem um

    custo humano e econmico muito elevado.

    Mas, professora, no existem acordos assinados entre

    alguns pases? Eu respondo que sim e ressalto que muitas vezes a

    assinatura no documento no impede o confronto e, alm disso,

    relevante o fato de que dos rios transfronteirios existentes, apenas

    cerca de tem sua utilizao regulamentada por tratados em vigor,

    sendo que mais da metade destes tratados no preveem quaisquer

    mecanismos de soluo de controvrsias.

    Podemos citar o exemplo de Israelenses, jordanianos e

    palestinos que tm diversos tratados assinados nos anos de 1990

    para compartilharem a bacia do rio Jordo. Mas, mesmo assim, Israel

    causou uma crise hdrica na Faixa de Gaza em 2007 e 2008 ao

    impedir a entrada de combustveis e equipamentos para a

    manuteno dos sistemas de gua e esgoto.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    12

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    De outro lado, temos inmeros acordos que se mantm

    mesmo em tempos de guerra, como ocorre com o tratado sobre o rio

    Indo, assinado entre ndia e Paquisto.

    Mas, acertar os pontos de tratados no tarefa fcil, e de

    acordo com a ONU, a tendncia que o nmero de conflitos se eleve,

    visto que o consumo continuar a crescer, e que cerca de 160 bacias

    no so contempladas por acordos para a explorao racional e ou

    compartilhada. Bom meus amigos, espero ter ajudado nesse

    entendimento sobre a preocupao da ONU em dedicar um ano para

    a cooperao pela gua.

    Fonte: http://pct.capes.gov.br/teses/2011/53001010025P6/TES.PDF

    Mas, vamos ver como isso poder ser cobrado em provas?

    2.1 - (CESGRANRIO/CEF/2012-Advogado) Entre 1800 e 2010

    a populao cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1

    bilho para 7 bilhes de habitantes), e a economia (PIB)

    aumentou cerca de 50 vezes. Hoje, pode-se dimensionar o

    impacto do ser humano na Terra por meio de uma metodologia

    utilizada para medir as quantidades de terra e de gua (em

    termos de hectares globais gha) que seriam necessrias

    para sustentar o consumo atual da populao.

    ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n.

    2196, dez. 2010, p. 24. Adaptado.

    1) No contexto da sustentabilidade planetria, a metodologia acima

    denominada

    (A) agroecologia

    (B) biorremediao

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    13

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    (C) controle biolgico

    (D) manejo ambiental

    (E) pegada ecolgica

    COMENTRIOS

    A expresso pegada ecolgica uma traduo do ingls

    ecological footprint e se refere quantidade de terra e gua que

    seriam necessrias para sustentar as geraes atuais. Vamos

    aproveitar e recordarmos os outros termos citados. A agroecologia se

    refere ao equilbrio integrado entre a agricultura e o meio ambiente.

    A biorremediao o processo no qual os organismos vivos so

    utilizados para remover ou diminuir os poluentes do ambiente. J o

    controle biolgico o fenmeno que acontece espontaneamente na

    natureza e consiste na regulao do nmero de plantas e animais por

    inimigos naturais. E, finalmente, manejo ambiental conjunto de

    intervenes para promover a preservao biolgica.

    (CESPE/IBAMA/2012) Apontada por ambientalistas como a

    caixa dgua do Pantanal, a regio das nascentes do Rio

    Paraguai, em Mato Grosso, sofre h quarenta anos um

    processo de degradao que pode ser alvo de investigao. O

    Instituto Homem Pantaneiro (IHP) denunciou ao Ministrio

    Pblico Federal a ameaa ao bioma que se mantm como o

    mais preservado do pas, com quase 85% de sua rea original.

    O IHP comprovou o desmatamento ilegal nas reas prximas

    s cabeceiras e acusou os efeitos da extrao mineral e do uso

    intensivo do solo para agropecuria, mesmo em rea de

    proteo ambiental.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    14

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    O Estado de S. Paulo, 2/9/2012, p. A25 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando aspectos

    relativos ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentvel e

    ecologia, julgue os itens seguintes.

    2.2 (CESPE/IBAMA/2012) O exemplo do rio Taquari, no

    extremo sul de Mato Grosso, usado como alerta para o que

    pode ocorrer com o rio Paraguai: o termo taquarizao

    surgiu para evidenciar os efeitos da degradao de nascentes,

    processo assinalado pelas grandes eroses e do qual

    decorreram o comprometimento do lenol fretico e a perda

    da hidrologia da regio.

    COMENTRIOS

    Oi, pessoal, antes de respondermos a esta pergunta, vai

    uma dica. A banca responsvel por esta prova, o CESPE, gosta de

    temas bem atuais mesmo. Deem uma olhadinha na data desta

    reportagem: foi em setembro 2012 e a prova em outubro 2012.

    Portanto, fiquem atentos aos fatos importantes e bem atuais. Bem,

    agora vamos falar um pouco sobre o Rio Taquari e sua degradao.

    Para isso, vou usar informaes contidas na reportagem do

    enunciado, pois atravs dela possvel resolver esta questo.

    Quando falamos em taquarizao estamos falando sobre o processo

    que ameaa o Pantanal como um todo, devido aos efeitos da

    degradao das nascentes. Como isso acontece? Bem, depois de anos

    de mau uso do solo no Alto Taquari, uma rea de 700 quilmetros de

    rio acabou praticamente soterrada por enormes bancos de areia.

    Assim, com o lenol fretico comprometido, os sedimentos foram

    sendo levados pelo rio, que foi morrendo aos poucos. Outro fator da

    degradao foi o uso intensivo do solo para a pecuria agravado pela

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    15

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    baixa tecnologia utilizada pelos produtores de gado locais, que no

    tm acesso a tcnicas modernas de manejo. Utilizando modos

    rudimentares, os produtores de gado enfraqueceram ainda mais o

    solo j deficiente da regio. Com isso, provocaram grandes cicatrizes

    chamadas voorocas - termo cientfico para as eroses que atingem o

    lenol fretico. O assoreamento se estendeu aos outros pontos e

    prejudicou a fauna e a flora de todo o Rio Taquari - plantaes

    ribeirinhas foram afogadas e algumas espcies de peixes, impedidas

    de se reproduzir. Segundo pesquisas, em uma dcada, o Rio Taquari

    diminuiu de 485 toneladas para 62 toneladas o volume de pescado. A

    estimativa de que o total de reas inundadas chegue a 11 mil

    quilmetros quadrados. A degradao do Alto Taquari se intensificou

    desde o comeo da dcada passada, mas o rio levou 30 anos para

    morrer. Outros rios podem demorar mais por ter uma melhor

    qualidade de solo, mas essa situao pode se repetir. o que se

    teme em relao ao Rio Paraguai, logo a assertiva est correta.

    RIO + 20

    A Conferncia das Naes Unidas sobre

    Desenvolvimento Sustentvel, conhecida Rio+20, aconteceu na

    cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.

    Mas, antes de entrarmos no assunto em si, ser que algum de vocs

    saberia me responder por que a Conferncia ficou conhecida por este

    nome?

    O batismo de Rio+20 foi feito em comemorao aos 20 anos

    da realizao da Conferncia das Naes Unidas sobre Meio

    Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Portanto, pessoal, no

    titubeiem quando virem alguma referncia que faa ligao de uma

    conferncia com a outra, ok?

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    16

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    A realizao dessa Conferncia aqui no Brasil estava

    aprovada desde 2009, pela Assembleia Geral das Naes Unidas. O

    objetivo central era a renovao do compromisso poltico com o

    desenvolvimento sustentvel, avaliando o progresso e as lacunas das

    decises tomadas nas principais cpulas mundiais sobre este tema.

    Algo importante de se constatar que a Rio+20, assim

    como outras conferncias espalhadas pelo mundo, no criou muito

    otimismo de sair com grandes resolues e que trouxessem

    mudanas significativas para o Desenvolvimento Sustentvel. Mas,

    apesar das inmeras crticas que a conferencia recebeu, a boa notcia

    que a Rio+20 deixou um legado positivo - que vai alm do

    documento tcnico da conferncia:

    A Rio+20 abriu o caminho para novas discusses e

    para a popularizao dos debates sobre

    sustentabilidade para um pblico maior que o de

    ambientalistas. Como exemplo de novas discusses

    que esto em aberto e caminhando, podemos citar a

    definio de metas ESPECFICAS para os pases em

    termos de desenvolvimento sustentvel.

    Nesse sentido, pessoal, a Rio+20 deu o pontap inicial em

    um processo que deve ser concludo at 2015, ou seja, a definio

    dos objetivos de Desenvolvimento Sustentvel da ONU. Alm disso,

    criou-se espao para a discusso e construo de um novo tratado

    sobre o clima e uma nova regulamentao de proteo aos oceanos.

    A ento ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,

    destacou que os principais pontos de progresso da Rio+20 foram:

    A discusso para criar um novo indicador para substituir o

    Produto Interno Bruto (PIB);

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    17

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    O fortalecimento do rgo da ONU para o Meio Ambiente, o

    PNUMA;

    O debate sobre consumo sustentvel;

    A criao do Rio+, que seria um centro de excelncia de

    debates, localizado no Rio de Janeiro, para analisar o

    desenvolvimento sustentvel e manter ligaes com a ONU.

    Como podemos observar , ao contrrio do que muita gente

    esperava, a conferncia teve uma conotao abstrata muito grande,

    desagradando a muitos que esperavam a efetivao de determinadas

    polticas ambientais. Portanto, pessoal, as avaliaes sobre a Rio+20

    nem sempre so vistas com o otimismo da nossa ministra, no

    mesmo?

    As crticas j estavam por toda a parte desde antes da

    realizao da conferncia e continuaram sendo veiculadas nas mdias

    como forma de despertar o interesse crtico do pblico geral.

    Assim, uma das principais questes levantadas diz respeito

    formulao de muitos documentos que falam sobre a criao de

    fundos bilionrios para o desenvolvimento sustentvel, mas que no

    dialogam, por exemplo, com a explorao de petrleo nos pases

    africanos - que em muito colaborou para a retirada de milhares de

    pessoas da situao da misria.

    Alm disso, muitos dizem que a Rio+20 apresentou

    resultados tmidos, colocando a economia verde apenas como um dos

    muitos caminhos rumo ao desenvolvimento sustentvel. Outros

    afirmam que os avanos no foram grandes e houve, mais uma vez,

    promessas adiadas, ou seja, o documento no mostrou quase

    nenhum avano.

    Pois , meus amigos, a Rio+20 acabou entre elogios e

    crticas e mais uma vez mostrou como o tema meio ambiente e

    desenvolvimento sustentvel complexo e aparentemente infinito.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    18

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Assim, ao mesmo tempo em que podemos observar coisas boas,

    tambm podemos concluir que necessrio avanar na resoluo de

    polticas efetivas que definam regras para o Desenvolvimento

    Sustentvel.

    3 -(Questo indita) "O Brasil ficou responsvel por construir

    um consenso possvel. O consenso possvel um ponto de

    partida e no de chegada. Isso no significa que a partir da os

    pases no possam ter suas prprias polticas, afirmou a

    presidente Dilma Rousseff a respeito da Rio+20 que aconteceu

    no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.

    http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/dilma-diz-que-

    documento- final-da-rio20-e-ponto-de-partida.html (com adaptaes)

    Sobre a Conferncia das Naes Unidas sobre

    Desenvolvimento Sustentvel, Rio+20, podemos afirmar que:

    a) A escolha do Brasil como sede do evento foi devido ao fato de o

    pas ainda no ter sediado um evento de tal magnitude que tratasse

    sobre meio ambiente.

    b) O documento final da Rio+20 gerou grande contentamento entre o

    pblico especializado e geral, pois definiu grandes avanos sobre o

    desenvolvimento sustentvel.

    c) A realizao da conferncia no Rio de Janeiro deu maior

    visibilidade para a cidade e para o Brasil. Mas, dentre os pontos

    negativos do encontro, as comisses estrangeiras reclamaram dos

    altos preos e do trnsito.

    d) O nome Rio+20 foi escolhido por causa dos 20 pontos que seriam

    discutidos no encontro.

    COMENTRIOS

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    19

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Fcil, fcil, heim pessoal? Uma pequena lida na aula e a resposta

    salta aos olhos!

    Bom, vamos discutir ponto a ponto para que no fique

    nenhuma dvida.

    A letra A est errada. L no incio, quando eu comecei a

    falar da Rio+20, eu disse que esse nome era devido ao fato de se

    estar completando 20 anos da Rio-92, certo? Ento, s essa

    explicao j basta pra desmentir a assertiva A.

    A letra B est errada. Passando os olhos pelos noticirios

    sobre a conferncia vemos que a afirmativa mente. H controvrsias

    sobre os resultados da Rio+20. Uns afirmam que houve avanos,

    outros defendem que as promessas no geraram avanos. O prprio

    documento apresentou uma srie de questes que ainda devem ser

    discutidas para depois gerarem resultados. Portanto, a assertiva

    est errada.

    A letra C est certa. A realizao desse evento no Rio, e

    tambm os prximos eventos que esto programados para

    acontecerem no Brasil, do grande visibilidade internacional para o

    pas. A conferncia que aconteceu no Rio em junho no foi diferente e

    mostrou para o mundo um pouco do que o pas tem a oferecer.

    De um modo geral, os visitantes afirmaram que voltariam

    ao pas e elogiaram a beleza da cidade. Mas, em contrapartida, as

    comisses internacionais reclamaram dos altos preos de

    hospedagem, alimentao, etc. Por fim, o que no poderia ser

    diferente tendo em vista o cenrio conturbado do trnsito em nossas

    grandes metrpoles, houve muita reclamao a respeito da lentido e

    desorganizao do trnsito no Rio.

    A letra D est errada. Como eu j afirmei nos comentrios

    e no prprio texto da aula, o nome Rio+20 foi devido aos 20 anos do

    Rio-92.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    20

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    4 - (ESAF/MIT -2012) A questo ambiental entrou na agenda

    do mundo contemporneo, notadamente a partir do fim da

    Segunda Guerra Mundial. A Organizao das Naes Unidas

    (ONU) organiza ou chancela encontros globais para a

    discusso mais aprofundada do tema, a exemplo da Eco- 92,

    ocasio em que se elaborou a Agenda 21. Em 2012, o Brasil

    sediou mais um desses fruns mundiais, dedicado ao

    desenvolvimento sustentvel e ao combate pobreza,

    conhecido como:

    A- Vida e Natureza

    B- Planeta Sustentvel

    C- Amaznia Verde

    D- SP 2012

    E- Rio +20

    COMENTRIOS

    Bem, amigos, essa aqui a banca deu de lambuja no

    concurso, n? Tinha que estar muiiiiito desatualizado pra errar uma

    questo como essa o que no ser o problema de nenhum de

    vocs, ok? A resposta correta a letra E.

    5 - (CESPE/TJ-RR/2012) Vinte anos antes da realizao da

    Conferncia das Naes Unidas para o Desenvolvimento

    Sustentvel a Rio+20 , a Conferncia das Naes Unidas

    sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada

    informalmente de Rio-92, tornou conhecido o termo

    sustentabilidade, at ento empregado em meios restritos por

    ambientalistas e cientistas que frequentavam simpsios

    internacionais e realizavam estudos especficos sobre temas

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    21

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    como a emisso de gases de efeito estufa na atmosfera, a

    destruio das florestas e as mudanas climticas.

    Os desafios do desenvolvimento e da sustentabilidade.

    In: O Globo, 29/6/2012, p. 2 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando os

    diferentes aspectos que ele suscita, julgue os itens que se

    seguem.

    (CESPE/TJ-RR/2012) Antes da Rio+20, conferncia que

    marcou os vinte anos da Rio-92, outras conferncias mundiais

    para a discusso da questo ambiental foram promovidas pela

    Organizao das Naes Unidas em diversos continentes,

    como a chamada Rio+10, em Johanesburgo, na frica do Sul,

    dedicada, entre outros assuntos, avaliao do cumprimento

    dos compromissos firmados em 1992, no Rio de Janeiro.

    COMENTRIOS

    Bem, pessoal, esta questo relativamente fcil devido a

    grande divulgao na mdia sobre o tema. Mas, como no podemos

    perder a oportunidade, vamos falar um pouquinho sobre as

    conferncias mundiais promovidas pela ONU para tratar de assuntos

    ambientais. O primeiro grande evento foi realizado em Estocolmo, na

    Sucia, em 1972. Em 1982 ocorreu um novo encontro, em Nairbi,

    no Qunia. O Brasil sediou uma conferncia, organizada na cidade do

    Rio de Janeiro, em 1992, cujo evento ficou conhecido como Eco-92.

    Aps 10 anos, foi realizada em Johanesburgo, na frica do Sul, a

    Cpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentvel, conhecida

    como Rio+10, que alm de reforar aspectos relacionados

    preservao ambiental, que foram discutidos na Eco-92 ou Rio-92,

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    22

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    tambm tratou de assuntos sociais. Portanto, a assertiva est

    correta.

    6 - (CESPE/TJ-RR/2012) Constataes como a de que os

    pases desenvolvidos tm responsabilidade na poluio do

    planeta e a de que os pases pobres necessitam receber dos

    pases mais ricos apoio financeiro, tecnolgico e humanitrio

    para superarem a misria e iniciarem um processo seguro de

    desenvolvimento econmico, includas nos documentos

    produzidos durante a Rio-92, esto na origem das discusses

    promovidas na Rio+20 sobre os temas economia verde no

    contexto do desenvolvimento sustentvel e erradicao da

    pobreza.

    COMENTRIOS

    Vamos recordar um pouco sobre a Rio-92? A ECO-92 ou

    Rio-92 aconteceu no Rio de Janeiro de 03 a 14 de junho de 1992 e

    contou com a presena de lderes mundiais para discutir medidas que

    promovam o progresso aliado preservao do meio ambiente nas

    prximas dcadas. Entre os principais temas constam: economia

    verde e cooperao global, sendo que o primeiro trata de um modelo

    de crescimento econmico baseado na baixa emisso de carbono e no

    uso inteligente dos recursos naturais., o que depende, por sua vez,

    de uma organizao entre os pases para garantir que os protocolos

    sejam seguidos por todos os governos. Fizeram um balano tanto dos

    problemas existentes quanto dos progressos realizados e tambm

    elaboraram documentos importantes sobre questes ambientais.

    Entre esses documentos, temos a Agenda 21, que um acordo

    estabelecido entre 179 pases para a elaborao de estratgias para o

    alcance do desenvolvimento sustentvel e para melhoria de condies

    sociais e econmicas. O aprofundamento dessas discusses resultou

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    23

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    na elaborao do Protocolo de Kyoto, de 1997, que objetiva a

    reduo da emisso de gases intensificadores do efeito de estufa.

    Porm, muitos pases desenvolvidos e em desenvolvimento, em

    virtude do modelo de produo e consumo estabelecido, no

    colocaram em prtica as polticas ambientais elaboradas durante

    esses eventos, intensificando o aquecimento global. Bem, essas

    informaes esto indiretamente ligadas a esta questo e falar sobre

    elas tambm uma forma de estudo e aprendizagem. Bem, agora

    que as informaes foram dadas, vamos falar sobre a questo

    propriamente dita. Todas as afirmativas citadas na questo esto

    corretas, inclusive o que diz respeito erradicao da pobreza, que

    no est ligada questo ambiental, mas que tambm um dos

    objetivos dessas conferncias. Sendo assim, a assertiva est

    correta.

    7 - Um dos principais dilemas a serem enfrentados por muitos

    pases nos dias de hoje o de conciliar metas de longo prazo,

    como a reduo das emisses de gases poluentes e do

    consumo, com a necessidade de estimular a economia no

    curto prazo para a gerao de emprego e renda s populaes.

    COMENTRIOS

    Bem, amigos, esta questo tambm muito tranquila e por

    ser to lgica j mostra que est correta. Um dos assuntos tratados

    pelo Protocolo de Kyoto justamente sobre a emisso de gases

    poluentes pelos pases desenvolvidos e sobre a necessidade de

    controle entre produo e preservao do meio ambiente. Portanto, a

    assertiva est correta.

    O novo cdigo florestal

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    24

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Bem, amigos, em meio a todo o debate internacional sobre

    meio ambiente aqui no Brasil ressurgiu (e finalmente conseguiu ser

    votado) um dos assuntos nacionais mais importantes no que diz

    respeito a esse tema: o Novo Cdigo Florestal.

    Esse cdigo o conjunto de regras que regulamenta todas

    as prticas que se referem utilizao do meio ambiente no Brasil.

    ele que determina o que se pode desmatar e o que,

    obrigatoriamente, deve ser preservado e protegido pelos produtores,

    ou seja, ele define as formas e propores da preservao do meio

    ambiente mesmo dentro das propriedades rurais.

    E por que essa discusso agora?

    No segredo para nenhum de ns que atualmente existe,

    inclusive, uma autocobrana no sentido de adotarmos prticas dirias

    que contribuam para a o meio ambiente ou que o degradem o

    mnimo possvel, no mesmo? Pois bem, pensando em termos

    macro essa cobrana chegou s esferas pblicas brasileiras e, na

    noite de 24 de maio de 2012, foi aprovado, na Cmara dos

    Deputados, o texto do novo Cdigo Florestal Brasileiro.

    Na verdade, essa no uma discusso to recente quanto

    se imagina, pois h mais de dez anos de discusses e depois de trs

    tentativas mal sucedidas, foi que esse novo texto foi aprovado pelos

    deputados.

    Com essa onda verde, em que todos os pases do mundo

    voltam suas atenes para a preservao ambiental, a discusso

    sobre a nossa legislao florestal no pde mais ser adiada, como

    vinha sendo feito.

    O ponto chave do governo na discusso sobre o novo texto

    do Cdigo Florestal girava justamente em torno de incluir punies

    mais rigorosas para quem reincidisse em crimes ambientais.

    Todavia, outros pontos tambm geraram muitas discusses como as

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    25

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    reas de preservao permanentes (APPs) e iseno aos

    pequenos produtores da obrigatoriedade de recomporem a

    reserva legal.

    Enfim, as mudanas que estavam em discusso sobre a

    atualizao do Cdigo foram votadas mesmo sem que houvesse um

    consenso entre as partes diretamente envolvidas, ou seja, os

    ruralistas, os ambientalistas e pequenos produtores.

    Como j era de se esperar, cada setor tinha suas prprias

    reivindicaes, que so, na grande maioria das vezes, dissonantes.

    Tal divergncia de interesses o grande entrave de todo o processo

    de aprovao da norma.

    O texto aprovado pelos deputados acabou

    agradando bastante a bancada ruralista, j que

    anistiou todos os produtores rurais que

    desmataram at 2008, diminuiu as reas de

    vegetao nativa em encostas e retirou a proteo a

    reas mais sensveis, como os mangues.

    O texto do Novo Cdigo foi votado em 2011 na Cmara dos

    Deputados e tambm no Senado Federal, onde sofreu modificaes,

    voltando a ser analisado na Cmara em 2012, onde obteve

    inicialmente 12 vetos pela presidente Dilma.

    Vocs sabiam que o atual cdigo em vigor ainda era o de

    1965 e contava apenas com algumas modificaes? Pois , queridos,

    ele estava mesmo precisando de uma atualizada, n?

    E finalmente, em 18/10/12, a presidente Dilma converteu a

    MP 571/12 na Lei 12.727/12 contendo nove vetos.

    O principal veto retira do texto a flexibilizao que os

    parlamentares queriam para a recuperao de reas de preservao

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    26

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    permanente (APPs) nas margens de rios. Veremos isso nos quadros

    abaixo!

    Apesar de eu acreditar ser improvvel que cobrem pontos

    especficos desse cdigo podemos reforar aqui alguns tpicos de

    maior relevncia do Novo Cdigo Florestal, que agora uma lei

    meeeesmo e que h uma segurana jurdica sobre todos os pontos

    que foram revistos. Dentre eles podemos destacar:

    A recomposio mnima exigida pela legislao para

    recomposio da rea de Preservao

    Fonte: Imprensa Coasul - 22/10/2012

    O mdulo fiscal varia entre cinco e 100 hectares, de acordo com o municpio. Na

    Amaznia, por exemplo, ele ocupa, em mdia, 76

    hectares. Na capital paulista, um mdulo equivale

    a cinco hectares.

    - Cadastro Ambiental Rural (CAR) - O cadastramento de

    propriedades familiares ser facilitado, ficando a cargo do rgo

    ambiental a realizao de procedimentos mais dispendiosos, como a

    captao das coordenadas geogrficas para, por exemplo, a

    delimitao de reserva legal.

    Reserva Legal: As propriedades com at quatro mdulos

    fiscais que no tiverem o montante de reserva legal exigido por lei

    no sero obrigadas a fazer a recomposio, mas devero averbar

    como reserva a parcela de mata nativa existente em julho de 2008.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    27

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Encostas e topo de morros: A redao aprovada consolida

    plantaes em encostas e topos de morros, definidas como APP,

    entre elas: caf, ma, uva e fumo. No permitindo, no entanto,

    novos desmatamentos nessas reas.

    A medida no permite novos desmatamentos nas reas

    Urbanas e Rurais. As vrzeas so consideradas reas de

    Preservao Permanente (APP), em zonas rurais ou urbanas. E todas

    as propriedades tero de respeitar o afastamento exigido pela Lei,

    conforme o tamanho da propriedade.

    Plantio de espcies frutferas e exticas: No

    permitido o plantio de espcies frutferas ou exticas livremente. Para

    que sejam plantadas estas espcies, at o limite de 50% da rea a

    ser reflorestada, ser necessria autorizao prvia dos rgos

    ambientais estaduais ou municipais.

    Bom, pessoal, confiram nos quadros abaixo, o que foi

    proposto na MP 571/12, e o consolidado na Lei 12.727/12 com os

    vetos presidenciais. Fonte: Mnica Breda Consultora/ Advogada -STCP Engenharia de Projetos Ltda. http://www.stcp.com.br/upload/fck/M%C3%B4nica_Breda_Mudancas_Novo_Codigo_Florestal.

    Como pudemos ver, o pas conta agora com um marco regulatrio

    para o setor produtivo e ambiental, que abre caminho para o

    enfrentamento de novos desafios. Sabemos que este texto que

    regula as florestas no Brasil, quando colocado em prtica,

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    28

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    seguramente exigir adequaes em aspectos que somente sero

    evidenciados no dia a dia da sua implantao.

    Vejam a cobrana desse assunto em prova!

    8 (Questo indita/2013) Com relao Lei 12.727/12

    correto afirmar que:

    A - Foi editada em maio pela presidenta Dilma, e continha 12 vetos.

    B - A presidenta Dilma e imps 09 vetos na MP 571/12.

    C - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 12 vetos feitos pela

    Presidenta.

    D - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 09 vetos feitos pela

    Presidenta.

    COMENTRIOS

    Uma leitura bem atenta da aula e essa foi de graa, n

    mesmo?. Um pouco maliciosa, pois, foram tantas idas e vindas de um

    lado para o outro at ser convertida em Lei que d para confundir se

    estamos falando da MP que teve 12 vetos ou da Lei 12.727/12 que

    teve 09 vetos pela presidenta. A correta a letra D.

    O pr-sal e o novo marco regulatrio

    Bem, pessoal, esse outro assunto muito importante, mas

    que no tem sido muito cobrado nas provas dos ltimos concursos.

    De todo modo, no poderamos deixar de falar aqui da descoberta

    que j varia de alegrias a inmeros protestos: o pr-sal.

    Pr-sal o nome que foi dado s reservas de

    hidrocarbonetos em rochas calcrias que se localizam abaixo de

    camadas de sal. E o que isso exatamente? Resumindo, petrleo

    descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    29

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    do nvel do mar. uma camada de aproximadamente 800

    quilmetros de extenso por 200 quilmetros de largura, que vai do

    litoral de Santa Catarina ao do Esprito Santo, ou seja, grande at

    perder de vista!

    A discusso sobre a existncia de uma reserva petrolfera na

    camada pr-sal ocorre desde a dcada de 1970, quando gelogos da

    Petrobrs acreditavam nesse fato, porm, no possuam tecnologia

    suficiente para a realizao de pesquisas mais avanadas, fato que

    com todo esse avano tecnolgico no foi difcil constatar. Para

    podermos visualizar o quo profundo se localiza o petrleo e como

    ser difcil explorar essa rea, vejamos a figura a seguir:

    Localizao da camada Pr-sal

    Para extrair o leo e o gs da camada pr-sal, ser

    necessrio ultrapassar a gua de mais de 2.000m, uma camada de

    1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal,

    ou seja, demanda tempo e dinheiro, muito dinheiro!

    A descoberta de reservas de petrleo e gs natural, pela

    Petrobras, na camada pr-sal, um assunto bastante relevante para

    o Brasil do ponto de vista estratgico. Todos ns sabemos que o

    petrleo uma fonte de energia no renovvel e que no futuro a sua

    escassez poder ser responsvel por grave crise energtica. No h

    consenso entre os cientistas sobre quanto tempo ainda temos de

    utilizao de petrleo, mas h os que afirmam que dentro de mais 30

    anos no haver mais reservas desse hidrocarboneto.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    30

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Nesse sentido, ter reservas de petrleo em larga escala

    uma grande vantagem geopoltica para um pas. Conforme o governo

    brasileiro j se posicionou, o petrleo na camada pr-sal ir aumentar

    a importncia econmica e poltica do pas no cenrio internacional.

    Alm disso, ser importante para proporcionar saldos positivos

    balana comercial brasileira e gerar empregos.

    Em relao aos volumes das reservas de petrleo e gs

    natural na camada pr-sal, ainda no existe uma estimativa segura.

    Todavia, possvel que existam reservas de 50 a 100 bilhes de

    barris, quantidade que colocaria o Brasil na condio de um dos

    maiores produtores e exportadores de petrleo e derivados do

    mundo.

    Algumas ideias importantes que precisamos saber sobre o

    pr-sal:

    A extrao de petrleo deve ser feita de forma sustentvel e

    economicamente vivel.

    Se a extrao for feita de forma muito acelerada, h o risco de que

    as reservas de petrleo e gs natural se esgotem rapidamente.

    Alm disso, caso haja exportao em demasia desse petrleo,

    poder haver uma sobrevalorizao do real, o que prejudicar as

    exportaes e facilitar as importaes. Esse fenmeno

    conhecido como doena holandesa.

    Para a extrao do pr-sal, haver necessidade de volumosos

    recursos destinados pesquisa e ao desenvolvimento para

    viabilizar a explorao em guas ultraprofundas.

    Vocs j ouviram falar da maldio do petrleo?

    Segundo alguns estudiosos, quando um pas possui grande

    disponibilidade de recursos advindos do petrleo, h um desestmulo

    ao desenvolvimento econmico e poltico. Isso porque com recursos

    em abundncia, no h incentivos para que o governo invista em

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    31

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    desenvolvimento de tecnologia e formao de recursos humanos.

    Alm disso, a sobrevalorizao do cmbio dificulta o desenvolvimento

    de outros setores e a economia do pas torna-se refm da volatilidade

    do preo do petrleo no mercado internacional. E o que o Brasil est

    fazendo para evitar a temida maldio do petrleo?

    Tendo em vista a destinao dos recursos do pr-sal ao

    desenvolvimento econmico e social do Brasil, o governo est

    trabalhando na formulao de um novo marco regulatrio para sua

    explorao. O modelo utilizado atualmente para a explorao de

    petrleo o de concesso. Por meio desse modelo, todo petrleo e o

    gs natural produzido de propriedade da empresa concessionria

    (que pode ser a Petrobras ou outra!), sendo a remunerao do

    governo feita essencialmente sob a forma de royalties e participao

    especial. O modelo proposto pelo governo (que ainda no foi

    aprovado!) o de partilha. Por meio desse modelo, parte do petrleo

    produzido da empresa e parte do governo. Dessa forma, a

    remunerao do ente pblico dar-se- por intermdio de participao

    na receita gerada pela venda.

    O modelo de concesso era justificado por um cenrio em

    que o risco exploratrio era elevado, o qual era compensado por meio

    de vantagens econmicas (maiores lucros) ofertadas s empresas. O

    modelo de partilha, por sua vez, surge em um cenrio em que o risco

    exploratrio , a princpio, baixo. Logo, a remunerao das empresas

    ser menor! Alm disso, o modelo de partilha proporcionar ao

    governo maior controle dos recursos oriundos do pr-sal.

    Recentemente foi aprovada pelo Senado Federal a criao

    da Pr-Sal Petrleo S/A, estatal que ser responsvel por controlar e

    fiscalizar a explorao do petrleo do pr-sal. O novo marco

    regulatrio do pr-sal estabelece, ainda, que ser constitudo um

    Fundo Social para o qual ser destinada a receita decorrente da

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    32

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    comercializao do petrleo, do gs natural e de outros

    hidrocarbonetos da Unio. A maior controvrsia existente em

    relao destinao desses recursos.

    Outra controvrsia existente no novo marco regulatrio do

    pr-sal acerca do pagamento de royalties.

    Vamos entender porque a lei dos royalties to polmica, e

    o que vem sendo discutido sobre esse assunto.

    Da forma como saiu aprovada do Senado, a lei dos royalties

    irritou municpios e Estados no produtores. Isso porque a lei prev

    redividir no s recursos de contratos futuros, como alterar tambm

    os de contratos antigos. S para facilitar o entendimento, vamos

    definir o que vem a ser um royalty. Royalty so tributos pagos

    mensalmente ao governo federal pelas empresas que extraem

    petrleo, como compensao por danos ambientais causados pela

    atividade. No caso do setor de petrleo, trata-se de um valor cobrado

    da concessionria que explora os campos, baseado em sua produo.

    O montante pago Unio, que repassa parte dos recursos a

    Estados e municpios segundo propores estabelecidas na legislao.

    At a aprovao da nova diviso dos royalties pelo Congresso, em

    novembro de 2012, os municpios e Estados produtores recebiam a

    maior parcela dos royalties e participaes especiais (tributo pago

    pelas empresas pela explorao de grandes campos de petrleo). A

    presidenta Dilma, no entanto, decidiu vetar alguns artigos da nova

    lei, entre os quais, a rediviso dos royalties para contratos j

    vigentes. Ela tambm determinou aos beneficirios desses recursos

    que invistam 100% da renda obtida, a partir deles, em educao. A

    inteno tratar os dois assuntos, PNE e royalties, de forma casada

    para assegurar novos recursos para a educao.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    33

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    O que prev a nova lei dos royalties? O texto-base do

    projeto, oriundo do Senado, redistribuiu os recursos provenientes da

    explorao do petrleo entre Unio, Estados e municpios de forma

    escalonada at 2020, diminuindo a parcela direcionada aos

    produtores e, em contrapartida, aumentando o repasse aos no

    produtores.

    Por que h tanto interesse na lei dos royalties? O

    interesse est no montante arrecadado com os recursos provenientes

    da matria-prima, que tendem a se multiplicar nos prximos anos,

    sobretudo com a explorao do pr-sal, considerado a nova fronteira

    energtica do Brasil.

    De onde que surgiu a vontade de mudar essa lei? A

    partir de 2007, quando o Brasil anunciou a descoberta de grandes

    reservas do chamado "pr-sal", o governo Lula passou a defender

    novas regras para a explorao de petrleo no pas. Em agosto de

    2009, o presidente Lula apresentou quatro projetos para mudanas

    no setor, sendo um deles na redistribuio dos royalties. Na ocasio,

    o ento presidente tambm props a mudana do modelo de

    explorao do pr-sal, de concesso (quando o governo faz um leilo

    e ganha o consrcio que der o maior lance) para o de partilha (por

    meio do qual a Petrobras operadora nica e possui uma fatia de

    30% de todos os blocos).

    Com referncia destinao dos royalties, a presidenta

    Dilma Rousseff publicou em edio extra do Dirio Oficial da Unio,

    (03/12/12) nova medida provisria destinando 100% dos royalties do

    petrleo para a Educao. A determinao vale para futuros

    contratos em regime de concesso. A medida ainda aguardou

    votao e foi analisada pelos parlamentares em maro de 2013,

    quando teria seu prazo de validade expirado.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    34

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    No sistema de partilha, em que a explorao das reservas dividia

    entre empresas e Unio, a Educao ficar com 50% dos

    rendimentos do Fundo Social do Pr-sal.

    Com os vetos da presidenta, os Estados e municpios

    produtores continuaro recebendo os mesmos percentuais dos

    contratos no regime de concesso j firmados.

    Vejam como ficar a distribuio dos royalties em novos contratos:

    - Estados produtores, que recebem 26,25% de concesso no mar,

    recebero 20% a partir de 2013.

    - Municpios produtores, que atualmente recebem 26,25%, recebero

    15% a partir de 2013. Percentual que dever ser reduzido

    gradativamente at 4% em 2020. Municpios afetados pelas

    operaes de embarque e desembarque de hidrocarbonetos

    recebero 3% entre 2013 e 2016, e, a partir da, 2%.

    - O Fundo Especial, a ser distribudo entre Estados e o Distrito

    Federal, passa a ser de 21% em 2013, sendo elevado gradativamente

    at chegar fatia de 27%.

    - O Fundo Especial, a ser distribudo entre municpios, tambm passa

    a ser de 21% a partir de 2013.

    Os percentuais defendidos pelos congressistas para a

    distribuio dos recursos foram mantidos, mas a nova diviso s vale

    para contratos firmados a partir do dia 03/12/2012. Com a nova

    diviso, Estados e municpios no produtores tambm passam a

    receber recursos de royalties do pr-sal.

    Podemos perceber que a coisa est andando. Mais um

    exemplo desses avanos, que o Instituto Brasileiro do Meio

    Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) concedeu, em

    meados de setembro de 2012, aquela que dever ser a sua mais

    importante licena ambiental deste ano: a Licena Prvia requerida

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    35

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    pela Petrobras para iniciar a produo e o escoamento de petrleo e

    gs natural de campos do polo pr-sal da Bacia de Santos (Etapa 1).

    Com a emisso dessa licena, o rgo ambiental deu sinal

    claro sobre a viabilidade de explorao, a qual dever se iniciar em

    breve, uma vez que a licena de instalao j foi emitida.

    Bom salientar que a explorao do pr-sal s comeou em

    blocos j licitados (27% do total) - onde tambm h explorao de

    ps-sal e sob o regime antigo, de concesso. Segundo a Petrobras, o

    pr-sal j equivale a 10% da produo nacional, ou,

    aproximadamente, 200 mil barris dirios. A companhia diz que entre

    janeiro de 2011 e novembro de 2012, a produo nesses dois locais

    cresceu 148%. "No entanto, aquele pr-sal anunciado com pompa

    por Lula - que levaria o Brasil a um novo patamar energtico e

    estruturado sob um novo modelo de produo, o da partilha - ainda

    no deslanchou.;-)

    Vejamos que em 15/03/2013, o Supremo Tribunal Federal

    (STF) recebeu quatro aes diretas de inconstitucionalidade (ADIs)

    contra as novas regras de distribuio dos royalties do petrleo: a

    ADI 4918, ajuizada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do

    Rio de Janeiro (ALERJ), a ADI 4917, de autoria do governador do Rio

    de Janeiro, Srgio Cabral, a ADI 4916, de autoria do governador do

    Esprito Santo, Renato Casagrande, e a ADI 4920, ajuizada pelo

    governador do Estado de So Paulo, Geraldo Alckmin.

    So Paulo concentra seu pedido na alterao das regras de

    distribuio dos royalties em relao aos contratos de explorao j

    firmados, visando preservar a irretroatividade da nova legislao.

    Argumenta que a receita dos royalties receita originria dos entes

    federativos, destinados recomposio dos efeitos sociais,

    econmicos e ambientais decorrentes da produo de petrleo e gs,

    para a ALERJ, as modificaes impostas pela nova lei subtraem

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    36

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    propriedade do Estado do Rio de Janeiro, garantidas pelo pacto

    federativo.

    De acordo com o governador capixaba, as unidades

    federadas impactadas pela explorao de petrleo e gs passaro a

    receber menos royalties e participaes especiais que as unidades

    federadas que no so impactadas, a quem sero distribudos

    recursos destinados aos chamados 'fundos especiais', solicitando a

    distribuio dos royalties a Estados e municpios e um regime de

    partilha de participao especial devem ser aplicados os critrios

    estabelecidos nas leis anteriores sobre a matria.

    Srgio Cabral (RJ) argumenta que a Lei dos Royalties

    sancionada pela presidenta da Repblica inconstitucional e pede a

    concesso de liminar ao STF para suspender a imediata aplicao da

    nova lei ou a interpretao da mesma conforme a Constituio.

    Portanto, no dia 18/03/2013, a ministra Crmen Lcia, do

    Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu parte da nova Lei dos

    Royalties do Petrleo, promulgada na semana anterior. Esta deferiu

    liminar na ao de autoria do estado do Rio de Janeiro, suspendendo

    tambm vrios artigos da lei alegando que h urgncia qualificada

    comprovada no caso, alm de riscos objetivamente demonstrados

    da eficcia dos dispositivos e dos seus efeitos, de difcil

    desfazimento. A deciso tem validade enquanto o caso no for

    apreciado pelo plenrio do Supremo. Vamos aguardar! At a prxima

    aula!

    Controvrsias sobre a Usina de Belo Monte

    Apesar de ser um assunto meio passado essa uma

    questo que continua muito atual, j que Belo Monte envolve

    divergncias de opinies que ainda no foram homogeneizadas. No

    final de semana do dia 22 de abril de 2012 ainda pudemos assistir a

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    37

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    diversas manifestaes contra a usina que j tem sua obra em

    andamento!

    O projeto era visto como prioritrio pelo governo Lula no

    setor de energia, sendo o 2 mais caro do Programa de Acelerao do

    Crescimento (PAC), ficando atrs somente do trem-bala entre So

    Paulo e Rio de Janeiro.

    A construo da usina de Belo Monte considerada

    essencial para suprir a demanda por energia no Brasil nos prximos

    anos, com previso para entrar em funcionamento em 2015.

    Segundo estimativas, a obra ir beneficiar 26 milhes de brasileiros.

    Todavia, pessoal, os ambientalistas alegam que a

    construo da hidreltrica ir causar um enorme impacto ambiental e

    social em relao aos moradores daquela rea. Isso porque, com a

    construo da usina, haver desvio do curso do rio e alagamento de

    reas, o que afetar a fauna e flora. Por outro lado, a populao da

    regio, que inclui comunidades indgenas, receia ser afetada pela

    construo da usina.

    Segundo crticos, o impacto ambiental e social da instalao

    da usina hidreltrica de Belo Monte foi subestimado. Alm disso,

    argumentam que o projeto no possui viabilidade econmica, em

    razo da perda de vazo do Rio Xingu em poca de seca, o que

    resultaria em gerao de energia bem abaixo da capacidade

    instalada.

    Devido a todas essas controvrsias, h inmeras

    contestaes em relao usina de Belo Monte, as quais so

    provenientes de moradores locais, organizaes no governamentais

    e ambientalistas. H, inclusive, inmeras aes judiciais ajuizadas

    pelo Ministrio Pblico em relao construo da usina, as quais

    apontam possveis irregularidades no projeto.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    38

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Todas essas controvrsias, que incluram questes judiciais,

    fizeram com que o prego para definir quem seria responsvel pela

    construo de Belo Monte fosse suspenso por duas vezes. O prego

    foi finalmente realizado, com a obteno da vitria pelo Consrcio

    Norte-Energia, que ofereceu o menor preo do Megawatt / hora: R$

    78,00 e a construo da usina j est em andamento. Apesar disso,

    as discusses e os protestos que rondam essa construo continuam

    a todo vapor entre indgenas e at mesmo artistas que agora

    lanaram mo, inclusive, de redes sociais como o Facebook, para a

    divulgao de seus protestos.

    A divergncia to grande que vem tomando propores

    internacionais, o que levou a Organizao dos Estados Americanos

    (OEA), no ms de abril de 2012, a voltar a pedir ao Brasil explicaes

    sobre comunidades que habitam a Bacia do Rio Xingu, onde ser

    construda a usina Hidreltrica de Belo monte.

    Sobre o andamento da construo, foi anunciado em

    21/12/2012, a concluso de uma das partes mais polmicas da obra:

    uma barragem provisria (ensecadeira), que desvia o rio Xingu

    permitindo assim a construo da casa de fora complementar da

    usina. Essa barragem foi alvo de protestos por impedir a passagem

    pelo rio. Por isso foi construdo um sistema de transposio das

    pequenas embarcaes. Um guincho est sendo usado para

    atravessar estas embarcaes por cima da barragem.

    Vamos acompanhando para ver como ser esse desfecho,

    mas, enquanto ele no vem, que tal resolvermos mais algumas

    questes?

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    39

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    9 (Questo indita/2013) O Ministrio Pblico Federal

    ajuizou uma ao civil pblica buscando a anulao do edital

    de licitao da usina hidreltrica de Belo Monte e a licena

    prvia emitida pelo IBAMA para o projeto. Para o MPF, a usina

    ser instalada em terras indgenas e deve ser suspensa

    enquanto no for publicada a regulamentao do artigo 176,

    pargrafo 1, da Constituio Federal sendo que a Justia

    Federal no Par julgou improcedente esta ao. Por Elton Bezerra

    http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/justica-federal-belo-monte-nao-area-indigena De

    acordo com texto julgue se verdadeira ou falsa a notcia

    COMENTRIOS

    Bom, pessoal, vamos antes verificar a base legal do MP

    Federal: Artigo 176, 1 A pesquisa e a lavra de recursos minerais

    e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste

    artigo somente podero ser efetuados mediante autorizao ou

    concesso da Unio, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa

    brasileira de capital nacional, na forma da lei, que estabelecer as

    condies especficas quando essas atividades se desenvolverem em

    faixa de fronteira ou terras indgenas.

    Portanto de um lado o MP entende que a usina ser

    instalada em terras indgenas e deve ser suspensa enquanto no for

    publicada a regulamentao do artigo 176. Mas, para o juiz Arthur

    Pinheiro Chaves, da 9 Vara Federal, h entendimento assentado de

    que o empreendimento no est localizado em terras indgenas e que

    a Constituio no concedeu imunidade absoluta s terras indgenas

    e afirmou que o Estado pode utilizar os recursos hdricos e minerais

    localizados nessas reas. "Resta evidenciado, portanto, que a

    orientao contida na Constituio prima por garantir, em benefcio

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    40

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    da populao brasileira de forma geral e integral, o uso dos recursos

    hdricos e minerais, ainda que estejam localizados em terras

    indgenas, o que, alis, no poderia ser diferente, uma vez que tais

    recursos pertencem, por razes estratgicas, prpria Unio

    Federal", julgando assim ao civil pblica improcedente. Dessa

    forma, a assertiva est correta.

    ___X___

    Questes Tecnolgicas

    Pessoal, para finalizar nossa aula quero falar de um ltimo

    assunto que tambm muito importante no contexto internacional

    contemporneo: as inovaes tecnolgicas!

    Quando pensamos em tecnologia acho que os

    computadores, Ipads, Ipods e Iphones so alguns dos produtos que

    logo nos vm mente, n? Todavia, amigos, h muito tempo o

    homem utiliza tecnologia, que no necessariamente algo que

    dependa de energia para funcionar.

    Assim, tecnologia est ligada, diretamente, descoberta de

    novas formas de nos organizarmos e nos movimentarmos no

    mundo, ou seja, formas que acabam alterando nosso modo de viver e

    de nos relacionarmos com os outros. Nesse sentido, uma das

    principais tecnologias j encontradas, acreditem ou no, foi h

    milhes de anos! Sim, pessoal, a descoberta de que o simples bater

    de duas pedras secas sobre a palha produzia calor e fogo, o qual

    poderia ser mantido por quanto tempo se desejasse, desde que fosse

    alimentado com madeira seca ou outros combustveis fsseis,

    promoveu uma grande mudana na vida do homem.

    Mas quando falamos de tecnologia no mundo atual o cenrio

    muda, no mesmo? Logo nossa mente sofre uma enxurrada de

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    41

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    imagens permeadas por eletroeletrnico, metais leves e pesados,

    objetos concretos e at ferramentas meio abstratas como a

    internet.

    Assim, sempre que vamos coluna de tecnologia nos

    jornais e revistas, nos deparamos com avanos dirios em termos de

    informtica ou inovaes eletrnicas. Ouvimos falar hoje do

    lanamento de um supercomputador, que amanh j estar superado

    por outro novo lanamento! A nossa sociedade marcada pela Era da

    Informao e da Inovao Tecnolgica, mas tambm, pelos crimes

    ligados internet.

    Diante de tudo isso, devemos sempre estar antenados ao

    que se passa no mundo do desenvolvimento tecnolgico e lembrar

    que todas as inovaes (na informtica, nos transportes, nos meios

    de comunicao, nas mdias) afetam diretamente a vida em

    sociedade!

    E a entra a importncia de uma aula que tivemos logo no

    inicio do nosso curso, sobre a globalizao que funciona tanto como

    principal propulsora das inovaes tecnolgicas, quanto como

    consequncia delas!

    Mas vamos ver algumas questes atuais que abordam

    justamente as ltimas descobertas tecnolgicas que vm,

    gradativamente, fazendo parte do nosso cotidiano.

    10 - (Indita / 2013) Tecnologia e Cincia:

    Os estudiosos debatem h tempos as fronteiras entre cincia e

    tecnologia, sendo que para estes a tecnologia a aplicao

    prtica do conhecimento cientifico em produtos e processos

    utilizados para a soluo de problemas do dia a dia. De acordo

    com essa assertiva podemos afirmar que:

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    42

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    1) Um dos principais avanos tecnolgicos no decorrer dos sculos so

    os computadores.

    2) A combinao de cincia e tecnologia mostrou ser capaz de render

    muito mais no enriquecimento e desenvolvimento das naes.

    3) A cincia e movida pela curiosidade humana, a tecnologia avana

    impulsionada pelas necessidades da sociedade.

    4) Cincia e tecnologia no esto entrelaadas, visto no se

    alimentarem uma da outra.

    Marque a alternativa correta.

    A) Apenas 1 e 3 esto corretas.

    B) Somente a 2 esta correta.

    C) Todas esto incorretas.

    D) Todas esto corretas.

    E) Somente a 4 est incorreta.

    COMENTRIOS

    Bom, amigos, um pouco de malcia e ser fcil descobrir que somente

    a E est incorreta.

    Questo 1: O fato que o computador foi o grande avano

    tecnolgico, no temos a menor dvida quanto a isso. Portanto, a

    assertiva est correta.

    Questo 2: A afirmativa da questo 3 de que a cincia e movida pela

    curiosidade humana, e de que a tecnologia avana impulsionada

    pelas necessidades da sociedade responde a questo 2. Sem essa

    combinao, as duas andariam isoladas e sem avanos para

    satisfazerem s necessidades humanas, sociais econmicas. Desta

    forma, 2 e 3 esto corretas.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    43

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    J a questo 4 est incorreta ao afirmar que cincia e tecnologia NO

    esto entrelaadas. A letra E a alternativa que responde

    questo.

    ___X___

    Bem, meus queridos, ficamos por aqui! Uma tima semana a todos e

    at a nossa prxima aula!

    Abraos

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    44

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    LISTA DE QUESTES

    1) (FUNIVERSA/PC-DF-Perito/2012) A questo ambiental

    entrou na agenda poltica do mundo contemporneo.

    Governantes, cientistas e organizaes sociais,

    independentemente das posies assumidas, buscam meios de

    aprofundar o conhecimento acerca do tema, como forma de

    subsidiar tomada de decises no enfrentamento do problema.

    Da Conferncia de Estocolmo (1972), passando pela Rio-92 e

    chegando Rio+20, um princpio ecolgico abraado por

    ambientalistas e, sendo emblemtico da luta pela preservao

    da vida, pode ser assim sintetizado:

    A) Aliar desenvolvimento econmico aos limites do planeta desafio

    que diz respeito aos governos de pases emergentes, fugindo da

    alada dos demais Estados e atores sociais.

    B) A preservao de todas as formas de vida no planeta requer o

    imediato retorno s condies de produo existentes no mundo

    antes do advento da Revoluo Industrial.

    C) A volta agricultura de subsistncia, com o abandono das prticas

    econmicas ditadas pelos mercados, condio essencial para o fim

    das emisses de CO2 na atmosfera.

    D) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o

    mundo contemporneo, a exemplo de terremotos e maremotos,

    esto diretamente ligados s atuais mudanas climticas.

    E) A necessria adequao do sistema produtivo capacidade de

    regenerao do planeta implica no consumir nem descartar mais

    produtos que a Terra capaz de suportar.

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    45

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    2 - O texto remete economia sustentvel, ou seja,

    preocupao de investir no conhecimento de modo a promover

    o desenvolvimento sem degradar irreparavelmente o meio

    ambiente. Esta assertiva esta certa ou errada.

    2.1 - (CESGRANRIO/CEF/2012-Advogado) Entre 1800 e 2010

    a populao cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1

    bilho para 7 bilhes de habitantes), e a economia (PIB)

    aumentou cerca de 50 vezes. Hoje, pode-se dimensionar o

    impacto do ser humano na Terra por meio de uma metodologia

    utilizada para medir as quantidades de terra e de gua (em

    termos de hectares globais gha) que seriam necessrias

    para sustentar o consumo atual da populao.

    ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n.

    2196, dez. 2010, p. 24. Adaptado.

    1) No contexto da sustentabilidade planetria, a metodologia acima

    denominada

    (A) agroecologia

    (B) biorremediao

    (C) controle biolgico

    (D) manejo ambiental

    (E) pegada ecolgica

    (CESPE/IBAMA/2012) Apontada por ambientalistas como a

    caixa dgua do Pantanal, a regio das nascentes do Rio

    Paraguai, em Mato Grosso, sofre h quarenta anos um

    processo de degradao que pode ser alvo de investigao. O

    Instituto Homem Pantaneiro (IHP) denunciou ao Ministrio

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    46

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Pblico Federal a ameaa ao bioma que se mantm como o

    mais preservado do pas, com quase 85% de sua rea original.

    O IHP comprovou o desmatamento ilegal nas reas prximas

    s cabeceiras e acusou os efeitos da extrao mineral e do uso

    intensivo do solo para agropecuria, mesmo em rea de

    proteo ambiental.

    O Estado de S. Paulo, 2/9/2012, p. A25 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando aspectos

    relativos ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentvel e

    ecologia, julgue os itens seguintes.

    2.2 (CESPE/IBAMA/2012) O exemplo do rio Taquari, no

    extremo sul de Mato Grosso, usado como alerta para o que

    pode ocorrer com o rio Paraguai: o termo taquarizao

    surgiu para evidenciar os efeitos da degradao de nascentes,

    processo assinalado pelas grandes eroses e do qual

    decorreram o comprometimento do lenol fretico e a perda

    da hidrologia da regio.

    3(Questo indita) "O Brasil ficou responsvel por construir

    um consenso possvel. O consenso possvel um ponto de

    partida e no de chegada. Isso no significa que a partir da os

    pases no possam ter suas prprias polticas, afirmou a

    presidente Dilma Rousseff a respeito da Rio+20 que aconteceu

    no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.

    http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/dilma-diz-que-

    documento- final-da-rio20-e-ponto-de-partida.html (com adaptaes)

    Sobre a Conferncia das Naes Unidas sobre

    Desenvolvimento Sustentvel, Rio+20, podemos afirmar que:

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    47

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    a) A escolha do Brasil como sede do evento deveu-se ao fato de o

    pas ainda no ter sediado um evento de tal magnitude que tratasse

    sobre meio ambiente.

    b) O documento final da Rio+20 gerou grande contentamento entre o

    pblico especializado e geral, pois definiu grandes avanos sobre o

    desenvolvimento sustentvel.

    c) A realizao da conferncia no Rio de Janeiro deu maior

    visibilidade para a cidade e para o Brasil. Mas, dentre os pontos

    negativos do encontro, as comisses estrangeiras reclamaram dos

    altos preos e do trnsito.

    d) O nome Rio+20 foi escolhido por causa dos 20 pontos que seriam

    discutidos no encontro.

    4(ESAF/MIT -2012) A questo ambiental entrou na agenda do

    mundo contemporneo, notadamente a partir do fim da

    Segunda Guerra Mundial. A Organizao das Naes Unidas

    (ONU) organiza ou chancela encontros globais para a

    discusso mais aprofundada do tema, a exemplo da Eco- 92,

    ocasio em que se elaborou a Agenda 21. Em 2012, o Brasil

    sediar mais um desses fruns mundiais, dedicado ao

    desenvolvimento sustentvel e ao combate pobreza,

    conhecido como:

    A- Vida e Natureza

    B- Planeta Sustentvel

    C- Amaznia Verde

    D- SP 2012

    E- Rio +20

    5 - (CESPE/TJ-RR/2012) Vinte anos antes da realizao da

    Conferncia das Naes Unidas para o Desenvolvimento

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    48

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    Sustentvel a Rio+20 , a Conferncia das Naes Unidas

    sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada

    informalmente de Rio-92, tornou conhecido o termo

    sustentabilidade, at ento empregado em meios restritos

    por ambientalistas e cientistas que frequentavam simpsios

    internacionais e realizavam estudos especficos sobre temas

    como a emisso de gases de efeito estufa na atmosfera, a

    destruio das florestas e as mudanas climticas.Os

    desafios do desenvolvimento e da sustentabilidade.

    In: O Globo, 29/6/2012, p. 2 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando os

    diferentes aspectos que ele suscita, julgue os itens que se

    seguem.

    B - (CESPE/TJ-RR/2012) Antes da Rio+20, conferncia que

    marcou os vinte anos da Rio-92, outras conferncias mundiais

    para a discusso da questo ambiental foram promovidas pela

    Organizao das Naes Unidas em diversos continentes,

    como a chamada Rio+10, em Johanesburgo, na frica do Sul,

    dedicada, entre outros assuntos, avaliao do cumprimento

    dos compromissos firmados em 1992, no Rio de Janeiro.

    6 - (CESPE/TJ-RR/2012) Constataes como a de que os

    pases desenvolvidos tm responsabilidade na poluio do

    planeta e a de que os pases pobres necessitam receber dos

    pases mais ricos apoio financeiro, tecnolgico e humanitrio

    para superarem a misria e iniciarem um processo seguro de

    desenvolvimento econmico, includas nos documentos

    produzidos durante a Rio-92, esto na origem das discusses

    promovidas na Rio+20 sobre os temas economia verde no

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    49

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    contexto do desenvolvimento sustentvel e erradicao da

    pobreza.

    7 - Um dos principais dilemas a serem enfrentados por muitos

    pases nos dias de hoje o de conciliar metas de longo prazo,

    como a reduo das emisses de gases poluentes e do

    consumo, com a necessidade de estimular a economia no

    curto prazo para a gerao de emprego e renda s populaes

    8 (Questo indita/2013) Com relao Lei 12.727/12

    correto afirmar que:

    A - Foi editada em maio pela presidente Dilma, e continha 12 vetos.

    B - A Presidente Dilma e imps 09 vetos na MP 571/12.

    C - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 12 vetos feitos pela

    Presidente.

    D - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 09 vetos feitos pela

    Presidente.

    9 (Questo indita/2013) O Ministrio Pblico Federal

    ajuizou uma ao civil pblica buscando a anulao do edital

    de licitao da usina hidreltrica de Belo Monte e a licena

    prvia emitida pelo IBAMA para o projeto. Para o MPF, a usina

    ser instalada em terras indgenas e deve ser suspensa

    enquanto no for publicada a regulamentao do artigo 176,

    pargrafo 1, da Constituio Federal sendo que a Justia

    Federal no Par julgou improcedente esta ao. Por Elton

    Bezerra http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/justica-

    federal-belo-monte-nao-area-indigena De acordo com texto

    julgue se verdadeira ou falsa a notcia

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    50

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    10 - (Indita / 2013) Tecnologia e Cincia:

    Os estudiosos debatem h tempos as fronteiras entre cincia e

    tecnologia, sendo que para estes a tecnologia a aplicao

    pratica do conhecimento cientifico em produtos e processos

    utilizados para a soluo de problemas do dia a dia. De acordo

    com essa assertiva podemos afirmar que:

    1) Um dos principais avanos tecnolgicos no decorrer dos sculos

    so os computadores.

    2) A combinao de cincia e tecnologia mostrou ser capaz de render

    muito mais no enriquecimento e desenvolvimento das naes.

    3) A cincia e movida pela curiosidade humana, a tecnologia avana

    impulsionada pelas necessidades da sociedade.

    4) Cincia e tecnologia no esto entrelaadas, visto no se

    alimentarem uma da outra. Marque a alternativa correta.

    A) Apenas 1 e 3 esto corretas

    B) Somente a 2 esta correta

    C) Todas esto incorretas

    D) Todas esto corretas

    E) Somente a 4 esta incorreta

    GABARITO

    1 E

    2 VERDADEIRA

    2.1 E

    2.2 VERDADEIRA

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    51

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    3 C

    4 E

    5 VERDADEIRA

    6 VERDADEIRA

    7 VERDADEIRA

    8 D

    9 VERDADEIRA

    10 E

  • CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O DEPEN

    PROFESSORA VIRGNIA GUIMARES

    52

    Profa Virgnia Guimares www.pontodosconcursos.com.br

    BIBLIOGRAFIA

    ROSS, Jurandir Sanches (org). GEOGRAFIA DO BRASIL. - 6- edio

    - So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo, 2009.

    GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espao e

    Cincia Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.

    GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contempornea.

    So Paulo: Atlas, 2009.

    SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. So Paulo: Editora da

    Universidade de So Paulo, 2008.

    _____________. O Espao dividido: os dois circuitos da

    Economia urbana dos pases subdesenvolvidos. So Paulo:

    Editora da Universidade de So Paulo, 2008.

    SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas.

    Globalizao e territrio na Amrica Latina. Rio de Janeiro:

    Civilizao Brasileira, 2005.

    Disponvel em:Acesso

    em 17/02/2013.