Benefícios do consumo de oligoelementos
Síndrome metabólica e sua relação com
zinco e cromo
Dr. Newton Luiz Russi Callegari
Doutor em Medicina pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM)
Especialista em Cardiologia pela Socieade Brasileira de Cardiologia
Especialista em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Médico da Seção de Cardiogeriatria do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
CRM/SP 40375
Fascículo 3 - CARD
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Benefícios do consumo de oligoelementos
Síndrome metabólica e sua relação com zinco e cromo
Oligoelementos compreendem o grupo dos assim chama-dos micronutrientes, dos quais as vitaminas também fazem parte, e que se diferenciam dos macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), assim como dos macrominerais (cálcio, magnésio, fósforo, potássio, sódio, cloro etc.).
Enquanto somente quatro elementos (oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio) constituem 96% da matéria viva, cer-ca de cinquenta elementos conhecidos ocorrem em concentra-ções mensuráveis nos sistemas vivos. Destes, vinte e três têm atividades fisiológicas conhecidas e onze deles (V, Cr, Mn, Fe, Co, Cu, Zn, Se, Mo, I e F) são classificados como oligoele-mentos, por serem micronutrientes essenciais e existirem em quantidades muito pequenas nos seres humanos1.
Geralmente são ligados a proteínas, formando as metalo-proteínas, que ou fazem parte de um sistema enzimático, ou têm funções estruturais, ou usam a proteína como um meio de transporte para seus alvos no organismo1.
Torna-se então relevante uma oferta apropriada de oligo-elementos e sua suplementação pode se tornar necessária em certas doenças ou condições fisiológicas, assim como uma su-plementação descontrolada poderá também provocar toxicidade.
A quantidade necessária de oligoelementos para cada or-ganismo determinará necessidades e limites de suplementa-ção e sofrerá influência de diversos fatores, tais como padrão
alimentar e disponibilidade de oligoelementos nos alimentos, interações entre nutrientes e entre fármacos e nutrientes, que podem afetar sua absorção, condições fisiológicas e patológi-cas, assim como características genéticas e de estilo de vida2.
Por outro lado, a quantificação dos oligoelementos no or-ganismo é problemática, com exceção do Fe. Baixas concen-trações desses elementos nos fluidos e tecidos, o achado de que níveis sanguíneos frequentemente não se correlacionam bem com níveis nos tecidos-alvo e o fato de que testes fun-cionais não podem ser usados até que suas funções bioquí-micas sejam mais bem compreendidas tornam a investigação laboratorial na prática clínica inadequada para a maioria dos oligoelementos2.
Certas condições fisiológicas, como gravidez, infância, amamentação, prática de atividades físicas intensas e idade avançada, aumentam as necessidades dietéticas para micronu-trientes, desse modo aumentando o risco do desenvolvimento de estados de deficiência3.
Por outro lado, certos estados fisiopatológicos relacionam- se mais ou menos com determinados oligoelementos. Dentre esses estados destacam-se neste artigo a síndrome metabólica (SM) e sua correlação com os oligoelementos Zn e Cr.
Definida como a presença, em um mesmo indivíduo, de um conjunto de fatores de risco cardiovascular, por anormalidades
3
metabólicas que usualmente se relacionam à resistência in-sulínica e à distribuição visceral da gordura, a SM aumenta a mortalidade geral em cerca de 1,5 vez e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes4.
Juntamente às complicações cardiovasculares, o risco de
desenvolvimento de diabetes melito é cinco vezes maior nesses
pacientes e é uma possível consequência da SM não tratada5.
Embora existam diferentes critérios para a identificação da
SM, todos concordam que os componentes essenciais incluem
obesidade central (aumento da circunferência abdominal),
resistência insulínica, dislipidemia e hipertensão. A defini-
ção recomendada pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e
Tratamento da Síndrome Metabólica é a mesma do National
Cholesterol Education Program — Adult Treatment Panel III
(NCEP-ATP III)6.
Hipertensão arterial sistêmica, obesidade ou sobrepeso e hi-
percolesterolemia estão relacionados a fatores que contribuem
diretamente para o aparecimento da síndrome, como predisposi-
ção genética, alimentação inadequada e inatividade física7.
Estudos mostram prevalências mundiais elevadas da SM
variando, dependendo do critério utilizado, de 12,4% a 28,5%
em homens e de 10,7% a 40,5% em mulheres, e sabe-se que
seu crescimento ao redor do mundo aumenta em paralelo ao
crescimento da obesidade e do envelhecimento da população.
Segundo o National Health and Nutrition Examination Survey
III (NHANHES III), a presença da SM é um preditor de doença
arterial coronariana com prevalência de 50,3% quando asso-
ciada ao diabetes8.Vários oligoelementos estão envolvidos como cofatores
em inúmeras reações bioquímico-enzimáticas, atuando em vá-rios processos fisiológicos, principalmente naqueles relacio-nados à imunidade e ao metabolismo. São, assim, potenciais candidatos para o desenvolvimento de desordens metabólicas, como as relacionadas à insulina e ao diabetes, e surgem como
chaves importantes no processo de homeostase da glicose e sensibilidade à insulina9.
Embora defeitos nas sinalizações dos receptores da insu-
lina sejam a base da desregulação glicêmica e da resistên-
cia insulínica, as causas precisas de tais efeitos permanecem
obscuras. Por outro lado, pré-diabetes e diabetes também são
caracterizados por inflamação e estresse oxidativo devido ao
desequilíbrio entre produção e eliminação de radicais livres
através dos múltiplos sistemas antioxidantes, e tais mecanis-
mos também podem estar envolvidos na patogênese da resis-
tência insulínica e de doenças associadas10.
ZincoNutriente essencial e cofator para várias enzimas relacionadas
ao metabolismo de carboidratos, proteínas, lipídios e ácidos nuclei-cos; é um dos mais frequentes oligoelementos.
Influencia no crescimento e na reparação tecidual, na estabiliza-ção da membrana celular, no metabolismo do colágeno, na respos-ta imune, no controle sensorial da ingestão alimentar e na função testicular.
Por não existir sob a forma de depósito no organismo, é necessária sua suplementação constante através da ingesta alimentar, sendo suas principais fontes carnes, cereais, frutos do mar e produtos lácteos11.
Absorvido no intestino delgado, atinge a circulação porta e o fígado, onde então é ligado a proteínas com as quais circula, che-gando aos tecidos, principalmente fígado, pâncreas, baço, próstata, músculo e osso. Alimentos ricos em cálcio, fibras e fitatos podem diminuir sua absorção. É excretado pelas secreções pancreáticas e no intestino sofre substancial recirculação enteropática. Somente 2% são excretados pela urina, e a eliminação ocorre também pelo suor, pelo cabelo e pelas unhas12.
As principais causas da deficiência de Zn e suas manifestações clínicas estão descritas no Quadro 1 e os sinais e sintomas de sua deficiência, no Quadro 212.
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Quadro 1. Etiologia da deficiência de Zn
Baixo consumo
Anorexia
Deficiências nutricionais
Alcoolismo
Doença renal crônica
Dieta vegetariana
Diminuição de absorçãoSíndromes de má absorção
Acrodermatite enteropática
Aumento da utilização
Adolescência
Lactação
Gravidez
Menstruação
Aumento de perdas
Alcoolismo
Talassemia
Cirrose
Diabetes
Diarreia
Diuréticos
Exercício
Síndrome nefrótica
Enteropatias perdedoras de proteína
Anemia falciforme
5
A maioria dos diabéticos (90%) é do tipo II, caracterizado
por resistência à insulina e hiperinsulinemia, disfunção da cé-
lula-beta e subsequente falência desta. A insulina é armazenada
como hexâmetro contendo dois íons zinco nas células-beta do
pâncreas e secretada na circulação venosa portal quando ocorre
sua degranulação. O Zn foi relacionado à síntese, ao armazena-
mento e à secreção da insulina13.
Na SM, o Zn tem importante papel na estabilização da insulina
e de seus depósitos pancreáticos e é um eficiente antioxidante14,15.
Sua ação relaciona-se à inibição da enzima reguladora do glicogê-
nio GSK316 e à estimulação dos pós-receptores das proteínas AKT e
P13-quinase. Ainda reduz citocinas e induz a síntese de metalotio-
neína17,18. Existem no diabetes habitualmente hipozincemia e hiper-
zincúria19. O Zn também é parte estrutural de enzimas antioxidantes
como superóxido dismutase (SOD), e sua deficiência diminui suas
sínteses com consequente aumento do estresse oxidativo20.
Deficiência de Zn, provavelmente pelo aumento do estres-
se oxidativo, aumenta o risco de diabetes II, principalmente em
mulheres obesas, embora possa apresentar também efeitos pró-
oxidantes quando suplementado em altas doses, especialmente
em indivíduos saudáveis21-24.
Baixos níveis de Zn no diabético também parecem estar relacio-
nados ao aumento do risco para doença coronariana e mortalidade25.
Com muitos estudos mostrando heterogeneidade nos resul-
tados relacionados à suplementação de Zn, uma recente revisão
sistemática com metanálise trouxe resultados mais consisten-
tes26. Entre outros, destacam-se a redução significativa da pressão
arterial sistólica e diastólica27, uma diminuição significativa
da peroxidação lipídica28, o aumento do insulin-like growth
factor 1 (IGF1)29, a melhora da condução nervosa30, a diminuição
da albuminúria31, e a diminuição da homocisteína com aumento
da vitamina B12 e acido fólico32.
A concentração de Zn no plasma é um pobre indicador do Zn
armazenado e tende a ser mantida pela troca contínua das fontes
intracelulares. A resposta clínica através da suplementação pode
ser a única forma de diagnóstico de sua deficiência.
Quadro 2. Sinais e sintomas da deficiência de Zn
Sinais Sintomas
Acrodermatite enteropática Acne e furunculose
Anemia Ataxia
Anergia a antígenos cutâneos Diminuição do apetite
Gravidez complicada Defeito na visão noturna
Hemorragias Hipogeusia
Infecções maternas Hiposmia
Prematuridade Disfunção erétil
Aborto espontâneo Úlceras bucais
Toxemia
Metabolismo basal diminuído
Diminuição da T4 circulante
Diminuição do número e da função dos linfócitos
Diminuição da função dos neutrófilos
Disfunção da agregação plaquetária
Aumento da suscetibilidade a cáries
Aumento a suscetibilidade a infecções
Distúrbios mentais
Síndrome de pica
Baixa estatura em crianças
Deformidades esqueléticas
Retardo de crescimento
Hipogonadismo
Defeitos congênitos do esqueleto, pulmão e sistema nervoso central
6
Os estudos mostraram poucos efeitos colaterais, geralmente
relacionados à dor abdominal33, e não foram observadas altera-
ções nas funções renal e hepática34.
Cromo
É um nutriente essencial, necessário para o metabolismo nor-
mal de lipídeos e carboidratos. O cromo existe no ambiente como
Cr+3, e encontra-se em alimentos, tais como levedo de cerveja, óleos
vegetais, açúcar não refinado, fígado, rins, produtos lácteos, germe
de trigo, cereais integrais, café, nozes, carnes, vinhos e cervejas12.
No organismo é complexado com glutationa e ácido nicotínico,
formando o fator de tolerância à glicose (GTF), que também pode
estar presente em alimentos, cuja absorção é muito superior ao do
cromo inorgânico. Além de circular como GTF, cuja concentração é
maior nos tecidos responsíveis à insulina, pode também estar liga-
do a outras proteínas12.
É considerado um nutriente muito pouco tóxico e existe
uma variedade de formas de suplementação como picolinato ou
complexo com ácido nicotínico e aminoácidos. Sua absorção
aumenta com vitamina C, aminoácidos e oxalatos e diminui com anti-
ácidos, fibras, fitatos e açúcar simples. Atinge concentrações maiores
em fígado, baço e rins, e apresenta diminuição de sua concentração
com a idade e em diabéticos, nos quais também é observado um au-
mento de sua absorção e sua excreção renal39.
Seu consumo diário fica habitualmente abaixo das doses
recomendadas em países ocidentais e deficiências são mais
7
prováveis em idosos, diabéticos e coronariopatas. As manifes-
tações clínicas da deficiência de cromo são aquelas relaciona-
das com a resistência à insulina e a disfunção do metabolismo
da glicose, e as da doença aterosclerótica, principalmente co-
ronariana, relacionadas com a hipercolesterolemia, entre ou-
tros fatores de risco cuja deficiência de cromo pode provocar40.
O Cr funciona como parte de um sistema de amplificação
da sinalização da insulina, aumentando a sensibilidade a esta,
provavelmente pelas reações de fosforilação e desfosforilação
proteica, através da ativação da enzima do receptor da insulina
tirosina quinase. Os receptores de insulina estão presentes em
praticamente todas as células, sendo suas concentrações variá-
veis, maior nos adipócitos e hepatócitos41,42.
Quatro íons Cr são ligados ao substrato cromodulina que
estimula a tirosina quinase nos adipócitos na presença de in-
sulina, levando a um aumento da fosforilação do receptor da
insulina, com consequente aumento de sua sensibilidade43.
Além de seu efeito sobre o metabolismo glicídico através
do aumento da sensibilidade à insulina, o Cr parece ter efeito
sobre a composição corporal, assim como também parece
aumentar os níveis de HDL colesterol44.
Existe crescente evidência de que o Cr pode facilitar a
sinalização da insulina, e sua suplementação poderia redu-
zir a resistência a esta, o risco de doenças cardiovasculares
e o diabetes tipo II. Estudos clínicos em animais e humanos
têm demonstrado que as suplementações de Cr são seguras.
está ausente48. Esta condição, a qual também se observa uma
baixa concentração sérica de ferro e redução da saturação
da transferrina, é muitas vezes erroneamente diagnosticada
como anemia por deficiência de Fe49. Disso resulta desne-
cessária terapia de administração oral de ferro além de uma
também desnecessária investigação da origem de sua perda.
Em idosos sem evidência de perda
sanguínea e com adequado estoque de
Fe, sua suplementação mesmo nas do-
ses recomendadas, pode não ser ade-
quada50. Estudos tem mostrado uma cor-
relação entre o estoque de Fe tecidual e
o aumento de risco de doenças cardíacas
e de alguns tipos de neoplasias51.
Devido a isso, são muito bem vin-
das formulações para idosos que não
contenham Fe (como aquela existente no Quelatus Sênior),
evitando-se, desse modo, potencial malefício relacionado à
sua suplementação.
A suplementação com FERRO requer uma atenção especial
Dentro deste contexto, as vantagens com a suplementa-
ção com oligoelementos são muitas e estão cada vez mais
evidenciadas na literatura.
Porém, ainda pouco evidenciado e de extrema impor-
tância para a saúde é a suplementação
adequada de Ferro principalmente em
pacientes acima de 50 anos.
Isto porque, o envelhecimento está
associado ao aumento gradual do es-
toque de Fe em ambos os sexos, a de-
ficiência de Fe é incomum em idosos e
está frequentemente relacionada à perda
patológica de sangue.
Na anemia de doença crônica, fre-
quente em idosos e associada à deficiência eritropoiética de
Fe, existe um estoque normal ou aumentado deste elemento
ao contrário da anemia por deficiência de ferro cujo estoque
8
Estudos tem mostrado uma correlação entre o estoque de Fe tecidual e o aumento de risco de doenças cardíacas e de alguns tipos de neoplasias51.
Considerações finaisO consumo de quantidades adequadas de vitaminas e minerais é pouco frequente na população. Além dos grupos considerados
de risco, como idosos, gestantes, crianças, adolescentes e portadores de enfermidades específicas, as deficiências também podem se instalar na população considerada saudável, principalmente em razão de má alimentação e outros fatores ambientais, como estresse, fumo, consumo de álcool, excesso de açúcares e medicamentos, que aumentam a utilização ou a perda de nutrientes pelo organismo47.
Dessa maneira, é importante que a alimentação, somada a um suplemento vitamínico-mineral balanceado, ofereça condi-ções ideais para que o organismo enfrente os desafios que lhe são impostos e se equilibre diante dos fatores que promovem deficiências nutricionais específicas.
Se por um lado a crescente evidência sobre o desenvolvimento de doenças relacionadas à carência nutricional e o benefício de sua suplementação para a prevenção e o tratamento destas têm trazido enormes benefícios à saúde da população, por outro lado pouca atenção tem-se dado sobre os efeitos dos nutrientes no desenvolvimento de certas condições indesejáveis, em geral relacionadas com a não existência de marcadores de deficiência confiáveis e que tem levado por vezes a um exagero na suple-mentação. Tal situação levou ao desenvolvimento de novas formas de suplementação, como por exemplo a nanotecnologia en-volvida nos minerais aminoácidos quelatos (M.A.Q), permitindo o uso de doses menores, mas com maior biodisponibilidade.
Produtos resultantes da reação de um íon metálico proveniente de um sal solúvel com aminoácidos, os minerais quelatos são nutricionalmente funcionais. Possuem carga elétrica neutra, constante de estabilidade alta o suficiente para manter o composto estável nos diferentes pHs do trato gastrointestinal e peso molecular dentro do limite necessário para que o quelato não necessite ser hidrolisado para ser absorvido. Em razão de sua forma química, esses minerais apresentam características especiais que os diferem dos demais compostos minerais, por serem mais bem assimilados em doses menores e trazerem menor possibilidade de produzirem efeitos indesejáveis.
Como o envelhecimento está associado ao aumento gradual do estoque de Fe em ambos os sexos, a deficiência de Fe é incomum em idosos e está frequentemente relacionada à perda patológica de sangue.
Na anemia de doença crônica, frequente em idosos e associada à deficiência eritropoiética de Fe, existe um estoque normal ou aumentado deste elemento ao contrário da anemia por deficiência de ferro cujo estoque está ausente48. Esta condição, a qual também se observa uma baixa concentração sérica de ferro e redução da saturação da transferrina, é muitas vezes erroneamente diagnosticada como anemia por deficiência de Fe49. Disso resulta desnecessária terapia de administração oral de ferro além de uma também desnecessária investigação da origem de sua perda.
Em idosos sem evidência de perda sanguínea e com adequado estoque de Fe, sua suplementação mesmo nas doses recomendadas, pode não ser adequada50. Estudos tem mostrado uma correlação entre o estoque de Fe tecidual e o aumento de risco de doenças cardíacas e de alguns tipos de neoplasias51. Devido a isso, são muito bem vindas formulações para idosos que não contenham Fe (como aquela existente no Quelatus Sênior), evitando-se, desse modo, potencial malefício relacionado à sua suplementação.
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QUELATUSSuplemento vitamínico e mineral. USO ADULTO. Informações ao paciente: Quelatus é uma fórmula nutricional balanceada desenvolvida para homens e mulheres em diferentes faixas etárias. Indicado como coadjuvante alimentar e para complementar dietas irregulares ou deficientes. Repõe as perdas ocorridas no dia a dia, na prática de exercícios físicos e demais condições que requererem uma complementação da dieta habitual. Quelatus aumenta a disposição, performance física, reduz a sensação de cansaço e o estresse físico e mental. Auxilia no combate aos radicais livres e na otimização do sistema imunológico. Não apresenta contraindicações nas doses preconizadas. Ingestão diária recomendada: Ingerir de 1 a 2 comprimidos ao dia ou a critério médico/nutricionista. Os comprimidos devem ser tomados preferencialmente com água. Cuidados de armazenamento: Quelatus deve ser conservado ao abrigo do calor excessivo, da umidade, da luz e em temperatura ambiente, na sua embalagem original até o término de seu uso. Prazo de validade: O número de lote e as datas de fabricação e validade estão carimbados no blister e cartucho do produto. Não utilize o produto com o prazo de validade vencido. Precauções e advertências: Em caso de ingestão acidental de doses muito superiores às preconizadas, podem ocorrer sintomas como náuseas, diarreias, vômitos e sensação de plenitude gástricas. Gestantes, nutrizes e crianças até 3 (três) anos somente devem consumir este pro-duto sob orientação de médico ou nutricionista. Consumir este produto conforme a Recomendação de Ingestão Diária constante da embalagem. MANTER FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. Composição: Ingredientes: Cálcio (cálcio citrato malato e dicálcio malato), Magnésio (glicinato quelato buffered), Vitamina C (ácido ascórbico), Niacina (vitamina B3), Ferro (bis-glicinato quelato ferroso), Vitamina E (dl-alfa-tocoferol), Zinco (glicinato quelato), Ácido Pantotênico (vitamina B5), Manganês (glicinato quelato), Riboflavina (vitamina B2), Tiamina (vitamina B1), Piridoxina (vitamina B6), Cobre (glicinato quelato), Vitamina A (retinol e beta caroteno), Ácido Fólico, Iodo (kelp), Molibdênio (glicinato quelato), Cromo (nicotinato glicinato quelato), Selênio (glicina complexado), Biotina (vitamina H), Vitamina D (colecalciferol), Cianocobalamina (vitamina B12). Aditivos: estabilizante - Celulose microcristalina (ISN 460i), Croscarmelose sódica (ISN 468); glaceante - Ácido esteárico (ISN 570i); antiumectante - Dióxido de silício (ISN 551). Coadjuvantes: lubrificante - Estearato de magnésio (470i). Não contém glúten. Não contém fe-nilalanina.
QUELATUS SÊNIORSuplemento vitamínico e mineral. USO ADULTO. Informações ao paciente: Quelatus Sênior é um suplemento vitamínico e mi-neral desenvolvido para restabelecer o equilíbrio nutricional dos indivíduos acima de 50 anos. Quelatus Sênior é formulado com minerais aminoácidos quelatos de alta performance, que atuam efetivamente no organismo. Não apresenta contraindicações nas doses preconizadas. Ingestão diária recomendada: Ingerir de 1 a 2 comprimidos ao dia ou a critério médico/nutricionista. Os comprimidos devem ser tomados preferencialmente com água. Cuidados de armazenamento: Quelatus Sênior deve ser con-servado ao abrigo do calor excessivo, da umidade, da luz e em temperatura ambiente, na sua embalagem original até o término de seu uso. Prazo de validade: O número de lote e as datas de fabricação e validade estão carimbados no blister e cartucho do produto. Não utilize o produto além do prazo de validade. Precauções e advertências: Não contém glúten. Não contém fenilalanina. Gestantes, nutrizes e crianças até 3 (três) anos somente devem consumir este produto sob orientação de médico ou nutricionista. Consumir este produto conforme a Recomendação de Ingestão Diária constante da embalagem. MANTER FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. Composição: Ingredientes: Cálcio (cálcio citrato malato e dicálcio malato), Magnésio (glicinato quelato buffered e dimagnésio malato), Vitamina C (ácido ascórbico), Niacina (vitamina B3), Vitamina E (dl-alfa-tocoferol), Zinco (glicinato quelato), Ácido Pantotênico (vitamina B5), Manganês (glicinato quelato), Riboflavina (vitamina B2), Tiamina (vitami-na B1), Piridoxina (vitamina B6), Cobre (glicinato quelato), Vitamina A (retinol), Ácido Fólico, Iodo (kelp), Molibdênio (glicinato quelato), Cromo (nicotinato glicinato quelato), Selênio (glicina complexado), Biotina (vitamina H), Vitamina D (colecalciferol), Cianocobalamina (vitamina B12). Aditivos: estabilizante - Celulose microcristalina (ISN 460i), Croscarmelose sódica (ISN 468); glaceante - Ácido esteárico (ISN 570i); antiumectante - Dióxido de silício (ISN 551). Coadjuvantes: lubrificante - Estearato de magnésio (ISN 470i).
Referências do anúncio: 1. Ashmead HD et al. Intestinal absorption of metal ions and chelates. Springfield, IL: Charles C Tho-mas, 1985:113–25. 2. Ashmead HD. Comparative intestinal absorption and subsequent metabolism of metal amino acid chelates and inorganic metal salts. In: Subramanian KS, Iyengar GV, Okamoto K, eds. 3. Marchetti M et al. Comparison of the rates of vitamin degradation when mixed with metal sulfates or metal amino acid chelates. J Food Compost Anal. 2000;13(6):875-84.
Fabricado por: GSN – Garden State Nutritionals. 8 Henderson Drive West Caldwell, New Jersey 07006 Estados Unidos. Impor-tado e distribuído por: Eurofarma Laboratórios S.A. Rod. Pres. Castelo Branco, KM 35,6 – Itapevi-Sp. CNPJ: 61.190.096/0008- 69. Sob licença de: Albitech Comercial Distribuidora de Suplementos Minerais LTDA. Av. Guapira, 722 – Tucuruvi, São Paulo – SP. CEP 02265-001 - CNPJ: 71.878.151/0001-95. Responsável técnico – Dra. Dayse Carmo Name. CRBM/SP 9766. Produto isento de Registro conforme RDC 27/2010
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3Material destinado à classe médica.