Resenhas
Flio Revista de Letras Vitria da Conquista v. 5, n. 1 p. 489-497 jan./jun. 2013
PERFORMANCE E POTICA DA ORALIDADE, SEGUNDO PAUL ZUMTHOR
ZUMTHOR, Paul. Introduo poesia oral. So Paulo: Hucitec, 1997.
Claudio Cledson Novaes* Paula Rubia Alves**
A 1 edio francesa do livro do livro de Paul Zumthor foi publicada em 1983, e a
1 edio brasileira em 1997, traduzida por Jerusa Pires Ferreira, Maria Lcia Diniz Po-
chat e Maria Ins de Almeida. Ambas as edies compem-se de quatro partes: A orali-
dade potica; As formas; A performance e Papis e funes.
Nesta resenha, pretende-se analisar a terceira parte deste livro Introduo poesia
oral, que trata do conceito de performance, enfatizando a presena do corpo. A terceira par-
te do livro encontra-se dividida em quatro captulos: Um discurso circunstancial; A obra
vocal I; A obra vocal II e A presena do corpo.
A anlise em questo ser feita a partir de fragmentos do prprio texto acrescido
de informaes obtidas no posfcio do livro objeto deste estudo, escrito por uma das tra-
* Doutorado em Cincias da Comunicao pela Universidade de So Paulo, Brasil(2003) Professor Pleno da Universidade Estadual de Feira de Santana Uefs.
** Mestranda em Literatura e Diversidade Cultural pela Uefs.
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dutoras, Jerusa Pires Ferreira e no artigo O universo conceitual de Paul Zumthor, da mesma
autora, em 2007; alm de entrevista concedida por Zumthor em 1988 para Elosa de Ara-
jo Ribeiro, no caderno Folhetim, do jornal Folha de So Paulo; e comentrios da profes-
sora da Faculdade de letras da UFMG, Maria Ins Almeida, tambm tradutora do livro
em pauta, colhidos em matria publicada por Itamar Rigueira Jr. no boletim da UFMG,
em 2010 e, por fim, dialogamos tambm com o artigo de Alexandre Zamith, doutorando
no Instituto de Artes da UNICAMP, publicado nos anais do XVIII Congresso da Asso-
ciao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao (ANPPOM) em Salvador, em 2008.
Paul Zumthor nasceu em Genebra, Sua, em 1915. Ensinou literatura medieval
em vrias universidades europeias e americanas. Foi professor de literatura comparada na
Universidade de Montreal, Canad. Ficcionista, poeta, terico, abriu novos rumos no
campo dos estudos medievais e das literaturas da voz. Estudioso das poticas da voz e
polgrafo, Zumthor viveu na Frana, na Holanda e no Canad, onde faleceu em 1995.
Publicou dezenas de artigos em revistas universitrias. Visitou o Brasil em 1977, 1988 e
1993.
Em maro de 1977, Zumthor chegava ao Brasil como professor visitante da
UNICAMP, enfocando nas suas aulas e seminrios de pesquisa os poetas do sculo XVI,
que, segundo ele, desenvolveram um exerccio potico original e abriram a discusso en-
tre o mundo oficial da cultura e o submundo que surge nos interstcios. Nesta ocasio, ele
visita a Bahia juntamente com sua esposa e conhece a regio de Feira de Santana, intensi-
ficando o percurso pela cultura sertaneja. O livro Introduo poesia oral provm dessa
experincia no Brasil, segundo declaraes de Zumthor (Ferreira, 1977, p. 302).
Ainda segundo Ferreira (1977, p.302), depois dessa primeira visita ao Brasil, Zum-
thor dedicou-se aos estudos das literaturas orais, somando bagagem medievalista o la-
boratrio vivo da cultura brasileira fortemente oralizada em textos de poetas populares.
O livro Introduo poesia oral tem como ideia fundadora a noo de que a escrita
fixa e nada se compara fora nmade da voz (Zumthor apud Ferreira, 1977, p. 302).
Nele, alm do vasto material recolhido que contribui para a compreenso das mltiplas
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possibilidades de expresso e realizao da voz potica, tem-se tambm um vasto questi-
onamento sobre a voz do corpo que suplementa a linguagem verbal.
No artigo O universo conceitual de Paul Zumthor, Ferreira (2007) comenta que Zum-
thor enfoca a oralidade e se concentra nos efeitos da presena, do ambiente e do corpo
em ao. Esse livro ainda um livro sobre os paradoxos da voz, da voz que desborda e
ultrapassa toda palavra. (Ferreira, 2007).
A professora da Faculdade de Letras da UFMG Maria Ins Almeida (2010), uma
das tradutoras do livro, em matria publicada no boletim da UFMG, considera que
Zumthor no tem posio passadista, no um folclorista no mau sentido, e tampouco
trata a poesia oral como menor, arte espontnea ou ingnua. Ela considera ainda que o
livro Introduo poesia oral muito abrangente e contm anlise profunda, vez que Zum-
thor trata as poticas antigas com pensamento contemporneo, atualizando a importncia
das tradies, postas em p de igualdade com manifestaes contemporneas(Almeida,
apud Rigueira Jr., 2010).
Na concepo de Zumthor, a poesia oral abrange as mais variadas manifestaes
artsticas que tm a voz como matria-prima e os seus estudos so valorizados, entre ou-
tros aspectos, segundo Maria Ins (apud Rigueira Jr., 2010), por tratar o poema oral (de
um canto sem palavras a um poema escrito) como obra vocal e por estabelecer pontos
de conexo entre diferentes poticas, desde as encontradas em pequenos grupos na Mon-
glia ou aquelas consideradas majoritrias na Europa e nos Estados Unidos.
Ainda sobre essa obra de Zumthor, segundo Alexandre Zamith (2008), um dos
aspectos centrais do seu pensamento no opor performance a recepo. Assim, per-
formance , para Zumthor, um momento da recepo, o ato de comunicao potica que
requer a presena corporal tanto de um intrprete quanto de um ouvinte envolvidos em
um contexto situacional do qual todos os elementos visuais, auditivos e tteis se lan-
am percepo sensorial em um ato de teatralidade considerado para alm do gnero
artstico dramtico. Qualquer que seja a maneira pela qual somos levados a pensar a no-
o de performance, encontraremos sempre um elemento irredutvel: a idia da presena
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de um corpo (Zumthor, 2007, p. 38). Assim, compreende-se que Zumthor procura recu-
perar o lugar de destaque que era ocupado pela oralidade nas culturas antigas e que foi
relegado ao segundo plano pela aquisio e evoluo da escrita qual o movimento liter-
rio tradicional encontra-se vinculado.
Da as questes: possui valor literrio ou pode-se considerar como tal um poema
oralmente transmitido? S tem valor literrio no sentido clssico se estiver escrito?
Ou ainda: em que grau a escrita est permanentemente entranhada pela matriz legada da
oralidade?
Seguindo esse raciocnio, tem-se que Zumthor busca especificar diferenas entre a
poesia oral e a escrita, considerando intil julgar a oralidade de modo negativo e realan-
do-lhe os traos que contrastam com a escritura: Oralidade no significa analfabetismo,
o qual, despojado dos valores prprios da voz e de qualquer funo social positiva, per-
cebido como lacuna (Zumthor, 1977, p. 27). Para tanto, prope uma potica geral da
oralidade aplicvel ao fenmeno das transmisses da poesia pela voz e pela memria; en-
foca a oralidade e se concentra nos efeitos da presena, do ambiente e do corpo em ao,
retomando o conceito de performance enquanto ao complexa pela qual uma mensagem
potica , simultaneamente, no aqui e agora transmitida e percebida. A performance inclui
o texto e suas circunstncias (tempo, espao, lugar), o corpo e a voz; o texto em presen-
a e a fora energtica e teatralizante da linguagem. Assim, toda poesia oral implica numa
performance que inclui o corpo.
O autor em seu estudo tece consideraes sobre a relao entre escrita e oralidade,
estabelecendo uma via de mo dupla entre elas: ocultamento da escrita no oral e oralidade
na escrita. A partir dos seus estudos de poemas medievais, ele destaca os marcadores da
oralidade, que solicitam olhos, ouvidos e sentidos, inaugurando, assim, um novo modo de
pensar acadmico sobre a literatura oral que, a partir dele, se dignifica e desmistifica aqui-
lo que se costumava rotular como folclore num sentido pejorativo. Zumthor (1977, p.
22), faz referncia ao uso do termo folclore numa acepo mais ampla, sociolgica, enquan-
to processo de comunicao.
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Zumthor postula ainda que h oralidade na escrita e possvel se ler um texto
numa perfomance, mesmo sem vocalizao. Expande o conceito de oralidade, implican-
do numa performance e criando novas perspectivas de leitura e anlise. A voz no se re-
duz palavra oral e tal conceito remete a questo oralidade ao grau simblica da voz; j o
tom, o timbre e a altura se apresentam como elementos no lingsticos e de qualidade
material.
Ele diferencia tambm oralidade de vocalidade, considerando que a oralidade ul-
trapassa a ao da voz, caracterizando-se como uma expanso do corpo que implica tudo
o que endereado ao outro: um gesto mudo, um olhar. Gesto e olhar tambm concer-
nem oralidade e os movimentos do corpo so integrados a esta potica.
Assim, no que tange especificidade da poesia oral, ele reformula a expresso es-
truturao vocal, utilizada no incio do livro Introduo poesia oral, para estruturao
corporal: um modelo gestual faz parte da competncia do intrprete e se projeta na per-
formance. (Zumthor, 2010, p.215). Para ele, h um dinamismo vital que liga a palavra ao
olhar e imagem, incluindo a dimenso do toque virtual na perspectiva das percepes
sensitivas corporais: audio, viso, tato.
No que diz respeito natureza da forma potica oral, Zumthor considera a perfor-
mance como o principal fator constitutivo e determinante de todos os outros elementos
formais, cuja compreenso e a anlise s pode se dar a partir de uma fenomenologia da
recepo. Destarte, as regras que regem tanto a poesia escrita quanto a oral abrangem sua
circunstncia, o pblico, transmissor e o objetivo. Na oralidade, entretanto, esses termos
formam um conjunto de funo global que no se pode decompor em finalidades isola-
das, pois enquanto na poesia escrita h estratgias que permitem integrar ao texto o equi-
valente aproximado do gesto, na poesia oral cabe ao corpo modalizar o discurso e expri-
mir a sua inteno. Nesse sentido, todas as culturas humanas parecem contribuir com um
vasto teatro do corpo em cuja cena a poesia oral aparece frequentemente como uma das
aes fundamentais que ali se apresentam.
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Buscando recuperar o interesse e o lugar de destaque das manifestaes orais des-
consideradas na sua dimenso potica, Zumthor prope a possibilidade de o corpo ence-
nar o discurso atravs dos gestos, da mmica, da dana ou da sua pura presena, amplian-
do o campo da poesia oral. A expresso corporal, segundo o pensamento do autor, se d
atravs de gestos de todas as espcies: movimento de corpo inteiro, gesto apenas do rosto
ou de outras partes isoladas do corpo, danas no expressivas. A gestualidade pode ainda
integrar de maneira significativa gestos zero, cujo sentido pode estar relacionado a al-
guma tradio ou tabu. As performances de corpo inteiro podem se realizar estaticamente,
como postura, ou dinamicamente, como a dana; modulando um discurso (mmico) ou
dana propriamente dita. Em todas as culturas, normalmente, a forma do mimo que re-
veste a performance potica. Mimos so quase-danas que constituem a maior parte dos
cantos de trabalho ou lamentos, e a dana so os movimentos coletivos que acompanham
simbolicamente os cantos, a exemplo dos cantos guerreiros da frica Oriental, ou os de
trabalho no serto nordestino. A oposio entre mimo e dana to gradual e incerta
quanto a oposio entre prosa e verso e entre o dito e o cantado. A dana inverte a rela-
o do corpo com a poesia: o corpo que encena o discurso.
Seguindo nessa discusso sobre as relaes entre a poesia oral e a presena do
corpo, Zumthor comenta que, s vezes, a ausncia de palavra assume valor de ndice e
suscita sentido complementar ao que gerado pelo movimento corporal: so danas cu-
jos movimentos se encadeiam em narrao e so facilmente legveis aos espectadores, a
exemplo da pantomima. Quando o executante quer provocar um efeito zero no resto
do espao corporal, s a mmica unicamente ou o olhar, sem qualquer gesto, se encontra
na performance. A dana definida por Zumthor (2010, p. 226) como pulso corporal sem
outro pretexto que ela prpria , tambm, por isso mesmo, conscincia. [...] todos os ti-
pos de dana aumentam a percepo calorosa de uma unanimidade possvel. Dessa ma-
neira, ela expande caractersticas comuns a todos os gestos humanos, manifestando o que
se encontra reprimido. Dana e gesto se desenvolvem como a voz na durao da perfor-
mance e so figuraes da vida, assim como a voz, mas, contrariamente, pode-se det-los
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sob o olhar e fix-los, como em vrias culturas arcaicas, onde o canto o aspecto verbali-
zado da dana e est vinculado ao poder. Esse , segundo Zumthor (2010, p. 227) o
fundo antropolgico das canes danadas de todas as culturas conhecidas e o carter
ritualstico associado a uma posio de poder.
Depois de comentar vrios tipos de poesia danada em diferentes contextos e
pocas, Zumthor (2010, p. 229) alude a uma circulao incessante que se estabeleceu
entre as canes de dana e as outras formas de poesia oral, questionando se essa circula-
ridade (lingstica, esttica e mental), comum maior parte das culturas de oralidade pura,
[...] no o que busca pateticamente recompor, reintegrar, nos seus festivais ou suas
discotecas, [...] para alm do esfacelamento dos corpos e da linguagem, um jovem povo
exilado de nossos sculos de escrita?.
O questionamento acima parece indicar certo movimento regressivo das culturas
atuais em direo busca da oralidade pura existente em algumas culturas antigas, que
privilegiavam a oralidade como forma exclusiva de transmisso de conhecimentos e das
tradies pautadas na memria. Pode-se pensar que esse questionamento se articula com
a noo de Zumthor sobre haver ou no uma via de mo dupla entre escrita e oralidade, e
se o registro escrito das narrativas e poemas de pura tradio oral no acaba destruindo o
sentido da oralidade. Sendo assim no h precisamente uma reivindicao radical de
Zumthor quanto supremacia da poesia oral, mas a defesa da retomada de uma posio
de destaque e importncia da mesma em condio de igualdade com os estudos sobre a
poesia escrita.
Para concluir, acrescenta-se o posicionamento de Zumthor em relao ao surgi-
mento das novas tecnologias que em vez de potencializar a poesia oral fragilizou-a. Em
entrevista para o jornal Folha de So Paulo, Zumthor menciona uma nova oralidade criada
pela tecnologia na qual a perfomance virtual. uma oralidade reduzida em relao orali-
dade antiga e nela tem-se todos os elementos da performance, mas enquanto na oralidade
pura e sem mdia cada perfomance diferente, tanto para quem fala, quanto para quem es-
cuta, na perfomance mediatizada (discos, fitas, Cds, etc), tal qual quando lemos um livro, ela
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sempre a mesma coisa do lado de quem fala, e apenas o ouvinte pode perceber diferen-
temente a depender da variantes na hora da veiculao.
Na perfomance oral pura vemos a pessoa e ouvimo-la; h uma espcie de materiali-
dade da presena (ZUMTHOR apud Ribeiro, 1988) e bastaria a vontade para que o sen-
tido do tato interviesse. Isto desaparece com a mediatizao. Entretanto, mesmo no texto
escrito em que se implica a noo de performance, a leitura solitria toca a imaginao e
desperta a afetividade do leitor, caracterizando a potica do texto e corpo na definio da
poesia. Assim, essa implicao do corpo na poesia pode ser aplicada a qualquer civiliza-
o. Como diz Zumthor (apud Ribeiro, 1988, s/p): Eu escrevo, mas depois de ter for-
mado uma frase, preciso ritm-la com a voz. Eu escrevo com meu corpo.
O texto de Zumthor resultante de pesquisas sobre os dilogos intertextuais e in-
terdiscursivos que compem o complexo tema da performance da oralidade. Apoiando-
se em sua erudio, Zumthor deu prestgio conceitual para a voz e para o corpo, partindo
dos estudos sobre as poesias medievais. Assim, entende-se que a inteno de Zumthor,
conforme declarado no incio do seu livro, quando trata especificamente da vocalidade,
de relativizar, talvez de romper (ZUMTHOR, 1997, p.9) com o quadro classificatrio
fixo vigente nos estudos acadmicos sobre as poticas da oralidade. Reivindica lugar de
destaque para a poesia oral, que desconsiderada pela Literatura, e relativiza os conceitos
de vocalidade, oralidade, linguagem potica, perfomance, comunicao, etc, considerando
que a escrita reprime a aspirao de plenitude da poesia e que ela aspira sempre se fazer
ouvir.
Referncias FERREIRA, Jerusa Pires. O universo conceitual de Paul Zumthor no Brasil. Rev. Inst. Estud. Bras. [online]. 2007, n.45. Disponvel em
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RIBEIRO, Helosa de Arajo. Entrevista com Paul Zumthor. Poesia, tradio e esqueci-mento. Caderno Folhetim, n. 622. Folha de So Paulo, So Paulo, 17 dez. 1988.
RIGUEIRA JR. Itamar. Entrevista com Maria Ins. Vozes de todos os cantos e tempos. de Almeida. Boletim, UFMG, n.1703, ano 36, 2010. Disponvel em: http://www.ufmg.br/boletim/bol1703/8.shtml. Acesso em: 15 de dezembro de 2012.
ZAMITH, Alexandre. Um olhar sobre a performance musical a partir do pensamento de Paul Zum-thor . XVIII Congresso da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao (ANP-POM). Salvador, 2008. Disponvel a partir do site http://www.anppom.com.br/anais/an aiscongresso_anppom_2008/posteres/POS454%20-%20Zamith.pdf. acesso em 20 de novembro de 2012
ZUMTHOR, Paul. A Performance. In: Introduo poesia oral. Trad. Jerusa Pires Ferreira et al. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
_____. A Performance. In: Introduo poesia oral. Trad. Jerusa Pires Ferreira et al. So Paulo: Hucitec, 1997
Recebido em 04/09/2013.
Aprovado em 12/10/2013.