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OBJETIVOS GERAIS
Conhecer a aplicao da Lei Penal Militarnos diversos crimes previstos em lei;
Conhecer a Lei de Processo Penal Militar e
sua aplicao; Conhecer as atribuies da Polcia Judiciria
Militar;
Confeccionar Inqurito Policial Militar e
Sindicncia; Conhecer a Estrutura da Justia Militar, seus
rgo, autoridades e conselhos.
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OBJETIVOS ESPECFICOS
DIREITO PENAL MILITAR
Aplicao da Lei Penal Militar (2 h/a) Crime Militar (2 h/a) Crimes contra autoridade ou disciplina militar
(2 h/a)
Crimes contra o servio ou o dever militar (1h/a) Crimes contra o patrimnio (1 h/a) Crimes contra a administrao militar (2 h/a) Crimes contra a administrao da justia
militar (2 h /a)
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OBJETIVOS ESPECFICOS
Direito Processual Penal Militar
A Lei de Processo Penal Militar e suaaplicao
A Polcia Judiciria Militar
A Ao Penal Militar e seu exerccio
(4h/a)
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OBJETIVOS ESPECFICOS
Estrutura da Justia Militar
rgos da Justia Militar
Composio das Autoridades e dosConselhos
Competncia dos Conselhos de Justia
Substituio dos Juzes Militares
(2h/a)
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NOES HISTRICAS
Roma (como a maioria dos ramos dodireito)
Conceito de DPM:
o complexo de normas jurdicasdestinadas a assegurar a realizao dosfins das instituies militares, cujoprincipal a defesa da ptria
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A preservao da ordem jurdica militar sustentada pela Hierarquia e Disciplina,exigindo obviamente do Estado, mirandoseus possveis violadores, um elenco de
sanes de naturezas diversas, de acordocom os diferentes bens tutelados:adminsitrativas (disciplinares),civis e
penais. As penais surgem com o DireitoPenal Militar
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DPM X DPPM
DPMdireito penal material ou
substantivo (CPM) DPPM - direito penal formal ou adjetivo
(CPPM)
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CARTER ESPECIAL DO DPM
O DPM um direito penal especial,porque a maioria de suas normas,diversamente das de direito penal
comum, destinada a todos os cidados,se aplicam, exclusivamente, aosmilitares, que tem especiais deverespara com o Estado.
Obs. H excees
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DA APLICAO DA LEI PENAL
Princpio da Legalidade (art. 5, inc. XXXIX); desteprincpio devemos observar: reserva legal, anterioridade eirretroatividade.
Princpio da Legalidade que estrutura o art. 1 do CdigoPenal Militar de 1969, tambm incluso o texto do Cdigo Penalcomum de 1969, antepara e protege a liberdade individual doMilitar e do cidado, contra a prepotncia do estatlatra(Ramagem BADAR).
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LEI SUPRESSIVA DE INCRIMINAOArt. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a prpriavigncia de sentena condenatria irrecorrvel, salvo quando
aos efeitos de natureza civil.RETROATIVIDADE DE LEI MAIS BENIGNA 1 - A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece
o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando j tenhasobrevindo sentena condenatria irrecorrvel.
APURAO DA MAIOR BENIGNIDADE 2 - Para se reconhecer qual a mais favorvel, a lei
posterior e a anterior, devem ser consideradas separadamente,cada qual no conjunto de suas normas aplicveis ao fato.
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DA APLICAO DA LEI PENAL
O Cdigo Penal Militar, da mesma maneira que oCdigo Penal, dispe ser possvel a retroatividade e aultratividade da lei.
Hipteses de conflito de leis penais no tempo
Novatio Legis Incriminadora: A Lei nova torna tpico fatoanteriormente no incriminado. Por fora da garantia do art.5, XL CF, tal Lei no pode ser aplicada aos fatos a elaanteriores.
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Abolitio Criminis: (CPM, art. 2) A abolitio criminis fazdesaparecer o delito e seus reflexos penais, permanecendo,entretanto, os civis.
A obrigao de reparao, que tem previso no art. 159do Cdigo Civil, para aquele que, por ao ou omisso ou
culpa, causa dano a outrem, fundamenta-se no diplomapenal castrense, no art. 109, I, que tornacerta a obrigaode reparar dano resultante do crime.
A Abolitio Criminis uma das causas de extino depunibilidade prevista no art. 123, inc. III do CPM.
Novatio Legis in Pejus: A terceira hiptese refere-se Leinova mais grave que a anterior (Lex Gravior). Vige, no caso, o
princpio da irretroatividade da Lei Penal mais severa.
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Novatio Legis in Mellius: A ltima hiptese de Lei novamais favorvel que a anterior. Alm daAbolitio Criminis, a leinova pode favorecer o agente de vrias maneiras, seja
cominando pena mais branda em qualidade (deteno, emvez de recluso), ou quantidade (de um a quatro anos, emvez de dois a oito), eliminando circunstncias qualificadas ouagravantes previstas anteriormente etc.
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MEDIDAS DE SEGURANAArt. 3 - As medidas de segurana regem-se pela lei vigente ao
tempo da sentena, prevalecendo, entretanto, se diversa, a leivigente ao tempo da execuo.
Embora haja quem as considere como sano penal, asmedidas de segurana no so penas, no tm o carterretribuitivo do mal com o mal, no significam represso pelainfrao de leis penais vigentes na poca em que o fato foipraticado. So medidas necessrias garantia social e do
prprio indivduo que se torna perigoso. Diferente do crime,que punido de acordo com a lei vigente na data em que foicometida a infrao, as medidas de segurana nada tm a vercom a lei que existia poca em que o ato foi praticado, poissendo o seu objetivo a segurana atual
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LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORRIAArt. 4 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido
o perodo da sua durao ou cessadas as circunstncias que adeterminaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigncia.
o princpio da retroatividade benigna no aplicvel em
casos de leis excepcionais ou temporrias. As leis
excepcionais so as promulgadas para vigorar em situaes
ou condies sociais anormais (ex. guerra, estado de stio,epidemia etc.), tendo sua vigncia subordinada durao da
anormalidade que as motivou. Leis temporrias so as que
tm tempo de vigncia determinado em seus prprios
dispositivos.
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TEMPO DO CRIMEArt. 5 - Considera-se praticado o crime no momento da
ao ou da omisso, ainda que outro seja o do resultado.
O Cdigo Penal Militar determina o tempo do crime deacordo com a Teoria da Atividade, como sendo omomento da conduta (ao ou omisso).
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Existe trs Teorias que podem explicar tais situaes:1. Teoria da Atividade, pela qual lugar do crime
aquele em que se iniciou a execuo da conduta tpica, que a posio do nosso Cdigo, em relao aos crimesomissivos, j que considera praticado o fato no lugar emque deveria realizar-se a ao omitida;
2. Teoria do resultado, pela qual lugar do crime aquele em que se produziu o evento;
3. Teoria da Ubiqidade, pela qual tido como lugar docrime tanto aquele em que se iniciou sua execuo, comoaquele em que ocorreu o resultado, que a posio donosso Cdigo, em relao aos crimes comissivos.
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TERRITORIALIDADEEXTRATERRITORIALIDADE
Art. 7 - Aplica-se a lei penal militar, sem prejuzo deconvenes, tratados e regras de direito internacional, aocrime cometido, no todo ou em parte, no territrio
nacional ou fora dele, ainda que, neste caso, o agenteesteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiaestrangeira.
Territrio nacional por extenso
1 - Para os efeitos da Lei Penal Militar consideram-se
como extenso do Territrio Nacional as aeronaves e osnavios brasileiros, onde quer que se encontrem, sobcomando militar ou militarmente utilizados ou ocupadospor ordem legal de autoridade competente, ainda que depropriedade privada.
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Ampliao a aeronaves ou navios estrangeiros2 - tambm aplicvel a Lei Penal Militar ao crime
praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desdeque em lugar sujeito administrao militar e o crime atente
contra as instituies militares.
Conceito de navio3 - Para efeito da aplicao deste Cdigo, considera-se
navio, toda embarcao sob comando militar.
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PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIROArt. 8 - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ounela computada, quando idnticas.
Este artigo visa evitar a duplicidade de represso penal.
A atenuao, em caso de diversidade qualitativa de pena imposta obrigatria, ficando a quantidade da reduo ao critrio prudente domagistrado. J na hiptese de a pena cumprida no estrangeiro ser da
mesma qualidade, ela simplesmente abatida da pena a serexecutada no Brasil.
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CRIMES MILITARES
CF remete legislao infraconstitucional a definio decrime militar.
Os art. 9 e 10 do Cdigo Penal Militar (CPM Dec-Lei n.
1001/69) prevem, respectivamente, os crimes militares
em tempo de paz e de guerra.
Conceito.
Crime militar todo aquele que a lei assim oreconhece como tal.
O legislador penal brasileiro adotou o critrio legal paradefinir crime militar, isto , apenas enumeroutaxativamente as diversas situaes que definem essedelito. Ou seja, um fato s poder ser considerado crime
militar se estiver previsto no Cdigo Penal Militar (CPM).
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CRIMES MILITARES
CRIME PROPRIAMENTE MILITAR: previstos to-somenteno Cdigo Penal Militar.
Os delitos propriamente militares nunca podem sercrimes comuns. Assim, o crime propriamente militar o que s por militares pode ser praticado, isto ,aquele que constitui uma infrao especfica efuncional da profisso de soldado.
So exemplos de crime propriamente militares acovardia, o motim, a revolta, a violncia contra
superior, o desrespeito a superior etc.
Nunca haver previso de tais fatos no Cdigo Penalcomum ou em qualquer outra lei de carter penal,da dizer que so crimes propriamente militares.
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CRIMES MILITARES
CRIME IMPROPRIAMENTE MILITAR: so aqueles que
esto definidos tanto no CPM quanto no CP.
O crime impropriamente militar , por sua vez, aqueleque, pela condio militar do culpado, ou pela espciemilitar do fato, ou pela natureza militar do lugar, ou,finalmente, pela anormalidade do tempo em que praticado, acarreta dano segurana ou economia, ao
servio ou disciplina das instituies militares. O crimeimpropriamente militar , em linhas gerais, aquele crimecomum cujas circunstncias alheias ao elementoconstitutivo do fato delituoso o transformam em crimemilitar transportando-o para o CPM.
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CRIMES MILITARES
ENTO QUANDO SER CRIME MILITAR????
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CRIMES MILITARES
por militar em situao de atividade ou assemelhado,contra militar na mesma situao ou assemelhado;
por militar em situao de atividade ou assemelhado, em
lugar sujeito administrao militar, contra militar dareserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
Por militar em servio ou atuando em razo da funo, em
comisso de natureza militar, ou em formatura, ainda queforam do lugar sujeito administrao militar contramilitar da reserva, ou reformado, ou civil;
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CRIMES MILITARES
por militar durante o perodo de manobras ou exerccio,contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado,ou civil;
por militar em situao de atividade, ou assemelhado,contra o patrimnio sob a administrao militar, ou aordem administrativa militar;
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CRIME OU TRANSGRESSOMILITAR?
Distino entre Crime Militar e Transgresso Disciplinar.
As Foras Armadas e as Foras Auxiliares dispem de normas complementares
contidas nos Regulamentos Disciplinares, que permitem s autoridades
militares aplicarem sanes disciplinares a seus subordinados por fatos de
menor gravidade, mas que visam a assegurar a hierarquia e a disciplina
militares.
Transgresso Disciplinar , assim, toda ao ou omisso contrria ao dever
militar, devidamente prevista em regulamento prprio. O Crime Militar a
ofensa mais grave a esse mesmo dever. Desta forma, a conduta violadora do
dever militar em sua essncia a mesma e somente o caso concreto poder
determinar se houve mera transgresso disciplinar ou um crime militar.
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CRIME OU TRANSGRESSO
MILITAR? bom lembrar que para uma conduta ser considerada crime militar deve estar
prevista no CPM. De igual forma, para que possa ser considerada transgresso
disciplinar deve estar inserida no Regulamento Disciplinar correspondente. Desse
modo, existem certas condutas que esto previstas tanto no CPM quanto no
Regulamento Disciplinar; situao que poder determinar que o acusado seja
submetido, ao mesmo tempo, a um processo administrativo (PAD) para apurao
da falta disciplinar e a um processo judicial para apurao da infrao penal.
Contudo, poder a autoridade militar, agindo por seu bom senso, entender que a
gravidade da conduta deva apenas limitar sua apurao esfera administrativa,
dando-lhe tratamento de transgresso disciplinar.
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CRIMES CONTA AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR
MOTIM E DA REVOLTA;
ALICIAO E INCITAMENTO;
VIOLNCIA CONTRA SUPERIOR, OU MILITAR MILITAR DE
SERVIO; DESRESPEITO A SUPERIOR E A SMBOLO NACIONAL OU A
FARDA;
INSUBORDINAO;
USURPACO E DO EXCESSO OU ABUSO DE AUTORIDADE; DA RESISTNCIA;
DA FUGA, EVASO, ARREBATAMENTO E AMOTINAMENTODE PRESOS.
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CRIMES MILITARES
Excluso de crime
Art. 42. No h crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legtima defesa;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
IV - em exerccio regular de direito.
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CRIMES MILITARES
Estado de necessidade, como excludente do crime
Art. 43. Considera-se em estado de necessidadequem pratica o fato para preservar direito seu oualheio, de perigo certo e atual, que no provocou, nempodia de outro modo evitar, desde que o mal causado,por sua natureza e importncia, consideravelmenteinferior ao mal evitado, e o agente no era legalmente
obrigado a arrostar o perigo.
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CRIMES MILITARES
Legtima defesa
Art. 44. Entende-se em legtima defesa quem,usando moderadamente dos meios necessrios,repele injusta agresso, atual ou iminente, a direitoseu ou de outrem.
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CRIMES MILITARES
Penas principais
Art. 55. As penas principais so:
a) morte;
b) recluso;c) deteno;
d) priso;
e) impedimento;
f) suspenso do exerccio do psto, graduao,cargo ou funo;
g) reforma.
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CRIMES MILITARES
Mnimos e mximos genricos
Art. 58. O mnimo da pena de recluso de um ano,e o mximo de trinta anos; o mnimo da pena dedeteno de trinta dias, e o mximo de dez anos.
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CRIMES MILITARESPena de impedimento
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado apermanecer no recinto da unidade, sem prejuzo dainstruo militar.
Pena de suspenso do exerccio do psto, graduao,cargo ou funo
Art. 64. A pena de suspenso do exerccio do posto,graduao, cargo ou funo consiste na agregao, no
afastamento, no licenciamento ou na disponibilidade docondenado, pelo tempo fixado na sentena, sem prejuzodo seu comparecimento regular sede do servio. Noser contado como tempo de servio, para qualquerefeito, o do cumprimento da pena.
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CRIMES MILITARES
Art. 70. So circunstncias que sempre agravam a pena,quando no integrantes ou qualificativas do crime:
I - a reincidncia;
II - ter o agente cometido o crime:a) por motivo ftil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execuo, a ocultao, aimpunidade ou vantagem de outro crime;
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CRIMES MILITARESArt. 72. So circunstncias que sempre atenuam a pena:
Circunstncia atenuantes
I - ser o agente menor de vinte e um ou maior de setentaanos;
II - ser meritrio seu comportamento anterior;
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor socialou moral;
b) procurado, por sua espontnea vontade e com
eficincia, logo aps o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe asconseqncias, ou ter, antes do julgamento, reparado odano;
c) cometido o crime sob a influncia de violenta emoo,provocada por ato injusto da vtima;
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CRIMES MILITARES
DAS PENAS ACESSRIAS
Art. 98. So penas acessrias:
I - a perda de posto e patente;
II - a indignidade para o oficialato;III - a incompatibilidade com o oficialato;
IV - a excluso das foras armadas;
V - a perda da funo pblica, ainda que eletiva;
VI - a inabilitao para o exerccio de funo pblica;VII - a suspenso do ptrio poder, tutela ou curatela;
VIII - a suspenso dos direitos polticos.
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DO MOTIM E DA REVOLTAMotim
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ounegando-se a cumpri-la;
II - recusando obedincia a superior, quando estejamagindo sem ordem ou praticando violncia;
III - assentindo em recusa conjunta de obedincia, ou emresistncia ou violncia, em comum, contra superior;
IV - ocupando quartel, ou estabelecimento militar, ou
prtica de violncia, em desobedincia a ordem superior ouem detrimento da ordem ou da disciplina militar:
Revolta
Pargrafo nico. Se os agentes estavam armados:
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Organizao de grupo para a prtica de violncia
Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ouassemelhados, com armamento ou material blico, depropriedade militar, praticando violncia pessoa ou coisa pblica ou particular em lugar sujeito ou no
administrao militar:
Omisso de lealdade militar
Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao
conhecimento do superior o motim ou revolta de cujapreparao teve notcia, ou, estando presente ao atocriminoso, no usar de todos os meios ao seu alcance paraimpedi-lo:
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CRIMES MILITARES
Conspirao
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados paraa prtica do crime previsto no artigo 149 (motim)
Iseno de pena
Pargrafo nico. isento de pena aqule que, antes daexecuo do crime e quando era ainda possvel evitar-lhe
as conseqncias, denuncia o ajuste de que participou.
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CRIMES MILITARESDA ALICIAO E DO INCITAMENTO
Aliciao para motim ou revoltaArt. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prtica de
qualquer dos crimes previstos no captulo anterior:
Incitamento
Art. 155. Incitar desobedincia, indisciplina ou prticade crime militar:
Pargrafo nico. Na mesma pena incorre quem introduz,afixa ou distribui, em lugar sujeito administrao militar,impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiadoou gravado, em que se contenha incitamento prtica dos atos
previstos no artigo.
Apologia de fato criminoso ou do seu autor
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar consideracrime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito administraomilitar:
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CRIMES MILITARESDA VIOLNCIA CONTRA SUPERIOR OU
MILITAR DE SERVIO
Violncia contra superior
Art. 157. Praticar violncia contra superior:
Formas qualificadas 1 Se o superior comandante da unidade a que pertence
o agente, ou oficial general:
2 Se a violncia praticada com arma, a pena aumentada de um tro.
3 Se da violncia resulta leso corporal, aplica-se, almda pena da violncia, a do crime contra a pessoa.
4 Se da violncia resulta morte:
5 A pena aumentada da sexta parte, se o crime ocorre
em servio.
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CRIMES MILITARESDO DESRESPEITO A SUPERIOR E A
SMBOLO NACIONAL OU A FARDA
Desrespeito a superior
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar:
Desrespeito a comandante, oficial general ou oficial de
servioDesrespeito a smbolo nacional
Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugarsujeito administrao militar, ato que se traduza em ultraje asmbolo nacional:
Despojamento desprezvel
Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecorao militar,insgnia ou distintivo, por menosprezo .
Pargrafo nico. A pena aumentada da metade, se o fato praticado diante da tropa, ou em pblico.
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CRIMES MILITARES
DA INSUBORDINAO
Recusa de obedincia
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sbreassunto ou matria de servio, ou relativamente a dever impstoem lei, regulamento ou instruo:
Oposio a ordem de sentinela
Art. 164. Opor-se s ordens da sentinela:
Reunio ilcita
Art. 165. Promover a reunio de militares, ou nela tomarparte, para discusso de ato de superior ou assunto atinente
disciplina militar:Publicao ou crtica indevida
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licena, atoou documento oficial, ou criticar publicamente ato de seusuperior ou assunto atinente disciplina militar, ou a qualquer
resoluo do Governo:
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CRIMES MILITARES
DA USURPAO E DO EXCESSO OU ABUSODE AUTORIDADE
Assuno de comando sem ordem ou autorizao
Art. 167. Assumir o militar, sem ordem ou autorizao,
salvo se em grave emergncia, qualquer comando, ou a direode estabelecimento militar:
Conservao ilegal de comando
Art. 168. Conservar comando ou funo legitimamenteassumida, depois de receber ordem de seu superior para deix-los ou transmiti-los a outrem:
Operao militar sem ordem superior
Art. 169. Determinar o comandante, sem ordem superior efora dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ouao militar:
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CRIMES MILITARES
Uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou insgnia
Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente,uniforme, distintivo ou insgnia de psto ou graduaosuperior:
Uso indevido de uniforme, distintivo ou insgnia militar porqualquer pessoa
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ouinsgnia militar a que no tenha direito:
Abuso de requisio militar
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CRIMES MILITARES
Rigor excessivo
Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado,fazendo-o com rigor no permitido, ou ofendendo-o porpalavra, ato ou escrito:
Violncia contra inferior
Art. 175. Praticar violncia contra inferior:
Ofensa aviltante a inferior
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violncia que,por natureza ou pelo meio empregado, se considere
aviltante:
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CRIMES MILITARESDA RESISTNCIA
Resistncia mediante ameaa ou violncia
Art. 177. Opor-se execuo de ato legal, medianteameaa ou violncia ao executor, ou a quem esteja
prestando auxlio:
Forma qualificada
1 Se o ato no se executa em razo da resistncia:
Cumulao de penas
2 As penas deste artigo so aplicveis sem prejuzo dascorrespondentes violncia, ou ao fato que constitua crime
mais grave.
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CRIMES MILITARES
DA FUGA, EVASO, ARREBATAMENTO EAMOTINAMENTO DE PRESOS
Fuga de preso ou internado
Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoalegalmente presa ou submetida a medida de seguranadetentiva:
Formas qualificadas
1 Se o crime praticado a mo armada ou por mais de
uma pessoa, ou mediante arrombamento: 2 Se h emprego de violncia contra pessoa, aplica-se
tambm a pena correspondente violncia.
3 Se o crime praticado por pessoa sob cuja guarda,custdia ou conduo est o preso ou internado: