Sumário
Eventos bem estruturados em cidades
grandes ou médias é praxe. O que
não estamos acostumados são às
produções cercadas de cuidados e
profissionalismo em shows de
cidades do interior do país. Pelo
menos não estávamos. O que temos
percebido é um grande esforço tanto
das empresas quanto dos governantes
locais no sentido de inverter essa
realidade. Este mês trazemos como
reportagem principal a festa
agropecuária de Santa Maria
Madalena, cidade com 10 mil
habitantes no estado do Rio de
Janeiro, cuja produção foi cercada
desses cuidados, provando que novos
horizontes podem surgir no cenário
da produção musical.
SumárioAno. 20 - agosto / 2013 - Nº 225
18 VitrineA linha DTX400 da Yamaha, o
amplificador TX 15K da TaigarSystem e o microfone modeloAT5040, da Audio Technicasão alguns dos lançamentos.
24 Rápidas e rasteirasRio de Janeiro recebe evento detecnologia LED e Congressoaprova novas regras para osdireitos autorais.
30 Gustavo VictorinoFique por dentro do queacontece nos bastidores domercado de áudio.
32 Play RecSucesso nacional, Anitta lançao primeiro CD e o cantor ecompositor João Pinheiroapresenta seu novo trabalho.
34 Espaço GigplaceNesta edição, Matheus Madeirafala sobre a profissão de coorde-nador de áudio de igreja.
”
“ 40 O Som da cada PAEsse mês, uma entrevista comCarlos Camilo (Cabo Verde) eMaurício Pinto sobre a técnicade cada um.
44 GramophoneSucesso há 20 anos, Garotos II,primeiro trabalho solo de Leoni,
rendeu como resultado um híbri-do de analógico com digital.
82 Preparando para mixarLevando em conta que cada umconstroi uma maneira única demixagem, o colunista Ricardo Men-des traz algumas dicas que podemincrementar essa técnica.
108 Boas NovasAriely Bonatti apresenta seu no-vo trabalho na MK Music e Mi-nistério Nova Jerusalém lançanovo clipe de trabalho.
112 Vida de artistaMúsica de qualidade para um po-vo que tem fome não só de co-mida. A esperança é que tam-
bém surja das manifestações umdespertar no meio cultural quehá tempos turva a visão e gostodos brasileiros.
NESTA EDIÇÃO
Quatro em açãoQuatro músicos brasileiros se aportaram no estúdio da ban-
da californiana Green Day, nos EUA, para gravar o projetoinstrumental 4Action. A banda formada por Felipe
Andreoli, Sidney Carvalho, Roger Franco e AlexandreAposan deve lançar o trabalho em setembro.5454
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CADERNO TECNOLOGIA
Expediente
Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.
68 CubaseConheça a função de “link”no processo de mixagem,batante útil para manteruma relação entre os canais,
sem alterar a sonoridade.
78 Pro ToolsNesta edição fique por
dentro de como administrarTracks ou Clips em sessõesgrandes.
DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected] [email protected] de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumRevisão TécnicaJosé Anselmo (Paulista)TraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Luciano Freitas, LuizCarlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes eVera MedinaColaboraram nesta ediçãoAlexandre Coelho, Miguel Sá, Ricardo Schott eVictor BelloEstagiáriaKarina [email protected]ção de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Ernani Matos / DivulgaçãoPublicidade:Hélder Brito da SilvaPABX: (21) [email protected] / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected]çãoAdilson Santiago, Ernani [email protected]í[email protected]
Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.
Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá aos pedidos denúmeros atrasados enquanto houver estoque, através do seu jornaleiro.
92 VitrineO novo MAC 101 CLD da
Martin, os paineis SGM LS-10.4e o MMX Spot da Robe são asnovidades desse mês.
100 DVD Luan SantanaAinda sem nome, o recente
trabalho do músico neo-
sertanejo foi gravado em Itu(SP) com cenário inspirado nasRaves, unindo o universocaipira ao eletrônico.
CADERNO ILUMINAÇÃO94 Iluminação cênica
O que fazer quando surge uma
oportunidade pontual para umtrabalho de iluminação sem tempohábil para desenvolver um projeto.
104 Vasco na ItáliaO consagrado cantor italiano Vasco
Rossi se apresentou na Itáliadurante uma pequena tour por seteestádios com projeto de iluminaçãode Giovanni Pinna.
64 EstúdioA Korg coloca no mercado a família
Volca, que traz um conjuntodiversificado de sons analógicos
clássicos.
72 LogicContinuando o artigo da edição do
mês passado, saiba mais sobre os
remixes e o que é necessário para
tornar o caminho mais fácil no
Logic Pro.
Ableton LiveA estreia da coluna traz dicas e apresenta um
tutorial sobre as configurações desse software, umaliado na hora de integrar as tecnologias atuais,
como tablets, mesas de som e de luz, tecladosMIDI ou controladores.
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O que não voltanunca mais
siga: twitter.com/BackstageBr
á um ditado que diz: “Só temos uma oportunidade para causaruma boa primeira impressão”. Seja no trabalho, na vida profissi-
onal ou pessoal, esse momento único geralmente é valorizado pelamaioria que tem compromisso com o próximo. O mesmo é de se es-perar das empresas, que obviamente, através de seus colaboradores,também investem nesse primeiro contato seja com o cliente ou ou-tro elo da sua cadeia de relacionamentos.
Nas andanças de coberturas de shows e eventos de diversos estilos, ti-pos, tamanhos e formatos que a equipe de redação da Backstage vemacompanhando nesses últimos tempos, observa-se que toda a cadeiaprodutiva de uma produção musical, principalmente as de pequenoporte, parece tomar essa lição, ou esse ditado, ao pé da letra. Não é maisestranho aos pequenos eventos, por exemplo, uma elevação no padrãode qualidade ano após ano.
A citação às pequenas produções leva em conta os escassos recursosdisponíveis aos tais projetos. Porque uma coisa é ter capital disponívelpara executar um projeto à risca, outra coisa bem diferente é ter quemoldar exigências como alto padrão de qualidade em todas as frentes aum orçamento pífio. E é nessas horas que surgem soluções criativas eviáveis, tudo em prol da tal chamada boa impressão à primeira vista.
Quem já perdeu essa oportunidade tem ideia do quanto é importantenão medir esforços para causar um ótimo primeiro momento. Às vezes,um cuidado a mais, um detalhe que poderia passar despercebido, juntoàs regras básicas de relacionamento tais como franqueza, transparên-cia e ética, é que vai chancelar essa boa primeira impressão, que por sisó é imensurável.
Assim como o tempo não retrocede, oportunidades geralmente sãoúnicas, e estar preparado ou disponível para dominar todas elas é o quetalvez separe o artista da plateia.
Boa leitura.
Danielli Marinho
CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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YAMAHAwww.br.yamaha.com
A linha DTX400 da Yamaha Musical vem equipadacom 10 kits de bateria profissional editáveis, inclu-indo as séries acústicas Yamaha, além de 10 funçõesde treino, 10 músicas de acompanhamento, 169sons de bateria e percussão de alta qualidade retira-das dos módulos profissionais DTX900/700/500 eDTX-MULTI 12. Além disso, possuem o “Accent-Articulation”, que proporciona a dinâmica do ins-trumento e altera a característica do som de acordocom a intensidade com que se toca, conferindo umaresposta natural, durabilidade e excelente sensaçãoao tocar nos pads.
ANTARIwww.decomacbrasil.com
A Z-350 Fazer é a mais recente invenção da Antari de-rivada de anos de experiência no desenvolvimento demáquinas FAZER. Conta com a adoção da tecnologiaair pump, que não só permite que a Z-350 Fazer gere fu-maça seca, mas também fornece o seu aquecedor comfunção de autolimpeza. Dispõe também de um tubo demaior diâmetro, que reduz substancialmente o risco deobstrução do aquecedor.
TAIGARwww.taigar.com.br
O amplificador TX 15K, lançamento da Taigar System, possuiconectores de entrada 2 XLRF e 2 XLRM e de saída Speakon Nl4/ Bornes, duto de alumínio com ventilação forçada dupla, AutoMute, saída em curto aberto, rádio frequência, térmico, SoftStart também são qualidades do produto. Além disso, ele pesa42,1 kg e possui dimensões de 145 x 483 x 560 mm (A x L x P).
AUDIOLABwww.decomacbrasil.com
A Audiolab lançou seu novo ampli-ficador digital com DSP 19000W / 2ohms em apenas uma unidade derack. São apenas 9 kg e conexão deáudio digital CobraNet, o que tornaeste amplificador digital um marcode tecnologia de áudio profissional.Seus dois modelos, DSP 20000 eDSP 10000 criam um novo para-digma no cenário de eventos e per-formances ao vivo.
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YAMAHAwww.br.yamaha.com
Real Grand Expression, com ressonância nítida e sonorida-de profunda, bem como várias Voices de instrumentos queproporcionam performances incrivelmente naturais e comsom realista são as principais qualidades do CVP-609Clavinova da Yamaha. Além do teclado em madeira naturalNW (Natural Wood), com a superfície das teclas em mar-fim sintético, os 88 martelos Linear Graded Hammer dasteclas reproduzem o peso único de cada uma delas na exten-são de todo o teclado.
RODEwww.pinnaclebroadcast.com.br
Com o microfone iXY e o aplicativo RODERec para iPad e iPhone, a Rode Microfo-nes grava áudio de alta qualidade, com diver-sos tipos de produção. O RODE iXY é um mi-crofone estéreo que grava em 24 bits/96k.Ele vem com um windshield para gravaçãoexterna e uma bolsa que protege o microfone.
AUDIO-TECHNICAwww.proshows.com.br
O AT5040, da Audio-Technica, representaum marco no projeto do microfone con-densador cardioide, graças ao desempenhomusical, realismo e intensidade, presença epureza de som. Projetado como primeiraopção de microfone para vocal, o AT5040possui um final superior suave com sibi-lância controlada. As características de dia-fragma amplo e resposta rápida a transien-tes também o tornam ideal para gravação deinstrumentos acústicos como piano, violão,cordas e saxofone.
AVIDwww.quanta.com.br
O Sistema S3L modular da Avid é composto por um meca-nismo de processamento de alto desempenho desenvolvidopara HDX que executa plug-ins AAX, E/S remotas escalo-náveis instaladas em palcos ou racks e uma compacta superfí-cie de controle criada para a estrada, mas também para usoem estúdios domésticos.
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KURZWEILwww.equipo.com.br/br
O Kurzweil MPS10 apresenta 88 sons e performancesdo aclamado teclado PC3. Está entre os 10 dos me-lhores pianos acústicos, incorporando os renomadossamples Triple Strike Grand Piano. Além disso, aKurzweil recriou 24 dos celebrados pianos elétricos eórgãos vintage, sampleados e modelados com preci-são e realismo. Também estão inclusos muitos instru-mentos de solo e orquestrais, como vocais, corais,guitarra, baixo e bateria. Setenta e oito padrões deritmos em diversos estilos complementam o arsenal.
BENSONwww.proshows.com.br
A guitarra Legend STX é uminstrumento único da linhaprofissional Benson CustomSeries. Ela é a perfeita fusãoentre visual clássico e mo-derno, com seu corpo em Mog-no e top de Flamed Maple. Oscaptadores estilos PAF, tra-zem à guitarra um encorpadotimbre vintage, normalmen-te encontrado nas guitarrasmodelo Les Paul.A Legend STX é equipadacom excelentes ferragensdouradas que agregam umincomparável toque de ele-gância ao instrumento.
SPL ALTO-FALANTESwww.splaltofalantes.com.br
A SPL alto-falantes apresentou o Line ArrayLAX2108 com potência de 950W (AES) em16 Ohms. Ele é compacto e de alta perfor-mance com dispersão horizontal de 120°,além de trabalhar em uma via com divisorpassivo entre os alto-falantes e os drives, re-duzindo o custo com os amplificadores.
HOHNERwww.proshows.com.br
O novo acordeon AtlanticIV 120, da Hohner Atlantic,
traz confiabilidade, robusteze força do som. A popularidade
deste instrumento aumentou bas-tante entre os jovens, principalmen-
te pela versatilidade dos modelos an-teriores. Este acordeon é ideal para tocar
tanto numa orquestra, como também emsala de aula ou simplesmente para praticar
em casa, sem contar seu uso para profissionaisem palcos e apresentações.
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d&b audiotechnickescolhido para o prédio de SUSU
Milos Group compraMobil Tech International
O prédio conhecido como SUSU(University of Southampton Stu-dents’ Union building), no ReinoUnido, é um local que possui mui-tas instalações para os vinte e doismil estudantes inscritos na Uni-versidade de Southamptom. O es-
paço The Bridge Venue oferece per-formances e eventos variados. EdBlackwell, coordenador técnico as-sistente de SUSU, escolheu o sis-tema de alto-falantes de xS-Seriesde d&b para ser o novo sistema dealto-falante do local.
No ano passado, o Milos Group setornou o maior fabricante de trussde alumínio modular e sistemas parapalco do mundo, com as aquisiçõessimultâneas da TomCat, nos Esta-dos Unidos, e Litec, na Itália. A em-presa acaba de anunciar mais uma
compra: a Mobil Tech International,que tem trabalhado por muitos anosem sociedade com o Milos na distri-buição dos produtos OEM para a in-dústria do entretenimento, incluin-do os populares acessórios e gamasde trusses PAD, PAX & PAZ.
O mixer GLD da Allen & Heathfoi instalado no estádio MarioFilho, mais conhecido comoMaracanã. Um dos mais famososna América do Sul, o estádio,que fica no Rio de Janeiro, foi fe-chado para uma grande renova-ção de 3 anos, e agora inclui ummixer GLD-80 no sistema de
MIXER GLD-80 É INSTALADO NO MARACANÃ
som EV distribuído através deuma Dante network.O GLD-80 é equipado com umaplaca de rede e controlador Dantenetwork, com distribuição deáudio em torno de todo o estádioatravés de cabos de fibra óptica.Para mais informações, acesse:www.allen-heath.com
SÉTIMO TAMBORESDE CRISTOO IMCA - Instituto Musical ClaudioAbreu realizou no dia 4 de maio, naPraça Prado Filho (na Concha Acús-tica), no município de CachoeiraPaulista, o 7º Tambores de Cristo. OEncontro de Bateras Gospel do Vale
do Paraíba foi uma parceria doIMCA com a IBI - Igreja Batista Inter-nacional -, Prefeitura Municipal deCachoeira Paulista, Secretaria Muni-cipal de Cultura e Câmara Municipalde Cachoeira Paulista. Além deworkshows com bateras de renomecomo Leandro Pires, Andre Scheller,Jhon Ricky e Canhoto Batera, oevento também teve lançamentosdos instrumentos de percussão de-senvolvidos pelos músicos bateristase percussionistas em parceria com aempresa DRS Cajons da cidade deRegistro (SP), confeccionados peloluthier e artesão Danilo.
ROBE BRILHA NOSKOL SENSATIONA popular Festa Skol Sensation, re-alizada no Parque Anhembi em SãoPaulo, contou com os moving lightsda Robe para compor a iluminação.Fornecedora oficial da Skol Sen-
sation brasileira nos últimos cincoanos, a empresa LPL ProfessionalLighting, de São Paulo, se uniu aosdois designers de iluminação doevento – Summer e Pascal – pararealizar a produção de iluminaçãopara o palco principal. O tema des-te ano, Innerspace, levou o públicoa usar roupas brancas, ressaltandoainda mais os efeitos visuais. Comquatro níveis distintos, o palco prin-cipal tinha formato 360º e a ilumina-ção incluiu um total de 32 ROBINMMX Spot, 18 ColorSpot 1200 e 18ROBIN LEDWash 600.
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Tecnologia LED
No dia 19 de junho, o Rio de Janeirofoi palco de um encontro inédito quereuniu 170 profissionais de arquite-tura, interiores, lighting, estudantes,lojistas e importadores. Sob o temaImersão na Tecnologia LED, o encontrofoi ministrado pelo professor MauriLuiz da Silva, especialista em ilumi-nação e autor de vários livros sobre otema. O evento durou oito horas,onde foram abordados temas como oinício dos LEDs no Brasil e as ten-dências e inovações dessa tecnologia
pelo mundo. Realizado pelo PortalLighting Now, o encontro tambémmarcou a inauguração do CTI – Cen-tro de Treinamento em Iluminação –da Estácio, que tem por objetivo le-var cultura e informações qualitati-vas na área de iluminação aos profis-sionais. A iniciativa contou com oapoio cultural da UniversidadeEstácio de Sá – Núcleo Barra daTijuca, revista Backstage e dos pa-trocinadores Ledplus, Vidrocor eDesign EveryOne.
Mauri Luiz da Silva, especialista em iluminação, ministrou o workshop
Direitos autoraisUm grupo de artistas se reuniu nodia 3 de julho no Senado Federalpara pressionar a votação do Proje-to de Lei que reduz gradualmente ataxa administrativa do Ecad (Escri-tório de Arrecadação de DireitosAutorais), de 25% para 15% sobre ovalor recebido pelo artista, além decriar critérios para a arrecadação e adistribuição de renda. O PL tam-bém permite a criação de uma insti-tuição fiscalizadora associada à ad-ministração pública. Artistas comoRoberto Carlos, Erasmo Carlos,Caetano Veloso, Fafá de Belém,
Lenine, Nando Reis, Alexandre Pi-res, Otto, Carlinhos Brown, Fagner,entre outros, estiveram reunidos du-rante a votação da lei na Comissão deConstituição e Justiça (CCJ) do Se-nado e também foram recebidos pelopresidente da casa, Renan Calheiros,e pela presidente Dilma Housseff. OPL, que também prevê que artistas ecompositores recebam 85% da arre-cadação de direitos autorais, seguiupara a Câmara dos Deputados e, casoseja aprovado, o governo terá que in-dicar um órgão responsável pela fisca-lização da arrecadação pelo Ecad.
A terceira edição do Ipiabas Blues
Jazz Festival acontecerá de 30 deagosto a 1º de setembro, emIpiabas, distrito de Barra do Piraí,no Sul Fluminense (RJ). Durantetrês dias, o festival apresentará,gratuitamente, grandes instrumen-tistas nacionais e internacionais, naPraça Ipiabas. Entre as atrações,está o guitarrista Stanley Jordan,
considerado um dos melhores gui-tarristas do século XX; o guitar-rista Kenny Brown, o violonista Hé-lio Delmiro, o grupo instrumentalAzimuth, Derico & Chiquinho TrioJazz, e Peter “Madcat” Ruth, umdos maiores gaitistas do cenárioblues mundial. No dia 30 de agos-to, a partir das 21h, o público iráassistir à apresentação de Azimuth,Hélio Delmiro e Derico & ChiquinhoTrio Jazz. No sábado, no mesmo ho-rário, ocorrerão as apresentações doStanley Jordan Trio e Kenny BrownBlues Band. No domingo, a partir das14h, a Peter “MadCat” Blues Bandserá a atração principal. Segundo oprodutor do evento, Stênio Mattos,este festival vai se tornar o mais im-portante evento cultural da regiãoconhecida como Vale do Café. Nestaedição, o evento passou a ser realiza-do pela Azul Produções.
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Concurso na redeStrinberg comemora 20 anos
Sonotec lança concurso em come-moração aos 20 anos da StrinbergPara comemorar os 20 anos daStrinberg, a Sonotec Music &Sound – importadora e distribui-dora da marca em todo o país –apresenta a campanha Strinberg 20
anos – For Music Makers. Nos pró-ximos meses haverá promoçõesnas redes sociais, além do lança-mento de uma série comemorativacom três instrumentos musicais -um violão, uma guitarra e umcontrabaixo - durante a Expo-music 2013, em setembro.
A Seletiva Talento Brasil, umconcurso que irá selecionartrês novos patrocinadospara a marca - um violonis-ta, um guitarrista e umcontrabaixista -, já come-ça no dia 15 de julho. Paraparticipar, é preciso gravarum vídeo de até 1 minuto emeio tocando guitarra,contrabaixo ou violão.Depois de publicado no
YouTube, basta acessar o sitewww.strinberg20anos.com.br/seleti-va e inscrever-se, até 30 de setembro.A linha de instrumentos musicaisdesenvolvidos pela Strinberg pas-sou por uma ampla reformulaçãoeste ano, com modelos retirados desérie e novas opções incluídas emseu catálogo de produtos. Nas últi-mas décadas, a Strinberg tem se em-penhado em desenvolver instru-mentos de cordas que atendam àsnecessidades do músico. Não ape-nas ao jovem iniciante, mas tam-bém para o artista que já vive a roti-na dos palcos, estúdios e viagens.
NOVO SITE DA D&B AUDIOTECHNIK
O novo site www.dbaudio.comagora coloca a marca d&baudiotechnik em outro pata-mar, juntamente com os siste-mas de aplicativos d&b. Tudoo que foi fornecido antes aindaestá disponível, embora maisfácil de ser encontrado.O novo design do site subs-titui o original, que entrou emoperação em 2002. A nova páginaé apresentada com uma nova lógi-ca de navegação tornando-a maissimples e mais rápida para novosexploradores. Uma das maioresmudanças do projeto é uma plata-
forma que permite a integraçãode muitos elementos visuais, jun-tamente com a funcionalidadedos downloads e de outros servi-ços, por meio de muito menoscliques ou toques. O site está noendereço: www.dbaudio.com
PRO LIGHT+SOUND CHINAA edição anual chinesa da maior feirade tecnologia e equipamentos deáudio e iluminação profissional acon-tece de 10 a 13 de outubro, emShangai. A feira, que reúne empre-sas de diversas nacionalidades esegmentos nas áreas de entreteni-mento e tecnologia, acaba de rece-ber do Shanghai Convention &Exhibition Industries Association o títu-lo de Shanghai International Brand
Exhibition. O título é concedido pelaorganização aos eventos que cum-prem determinados padrões de qua-lidade, como a alta satisfação tantode expositores como de visitantes.
YAMAHA LANÇAA NOVA BATERIAELETRÔNICA DTX502A Yamaha Musical do Brasil acabade lançar a DTX502. O instrumentopertence à série DTX500, porémtraz uma série de melhorias em rela-ção aos antecessores, como 691sons entre bateria, prato, percussãoe efeitos e possibilidade de importa-ção de sons por meio da porta USB.O baterista também pode contarcom oito funções de treino, músicasde acompanhamento, pad songs eedição de metrônomo. A DTX502pode ser acoplada a um kit de bate-ria acústica. Para mais informações,acesse: http://br.yamaha.com/
NEXT-PROAUDIO TEMNOVO DIRETOR NA ÁSIAO anúncio foi feito durante a PALMEXPO BEIJING 2013: Stanley Lee foinomeado Diretor de Desenvolvimen-to de Negócios para a Ásia da NEXT-proaudio, fabricante de sistemas deáudio profissional de Portugal. Leeirá desenvolver a marca pela regiãoda Ásia e servirá como ponto-chavede contato com a NEXT-proaudio.Além disso, identificará oportunida-des de crescimento e coordenaráesforços da companhia. Trabalhan-do como membro da equipe de ven-das, Lee irá se reportar ao departa-mento de vendas em Portugal.
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WORKSHOP
JAY EASLEY É VICE-PRESIDENTE LIVE CONSOLESA SSL Inc., a filial da Solid State Logic nos Estados Unidos, anun-ciou que Jay Easley foi nomeado vice-presidente da Live Consolespara as Américas. Easley tem uma carreira de sucesso em vendase marketing no mercado de som ao vivo – já trabalhou com Midase Klark Teknik (MKT) - e muitos anos de experiência no lançamentoglobal de mesas de áudio, conseguindo novos negócios e aumen-tando a parcela de mercado. Para sua nova função, Easley trazsua vasta compreensão do mercado ao vivo para promover arecém apresentada mesa de som ao vivo da SSL.
Com apoio da Pearl Bra-sil, dia 7 de junho foi re-alizado um workshopde bateria com KikoFreitas e Leandro Li-ma. O evento foi noTeatro Raul Cortez emDuque de Caxias, noRio de Janeiro.
MAFER RECORDS: LANÇAMENTO DE POWERFROM HELL EM LPO mercado mundial de discos de vinil está cada vez mais aquecido.Atenta a essa tendência, a Mafer Records lançou mais um título:Power from Hell - Lust and Violence. Com tiragem limitada a 300cópias e encarte especial (com letras das músicas no verso e umpequeno pôster na frente), o álbum atende principalmente aos cole-cionadores de bandas underground. A crescente busca pelos dis-cos de vinil levou ao surgimento de novas galerias especializadas emSão Paulo. A Mafer Records passou a lançar, este ano, discos debandas de rock e heavy metal já consagradas pelos lançamentosde CDS, mas cujos fãs buscavam os LPs.
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PRÊMIO MULTISHOWA homenagem a Tom Jobim e a premia-
ção de Cauby Peixoto resgatou parte dacredibilidade do evento que nos últi-
mos tempos estava virando uma festi-nha televisiva carioca. Embora ainda
mantenha alguns resquícios bairristas,a noite aos poucos faz justiça ao seu
nome e premia destaques da música bra-sileira. Sempre existirão críticas a no-
mes de talento questionável ou esco-lhas de amigos, mas isso é também parte
integrante da festa. Ainda é um showtelevisivo, mas ganha respeito pela maio-
ria das escolhas.
CHINAPassando por São Paulo converso com o
amigo Everton Waldman e ele me dáuma aula de China e seus bastidores.
Não raras vezes, importadores de pri-meira viagem quebram a cara naquele
país exatamente por desconhecer suacomplexidade e seus misteriosos basti-
dores. Por conta disso, o executivo anu-almente fica quase dois meses por lá
para entender ainda mais aquele merca-do e suas múltiplas facetas. O boa praça
até mandarim já tá falando...
MUDANÇAComo previsto por essa coluna há mais
de dois anos, o Grupo Abril desistiu damarca MTV e a devolveu aos seus titu-
lares globais, o grupo Viacom. A empre-sa da família Civita vai utilizar a atual
frequência concedida para um canal pró-prio e focada na informação. Por sua vez, a
Viacom vai relançar a MTV por aqui, masainda não divulgou a parceria para o pro-
jeto. Se relançar com a mesma proposta daAbril, quebra de novo. Clipes chatos e
gracinhas com sotaque caipira não temmais audiência nem em São Paulo.
LANÇAMENTONa onda dos pedais turbinados para efei-tos de guitarra, a Borne lança ainda no
segundo semestre desse ano o seu mode-lo recheado de alternativas para drives e
distorções. A empresa de Guarulhos, quevem se notabilizando pelo bom gosto e
beleza no acabamento dos seus produtos,prepara ainda a sete chaves o irmão mais
potente da sua linha de valvulados da sé-rie T. O sucesso do modelo Classic T7
trouxe o clamor do mercado por uma al-ternativa com 30W usando o mesmo ga-
binete e falante de 12 polegadas.
ABEMÚSICA NA FESTACom negociações adiantadas e propostas
convergentes, a maior e mais importanteassociação do segmento de instrumentos
musicais da América Latina, a Abemú-sica, poderá assumir protagonismo no
maior encontro musical do país. A FestaNacional da Música, de Canela, no RS,
abriu suas portas para a entidade que teráo evento também como referência na
defesa dos interesses da classe através depropostas e projetos levados diretamen-
te aos artistas, parlamentares, gestores eexecutivos do complexo e gigantesco
mercado musical brasileiro.
FONTESOs técnicos não cansam de alertar, mas
parece que nem todos compreendem e aconsequência disso vai para o bolso.
Fontes de alimentação de má qualidadesão responsáveis por mais da metade
dos problemas dos equipamentos ele-trônicos modernos. Sensíveis e comple-
A bagunça na
cotação do dólar
provocada pelas
trapalhadas de
Brasília mudou o
perfil do mercado
que mais uma vez
precisa se
readaptar à cruel
realidade brasileira
que é de
insegurança
trazendo uma
recorrente
impossibilidade de
projetar metas
confiáveis ou
crescimento
ordenado. Mas
enquanto uns
choram, outros
vendem lenços...
GUSTAVO VICTORINO | [email protected]
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xos, os sistemas de última geraçãodependem cada vez mais da estabi-
lidade e da qualidade da correnteelétrica que os faz funcionar. A fon-
te original invariavelmente é maiscara e de acesso mais difícil, mas
vale qualquer sacrifício diante dodano que as fontes “genéricas” an-
dam provocando nos equipamen-tos. A diferença de preço nem sem-
pre pequena não vale o risco.
ECADJá fiz muitas críticas ao Ecad e algu-
mas delas eu as mantenho, mas en-tregar a fiscalização dos direitos au-
torais no Brasil nas mãos do poderpúblico é como chamar um coelho
para cuidar da plantação de cenou-ras. Os artistas repassaram uma res-
ponsabilidade que é sua para políti-cos que notadamente são incom-
petentes para gerir sequer a coisapública ou fiscalizar os serviços
concedidos. Eles fatalmente usa-rão essa mesma incompetência
para fiscalizar os direitos autoraisem nosso país, afinal as relações
obscuras entre fiscais e fiscalizadosnão é novidade por aqui. Quem
deveria cuidar dos seus direitos sãoos próprios artistas através de suas
associações. Mudar o panoramadefendendo seus próprios interes-
ses não foi exatamente o que fize-ram ao apoiar a alteração na legis-
lação apresentada. Entregar a fis-calização dos direitos autorais aos
políticos foi inocência ou má fé. Aconta virá em breve.
CUSTOVocê sabe quanto custa para umartista ser “convidado” para os
programas de auditório ou entre-vistas nas grandes redes de televi-
são no país? Tem preço para todos osbolsos e estão outra vez em alta. Mas
nem sempre esse faturamento passapelo departamento comercial.
NOVIDADEA Waldman lançou uma caixa desom amplificada que vai dar o que
falar. A começar pela potência(700W) pouco usual para modelos
de caixas com falantes de 15 polega-das. A Waldman Tourcab 715D
inova ainda por ter um amplifica-dor Classe D, o que também é novi-
dade nesse tipo de produto. Quan-do ouvi o equipamento ligado en-
tendi o porquê das inovações. O de-sempenho é de alta qualidade e im-
pressiona. Mas a descoberta maissurpreendente é que tudo isso não
custa um centavo a mais. Distribuí-do pela Equipo, o produto tem pre-
ço competitivo e vai virar xodó demercado em curto espaço de tempo.
PREÇOConverso com um engenheiro daSiemens e ele me derruba com a in-
formação. “A diferença de custo namanufatura de uma fonte de ali-
mentação convencional monovol-
tagem e uma automática bivolt é de
apenas 6 dólares, ou seja, menos de15 reais”. Segundo ele, esse é o pre-
ço do pequeno sensor digital colo-cado antes do transformador que
opera em duas correntes. Depois detantas queimas e considerando o
perigo natural do descuido fica umapergunta: Por que todas as fontes à
venda em nosso país não são auto-máticas? Se no Brasil legislam sobre
tanta bobagem, porque então nãonormatizam isso também?
PROVOCAÇÃOA Ordem dos Músicos do Brasilacabou? Por que os artistas nunca
cuidaram do órgão que historica-mente os representava? Ou que-
rem que os políticos também assu-mam sua entidade de classe?
SEGURANÇAA morte de um cantor de funk du-rante o seu show no mês passado le-
vanta um problema há muito negli-genciado por promotores de eventos
e o próprio poder público. A segu-rança dos espetáculos com grande
concentração de pessoas exige mui-to mais do que duas dezenas de gori-
las espalhados ao redor da área doshow. Exige inteligência, monito-
ramento e obrigatória inserção deagentes no meio das pessoas como
forma de identificar autores detransgressões simples ou até crimes.
Segurança à moda inglesa com me-nos transpiração e mais inspiração.
SUPERDIMENSIONADAO poder da internet e a sua conse-quente força como plataforma de
lançamentos começam a ser questi-onados por especialistas que avali-
am a sua real capacidade de projetare divulgar novos talentos. A satu-
ração desses novos artistas e a máqualidade reinante na rede trou-
xeram uma natural retração no ga-rimpo de novidades e boas alterna-
tivas para as gravadoras que bus-cam lançamentos e opções de mar-
keting para alavancar vendas. Tácaindo a ficha geral.
PERGUNTINHASe um taxista tem desconto paracomprar um carro... Se um médico
tem desconto para adquirir equipa-mentos de diagnóstico... Se um ad-
vogado tem desconto para adquirirliteratura jurídica... Se um professor
tem desconto para adquirir um li-vro... Porque um músico profissional
habilitado não pode ter um descon-to para comprar o seu instrumento?
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DANIELLI MARINHO | [email protected]
O fenômeno do
funk carioca acabade lançar seu pri-
meiro CD, com 14faixas. Dona do cli-
pe mais acessado doBrasil nos últimos
três meses, Show das
Poderosas - que trans-
formou a cantoraem um fenômeno
entre os jovens - earrebatou o primeiro lugar nas rádios brasileiras. Su-
cessos como Meiga e Abusada, Proposta, Menina Má e, éclaro, Show das Poderosas estão neste primeiro trabalho
de Anitta, que leva o nome da cantora e foi produzidopor Umberto Tavares e Mãozinha (U.M. Music).
ANITTAAnitta
The Last Tribe, da
banda Dialeto, éfeito inteiramente
de rock progressi-vo. Este é o tercei-
ro trabalho da ban-da, depois de mui-
tos anos sem novi-dades. O primeiro
CD Will Exist Fo-
rever foi lançado
em 1991 e o segun-do, Chromatic Freedom, em 2010. O CD promete pren-
der o ouvinte do início ao fim, prometendo um somfirme e de vanguarda durantes todas as dez faixas. A
banda é composta por Nelson Coelho, na guitarra, Jor-ge Pescara na touchguitar e Miguel Angel na bateria.
THE LAST TRIBEDialeto
A Banda PRR, com
um som caracterís-tico do rock gaú-
cho, irá lançar seusegundo CD Odis-
seia, com influên-cias de A-Ha, U2,
Beatles e Raul Sei-xas. Músicas como
Livre para amar, Ou-
tono de minha vida e
Estive em Liverpool
prometem um bom repertório rock’n’roll. Com um
perfil mais pop, a banda pretende evoluir com relaçãoao seu primeiro CD, Reminiscências. O primeiro single
deve chegar ao público em agosto. A banda já se prepa-ra para seu terceiro CD, que já tem nome: Meridianos.
ODISSEIABanda PRR
O cantor e compo-
sitor João Pinheirolança seu novo CD,
Julho com repertó-rio contendo vários
sucessos como De
fogo, luz e paixão (hit
dos anos 70, do com-positor Marcelo, que
na época gravou emdueto com Gal Cos-
ta), Muito romântico,de Caetano Veloso, I Was Born to Love You, do Queen,
entre outras. João Pinheiro contou com a participaçãoespecial da atriz Hermila Guedes em Tudo o que eu te-
nho, versão de Rossini Pinto para o sucesso do con-junto Bread (Everything I Own). Julho foi produzido
pelo renomado produtor André Agra e pela Sala-desom Records.
JULHOJoão Pinheiro
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Profissões do
backstage’backstage‘M A T H E U S M A D E I R A
COORDENADOR DE ÁUDIO DE IGREJA
atheus, qual a sua formação aca-dêmica e como você chegou ao
mercado de entretenimento?Acho que essa é uma das perguntas maisdifíceis de responder. Minha formaçãoacadêmica é superior incompleto de
Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação
M
Nesta série de entrevistas, sairemos dos bastidores dos showspara os bastidores de outras produções que tiverem profissionaisseja de áudio ou iluminação trabalhando. São profissionais quegeralmente muitos de nós do ramo sequer sonhamos que existam,
e que direta ou indiretamente estão ligados ao dia a dia doentretenimento. Neste mês, entrevistamos Matheus Madeira, que
conta como é a profissão de Coordenador de Áudio de Igreja.
35
Contabilidade. Como estudos naárea de áudio, eu tenho a base de co-nhecimento pelo IAV e fiz uma sériede cursos de especialização, como ProTools, Logic, Otimização de Sistemas,da Meyer Sound, EASE, da AFMG eSmaart Pro com o Fernando Fortes.Assim como muitos profissionais deáudio que conheço, tudo começoupela paixão ao áudio. Meu pai era lo-cutor de um programa de rádio evan-gélica e eu o acompanhava. Na épocaeu tinha uns 12 anos de idade. Umamigo nosso, o Dino, era quem opera-va o programa e como eu não tinha oque fazer, ficava ao lado dele durantealguns programas. Acabei me inte-ressando e ele me deu uns toques sim-ples. Num dia em que ele ficou doenteeu operei em seu lugar. Nesse dia per-cebi que estava realizando uma tarefaque me dava prazer, só não imaginavaque ela se tornaria meu ganha-pão.A partir daí me tornei “operador”voluntário na igreja em que congrego.Depois de um tempo, vários operado-res mais experientes, também volun-tários, saíram da igreja e eu me vi aos19 anos como responsável pelo áudiona igreja, sem preparação nenhuma.
Como eu não conseguia resolver osproblemas por falta de conhecimen-to, a igreja terceirizou um serviço deconsultoria e manutenção que nãodeu certo. E foi aí que o Conselho daigreja teve a ideia de pagar um cursode áudio pra mim - algo raro de se vernas igrejas de hoje. Quando comecei ocurso, percebi que eu poderia trans-formar essa paixão numa profissão.
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36 Fui chamado para trabalhar nessa esco-la após o curso e a partir daí ganhei ex-periência prática e conhecimento de di-versas formas, tanto dentro da escolaquanto fora dela.
O que faz um Coordenador de Áudiopara igrejas? Quais são as suas atribui-ções, antes, durante e depois de um culto?A maior dificuldade é o gerenciamentode equipe, o que acontece antes de tudo.Nas igrejas raramente lidamos com pro-fissionais contratados e geralmente aequipe é composta por voluntários, o quedificulta as cobranças de estudos e me-lhorias de desempenho. O primeiro tra-balho realizado é mais psicológico e espi-ritual do que técnico, despertando a pai-xão pelo áudio e direcionando a mesmacomo uma forma de adoração que não édiferente da que a banda ou grupo de lou-vor realiza. Passo também a parte técnicade forma a conscientizá-los da importân-cia do seu trabalho e como podem atingirseu melhor resultado. Logo após esse tra-balho de treinamento e preparação, en-tra a parte de supervisão durante o cultoe o feedback após o culto. Outras tarefastambém são realizadas como consul-torias, orçamentos de equipamentos eserviços, como manutenções.
Com os crescentes avançostecnológicos as igrejas têmse interessado na melhoriado áudio e acústica, atéporque muitas vezes o cultotambém é transmitido pelaweb, rádio e TV. Com isso,as equipes de áudio dasigrejas têm que ser alta-mente habilitadas também,mas essa imagem condizcom a realidade?
Infelizmente, não. Numa re-cente pesquisa que fiz, 80%das igrejas nacionais aindatrabalham com técnicos vo-luntários, mesmo com a ne-cessidade de profissionaisespecializados para realizaras tarefas de sonorização,
gravação e transmissão. Embora exis-tam algumas denominações que insis-tem em investir na preparação ou con-tratação destes profissionais, o fato dese usar voluntários desqualificados gera,na maioria das vezes, custos maiorescom manutenção de equipamentos pormau uso, má qualidade de áudio na igre-ja, o que acaba levando à falta de inte-ligibilidade dos cultos. Muitos não en-tendem que o sistema de áudio é a voz domensageiro para os ouvidos dos fiéis. Sea mensagem não é passada de forma a seentender o que é dito, a igreja não estácumprindo a sua missão principal.
As igrejas investem em áudio, pois elasquerem que a Palavra (mensagem)chegue aos fiéis, mas, por outro lado,muitas vezes são alvo de oportunistasque cobram caro por um mau serviço.Como você lida ou lidaria com isso?Um dos maiores problemas que prejudi-ca não só a igreja, mas seus membros eseus operadores, é a falta de consciênciada necessidade de uma consultoria deáudio; ou, quando a mesma existe mas éuma consultoria barata, nos dois senti-dos. Uma das funções da consultoria écomprar equipamentos corretos paracada aplicação e, com isso, o profissio-”
“A maior dificuldadeé o gerenciamento
de equipe, o queacontece antes detudo. Nas igrejas
raramente lidamoscom profissionais
contratados egeralmente a equipe
é composta porvoluntários, o que
dificulta ascobranças de
estudos e melhoriasde desempenho
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nal responsável pela consultoria po-de fazer a igreja economizar ou jogardinheiro fora. Outra pesquisa, quenão foi realizada por mim, mas peloDavid Fernandes, mostra que a maiorparcela das igrejas compra, em média,quatro sistemas diferentes até finalizaro projeto. Esse dado indica uma falhabem grande nesse quesito. Muitasigrejas compram um equipamento Xou Y justamente porque outra igrejacomprou e alguém, geralmente não sesabe quem, ouviu o som dela e achoubom. Agora, como evitar um mau con-sultor? Assim como qualquer produtoou serviço, pesquise! Veja se o nome doconsultor é um nome bem visto nomercado, peça referências, veja quaisserviços já foram prestados por ele equais foram os resultados. É a únicaforma de se evitar surpresas desagradá-veis nesse sentido.
Quais dicas você daria às congrega-ções para que sejam bem-sucedidasno projeto de um sistema de áudioeficaz? Contratar empresas e profis-sionais idôneos e comprometidos se-ria uma saída?Com certeza! Além do problema daconsultoria que citei anteriormente,
a existência de “curiosos” próximosde quem decide como o dinheiro seráinvestido e o erro gravíssimo de só sepreocupar com a acústica após a alve-naria e outros detalhes já estaremprontos se tornam rotina nesse meio.Existem cinco pontos que permitemque a igreja tenha um sistema deáudio de boa qualidade: 1) Acústica2) Equipamentos 3) Mão-de-obracapacitada e motivada 4) Fonte sono-ra 5) Bom relacionamento entre téc-nicos, músicos e líderes. Alinhar es-tes cinco itens faz parte das funçõesdo coordenador de áudio e é uma ta-refa muito difícil de ser realizada.
Depois do sistema pronto, como se-ria o treinamento dos fiéis-voluntá-rios? Ou seria uma melhor saída acontratação de profissionais deáudio para operar o sistema?
Tudo depende. Não dá pra falar queter um profissional contratado é amelhor solução para todos os casos evice-versa. Depende do tamanho daestrutura, da verba disponível e dasprioridades da igreja. Muitas vezes aigreja tem consciência da necessidadede investimento; no entanto, ou ela
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investe na preparação e contratação deprofissionais de áudio, ou paga a contade energia elétrica. Cabe ao coordena-dor avaliar cada caso e definir junto à li-derança a classificação da igreja quantoaos serviços prestados em áudio. Gostode fazer o treinamento dos voluntáriosde uma forma bem simples e prática,pois a necessidade da atuação dos mes-mos na maioria das vezes é imediata. Emalguns casos dou a sugestão de investi-mento num curso de áudio para pelomenos um operador, geralmente quan-do a igreja está em ascensão.
Voltando a falar sobre você. Cursos deáudio: fale sobre essa experiência e oque isto mudou na sua carreira?Minha carreira existe por causa deles. Abase que recebi não só nos cursos que fiz,mas também a que recebi dos meus pais,da minha igreja e os contatos que fiz tra-balhando ou estudando com áudio sãograndes responsáveis pelo desempenhode trabalho que tenho hoje. Cursos nãoexistem apenas para se adquirir conhe-cimento, mas também são ótimas opor-tunidades de “networking”. Conhecerprofissionais já atuantes e trocar experi-ências são algumas formas de se mostrarpresente no mercado. Existe uma fraseamericana que resume isso: “Want ajob? Be there”. Ou seja, “Quer um traba-lho? Esteja lá”.
Você hoje atua também como especia-lista de produto para uma grandemarca. Como você foi convidado pa-ra este trabalho?Engraçado, pois foi exatamente fazendo“networking” na última especializaçãoque fiz. O curso foi apoiado por estamarca e um dos gerentes de áudio dessaempresa estava presente no evento. János conhecíamos de outros locais,como feiras e workshops, e ele me avi-sou de uma vaga na empresa em que eletrabalha. Resolvi me candidatar e aca-bou dando certo. Infelizmente deixeimeu trabalho anterior na escola, sem-pre gostei de conversar sobre áudio e mesentia muito bem percebendo que eu fa-
zia parte das conquistas dos alunos, issoé algo que sinto falta, além dos meus ex-companheiros de trabalho e amigos, éclaro! Mas acredito que a melhor esco-lha foi aproveitar novas oportunidadese experiências no meu emprego atual.
Como todo novo desafio mostra novoshorizontes e novas visões do nosso tra-balho, o que mudou depois que vocêpassou a entender o outro lado do mer-cado de áudio? Ou seja, depois quevocê passou a representar um produtoe/ou marca, como ficou a sua visão so-bre o mercado e o usuário final?Nossa! Isso é algo que mudou da água parao vinho. Eu achava que era simples: a lojacompra do fornecedor mais barato e re-vende mais caro, ponto. Mas o buraco émuito mais embaixo, o lojista fica no fogocruzado, é ele que se arrisca à inadim-plência, é ele que tem que ser especialis-ta de todos os produtos de todas as mar-cas que ele comercializa, é ele que mui-tas vezes tem que se portar como con-sultor quando o cliente não sabe o queprecisa e, além de tudo isso, precisa ven-der! É muito difícil estruturar uma lojano Brasil, ainda mais de áudio, em que osimpostos e taxas nos produtos sãoabusivos (em alguns produtos chega aquase 40% do valor do produto). Ainadimplência nacional é de mais de
”
“Cursos nãoexistem apenas
para se adquirirconhecimento,
mas tambémsão ótimas
oportunidades de“networking”.
Conhecerprofissionais já
atuantes e trocarexperiências são
algumas formas dese mostrar presente
no mercado
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10%, ou seja, a cada 10 vendas, umadelas o lojista não recebe e ainda te-mos o problema de contrabando,produtos ilegais e falsificados entran-do no território nacional. Tanto nós,consumidores, como o estado preci-sam enxergar o lojista como peça fun-damental de giro de capital e conce-der algum tipo de incentivo para esti-mular o crescimento de mercado. Enão é comprando no Paraguai quevamos crescer no Brasil.
Fale de um ou alguns trabalhosque você considera importantesem sua carreira?Meu primeiro trabalho de sono-rização por conta própria, por umaempresa de médio porte: fui trei-nado pelo Luís Salgueiro e pelaLilla Stipp. A operação de áudiono musical New York New York, noteatro Bradesco, em que conhecipessoas maravilhosas e profissio-nais altamente capacitados; e oprincipal deles: instrutor de áudiobásico numa escola, pois neste lu-
gar desenvolvi 90% do profissio-nal que sou hoje: aprendi “ensi-nando”, com cada pergunta, cadaponto de vista e cada comentáriodos mais de 1.200 alunos com quemtive o prazer de ter contato. Nestelocal fui treinado pelo MarceloClaret, Framklin Garrido e Ho-mero Sette. Cada um deles, alunose instrutores, de alguma forma sesomam ao que sou hoje, e fazemparte integrante da minha carrei-ra, sem sombra de dúvidas.
O que falta ainda ao Matheuspara que ele se torne um profissi-onal ainda melhor?Com certeza estudar mais, ser maismaleável, menos metódico, apren-der a ficar calado quando o silêncioé necessário e o mais importantede tudo isso: socializar mais, ouviro que as outras pessoas têm a dizere realmente ponderar o que é in-formação aproveitável ou não. Es-tou aprendendo isso aos poucos etem sido uma experiência e tanto.
Quais os seus planos para o futu-ro, o que pretende fazer daqui a10 anos, tanto no plano profissio-nal quanto pessoal?É difícil manter um planejamentoa longo prazo, mas posso dizer queum dos meus sonhos sempre foi terum trabalho que me permita sus-tentar minha mulher e meus futu-ros dois filhos. Se eu puder fazerisso trabalhando com áudio, mesentirei como uma pessoa realiza-da. Mais realizado ainda se pudertrabalhar com um dos meus princi-pais hobbies: cinema! Quando eu meencontrar mixando um filme numasala de cinema, posso dizer quecheguei exatamente onde queriaestar profissionalmente.
Este espaço é de responsabili-dade da Comunidade Gig-place. Envie críticas ou suges-tões para [email protected] ou [email protected]. E visite o site:http://gigplace.com.br.
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arlos Custódio Camilo, mais conhe-cido como Cabo Verde, está há 30
anos na estrada. Atualmente técnico dePA do cantor Cristiano Araújo, o profis-sional começou ainda garoto, aos 13anos, trabalhando em teatros como téc-nico de som e iluminação. A experiênciade “faz-tudo” valeu como um aprendiza-do. A ponto de, hoje, ele ter personalida-de suficiente para buscar o seu própriosom, independentemente do estilo doartista com o qual esteja trabalhando.“Minha marca pessoal como técnico deáudio é, em primeiro lugar, pressão equalidade. O som, esteja ele alto ou bai-xo, tem que ter qualidade. Tento escutarde tudo um pouco, mesmo que não sejao estilo de música que admiro”, revela.Para Maurício Pinto, engenheiro deáudio do Roupa Nova, tanto quanto osaspectos técnicos da profissão, algumascaracterísticas pessoais, especialmentena relação com o artista e com os de-mais integrantes da equipe técnica, po-dem fazer toda a diferença no sentido desomar esforços para que se atinjam osobjetivos comuns.“Nesse sentido, considero minhas mar-cas pessoais simplicidade e humildade.A característica que define meu som é aobservação aos requisitos básicos. Aadaptação a artistas de diferentes esti-
Alexandre Coelho
Fotos: Arquivo Pessoal /
Divulgação
CEm mais uma
reportagem da sériesobre como os
técnicos de áudioimprimem uma
marca pessoal emcada trabalho que
fazem, é a vez deCarlos Camilo (o
Cabo Verde) eMaurício Pinto
contarem suasexperiências.
PARTE 11
O somDE CADA PAO somDE CADA PA
los musicais se dá na medida da atençãoque se dispensa ao profissional de áudio.Se você entorta muito, alguma coisaestá errada”, avalia.Com a mente focada nas relações inter-pessoais e na objetividade quanto aosrequisitos técnicos, Maurício Pinto ga-rante que nunca precisou mudar algumade suas características para melhor seadequar ou para agradar a algum artista.Até porque já é um preceito seu empres-tar o seu trabalho a serviço da música edo artista, que, para ele, estão sempre emprimeiro plano.“A sonoridade vem do palco, do artista, doseu instrumento. Eu só faço isso ficargrande, equilibrando tudo dentro da con-cepção que me passam. Para conseguirisso, tecnicamente, apenas aplico concei-tos básicos de alinhamento, equalização emuito filtro”, ensina Maurício.Cabo Verde assegura que também jamaisteve a necessidade de adequar a sua for-ma de trabalhar e, consequentemente, asua sonoridade característica, a partir daexigência de algum artista. Na verdade,segundo ele, sempre que foi contratado,o motivo era justamente o seu estilo detrabalhar e a sua sonoridade.“Graças a Deus, todos que me contrata-ram já conheciam o meu estilo de traba-lho. Para alcançar esse diferencial, em
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primeiro lugar, sempre entendi quea pressão sonora e a qualidade sãotudo. Mas, acima de qualquer coi-sa, sempre tive a humildade de tra-tar a todos os profissionais comtodo o respeito e de acatar o gostode cada um, porque cada um temseu estilo próprio”, observa.Cabo Verde considera como seuequipamento mais valioso – e seumaior aliado na hora de sonorizarum show – o seu ouvido. E, paraele, ouvir, em um sentido mais am-plo, é também dar atenção ao queoutros profissionais de áudio en-volvidos no trabalho, especial-mente os da empresa locadora, dãode contribuição para que se alcan-cem os resultados buscados.“Antes de qualquer coisa, ouço oalinhamento que o funcionário daempresa fez, para ver se está deacordo com o meu gosto. Existemmuitos técnicos que já vão gerandoo gráfico do PA, remexendo noprocessador mesmo antes de ouviro alinhamento que o técnico da
empresa fez. Temos que respeitar otrabalho desse técnico, até porqueele já viaja com o equipamentopara cima e para baixo, prestandoserviço para outras bandas. Agora,se você falou um ‘alô’ no PA e nãoestá do seu agrado, o melhor é co-
meçar pelo processador, para con-ferir os cortes e ver onde está oerro. A partir daí, sim, depois dealinhar e resolver esse problema,pode-se começar a dar uma identi-dade e a colocar sua sonoridadeprópria”, sugere.
Maurício Pinto é sucinto quando oassunto envolve os equipamentosque, de alguma maneira, favoreçama sua sonoridade e o seu trabalhocomo técnico de áudio. Ele citaapenas o microfone Shure SM-58 eum cabo P2 para iPhone como seus
“aliados” na busca pelo som idealem cada apresentação.“Pretendo fazer um curso de Smaartcom o Fernando Fortes para come-çar a usar essa tecnologia. No ali-nhamento, uso apenas a voz e o ou-vido. Enquanto não tenho um sis-
Carlos Custódio Camilo
Antes de qualquer coisa, ouço oalinhamento que o funcionário da empresafez, para ver se está de acordo com o meugosto (Cabo Verde)
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tema de soundcheck virtual, utilizo músi-cas com diferentes parâmetros”, revela.Ainda no alinhamento do PA, assimcomo acontece com a maioria dos técni-cos, Maurício tem algumas músicas e al-guns artistas de sua preferência, que gostade usar para comparar o som do sistemaantes e depois de alinhado. Ele conta quetem uma pasta de músicas com o nome de“Testadeiras”, entre as quais costuma usarcomposições de artistas como Incógnito,Steely Dan e James Taylor, entre outros.Já no que diz respeito à passagem de som,por força das circunstâncias, Maurício ain-da trabalha à moda antiga. “Não usosoundcheck virtual. Infelizmente, o RoupaNova adora passar o som. Quando os músi-cos da banda não podem, os roadies ajudammuito. Estou namorando viajar com umaSD8. Se tudo der certo, terei esse prazer eessa ferramenta sensacional”, planeja.Cabo Verde também tem a sua trilha so-nora de preferência para comparar oMaurício Pinto
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som do PA antes e depois de ali-nhado. Dependendo do local,ele escolhe canções de artistascom os quais se identifica, comoToto, Phil Collins, Quincy Jo-nes, DubXanne (The Police inDub), Michael Jackson, Tears forFears e Sade, entre outros, paraavaliar se a sonoridade do siste-ma está a seu gosto.A passagem de som, por sua vez, CaboVerde costuma fazer com os roadies.Ele justifica dizendo que fazer o sound-check com a banda só funciona naprimeira vez, assim que o técnico co-meça a trabalhar com o artista, ape-nas para sentir a pegada de cada músi-co. “Quando o músico entra no palcopara fazer um soundcheck, ele acabafazendo um ensaio do show. E, mes-mo ele passando o som, na hora doshow, a pegada e a adrenalina sempremudam”, atesta.
Com três décadas de estrada, o téc-nico não hesita ao afirmar que é im-portante, sim, para um profissionalde PA, buscar uma identidade pró-pria no seu som, que o diferencie dosdemais companheiros de profissão.“Cada profissional tem seu estilopróprio de trabalhar e eu respeitocada um deles, por mais que o tim-bre não me agrade. Até porque eunão sou melhor do que ninguém.Mesmo completando 30 anos deprofissão esse ano, todo dia euaprendo alguma coisa nova e estouaberto a críticas. E não me sintoinferior por dizer que ainda tenhomuito a aprender”, admite.Já Maurício Pinto acredita que aidentidade é aquela determinadapelo artista e seu espetáculo. Emsua visão, o técnico precisa captaresse espírito. E, no caso do RoupaNova, com quem ele trabalha, essa
identidade é quase sinônimo deuma busca pela perfeição. “Diver-sas vezes, pessoas foram reclamarcom os artistas sobre a falta de res-peito de eles fazerem playback.Acharam que não era ao vivo! Émole?!”, diverte-se.No caso de Cabo Verde, são os ar-tistas e músicos que costumam sesurpreender com sua maneira deatuar. “Sempre que começo a tra-balhar com um artista, faço só aprimeira vez o soundcheck com abanda. No show seguinte, eu já avi-so que a banda não precisa mais ir.Os músicos geralmente se espan-tam com essa minha atitude, mas,com certeza, ficam felizes, porquesabem que existem profissionaispor traz deles capazes de resolverqualquer problema para que o somsaia o mais próximo possível daperfeição”, acredita.
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Victor Bello
Fotos: Divulgação
oi quando eu comecei também a usar
o computador e programações. Co-mecei a usar baterias eletrônicas, sam-
plers para fazer levadas, fiquei muito emcasa fazendo coisas no computador”
conta Leoni sobre o seu primeiro discosolo, o homônimo Leoni lançado pela
gravadora EMI, em 1993, que incluiu ossucessos Garotos II e Carro e Grana.
Leoni, que iniciou a carreira em 1981,como baixista e compositor da banda
Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens,se tornou um bem sucedido hit maker,
conhecido por diversos sucessos do poprock nacional ao longo dos anos 80 e 90.
Após a saída do Kid Abelha, o músicoentão parte para formar o Heróis da Re-sistência, em 1986, grupo com o qual
lançou três discos, conquistando umDisco de Ouro na época. Em 1993 par-
tiu para a carreira solo, após o Heróis fi-car sem contrato com a gravadora e o
compositor optar por canções em for-matos mais pop, enquanto o ex-grupo
pensava em algo mais hard rock e pesa-do para o próximo álbum “Os arranjos
que eles propunham para o disco não ti-nham absolutamente nada a ver com as
músicas e aí eu comecei a me questionarse era esse o caminho mesmo. O que eu
tinha era uma coisa mais pop”. O ex-companheiro de Kid Abelha e
amigo de longa data, Beni Borja- conhecido por assinar a pro-
dução dos primeiros discos doBiquíni Cavadão, o segundo
solo de Celso Blues Boy e oprimeiro álbum de Fernanda
Abreu -, também conversoucom a Backstage sobre a as-
sinatura na produção nodisco Leoni. “Do que eu sei,
Primeiro disco solo
de Leoni que
embalou o sucesso
Garotos II
completa 20 anos.
Gravado em
meados dos anos
90, o trabalho foi
uma espécie de
disco híbrido de
analógico e digital.
esse foi o primeiro disco brasileiro feito noesquema de “project studio” digital do-
méstico, que hoje, na era dos DAWs, équase o padrão das produções fono-
gráficas. Fomos pioneiros no Brasil no usode gravadores digitais baratos e me parece
também no uso de ambientes domésticospara gravações de música pop, o que per-
mitiu que fizéssemos o disco no nosso rit-mo, como desejávamos” observa Beni.
GRAVAÇÃOO disco foi um híbrido de digital eanalógico. A maioria das faixas
foi gravada em 8 canais deADAT (áudio digital 16
bits) com outros ca-nais MIDI “sincados”
pela MOTU, grava-do na própria casa
do Leoni, com ex-ceção da faixa Na-
da Como eu e Você,
que teve bases gra-vadas em 24 canais
analógicos no NasNuvens, e do
acordeom
F
RESISTÊNCIARESISTÊNCIA
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POP INVENTIVAPOP INVENTIVA
de Dominguinhos em O Fim de
Tudo, gravado no estúdio Be-Bop,
em São Paulo. A mixagem foi feitaem fita analógica no Nas Nuvens
com o engenheiro Vitor Farias,tendo Ricardo Fegalli participado
da mixagem de duas canções no es-túdio do Roupa Nova. “Eu tinha
acabado de retornar de um períodode estudos de engenharia de grava-
ção em Londres. Tendo acompa-nhado algumas sessões de gravação
lá, eu estava muito insatisfeitocom os padrões das produ-
ções brasileiras na oca-sião. Minha insatisfa-
ção era essencial-mente com a falta
de experimentaçãosonora nas nossas
produções. Os or-çamentos aper-
tados não nos o-fereciam a opor-
tunidade de bus-car novas sono-
ridades no estú-dio. Comprei um
gravador ADAT de 8 canais daAlesis, recém-lançado nos Estados
Unidos, um pré-amplificador eequalizador num Lunchbox da API
e montamos um miniestúdio nasala do apartamento do Leoni. O
equipamento consistia no ADAT,um teclado, alguns poucos micro-
fones emprestados pela EMI (umNeumann 87 e um AKG 414), uma
mesa de 24 canais AKAY e moni-tores Monitor One, da Alesis, um
Sampler AKAI S3000 e um MACSE ligado a uma interface MIDI
Motu Performer” conta Beni. Osinstrumentos utilizados foram um
violão Taylor e um Takamine, gui-tarra Fender Stratocaster tocada
pelo guitarrista Pablo Uranga, bai-xo Fender Precision 1977 e pedal
driver SansAmp.A capa do disco foi uma sugestão
da gravadora com o compositorsendo fotografado na praia de
Grumari, no Rio de Janeiro, senta-do em uma poltrona em um dia
nublado onde se optou usar um fil-tro amarelado para dar uma inten-
ção solar a todo o conceito do álbum.Em seguida, o designer Rouber Mar-
chezini usou letras e cores que semisturavam no título.
MERGULHONO POP E...flerte com o eletrônico
Leoni, que foi lançadono fim de 1993, che-
gou a vender cerca de30 mil cópias, pouco
para os padrões da épo-ca. Segundo o compo-
sitor, isso se deu em grande partepor a gravadora não ter investido o
suficiente na divulgação do disco,mesmo após Garotos II emplacar na
execução na novela Fera Ferida. Odisco apresenta uma pegada dan-
çante e um flerte com a música ele-trônica. “Eram interesses meus, eu
estava ouvindo muita coisa eletrô-nica misturada, gostava muito da
mistura de música eletrônica comrock, com reggae, que na época tava
acontecendo, eu gostei muito de fa-zer essa colagem” diz o compositor.
Nada como eu e você, música queabre o disco, conta com a partici-
pação do saxofonista George Israele traz uma junção meio Heróis da
Resistência com Kid Abelha. “Agente tinha esse metais samplea-
dos que o Humberto Barros tinhano teclado e resolvemos que seria
bacana dobrar esses metais sam-pleados com metais de verdade,
que era uma coisa que se fazia mui-to na época, você gravava um nai-
pe de metais todo sampleado echamava um instrumentista de
verdade para dar uma cara menosplástica”, observa Leoni.
A letra da música fala de coisas ba-nais sobressaindo por coisas im-
portantes. Falando de Amor é umalist song, onde o compositor listou
várias coisas que, em sua opinião,não era amor. Garotos II, um dos
maiores clássicos de seu repertórioé uma resposta a Garotos, composi-
ção junto com a Paula Toller daépoca do Kid Abelha. “Depois de
gravarmos o “take” perfeito do vio-lão base de Garotos II, percebemos
SEÇÃ
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AMOP
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que no fundo se ouvia distintamente osom dos grilos da mata próxima à sala da
casa de Leoni. Tentamos gravar outro“take” com as janelas fechadas, mas as
reflexões sonoras do vidro alteravampara pior o som do violão. Nos rende-
mos ao fato de que os grilos faziam parteda paisagem sonora e fomos em frente.
Um dia, já no fim das mixagens, JoãoAugusto, na ocasião diretor de A&R,
da EMI, quis ouvir. Durante a audiçãoalguém comentou sobre os grilos. Na-
quele momento, João Augusto, que atéentão tinha apoiado integralmente
nossos métodos pouco-ortodoxos,pirou. Revoltado, João dizia que a EMI
não poderia lançar um disco assim, queseriamos alvos de processos dos com-
pradores, que aquilo era um absurdo.Ao chegar no estúdio no dia seguinte,
perguntei ao Vitor pelos resultados damixagem, ouvimos e ele admitiu que ti-
nha ficado muito pior. O assunto foi es-quecido pelo João Augusto e, na hora de
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Lista de Faixas
1. Nada Como Eu e Você
2. Falando de Amor
3. Garotos II - O Outro Lado
4. O Fim de Tudo
5. Carro e Grana
6. Will Robinson
7. Revival
8. Nessa Espera
9. São Tomé
10. A Festa
11. Círculos
enviar o disco para a masterização,enviei a nossa mixagem e me pre-
parei para outro ataque do JoãoAugusto. Surpreendentemente,
ele achou ótima a master e lançouGarotos II como single. Foi uma das
músicas mais executadas no paísem 1993 e ainda com a participa-
ção especial dos grilos”, se diverteBeni Borja.
Carro e grana, um reggae pop quefala de fracasso e fama, também
atingiu certo sucesso e veio da in-fluência dancehall que estava mui-
to em voga na época. A músicapossui arranjos vocais africanos
sugeridos pelo Felipe Abreu, quefoi professor de canto de Leoni.
São Tomé é uma road song (cançãode estrada) bem experimental e
fala da trajetória em uma viagempelo interior de Minas Gerais. Fes-
ta, com um riff suingado bem dan-çante com o sampler de She drives
me crazy, do Fi-ne Young Can-
nibals, fala dasfestas que o mú-
sico frequenta-va na época.
A marca desse dis-co solo, muito em-
balada pela cançãoGarotos II, perma-
nece na históriado compositor que,
para esse ano, seguecom um projeto em
homenagem a Cazu-za, com diversos mú-
sicos e um hologramadele no palco e tam-
bém um show novochamado Como mudar
o mundo?, tema bas-tante relevante em
tempos de manifesta-ções pelo País.
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m maio deste ano, os músicos Roger
Franco (guitarra), Sydnei Carvalho(guitarra), Felipe Andreoli (baixo) e
Alexandre Aposan (bateria) embarca-ram rumo à Califórnia, nos Estados
Unidos. Lá, o quarteto aportou no estú-dio Jingletown, propriedade da banda
Green Day, onde, durante quatro dias,registraram o primeiro material gravado
do seu projeto instrumental 4Action. Oresultado tem previsão de lançamento
EBanda formada por Felipe Andreoli, Sydnei
Carvalho, Roger Franco e Alexandre Aposan
registra seu primeiro DVD nas salas de
gravação do trio californiano Green Day.
Alexandre Coelho
Fotos: Divulgação
ACTIONno estúdio
Brendan Duffey, SydneiCarvalho e Trè Cool
4
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para setembro, durante a Expo-music, em São Paulo.
Formado em setembro de 2010, o4Action reúne músicos díspares
como Roger Franco e AlexandreAposan, de bandas cristãs como
Freedom e Oficina G3, respecti-vamente; Felipe Andreoli, do
Angra; e Sydnei Carvalho, co-nhecido por seu trabalho solo ins-
trumental. Mesmo com diferen-tes bagagens musicais, os quatro
encontraram um denominadorcomum em um trabalho que mes-
cla rock instrumental, jazz-fusion,heavy metal e funk. Depois de
mais de dois anos tocando juntos,faltava um registro gravado. E o
grupo optou por um DVD, total-mente gravado em estúdio.
“A ideia inicial era gravar um dis-co. Acontece que nossa música é
recheada de dinâmicas e momen-tos que tornam a gravação con-
vencional – na qual se gravam os
instrumentos separadamente –inadequada. Para captar todas as
nuances e conversas que aconte-cem muitas vezes de improviso, o
ideal era que gravássemos ao vivo,mesmo que em um estúdio. E já que
estávamos ali, por que não regis-trar o processo em vídeo? E assim o
CD tornou-se um DVD. Além dasmúsicas, ainda haverá vídeo-aulas
de cada um de nós, que serão grava-das aqui no Brasil, no Norcal Stu-
dios”, conta Felipe Andreoli.Da ideia à prática, coube ao enge-
nheiro americano Brendan Duffey,dono do Norcal Estúdios, em São
Paulo, apontar os caminhos. “Eucresci trabalhando em estúdios de
gravação no Norte da Califórnia.Quando o Felipe me perguntou
qual estúdio eu recomendaria, pas-samos algumas semanas investi-
gando nossas opções. E o Jingle-
town, em Oakland, ofereceu tudoo que estávamos procurando e
muito mais. Nós queríamos nos di-vertir durante a gravação, no me-
lhor lugar e com o melhor equipa-mento que pudesse ser oferecido”,
justifica Duffey.De acordo com Felipe Andreoli, a
banda queria um estúdio que ali-asse uma grande qualidade técni-
ca e um visual bonito. BrendanDuffey, então, sugeriu alguns es-
túdios nos Estados Unidos onde játinha trabalhado ou onde conhe-
cia pessoas que trabalhavam e, deimediato, o Jingletown encantou
a todos pelo visual e pelo equipa-mento que o estúdio reúne. “O
console é um Neve feito à mão, etem um som maravilhoso! O fato
de o estúdio estar tão perto de SãoFrancisco, que é uma cidade fan-
tástica, também foi um fator deci-sivo”, admite o músico.
Felipe Andreoli, Brendan e Trè Cool
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Se, para a banda, o visual do estúdio –importante no caso da gravação de um
DVD – e a proximidade com uma cida-de de forte tradição cultural como São
Francisco foram determinantes, paraBrendan Duffey, foram as condições
técnicas do Jingletown o principalmotivo pela escolha do estúdio. Da lis-
ta de equipamentos disponíveis aoprojeto acústico da sala de gravação,
ele reunia as condições ideais para queos músicos e o staff técnico chegassem
ao resultado almejado.“Além da mesa Neve Vintage e da sele-
ção fantástica de periféricos e microfo-
nes, o espaço de gravação no Jingletown éincrível. A sala de gravação tem mais de
400 m2, com pé-direito bem alto. A salade gravação também é bastante morta, o
que nos ajudou a evitar o excesso de vaza-mento entre os instrumentos. O estúdio
tornou possível, para nós, configurar abanda e gravar exatamente da maneira
que queríamos”, comemora Duffey.Segundo o técnico, a equipe passou qua-
tro dias no estúdio, sendo dois dias parapreparar e instalar todo o equipamento
adequadamente, e outros dois para gra-var. Para Duffey, foi o bastante. “Passei
quatro dias em um estúdio incrível, com
Equipamentos usados na gravação
Bateria
Console – Neve 8068
Kick 1 & 2 – Shure Beta 52
Snare Top – Shure SM57
Snare bot – AKG 414B ULS
Snare 2 Top – Telefunken M80
Snare 2 Bot – AKG 414B ULS
Surdo 1 – Sennheiser 421
Tom 1 – Sennheiser 421
Tom 2 – Sennheiser 421
Surdo 2 – Sennheiser 421
Surdo 3 – Sennheiser 421
Ride – Shure KSM 137
Overheads – Telefunken RFT216 Stereo
Spot Left/Right – Vintage AKG 451e
Ambiente Kick/Snare – Neumann U47
Ambiente Sala – Neumann U67
Ambiente Teto – Dynamic
Baixo
DI – Avalon U5
EV RE20 e Neve 8068
Empirical Labs Distressor
Neumann TLM170
Guitarra Roger Franco
AKG 414B ULS
Pre Vintech X73
Shure SM57
Guitarra Sydnei Carvalho
Pre Vintech X73
AKG 414B ULS
Shure SM57
Console Neve 8068 32 Channel
Brendan Duffey
”
“Além da mesa Neve
Vintage e da seleção
fantástica de
periféricos e
microfones, o espaço
de gravação no
Jingletown é
incrível. A sala de
gravação tem mais
de 400 m2, com pé-
direito bem alto. A
sala de gravação
também é bastante
morta, o que nos
ajudou a evitar o
excesso de
vazamento entre os
instrumentos
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Os caras do Green Day pararam paraver o que estava acontecendo e para nos daruma mãozinha com alguns equipamentos. Eucostumava assisti-los na minha cidade
““
alguns dos melhores músicos derock do Brasil. Tivemos tempo su-
ficiente para fazer tudo do jeito quequeríamos e os resultados são sur-
preendentes”, garante o engenhei-ro, que registrou três ou quatro
takes de cada uma das 10 músicasselecionadas, para que, juntamente
com a banda, pudessem escolher amelhor interpretação de cada.
Entre os fatos que aconteceram du-rante a permanência do 4Action
no Jingletown, o mais curioso foi apresença dos integrantes do Green
Day no estúdio. Billy Joe Arms-trong, Tré Cool e Mike Dirnt, do-
nos do espaço, estavam no local noprimeiro dia da banda brasileira por
lá. Segundo Felipe Andreoli, todosforam muito simpáticos, conversa-
ram com os músicos brasileiros e ti-raram fotos, mas não participaram
das gravações. Já para BrendanDuffey, foi a oportunidade de reen-
contrar velhos conhecidos.
“Os caras do Green Day pararampara ver o que estava acontecendo
e para nos dar uma mãozinha comalguns equipamentos. Eu costuma-
va assisti-los na minha cidade,quando era criança, em pequenas
casas de shows para menos de 200pessoas. Foi legal revê-los mais de
20 anos depois”, assume.A “mãozinha” a que se refere Bren-
dan Duffey foi além de dicas ou deapoio moral por parte dos integran-
tes do Green Day. De acordo comFelipe Andreoli, o baterista Ale-
xandre Aposan recebeu todo o kitde bateria no estúdio, com direito a
tambores, peles e todos os acessóri-os necessários. Só que faltaram as
“garrinhas” de um dos bumbos, enão havia nenhuma loja ou distri-
buidor por perto que pudesse for-necer essas peças.
“O Tré Cool, baterista do Green Day,estava no estúdio e, por muita coin-
cidência, é patrocinado pela mesmamarca de baterias. Ele prontamente
mandou buscar um bumbo de umade suas baterias, zerado, e nos em-
prestou as garrinhas. Foi uma atitu-de muito bacana”, elogia Andreoli.
A produção do primeiro DVD do4Action, no entanto, começou
meses antes das sessões de gravaçãono estúdio. Toda a pré-produção foi
feita nas casas de Sydnei Carvalho eFelipe Andreoli, em encontros ini-
ciais entre os dois guitarristas,Sydnei e Roger Franco, aos quais
Felipe se uniu posteriormente.
Com as composições já adiantadas,os três foram ao encontro do batera
Alexandre Aposan, no EM&T,para ensaiar as composições.
“Já na gravação, levamos três pes-soas fundamentais para o projeto:
o Brendan, responsável por toda aparte de áudio e que está mixando
o disco no Norcal Studios com oAdriano Daga; Hugo Pessoa, dire-
tor de vídeo responsável por toda acaptação, edição e finalização; e
Celso Wolfe, da One Pixel, nossofotógrafo e designer, responsável
por toda a parte gráfica do proje-to”, enumera Andreoli.
No que diz respeito à captação dasimagens, a intenção inicial da ban-
da era contar com uma câmera RedEpic, usada no filme O Hobbit. Mas,
como isso não foi possível, a equi-pe utilizou uma câmera Arri Ale-
xa, além de outras Red e diversaslentes. “O pouco que já vimos do
vídeo está fantástico. O trabalhode captação do Hugo foi fenome-
nal”, assegura o baixista.Ainda de acordo com Felipe An-
dreoli, musicalmente, o grupo pro-curou reunir composições que pri-
massem pela variedade. Diferençasà parte, a mistura, segundo ele, soa
como algo que pode ser definidocomo um rock/fusion instrumen-
tal, ainda que outros estilos musicaispossam ser percebidos no som do
grupo, fruto da influência pessoal decada um dos músicos.
O DVD do 4Action está previstopara ser lançado na Expomusic
2013, que acontece em setembro,em São Paulo. Até lá, no entanto, a
banda e a equipe técnica têm mui-to trabalho pela frente. Isso porque
serão gravadas vídeo-aulas de cadamúsico, explicando trechos e téc-
nicas usadas nas músicas, além deum farto material de making of. Os
fãs também podem esperar por al-guns shows de lançamento.
“Nesse meio tempo, a banda já estáagendando algumas apresentações,
porque nunca sabemos qual será apróxima chance de juntar os quatro
de novo. A agenda das nossas bandasprincipais (Angra, Oficina G3 e
Freedom), somadas ao trabalho quefazemos com workshops pelo país
todo, dificulta bastante”, explicaAndreoli. Depois do lançamento do
DVD, em setembro, o 4Action játem um novo compromisso agen-
dado. A banda voltará à Califórniaem janeiro de 2014 para gravar um
novo DVD, desta vez no lendário barde jazz Baked Potato.
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Danielli Marinho
Fotos: Ernani Matos / Divulgação
entra para o circuito Com shows dos sertanejos Maria Cecília & Rodolfo e
dos rockeiros Os Paralamas do Sucesso, mais de 20
mil pessoas se reuniram no parque de exposições da
cidade de Santa Maria Madalena, no interior do
Estado do Rio de Janeiro.
EXPO MADA EXPO MADA município que deu Dercy Gonçalvesao mundo comemorou o 151º ani-
versário de emancipação política e admi-nistrativa com festa entre os dias 6 e 9 dejunho. Além dos shows de Maria Cecilia& Rodolfo e dos veteranos Paralamas doSucesso, o público contou com umainfraestrutura bem diferente dos anosanteriores. Palco, sistema de som e ilu-minação ficaram sob a responsabilidade
O
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de grandes eventosLENALENA
da empresa Extrasom, de São Joãoda Barra (RJ).“Trouxemos um sistema que já estácom a gente há mais de oito anos,um line SL 1212, feito pela Acústi-ca, com falante Eighteen Sound,drive B&C. Esse sistema foi umaexigência do contratante”, avaliouJoão Natan da Silva, técnico respon-sável e sócio da Extrasom. Além do
sistema de PA, João Natan com-plementa que também foi usadoum par de PM5D-RH, da Yamaha,e sides Machine 815, falantes Bey-ma e subgraves da Lacustica, comfalante Selenium, de 1200 wattsRMS. “Trouxemos a monitoraçãopré e também os monitores SM 222,fabricados pela Machine, além depraticáveis”, enumera. Para o back-
line, João conta que foram disponi-bilizados Fender Twin, JCM 90, sis-tema sem fio PSM 900 de stand by,Porta Pro de 8 canais, com oito fo-nes, além de quatro AKG.Na iluminação, apesar da Extrasomcolocar à disposição alguns equipa-mentos da empresa, os artistas tam-bém optaram por levar os seus,como a dupla Maria Cecília &
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Rodolfo, que levou painel de LED,movings, PAR 64, PAR LED, Mini-bruts, Elipsoidal, ACL, tudo próprio.“O de hoje é tudo nosso, com exceçãodo painel de LED, mas os movingsGiotto, os Beam da SGM, os Wash daACME, Elipsoidais, as PAR LED, osACL, Main Power, duas mesas de luz,sendo uma Avolites Touch 2010, sãonossos”, explicou João.
SONORIZAÇÃOSegundo André Nascimento, técnicode PA substituto do Paralamas do Su-cesso, a banda não costuma levar mesapara a estrada e os técnicos acabamusando os consoles disponibilizadospela locadora de som responsável peloseventos. “A gente terceiriza da firma desom, hoje com as mesas digitais já temos osmodelos que estamos acostumados a tra-balhar. Geralmente a PM5D, ou então aDigidesign, Profile. No palco, geralmenteo Guto usa a PM5D também”, avalia,
acrescentando que outra mesa que tam-bém está entre suas preferidas é a Vi6, daSoundcraft. “Gosto muito do som da Vi6,mas ela está entrando agora no mercado,começando a surgir agora”, completa.
”
“Sempre quando a
gente faz
um show longe, em
que não dá para ir
a carreta, usamos o
que tem na locação.
A gente pede
sempre a PM5 ou
a Digidesign,
ou a própria
Digico
(Fabiano
Rodrigo,
PA Maria Cecília
& Rodolfo)
Rack de amplificação da Extrasom inclui um dbx
André Nascimento fez o PA do Paralamas do Sucesso
No monitor, Yamaha PM5D
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contrar algumas soluções para acer-tar o som. “Hoje tive uns problemasno PA, infelizmente acontece,acredito que foi problema de ener-gia, porque tentamos resolver enão deu. Consegui cortar bastanteas frequências que estavam so-brando, tinha muita diferença doPA L para o R, consegui regular umpara parecer com o outro. A mesa
achei interessante”, avalia. Fabia-no Rodrigo, PA da dupla MariaCecília & Rodolfo, viaja com umaDigico e só abre mão da consolequando o local é muito longe.“Sempre quando a gente faz umshow longe, em que não dá para ir acarreta, usamos o que tem na loca-ção. A gente pede sempre a PM5ou a Digidesign, ou a própria Di-gico”, enumera. O técnico tambémnunca havia usado o sistema de PAdisponível e também precisou en-
Embora esteja na estrada não ape-nas com o Paralamas, mas tambémcom o Afroreggae, André nuncahavia sonorizado com o sistemaSL1212. “Nesse PA achei que naregião de médio, na região de 630, afrequência está muito agressiva,então eu tive que tirar bastante.Na parte dos agudos, que pega o si-bilado de voz, de contratempo, eutive que dar um pouquinho de gan-ho, senti essa necessidade. Mas nogeral, fazendo esses ajustes, eu
Subs complementam o sistema de PA usado no evento
Amplificadores Machine também foram usados, para o sistema de PA
Fabiano Rodrigo, PA de Maria Cecilia & Rodolfo
Adriano Lima, monitor da dupla sertaneja
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me ajudou mui-to, mas os pro-blemas de ener-gia não tem co-mo resolver. O
público, às vezes, não percebe, mas paranós foi bem sacrificante. No entanto,apesar de tudo, foi bom”, ponderou.
PRODUÇÃOProblemas à parte, quem foi ao Par-que de Exposições para a festa da ci-dade deste ano pôde notar muita di-ferença na estrutura. A empresa res-ponsável pela produção, a Excalibur,lançou mão de tecnologia para siste-matizar o evento. Segundo Lucas Go-mes, um dos proprietários da compa-nhia, todo o projeto foi montando em3D com antecedência, além de uma
Painéis de LED da Gobos queatendeu aos camarotes.
Sistema usado na Expo Santa Madalena
Luciano Fazolato e Lucio Duarte
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vistoria prévia no local para que fosse montada uma pers-pectiva de todo o evento. “A gente também gosta semprede chegar antes ao local, por exemplo, além de fazer um
projeto 3D de todo o evento. Aqui em Madalena, ficamosquase um mês montando essa estrutura, para estar tudo pron-to antes, porque o mais importante é deixar tudo adiantado
“A gente também gostasempre de chegar antes ao local,por exemplo, além de fazer umprojeto 3D (Lucas)“No detalhe à esquerda, parte traseira do painel
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para a gente fazer um grande evento”,acrescenta Aristeu Meireles, tambémsócio da Excalibur.Essa nova visão de produção vem ao en-contro das diretrizes da Excalibur, quetem menos de um ano de vida. “Quere-mos fazer tudo com planejamento, que éo que a gente acaba não vendo em mui-tos outros lugares. Quando sentamos
para conversar para abrir a empresa foiesse o foco que a gente queria atingir, por-que a gente vê muita cidade que não temisso. Então, organizando antes, conhe-cendo o lugar, vendo o lugar, a gente con-segue fazer e ver esse resultado que es-tamos tendo. A gente nunca vai ter a se-gunda chance de causar a primeira boaimpressão”, resume Aristeu. Com essanova visão e estratégia, Lucas conta que”
“Claro que existem
erros, mas
conseguimos
minimizar.
Mudamos o projeto
três vezes para dar
tudo certo.
Mudamos o local de
palco, local de
camarote, saídas
de resgate, já que
grandes shows
assim atraem
muita gente
(Lucas)
A dupla Maria Cecilia & Rodolfo no segundo dia da Expo Madalena
Cristiano Vaz, lighting designer do Paralamas
Silvio Cesar, LD da dupla Maria Cecilia & Rodolfo
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foi possível diminuir os erros ematé 90%. “Claro que existem erros,mas conseguimos minimizar. Muda-mos o projeto três vezes para dartudo certo. Mudamos o local de pal-co, local de camarote, saídas de res-gate, já que grandes shows assim
atraem muita gente, ainda mais aquiem Madalena que nunca teve uma es-trutura grande, então fizemos todaessa logística”, comemora o empresá-rio de apenas 22 anos. Para realizar oevento, a Excalibur contou com asparcerias da TelaViva e da própria pre-feitura de Santa Maria Madalena. Parao prefeito da cidade, a concretiza-ção de grandes eventos como esse
para a cidade se reflete diretamentena economia da cidade. “Todas aspousadas e hotéis estão lotados e,além disso, esses eventos propiciama todos os comerciantes um aqueci-mento na economia local, fazendocom que restaurantes e todo o co-
mércio possam ter um ganho maior”,avalia. A Excalibur, apesar de tersido criada em outubro de 2012, jáconta em seu currículo com eventoscomo o Encontro de Motociclistasde Rio das Ostras, o Encontro deJipeiros de Santa Maria Madalena, aPaixão de Cristo em São João da Bar-ra e a Festa da Padroeira de Atafona,também em São João da Barra.
Sócios-propietários da Excalibur, Aristeu (à esquerda) e Lucas (à direita). Ao centro, Guto, da TelaViva
Equipe da Extrasom, empresa responsável pela sonorização da Expo Madalena
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om a popularização dos sistemas degravação digital ocorrida no início
da última década, muitos desses profissi-onais também optaram por investir emseus estúdios próprios, permitindo-oscriar um repertório personalizado parasuas apresentações, bem como a desen-volverem projetos paralelos produzindoe lançando outros artistas nacionais.Atualmente o quadro se inverteu, sendomais difícil encontrar no mercado um DJque se dedique apenas à “discotecagem”.Cuca, Iraí Campos e Marlboro são algunsdos precursores que atualmente produ-zem hits que nada deixam a desejar àsproduções dos “Top DJ´s” mundiais.
C
No início da década de 1980, quando a música
tocada nas danceterias inicia seu processo de
migração/evolução da disco music para a dance
music, o mundo pôde acompanhar o nascer de uma
safra de disc-jockeys (DJ´s) que encantavam o mundo
com suas mixagens e performances mirabolantes. No
entanto, poucos eram os profissionais desse segmento
que se dedicavam à arte da produção musical.
Luciano Freitas é técnico de áudio
da Pro Studio americana com for-
mação em ‘full mastering’
VOLCAMÚSICA ELETRÔNICASEU PASSAPORTE PARA A PRODUÇÃO DEVOLCAMÚSICA ELETRÔNICA
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Analisando a demanda desse segmento profissional, oqual necessita de instrumentos musicais que re-produzam todo o “calor” da sonoridade analógicavintage e que possuam uma interface de programaçãoprática e simplificada, alguns dos tradicionais fabrican-tes de sintetizadores passam a desenvolver produtosque, além de atender a essa necessidade, ganham espaçojunto aos toca-discos nas apresentações desses músicos.Sempre se destacando neste segmento de produtos, aKorg aproveitou a Musikmesse 2013 para supreenderos visitantes com uma novidade que promete ser o“braço direito” do produtor contemporâneo de músi-ca eletrônica.
VOLCA
Seguindo os passos das linhas de sintetizadores ana-lógicos Monotron, Monotribe e MS-20 Mini, a Korgcoloca no mercado a família Volca. Formada inicial-mente por três diferentes modelos (Volca Keys, VolcaBass e Volca Beats), essa nova linha de equipamentosoferece, em uma embalagem compacta e por preço aces-sível, um conjunto diversificado de sons analógicosclássicos, indispensáveis na produção dos estilos musi-cais que compõe a Dance Music Eletrônica (EDM).Além de toda a robustez típica da sonoridade analó-gica real, outras características são comuns aos trêsmodelos: todos permitem sincronismo via MIDI e
sincronismo analógico (pulsos elétricos – conectoresdo tipo P10), possibilitando o ajuste de tempo entrediferentes unidades do equipamento (compatíveltambém com o App “SyncKontrol”, desenvolvidopara iPhone); possuem um alto-falante interno e umasaída para fones de ouvido; todos possuem um sequen-ciador (16 passos ou gravação em tempo real) capaz dearmazenar simultaneamente até oito diferentes padrõesmusicais em sua memória; todos podem ser alimenta-dos por pilhas (autonomia de aproximadamente dezhoras usando seis pilhas alcalinas tamanho AA) ouenergia AC (adaptador vendido separadamente); e to-dos podem ser usados como módulo de sons, conec-tando-se um controlador à sua entrada MIDI. Vale des-tacar que o circuito utilizado nos modelos Volca propor-cionam afinação estável, não gerando variações decor-rentes de oscilações na temperatura local (problemaencontrado em alguns sintetizadores analógicos).Representando um novo marco na história dos seussintetizadores analógicos/groove boxes, a Korg desen-volveu o Volca Keys com um teclado de fita (ribbon)com 27 mini divisões de teclas e uma seção de filtros(VCF) que utiliza circuitos derivados do lendáriominiKORG 700S que permite ajustar não só a fre-quência de corte (Cutoff) do seu Low Pass Filter (12dB por oitava), mas também a ênfase dos componentesharmônicos da região do corte (PEAK) e a intensidade
Volca Keys
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com que a frequência de corte é alteradapelo Envelope Generator (Attack, De-cay-Release, Sustain). Seu gerador so-noro polifônico possui três osciladoresque geram as formas de onda quadrada(square) e dente de serra (sawtooth).
Nesta seção (VCO) o usuário controla acombinação desses osciladores por meiodos controles Voice (Poly, Unison, Oc-tave, Fifth, Unison Ring e Poly Ring),Octave e Detune, contando ainda comos controles do tempo de Portamento e
Volca Bass
Volca Beats
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E-mail para o colunista
da intensidade com que a seção Envelope Generatormodifica a afinação do equipamento (EG Intensity).O Volca Keys conta também com um gerador de efeitosde Delay e com um Oscilador de Frequências Baixas –LFO, o qual insere modulações cíclicas na afinação daseção VCO e na frequência de corte da seção VCF.O segundo integrante da família Volca (VolcaBeats) apresenta-se como uma máquina de constru-ção rítmica (de 10 partes) com sons analógicos quereproduzem as características sonoras encontradasna lendária Roland TR-808. Além dos timbresanalógicos (Kick, Snare, Hi Tom, Lo Tom, ClosedHi Hat/Open Hi Hat), o equipamento oferece qua-tro timbres baseados na síntese PCM (Clap, Claves,Agogo, Crash) que resgatam a sonoridade lo-fi típi-ca de alguns equipamentos digitais lançados no iní-cio da década de 1980. Capaz de aprimorar qualquerperformance, a função Stutter é capaz de inserir noinstrumento da parte selecionada uma sequênciarepetida de notas em conformidade com os seuscontroles Time (intervalo de tempo entre cada re-petição) e Decay (volume de decaimento de cada re-petição). Seu sequenciador suporta a função Mo-tion Recording, a qual registra as alterações nos
controles Time e Depth (seção Stutter) e PCMSpeed, realizadas no momento da gravação.Completando a família, temos o modelo Volca Bass.Destinado a recriar todas as nuances sonoras presen-tes nas linhas de baixo sintetizado ouvidas nos hitseletrônicos que marcaram as últimas três décadas, essemodelo adota o conceito encontrado no Roland TB-303 (porém com três osciladores e edição dos parâ-metros facilitada), principal ícone deste segmento,sendo capaz de produzir uma sonoridade densa e ex-tremamente ressonante. Grande parte dos seuscontroladores se assimila aos do modelo Volca Keys,entre eles os das seções Envelope Generator (Attack,Decay-Release, Sustain) e VCF (Cuttof e Peak). Noentanto, em virtude de o usuário poder trabalhar indi-vidualmente com seus três osciladores, torna-se possí-vel programar partes distintas em seu sequenciador(por exemplo, um synth bass e um synth lead na mesmaalocação de memória).A linha Volca passa a ser distribuída no mercado mun-dial neste mês de agosto de 2013.
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ma das coisas mais importantes aofinal de uma mix é alcançar um
bom sinal de bus stereo a um nível queproporcione qualidade sem que seja ne-cessário usar compressão excessiva ou
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CUBASECUBASE77
MIXANDOO MIXER
MIXANDOO MIXERNO CUBASE 7
PARTE 3
Olá amigos,
Vamos dar
sequência ao nosso
estudo do mixer do
Cubase 7 com mais
funções. Nessa
edição veremos a
função Link que é
muito útil durante
todo o processo de
mixagem. A função
de “link” de canais
tem várias
aplicações. A
primeira que
analisaremos é a de
controle do nível
geral de mixagem.
Marcello Dalla é enge-
nheiro, produtor mu-
sical e instrutor
mesmo limiters para que este sinal nãoatinja o nível de clip ou tenha dis-torções. Para isso, a soma dos canaisseparados, que é o resultado da nossa mix,deve ser monitorada e equilibrada de for-
Fig 1 - Sessão de mixagem. Painel Link acima
69
ma que tenhamos ao final do processoesta coerência. A inserção de compres-sores e limiters no bus stereo deve serencarada como um refinamento da nos-sa mixagem e não como um recurso para“segurar” níveis excessivos.Ao mesmo tempo, a mixagem é umprocesso dinâmico e vamos ganhandodefinição à medida que equilibramosseus elementos. Podemos chegar numasituação em que os níveis dos canaisestão equilibrados, mas que o resultadofinal está em um nível sonoro totalmuito elevado. Nesta situação pode-mos “linkar” os canais para manter arelação entre eles e descer todos juntos,ou seja, alterando nossa mixagem ape-nas em nível sonoro final, mas não em sonoridade já queos elementos (canais) preservam sua relação. Vamos aeste tutorial:A figura 1 mostra o mixer de um projeto com 14 canaisde áudio. Os canais à direita, com faders em roxo re-presentam canais de reverb independentes e não en-tram no processo do link. Em dado momento da
mixagem percebemos que estamoscom um bom equilíbrio entre os ca-nais, mas que nosso estéreo final estámuito próximo de zero e nos aproxi-mamos muito de um possível clip di-gital em 0dB. Para preservar o traba-lho realizado até aí de relação entrecanais e ganhar “headroom”, ou seja,uma “folga” em volume, “linkamos”todos os canais na posição em que es-tão e descemos todos juntos. Na figu-
ra 1 vemos os canais de áudio selecio-nados. Quando selecionamos 2 oumais canais de áudio no mixer, o pai-nel de “link” se torna ativo como ve-mos na parte superior central.Clicamos no botão Link e o painel
aparece como mostrado na figura 2. O painel mostraos parâmetros que serão linkados entre os canais. Épreciso muita atenção neste momento para que so-mente os parâmetros desejados sejam linkados paraevitarmos erros. Por exemplo, deixei de propósito oparâmetro “routing” selecionado. Vamos dizer quecom o link estabelecido alteramos uma das saídas de
Fig 2 - Botão Link ativado.Painel de parâmetros
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mos o ajuste e, ao soltar a tecla, o linkvolta a existir guardando a nova relaçãoentre os faders.A qualquer momento podemos editaros parâmetros de cada Link e redefini-los. Com o número do link selecionadoclicamos na tecla “e” do painel e faze-mos as alterações desejadas.Canais separados, esquerdo e direito, deum mesmo arquivo estéreo também po-dem ser linkados em todos os seus parâ-metros na mixagem e tratados como umcanal só. Este tipo de link é muito comumem mixagens 5.1. Todos os inserts, sends,channel strips, faders, automações, equa-lizadores e compressores se repetem entreos canais. O único parâmetro não selecio-nado neste caso é o Pan.A tecla Q-Link (Quick Link) mostrada nafigura 5 permite que se faça um link rápidoentre todos os parâmetros dos canais sele-cionados ao ativá-la. Este link não entra nacontagem dos links do painel. Ele é tempo-rário e se destina a ajustes eventuais duran-te a mixagem. Lembrem-se que os linkspodem ser usados em combinação com ca-nais de grupo para roteamento e controleabsolutos sobre a mixagem.As aplicações e variações da função Linksão inúmeras. Vale a pena explorar ao má-ximo este recurso implementado no mixerdo Cubase 7. Sugiro que usem em seus pro-jetos estas funções em diversas formas.Até a próxima edição com mais boas di-cas. Abraço!
áudio de um dos canaispara um grupo. Todos oscanais dentro desse link se-rão direcionados da mesmaforma, o que no nosso casoé indesejável. A figura 3
mostra o painel de linkcom a numeração do linkestabelecido. Podemos ter
quantos links forem necessários na ses-são tendo o cuidado com sobreposiçõese parâmetros selecionados. Como esta-belecemos o link entre todos os canais,basta agora descer o fader de um delespara que todos desçam mantendo as re-lações entre si. Atentem para a relaçãoentre os canais diretos e seus reverbers:como por default as mandadas (sends)são definidas “Post Fader”, ao alterarmoso fader de cada canal a porção de sinal en-viada ao reverber também se reduz, man-tendo a relação entre sinal direto e comefeito. Desta forma, a nossa mixagem semantém inalterada em seu todo, com ex-ceção do nível sonoro total.Podemos ter inúmeras aplicações para afunção Link. Mais um exemplo: ao defi-nimos a pré mixagem de uma bateriacom 8 canais. Gostamos do conjuntodesses canais e da sonoridade final doinstrumento e queremos dosar o nível dabatera no contexto geral da mixagem.Podemos Linkar estes 8 canais e traba-lhar na mixagem como se fosse um só ca-nal. Se, neste contexto quisermos subirsomente o bumbo, não precisamos tiraro Link para isso. Basta suspender o linkusando o botão Sus no painel mostrado nafigura 4, ou simplesmente apertar a teclaAlt/Option no teclado do computador.O link é suspenso temporariamente, osfaders se tornam independentes, faze-
Fig 3 - Numeração dos links indicada no painel
Para saber online
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Fig 4 - Botão Sus
Fig 5 - Quick Link
”
“A tecla Q-Link
(Quick Link)
mostrada na
figura 5 permite
que se faça um
link rápido entre
todos os
parâmetros dos
canais
selecionados ao
ativá-la. Este link
não entra na
contagem dos
links do painel
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janela Audio Bin funciona como umrepositório central para todos os
arquivos de áudio adicionados ao proje-to, mesmo que não sejam usados na áreaArrange. Desta forma, todos os takesassociados com o projeto ficam arquiva-dos em apenas um local, mesmo nãosendo utilizados na produção final. Osarquivos de áudio que são arrastadospara a janela Arrange também são auto-
A maticamente adicionados à Audio Bin.Por exemplo, nos meus arquivos eumarco no final do nome os númerospara fácil identificação. Ex: 2444 (24bits 44.1 Hz). É possível visualizar naprópria janela da Bin a terminação doarquivo (.wav, .aif etc.). Basta entãoclicar sobre o arquivo e abrir Audio File> Copy/Convert File(s). (Figura 1). Omenu Save As vai se abrir (Figura 2) e
Para fins de
remixagem, existem
casos em que os
arquivos de áudio
são disponibilizados
em vários formatos
(taxa de
amostragem e
frequência). Nestes
casos, também vale
arrastar ou carregar
(load) todos os
arquivos de áudio
para a Bin do Logic
Pro, marcando-os
previamente com a
taxa de amostragem
e bit depth.
REMIXAGEM NOREMIXAGEM NOLOGIC PRO
PARTE 02
Vera Medina é produtora, cantora,
compositora e professora de canto e
produção de áudio
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ali você poderá escolher as configu-rações de conversão do arquivo. Te-mos os seguintes parâmetros:•Sample Rate (44.1kHz, 48 kHz, 88.2kHz, 96 kHz, 176.4 kHz ou 192 kHz)•Bit depth (8, 16 ou 24 bits)•File Format (AIFF, WAVE, CAF,Apple Lossless, AAC ou MP3)•Stereo Conversion (Split to Inter-leaved ou Interleaved to Split)•Dither Type•Change File Reference in Bin (simou não)Após escolher as opções que atendemàs suas necessidades, basta salvar (Sa-ve as). Você terá que modificar algo no
nome do arquivo antes de salvá-lo.No caso, como escolhi a opçãoChange File Reference in Bin, osarquivos que ficam na Bin são so-mente aqueles que já estão conver-tidos, facilitando a localização.Como citei anteriormente, emmuitos casos o pacote para mixa-gem, também conhecido comoStems, pode vir com loops mapea-dos, assim como podem vir comarquivos de diversas origens eformatos. Estou mixando umamúsica bastante conhecida do iní-cio dos anos 90. Recebi os arquivosem formatos aif, wav, assim comotambém em diversas amostragens
de 44.1 a 96 Hz. Ou seja, tive queprimeiro executar a conversão.Neste caso, também não recebi o
tom, nem o BPM da música. As-sim, resolvi identificar se algumarquivo apresentava um loop paradescobrir o tempo com os recursosDetect Tempo, Insert>Mete-ring> BPM Counter, Flex Timeou Time Stretching (ainda nãofalamos sobre este).Acabei com um BPM aproximadode 122. Resolvi fazer do meu remixum house a 120 BPM, ou seja, algobem leve, quase lounge. Escolhium loop do próprio Logic Pro, umApple Loop que já se ajusta auto-maticamente ao tempo escolhido.Vale a pena aqui falar um poucomais sobre o recurso Time andPitch Machine encontrado na ja-nela Sample Editor (Figura 3 -Time & Pitch Machine). Esse re-curso processa o áudio de formaoff line, portanto, quaisquer alte-rações nos arquivos de áudio se-rão permanentes. É um processa-mento destrutivo, porém, oferecerecursos interessantes para alte-ração de tempo ou transposiçãode tom. E sempre há a funçãoUndo para retornar ao estado an-terior, no entanto, quando eu uti-lizo, costumo fazer backup.Para utilizar esta função são neces-sárias duas informações: o BPMatual do arquivo e o BPM final. Por-tanto, é utilizada quando temos es-tas informações claras. As funçõesde alteração no tempo ou transpo-sição de tons podem ser utilizadasconcomitante ou separadamente.
Figura 01
Figura 02
“Como citei anteriormente, emmuitos casos o pacote para mixagem,também conhecido como Stems, pode vircom loops mapeados“
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Conforme definido no manual do LogicPro, o Time and Pitch Machine analisaos componentes espectrais e dinâmicosdo material de áudio e processa o resul-tado, sendo que o algoritmo foi desen-volvido para manter a maior quantida-de possível dessas informações, mini-mizando variações de fase.
Uma dica importante sobre transposiçãoé que, para aumentar a amostra de sampleou diminuir, informações novas têm queser geradas. Por isso, é melhor aumentar oBPM de um sample do que reduzi-lo. Parareduzir, ou seja, obter um sample maior,essas informações tem que ser inventadas.
Para acessar o Time and Pitch Machine,basta abrir a janela Sample Editor. Épreciso clicar sobre um arquivo de áudioe clicar W, ou somente clicar sobre onome Sample Editor. Ainda é possívelarrastar a palavra Sample Editor e umajanela separada se abre.Com a janela Sample Editor aberta, esco-lha Factory >Time and Pitch Machine,ou utilize o atalho Control + P.Vamos aos principais parâmetros:1) Menu Mode:
•Free Mode: é possível fazer ajustes detonalidade e tempo independentes;•Classic Mode: nesta opção, a tonali-dade e o tempo estão interligados, ouseja, ao transpor uma região seleciona-da, o tempo também é alterado. Pareci-do com aquele efeito de alteração de ve-locidade da fita. O tom sobe quando afita acelera e vice-versa.2) Menu Algorithm (algoritmo): op-ções de algoritmo de acordo com o ma-terial a ser processado:•Version 5: veio da versão 5 do Logic,pode ser usado na maior parte dos mate-riais de áudio. A coloração adicionadapode ser utilizada de forma criativa;•Any Material (qualquer material): écapaz de processar a maior parte dos ar-quivos de áudio;•Monophonic (monofônico): para serutilizado para áudio gravado de instru-mentos monofônicos ou voz;•Pads: para ser utilizado em materialpolifônico com conteúdo harmônico;•Rhythmic Material (material rítmico):utilizado em partes de bateria, percussãoou instrumentos que gerem algum tipode ritmo (guitarra, por exemplo).•Beats only: mantém o tempo de mate-rial percussivo;•Universal (padrão): é capaz de tratartodos os tipos de material de áudio egeralmente é utilizado para tarefas detime stretching;•Complex: nos casos de time stretchingde arquivos com gravações complexas.Os parâmetros relacionados ao temposão muito simples. Ao colocar o BPMatual e o desejado, os demais parâmetrosjá se ajustam ao tamanho dos arquivos.
“Conforme definido no manualdo Logic Pro, o Time and Pitch Machineanalisa os componentes espectrais edinâmicos do material de áudio“
Figura 03
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Quanto aos parâmetros de tonalida-
de, cabe ressaltar:1)Transposition (transposição): atransposição acontece mensuradaem cents (1/100 de unidades desemitom). Ou seja, um valor de 100significa subir um semitom, o valorde -1000 significa descer 10 se-mitons, -1200 descer uma oitava eassim por diante;2) Harmonic Correction (correção
harmônica): Esse valor deve permane-cer sem alteração, ou seja, 0. Quando oáudio é transposto, todos os formantestambém são, o que não soaria natural.Manter o valor em 0 significa que o ta-manho físico do corpo de ressonância émantido, fazendo a transposição soarde forma natural. Antes de saber destedetalhe, eu costumava seguir a mesmaalteração nos harmônicos e causavaaquele efeito robotizado.Como prometido, um método de alte-ração de um loop ou parte para umnovo tempo é utilizar o Time Stret-ching. Se você sabe que o arquivo ocu-pa, por exemplo, 2 compassos num de-terminado tempo, e quer alterá-lopara um novo tempo, basta clicar so-bre a região + a tecla Alt e arrastar ofinal do arquivo até o final do compas-
so desejado. Lembrando que paramudanças radicais de tempo, estanão é uma técnica recomendada.Acredito que abordamos a maiorparte de questões e algumas técni-cas e dicas de como tratar ou pro-cessar seu material de áudio quan-do estiver fazendo uma remixa-gem. Cabe ressaltar que cada pro-dutor tem sua forma específica detratar o assunto; sendo assim, es-tas matérias cobriram somenteparte do que pode ser feito. Procu-re em fóruns e outras fontes refe-rências utilizando os nomes dasfunções e encontrará muito ma-terial interessante.Até a próxima edição!!!
Figura 04
Para saber online
www.veramedina.com.br
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GRUPANDO CLIPSExiste um processo pelo menu
Edit, conhecido como “consolidate”,usado durante um tempo para transfor-mar um track com centenas de ediçõesnum único bloco (clip). O inconveni-ente deste processo é que o Pro Toolsprecisa gerar um arquivo novo, desper-diçando espaço no seu HD.A partir do Pro Tools 8, foi integrada afunção “Region Group” (hoje chamada de“Clip Group”) que faz basicamente a mes-ma coisa, porém com diversas vantagens esem comprometer o espaço em disco. Elase encontra no menu Clip > Group e ofuncionamento é bem simples: basta sele-
A cionar os clips que se deseja agrupar e acio-nar a função. (figuras 1A e 1B).
Este é um processo não-destrutivo que,além de não ocupar nenhum espaço amais no HD, tem a vantagem desseagrupamento não se restringir a umtrack. É possível agrupar clips em múlti-plos tracks, mesmo que o conteúdo sejadiferente. Ou seja, é possível agruparclips de áudio e MIDI, ou quem sabe,áudio e vídeo. (figura 2)
Agora imagine que o usuário queira re-fazer alguma edição dentro de um grupo.Ele pode desfazer o grupo normalmentepelo menu Edit > Ungroup. Porém, sa-bemos que provavelmente depois de re-alizar as edições, ele vai querer agruparnovamente o material, e é ai que se en-contra a maior vantagem deste proce-
TRACKS OU CLIPSTRACKS OU CLIPSCOMO ADMINISTRAR
EM SESSÕES GRANDESCristiano Moura é produtor, en-
genheiro de som e ministra cur-
sos na ProClass-RJ
Em sessões com
múltiplos tracks,
sem um devido
controle e
metodologia, é
bem possível o
usuário passar
mais tempo
procurando tracks
do que
efetivamente
trabalhando. O
Pro Tools oferece
diversas funções
que podem
facilitar esta
tarefa, como
algumas que
vamos conhecer
neste artigo.
Fig. 1A - Clips a serem agrupados
Fig. 1B - Clip group
Fig. 2 - Clip Group de áudio e MIDI
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dimento: ao invés de ter que seleci-onar todos os clips novamente paraagrupar, basta selecionar algum clipque pertencia ao grupo e usar a op-ção Clip > Regroup (figura 3) queo Pro Tools se lembrará de todos osoutros pertencentes ao grupo.
DIRETO AO PONTOUma das cenas que mais geramagonia por quem está sentado aolado de quem está operando a fer-ramenta, é quando o usuário ficasubindo e descendo a barra de ro-lagem em busca de algum track.Existe uma simples e magníficamaneira para localizar e chegarao track que desejar em instan-tes. Acione o track list pelo me-nu View > Other Displays >Track List e terá um melhor aces-so aos tracks. Desta maneira po-demos ver bem mais tracks e po-demos até organizar de acordocom algum critério. Assim que
você encontrar o track, cliquecom o botão direito no nome eescolha a opção Scroll Into View(figura 4), e o resultado é seutrack imediatamente aparecendocomo o primeiro track da tela.Com esse recurso, basicamentepodemos dizer adeus ao botão derolagem do mouse.
NÃO É IMPORTANTE?ESCONDA!Outro excelente recurso do Pro Toolsé a possibilidade de esconder tracksque não são relevantes no momen-to. Existem várias maneiras de se es-conder um track e a mais intuitivatalvez seja clicando no nome dotrack com o botão direito e esco-
Fig. 3 - Função Regroup
Fig. 4 - Scroll into view
Fig. 5 - Todos os tracks visiveis
Fig. 6A - Função Show Hide aplicado na bateria
Fig. 6B - Funcão Show Hide aplicado nos vocais
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lhendo a opção Hide. Porém quando se de-seja esconder muitos tracks, é mais práticoacessar a Track List à direita e clicar nos pe-quenos círculos ao lado do nome (figura 5).Para acelerar ainda mais, é viável clicar e ar-
rastar para esconder diversos tracks de umaúnica vez, ou ainda clicar em círculo com obotão Alt/Option para esconder todosnum só movimento. Acompanhe os resul-tados nas figuras 6A e 6B.
SALVANDO SUA...configuração de tracks visíveis/escondidosAgora que sabemos como escondertracks não-usados, vamos aprender asalvar estas configurações. Desta ma-neira podemos ter uma visualização sócom tracks de bateria, harmonia ou so-mente efeitos, por exemplo, e alternarentre eles facilmente.Então, para este resultado, organize suavisualização e, em seguida, vamos criarum memory location. Podemos criarusando o botão Enter no teclado numé-rico. Agora basta nomear e escolher asopções marcadas na figura 7.
Por fim, para acessar cada uma das con-figurações, acesse o menu Window >Memory Locations e na janela que seabre, clique na configuração desejada.
CORESCriar um código de cores pessoal tam-bém é uma ótima maneira de manterseu projeto organizado. Além do mais, émuito mais fácil e agradável para as pes-soas que estão em volta acompanhandoseu trabalho, pois elas poderão reco-nhecer os tracks que estão sendo traba-lhados sem ter que ler os nomes.Para alterar a cor de um track, acesseprimeiro o menu Window > Color Pa-lette. Com ele ativo, basta selecionar otrack em questão e escolher a cor.Repare que, por padrão, apenas uma pe-quena tarja é pintada no track. Se vocêdeseja que o track inteiro fique colorido,escolha a opção demarcada na figura 8.
CONCLUSÃOAlém de facilitar o seu método de traba-lho, utilizar sistemas de organização de-monstram seu comprometimento co-mo profissional e isso passa confiançaao seu cliente.Abraços e até a próxima!
Para saber online
http://cristianomoura.com
Fig. 7 - Configuração Memory Location para Show Hide
Fig. 8 - Color Palette
”
“Criar um código
de cores pessoal
também é uma
ótima maneira de
manter seu projeto
organizado. Além
do mais, é muito
mais fácil e
agradável para
as pessoas que
estão em volta
acompanhando seu
trabalho
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ma mixagem pode ir desde um únicocanal de um instrumento solo, até uma
complexa sessão com mais de 100 canais,com banda completa, orquestra, arranjos de
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PREPARANDO
MIXAGEM
PREPARANDO
PARA AMIXAGEM
Ricardo Mendes é produtor,
professor e autor de ‘Guitarra:
harmonia, técnica e improvisação’
vozes etc... Primeiramente vou passar al-guns conceitos, como subgrupos, busses,processamento paralelo, gerenciamentode DSP, entre alguns outros.
Uma das poucas
certezas que eu
tenho na vida é
que cada um mixa
de um jeito
diferente. Se você
já mixa há um
bom tempo e já
desenvolveu a sua
metodologia,
talvez este artigo
não seja para
você. Ou então,
seja... Tem gente
que sempre quer
saber sobre uma
maneira diferente
de fazer a mesma
coisa. Eu sou uma
destas pessoas. Se
você ainda está
construindo o seu
método de mixar,
pode ser que haja
algumas dicas
úteis para você.
Figura 1
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Do início, então: vamos construir uma sessão básica e depoisiremos aos poucos torná-la cada vez mais complexa. Primeiropasso: bateria, baixo, guitarra e voz. Normalmente uma ses-são como essa estará configurada com o output de todos ostracks para a saída master. (Figura 1)
Eu utilizo normalmente essa configuração enquanto es-tou gravando, mas quando vou mixar a primeira coisa quefaço é criar um subgrupo para as sessões de instrumentos.Qual é o conceito do subgrupo? É criar um canal auxiliarpara onde o sinal de determinados canais é enviado antesde ir para o output master. Vamos criar um canal auxiliar(no Pro Tools chamamos de auxiliar input) e assinalar oinput para um bus stereo. Pode ser qualquer um. Eu tenhoo hábito de nomear este bus como “drums sub”. Sempretento usar nomes bem curtos, pois o espaço disponívelpara escrever o nome é bem pequeno. Direcione o output de
Figura 2
Figura 3
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Para saber mais
cada um dos canais da bateriapara o mesmo bus de entrada docanal auxiliar “drums sub”. Apartir desse ponto é o fader des-se canal que controlará o volu-me geral da bateria. Sendo as-sim, ajuste o volume de cadapeça da bateria e depois que ti-ver alcançado o equilíbrio dese-jado, ajuste o volume da bateriacomo um todo através do faderdo subgrupo. (Figura 2)
Agora repita o mesmo procedi-mento para as percussões, cri-ando um subgrupo e um buscom esse nome: (Figura 3)
Agora faça o mesmo procedimento paraos canais do baixo (eu costumo gravar obaixo em dois canais, um em linha dire-to e outro microfonando o amplificadordo baixo). Crie outro subgrupo. Eu cos-tumo chamar de “baixos”, ou simples-
Figura 4
mente “baixo”.(Figura 4)
A mesma coisapara os canais deguitarra. No ca-so das guitarraso subgrupo é ex-tremamente pro-veitoso, pois nor-malmente utili-zamos vários ca-nais de guitarrae também maisde um microfone(canal) para cadaguitarra. No final,para gerenciar is-so tudo, com cer-teza um subgrupoirá nos facilitarmuito a vida. Se amúsica tiver vio-lões, eu prefirocolocar em umsubgrupo separado que costumo nomearcomo “acústico”. (Figura 5)
Agora crie os subgrupos para teclados, voz ebacking vocals seguindo os mesmos pro-cedimentos acima. (Figura 6)
Para terminar esse primeiro estágio depreparação para uma sessão de mixagem,falta a criação de um master fader. Essemaster fader é muito importante por queé para ele que será enviado o sinal de to-dos os canais. Eu aconselho deixá-losempre em 0 dB. É através dele que va-mos monitorar a soma de todos os canaise saberemos se esta soma está clipando(distorcendo). Caso a soma dos canaisatinja ou ultrapasse 0 dB, a luz vermelhairá acender e é sempre bom evitar isso.Abaixar os canais de subgrupos será mui-to mais rápido e também mais fácil demanter a coerência entre o equilíbrio de-les. (Figura 7)
Mês que vem vamos falar sobre as man-dadas de efeitos e processamento para-lelo. Até lá!
Figura 5
Figura 6
Figura 7
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ABLETONABLETONo começo existiam músicos que seaventuravam em fazer música com
ajuda do computador e programadoresde computador que se aventuravam emfazer música.De 1990 em diante, muitas tribos seaventuraram nesse novo terreno damultimídia e passaram a se utilizar docomputador, experimentando, e apren-deram a fazer arte com essa máquina.Claro que, desde então, muitos softwaressurgiram ditando tendências criativas,modelos e domínios, mas poucos tive-
ram a visão da Ableton, que no inícioda década de 1990 conseguiu arquite-tar uma peça de software em que to-das as mídias de performance pudes-sem se benefiar.O Ableton Live é isso, ele é capaz de darchance a todos com alma de artista a ex-pressarem suas ideias em música, ceno-grafia, controladorismo, iluminação,DJs, VJs etc. Esse programa permite aintegração da tecnologia atual, comotablets, smartphones, surface controls,DJ Decks, mesa de som (mixer), mesa de
LIVELika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,
sound designer, Pianista/tecladista. Estudou direção de
Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee
College of Music em Boston e na Univercity of Miami.
Para muitos de nós
que começamos a
lidar com
computadores para
fazer música por
volta da década de
1980, argumentar
sobre uma peça de
sofware como o
Ableton Live é um
exemplo vivo (sem
trocadilhos) da
evolução da música
eletrônica
computadorizada.
N
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luz, teclados MIDI ou controladores MIDI, cameras deimagem, de forma que o trabalho de produção fluade forma sincronizada em uma linguagem unificada.Hoje qualquer forma de arte multimídia está ao seu al-cance, e o único limite é o seu conhecimento e bomgosto (se isso for fundamental).
DANDO INÍCIO À NOSSA SÉRIE DETUTORIAIS SOBRE ABLETON LIVE:“Live” é um Loop-Base sequencer software e AudioWorkstation para Mac e PC.- Configuração, Funcionalidade e Produtividade
CONFIGURAÇÃO DO ABLETON LIVE:Assumindo que você já tenha um programa instaladono seu computador, abra o programa. No menu,abra..options/sub menu../preferences ...esta é a páginade configurações; agora nos campos à esquerda da ja-nela selecione Audio e clique!Então você deve clicar no Driver Type (um campo seabre) e escolha e selecione ASIO (coreaudio no Mac),que é o tipo de driver de áudio de melhor performancee o mais usado.Depois clique abaixo e abra outro campo em AudioDevice e encontre sua placa ou interface de áudio (nesse
caso M-audio Delta ASIO) e habilite a sua, qualquer queseja o tipo de placa Asio (coreaudio Mac) que você possua.Nesse estágio já podemos configurar as saídas e entradas(inputs/outputs) de áudio do programa com sua placa deáudio ou interface, clicando no Output Config.Após fazer isso, uma nova janela se abre mostrando as pos-sibilidades da placa ou interface de áudio a que seu compu-
tador está conectado, então selecione entradas e saídas(input/output Config) de acordo com suas necessidades.Nesse caso, a placa instalada nesse computador PC éuma M-audio 9624, muito comum no mercado quedisponibiliza 2 stereos e/ou 4 monos de saída (outputs).Em campo anterior (Input Config) você pode configu-rar as entradas (inputs) da sua placa ou interface.Agora feche essa janela e clique abaixo em MIDI e umanova janela se abre: MIDI Ports à esquerda.Nesse caso uma configuração bem simples: caboMIDI Out do teclado (ou qualquer MIDI device) naentrada MIDI IN da placa (Delta AP Midi no caso)... e o cabo da placa MIDI Out da PLACA ou IN-TERFACE ... na entrada MIDI IN do teclado ou qual-quer MIDI device.Se a sua conexão for via USB, o programa detecta auto-maticamente e mostra aí mesmo nos Ins/Outs doMIDI Ports e você deve seletar o Track da USB do mes-mo modo sem mistério.Essa configuração é a mais básica, e permite a você,através do seu equipamento com entradas e saídas
MIDI, se comunicar com o programa por meio dainterface do computador, mandando e recebendo da-dos em mão dupla, para controlar os parâmetros noprograma e recebendo de volta comandos que possamcontrolar o seu instrumento, surface control, DJ Deck,mesa de áudio com automação MIDI, mesa de Luz cominterface MIDI, e por aí vai....Evidentemente na medida de suas necessidades,mais complexas essas configurações podem ficar,então voltaremos a falar desse assunto para umaprofundamento em matéria futura.Nesse estágio, estamos prontos para começar a enten-der a lógica alemã e desvendar esse programa incrível!
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FUNCIONALIDADE DO “ LIVE”O Ableton Live está organizado emduas janelas principais: Arrangement eSession, (a propósito, não existe até opresente momento uma versão em Por-tuguês do programa, eis por que insistonos termos em inglês).Usamos a tecla TAB para alternarmosentre as duas janelas.A janela Arrangement tem a cara de umainterface de um software de gravação li-near, como a maioria dos programas co-nhecidos no mercado, mas algumas parti-cularidades. Via de regra usamos essa par-te do programa para fazermos gravaçõesem áudio e MIDI e finalizarmos de manei-ra ortodoxa nossas produções.
Janela Arrangement
Na janela Session (tecla TAB para al-ternar) é que se encontra a parte revo-lucionária, Loop Based, setor do pro-grama, e que é usado por DJs, VDJs,iluminadores, performers, controla-dores, músicos e afins para mandar seg-mentos de informações para diversasmáquinas, devices ou instrumentos aomesmo tempo, de maneira sincronizadaou aleatoriamente, possibilitando di-versas formas de improvisação em tem-po real, numa performance ao vivo.
Daí o nome: Live! (Ao Vivo) ... e aquimora o segredo.Os Tracks nesse setor do programa são re-presentados por essas colunas verticais(áudio ou MIDI). Cada “Scene” (campocom esses retângulos em cada coluna)pode ser tocada de forma independente,aleatoriamente ou organizados nas fileirashorizontais para serem tocados de formaprogramada e/ou mapeados por devicesexternos (Decks Midi, tablets, teclados,drums pads ou quase qualquer MIDIdevice), disparando Loops, sequênciasMIDI, samples, músicas, que são pré-ana-lisadas pela tecnologia Warp do programa,permite tocar todo esse material de formasincronizada em tempo real.Então, claro, você pode DJing com oLive e VJs também usam Live!
Então armem seus loops!!!
Produtividade no “Live”:
O Ableton Live é um programa muitológico (mais que o outro!) e prático deser usado, mas exige do usuário algumadedicação inicial.Para tanto, adianto aqui uma lista ex-plicativa dos ícones e funções da barrade tarefas (Toolbar) principal do pro-grama, que pode ser usada ao longo des-sa série de tutoriais.
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“ A janela
Arrangement tem a
cara de uma
interface de um
software de
gravação linear,
como a maioria dos
programas
conhecidos no
mercado, mas
algumas
particularidades.
Via de regra usamos
essa parte do
programa para
fazermos gravações
em áudio e MIDI e
finalizarmos de
maneira ortodoxa
nossas produções
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“Toolbar” (barra de ferramentas) doprograma indexado de forma numéricapara facilitar a explanação (esses itenssão explanados na janela help do Live)1 - External Sync Switch - ativa oudesativa sincronização externa.Quando ativado o "live" fica escravo desinal externo de sincronização que tenhahabilitado em Preferencies MIDI/Sync.2 - Sync Out Indicator - Indicador desincronização. Fica piscando quandoem sync.
3 - Tap Tempo - click no "Tap" uma vezpor tempo, para ditar ao "Live" o anda-mento (metrônomo e clips warped se-guem o andamento automaticamente).Também para definir pré-contagem degravação (count-in).4 - Tempo - Esse é o andamento do pro-jeto. Quando habilitado todos os clipswarped respondem a esse andamento.Aparece desabilitado quando está es-cravo de sync externo, quando estáem "Rewire slave", ou ainda quandoum clip com master tempo encap-sulado está tocando.
5 - Tempo Nudge Down/Up -Temporariamente aumenta ou di-minui o andamento possibilitando aressincronização em tempo real como músico ou outras fontes.6 - Time Signature Denominator
- Subdivisão do compasso do pro-jeto. Arraste para ajustar o com-primento do compasso (beat) ouclique para adicionar número.7 - Metronome - Clique aqui paraativar o metrônomo. Para o volume
do metrônomo vá ao volume dopreview/cue no master track mixer(à direita, embaixo). Clique com obotão direito (control clique, noMac) para ajustar a pré-contagemde gravação.8 - Cont-In - Clique aqui para ajus-tar a pre-contagem de gravação.9 - Quantization Menu - Quan-tização global. Usado para quan-tizar o disparo de clips, evitando er-ros de sincronização.10 - Follow - Ativa a rolagem datela durante o Playback mantendo
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visível o ponto de execução. (continuamente ou pagi-na por página: Preferencies look/feel).11 - Arrangement Position - Em Playback mostra aposição do arranjo em compassos/tempo/e subdivi-são (semicolcheia); tecle ponto ou virgula para mu-dar de campo.12 - Play Botton - Clique para começar o Playback.(barra espaço) Play e stop, (shift + espaço) continuePlayback (Ctrl + espaço) toca o que estiver seleciona-do na página "Arrangemet View".13 - Stop Botton - Para Playback (espaço) apertandotoca ou para. Clicado duas vezes, para e volta à posição1.1.1. do transporte.14 - Arrangement Record Botton - Quando na pági-na "Arrangent" (arranjo) todas as atenções do progra-ma estão focadas nessa parte. Clique para começar agravar imediatamente. "Shift clique" prepara o “Live”para gravar, mas não começa enquanto não apertar o"Play Botton" ou "clips sejam lançados" na página"Session". (F9 Para Gravar)15 - MIDI Arragement overdub - Quando habilita-da, toda data MIDI gravada em “clips” na página"Arrangement" será mixada com a já gravada, ao invésde substituí-las por novas notas gravadas.16 - Automation Arm - Quando habilitado,parâmetros de automação manual podem ser gravadosna página "Arrangement" ou "Session Clips". Em"Preferencies"(Crl+,) você pode definir se os dadosserão gravados em todos os "Tracks" do projeto eu sónas armadas. Note que a automação será sempre grava-da e editada na página "Arragement". (Tab para alter-nar "Session" / "Arrangement").17 - Re-Enable Automation - Reabilita qualquerparâmetro que tenha sido editado correntemente em
"Arrangement ou Session". Esse botão só é ativo sevocê tiver feito ajustes manualmente em parâmetrosde automação.18 - Session Record Botton - Começa a gravar emtodas as “Tracks habilitadas” (armadas). Apertan-do o botão de novo "Alterna" entre Playback eoverdub (soma material gravado à gravação). EmMIDI clips, ambos - notas e automação - podem serOverdubbed (somados).19 - Prepare Scena for New Recording - Prepara a“Scena” para gravar novos clips. Desabilita e para(Stop) os clips em qualquer track armado e selecionaonde novos clips possam ser gravados, criando nova“Scena” se necessário.20 - Punch-in Switch - Ative para evitar gravaçõesindesejadas antes do ponto em que deseja começar agravar, o qual é habilitado e ajustado na barra de Loopna página "Arrangement", simplesmente arrastando ocanto da barra (< Ou >).21 - Loop Switch - Clique aqui para habilitar o Loop.22 - Punch-Out Switch - Ative este botão para ajus-tar o ponto de desarme da gravação e evitar gravaçãoindesejada após o ponto selecionado.Ajuste a barra (seletora) de Loop na página "Ar-rangement", simplesmente arrastando o canto dabarra (< ou >).23 - Draw Mode Switch – Habilita o modo desenhoque permite desenhar envelope e adicionar e editarMIDI data. (Notas)24 - Computer MIDI Keyboard - Habilita o teclado docomputador a tocar notas MIDI e gravar nos tracks e Clips.25 - Key Map Switch - Alterna para Modo Map on/off.Permite mapear o teclado do computador de forma quevocê possa disparar clips, habilitar ou desabilitar plug-
ins, alternar modos e praticamente au-tomatizar tudo no Programa. Muito impor-tante!!!26 - MIDI In/Out Indicator - indica-dor de atividade de MIDI relacionados aomapeamento MIDI por controladores(control surfece) - Pisca!27 - MIDI Map Mode Switch - Alternapara MIDI Map Mode On/Off. Em MIDIMap Mode, você pode programar os co-mandos MIDI, teclas, slides, botões do seu"Device MIDI, Controlador, Deck etc." para
Se o seu HD não for rápido obastante para o “Live” trabalhar commuitos canais de áudio em tempo real,esse indicador começa a piscar
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“
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Para saber online
Facebook – Lika Meinberg
www.myspace.com/lmeinberg
controlar parâmetros, disparar clips, alternar plug-inson/off, filtros e tudo mais.. etc. Muito Importante!!!28 - CPU load meter - Indica quanto o seu com-putador está sobrecarregado, se a CPU estiver tra-balhando com muitos efeitos e tracks ao mesmotempo, dependendo da sua configuração, a per-formance da sua máquina e a qualidade do som po-dem ser comprometidas.No manual você encontra informações detalhadascomo aliviar a CPU com configurações customizadas.29 - Hard Disk Overloud Indicator - Se o seu HDnão for rápido o bastante (vide Manual) para o“Live” trabalhar com muitos canais de áudio emtempo real, esse indicador começa a piscar, indicandoDropouts (Erro de leitura) com ruídos indesejáveisna gravação e playback.Isso pode acontecer também quando se toca mui-tos “clips “ ao mesmo tempo, dificultando a leitu-ra em pontos diferentes do HD (mantenha seuHD desfragmentado).30 - Midi Track IN/Out Indicator - Indica quando otrack no “Live” está mandando ou recebendo MIDIdata (do seu teclado, por exemplo). Terminamos por
aqui esse tutorial explanatório da configuração básicado Ableton “Live” e com a explanação do “Toolbar”do Programa (barra de tarefas principal).Fiquem ligados em próximos tutoriais estaremos criandoum “Template especial para DJs” e configurações possí-veis com os equipamentos mais comuns do mercado!!Boa sorte e ao trabalho!
CADERNO ILUMINAÇÃOVI
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ROBEwww.robe.cz
O Robe MMX Spot é uma lumi-nária de descarga com nova tec-nologia que possui uma saída deluz similar à maioria dos equipa-mentos de 1200W existentes. Aunidade usa como base o designcompletamente novo de tec-nologia avançada da série Robinque fornece aparelhos mais bri-lhantes, mais eficientes, fisica-mente mais leves e de menor ta-manho, nunca antes visto. OMMX inclui ainda uma caracte-rística de controle de lâmpadaHot-Spot exclusiva da Robe,que permite ajuste remoto deuniformidade de facho ou hot-spot de potência de facho.
MARTINwww.harmandobrasil.com.br
O MAC Viper Profile é um novo equipamento de alta produção lumi-nária com um conjunto de recursos excepcionais, com qualidade deluz superior e um sistema óptico de alta eficiência. Ele supera todos osperfis de líderes de mercado na faixa de 1200 watts e é ainda uma alter-nativa para luminárias de 1500 watts. O MAC Viper Profile tambémé uma solução mais rápida e mais compacta. Com sua fonte HID 1000watts, o Viper consome menos energia, tornando-se 50% mais efici-ente do que seus rivais 1200 watts.
MARTINwww.harmandobrasil.com.br
O ultra-compacto MAC 101CLD usa LEDs de cores frias epuras para aplicações. Sua ca-beça móvel possui três versõesde luz branca que expandemseu uso para aplicações onde aluz pura branca é necessária.Ideal para destacar os tons depele, tecidos, ou conjunto depeças, as variantes MAC 101incorporam LEDs frio e/ouquente em vez de RGB, parauma melhor qualidade de luzbranca e maior produção.
SGMwww.hotmachine.ind.br
O SGM LS-10.4 é um painel de vídeo de alta resolução, de cons-trução dinamarquesa, capaz de exibir vídeo detalhado a partir deuma fonte de vídeo digital. Os chips de LED são ultra brilhantes,3 em 1 SMD, o que ostorna adequados paraaplicações onde o pai-nel de vídeo é necessá-rio para ser “discreto”,quando não há exibiçãode conteúdo de vídeo.A tela de LED tem umarelação de contraste de7,000:1 e uma taxa deatualização de 2.000 Hztornando-o perfeito para aplicações em te-levisão, teatro, exposições, produção deshows e concertos.
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CÊNICAILUMINAÇÃO
CÊNICA
as conversas anteriores, o projeto deiluminação cênica era analisado com
enfoque em três requisitos fundamentaispara a sua viabilidade: técnicos, financei-ros e operacionais. Nesse contexto, sãonecessários muitos estudos, pesquisas etestes para que os resultados esperados se-jam obtidos, satisfatoriamente.Mas para muitos lighting designers al-guns desses projetos podem surgir comodemandas emergenciais e pontuais – eassim, não oferecem tempo hábil paraos estudos de viabilidade discutidos an-teriormente –, sendo em todos os casos,também oportunidades. Estas podemestar associadas a uma produção local(demandada por uma empresa inci-piente ou com pouca experiência no se-tor), a um evento isolado (um show oumesmo uma exposição), ou ainda a umartista ou uma banda que tem interesseem oferecer uma apresentação com pro-dução cênica (mas que não possui estru-tura, equipamentos e sequer um projetode iluminação cênica).
N Importante destacar que essas situaçõespodem surgir a qualquer momento, e amaioria delas representam ótimos apren-dizados, mas não se tornam rotina. Paraum projeto profissional, a correta aná-lise e avaliação dos requisitos deverãofazer parte do cotidiano no setor deshows e espetáculos.Voltando a essa oportunidade casual, al-gumas informações preliminares sãodeterminantes para todos os profissio-nais envolvidos – principalmente, parao lighting designer. Imaginando queessa situação esteja relacionada a umshow de uma banda, devem-se conside-rar três elementos principais, que sãointimamente interligados, para umaanálise inicial: atratividade, facilidadese possibilidades.A atratividade está vinculada à impor-tância (no sentido de destacamento) dabanda na programação do evento –quando há mais de uma apresentaçãomusical, por exemplo. Se o show emquestão for de uma banda de abertura, o
PROJETOS & OPORTUNIDADESCezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-
tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design
de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-
dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-
duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.
ILUMINAÇÃO
Certa vez, Thomas
Alva Edison (1847-
1931) afirmou que
“a oportunidade é
perdida pela
maioria das
pessoas porque ela
vem vestida de
macacão e se
parece com
trabalho”. Na
iluminação cênica,
projetos são a
tônica da vida
profissional; mas
muitas
oportunidades
podem ser
percebidas nos
formatos, nos
“macacões” e
situações mais
diversas – e
adversas.
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trabalho do lighting designer será basi-camente de adaptação a uma estruturajá definida para a atração principal.
Neste caso, além de uma conversa como responsável pela produção e pela ope-ração do console de iluminação – quepoderá ser o mesmo profissional paratodas as bandas do evento – é semprerecomendável simplificar o roteiro deiluminação ao máximo. Além de ummais promissor êxito, um técnico/ope-rador com experiência conseguirá assi-milar rapidamente as principais neces-sidades da banda e as principais orien-tações do lighting designer (isso, quan-do não é esse profissional quem realiza-rá a operação da iluminação).Para o segundo elemento, o show po-derá ser realizado em um local que jápossui uma estrutura fixa de ilumina-ção, como um teatro, por exemplo.Com essa facilidade, fica muito maisfácil elaborar um projeto para a apre-sentação musical, identificando-seos tipos de refletores/luminárias/ins-trumentos, os recursos de cores (fil-tros ou tecnologias) e a disposiçãodesses elementos (no sentido de loca-lização nas estruturas de suporte),
tanto em relação às quantidades,quanto às adaptações relacionadas aessa configuração original.
Nessas duas situações, os elementosconsiderados (atratividade e facilida-des) não requerem investimentosadicionais, pois fazem parte do pro-cesso de realização, sem que haja a ne-cessidade de contratação de estrutu-ras outras, além daquelas disponíveis.Para o terceiro elemento, entretanto,custos devem ser avaliados. Paramuitos eventos, os espaços de reali-zação não oferecem recursos de ilu-minação no próprio local; sendo as-sim, há necessidade de locação deinstrumentos, equipamentos e dis-positivos, além da contratação demão de obra capacitada para a mon-tagem/desmontagem e operação des-ses elementos, durante o evento.Nesse caso, é necessário identificar“quanto” o artista/banda/produtoraestá disposto(a) a investir em umprojeto de iluminação cênica, dentrodas possibilidades desse “cliente”. Asempre recomendável “simplicida-de” se soma a outro recurso funda-mental: criatividade.
Figura 1: Facilidades – Estrutura com varas móveis e instrumentos disponíveis para a iluminação cênica
Fonte
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Muitas vezes, uma estrutura de ilumina-ção cênica, por mais simples e limitadaque seja, pode suscitar um interessantedesafio ao responsável pelo projeto fi-nal. Com alguns recursos de Sideligh-ting (ou Side Lighting) (iluminaçãoproveniente das laterais) e Backligh-ting (contra-luzes, ou “luzes de fundo”)é possível obter ótimos resultados, con-sideradas essas premissas de simplicida-de – com criatividade. E neste caso,principalmente, imaginar que as estru-turas disponíveis na maioria dos locaisainda se restringem aos grupos de refle-tores (“canhões”) com lâmpadas ha-lógenas do tipo PAR 64 com filtros nascores básicas (vermelho, azul e verde).Como resultado, para o lighting designeré fundamental um breve diagnósticodesses três elementos (atratividade, faci-lidades, possibilidades), mas sempre coma proposição básica de oferecer um dife-rencial à produção dessa apresentação(show). Este nunca será proporcional àquantidade de refletores e, na maioriadas vezes, a um mais complexo patamarde evolução tecnológica.Um projeto diferenciado será aquele queconseguirá desenvolver um resultado su-
perável, em relação às expectativas, comos recursos disponíveis, de forma que ospúblico perceba a interação e a dinâmicaproporcionada pela iluminação cênica. Eisso, em quaisquer circunstâncias!Deve-se, no entanto, realizar um ma-peamento da estrutura e dos recursosdisponíveis e acessíveis. Para tanto, al-gumas dicas trazem importantes e inte-ressantes conclusões:
•Nas configurações mais elementares(refletores/canhões com lâmpadas haló-genas do tipo PAR e filtros de cores) odesign poderá ser concebido a partir des-ses últimos elementos (filtros) – princi-palmente em relação aos resultados es-perados (sensações, imagens, cenas). Ouso de cores primárias – nos filtros paraos refletores convencionais, ou mesmona programação dos instrumentos ele-trônicos de iluminação cênica - permitea obtenção de diversificados resultados,com as corretas misturas (aditivas esubtrativas) dessas cores. Isso requer ex-perimentação e experiência.
•Quanto mais simples e universais fo-rem as luminárias – ou instrumentos de
Figura 2: Backlighting – Escurecimento do palco e valorização da silhueta da artista, dramaticamente (Filme “Country Strong”, 2010)
Fonte
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“Um projeto
diferenciado será
aquele que
conseguirá
desenvolver um
resultado superável,
em relação às
expectativas, com os
recursos disponíveis,
de forma que os
público perceba a
interação e a
dinâmica
proporcionada pela
iluminação cênica
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CADERNO ILUMINAÇÃO
Para saber mais
iluminação cênica – mais “prática”será a operação da configuração fi-nal. Instrumentos motorizados e di-nâmicos (tais como moving heads)são muito interessantes e vibrantes,desde que o console de operação pos-sua recursos para a instalação e usodesses equipamentos (com o uso doprotocolo DMX 512), e o técnico/operador saiba utilizar esses instru-mentos corretamente.
•Dispositivos e equipamentos para aprodução dos efeitos são sempremuito bem-vindos – e em alguns ca-sos, como “máquina de fumaça”, vi-tais para os resultados esperados. A
iluminação sem esse recurso nãoterá, na maioria das vezes, as impres-sões desejadas. Também, neste senti-do, deve-se avaliar a composição domaterial que será utilizado para aprodução da “fumaça” (ou “nebli-na”, ou “fog”) e a procedência – essa,imprescindível, para não ocasionardesconforto para os públicos diver-sos (músicos da banda, equipes deapoio e fãs).
•Finalmente – mas como elementoessencial e prioritário – avaliar ascondições de segurança e proteçãopara as instalações elétricas do espa-ço. Muitas delas são visíveis (toma-das elétricas e conectores, adequa-dos; quadros de distribuição fixadosapropriadamente; extintores de in-cêndio nas classes corretas e em con-dições de funcionamento; cabea-mento protegido); para outros (ins-talações e infraestrutura), muitasvezes inacessíveis, e uma avaliaçãopor meio de inspeção, realizada pelosórgãos competentes, é sempre reco-mendável para a realização de todosos tipos de eventos.
Muitas oportunidades são únicas, as-sim como todas as produções de ilu-minação cênica: merecem a máximadedicação, o mais intenso compro-metimento e os mais significativoscuidados, com todos os recursos e pes-soas envolvidas. Abraços e até a pró-xima conversa.
Figura 3: Efeitos com Máquina de Fumaça – Marcação dos fachos luminosos (Show da banda The Kooks noFestival Hall – Victoria, Austrália)
Fonte:
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DVD LUAN DVD LUAN ideia cenográfica partiu do desejo dopróprio Luan, que queria um DVD
que priorizasse visualmente a estética ele-trônica, presentes em suas novas músicas.
Para isso, ele chamou a equipe com aqual já tinha trabalhado em seu DVD
anterior no HSBC Arena do Rio de Ja-
ADanielli Marinho
Fotos: Bruno Polengo /
Divulgação
neiro: a diretora Joana Mazzucchelli, a
produtora Gisa Locatelli, o designer deluz Marcos Olivio e a diretora de arte e
cenógrafa Ludmila Machado.Para elaborar o mapa de iluminação, Mar-
cos Olivio conta que foi preciso levar emconta a tecnologia do equipamento para
A gravação do novo
DVD de Luan
Santana, na cidade
de Itu (SP) teve
uma cenografia
bem diferente. A
ideia era atender
aos conceitos do
tema do mais novo
DVD do cantor,
sem nome até o
fechamento desta
edição, cujo pano
de fundo é uma
Rave, e levar em
conta o viés
eletrônico das
novas músicas do
seu mais recente
trabalho. Entre as
novidades, 36
Alpha HPE 1500,
da Clay Paky, e o
desenho
cenográfico do
local, que abraçava
360 graus da
Arena. A estrutura
de luz foi projetada
junto com a
estrutura do
cenário e os moving
lights ficaram
totalmente
integrados.
Um flerte com
Desenho cenográfico abraça os 360 graus da Arena Maeda
101
SANTANASANTANA o eletrônico
show misturado com a Rave, tendoem vista que esse era o tema do
DVD: uma balada em uma Rave.Assim, o clima deveria estar pre-
sente nos dois universos para aten-der o conceito. Nas primeiras eta-
pas do projeto, foram feitos alguns
estudos para realizar o DVD em
um heliponto e no topo de algunsedifícios. Embora do ponto de vis-
ta criativo a ideia fosse muito inte-ressante, em nenhuma dessas loca-
ções seria possível colocar mais doque mil pessoas. A saída foi buscar
um local maior, onde fosse possívelter um público de pelo menos 15
mil pessoas. “A plateia do Luantem tanta força visual que rapida-
mente a colocamos como um ele-mento a mais na concepção do ce-
nário e luz”, explica Marcos.“Quando definimos a Arena Maeda
como locação, procuramos entãocombinar toda a demanda da grava-
ção de um bom DVD com a lingua-gem das Raves. O elemento chave
dessa mistura está no desenhocenográfico que abraça os 360
graus da Arena. O ponto de parti-da é o palco com suas duas grandes
passarelas e o cenário eletrônicoao fundo”, explica Ludmila. Ao re-
dor do palco foram criadas torres deluz que se alternavam com grandes
tendas em todo o perímetro daArena. Essas tendas eram grandes
arcos, cuja profundidade foi cobertapor um trançado de faixas fluores-
centes. Elas tiveram, além do cará-ter visual, a função de abrigar área
vip, espaço para performances,house mix, além de servir como en-
trada e saída para o público.“Nas primeiras conversas que Lud-
mila e eu tivemos sobre o projetocenográfico, a ocupação espacial,
as tendas e as torres orgânicas deLED já explicitavam qual deveria
ser o desenho de luz. Dessa forma,procurei acompanhar com a luz
cada um dos volumes do cenário,compartilhando muitas vezes as
mesmas estruturas de montagem.Assim como já havíamos feito ano
passado, no Thiaguinho (DVD),cenário e luz trabalharam juntos
para criar um só espetáculo visual”,conta o designer de iluminação.
EQUIPAMENTOSDE PONTAA Spectrun Design e Iluminação
levou 36 Alpha HPE 1500, atual-mente o moving light carro-chefe
da Clay Paky. “Este moving light éconsiderado um dos melhores atu-
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almente. Assim demos sequência à im-plantação de um sistema de aparelhos
da Clay Paky, que teve início com osSharpie no DVD Thiaguinho Alegria e
Ousadia, de 2012”, complementa.Além dos Alpha, outro equipamento
foi escolhido especialmente para com-por o cenário: o Sharpy Clay Paky. Os
potentes moving lights foram responsá-veis por criar a moldura dos painéis de
LED, que, por sua vez, tiveram um dese-nho bastante especial, dando efeito com
linhas curvas.Segundo Marcos Olivio, é interessante
ressaltar que dentro desse projeto to-dos os volumes eram, de alguma forma,
Lista de equipamentos
60 Clay Pack Sharpy
36 Clay Pack Alpha HPE 1500
06 Nova Flower 2K
64 P-5 Ribalta SGM
40 Six Pack SGM
22 Atomic Martin
24 Robe MMX 800 WashBeam
24 Robin Led Wash 600
22 Robe Color Spot 1200 AT
24 Ribalta SGM 3W
08 UV wash
24 Synthesis Wash 700
Spectrum levou 36 Alpha HPE 1500 e Shapies para moldura dos paineis de LED
”
“Essa proposta
buscou ampliar o
desenho cênico
onde a torre mais
alta já tinha 18
metros de altura.
Sobre o palco
foram usados
Nova Flower,
além de XX
Syntheses.
Delimitando a
frente do palco
usamos Jarags e,
delimitando as
passarelas,
tínhamos 48 P5
(Ludmila)
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emissores ou refletores de luz. Ocenário principal, as grandes tor-
res ou “garrafas”, era formado porestreitas faixas de painéis de LED.
“A soma desse conjunto delimita-va a forma orgânica que acabou
virando a marca do projeto”, en-fatiza Ludmila.
Nos intervalos entre as faixas deLED foram colocadas lâmpadas
ParLED marcando linhas curvasno interior do cenário e as late-
rais dos painéis foram comple-mentadas por Sharpies, seguin-
do a silhueta das torres. “Essaproposta buscou ampliar o dese-
nho cênico onde a torre maisalta já tinha 18 metros de altura.
Sobre o palco foram usados No-va Flower, além de XX Synthe-
ses. Delimitando a frente do pal-co usamos Jarags e, delimitando
as passarelas, tínhamos 48 P5”,completa a cenógrafa.
No eixo central do palco e nasduas passarelas que invadiam o es-
paço do público, o piso foi todotrabalhado com faixas de Mistrip
que pareciam compor o circuitode um microchip. Segundo Lud-
mila, conceitualmente o desenhoartístico buscou atingir as duas
pontas da “linguagem Rave”: atecnologia eletrônica, traduzida
no microchip do piso, e a conexãocom o orgânico e a natureza, re-
presentadas nas folhas, ou chamasdas torres de LED. Além desse
conjunto de elementos que erampor si só emissores de luz, todos os
demais materiais foram pintadosde cores fluorescentes e reagiram
muito bem com as luzes. A ilumi-nação contou com os equipamen-
tos da Spectrun Design e Ilumina-ção. Os painéis do cenário foram
da LedCom e os Mistrip do piso daNA Equipamentos.
House Mix
Faixas estreitas de painéis de LED Nos intervalos das faixas, lâmpadas ParLED Conceito final foi unir eletrônico ao orgânico
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Fotos: Divulgação
VASCO ROSSIAO VIVO NA ITÁLIAVASCO ROSSIAO VIVO NA ITÁLIA
s dois pontos de partida de Pinna pa-
ra a concepção da iluminação dosshows foram o final da última turnê, em
2011 – que foi inesperada e sem planeja-mento – e a Logo clássica de Vasco. “Eu
tive que assegurar ao visual um máximode impacto, contendo um quê da turnê
anterior, mas que também coubesse noorçamento”, explicou.
O lighting designer incluiu uma paredeúnica no fundo criada com 76 ROBIN 100
LEDBeams e também aproveitou a opor-tunidade para estrear ao vivo os novos
equipamentos ROBIN Pointe na Itália.Rossi construiu uma matriz em formato
triangular acima do palco em LEDBeam100, que se revelava nas oito canções den-
O ícone italiano e cantor de rock Vasco Rossi tocou
em sete estádios com ingressos esgotados para o
show que marcou sua volta aos palcos depois de 35
anos de carreira. A iluminação foi concebida pelo
lighting designer Giovanni Pinna, que tem
trabalhado nos shows de Rossi desde 1993.
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tro do set e de-pois usada em 80% dos shows. Para
um impacto máximo, Pinna apli-cou os efeitos com moderação e
com bastante precisão durante asduas horas e meia de performance.
Cada vez que aparecia, a matriz pa-recia renovadamente diferente. O
truque que Pinna soube fazer tãobem durante toda a apresentação
foi simplesmente não usar issotantas vezes.Outros 20 LEDBeams 100 foram
posicionados ao longo da frente dopalco e usados para uma ilumina-
ção mais fraca para a banda, a fimde fazer a luz deslizar para fora da
audiência e também para destacar aarquitetura dos trusses, logo acima.
Os Pointes também foram colocadosna mesma área e usados como mul-
titarefas, incluindo efeitos e luz adici-onal para a banda.
O lighting designer planejou o cená-rio com uma série de trusses gigantes
configurados em triângulos que fica-vam elevados sobre o show, conferin-
do ao palco uma elegância quase in-dustrial. Esses triângulos maiores fo-
ram juntados para favorecer os trussesdiagnonais fora do palco dispostos em
zigue-zague através das colunas dePA. Os trusses também fechavam um
espaço do palco que se tornou bastan-
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te intimista apesar de se tratar de um
estádio para shows.A ideia da matriz triangular desenhada
com os LEDBeams teve como objetivocomplementar a Logo de Vasco, e que
também pudesse ser usada para um nú-mero de tarefas incluindo tons adicio-
nais e pontuações como impactos para amúsica. Os LEDBeams 100 foram mon-
tados em uma moldura customizada pelaLimelight, empresa de locação de ilumi-
nação de Roma, e cobriu uma área apro-ximada de 14 metros na base e 12 metros
de altura, equilibrando cada um por90x60 centímetros.
A rapidez com que os LEDBeams se mo-vem e se esbarram permitiram que ele
produzisse efeitos especiais quando usa-dos em conjunto com os 56 Jarags, que
foram colocados por todos os trusses zi-guezagueados. “Não há como uma fonte
de luz baixa poder trabalhar com essestipos de efeitos de velocidade”, comen-
tou. “O LEDBeam é extremamente ver-sátil e de fato eles realmente fazem o
show”, resumiu.Quanto aos Pointes, como os equipamen-
tos chegaram ao país bem na hora do pri-meiro show, Pinna teve um tempo limita-
do para experimentá-los, mas gostou doque viu. “Eles têm um zoom incrível”, dis-
se, acrescentando que eles também sãobem rápidos nos movimentos e, com os
filtros frost aplicados, ele pôde usá-los ex-tensivamente para uma luz frontal dramá-
tica e poderosa para a banda.Pinna operou a iluminação – por volta de
500 equipamentos incluindo os Robes,outros moving lights, Jarags, blinders e
strobes – usando uma grandMA, que tam-bém controlou 300 metros de MiStrip
LED. O chefe da equipe da Limelight paraos shows foi Fabrizio Moggio.
O lighting designer planejou ocenário com uma série de trusses
gigantes configurados emtriângulos que ficavam elevados
sobre o palco, dando um conceitoindustrial à performance
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KARINA CARDOSO | [email protected]
Clipe Óleo do Senhor do Ministério Nova Jerusalém
O repertório do terceiro álbum de ArielyBonatti pela MK Music já foi apresenta-
do para a presidente da gravadora,Yvelise de Oliveira. Ele terá mensagens
simples e poéticas, que estarão presen-tes em todas as faixas, engrandecendo o
nome do Senhor.
Ariely Bonatti apresentarepertório de seu novo CD
JOTTA AFINALIZAREPERTÓRIO DESEU NOVO CDJotta A se reuniu em SãoPaulo com os produtoresda Central Gospel Musicpara acertar os últimosdetalhes de seu novo CD.Assim como no primeirotrabalho, esse novo álbumsurpreenderá o público.O cantor está mais madu-ro e empolgado com anova produção, que con-tará com duas composi-ções de sua autoria e can-ções que retratam o perfilda juventude que vivepara Cristo. O CD estáprevisto para ser lançadono fim deste ano.
Após o sucesso do clipe Senhor de Tudo, doCD Diante do Rei do Ministério Nova Jerusa-lém, a Graça Music lança novo clipe da mú-sica Óleo do Senhor. A música foi escolhidapara ser a primeira de trabalho do CD, lan-çado em novembro. Ele reúne 13 faixas iné-ditas, sendo algumas de composição pró-pria do grupo. A produção do clipe contoucom a direção de PC Junior.
Raphael Lucas
...é o novo membro da família MK Music
A MK Music acaba de investir em mais umcantor para seu cast: Raphael Lucas. Eleassinou seu contrato ao lado da presiden-te da gravadora, Yvelise de Oliveira.Duda Andrade, integrante da bandaQuatro Por Um, irá produzir o primeiroCD de Raphael Lucas. Kleber Lucas tam-bém está à frente deste projeto. O CDpromete ser eclético, moderno e commuita adoração.
Novo CD de Regis Danese
...chega à fábrica
O segundo CD de Regis Danese pela MKMusic já está na fábrica. A Glória É doSenhor foi o título escolhido para estenovo trabalho. No início de junho, o cantorgravou as canções que irão integrar o ál-bum com membros da Igreja Assembleiade Deus Jardim Íris (RJ).Ele também gravou no estúdio da grava-dora alguns instrumentos e o vocal queestarão nos louvores. O intérprete ressal-tou que este novo CD será diferente deseu primeiro pela gravadora, sem perdero maior objetivo: adorar a Deus.
EU RESPIROADORAÇÃO DECRISTINA MELTEMLANÇAMENTOPRÓXIMOO novo CD de CristinaMel pela MK Music, EuRespiro Adoração - AoVivo, acaba de ser envia-do para a fábrica. O ál-bum está sendo muitoaguardado por seus ad-miradores. A cantora gra-vou as canções que inte-grarão este álbum e acaptação ao vivo com oCoral Life Casa de Deus,em Jundiaí, SP. Contoutambém com a participa-ção especial de GeraldoGuimarães em uma dasmúsicas. O cantor esteveno estúdio da MK para agravação de Precioso Je-sus. Cristina Mel desta-cou que as canções virãoem tom mais grave paraque toda a igreja possaacompanhar os louvores.
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O terceiro trabalho do can-
tor e compositor NetinhoCruz traz 13 faixas cheias de
atitude. Minha verdade, no-vo lançamento da gravadora
CODIMUC, tem como des-taque as músicas Meu Milagre
e Meu Deus é Força, com me-lodias cativantes no melhor estilo pop rock. O CD
tem a produção musical de Carlos Henrique, da bandaFilhos de Davi.
Minha verdadeNetinho Cruz
O quarto CD de Cosme, Só
Alegria, promete trazer des-
contração para a música ca-tólica brasileira. Misturan-
do axé, rap, salsa, forró, reg-gae, soul e funk, o CD traz
14 faixas, com destaquepara Poropopó. Cheio de
simplicidade e com melodias cativantes, Só Alegria lou-va a Deus com bastante energia. O CD já está disponí-
vel nas melhores lojas do Brasil e também na loja vir-tual da CODIMUC.
Só alegriaCosme
Viver pela fé é o novo traba-lho da cantora Suely Faça-
nha, primeiro álbum da par-ceira CODIMUC/Edições
Shalom. O CD traz 12 can-ções, com letras que expres-
sam o amor de Deus no co-ração humano. Com a pro-
dução de Val Martins, o destaque do CD é a músicaFeliz Contigo. Este é o oitavo trabalho da cantora e já
está disponível nas lojas do Brasil.
Viver pela féSuely Façanha
LançamentosLançamentos
Desde que foi anunciado, onovo CD do cantor Thalles
Roberto, Sejam cheios de Espí-
rito Santo, causou grandes
expectativas no público.A prova disso é que antes
mesmo das cópias chegaremàs lojas, o álbum alcançou a
venda antecipada de 75 mil cópias, garantindo assimcertificação de Disco de Ouro.
A pré-venda no iTunes deu o segundo lugar na listados mais vendidos ao novo trabalho de Thalles. Sejam
cheios de Espírito Santo fecha a trilogia de álbuns quemarcaram a volta de Thalles ao meio cristão, confor-
me o próprio cantor lembra. O repertório ainda possuia canção-tema Maravilha do filme Três Histórias, Um
Destino, da Graça Filmes.
Sejam cheios de Espírito SantoThalles Roberto
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LUIZ
CAR
LOS
SÁ |
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morcego emmorcego emosto, é verdade, não se discute. Podem inclusive
ser tomadas como arrogantes atitudes de colegasque já vi acontecer, como a recusa em aparecer em fo-
tos ao lado de artistas considerados “bregas”, temendoque seu público mais “elitista” torcesse o nariz para
tais aparições na mídia. Costumo mesmo pautar mi-nhas amizades no meio mais pelo caráter da pessoa quepela admiração ou indiferença por seu trabalho, já que
é óbvio que excelência musical não traz obrigatoria-mente alguém decente a tiracolo, ou vice-versa. Posso
perfeitamente assistir o show de uma figura com gran-de prazer e ao mesmo tempo nem pensar em ir depois
ao camarim pra cumprimentá-lo (a), visto que o (a)fulano (a) não me desce goela abaixo como pessoa. Mas
é inegável que sempre houve esse tipo de preconceitocontra o que se poderia chamar de música ”menor”, às
vezes não pela qualidade da música, mas sim pela utili-
G zação que a mídia faz dela, ou por falta – digamos assim
– de uma grife que torne essa música palatável a níveismais intelectualizados.
Nós mesmos – Sá & Guarabyra - já fomos vítimasdesse estranho movimento social que divide artis-
tas em “in” e “out”, justamente quando alcançamosenorme sucesso popular com a trilha da novela Ro-
que Santeiro, onde tínhamos três músicas: Roque
Santeiro, Verdades e Mentiras (interpretadas por nós)
e Dona, esta última gravada pelo Roupa Nova. Aentronização de nossa imagem pós-hippie-contes-
tadora no Universo Globo e a popularização tele-visiva fizeram com que uma parte significativa de
nosso público miasse de desgosto ao nos ver aplau-didos na popularesca Discoteca do Chacrinha e fi-
gurando em clipes do “Fantástico” dominical. Serpopular, em plena ditadura, tinha virado ”out”... Há
Há um
plena porta principal
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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM
exceções, claro, como as corajosas – e oportunistas –adoções por parte do Tropicalismo do que a burguesia
intelectual dos 70 e 80 considerava brega, como o pró-prio Chacrinha, a Jovem Guarda etc.... A intenção era
inteligente: atrair o povão para apreciar uma focagemmais cuidadosa da arte. O Brasil digeriria os Brasis,
corporificando a antropofagia cultural preconizada pe-los modernistas de 22.
Mas só deu certo pra História, porque nosso povo é po-
bre, sofrido, leva quatro horas por dia pra ir trabalhar,deve a agiotas, fica na fila do posto de saúde, não tem
uma educação decente se não se matar pra pagar escola econsequentemente não tem tempo, nem dinheiro, nem
bagagem cultural pra se expor ao que é bonito, bem feito,bem falado, bem tocado, bem escrito, bem pensado. Tra-
tado como gado burro por seus líderes, ouve o que lhe édado ouvir, pensa o que os marqueteiros querem que seja
pensado, numa estranhíssima inversão de causa e efeitoconsagrada por aquele mantra hipócrita “vamos dar ao
povo o que ele gosta”, como se lixo bastasse a quem temuma comprovada fome não só de comida. A História já
provou através de inúmeras civilizações que os povos sãoo reflexo de seus comandantes. A quem interessa
burrificar-nos, manter-nos nessa espécie de limbo cul-tural, nesse conformismo que embota o discernimento
entre o que é feito com devoção e o que tem por únicafinalidade juntar mais grana e poder?
Parafraseando Bob Dylan, “the answer, my friend, isblowing in the wind”. O pessoal aí na rua cansou de es-
perar respostas e não faz mais perguntas. Só afirma.Minha esperança é que dessa fantástica confusão surja
uma luz no fim do túnel cultural onde o país vem seafundando faz tempo. A prova da nossa decadência
toca na rádio, aparece na TV, expõe-se nos palcos enas telas. Ou como diria Macalé em sua “Gotham
City” setentista: “Cuidado/ Há um morcego em plenaporta principal”.
Em tempo, morcegos-bichos: não é com vocês...
Mas só deu certo praHistória, porque nosso povo épobre, sofrido, leva quatro horaspor dia pra ir trabalhar
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