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Efeitos do treinamento combinado na reabilitação pulmonar de paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Guilherme Antonio de OLIVEIRA1

Leonardo de Souza ZARATIN2

Edson Donizetti VERRI3

Jacqueline Rodrigues de Freitas VIANNA4

Resumo: O objetivo deste trabalho é verificar a influência do exercício físico aeróbio combinado com exercícios de resistência muscular localizada na melhora da capacidade funcional cardiorrespiratória, força muscular periférica (FMP), dispneia, atividades de vida diária (AVDs) e qualidade de vida (QV) de paciente com DPOC, submetido a um programa de reabilitação pulmonar (PRP). Trata-se de uma pesquisa do tipo relato de caso, com paciente do sexo masculino, 70 anos de idade, submetido a um PRP por um período de 10 meses, utilizando teste de caminhada de 6 minutos, teste incremental de membros inferiores (TIMMII) e teste de endurance de membros superiores (MMSS) e de membros inferiores (MMII), teste de 1 repetição máxima (1RM), avaliação de dispneia, teste de atividade de vida diária (AVDs) e avaliação da QV relacionada à saúde. Verificou-se aumento da distância percorrida no TC6 e melhor desempenho nos testes incrementais, de 1 RM, de endurance, na graduação da dispneia, nas AVDs e na pontuação do questionário de QV. O PRP proporcionou melhora da capacidade funcional cardiorrespiratória, da tolerância ao exercício e da FMP de MMSS e MMII com melhor desempenho nas AVD e consequente melhora da QV, com redução do risco de morbimortalidade com base na distância percorrida no TC6.

Palavras-chave: DPOC. Reabilitação Pulmonar. Treinamento de Força. Treinamento Aeróbio. Qualidade de Vida.1 Guilherme Antonio de Oliveira. Graduado em Fisioterapia e Pós-graduado em Fisioterapia Cardiorrespiratória Geral e Intensiva pelo Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <[email protected]>.2 Leonardo de Souza Zaratin. Graduado em Fisioterapia pelo Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <[email protected]>.3 Edson Donizetti Verri. Doutorando em Biologia Oral pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Biologia e Patologia Buco-Dental pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Graduado em Fisioterapia pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Docente do Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <[email protected]>.4 Jacqueline Rodrigues de Freitas Vianna. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia Respiratória da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestre em Saúde na Comunidade pela Universidade de São Paulo (USP). Graduada em Fisioterapia pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Docente do curso de Fisioterapia do Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <[email protected]>.

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Effects of combined training in pulmonary rehabilitation in patient with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD)

Guilherme Antonio de OLIVEIRALeonardo de Souza ZARATIN

Edson Donizetti VERRIJacqueline Rodrigues de Freitas VIANNA

Abstract: The aim of this study was to investigate the influence of aerobic exercise combined with exercises for muscular endurance in improving cardiopulmonary functional capacity in peripheral muscle strength and quality of life (QL) in a patient with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) underwent a pulmonary rehabilitation program (PRP). This research a case study with a male patient, 70 years old submitted to a pulmonary rehabilitation program for a period of 10 months, using 6-minute walk test, incremental test of lower limbs and endurance test of upper and lower limbs, one repetition maximum test , assessment of dyspnoea, daily life activity test and evaluation of health-related quality of life. There was an increase in the distance walked in the 6-minute walk test and better performance on tests of upper and lower members incremental, 1-RM test, endurance, from the graduation of dyspnoea, in the activities of daily life and in scoring of the life quality questionnaire. The provided pulmonary rehabilitation program improves functional capacity, cardiorespiratory exercise tolerance and peripheral muscle strength of upper and lower limbs, with better performance in activities of daily living and consequent improvement of quality of life, with a risk reduction of morbidity and mortality based on distance travelled in the 6-minute walk test.

Keywords: COPD. Pulmonary Rehabilitation. Strength Training. Aerobic Training. Quality of Life.

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1. INTRODUÇÃO

A Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença pulmonar grave com repercussão sistêmica causada principalmente por uma exposição constante e prolongada ao tabagismo (LAIZO, 2009). É prevenível e tratável, caracterizada por uma limitação persistente ao fluxo de ar que é progressiva e se associa com uma resposta inflamatória pulmonar anômala às partículas ou gases nocivos (BAGATIN; JARDIM; STIRBULOV, 2006). Com exacerbações e comorbidades que contribuem para a gravidade em geral da enfermidade (HAN et al., 2012).

Na DPOC, a inflamação sistêmica inclui presença de estresse oxidativo sistêmico, concentrações anormais de citocinas circulantes e ativação das células inflamatórias. O processo inflamatório atua na musculatura esquelética, hipotrofiando-a e causando intolerância ao exercício. A disfunção muscular esquelética inclui a perda progressiva de massa muscular e a presença de várias anomalias bioenergéticas. Tais efeitos sistêmicos contribuem para a limitação da capacidade física do paciente e declínio da qualidade de vida (QV) relacionada à saúde (LAIZO, 2009; KUNIKOSHITA et al., 2006).

Os principais fatores que contribuem para a intolerância ao exercício na DPOC são: aumento do trabalho respiratório, hiperinsuflação dinâmica, disfunção muscular respiratória, anormalidade nas trocas gasosas, limitação cardiovascular, disfunção muscular esquelética, comprometimento nutricional e alguns fatores psicológicos como ansiedade e medo (CAROLYN; ROCHESTER, 2003).

A disfunção da musculatura periférica compromete a capacidade de exercício em pacientes com DPOC. A redução da FM relaciona-se com a capacidade física e com a intensidade de sintomas durante o teste de exercício incremental, independentemente da função pulmonar. A interrupção do teste incremental (TI) é causada, na maioria das vezes, pelos sintomas de dispneia e dor nos membros inferiores (MMII), demonstrando que ao esforço físico, o sintoma

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limitante não é somente as alterações ventilatórias, mas também a deficiência da musculatura periférica (SILVA et al., 2008).

A gravidade da doença pode ser estabelecida pela intensidade da dispneia, que é um sintoma associado ao desempenho no exercício e, portanto, à QV (O’DONNELL et al., 2007 apud CAMARGO; PEREIRA, 2010).

Um componente importante no tratamento da DPOC é a Reabilitação Pulmonar (RP), que atualmente engloba inúmeros recursos e métodos de treinamento físico geral, muscular respiratório e de fisioterapia respiratória (IKE et al., 2010; DOMINGUES; ALMEIDA, 2010). A sua eficácia tem sido associada aos componentes relacionados à atividade física como a combinação das modalidades de exercícios aeróbios e exercícios resistidos, associados aos exercícios respiratórios (DOURADO; GODOY, 2004). A redução da dispneia tem sido um dos principais objetivos a serem alcançados com a RP (O’DONNELL et al., 2007 apud CAMARGO; PEREIRA, 2010).

O objetivo deste estudo foi verificar a influência do exercício físico aeróbio combinado com os exercícios de resistência muscular localizada na melhora da capacidade funcional cardiorrespiratória, força muscular periférica (FMP), dispneia, atividades de vida diária (AVDs) e qualidade de vida (QV) de paciente com DPOC, submetido a um programa de reabilitação pulmonar (PRP).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Pesquisa do tipo relato de caso, com paciente do sexo masculino, 70 anos, peso 58 Kg, altura 1.65m, com diagnóstico clínico de DPOC, submetido a um PRP do Projeto de Iniciação científica – Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica, realizado na academia do Claretiano – Centro Universitário de Batatais-SP.

De acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (protocolo n. 67/2011) e o indivíduo assinou um termo formal de consentimento livre e esclarecido.

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Foi avaliada a capacidade funcional cardiorrespiratória por meio do teste de caminhada de 6 minutos (TC6), segundo protocolo da American Thoracic Society (ATS, 2002) e o teste incremental de MMII (TIMMII) com protocolo de Harbor modificado (WASSERMAN et al., 1999) e teste incremental de membros superiores (TIMMSS) com a diagonal primária do método de FNP (Facilitação Neuromuscular proprioceptiva) – Método Kabat (VOSS; IONTA; MYERS et al., 1987). O protocolo de Harbor modificado tem a duração total de 11’ a 15’ e realizado com velocidade de 1 a 4,5 mph (1,6Km/h – 7,2 Km/h) e incrementos de 1% inclinação a cada minuto após 3’ de aquecimento na velocidade confortável elegida pelo paciente, o teste é interrompido pelo paciente com sintoma limitado ou interrompido pelo avaliador em caso de alterações hemodinâmicas e/ou respiratórias. O método com diagonal primária de FNP (Facilitação Neuromuscular proprioceptiva) foi realizado com carga inicial de 0,5Kg progressivamente aumentada em 0,5 Kg a cada sequência de dois minutos, com 1 minuto de repouso até o limite de tolerância do paciente.

Para avaliar a endurance de MMII, o teste de endurance de carga constante com a mesma velocidade e 90% da carga máxima do TIMMII, e para avaliar a FMP foi realizado o teste de uma repetição máxima (1RM), segundo recomendações descritas por Powers e Howley (2000), utilizando equipamentos de musculação e halteres. A remada articulada foi utilizada para o teste com o músculo grande dorsal, legg articulado para o músculo quadríceps e tríceps sural, mesa flexora para isquiotibiais, cadeira abdutora para abdutores de quadril, cadeira adutora para adutores de quadril, barra reta em DD para peitorais, halteres para bíceps, tríceps e deltóide fibras médias. Foi iniciado o teste com alongamento dinâmico e aquecimento prévio com 10 repetições no próprio aparelho ou halter, com carga confortável e, após um intervalo de 1 minuto, iniciou-se a primeira carga com incrementos após cada tentativa com intervalos de 3 minutos entre o máximo de cinco tentativas para se determinar 1 RM.

Para todos os testes foram monitorizados a frequência respiratória e cardíaca (FR e FC), a saturação periférica de oxigênio (SpO2), a pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD) e o

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índice de esforço percebido para dispneia e cansaço de membros pela escala de Borg modificada EB-CR10.

O grau de dispneia nas atividades cotidianas foi graduado pela escala de dispneia do Medical Research Council modificada (mMRC) (KOVELIS, 2008) e a atividade de vida diária foi avaliada por um teste elaborado com algumas AVDs, de acordo com as possibilidades de avaliação do Projeto de iniciação científica da instituição, avaliando atividades de cuidados pessoais e atividades físicas com base na escala London Chest Activity of Daily Living (LCADL), versão brasileira (PITA et al., 2008), com objetivo de avaliar as alterações nos sinais vitais após treinamento físico. E a QV foi avaliada pelo questionário do Hospital Saint George (SGRQ) (SOUSA; JARDIM; JONES, 2000; CAMELIER, et al., 2006), com três domínios (sintomas, atividades e impacto da doença), divididos em 76 itens. Cada domínio tem uma pontuação máxima possível; os pontos de cada resposta são somados e o total é apresentado como um percentual do máximo e, valores acima de 10% refletem uma qualidade de vida alterada naquele domínio ou na pontuação total.

No PRP da instituição, normalmente os testes eram realizados pré, após 6 meses e 10 meses do protocolo de treinamento e o TC6 também é reavaliado após 3 meses e outros testes apenas pré e após 10 meses do programa. Neste estudo, somente o TIMMSS não foi realizado aos 6 meses devido ao não comparecimento do paciente no dia do agendamento das reavaliações e só foi possível realizar aos 8 meses devido à internação por exacerbação no período logo após os 6 meses.

O PRP foi realizado com frequência de 2 vezes semanais por um período de 10 meses, com duração de 1 hora e 45 minutos, no período vespertino das 14 horas às 15 horas e 45 minutos. O PRP foi subdivido em fases com 15 minutos de aquecimento com exercícios intervalados, 36 minutos de treinamento aeróbio em esteira ergométrica, com carga de 80% do TIMMII, 24 minutos de treinamento de MMSS com 50% de carga do TIMMSS, com as diagonais primárias e secundárias de FNP do Método Kabat, 2 séries de 2 minutos com intervalo de 1minuto de repouso e 15

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minutos de treinamento resistido de MMSS e MMII, intercalados nos 2 dias da semana, realizados com halteres e equipamentos de musculação, com carga inicial de 60% com progressão para 80% do teste de 1RM e finalizado o treinamento com desaquecimento com alongamentos estático de cadeia anterior e posterior por 10 minutos e relaxamento induzido por 5 min.

3. RESULTADOS

Paciente portador de DPOC com índice de massa corporal (IMC) de 21,3 kg/m2 e diagnóstico clínico relatado no encaminhamento médico com o código internacional de doença – CID J44. 9 ao PRP, porém, sem apresentação da prova de função realizada pelo médico pneumologista. Segue abaixo a descrição dos resultados de todos os testes avaliados.

Teste de caminhada de 6 minutos

As distâncias percorridas no TC6 pré e após 3 meses, 5 meses e 10 meses do PRP podem ser observadas no Gráfico 1. Houve aumento progressivo da distância percorrida, não havendo queda de SpO2, nos testes após o PRP. O paciente atingiu a distância percorrida prevista pela equação de Enright e Sherril (1998), que é de 483,05 metros após 3 meses do PRP. Quanto à dispneia, inicialmente a graduação pela EB-CR10 era grau 3 e após o 5º mês do programa era zero; a dispneia no exercício pela EB-CR10 mostrou queda no exercício máximo de 10 pontos para 3 pontos.

O paciente tinha história de internações em média a cada 3 meses no ano, nos últimos 5 anos e durante o período de 10 meses do PRP, apresentou apenas 1 internação no período do inverno.

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Gráfico 1. Distância percorrida no TC6 durante PRP.

Teste incremental de membros inferiores (TIMMII) e teste endurance

O desempenho no TIMMII (velocidade, inclinação, tempo e distância) e as variações da FC e EB-CR10 no momento pré e após 6 e 10 meses do PRP mostram um aumento de 200 metros na distância percorrida, com redução da FC ao repouso e aumento no exercício máximo, revelando melhor condicionamento aeróbio e dessensibilização da dispneia, com queda de 7 pontos na EB-CR10 (Gráfico 2 e 3). No teste de endurance, que foi realizado após 10 meses do PRP, verificou-se aumento de apenas 1 minuto no tem-po de exercício, aumento inferior à mínima diferença clinicamente significativa.

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Gráfico 2. Variáveis do Teste Incremental de MMII durante PRP.

Velocidade (Km/h)

Inclinação (%)

Tempo (min)

Distância (m)

TIMMII (10 meses) 5 8 11 900

TIMMII (6meses) 4,5 9 12 700

TIMMII (Início) 3,5 9 12 700

Velocidade (Km/h) Inclinação (%) Tempo (min) Distância (m)

Gráfico 3. Dados de FC e EB-CR10 durante os Testes Incrementais de MMII.

97

150

0 10

85

135

0 3

75

127

0 3

1°Teste 2° Teste 3° Teste

FC Rep FC Ex Máx BORG Rep BORg Ex Máx

Teste incremental de MMSS (TIMMSS)

A carga máxima inicial e após 8 e 10 meses do PRP foi de 0,5Kg, como mostra o gráfico 4. Uma limitação observada foi a queixa de dor no ombro devido a tendinite de manguito rotador de ombro D e E.

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Gráfico 4. Carga máxima alcançada no teste incremental de MMSS após 10 meses do Programa de Reabilitação Pulmonar.

1

1,5 1,5

00,20,40,60,8

11,21,41,6

TIMMSS (início)

TIMMSS (8 meses)

TIMMSS (10 meses)

Carga Máxima (Kg)

Teste de 1 RM

O treinamento resistido inicialmente foi com carga de 60% de 1RM e foram aumentados 5% para os uniarticulados e 10% grupos musculares após 4 semanas de treinamento aeróbio, até 80% de 1RM. Houve um aumento da carga máxima após 10 meses do PRP de 2Kg para tríceps, 5Kg para peitoral, de 1Kg para deltoide, 20Kg para quadríceps, 9Kg para gastrocnêmio, 5Kg para isquiotibiais, 10Kg para abdutores (ABD) e 10Kg para adutores (ADD) (Gráfico 5).

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Gráfico 5. Carga máxima alcançada no teste 1RM após 10 meses do Programa de Reabilitação Pulmonar.

Avaliação da qualidade de vida (QV) pelo questionário do Hospital Saint George (SGRQ)

Os valores da pontuação do SGRQ acima de 10% refletem um comprometimento da QV nos domínios: sintomas, restrições às AVDs e impacto da doença. E após 10 meses de realização do PRP,

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verifica-se que ocorreram alterações significativas, considerando a diferença mínima clinicamente significativa de 4% (Tabela 1).

Tabela 1. Domínios do SGRQ pré e pós PRP.

Parâmetro SGRQ % Pré-PRP Pós-PRP

Sintomas 71,17 37,93

Atividade 66,95 41,10

Impacto 30,08 18,36

Total 49,13 28,51 *PRP: programa de reabilitação pulmonar; SGRQ: Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória; Dados apresentados em valores %.

Teste de AVDs

Houve alteração na SpO2 em 3 ou mais pontos nas atividades de lavar o rosto, retirar a camisa e andar na esteira com velocidade de 2,5 Km/h com 4% de inclinação por 5’ e redução da FC nas atividades de descalçar sapatos (de 13 bpm) e calçar sapatos (de 30 bpm) e andar na esteira com velocidade de 2,5 Km/h, 4% de inclinação por 5’ (de 23 bpm), indicando melhora no consumo de oxigênio e na resposta cardiovascular ao esforço. Quanto ao índice de esforço percebido, houve redução de 3 pontos na EB-CR10 na atividade de andar na esteira, com velocidade de 2,5 Km/h com 4% de inclinação por 5’ (Tabela 2).

Tabela 2. Variáveis relacionadas ao Teste de AVDs.

SpO2 EB-CR10 FC

AVDs Início Após 10m Início Após

10m Início Após 10m

Escovar dentes 93% 94% 0 0 92 bpm 95 bpmLavar o rosto 90% 95% 0 0 92 bpm 91 bpmPentear cabelo 94% 94% 0 0 94 bpm 94 bpm

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SpO2 EB-CR10 FC

AVDs Início Após 10m Início Após

10m Início Após 10m

Retirar camisa 92% 95% 0 0 89 bpm 91 bpmVestir camisa 94% 94% 0 0 90 bpm 90 bpmDescalçar sapatos 95% 95% 0 0 101bpm 88 bpmCalçar sapatos 91% 93% 0 0 108bpm 78 bpmAgachar-se (3x) 95% 95% 0 0 92 bpm 92 bpm

Andar 50m c/ peso de 5Kg 92% 92% 0 0 106bpm 103

bpm

Andar esteira (2,5 Km/h/4 % inclinação por 5’

87% 93% 3 0 116bpm 93 bpm

*AVD: Atividades de vida diária; SpO2: Saturação periférica de oxigênio; EB-CR10: índice de esforço percebido IEP; FC: frequência cardíaca.

4. DISCUSSÃO

Um crescente número de estudos vem evidenciando os efeitos de diferentes PRP no recondicionamento do sistema cardiorrespiratório e na restrição ao aumento das limitações já acentuadas no paciente. O objetivo deste relato de caso foi verificar o impacto do exercício físico aeróbio combinado com os exercícios de resistência muscular localizada na melhora da capacidade funcional cardiorrespiratória, FMP, dispneia, AVD e QV de um paciente com DPOC submetido a PRP. Os resultados apontaram a efetividade do treinamento combinado com treino aeróbio e resistido de alta intensidade (80% TIMMII e do teste de 1RM), resultando em maior tolerância ao exercício, menor sensação de dispneia, maior FMP e impacto positivo na QV relacionada à saúde.

Ribeiro et al. (2005), analisando a tolerância ao exercício físi-co e a sensação de dispneia em pacientes com DPOC após um PRP de oito semanas, verificaram que não houve diferença significativa nas variáveis fisiológicas e nem na sensação de dispneia após o PRP, porém, observaram um aumento estaticamente significativo na distância percorrida no TC6 após PRP. Ferreira et al. (2009), ao avaliarem a eficácia do treinamento de exercício com protocolo

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de marcha no impacto da QV e na capacidade de exercício, tam-bém verificaram que não houve diferença significativa na distância percorrida no TC6 após o treinamento de exercício, porém, houve redução da FC, traduzindo, assim, uma melhora na performance final.

Hernandes et al. (2009) avaliaram a capacidade máxima de exercício com o TIMMII em cicloergômetro, com objetivo de caracterizar o nível de AVD de uma amostra de 70 pacientes divididos em 2 grupos, sendo 40 portadores de DPOC e 30 indivíduos como grupo controle (idosos saudáveis), e evidenciaram que os pacientes portadores de DPOC são menos ativos em suas AVD quando comparados a idosos saudáveis.

Neste relato, no TIMMII, houve aumento da velocidade e da distância percorrida com redução da FC, bem como do índice de esforço percebido pela escala EB-CR10 ao repouso e ao exercício máximo; a distância percorrida no TC6 aumentou consideravelmente nos quatro testes realizados, progressivamente após 3, 6 e 10 meses. O aumento de 250 metros após PRP é bem superior à distância mínima clinicamente significativa de 25 metros como recentemente evidenciada por Holland et al. (2010), assim como revela a redução do risco de exacerbação, internação e mortalidade, com base no recente estudo de Spruit et al. (2012), já que a distância percorrida prévia era inferior a 334 metros e pós- -treinamento é superior a 357 metros, distâncias mínimas relacionadas respectivamente à predição de morte e de exacerbação relacionada à admissão hospitalar.

Severo e Rech (2006), após revisão bibliográfica, relatam que o treinamento de MMSS é uma importante ferramenta em um PRP e que os exercícios com levantamento de peso acima dos ombros são os que oferecem resultados mais satisfatórios. Zanchet et al. (2005) observaram melhora significativa na carga máxima obtida no TIMMSS após 6 semanas de treinamento de MMSS com o método de FNP de Kabat em 27 pacientes com DPOC. Neste relato, não se verificou melhora significativa no tempo de endurance de MMII, porém, houve aumento de 0,5 Kg na carga máxima obtida no TIMSS.

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Estudos têm demonstrado que a fraqueza muscular contribui na intolerância ao exercício de portadores de DPOC. No entanto, ainda não existe consenso quanto à aplicação do treino de força em pacientes com doença pulmonar (VONBANK et al., 2012). Possani et al. (2009), para quantificar a redução da FMP que ocorre após um protocolo de fadiga em MMII e MMSS dominantes e a sua recuperação imediata, utilizaram um protocolo de protocolo de fadiga com três séries 10 repetições com 80% da carga máxima obtida pelo paciente no teste de 1 RM e observaram um predomínio na fadiga nos flexores de cotovelo em relação aos extensores de cotovelo em pacientes com DPOC.

Ike et al. (2010) avaliaram o efeito do exercício resistido de MMSS no ganho de FMP e na capacidade funcional em 12 pacientes com DPOC (moderado a muito grave), divididos em dois grupos, sendo grupo controle (GC) e grupo treinado (GT) e constataram que após o tratamento um aumento significativo da FM no GT nos exercícios de supino e pulley e no GC não encontraram diferença significativa nos períodos pré e pós tratamento.

Dourado et al. (2004) avaliaram, após 36 sessões de treinamento, a função pulmonar, força e resistência muscular, capacidade máxima de exercício (VO2max), resistência aeróbia com carga constante na esteira, TC6, QV e sensação de dispneia de 15 pacientes com DPOC. Em 8 pacientes utilizou treinamento de força isolado com três séries de 8-12 repetições em máquinas de musculação e intensidade variando entre 50-80% de 1RM e em 7 pacientes treinamento combinado de força com halteres (duas séries de 8-12 repetições com 50-80% de 1RM) com exercício aeróbio leve (caminhada livre), verificando melhora significativa da FMP e do TC6 em ambos os grupos sem diferença estatística entre eles. Entretanto, ressaltou que, no grupo de treinamento de força isolado, houve melhora significativa da resistência muscular de quadríceps, resistência aeróbia com carga constante na esteira e no escore de QV.

A avaliação dos níveis de QV tem sido objeto da maioria dos estudos com DPOC, como os que já foram citados, segundo Dourado et al. (2009) a redução da sensação de dispneia após

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programas de condicionamento físico é um importante preditor da diferença clinicamente significativa da QV em pacientes com DPOC e reforçam a importância de estratégias de PRP visando à redução desse sintoma e à interrupção do ciclo de dispneia em espiral comumente encontrado nos pacientes com DPOC.

Neste relato de caso, com treinamento de força com 80% de 1RM combinado com treinamento aeróbio de alta intensidade (80%), verificou-se aumento na carga máxima obtida de todos os músculos testados após tratamento, assim como melhora da dispneia, da SpO2, da FC em algumas AVDs e mudança considerável na QV, considerando a diferença mínima clinicamente significativa de 4% nos três domínios estudados do questionário SGRQ.

5. CONCLUSÃO

Ainda não está estabelecida a duração e a intensidade ideal de treinamento de endurance combinado com o treinamento de força no paciente com DPOC. Entretanto, o treinamento combinado de alta intensidade, com exercício físico aeróbio em esteira e treinamento de força muscular de MMSS e MMII proporcionaram vários benefícios, como a melhora da tolerância ao exercício, melhor desempenho das AVDs, aumento da FMP de MMSS e MMII e melhora da QV, de um paciente com redução importante da capacidade funcional e alto risco de morbimortalidade com base na distância percorrida no TC6.

REFERÊNCIAS

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