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Ensaio Sobre a Netnografia Aplicada
em Comunidades Sociais Virtuais
Rosiene Marques Vieira* Resumo: Discorre sobre as ferramentas metodológicasadotadas para a Análise em Comunidades Virtuais. ANetnografia é apontada como sendo umasubespecialidade da Etnografia, pois esta também é umaramificação da Antropologia e valida os estudos acercadas informações contidas nesses espaços colaborativos.Apresenta uma revisão de literatura sobre o pesquisadorvirtual, atuante no ciberespaço já que este éholisticamente considerado um lugar antropológico,onde se pode exercer a observação dos atores envolvidosatravés do compartilhamento de informações.
Palavras-chave: Netnografia; Ciberantropologia;Comunidades Virtuais, Técnica do Incidente Crítico.
Abstract: Discusses the methodological tools adopted forthe analysis in Virtual Communities. The Netnografia is
identified as a subspecialty of ethnography, as this isalso a branch of anthropology and the study validatesthe information contained on these collaborative spaces.Presents a review of research literature on the virtualoperating in cyberspace as it is holistically consideredan anthropological place where you can exercise theobservation of stakeholders by sharing information. Keywords: Netnography; Cyberantropology, VirtualCommunities, Critical Incident Technique.
2011
*Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL [email protected] [email protected]
Twitter: @rosebiblio
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
“Não há objeto nobre nem objeto indigno da ciência.” Franz Uri Boas (1858-1942)
tilizando-se das palavras de Ortega (2007) A biblioteconomia
apresenta uma longa história de atividades de organização e
conservação de documentos desde o início da escrita até a época
moderna, no século XV, quando recebeu novos insumos em função da
invenção da imprensa por Gutenberg e do Renascimento científico e
cultural.
Nos anos de 1990 ocorre uma mudança de paradigma da
biblioteconomia no que concerne ao objeto “documento” para a
“informação” com as Tecnologias de Informação e comunicação – TIC.
Portanto nos dias de hoje o bibliotecário é também conhecido como um
Profissional da Informação e conceituado esse termo, Santos (1996)
aponta que são considerados assim todos aqueles que de uma forma ou
de outra
Fazem da informação o seu objeto de trabalho, entre osquais os arquivistas, museólogos, administradores,
analistas de sistemas, comunicadores, documentalistas ebibliotecários, além dos profissionais ligados à informática eas telecomunicações. (SANTOS, 1996, p.5)
Atenta-se para o fato que a Biblioteconomia não é uma ciência
isolada, ela possui conexão com a Ciência da Informação, Psicologia,
Informática, Tecnologia da Informação, entre outras. Com a expansão
das redes sociais, criaram-se vários nichos para a pesquisa mediante a
observação do comportamento dos atores em comunidades virtuais.Com isso mais um campo onde o bibliotecário pode atuar como
pesquisador. Esse nicho é muito interessante para os profissionais que
atua em bibliotecas que adicionam redes sociais em seus sites, como os
blogs por exemplo. “O ciberespaço possibilita o acesso e uso de fontes
de informação, a troca intensa de informação, seja em ambientes da
web colaborativos síncronos ou assíncronos” (BLATTMANN, 2011,
P.160).
U
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Para tanto o observador virtual se utiliza de metodologias
consolidadas na Antropologia e Etnografia, criado assim o
Ciberantropólogo e o Netnógrafo. No presente artigo dar-se-á ênfase a
Netnografia e como trata-se apenas de um ensaio, discorre somente
sobre a teoria desses estudos. Para adentrar-se na discussão dessas
práticas metodológicas, principalmente da Netnografia é preciso antes
mergulhar ao menos um pouco nas ciências que serve de base para
essas ramificações que são a Antropologia e a Etnografia.
ANTROPOLOGIA E ETNOGRAFIA
É considerado que a Antropologia surgiu no século V a.C. e que o
grego Heródoto de Halicarnasso fora o pai da Antropologia antiga. Outro
antropólogo muito conceituado do século XX e igualmente citado na
literatura da área é o francês Claude Lévi-Strauss. Já o pai da
Antropologia Moderna seria outro francês Franz Boas (1858-1942), um
dos pioneiros na arte de etnografar, Franz Boas foi o professor formador
dos primeiros etnógrafos americanos, que inclusive é citado e
referendado por Lévi-Strauss.Os autores Marconi & Presotto (1985) empregam a derivação
etimológica da palavra Antropologia (anthropus = homem; logos =
estudo) que vem do grego e significa estudo do homem ou “ciência que
estuda o homem, suas produções e seu comportamento”. A Etnografia
(ethnos = povo; graphein = escrever) também vem do grego e significa o
conjunto dos escritos sobre os povos no tocante as suas culturas, raças,
credos e etc. Na Antropologia a cultura é concebida no seu sentido maisamplo por englobar os modos comuns aprendidos da vida, que são
transmitidos pelos indivíduos e grupos em sociedade. A Antropologia é
a ciência da humanidade e da cultura, pois abrange espacialmente toda
a terra habitada e as sociedades organizadas, segundo Marconi &
Presotto (1985).
O conceito de cultura cunhado por Edward Tylor foi formulado a
partir de duas palavras distintas e de origens diferentes, o vocábuloCulture (inglês) deriva do termo Kultur (germânico) que simbolizava os
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O autor descreve ainda que, passando esse tempo de
impregnação é inevitável que o pesquisador se afaste do seu objeto de
estudo, pois é uma prática pertinente da linguagem científica. Portanto
na antropologia todo e qualquer mínimo detalhe deve ser observado,
assim
De um lado, o menor fenômeno deve ser apreendido namultiplicidade de suas dimensões (todo comportamentohumano tem um aspecto econômico, político, psicológicosocial, cultural...). De outro, só adquire significaçãoantropológica sendo relacionado à sociedade como um todona qual se inscreve e dentro da qual se constitui um sistemacomplexo. (LAPLANTINE, 2003, p.156).
APLICAÇÃO DA NETNOGRAFIA
O termo Netnografia foi cunhado na década de 1980 por Robert V.
Kozinets, ressignificando uma abordagem da Etnografia. A idéia de
Netnografia pode ser aplicada nas pesquisas que contemplem os
estudos comportamentais de usuários em ambientes virtuais (PINTO
et.al 2007). Conforme esses autores a Etnografia pode se estender
também aos territórios-rede, pois constitui-se também como
comunidades organizadas virtualmente.
Para tanto é preciso que o Netnógrafo segundo Kozinets atente
para o conceito do que é público e do que é privado, agindo com ética e
sempre informando ao observado que está realizado estudo nos
conteúdos por ele produzidos. E que nesses territórios a comunicação
possui caráter assíncronico onde os participantes se comunicam em
tempos diferentes. Assim como acontece nas interações através de
comentários nos posts dos blogs por exemplo. Sobre a ética no
ciberespaço Blattmann (2011) afirma que
Os princípios éticos aplicados na vida social e profissionalvisam ampliar e fortalecer as relações humanas [...] énecessário observar e principalmente manter o cuidado nas
manifestações orais, escritas e também na hipermídia (nohipertexto) (BLATTMANN, 2011, p.160-161).
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O Netnógrafo tem ainda que ser discreto no tocante a privacidade
e a confidencialidade do indivíduo, esses são os pontos éticos da
observação. No que concernem os pontos técnicos é preciso que seja
observada a familiaridade entre os membros das comunidades virtuais,
como é por eles compartilhada a linguagem, as normas e os símbolos
específicos, revelação das identidades e a manutenção dos componentes
e preservação do grupo pelos participantes.
A observação direta e participativa dentro da comunidadepermite ao etnógrafo desenvolver uma percepção acurada eextremamente sensível às variações comportamentais nasrelações entre os membros de comunidades digitais
(LEMOS, 2010, p.227).
Segundo Silva (2004) já que o ciberespaço é frequentado por
personas, essa análise é voltada para a compreensão das peculiaridades
constituídas no interior dessas comunidades, desses grupos virtuais.
Então essa observação pode ser desenvolvida em dois níveis: o interno e
o externo, logo
O interno considera o Ciberespaço como um "nível" derealidade substancialmente específico e diverso dosrestantes, dentro do qual se desenvolvem fenómenospeculiares, que devem ser abordados com um referencialteórico adequadamente desenvolvido ou adaptado. O externoconsidera-o como mais um aspecto da culturacontemporânea estando nela inserido e confrontando areflexão antro-pológica com o mesmo tipo de problemas.Assim, a abordagem externa efectua a Antropologia do Ciberespaço considerando-a como mais um aspecto deoutras realidades, enquanto que a abordagem interna tentaestabelecer uma Antropo-logia no Ciberespaço, umaCiberantropologia . (SILVA, 2004, p.4)
Um ponto mais que positivo para o estudo das comunidades
virtuais é o distanciamento já mencionado aqui segundo Laplantine
(2003), pois além do Netnógrafo se embriagar dos seus objetos de
estudo, mantém naturalmente a distância necessária para uma análise
imparcial desse objeto. Assim o autor acerta que “O olhar distanciado,
exterior, diferente, do estranho, é inclusive a condição que torna
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possível a compreensão das lógicas que escapam aos atores sociais.” As
autoras abaixo trazem essa corroboração para salientar a pertinência
da netnografia como ferramenta metodológica.
[...] ela pode ser utilizada amplamente, em listas dediscussão, chats, mIRC, e nessas redes temáticasespecíficas é possível aplicar análise de discurso nasmensagens trocadas pelos indivíduos. Portanto, é possívelnetnografar com entrevistas mediadas por programasvariados, como o MSN, ou analisar narrativas contidas emblogs. (HERRERA e PASSERINO 2008).
Para destacar o emprego da netnografia nas comunidades
virtuais, Montardo & Passerino (2006) destacam três formas para aaplicação dessa metodologia segundo Kozinets (1997). 1 - Como
ferramenta metodológica para estudar comunidades virtuais puras,
aquelas em que as relações são estabelecidas somente na Comunicação
Mediada por Computador – CMC. 2 - Como ferramenta metodológica
para estudar comunidades virtuais derivadas, aquelas que transpõem
às relações no Ciberespaço, ou seja, as relações se estabelecem também
no meio tradicional e real. 3 - Como ferramenta exploratória paradiversos assuntos. Destacam também que para o etnógrafo obter
resultados fenomenológicos que concernem na concepção dos
participantes sobre o mundo, a melhor técnica de observação é a
observação direta, participante e crítica.
Assim, a partir de um determinado entendimento inicial,observamos a netnografia como um dos métodos
qualitativos que amplia o leque epistemológico dos estudosem comunicação e cibercultura. (AMARAL, NATAL & VIANA,2008, p.35)
Nesse paradigma epistemológico surgi não só uma nova área
como um novo pesquisador nesse campo inovador que é a figura do
Netnógrafo como salientam, “O pesquisador quando vestido de
netnográfico, se transforma num experimentador do campo, engajado
na utilização do objeto pesquisado enquanto o pesquisa.” KOZINETS
(2007 apud Amaral, Natal e Viana, 2008, p.36). E essas pesquisas
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netnográficas realizadas em campo virtual, “podem variar ao longo de
um espectro que vai desde ser intensamente participativa até ser
completamente não- obstrutiva e observacional” Kozinets (2007 apud
Amaral, Natal e Viana, 2008, p.37) .
Já Montardo & Passerino (2006) apontam que segundo Kozinets
(1997) no que concerne a coleta de dados “as notas de campo das
experiências no ciberespaço que devem ser combinadas com os
“artefatos da cultura ou comunidade, como download de arquivos de
postagens de newsgroups [...]. Esses autores dizem ainda que existem a
forma de observação Sistemática (observação por um determinado
período de tempo) e que se divide como, sistemática direta (presencial) e
sistemática indireta (realizada por terceiros).
E existe ainda a Observação Participante, nessa observação o
pesquisador deve permanecer em campo num tempo maior que na
observação sistemática, devido o mesmo ser imparcial para não
prejudicar o resultado final e que o seu instrumento principal de
trabalho é o seu diário de campo, mas deve-se também lançar mão de
outras ferramentas como fotografias, gravações e filmes para completar
as informações.
Para Rousseau (1783 apud Lévi-Strauss, 2007) “quando se quer
estudar os homens, é preciso olhar para perto de si; mas, para estudar
o homem, é preciso aprender a vista para longe; é primeiro observar as
diferenças para descobrir as propriedades.” Como constatado também
por Laplantine. Para a coleta de dados nas comunidades virtuais, copia-
se os dados originados dos diálogos produzidos pelos membros dessa
comunidade que está sendo analisada. Essa coleta feita nessas listas de
discussões é muito genuína, pois a transcrição é feita automaticamente
Pinto et.al (2007).
Esses autores apontam para a diferença existente na coleta de
dados feita na netnografia, enfatizando seus pontos positivos, por
exemplo, na netnografia a comunicação é mediada por computador,
está publicamente disponível, é produzida no formato de texto escrito,
fazendo com que não haja falsas interpretações do pesquisador. Na
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Netnografia também se poderá efetuar o estudo Netnolinguístico dos
blogueiros e twitteiros, no casa da pesquisa ser feita em ambientes
como blogs e microblogs, analisando-se o “internetês”, as gírias da
atualidade, a fluência da comunicação entre os pares e outros aspectos
afins.
De acordo com Laplantine (2003) a linguagem é parte do
patrimônio cultural de uma sociedade, através do estudo da língua
compreendem-se as categorias psicoafetivas e psicossomáticas,
compreendendo assim a etnolinguística. O autor também enfatiza que a
etnolinguística alcança as áreas de comunicação em massa (como é o
caso do ciberespaço) e cultura do audiovisual. (grifo da autora do
artigo).
TÉCNICA DO INCIDENTE CRÍTICO
Outro método não muito difundido é a Técnica do Incidente
crítico, que de acordo com Flanagan (1973), surgiu a partir de estudos
no Programa de Psicologia da Aviação da Força Aérea dos Estados
Unidos na II Grande Guerra como procedimento para a seleção e
classificação de tripulações. O Incidente crítico é uma técnica que
Consiste em um conjunto de procedimentos para a coleta deobservações diretas do comportamento humano, de modo afacilitar sua utilização potencial na solução de problemaspráticos e no desenvolvimento de amplos princípiospsicológicos, delineando também procedimentos para a
coleta de incidentes observados que apresentem significadosespeciais e para o encontro de critérios sistematicamente
definidos. (FLANAGAN, p. 99)
Para o autor é bastante claro que essa técnica é um procedimento
essencial para reunir fatos específicos relacionados com o
comportamento humano em situações definidas. Enfatiza ainda que a
técnica do Incidente crítico é constituída de normas flexíveis para a
coleta de dados. “[...] o pesquisador é responsável pelo comportamento
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não somente das limitações, mas, também, do grau de credibilidade e
valor dos resultados finais obtidos” (FLANAGAN, 1973, p. 136).
A técnica do Incidente Crítico não é por si só, a solução para os
problemas detectados nos campos de pesquisa, mas é extremamente
eficaz para se estabelecer padrões, nas determinações de exigências, ou
avaliação de resultados, ou seja, “a técnica do incidente crítico, ao invés
de coletar opiniões, “palpites” e estimativas, obtém o registro de
comportamentos específicos para fazer observações e avaliações
necessárias” (FLANAGAN, 1973, p. 136).
Na conclusão do seu artigo o autor encerra com a seguinte fala:
“Espera-se que a técnica do incidente crítico e desenvolvimentos
relacionados forneçam fundamento estável para procedimentos em
muitas áreas da psicologia”. 37 anos depois adota-se a Técnica do
Incidente crítico nas mais diversas áreas e estudos distintos, como por
exemplo nas análises de comunidades sociais virtuais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Netnografia assim como a Ciberantropologia se faz necessáriasimplesmente pelo fato de que trançando-se uma analogia, a web
configura o mundo por meio de comunidades sociais virtuais de um
modo em geral.
Os espaços antropológicos são mundos de significações enão categorias reificadas partilhando entre si objetoscorporais: um fenômeno qualquer pode se desenvolver emvários espaços ao mesmo tempo (LÉVY, 1994, p.129-130).
A análise netnográfica é primordial no ciberespaço, pela riqueza da
miscigenação encontrada nas várias formas de representação da
cultura, do pluralismo de crenças e etc. “[...] os conhecimentos vivos, os
savoir – faire e competências dos seres humanos estão prestes a ser
reconhecidos como fonte de todas as riquezas” (LÉVY, 1998, p.25).
Sabe-se que a pertinência de estudos pautados em análises
netnográficas se fortalece pelas relações extra-virtuais, pois através das
relações online criam-se laços também nas relações presenciais. Mas
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tem-se sentido fortemente que as comunidades virtuais possibilitam
laços sem fronteiras, que só são possíveis nesse meio digital.
Não obstante, o Ciberespaço reúne pessoas de várias partesdo mundo, que nunca se encontrariam a não ser nestelugar. Esse facto, por si só, é suficiente para alterar muitasdas acções territoriais os ciberespaços são excelentes pontosde encontro para os cidadãos se encontrarem, para debaterassuntos de interesse público, para criar negócios, parapartilhar informações. Tudo se resume a um processo decomunicação que vai desencadear acções. (RODRIGUES,2010).
Portanto, as redes sociais sejam elas virtuais ou não são
comunidades onde a “inteligência e o savoir-faire humanos sempre
estiveram no centro do funcionamento social” (LÉVY, 1998, p.24). A
diferença é que nos tempos atuais, esse know holl encontra respaldo
nas Tecnologias da Informação e comunicação – TIC.
O crescimento dessa imensa teia de redes sociais é contínuo, logo
os estudos que abordam as ferramentas de análise netnográfica
também tende a evoluir. O método de investigação seja netnográfica ou
ciberantropológica se faz necessária em redes sociais, pois estasvalidam os estudos acerca das informações contidas nos diversos meios
de comunicação online.
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