Epidemiologia e Profilaxia
J.A.L.Marinho - 2012
Epidemiologia I
Diálogo entre Sócrates e Fedro. In-Fedro. Platão. (sobre dialética)
Sócrates: - Ouve: se alguém viesse procurar teu amigo Erixímaco ou o pai dele, Acumeno, e lhes dissesse: “eu sei fazer muitas coisas com o organismo de um homem; sou capaz de fazer com que ele transpire ou sinta frio, sei provocar vômitos quando isso me parece oportuno e obrigá-lo a evacuar quando quero; sei fazer muitas outras coisas desse gênero, e por isso acho que sou médico.... Que supões tu que responderiam eles?
Fedro: - De que modo poderiam responder, senão perguntando se ele também sabia a que pessoas devia aplicar esses tratamentos, e quando e durante quanto tempo?
Sócrates: Mas que diriam os médicos se esse homem respondesse: isso não sei, mas exijo que meus alunos sejam capazes de determinar por si mesmos o modo de aplicação desses tratamentos.
Fedro: - Creio que os médicos o considerariam louco, por julgar que se tornou médico depois de haver estudado essas coisas num livrinho ou descoberto por acaso alguns remédios, embora nada conheça sobre medicina.
VARIABILIDADE DA POPULAÇÃO
Genótipo + Ambiente = Fenótipo
VARIABILIDADE
INCERTEZA
EPIDEMIOLOGIA
(estatística)
Experiência Conhecimento
Sensibilidade
Entendimento
Conhecer é necessário; A experiência é a raiz comum do Conhecimento
Propósito da Epidemiologia I• Definição• Objetivos da Epidemiologia• Ferramentas da Epidemiologia• Ações para conhecer
• Incidência• Prevalência• Tipos de Estudo• Cadeia Epidemiológica do Processo Infeccioso• Variação da ocorrência das doenças
• Estrutura Epidemiológica
Categorias de conhecimento e Definições fundamentais na investigação
epidemiológica
"estudo da distribuição e determinantes dos estados de saúde de uma população específica, e a aplicação deste estudo no controle dos problemas de saúde”
"Estudo” — a epidemiologia é uma ciência da saúde pública, baseada nos princípios da estatística e metodologia de pesquisa. "Distribuição” — É a distribuição das freqüências e padrões de eventos de saúde em grupos populacionais. "Determinantes” — Causalidade da doença "Estados de saúde” – doenças agudas e crônicas, problemas comportamentais, traumatismos, problemas ambientais, etc., e não apenas as doenças infecciosas como era no passado. "Controle” — É o objetivo final. Os dados epidemiológicos em termos de distribuição, determinação e população orientam as decisões de saúde pública para controlar ou prevenir problemas de saúde.
Definição da Epidemiologia:
Psiquismo
Capacidade de Adaptação
Capacidade Imunitária
Alimentação Adequada
Moradia adequada
Fatores Climáticos Fatores Físicos Fatores Químicos
Vetores Agentes Infecciosos Risco de contágio Mutações genéticas Processo degenerativo
Fatores ambientais
Fatores psíquicos
Fatores sociais
HERE
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AGENTES
FÍSICO-QUÍMICOS
AGENTES BIOLÓGICOS
AGENTES
PSICOSSOCIAIS
Determinantes do binômio Saúde-Doença
Determinação da saúde-doença
Determinação da saúde-doença
Experiência Conhecimento
Sensibilidade
Entendimento
Conhecer é necessário; A experiência é a raiz comum do Conhecimento
DOENÇA E SOCIOLOGIASociologia da doença Papel social do doentesick role (papel do doente): conotação do papel social do doente e não da doença; disease (doença): conjunto de existência objetiva que compreende eventos físicos, biológicos e psíquicos; illness (enfermidade) ou estado subjetivo experimentado pelo indivíduo enquadrado no papel de doente.
• Irresponsabilidade do doente em face de sua
incapacidade;• Dependência social em
relação ao “médico”, legitimador da situação;
• Afastamento, em algum grau, de outros papéis
sociais;• Obrigação de encontrar
uma saída para este papel.
Dependência social em relação ao “médico”, legitimador da situação
“Leve em conta os erros dos pacientes que podem mentir acerca de tomar as medicações prescritas e quando as coisas vão mal se recusam a confessar não terem tomado a Medicação.”
Hipócrates
Objetivos da Epidemiologia: Identificar agentes causais de agravos à saúde;Entender a causação dos agravos à saúde;Definir os modos de transmissão; Definir e determinar os fatores contribuintes para os agravos;Identificar e compreender a distribuição geográfica das doenças;Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos, como objetivo final;Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde;Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde.
METAS
Instrumentos/Ferramentas
Método Epidemiológico1.Medidas de Associação
Efeito e Associação Risco Relativo (RR) Odds Ratio (OR) Risco Atribuível (RA) Risco Atribuível Proporcional (RAP) Medida de Impacto
2. Histórias Individuais: Observacionais ou Experimentais
(Intervenção)
Estudos Seccionais
Estudos Longitudinais
ProspectivosRetrospectivos
3. Doenças como Fenômeno de Massa
• Medidas de Frequência
•Transmissão das Doenças.
MorbidadePrevalênciaIncidênciaMortalidadeLetalidadeCadeia Epidemiológica:
Reservatório/hospedeiro Vias de Eliminação Vias de transmissão Vias de penetração Difusibilidade Virulência Variação da resposta do hospedeiro
4. Variações da Ocorrência
Regulares
IrregularesDistribuição geográfica
Tendência SecularVariações cíclicasVariações sazonaisEpidemiasGeralUrbanaRural
Definições: Medidas de freqüência
Razão: O numerador “x” pode ser independente do denominador “y”, ou “x” estar contido em “y”:
Proporção: o numerador “x” está incluído no denominador “y”
Freqüência: habitualmente é uma proporção
nx10yx
PopulaçãoHomens ou
MulheresHomens
CondiçãoRazão/Taxa/coeficiente
Proporções Freqüências
Morbidade(Doenças)
Risco Relativo (RR)Odds ratio - OR (RR aproximado)
Proporção/Risco AtribuívelPrevalência num ponto
•Taxa de Incidência•Taxa de ataque•Taxa de ataque secundário•Densidade de Incidência•Período de prevalência
Mortalidade(óbitos)
LetalidadeMortalidade maternaMortalidade pós-neonatal
Mortalidade proporcional
•Mortalidade geral•Mortalidade por causa•Mortalidade por sexo•Mortalidade por etnia•Mortalidade por idade•Mortalidade neonatal•Mortalidade infantil•Anos de vida potenciais perdidos
Natalidade(nascimentos)
Baixo peso ao nascer
NatalidadeFertilidadeCrescimento populacional
Indicadores de saúde relacionados com razão, proporção e freqüências
POPULAÇÃO AMOSTRA
Inferência
Origem dos dados e das inferências
Objetivo dos estudos: Inferências
etc 100.000), 10.000, 1000, (100, 10 x População
casos de.N Morbidade no
100.000) ente,(habitualm 10nxrisco) (em exposta Populaçãoperíodo num novos casos de No.Incidência
000.1xperíodo do início no doença da livres risco em pessoas de No.
período num novos casos de No. AcumuladaIncidência
000.1mês no dia-pacientes No.de
tempode unidade na novos casos de No.Incidência de xDensidade
100 x contatos de total No..
tempo de intervalo no primários casos de contatos entre casos de No. Secundário Ataquede Taxa
100 x período do início no risco sob População
odeterminad período num população numa novos casos de No. Ataquede Taxa
Doença como Fenômeno de Massa
etc 100.000), 10.000, 1000, (100, 10 x População
casos de.N aPrevalênci no
AÇÕES
para
Conhecer
Lembrar: 1) Prevalência num ponto (Pp): o numerador inclui os casos existentes nesse ponto;
2) Período de prevalência (PP) : o numerador inclui todos os casos que houve no período.
Prevalência (P): Ocorrência de 10 Eventos no período de Outubro 90 a Setembro de 91 numa População de 20
30% 100 x 206 )10/1( Pponto
100 x 2010 30/9) a (1/10 P Período
Incidência (I): Ocorrência de 9 Eventos no período de Outubro 90 a Setembro de 91 numa População de 20
Obs.: a divisão do período ao meio pela linha pontilhada é para tomar como denominador a população estimada no meio do período quando não se conhece a população exata no período.
10022 100 x
184 I
Obs.: Houve 2 óbitos no 1o período
Incidência por triênio1o. - 5,8%2o. - 9,2%3o. - 10,8%
Incidência acumulada por triênio1o. - 5,8%2o. - 3,6%3o. - 2,0%
Incidência ao finaldo estudo = 10,8%
7 casos de hepatite A ocorreram entre 70 crianças atendidas no centro de atendimento infantil. Cada criança infectada procedeu de uma família diferente. O número total de pessoas nas 7 famílias afetadas era 32. Após o período de incubação, 5 familiares das 7 crianças infectadas também desenvolveram hepatite A. Podemos calcular a taxa de ataque e a taxa de ataque secundário entre os familiares contatos dos casos.
Taxa de Ataque
Taxa de Ataque Secundário X = casos entre os contatos: 5 Y = pessoas em risco: 32 - 7
Coorte
Expostos
Não Expostos
Doentes
Sadios
Doentes
Sadios
Epidemiologia: Instrumento - Diagrama de Estudos de Coorte
Estudo longitudinal, prospectivo
Algoritmo de Estudos Randomizados
População Estudada
Seleção pelos critérios
estabelecidos Exclusão
Participantes com potencial de inclusão
Convidados a participar do
estudo: aceitam.
Participantes
Randomização Grupo tratado
Recusam: são excluídos
Grupo Controle
Diagrama de Estudos Retrospectivos (caso-controle)
Retroanalíticos
Expostos
Não expostos
Expostos
Não expostos
Casos
Controles
População
NovoHospedeiro
Fonte Primária/Reservatório
Meio de transmissão
Doente;Portador;
Novo reservatório
Cadeia EpidemiológicaElementos referenciais na transmissão das doenças
infecciosas:
Via de Eliminação
Via de Penetração
Condições para a patogenicidade
História natural do processo infeccioso
Into
lerâ
ncia
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Hip
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Pós
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l
DM
II
Fase
I
DM
II
Fase
II
DM
II
Fase
III
Funç
ão d
as c
el-β
(%
)
100%
-12 -10 -6 -2 0 2 6 10 14 anos
História Natural do Diabetes Mellitus
Compreender a História Natural é fundamental
Elementos da Cadeia Epidemiológica do Processo Infeccioso
• Agente: condição necessária, mas não suficiente• Reservatório:
• Humano• Animal (Zoonoses – antropozoonoses e zooantroponoses)• Misto
• Ambiente: Meio de transmissão – Ar, solo, água, alimentos e vetores
• Suscetível: novo hospedeiro• Propriedades intrínsecas• Propriedades extrínsecas• Manifestações clínicas:
Síndrome clínica típicaSubclínica ou oligossintomáticaAssintomática
Variações na Ocorrência das Doenças
• Variações regularesTendência secularVariações cíclicasVariações sazonais
• Variações irregularesEpidemias:
PandemiasOndas epidêmicasSurtos epidêmicas
• Distribuição Geográfica: Urbana e Rural
Estrutura Epidemiológica
A dificuldade admite a possibilidade e
exige esforço para o sucesso
"Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
A Lição da Borboleta
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu!Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem,em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesselivre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.
Eu pedi forças...e Deus deu-me dificuldades para fazer-me forte.
Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade...e Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem...e Deus deu-me obstáculos para superar.
Eu pedi amor...e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores... e Deus deu-me oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi...mas eu recebi tudo de que precisava."
Enfrente todos os obstáculos e mostre que você pode superá-los.