0910MAI
Allegro
Vivace
F O R T I S S I M O N º 7 / 2 0 1 9
P R O G R A M A
JOSEPH HAYDNSinfonia nº 6 em Ré maior, Hob. I:6, “A manhã” Adagio – Allegro
Adagio – Andante
Minueto – Trio
Finale – Allegro
JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA PRADOAurora
I N T E R VA L O
ANTONÍN DVORÁKNoturno em Si maior, op. 40
JOSEPH HAYDNSinfonia nº 8 em Sol maior, Hob. I: 8, “A noite” Allegro molto
Andante
Minueto
A tormenta: Presto
Ministério da Cidadania eGoverno de Minas GeraisA P R E S E N TA M
0 9 / 0 5
1 0 / 0 5
Allegro
Vivace
FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E
S O N I A R U B I N S K Y , P I A N O
Diretor Artístico e Regente Titular
da Orquestra Filarmônica de Minas
Gerais desde sua criação, em 2008,
Fabio Mechetti posicionou a orques-
tra mineira no cenário mundial da
música erudita. Além dos prêmios
conquistados, levou a Filarmônica
a quinze capitais brasileiras, a uma
turnê pela Argentina e Uruguai e
realizou a gravação de nove álbuns,
sendo quatro para o selo interna-
cional Naxos. Natural de São Paulo,
Mechetti serviu recentemente como
Regente Principal da Filarmônica
da Malásia, tornando-se o primeiro
regente brasileiro a ser titular de
uma orquestra asiática.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve
quatorze anos à frente da Orquestra
Sinfônica de Jacksonville e, atual-
mente, é seu Regente Titular Emérito.
Foi também Regente Titular das sin-
fônicas de Syracuse e de Spokane,
da qual hoje é Regente Emérito.
Regente Associado de Mstislav
Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Nacional de Washington, com ela
dirigiu concertos no Kennedy Center
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Diego, foi Regente Residente. Fez
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
orquestras norte-americanas e é
convidado frequente dos festivais
de verão norte-americanos, entre
eles os de Grant Park em Chicago
e Chautauqua em Nova York.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
dirigindo a Ópera de Washington. No
seu repertório destacam-se produções
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Madame Butterfly, O barbeiro de
Sevilha, La Traviata e Otello.
Suas apresentações se estendem
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Suécia e Venezuela. No Brasil, re-
geu todas as importantes orques-
tras brasileiras.
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
e em Composição pela Juil l iard
School de Nova York e vencedor do
Concurso Internacional de Regência
Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO
: ALE
XAN
DRE
REZ
END
E
CAROS AMIGOS E AMIGAS,
FABIO MECHETTI
No concerto desta noite faremos com
que a música nos inspire a despertar
na Áustria do século XVIII e amanhecer
na profundeza de uma aurora dos
trópicos, repleta de boas expectativas.
Seremos envolvidos pela alegria e
leveza características das primeiras
sinfonias de Haydn e pela exploração
tímbrica e rítmica que define a música
do brasileiro Almeida Prado.
Em seguida, anoiteceremos em um
bosque da Europa Central e sonha-
remos com a riqueza melódica e
singela novamente proposta pelo
pai da sinfonia.
Três estilos: clássico, romântico,
moderno , conduz indo nossos
pensamentos e emoções num dia
(e noite) na Filarmônica.
Obrigado sempre pela presença,
FAB IO MECHET T I
D I R E T O R A R T Í S T I C O
E R E G E N T E T I T U L A R
Vencedora do Grammy latino, con-
siderada Melhor Recitalista do Ano
pela Associação Paulista de Críticos
de Artes, vencedora do Piano Recital
Award William Petschek da Juilliard
School e do Primeiro Prêmio Artists
International de Nova York, a pianista
Sonia Rubinsky se destaca por seu
estilo poético e vigoroso.
Nascida no Brasil, Sonia Rubinsky
iniciou seus estudos no Conservató-
rio de Campinas com Olga Rizzardo
Normanha. Aos seis anos realizou seu
primeiro recital e aos doze foi solista
com orquestra. Estudou na Academia
Rubin, Jerusalém, e concluiu Doutorado
em Performance de Piano na Juilliard
School. Como recitalista, apresenta-se
em salas de prestígio como Carne-
gie Hall, Alice Tully Hall, Bargemusic,
Merkin Concert Hall, Miller Theatre,
Hertz Hall, Maison de Radio France,
Sala São Paulo, Theatro Municipal de
São Paulo, Sala Minas Gerais, Recanati
Hall e AGA-Zaal.
Sônia é convidada de orquestras
como St. Luke’s, St. Etienne, New
York Women's Ensemble, Richmond,
Springfield, Syracuse, Jacksonville,
Cheyenne, Phoenix, sinfônicas de Jeru-
salém, da Universidade de São Paulo,
dos teatros municipais de São Paulo
e do Rio de Janeiro, Filarmônica de
Goiás. Entre as obras que tocou com a
Filarmônica de Minas Gerais, em três
temporadas, está a Suíte Brasileira
para Piano e Orquestra de Villa-Lobos,
89 anos após a sua estreia.
Sua extensa discografia inclui a integral
da obra de Villa-Lobos para piano solo,
com premiação pela revista Gramophone
e pelo Grammy latino. O repertório de
Rubinsky varia do Barroco à música
de hoje. Almeida Prado dedicou-lhe
várias obras, entre elas a Sonata para
violoncelo e piano, encomendada e
dedicada a ela e a Antonio Meneses.
Entre os músicos que ajudaram a mol-
dar a arte de Rubinsky estão Jacob
Lateiner, Gina Bachauer, Claude Frank,
Leon Fleisher, Benjamin Oren, William
Daghlian, Irma Wolpe, Vlado Perlemuter,
Arthur Rubinstein e Murray Perahia.
SONIA RUBINSKY
FOTO
: ISA
BEL
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ORE
FOTO
: EU
GÊN
IO S
ÁVIO
HAYDN Sinfonia nº 6 em Ré maior, Hob. I:6, “A manhã” Sinfonia nº 8 em Sol maior, Hob. I: 8, “A noite” RO H R AU , ÁUST R I A , 1 73 2 V I E N A , ÁUST R I A , 1 8 09
Joseph
INSTRUMENTAÇÃO
Flauta, 2 oboés, fagote,
2 trompas, cordas.
ED ITORA
Bärenreiter
PARA OUV IR
CD Haydn – Symphonies
vol.7 – Nos. 6, 7, 8 –
Northern Chamber Orchestra
– Nicholas Ward, regente –
Naxos – 1994
PARA ASS IST IR
Sinfonia nº 6
The Norwegian Chamber
Orchestra – Steven Isserlis,
violoncelo e líder
Acesse: fil.mg/hmanha
Sinfonia nº 8
Orchestra 'Les Siècles' –
Francois-Xavier Roth, regente
Acesse: fil.mg/hnoite
PARA LER
H. C. Robbins Landon –
Haydn, Sinfonias – Guias
Musicais BBC – Zahar – 1984
A importância histórica da obra de Haydn liga-se à
fixação definitiva dos gêneros musicais associados à
forma sonata clássica. Sob esse aspecto, suas 104
sinfonias e os 77 quartetos de cordas constituem um
legado ímpar – durante o século XIX, o compositor foi
considerado o criador dos dois gêneros. Entretanto,
se a afirmativa é apropriada aos quartetos, deve-se
relativizar o lugar comum que atribui ao compositor o
epíteto de “pai da sinfonia”. Quando Haydn escreveu
suas primeiras sinfonias (por volta de 1757), o gênero
já estava bem delineado pelas contribuições italianas,
austríacas e, sobretudo, do boêmio Josef Stamitz, o
maior nome da famosa escola de Mannheim. Mas é
também inegável – e muito significativo – que o atual
repertório de concerto destaque, quando se volta aos
primórdios do gênero, o tríptico Le matin, Le midi e
Le soir, respectivamente as sinfonias de números 6, 7
e 8 de Haydn, compostas em 1761.
Essas sinfonias foram os primeiros trabalhos do com-
positor como músico da família Esterházy, à qual serviu
por quarenta anos, combinando as obrigações de reger e
compor. Elas realizam uma síntese totalmente inovadora
da Sinfonia (pela forma sonata), do Divertimento (pela
grande diversidade do colorido orquestral) e do Concerto
Grosso (pelo uso contínuo de instrumentos solistas,
certamente com o intuito de apresentar os virtuoses
recém-contratados pelo patrão). Os títulos lembram os
concertos de Vivaldi e foram sugeri-
dos pelo próprio príncipe Paul Anton
Esterházy, grande admirador desse
tipo de música descritiva – o Adagio
introdutório da Sinfonia nº 6 evoca o
nascer do sol, e o final da nº 8, sob
o título de A Tempestade, descreve
uma tormentosa tarde de verão.
Entre os dois palácios de seus patrões,
em Viena e no interior da Hungria,
o ritmo de trabalho era alucinante.
Em 1778, por exemplo, realizaram-
-se 242 espetáculos nos domínios
dos Esterházy: concertos sinfônicos,
óperas, música de câmara, religiosa
e de teatro. Confinado aos palácios e
envolvido em seus afazeres, Haydn
vivia em grande isolamento artístico.
Por outro lado, possuía uma exce-
lente orquestra permanentemente
disponível para a imediata execução
de suas obras. Haydn podia assim
testar suas experiências: “eu podia
melhorar, acrescentar, cortar, ousar.
Estava isolado do mundo e tive que me
tornar original” (carta do compositor
a August Griesinger).
Podemos acompanhar os experimentos
musicais de Haydn, em linha evolutiva,
por cerca de meio século. Nas primeiras
sinfonias, ele faz uma síntese brilhante
do Barroco e do Classicismo. Na época
do movimento romântico Sturm und
Drang, sua escrita adquire um tom
mais subjetivo. Em 1784, estabelece
uma relação de amizade e admiração
recíproca com Mozart, quando os
dois gênios, apesar da diferença de
idade e de temperamento, deixaram-se
influenciar mutuamente. Aos poucos,
a fama de Haydn extrapolou os domí-
nios dos Esterházy, consagrando-o
internacionalmente. Suas últimas sin-
fonias foram compostas em Londres e
incluem-se entre os maiores tesouros
do Classicismo vienense.
PAULO SÉRG IO
MALHE IROS DOS SANTOS
Pianista, Doutor em Letras, professor na
UEMG, autor dos livros Músico, doce
músico e O grão perfumado – Mário
de Andrade e a arte do inacabado.
Apresenta o programa semanal Recitais
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
1 761 24 M I N U TO S / 23 M I N U TO S
Primeira apresentação
com a Filarmônica
Aurora
SA N TO S , B R A S I L , 1 94 3 SÃO PAU LO , B R A S I L , 20 1 0
José Antonio de
INSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés,
2 clarinetes, 2 fagotes,
4 trompas, 3 trompetes,
3 trombones, tímpanos,
percussão, celesta, cordas.
ED ITORA
Academia Brasileira de Música
PARA OUV IR
Discografia de Almeida Prado
– Centro Cultural São Paulo
Acesse: fil.mg/apdiscos
CD Almeida Prado –
Cartas Celestes – Aleyson
Scopel, piano – Gran Piano –
2016/2018 (4 CDs)
PARA ASS IST IR
Filarmônica de Minas Gerais
– Fabio Mechetti, regente –
Sonia Rubinsky, piano
Acesse: fil.mg/apaurora
PARA LER
Valéria Peixoto (org.) –
Catálogo completo das obras
de Almeida Prado – Academia
Brasileira de Música – 2016
Acesse: fil.mg/apcatalogo
Ana Claudia de Assis –
O timbre em Ilhas e Savanas
de Almeida Prado – Dissertação
de mestrado – UNIRIO – 1997
Almeida Prado é um dos mais originais e profícuos com-
positores da música erudita brasileira. Estuda piano com
Dinorá de Carvalho, composição com Camargo Guarnieri
e harmonia com Osvaldo Lacerda. Graças ao 1º Prêmio
obtido no I Festival de Música da Guanabara (1969),
transfere-se para a Europa, onde tem como principais
mestres Olivier Messiaen e Nadia Boulanger. De volta
ao Brasil em 1973, é nomeado, em 1974, professor de
composição da Unicamp. Sua coleção de Cartas Celestes
para piano é reputada como uma das principais obras
do repertório pianístico mundial contemporâneo.
Dentre os dezoito volumes de Cartas Celestes, o primeiro
em especial aproxima-se da obra do compositor inclu-
ída neste programa. Como as primeiras Cartas (1974),
destinadas ao piano solo, instrumento protagonista da
produção de Almeida Prado, Aurora explora radical-
mente as possibilidades do piano, desta vez em diálogo
com uma orquestra sinfônica. Pertencentes à segunda
fase composicional do artista, afastada do tonalismo,
ambas as obras lidam com uma mesma referência
extramusical, introduzida ao fim das primeiras Cartas
(“Pórtico da Aurora”) e desenvolvida amplamente em
Aurora: a passagem da noite para o dia. Na epígrafe
da obra para piano e orquestra, registra o compositor:
“Aurora é um canto à luz, ao calor, à vida, ao movi-
mento. Vinda da mais espessa escuridão da noite, até
alcançar o inebriante êxtase solar, tudo é ascensão,
uma progressiva espiral até as mais
altas moradas da claridade”.
Estudioso da tradição musical do
Ocidente, Almeida Prado conhece bem
as tentativas de expressão musical
das horas do dia, que remontam aos
cantos medievais do ofício divino. Tais
tentativas trazem consigo, além da
possível “descrição” de uma particular
paisagem sonora, certa carga subje-
tiva. Assim mostra o compositor, em
passagem de sua tese de doutorado
aplicável a Aurora: “em cada um de
nós, repousa muito forte o simbo-
lismo do crepúsculo, com sua carga
depressiva e melancólica, o mistério
da noite, com sua presença enigmá-
tica, sem os contornos nítidos e as
certezas do dia, e o amanhecer, com
sua carga renovadora de esperança,
de renovação, de ressurreição.”
Mais que o tratamento isolado da noite
ou da manhã, a evocação da aurora
proporciona rico material ao compositor,
na medida em que lida com uma transi-
ção. Se a “representação” de imagens
ou expressividades por via musical
sempre carrega certa ambiguidade,
a contraposição entre dois motivos,
tempos ou atmosferas favorece um
delineamento pela comparação.
Almeida Prado recorre a intervalos,
acordes, acidentes, zonas de altu-
ras, ressonâncias, timbres, a fim
de sugerir a oposição escuridão/
transparência, dotada de claras
conotações místicas. Embora pas-
síveis de identificação e análise, não
caberia explicitar em poucas linhas
tais procedimentos, frutos de uma
tradição e, sobretudo, da fantasia do
compositor. Portanto, fica o convite
para exercermos nossa fantasia na
audição de Aurora, encontrando e
expandindo a espiral sonora criada
pelo compositor.
CLOV IS SALGADO
GONT IJO Doutor em Estética e
Teoria da Arte pela Universidad de Chile.
Autor de Ressonâncias noturnas:
do indizível ao inefável.
Última apresentação:
29 de maio / 2008
Fabio Mechetti, regente
Sonya Rubinsky, piano
1 975 1 8 M I N U TO S
ALMEIDA PRADO
DVORÁK Noturno em Si maior, op. 40 N E L A H OZ E V ES , R E P Ú B L I C A TC H EC A , 1 84 1 PR AG A , R E P Ú B L I C A TC H EC A , 1 904
Antonín
INSTRUMENTAÇÃO
Cordas.
ED ITORA
Bote & Bock
PARA OUV IR
Dvorák – Czech Suite;
Hussite Overture; My Home;
Nocturne in B major;
Scherzo capriccioso –
Czech Philharmonic –
Václav Neumann, regente –
Supraphon – 2005
PARA ASS IST IR
A Far Cry Chamber Orchestra
Acesse: fil.mg/dnoturno
PARA LER
John Clapham – Antonín
Dvorák: musician and
craftsman – St. Martin’s Press
– 1966
Kurt Honolka – Dvorák –
Haus Publishing – 2004
O termo Noturno surgiu pela primeira vez, em música,
no século XVIII, para designar obras compostas para
grupos de câmara, em vários movimentos, e destinadas
a ser executadas à noite, assim como uma serenata.
Mozart, por exemplo, em seu período de Salzburgo,
compôs treze serenatas para as mais diversas formações
instrumentais, sendo a de número 6 intitulada Serenata
Notturna (K. 239) e a de número 8 intitulada apenas
Notturno (K. 286). No século XIX, graças ao compositor
irlandês John Field (1782-1837), o termo Noturno
passou a designar peças curtas para piano solo, não
necessariamente para serem executadas em altas horas,
mas geralmente de atmosfera sonhadora, melancólica,
inspiradas na tranquilidade e no caráter sombrio da
noite. Chopin foi o responsável pela disseminação do
gênero, tendo composto mais de vinte noturnos para
piano solo.
O Noturno em Si maior (op. 40), para cordas, de Antonín
Dvorák, é uma peça em um único movimento, leve,
extremamente expressiva e de uma delicadeza ímpar.
Embora, na época, as peças sinfônicas curtas em um
movimento fossem consideradas menos importantes do
que uma sinfonia, eram extremamente requisitadas. Não
eram poucas as ocasiões festivas em que uma abertura
ou uma serenata se encaixavam bem na proposta
(Dvorák compôs diversas peças sinfônicas isoladas, tais
como poemas sinfônicos, aberturas,
serenatas, danças e suítes). E a sua
composição podia exigir do compositor
um trabalho não menos árduo do que
o de uma sinfonia.
Outro Noturno de Dvorák, esse em
si menor, foi composto no início dos
anos 1880 e, ao que tudo indica,
estreado pelo compositor, em sua
primeira viagem à Inglaterra, no
Crystal Palace de Londres, no dia
22 de março de 1884. Assim como
o Scherzo Capriccioso (op. 66), o
Trio para piano em fá menor (op.
65) e a Abertura Husitská (op. 67),
todos compostos na mesma época,
o Noturno em si menor traz uma
carga dramática intensa e uma den-
sidade orquestral praticamente sem
precedentes nas obras anteriores
de Dvorák, geralmente leves e des-
pretensiosamente construídas sobre
temas folclóricos. No entanto, os
temas do Noturno foram compos-
tos dez anos antes, em plena fase
nacionalista. Nos anos 1869-1870,
Dvorák compôs um quarteto de cordas
(hoje Quarteto de cordas nº 4 em
mi menor, op. 19) que permaneceu
por muitos anos sem ser editado e
executado. Seu segundo movimento
(Andante religioso) se tornaria a
base do segundo movimento (Inter-
mezzo) do Quinteto de cordas nº 2
em Sol maior (op. 18), composto em
1875 e estreado em Praga em 18 de
março de 1876. Porém, insatisfeito
com a grande dimensão do Quinteto
(originalmente composto em cinco
movimentos), Dvorák decidiu retirar
o segundo movimento (Intermezzo)
antes de sua publicação, em 1888, por
N. Simrock. Esse Intermezzo acabaria
por se transformar, anos depois,
no delicado Noturno em Si maior.
GU ILHERME
NASC IMENTO Compositor,
Doutor em Música pela Unicamp,
professor na Escola de Música da UEMG,
autor dos livros Os sapatos floridos
não voam e Música menor.
Primeira apresentação
com a Filarmônica
1 875 / R E V I SÃO 1 8 8 2 7 M I N U TO S
INGRESSO SOLIDÁRIO
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A P R O V E I T E PA R A A P R E S E N TA R A
F I L A R M Ô N I C A A O S S E U S A M I G O S ,
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DO
FU
ND
O: J
OM
AR B
RAG
ANÇA
CONSELHO ADMINISTRATIVOPresidente Emérito
Jacques Schwartzman
Presidente
Roberto Mário
Gonçalves Soares Filho
Conselheiros
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Arquimedes Brandão
Berenice Menegale
Bruno Volpini
Celina Szrvinsk
Fernando de Almeida
Ítalo Gaetani
Marco Antônio Pepino
Marco Antônio Soares da
Cunha Castello Branco
Mauricio Freire
Octávio Elísio
Sérgio Pena
DIRETORIA EXECUTIVADiretor Presidente
Diomar Silveira
Diretor
Administrativo-
financeiro
Joaquim Barreto
Diretor de
Comunicação
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Diretora de
Marketing e Projetos
Zilka Caribé
Diretor de Operações
Ivar Siewers
EQUIPE TÉCNICAGerente de
Comunicação
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Delgado
Gerente de
Produção Musical
Claudia da Silva
Guimarães
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Programação Musical
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Comunicação
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Lívia Aguiar
Renata Gibson
Renata Romeiro
Carolina Moraes Santana
Analista de
Marketing e Projetos
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Analista de Marketing
e Relacionamento
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de Produção
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Auxiliares
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André Barbosa
Jeferson Silva
EQUIPE ADMINISTRATIVAGerente
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Administrativos
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Paulo Baraldi
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Administrativa
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Serviços Gerais
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Rose Mary de Castro
Mensageiro
Douglas Conrado
Jovem Aprendiz
Sunamita Souza
SALA MINAS GERAISGerente de
Infraestrutura
Renato Bretas
Gerente de Operações
Jorge Correia
Técnicos de Áudio
e de Iluminação
Diano Carvalho
Rafael Franca
Assistente Operacional
Rodrigo Brandão
PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – Spalla
Rommel Fernandes –
Spalla associado
Ara Harutyunyan –
Spalla assistente
Ana Paula Schmidt
Ana Zivkovic
Arthur Vieira Terto
Joanna Bello
Laura Von Atzingen
Luis Andrés Moncada
Roberta Arruda
Rodrigo Bustamante
Rodrigo M. Braga
Rodrigo de Oliveira
Wesley Prates
SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *
Hyu-Kyung Jung ****
Gideôni Loamir
Jovana Trifunovic
Luka Milanovic
Martha de Moura
Pacífico
Matheus Braga
Radmila Bocev
Rodolfo Toffolo
Tiago Ellwanger
Valentina Gostilovitch
VIOLASJoão Carlos Ferreira *
Roberto Papi ***
Flávia Motta
Gerry Varona
Gilberto Paganini
Katarzyna Druzd
Luciano Gatelli
Marcelo Nébias
Mikhail Bugaev
Nathan Medina
VIOLONCELOSPhilip Hansen *
Robson Fonseca ***
Camila Pacífico
Camilla Ribeiro
Eduardo Swerts
Emília Neves
Lina Radovanovic
Lucas Barros
William Neres
CONTRABAIXOSNilson Bellotto *
André Geiger ***
Marcelo Cunha
Marcos Lemes
Pablo Guiñez
Rossini Parucci
Walace Mariano
FLAUTASCássia Lima *
Renata Xavier ***
Alexandre Braga
Elena Suchkova
OBOÉSAlexandre Barros *
Públio Silva ***
Israel Muniz
Maria Fernanda Gonçalves
CLARINETESMarcus Julius Lander *
Jonatas Bueno ***
Ney Franco
Alexandre Silva
FAGOTESCatherine Carignan *
Victor Morais ***
Andrew Huntriss
Francisco Silva
TROMPASAlma Maria Liebrecht *
Evgueni Gerassimov ***
Gustavo Garcia Trindade
José Francisco dos Santos
Lucas Filho
Fabio Ogata
TROMPETESMarlon Humphreys *
Érico Fonseca **
Daniel Leal ***
Tássio Furtado
TROMBONESMark John Mulley *
Diego Ribeiro **
Wagner Mayer ***
Renato Lisboa
TUBAEleilton Cruz *
TÍMPANOSPatricio Hernández
Pradenas *
PERCUSSÃORafael Alberto *
Daniel Lemos ***
Sérgio Aluotto
Werner Silveira
HARPAClémence Boinot *
TECLADOSAyumi Shigeta *
GERENTE Jussan Fernandes
INSPETORAKarolina Lima
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar
ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi
ASSISTENTESClaudio Starlino
Jônatas Reis
SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro
MONTADORESHélio Sardinha
Klênio Carvalho
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA
Regente Associado
MARCOS ARAKAKI
Diretor Artístico e Regente Titular
FABIO MECHETTIOscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social
Lei 23.081 / Ago 2018
* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituta
FORTISSIMO Maio nº 7 / 2019
ISSN 2357-7258
Editora Merrina
Godinho Delgado
Edição de texto
Berenice Menegale
Capa Detalhe de
A Aurora, afresco de
Guido Reni
O Fortissimo está
indexado aos
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D E S L I G U E
O C E L U L A R
( S O M E L U Z ) .
D E I X E PA R A
A P L AU D I R AO F I M
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I N G R E S S O O U C A R TÃO
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FA Ç A S I L Ê N C I O
E E V I T E TO S S I R .
Dias 4 e 5, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E C I N E M A
Dias 9 e 10, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E
Dia 12, 11h C L Á S S I C O S N A P R A Ç A / I N H O T I M
Dias 16 e 17, 20h30 P R E ST O E V E LO C E
Dia 25, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A , FAU N A E F LO R A
Dias 30 e 31, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E
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Sala Minas Gerais
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R UA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1 . 0 9 0 — B A R R O P R E TO
C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0 | B E LO H O R I Z O N T E – M G
T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 0 0 | FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 3 0
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