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PROCURADORIA DE PESSOAL
Parecer n'' 0137/2013/PROPES/PGDFProcesso n": 054.000.284/2013Interessado: I° Tem QOPM Hildon Cesar Fernandes Moura ---1 /20_,Assunto: Promoção em ressarcimento de preterição L-==::.===--==::.-------"
Parecer APROVADO nela Exmo. Sr.. !,procoraocr-eerat do DF. 6rrJ00 oI{ /20_'_.
pelo Exmo. Sr. Governador do DF, em
DIREITO ADMINISTRATIVO. MILITAR. I'ROMOÇÃO EMRESSARCIMENTO DE PRETERiÇÃO. MATÉRIAIDÊNTICA DISCUTIDA EM ÂMBITO JUDICIAL EAI>MINISTRATlVO. PREJUDlCIALII>ADE DAAPRECIAÇÂO ADMINISTRATIVA. AGUARDO DEDECISÃO JUDICIAL.Com fulcro em precedentes jurisprudenciais, opino no sentido deque deve ser considerada prejudicada a apreciação do pedidoadministrativo formulado nos presentes autos, já que a mesmamatéria encontra-se pendente de análise no processo judicial n."2004.01.1.1006318-3, em trâmite na 4" Vara de Fazenda Pública doDistrito Federal.Assim, qualquer medida a ser tomada pela Administração só poderáocorrer após a comunicação oficial da Procuradoria-Geral doDistrito Federal, que ocorrerá via ofício nos autos suplementares n."004.453/04.
lima. Sra. Procuradora-Chefe da Procuradoria de Pessoal,
RELATÓRIO
Trata-se de processo administrativo instaurado para verificar
os exatos limites da coisa julgada proferida nos autos judiciais n." 2004.01.1.006318-3, no
sentido da possibilidade de utilização do instituto da promoção em ressarcimento de
preterição em favor do autor Hildon Cesar Fernandes Moura.
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Na referida ação judicial, Hildon Cesar Fernandes Moura, em
2004, pleiteou, entre outros pedidos, que fossem desconsiderados os testes psicológicos em
que foi considerado "não recomendado", tendo em vista que tal exigência se mostra
descabida, em face da absoluta falta de previsão legal na Lei 7.289/84. Além do mais,
requereu que fosse concedido pelo Distrito Federal o direito de entregar a documentação na
Academia de Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, com a posterior possibilidade
de matrícula e realização do curso de formação.
Em sede de cognição sumária, o juízo da 43 Vara de Fazenda
Pública indeferiu a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional (fls. 34/35 dos autos
suplementares). lrresignado, o autor interpôs agravo de instrumento, o qual foi negado
provimento.
Após regular tramitação do feito em primeira instância, o
pedido inicial foi julgado procedente "para tornar sem efeito o exame psicológico a que se
submeteu o autor e para determinar que seja submetido aos demais exames constantes do
edital. com a investígução social e funcional (5" etapa) e, sendo considerado indicado, nos
lermos do item 12.3 do edital, e apresentada a documentação exigida, seja matriculado no
próximo Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal".
Tendo sido recebida a apelação do Distrito Federal no duplo
efeito, o autor interpôs agravo de instrumento, ao qual foi deferido o pedido de antecipação
da tutela recursal, para que o "recorrente seja matriculado imediatamente no curso de
[ormoção. Determino que a ínvestígaçãa social e funcional (5" etapa do certame) e a
análise dos documentos exigidos para a participação no aludido curso sejam realizadas
durante o mesmo, ressaltando que caso a apelação do Distrito Federal seja provida ou ao
agravanle não obtenha êxito na fase de investigação social efuncional, terá que ser alijado
do curso ".
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Em seguida, no mérito, foi dado provimento ao agravo de
instrumento.
Quanto ao julgamento da apelação interposta pelo DF, a 3a
Turma Cível do TJDFT entendeu por desprover o recurso, prestigiando a sentença que
julgou procedente o pedido e determinou a anulação do exame psicológico realizado.O
Procurador responsável pelo feito solicitou dispensa de RE e RESP, o que foi acolhido pelas
instâncias superiores da PGDF.
Em agosto de 2007, o Procurador-Coordenador de Segurança
Pública, no bojo do Oficio 5161107 - PROPES/PGDF, comunicou à PMDF o trânsito em
julgado do acórdão desfavorável ao Distrito Federal, pelo que o miliciano já se encontra
apto a eventuais promoções, caso não haja óbices de ordem administrativa.
Em outubro de 2007, o autor ingressou com execução
definitiva da sentença. Em seu despacho, o juízo da 4a VFPDF determinou a expedição de
mandado para que o "réu, imediatamente, cumpra o dispositivo da sentença no que tange à
obrigação de lazer, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 até o limite de R$ 50.000,00,
isto a contar do momento em que desencadear o certame e não inserir o autor nele".
o ilustre Coordenador de Segurança Pública enviou ofício
neste sentido, conforme fls. 135 dos autos suplementares.
Em resposta a este oficio da Procuradoria, a PMDF informou
que o autor foi matriculado no 10 ano do Curso de Formação de Oficiais da PMDF no ano
de 2006 em obediência a ordem judicial. Ademais, o autor em epígrafe encontrava-se, em
novembro de 2007, frequentando o 20 ano do Curso de Formação de Oficiais (Ofício
14045IDP-5).
Ainda, nos autos suplementares consta cópia de parecer pela
regularidade no pagamento da RPV a título de honorários de sucumbência.
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Posteriormente, inconfonnado por suposto equívoco em sua
promoção em ressarcimento de preterição, o autor peticionou em juízo requerendo tal
correção. Instado pela PGDF a se manifestar, a PMDF apresentou as Informações n."
07112013 e n." 128/2012, as quais mostram a forma como a Administração Castrense lidou
com os termos da decisão exarada nos autos do Processo n." 2004.01.1.006318-3.
Com esses subsídios, o Distrito Federal peticionou em juízo,
em fevereiro de 2013, informando que não houve descumprimento da decisão judicial
proferida na presente demanda. Ademais, o douto Procurador responsável pelo feito
esclareceu que o requerimento do autor extrapola os limites da coisa julgada.
A referida petição do DF, após compulsar as publicações
acostadas nos autos suplementares, encontra-se pendente de apreciação pelo juízo da causa. cEis o breve relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
Insta salientar, preliminarmente, que a matéria discutida nos
presentes autos não possui qualquer conteúdo que mereça sigilo por parte da Administração.
Logo, em razão da gestão transparente dos pareceres emitidos pela Procuradoria-Geral do
Distrito Federal, deverá ser propiciada ampla divulgação e acesso ao opinativo, após
manifestação conclusiva do Exmo. Sr. Procurador-Geral Adjunto do Distrito Federal,
observados os procedimentos legais, tudo em conformidade com o art. l° da Portaria PGDF
n." 40, de 22 de novembro de 2011.
No mérito, entendo que deve ser considerada prejudicada a
apreciação do pedido administrativo formulado nos presentes autos, tendo em vista a
discussão judicial a respeito do mesmo assunto. Qualquer medida administrativa deve
ocorrer após a comunicação oficial da Procuradoria-Geral do Distrito Federal. Vejamos.
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A questão em debate nos presentes autos administrativa é
idêntica àquela atualmente em discussão no processo judicial.
o Distrito Federal, a partir de informações da Polícia Militar,
baseadas, inclusive, em pareceres da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (Informação n."
071/2013 - OPA O), peticionou em juízo informando que a Administração cumpriu
integralmente o que determinado na coisa julgada, nos seus exatos limites e contornos.
Em sua petição, o ilustre Procurador do Distrito Federal Dr.
Fábio Oliveira Leite afirma que não houve o descumprimento da decisão judicial proferida
na demanda judicial, razão pela qual o requerimento do autor (promoção em ressarcimento
de preterição) extrapola os limites da coisa julgada.
A citada controvérsia judicial encontra-se pendente de análise,
desde 13 de março de 2013, pelo f. 4° Juízo da Fazenda Pública do Distrito Federal. O
aguardo da decisão judicial a respeito do cabimento ou não da promoção em ressarcimento
de preterição é medida que se impõe, pois qualquer medida administrativa, no momento,
poderá ser inoportuna, causando prejuízo ao erário.
Ante a identidade de objetos, a concomitância de utilização
das vias administrativa e judicial enseja a prejudicialidade daquela, dada a prevalência das
decisões judiciais que, uma vez definitivas, são insuscetíveis de discussão.
Com efeito, quando há concomitância entre o objeto da
discussão administrativa e o da lide judicial, por terem ambas origem na mesma relação
jurídica de direito material, toma-se despicienda a defesa na via administrativa, já que esta
fica condicionada ao decidido por aquela outra, em face da preponderância do mérito
pronunciado na esfera judicial. Há uma espécie de renúncia tácita ao processo
administrativo, vez que a continuidade do debate administrativo é incompatível com a
opção pela ação judicial (preclusão lógica).
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Não se trata, aqui, de ofensa ao princípio da independência das
instâncias judicial e administrativa, mas, ao revés, de aplicação do instituto da
prejudicialidade externa, que incide no processo administrativo quando há propositura de
ação ou petição judicial com idêntico objeto ou idêntica matéria discutida.
Nesse sentido, eis a jurisprudência dos Tribunais Regionais
Federais da 2" e 3" Região, que, com base em julgados do STF e do STJ, entendeu que:
Processo:AMS 6334 SP 1999.61.05.006334-8Relator(a):JUIZ CONVOCADO WILSON ZAUHYJulgamento:22/1012010Órgão Julgador:JUDICIÁRIO EM DIA - TURMA CEmentaPROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. PROPOSITURA DEAÇÃO JUDICIAL COM IDENTIDADE DE MATÉRIA.PREJUDICIALIDADE DA DEFESA ADMINISTRATIVA.I. O E. Supremo Tribunal Federal e o e. Superior Tribunal deJustiça assentnram o entendimento no tocante àprejudicialidade do recurso administrativo quando hápropositurll de ação judicial em que há identidade da matériadiscutida.2. Remessa oficial e apelação da União Federal providas.
Processo:AC 200851010094942 RJ 2008.51.01.009494-2Relator(a):Desembargador Federal LUIZ ANTONIO SOARESJulgamento:23103120IOÓrgão Julgador:QUARTA TURMA ESPECIALIZADAPublicação:E-DJF2R - Data:: 19/04/2010 - Página :73EmentaTRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.CONCOMITÂNCIA ENTRE O OBJETO DA DISCUSSÃO
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ADMINISTRATIVA E O DA LIDE JUDICIAL. RENÚNCIATÁCITA DA VIA ADMINISTRATIVA.1- Pelo principIO da unidade da iurisdicão. havendoconcomitância entre o objeto da discussão administrativa e o dalide judicial. tendo ambos origem em uma mesma relaçãojuridica de direito material, torna-se desnecessária a defesa navia administrativa. uma vez que esta se subjuga ao versadonaquela outra, em face da preponderância do méritopronunciado na instância judicial. Há uma espécie de renúnciatácita à via administrativa, pela perda do interesse de agir.2- Apelação improvida.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, e conforme fundamentação alhures, opino
no sentido de que deve ser considerada prejudicada a apreciação do pedido administrativo
formulado nos presentes autos, já que a mesma matéria encontra-se pendente de análise no
processo judicial 0.° 2004.01.1.'006318-3, em trâmite na 4J Vara de Fazenda Pública do
Distrito Federal.
Assim, qualquer medida a ser tomada pela Administração só
poderá ocorrer após a comunicação oficial da Procuradoria-Geral do Distrito Federal, que
ocorrerá via ofício nos autos suplementares n." 004.453/04.
Brasília/DF, 14 de maio de 2013
J'~ t-/ Procurador(/L/
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Processo n'': 0054.000.284/2013
Interessado: 1° Ten. QOPM Hildon César Fernandes Moura
Assunto: Promoção em ressarcimento de preterição.
Senhor Procurador-Geral do Distrito Federal,
Cuida-se de requerimento administrativo visando à
promoção em ressarcimento de preterição de policial militar que, sub judice, logrou
matricula em Curso de Formação de Oficiais diverso do que frequentaria caso tivesse
sido aprovado em todas as etapas do concurso do qual participou (Edital n'' 008/2002-
PMDF).
o requerente garantiu a anulação do exame psicotécnico
que o reputou "não recomendado" para o cargo mediante sentença proferida em ação
ordinária. Na ocasião, o MM Juízo determinou a submissão do candidato aos demais
exames constantes do edital, devendo prosseguir a fase de investigação social e
funcional, assegurada, desde aquele momento, a matrícula em Curso de Formação de
Oficiais.
Contra a r.decisão, o Distrito Federal interpôs apelação, à
qual foi negado provimento sob o fundamento de inexistência de amparo legal para a
exigência de avaliação psicológica (fls.36-46), tendo a decisão transitado em julgado
em 12.07.2007 (fI48).
Foram, então, juntados documentos comprobatórios da
matrícula do interessado no Curso de Formação de Oficiais de 2006, em cumprimento
á decisão judicial (fls. 61-68).
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Em seguida, em sede de execução de sentença, o
interessado solicitou sua promoção em ressarcimento de preterição, de maneira a fazer
retroagir sua matrícula no Curso de Formação à data em que foram incluídos os
militares ingressos no mesmo concurso que ele, os quais, todavia, participaram do
Curso de Formação anterior (COF 2004) - fls. 133-134 dos AS n' 4453/04 e fl.70 do
presente PA
Referido pleito judicial segue, até o momento, em discussão
perante o MM Juízo da 4a Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal.
Provocada por esta Procuradoria, a Polícia Militar prestou
Informação nO 071/2013 - OPAO, esclarecendo ter cumprido a decisão judicial que
determinara a matrícula do servidor no curso de formação de oficiais. Invocou,
inclusive, precedentes desta Casa, quais sejam, Parecer n? 041/2008/PROPES/PGDF
e n' 2553/2012/PROPES/PGDF.
o Distrito Federal, então, ao cientificar o MM Juízo desses
fatos, sustentou que a promoção em ressarcimento de preterição extrapola os limites
da coisa julgada operada nos autos n' 2004.01.1.006318-3.
De outra banda, considerando a apresentação de
requerimento administrativo pelo interessado, de idêntico teor ao requerimento judicial,
a Polícia Militar do Distrito Federal buscou orientação desta Casa Jurídica quanto às
seguintes dúvidas (fls.69-72): i) se a pretensão do interessado encontra guarida na
decisão judicial transitada em julgado; li) no caso de a decisão judicial albergar a
pretensão administrativa, como se dará o estabelecimento da ordem hierárquica entre
o requerente e os militares que ingressaram no mesmo concurso que ele, porém
concluíram o curso de formação anterior (COF 2004).
o ilustre parecerista, o Procurador do Distrito Federal
Carlos Odon Lopes da Rocha, entendeu encontrar-se o pedido administrativo de
ressarcimento em preterição prejudicado face à discussão judicial em curso sobre
idêntica questão.2
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Ponderou, com base em jurisprudência do STJ e STF, que, no caso
de concomitância de discussão judicial e administrativa, sobre idêntica matéria, torna-
se inócuo prosseguir nessa última, haja vista que a decisão judicial deverá prevalecer
em qualquer hipótese. O ajuizamento de ação judicial, segundo o opinativo, implica
espécie de preclusão lógica em relação à contenda administrativa, não se cogitando de
ofensa à independência das instâncias.
Irrepreensíveis as considerações do nobre parecerista.
Quanto à prejudicialidade do pedido administrativo diante
judicialização da demanda, confiram-se os precedentes desta Casa Jurídica, como o
Parecer nO2520/2011-PROPES/PGDF, Parecer n0497/2010-PROPES/PGDF e Parecer
nO295/2008-PROPES/PGDF.
Por fim, cumpre reforçar a ideia já lançada em juízo no sentido de
que a pretensão do requerente não se encontra amparada pela coisa julgada operada
nos autos n? 2004.01.1.006318-3. Com efeito, merece ser prestigiado em sede judicial,
à guisa de defesa contra o pedido deduzido pelo interessado, o entendimento
sufragado no Parecer nO2553/2012-PROPES/PGDF, esclarecendo-se ao julgador os
limites das promoções em ressarcimento de preterição.
Vale dizer, nesses casos, deve ser considerado o curso de
formação efetivamente frequentado pelo militar, não se podendo admitir frequência e
aprovação fictícias em curso anterior, ainda que referente ao concurso de que
participara inicialmente.
No caso concreto, à época da abertura do Curso de Formação de
Oficiais de 2004, o interessado não possuía em seu favor qualquer medida judicial
assegurando-lhe a respectiva matrícula, sendo certo que, administrativamente, fora
reprovado no exame psicotécnico.
A par dessas considerações, sugere-se que, após apreciação final
do presente parecer pelo Gabinete do Senhor Procurador-Geral, seja cientificado o
3.""Brasília - patnmóruo Cultural da Humanidade"r..~_._.._-----~.~_....-."-_._---~_ ....,
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ilustre Procurador responsável pelo acompanhamento do Processo nO2004.01.1.006318-3, mediante a juntada de cópia nos respectivos autos
suplementares.
Com essas considerações, no uso da delegação de competência
prevista no art. 1° da Portaria n'' 36, de 29 de junho de 2012, APROVO o Parecer nO
137/2013- PROPES/PGDF de lavra do ilustre Procurador o Distrito Federal Carlos
Odon Lopes da Rocha.
'"
À consideração superior de Vossa Excelência.
Brasilia, 22 de maio de 2013.
, ir' h,wJ::;., LoKANA ~GíNIA CHRI!nOFOLlProcuradora do Distrito Federal
r--'~'.,.c ••i":.... ,,;,::..', I..
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"Brasília - Patrimônio Cultural da Humanidade"
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GABINETE DO PROCURADOR-GERAL~
GDFPROCESSO N°:INTERESSADO:ASSUNTO:
054.000.284/20131° Tem QOPM Hildon César Fernandes MouraPromoção de patente. Promoção em ressarcimentode preterição.
APROVO O PARECER N° 0137/2013
PROPES/PGDF, exarado pelo ilustre Procurador do Distrito Federal
Carlos Odon Lopes da Rocha, bem como a cota de fls. 105/108,
subscrita pela eminente Procuradora do Distrito Federal Ana Virglnia
Christofoli, no uso da delegação de competência prevista no art. 1° da
Portaria nO36, de 29 de junho de 2012.
Afasto, contudo, a fundamentação exposta no
opinativo e corroborada na cota de aprovação da Chefia da
Especializada a respeito da prejudicialidade da apreciação da matéria
em âmbito administrativo por ter sido judicializada a demanda.
Consigno, nesse sentido, que prevalece, como regra,
o entendimento pela independência das esferas quanto à análise dos
pedidos postulados. Não há, portanto, impedimento de que a
Administração aprecie requerimento submetido à sua consideração,
ainda que o pleito tenha sido apresentado, também, em juízo. Nesse
sentido, as cotas de aprovação da Chefia da Especializada nos
Pareceres nOs3.157/2012 e 3.721/2012 - PROPES/PGDF, conforme se
lê do seguinte trecho:
"Brasília Património Cultural da Humanidade"GRlCK
•
Corretas as ponderadas considerações ventiladasno opinativo, merecendo ressalva, tão somente, asconcernentes à preliminar relativa ao efeito prejudicial dajudicialização da questão.
Os precedentes colacionados pelo ilustre pareceristase referem à atuação do CNJ, cuja natureza de órgãointegrante do próprio Poder Judiciário realmente justifica aprejudicialidade da matéria submetida diretamente à tutelajurisdicional.
Sendo assim, não se vislumbra óbice à apreciaçãodo pedido na seara administrativa, cuja decisão será cotejada,em momento oportuno, com a de natureza jurisdicional que,diante do sistema de jurisdição única adotado no país, deveráprevalecer em caso de dissonância.
Quanto ao caso em apreço, observo que esta
Procuradoria tem entendimento no sentido do indeferimento de pleitos
semelhantes, o que importaria justamente a manutenção do atual estado
das coisas. Observo, inclusive, que já houve decisão nesse sentido por
parte do Comandante-Geral da Polícia Militar (fI. 82), sobressaindo
questionamento, por outro lado, quanto aos limites da coisa julgada
favorável ao interessado - se abrange o pleito relativo á possibilidade de
utilização do instituto de promoção em ressarcimento de preterição.
Assim, sopesando o objeto da consulta e as
especificidades do caso em apreço, considero que a posição de cautela
no aguardo da decisão judicial definitiva é a conduta mais adequada no
caso. Isso porque qualquer alteração no status do interessado, com
eventual reconhecimento de efeitos retroativos à efetivação ou á
promoção, somente poderá ser feita em cumprimento de decisão
judicial, tendo em vista ser contrário ao entendimento desta Casa quanto
ao tema.
"Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade"2GRlCK
,
Encaminhe-se cópia do opinativo e respectivas cotas
de aprovação à Procuradoria de Pessoal (PROPES), para juntada no ASn° 4.453/2004.
Restituam-se os autos à Casa Militar da
Governadoria do Distrito Federal para conhecimento.
Em '22/ 15 /2013.
R~:2~E FREITASProcurador-Geral Adjunto do Distrito Federal
G!VCK
"Brasília Património Cultural da Humanidade"3