IV Encontro Nacional da Anppas 4,5 e 6 de junho de 2008 Brasília - DF – Brasil _______________________________________________________
Histórico e Perspectivas da Pesquisa em Gestão Ambiental na Universidade de São Paulo
Thiago Hector Kanashiro Uehara (USP)
Bacharel em Gestão Ambiental, Mestrando em Ciência Ambiental - Procam [email protected]
Gabriela Gomes Prol Otero (USP)
Geógrafa, Mestranda em Ciência Ambiental - Procam [email protected]
Euder Glendes Andrade Martins (USP) Biólogo, Mestrando em Ciências - IB
Arlindo Philippi Júnior (USP) Professor Titular da Faculdade de Saúde Pública
[email protected] Resumo As pesquisas em gestão ambiental (GA) estão cada vez mais presentes na academia e, por se tratar de tema transversal e interdisciplinar, são trabalhados sob a ótica das diversas áreas do conhecimento. Diversas iniciativas para a produção de conhecimento e capacitação em GA, as quais podem ser concentradas em grupos de pesquisa. O presente trabalho identificou e qualificou grupos de pesquisas em gestão ambiental da USP, sob uma perspectiva histórica, a fim de identificar as tendências deste campo. Os resultados obtidos são representados por um banco de dados contendo informações qualitativas dos grupos, representados em três conjunturas: situação atual, evolução e participação. Os grupos de pesquisa em atividade criados na década de 1980 e início da década de 1990 são ligados, predominantemente, à zona rural e ao setor privado com enfoque em processos produtivos. Os períodos pós Eco-92 e Rio+10 coincidiram com a criação de novos grupos heterogêneos entre si, representando a atual situação, baseados em diversas áreas do conhecimento, predominantemente nas Ciências Sociais Aplicadas. Nota-se que a visão tecnicista da questão ambiental vem sendo complementada por pesquisas que integram a dimensão social. Entende-se que, apesar de ainda bastante fragmentado, o cenário melhorou, carecendo à instituição uma política que incentive pesquisas interdisciplinares em gestão ambiental. Palavras-chave: Gestão Ambiental; Universidade de São Paulo
1. Introdução
Em um período de intensas transformações técnico-científicas e fenômenos de desequilíbrios
ecológicos, os modos de vida humano, individuais e coletivos, deflagram uma progressiva
deterioração. As novas problemáticas ecológicas surgem em um contexto de ruptura, de
descentralização, de multiplicação de antagonismos e de processos de singularização. A natureza
não pode ser separada da cultura, sendo necessário aprender a pensar “transversalmente” as
interações entre ecossistemas, mecanosfera e Universos de referência sociais e individuais
(GUATARRI 1995).
Tal situação pode ser observada nas intervenções de cunho socioambiental geridas por profissionais
que possuem formações cartesianas (FREIRE 1970); estas iniciativas acabam restritas a poucas
áreas do conhecimento, com baixa habilidade de compreender o meio natural em sua totalidade. No
entanto, há um aumento da percepção dos problemas socioambientais por parte das populações, e
as sociedades passam a exigir um novo posicionamento das corporações privadas e dos gestores
públicos; estas passam a se preocupar em amenizar, adequar e/ou reverter processos de
degradação verificada entre os resultados econômicos, sociais e ambientais dos empreendimentos.
O marketing ecológico passou a ser compromisso e obrigação das instituições que se pretendem
modernas e competitivas, e a inclusão da proteção ambiental entre os objetivos da administração
ampliou substancialmente todo o conceito de gestão (ANDRADE; TACHIZAWA; CARVALHO, 2002).
O resultado esperado é o equilíbrio entre as atividades humanas e a qualidade e preservação do
patrimônio ambiental, por meio da ação conjugada do poder público e da sociedade organizada,
mediante priorização das necessidades sociais e do mundo natural. Consiste, portanto, em um
processo de mediação de interesses e conflitos entre atores sociais que agem sobre o ambiente
(COIMBRA, 2002; QUINTAS, 2002; PHILIPPI JR.; ROMERO; BRUNA, 2004).
Além dos aspectos administrativos, a gestão ambiental deve compreender os elementos do meio
considerados como recursos, sua localização e demanda pela utilização, práticas de captação e
dejeção, de forma a reduzir os efeitos negativos da intervenção humana (GODARD, 2000), o que
implica na consciência das potencialidades naturais da localidade e seu uso racional preventivo e
corretivo: preventivo no sentido de parcimonioso e eficiente, e corretivo no sentido de minimizador
dos impactos já provocados.
Os estudos sobre a gestão ambiental estão cada vez mais presentes na academia e, por se tratar de
tema transversal e interdisciplinar, são trabalhados sob a ótica das diversas áreas do conhecimento.
Faz-se necessário que as IES pratiquem aquilo que ensinam, estimulando assim o aparecimento do
homem-cidadão e ambiental enquanto ator político, ou seja, um cidadão consciente de sua realidade
socioambiental mediante a obtenção de vários tipos de conhecimento (ZITZKE, 2002). De forma
geral, o ensino superior assume responsabilidade específica na preparação das novas gerações para
um futuro viável, seja pela reflexão de seus trabalhos de pesquisa básica ou mesmo por seu
compromisso em advertir sobre os problemas ambientais. Devem também conceber soluções
racionais a estes problemas por meio de tomadas de iniciativas e indicação de possíveis alternativas,
elaborando propostas coerentes para o futuro.
1.2 Problema
Na Universidade de São Paulo (USP), existem diversas iniciativas na produção do conhecimento em
gestão ambiental e na capacitação de profissionais habilitados em atuar nos seus processos.
Entretanto, por ser organizada em unidades e departamentos especializados, corre-se o risco das
pesquisas serem executadas em um “paradigma de simplificação” (MORIN 1999), seja pela
superespecialização e/ou pela não constituição de grupos de pesquisa interdisciplinares, seja pelos
trabalhos que não consideram a complexidade da gestão do ambiente.
1.3 Objetivo
Identificar e qualificar as pesquisas em gestão ambiental nas diversas faculdades, escolas e institutos
da USP, sob uma perspectiva histórica, a fim de apontar as preocupações, áreas de interesse e
tendências desse campo de estudo.
2. Desenvolvimento
2.1. Procedimentos Metodológicos
2.1.1. Coleta de dados
Para efeito deste trabalho, considera-se o papel fundamental dos grupos na consolidação da
pesquisa em gestão ambiental, principalmente por contarem com equipes interdisciplinares com
linhas de pesquisas determinadas, além de terem política e organização direcionadas à produção
científica nesta área.
Os grupos foram encontrados por meio do catálogo dos grupos de pesquisa cadastrados na Pró-
Reitoria de Pesquisa (PRP) da USP e no Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (CNPq). Essas
bases contêm informações sobre a composição dos recursos humanos dos grupos, linhas de
pesquisa em andamento, especialidades do conhecimento, setores de aplicação envolvidos,
produção científica e tecnológica e padrões de interação com o setor produtivo. Desta forma, foram
catalogados somente os grupos de pesquisa em atividade nesta instituição no mês de junho de 2007.
Os campos pesquisados foram: Denominação do grupo; Repercussão de seus trabalhos e Linhas de
pesquisa, conforme as seguintes combinações de termos: [Gestão ou Administração ou
Administrativo ou Político ou Política] e [Sustentabilidade ou Sustentável ou Sustentado ou Ambiental
ou Ambiente]. Por meio deste, um banco de dados foi constituído com as seguintes informações:
Denominação do grupo de pesquisa; Ano de formação; Data da atualização; Área predominante e,
Linhas de pesquisa.
2.1.2 Forma de organização e análise dos dados
• Origem do grupo: os dados referentes aos anos de formação foram utilizados para analisar a
evolução do trabalho (divididos por qüinqüênios) dos pesquisadores e, em uma linha temporal,
mostrar este aspecto da história da pesquisa em gestão ambiental na USP;
• Atualidade dos dados: os dados sobre a última data de atualização foram coletados para aferir a
atualidade das informações contidas no cadastro do CNPq;
• Área predominante: se verificou o vínculo das pesquisas em gestão ambiental com os diferentes
campos do conhecimento, conforme o sistema de classificação adotado pelo CNPq;
• Linhas de pesquisa: demais informações, incluindo as referentes à repercussão dos trabalhos dos
grupos (que apresentavam grande variância na qualidade das informações, onde alguns
explicavam os objetivos do grupo, outros forneciam dados sobre artigos publicados, eventos
organizados, e alguns nada traziam). As pesquisas, então, foram qualificadas por:
1. Enfoque: Economia; Energia; Planejamento; Política; Produção; Saúde; Social;
2. Setor Institucional Predominante: Privado; Público; Não Há Predominância (NHP);
3. Zona Territorial Predominante: Rural; Urbana; NHP.
Os quais, para efeito desta pesquisa, são relacionados com os temas:
• Economia: comércio, investimento, finanças, economia (de recursos naturais, de transporte,
internacional, macro e micro-escalas etc.);
• Energia: setor energético, matrizes alternativas, distribuição, consumo e conservação de energia
etc.;
• Planejamento: habitação, distribuição territorial, demografia, ordenamento territorial etc.;
• Política: elaboração, análise, descrição, implantação de políticas públicas etc.;
• Produção: processos produtivos: propostas de otimização de tempo, recursos naturais e
financeiros, novas tecnologias e procedimentos para a indústria etc.;
• Saúde: melhoria dos ambientes públicos e hospitalares, promoção da qualidade de vida e
ambiental, saneamento básico etc.;
• Social: promoção da educação, cultura e cidadania.
Para a análise da evolução e participação dos grupos, foram selecionados cinco períodos: até 1986;
1º qüinqüênio: de 1987 a 1991; 2º qüinqüênio: de 1992 a 1996; 3º qüinqüênio: de 1997 a 2001; 4º
qüinqüênio: de 2002 a 2006.
2.1.3. Questionário
Por meio de questionário aberto, foram solicitadas opiniões de todos os docentes líderes dos grupos
de pesquisas identificados segundo os critérios supracitados, visando à identificação do entendimento
dos mesmos quanto a atual situação e perspectivas da pesquisa em gestão ambiental na instituição.
O questionário foi enviado por meio eletrônico, acompanhado devidamente de uma carta de
apresentação, e as informações prestadas foram utilizadas para balizar a discussão dos resultados
desta pesquisa.
2.2. Resultados
O banco de dados gerado por meio da sistematização de todas as informações obtidas, é
representado pelas tabelas disponibilizadas ao final do presente trabalho.
Foram identificados 18 grupos de pesquisa em atividade, liderados pela USP. Como mostra a Figura
1, o primeiro grupo surgiu em 1983, e o segundo em 1984; esse número se manteve até o ano de
1992 quando então foi registrado, até o ano de 2000, oito grupos de pesquisa. O maior crescimento
ocorre no período de 2002 a 2006, quando a estes oito somaram-se dez novos grupos.
Figura 1. Quantidade de grupos ainda ativos de pesquisa em G.A. da USP (2006)
2.2.1. Situação em 2006
Área do conhecimento
São dez os grupos pertencentes às Ciências Sociais Aplicadas, três às Ciências Humanas, dois às
Ciências da Saúde, dois às Engenharias e um às Ciências Agrárias (Figura 2).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
1983 1987 1991 1995 1999 2003
Agrárias (1)
Saúde (2)
Engenharias (2)
Humanas (3)
Sociais Aplicadas (10)
Figura 2. Grupos de pesquisa em G.A. na USP estratificados por áreas do conhecimento (2006).
A área das Ciências Sociais Aplicadas divide-se em cinco sub-áreas, sendo dois grupos da
Arquitetura e Urbanismo, três da Administração, dois da Economia, um do Planejamento Urbano e
Regional e um do Direito (Figura 3).
Direito (1)Planejamento Urbano e Regional (1)
Economia (2)
Arquitetura e Urbanismo (2)
Administração (3)
Figura 3. Divisão dos grupos de pesquisa em G.A. por sub-áreas das Ciências Sociais Aplicadas (2006).
Unidade
Quatro grupos são liderados pela ESALQ, três pela FAU, dois pela FEA, dois pela FSP e um pela
Reitoria, EESC, EP, FFLCH, IP, FEARP e FD (Figura 4).
FD (1)
FEARP (1)IP (1)FFLCH (1)EP (1)
EESC (1)
Reitoria (1)
FSP (2)
FEA (2)
FAU (3)
ESALQ (4)
Figura 4. Divisão dos grupos de pesquisa em G.A. por Unidade (2006).
Enfoque
Cinco grupos têm enfoque em Produção, quatro em planejamento, três em Economia, dois em
Política, dois em Social, um em Energia e um em Saúde (Figura 5).
Produção (5)
Planejamento (4)
Economia (3)
Social (2)
Política (2)
Energia (1)Saúde (1)
Figura 5. Divisão dos grupos de pesquisa em G.A. por enfoque (2006).
Setor Predominante
Sete grupos foram identificados com predominância no setor público e seis no setor privado. Não se
identificou, nos demais grupos (cinco), predominância de setor (Figura 6).
Privado(6)Público
(7)
Figura 6. Divisão dos grupos de pesquisa em G.A. por predominância de setor (2006).
Zona Territorial Predominante
Cinco grupos foram identificados com predominância na zona urbana e três na zona rural. Não se
identificou, nos demais grupos (10), predominância de zona (Figura 7).
Rural(3)
Urbano(5)
Figura 7. Divisão dos grupos de pesquisa em G.A. por predominância de zona territorial
2.2.2. Evolução
Área do conhecimento
Até 1991 havia dois grupos de pesquisa, um deles das Ciências Agrárias e outro das Ciências Sociais
Aplicadas. Entre 1992-1996 surgiram mais dois grupos das Ciências Sociais Aplicadas e um das
Engenharias; de 1997-2001 surgiram grupos das Ciências Sociais Aplicadas, das Engenharias e das
Humanas, um por área. Nos últimos cinco anos surgiram dois grupos da Saúde, dois das Humanas e
dois das Ciências Sociais Aplicadas (Figura 8).
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
1986
1991
1996
2001
2006 Sociais Aplicadas
Humanas
Engenharias
Saúde
Agrárias
Figura 8. Evolução do número de grupos de pesquisa em G.A. na USP, por área do conhecimento
Dentro das Ciências Sociais Aplicadas, até 1991 havia um grupo de Administração. Entre 1992-1996
surgiram dois grupos da Arquitetura e Urbanismo e entre 1997-2001 um grupo de Planejamento
Urbano e Regional. No último qüinqüênio surgiram dois grupos de Administração; dois de Economia e
um de Direito (Figura 9).
0 2 4 6 8 10
1986
1991
1996
2001
2006 Administração
Arquitetura eUrbanismoEconomia
PlanejamentoUrbano e RegionalDireito
Figura 9. Evolução histórica do número dos grupos de pesquisa em G.A. na USP, por sub-áreas das Ciências Sociais Aplicadas.
Unidade
Até 1991 havia dois grupos, um da ESALQ e outro da Reitoria; entre 1991-1996 surgiram três grupos:
dois ligados à FAU e um à EP e mais três grupos tiveram origem entre 1997-2001: um do IP, um da
EESC e outro da FAU. No último qüinqüênio, surgiram grupos da FD, FEARP, FFLCH, dois da FSP,
dois da FEA e três da ESALQ (Figura 10).
Evolução por Unidade
0 5 10 15 20
1986
1991
1996
2001
2006ESALQFAUFEAFSPReitoriaEESCEPFFLCHIPFEARPFD
Figura 10. Evolução histórica do número dos grupos de pesquisa em G.A. na USP, por Unidade
Enfoque Predominante
Até 1991 havia dois grupos relacionados à Produção. No qüinqüênio 1992-1996 surgiram grupos de
Energia, Planejamento e Produção; entre 1997-2001 surgiram grupos com enfoques em
Planejamento, Economia e Social. No último qüinqüênio surgiram dois grupos de Produção, dois de
Planejamento, dois de Economia, dois de Política, um Social e um de Política (Figura 11).
0 5 10 15 20
1986
1991
1996
2001
2006Produção
Planejamento
Economia
Social
Política
Energia
Saúde
Figura 11. Evolução histórica do número de grupos de pesquisa em G.A. na USP, por enfoque temático
Setor Institucional Predominante
Havia até 1991 dois grupos voltados ao setor privado. Entre 1991-1996 surgiu um grupo voltado ao
setor público e outros dois entre 1997-2001. No último qüinqüênio surgiram quatro grupos voltados ao
setor público e outros quatro ao privado (Figura 12).
0 2 4 6 8 10 12 14
1986
1991
1996
2001
2006 Público
Privado
Figura 12. Evolução histórica do número de grupos de pesquisa em G.A., por setor predominante
Zona Territorial Predominante
Até 1991 havia apenas grupo voltado ao setor rural. Surgiram dois grupos voltados ao setor urbano
entre 1992-1996 e outros dois entre 1997-2001. No último qüinqüênio surgiram dois grupos voltados
ao rural e um ao urbano (Figura 13).
0 2 4 6 8 10
1986
1991
1996
2001
2006
Rural
Urbano
Figura 13. Evolução histórica dos grupos de pesquisa em G.A. por zona territorial predominante
2.2.3. Participação relativa
Área do conhecimento
De 1986 a 1991 as Ciências Sociais Aplicadas e as Ciências Agrárias correspondiam a 50% dos
grupos cada; em 1996 as Engenharias participam com 20% dos grupos, as Ciências Sociais
Aplicadas com 60% e a Ciências Agrárias com 20%. Em 2001, 50% dos grupos são das Ciências
Sociais Aplicadas, 12% das Ciências Humanas e 12% das Ciências Agrárias. O quadro atual é de
56% de participação das Ciências Sociais Aplicadas, 17% das Ciências Humanas, 11% da
Engenharias, 5% das Ciências Agrárias e 11% da Saúde (Figura 14).
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
1986
1991
1996
2001
2006 Sociais Aplicadas
Humanas
Engenharias
Saúde
Agrárias
Figura 14. Histórico da participação relativa dos grupos de pesquisa em G.A. por Área do Conhecimento
Dentro das Ciências Sociais Aplicadas, até 1991 a Administração representava 100%. Em 1996
passou para 33,3%, enquanto Arquitetura e Urbanismo representavam 66,7%. Em 2001, Arquitetura
e Urbanismo representavam 50%, enquanto Planejamento Urbano e Regional representa 25%, assim
como a Administração. Atualmente 33% dos grupos são da Administração; 22,2% da Arquitetura e
Urbanismo; 22,2% da Economia; 11% do Planejamento Urbano e Regional; 11% do Direito (Figura
15).
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
1986
1991
1996
2001
2006Administração
Arquitetura eUrbanismoEconomia
PlanejamentoUrbano e RegionalDireito
Figura 15. Histórico da participação relativa dos grupos de pesquisa em G.A. por sub-área das Ciências Sociais Aplicadas
Unidade
Até 1991 a Reitoria e a ESALQ representavam, cada uma, 50% dos grupos ainda ativos. Em 1996 a
FAU respondia por 40% dos grupos, enquanto ESALQ, Reitoria e EP respondiam por 20% cada uma;
em 2001, a FAU respondia por 37,5 % dos grupos, enquanto ESALQ, Reitoria, EESC, EP e IP
respondiam por 12,5% cada uma. Atualmente, são 22,2% da ESALQ, 16,7% da FAU, 11% da FEA,
11% da FSP e 5,5% Reitoria, EESC, EP, FFLCH, IP, FEARP, FD, cada uma (Figura 16). Participação por Unidade
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
1986
1991
1996
2001
2006
ESALQFAUFEAFSPReitoriaEESCEPFFLCHIPFEARPFD
Figura 16. Histórico da participação relativa dos grupos de pesquisa em G.A., por Unidade
Enfoque
Até 1991 todos os grupos (100%) tinham ênfase na Produção. Em 1996, Produção passa a
representar 60%, enquanto Energia e Planejamento representam 20% cada. Em 2001, 37,5% dos
grupos são ligados à Produção, 25% ao Planejamento, 25% à Economia, 12,5% ao Social e 12,5% à
Energia. Atualmente são 27,8% com ênfase em Produção, 22,2% em Planejamento, 16,7% em
Economia, 11% em Social, 11% em Política, 5,5% em Energia e 5,5% em Saúde (Figura 17).
0% 20% 40% 60% 80% 100%
1986
1991
1996
2001
2006 Produção
Planejamento
Economia
Social
Política
Energia
Saúde
Figura 17. Histórico da participação relativa dos grupos de pesquisa em G.A., por enfoque
Setor Institucional Predominante
Até 1991 os grupos eram voltados ao setor privado (100%). Sua participação caiu para 66,7% em
1996 e para 40% em 2001. Atualmente com 46% voltados ao setor privado, os grupos voltados ao
setor público correspondem a 54% (Figura 18).
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
1986
1991
1996
2001
2006
Público
Privado
Figura 18. Histórico da participação relativa dos grupos de pesquisa em G.A., por predominância do setor institucional
Zona Territorial Predominante
O setor rural respondia por 100% dos grupos até 1991. Sua participação caiu para 33% em 1996 e
para 25% em 2001. Atualmente 37,5% são voltados à zona rural, enquanto 62,5% são voltados à
zona urbana (Figura 19).
0% 20% 40% 60% 80% 100%
1986
1991
1996
2001
2006
Rural
Urbano
Figura 19. Histórico da participação relativa dos grupos de pesquisa em G.A., por predominância da zona territorial
2.3. Discussão
Os primeiros grupos de pesquisa em gestão ambiental da USP, ativos em junho de 2007, surgiram na
década de 80 e apresentavam baixa diversidade, concentrados na área das ciências agrárias
(ESALQ) ou social-administrativas (Reitoria),
ambos com enfoque na produção e
pertencentes ao setor institucional privado com
predominância na zona rural.
Hoje, o panorama que se mostra é de uma
diversificação em todas as qualificações: área
do conhecimento, unidade, enfoque, setor
institucional, zona territorial. Há pesquisas na
área das engenharias, saúde, ciências
agrárias, mas a maior ocorrência se dá nas
ciências sociais aplicadas e ciências humanas,
com divisão entre as unidades ESALQ e FAU.
Ressalta-se o fato dos novos grupos da
ESALQ não serem de caráter agrário; no
enfoque, também variado, predominam a
produção, o planejamento e a economia.
Atualmente é bastante semelhante o número
de grupos de pesquisas no setor institucional
público e privado, assim como nas zonas
territoriais rural e urbano.
Em decorrência da constatação desses dois
quadros, foram levantados alguns marcos
históricos ambientais e seus reflexos nas
pesquisas em gestão ambiental da USP, como
apresentado no gráfico a seguir, que revela um
aumento expressivo no número de grupos de
pesquisas em GA da USP após a ECO-92,
bem como posterior à Rio +10 (Figura 20),
concomitante a um fenômeno de
diversificação.
Figura 20. Relação entre o surgimento dos grupos de pesquisa e a realização de eventos ambientais
2.3.1. Gestão Ambiental e as Humanidades
As Ciências Sociais Aplicadas possuem maior representação nos grupos de pesquisa em Gestão
Ambiental visto a alta aplicabilidade de seus estudos a sistemas administrativos, econômicos e
sociais públicos e privados.
Os grupos de pesquisa considerados no presente trabalho lidam com cenários reais, o que pode ser
claramente evidenciado pelo contexto do ano em que foram criados: reunião promovida pelo PNUMA
para discussão do pós-Estocolmo (1983), II Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos
Humanos (HABITAT II, 1996), ECO 92 (1992), Rio+10 (2002), entre outros, principalmente os
relatórios emitidos por cientistas e acatados por algumas nações quanto ao aquecimento global.
Abaixo, alguns estudos que cada sub-área pode desenvolver visando uma gestão ambiental dentro
de seu escopo de atuação:
� Arquitetura e Urbanismo: estudos que resultem em projetos pautados na ecoeficiência (ventilação/
iluminação naturais, por exemplo), desenhos urbanísticos orgânicos que se integrem ao ecossistema
local de modo a impactá-lo minimamente (permacultura);
� Planejamento Urbano e Regional: planos, programas e projetos que viabilizem diretrizes ambientais,
efetivando-as nos espaços urbanos regionais por meio de equipamentos públicos. Promovem a
ocupação humana ordenada em áreas que não resultem em impactos ambientais definitivos,
protegendo mananciais, encostas, manguezais, entre outros;
� Administração: a matriz teórica da gestão ambiental insere em uma organização (pública ou privada)
premissas ambientais inerentes a sua atividade. A grande maioria dos grupos dessa sub-área
direciona seus estudos ao setor privado no qual se constata crescente estabelecimento de parcerias
com a Academia para consultorias e pesquisas aplicadas;
� Economia: objetiva a internalização do valor de um bem natural utilizado como recurso natural em
determinada atividade econômica, de forma a torná-lo parte da contabilidade da organização.
Procura a diferenciação entre dano ambiental e passivo ambiental para tornar a organização
responsável pelo ambiente do qual extrai seus insumos. Estudos de valoração ambiental, economia
ambiental e gestão dos recursos naturais são alguns de seus resultados;
� Direito: estudos e proposição de leis que regulamentem as atividades econômicas potencialmente
danosas ao meio ambiente; integra a gestão ambiental tanto pública quanto privada, pois fornece a
legislação que embasará as atividades de ambas, além de promover a justiça no caso de
reconhecimento e punição de responsáveis por desastres ambientais nas diversas escalas
(municipais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais).
São denominadas Ciências Humanas porque consideram, sobretudo, o ser humano, seja indivíduo ou
coletivo; aí reside a subjetividade e a não aplicação de fórmulas ou padrões de pesquisa rígidos.
Considera-se a observação do comportamento humano como um método, e os resultados em grande
parte são contribuições teóricas, revisão bibliográfica ou somente estado da arte. Refletem a
realidade quando esse é seu objetivo e, dependendo da sub-área, fornecem subsídios à elaboração
de políticas públicas, ao planejamento urbano, ou seja, às ciências sociais aplicadas, que se
encarregam de adequar essas contribuições à realidade.
2.3.2. Zona territorial: o agronegócio e a população brasileira
Segundo dados do IBGE1, entre a década de 1940 até meados de 1960, a população se concentrava
na zona rural, ocorrendo a partir de então a inversão dessa concentração e o aumento acentuado da
população urbana; seguindo este caminho, os primeiros grupos de pesquisas em gestão ambiental
ativos identificados iniciaram suas atividades na década de 1980, tendo caráter rural, situação que se
manteve até 1991. Em 1996 a participação da zona rural cai drasticamente (Figura 19), mudança que
acompanha a inclusão da concepção do meio urbano nas questões ambientais; estando a população
majoritariamente na zona urbana, as pesquisas em GA na USP seguem até 2001 em concordância
com tal balanço. Em 2006 há um aumento expressivo dos grupos de pesquisa na zona rural, em um
período em que o agronegócio apresentou grandes avanços e peso na economia nacional, bem como
foram ampliados os estudos sobre alternativas à agricultura moderna (como a agroecologia, a
agricultura campesina e familiar).
2.3.3. Zona territorial: marcos históricos ambientais e a formação de grupos de pesquisa
na FAU e na ESALQ
Conforme mostra a Figura 21, a predominância de grupos de pesquisas em GA voltados à zona rural
na década de 1980, acompanhado pela formação de um grupo de pesquisa da ESALQ, foi invertida
em meados da década de 1990 para a predominância do enfoque urbano, que ocorre paralelamente
à formação de grupos de pesquisa em GA da FAU ao longo dessa década, bem como a conferências
das Nações Unidas voltadas à temas que mais se relacionam com a zona urbana (Conferência das
Nações Unidas sobre População e Desenvolvimento, 1994; sobre Desenvolvimento Social, 1995;
sobre Assentamentos Humanos - Habitat II, 1996).
Em 2001 surge o curso de bacharelado em Gestão Ambiental na ESALQ e a partir de então se
formam grupos de pesquisa em GA que, diferentemente do conceito da unidade, não apresentam o
caráter agrário. Em 2005 surge curso homônimo na EACH, nova escola da USP onde os grupos de
pesquisa se encontram em fase de construção.
2.3.4. Enfoque versus setores institucionais
O enfoque que mais aparece dentre os grupos de pesquisa é a produção, e destes 80% se
enquadram no setor institucional privado. Planejamento, que segue em maioria, tem 75% de seus
grupos no setor público. Também é interessante ressaltar que 100% dos grupos com enfoque em
políticas é pertencente ao setor público.
1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <www.ibge.com.br>. Acesso em 25 mai. 2007.
Figura 21. Relação entre os principais eventos históricos ambientais e a predominância da zona territorial como foco dos grupos de pesquisa em GA na USP (2007).
2.3.5. Setores Institucionais: marcos históricos ambientais e a formação de grupos de
pesquisa na FSP
No período entre o início da década de 80 e o fim da década de 90, prevaleceram grupos de pesquisa
com predominância no setor privado, ocorrendo nessa época a Conferência Mundial da Indústria
sobre GA (1984) e a criação da ISO 14000, marcos históricos que condizem com tal predominância.
A partir de 1999 tal predominância é invertida para o setor público, concomitantemente ao surgimento
de Políticas Nacionais (Recursos Hídricos, 1997; Crimes Ambientais, 1998; Educação Ambiental,
1999; Unidades de Conservação, 2000; Desenvolvimento Urbano, 2001; Saneamento Ambiental,
2007) e a formação de grupos de pesquisa da FSP (2003 e 2004), majoritariamente voltados a esse
setor (Figura 22).
Nosso Futuro Comum
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
1984
1983
1982
RIO+10
ECO 92
Habitat II
População e Desenvolvimento
FAU
FAU
FAU
Política Nacional de Desenvolvimento Urbano
Desenvolvimento Social
URBANO
predomina
RURAL
predomina ESALQ
ESALQ
ESALQ
ESALQ
Curso de Gestão Ambiental
Figura 22. Relação entre a formação de grupos de pesquisa em GA na Faculdade de Saúde Pública com predominância de foco em setores institucionais, e eventos ambientais históricos (2007).
2.3.6. Pesquisas em GA em outras unidades da USP
Pesquisas em gestão ambiental necessitam ser implementadas nas diversas áreas do conhecimento
de maneira que perpassem, em caráter de transversalidade e integração, diversas disciplinas e áreas
de geração de conhecimentos.
Entretanto, este caráter multidisciplinar dos estudos e pesquisas em G.A. não têm sido assimilado e
incorporado de maneira integrada e adequada por uma série de áreas e cursos de extrema
relevância; como exemplo de áreas que muito têm a contribuir para os estudos em GA, se destacam
os cursos das Ciências Biológicas, Física, Química, Geografia, que devem contribuir para a formação
do cidadão práxico, incluindo a dimensão socioambiental da natureza. Infere-se, por meio do
presente trabalho, que são poucos os grupos de pesquisas em GA na USP, e que os grupos gerarão
ainda mais resultados significativos se trabalharem de forma integrada.
Em uma escala temporal, a ausência dos grupos de pesquisas em G.A. nos cursos e unidades
supracitados pode ser resultado da formação disciplinar e unidirecional de boa parte das equipes
constituídas destes grupos de pesquisas e, de certa forma, da dificuldade de mudança perante um
sistema consolidado de pesquisa disciplinar para um sistema inovador e multidisciplinar que exige
uma visão de um todo ou mesmo holístico.
A estrutura organizacional da USP, predominantemente dividida em unidades e departamentos
especializados, dificulta a integração necessária às pesquisas em GA. Para enfrentar estas
dificuldades, vale destacar duas iniciativas:
• A atuação de professores filiados ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (PROCAM,
vinculado diretamente à Pró-Reitoria de Pós-Graduação): cinco docentes vinculados a este programa
lideram grupos de pesquisa analisados neste trabalho em áreas que integram as Ciências Sociais
Aplicadas e as Ciências Humanas. Por se tratar de um programa cujo objetivo é a promoção da
interdisciplinaridade nas pesquisas ambientais, seu quadro de pesquisadores docentes é
multidisciplinar, provenientes das diversas Unidades da USP, os quais desenvolvem pesquisas em
gestão ambiental em seus departamentos de origem (como pode ser observado no banco de dados
constituído para este trabalho) com contribuições do Programa, espaço propício para o intercâmbio
de informações, experiências e métodos entre as diversas áreas do conhecimento;
• A contribuição potencial da nova escola (EACH) da USP, uma unidade integrada que concentra
cursos das áreas das Artes, Ciências e Humanidades em uma estrutura organizacional diferenciada,
não apresentando departamentos ou unidades e cujos currículos foram planejados com base em
temas e atividades integrados.
3. Conclusão e considerações finais
As pesquisas em gestão ambiental se diversificaram e o farão ainda mais intensamente no futuro
devido ao crescente interesse pelo tema que se refletirá em todas as áreas do conhecimento;
percebe-se que a visão cartesiana/ tecnicista adotada no início do período compreendido na coleta de
dados, vêm sendo complementada por pesquisas que integram a dimensão social.
Cada órgão verificado na pesquisa, dentro de sua área de atuação, tem contribuído com pesquisas
em gestão ambiental geralmente circunscrita a seu escopo de atuação, mas estão pouco integradas
entre si. Ao não se registrar - nas características de cada grupo de pesquisa disponíveis no CNPq ou
nas respostas dos líderes dos grupos - qualquer tipo de intercâmbio de informações ou parceria em
projetos, infere-se a fragmentação das pesquisas em gestão ambiental na USP.
Essas contribuições departamentais forneceriam bases para a valorização da gestão ambiental
integrada, mas isso não ocorre atualmente devido à ausência de diretrizes ou política ambiental da
Universidade de São Paulo que visem à integração das pesquisas existentes e fomento ao
desenvolvimento de intercâmbio de conhecimentos entre Unidades de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Outra razão para esta fragmentação é o não acompanhamento dos subsídios financeiros ao ritmo de
desenvolvimento da interdisciplinaridade: o interesse pela temática restringe-se à atuação da Unidade
porque esta distribui sua verba internamente de acordo com a demanda vigente, onde o terreno
científico é conhecido e seguro. No caso de pesquisas interdisciplinares, estas ainda não possuem
métodos científicos consolidados especialmente na área ambiental e nem um cronograma de trabalho
que se encaixe na agenda dos pesquisadores envolvidos, o que dificulta o estabelecimento de prazos
e, por conseguinte, a captação de recursos financeiros.
Apresentado este panorama, se configura a necessidade de direcionar e gerir estes conhecimentos
preciosos à formação e consolidação da pesquisa interdisciplinar, caráter intrínseco da gestão
ambiental, de maneira que possa ser aplicada da melhor forma possível para a construção de
sociedades sustentáveis.
3.1 Sobre as limitações: tempo e método
Os autores deste estudo dispuseram de apenas 2,5 meses para a execução desta pesquisa.
Inicialmente a equipe pretendia levantar publicações (artigos em periódicos; livros publicados;
capítulos de livros publicados; orientações de mestrado e doutorado) em gestão ambiental, porém
optou por realizar o estudo por meio dos grupos de pesquisa. Durante a coleta de dados, foi
percebido algumas limitações do sítio do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil do Cnpq, visto
que sua ferramenta de busca não permitiu que esta fosse truncada de modo a capturar radicais como
admin, ambi ou sustenta, além de disponibilizar informações pouco precisas no que se refere às
grandes disparidades na qualidade das informações que constam no campo “repercussões dos
trabalhos do grupo”, visto que alguns dos grupos o utilizam para explicar seus objetivos, outros para
apresentar o número de publicações e parcerias e outros para descrever a composição da equipe.
Era pretensão da equipe realizar entrevistas semi-estruturadas pessoalmente com todos os líderes
dos grupos de pesquisa identificados e com as coordenadorias dos cursos de bacharelado em
Gestão Ambiental da USP, entretanto, visto as condições de tempo e espaço, o questionário foi
enviado via eletrônica (e-mail). Ainda assim, ciente da baixa intensidade de aproximação que a forma
eletrônica proporciona, foi conferido aos professores 15 dias para a resposta, sendo enviadas três
insistentes cartas eletrônicas contendo breve apresentação da pesquisa e o questionário no corpo do
texto e em arquivo em anexo. Desta forma, foram obtidas respostas de seis docentes de grupos
distintos, representando 33% do total.
Espera-se que essas informações possam contribuir com o delineamento de estudos posteriores para
o entendimento dos avanços das pesquisas em gestão ambiental.
Referências
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CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]. Diretório de grupos de
pesquisa: busca textual de grupos certificados na base atual do diretório. Disponível em <http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional>. Acesso em mai. jun. 2007.
COIMBRA, J. A. A. O outro lado do meio ambiente. 2 ed. Campinas: Millenium, 2002. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970. GUATARRI, F. As três ecologias. 5º ed. Campinas: Papirus, 1995. MORIN, E. Articulando os saberes. In: ALVES, N. & GARCIA, R. (orgs.). O sentido da escola. Rio de
Janeiro: DP & A, 1999. PHILIPPI JR., A. O impacto da capacitação em gestão ambiental. Tese de livre-docência, Faculdade
de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. São Paulo: 2002. PHILIPPI JR., A. ROMERO, M. A.; BRUNA, G. C. Curso de gestão ambiental. Barueri, SP: Manole,
2004. QUINTAS, J. S. Introdução à gestão ambiental pública. Série Estudos Educação Ambiental. Brasília:
IBAMA, 2002. [USP, PRP] UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Pró-Reitoria de Pesquisa. Grupos de pesquisa.
Disponível em: <http://www.usp.br/prp/gruposdepesquisa.xls>. Acesso em: 01 mai. 2007. ZITZKE, V.A. A educação ambiental e o ecodesenvolvimento. Revista Eletrônica em Educação
Ambiental, v. 9, 2002.