Edson Vidal Prof. Dr.
Departamento de Ciências Florestais ESALQ/USP
Garantir a continuidade da produção através do estímulo à regeneração natural e
Proteção de árvores remanescentes, árvores com DAP entre 10 e 45 cm
deixar árvores porta-sementes e
utilizar técnicas para reduzir os danos ecológicos da exploração
(i) sistemas silviculturais voltados à produção sustentada em florestas naturais,
(ii) sistemas de transformação,
(iii) sistemas de substituição.
determinação do diâmetro mínimo de corte (DMC) e
desbaste de beneficiamento (improvement thinings).
(i) as intervenções periódicas causam danos nas espécies selecionadas,
(ii) a produção e os custos são mais elevados do que nos sistemas comuns,
(iii) a produção é baixa situando-se em torno de 1,5 m3/ha/ano, semelhante a produção sem o trato
(i) sistemas silviculturais voltados à produção sustentada em florestas naturais,
(ii) sistemas de transformação,
(iii) sistemas de substituição.
Convertem a composição e estrutura de uma floresta de forma gradual e lenta, pelo menos sem total destruição
Dividi-se em:
1. sistemas de melhoramento,
2. sistemas de enriquecimento e
3. transformação através de regeneração avançada combinada com exploração
Abate de beneficiamento (Improvement Felling): ◦ Eliminação de todos os materiais (trepadeiras, cipós, palmeiras,
etc.) que competem com as árvores protegidas, ◦ desbaste e envenenamento das árvores sem valor madeireiro, ◦ extração dos indivíduos maiores deixando em torno de 10 a 15
espécies na área para segundo abate
Melhoramento dos indivíduos de “Okoumé”: ◦ vários tratamentos para proteger a espécie Aucoumea klaineana
Sistema CELOS ◦ o sistema CELOS é dividido em duas partes: Celos Harvesting System – exploração cuidadosa retirando-se 20 m3/ha Celos Silvicultural System – 3 desbastes de refinamento após colheita:
(1º, 8º e 20º ano)
Convertem a composição e estrutura de uma floresta de forma gradual e lenta, pelo menos sem total destruição
Dividi-se em:
1. sistemas de melhoramento,
2. sistemas de enriquecimento e
3. transformação através de regeneração avançada combinada com exploração
Plantio em linhas: ◦ abertura de faixas na floresta distanciadas de 10 a 25 metros no sentido
leste-oeste ◦ largura de 2 metros ◦ elimina-se todos os indivíduos até uma altura de 4 metros ◦ Na faixa são plantadas mudas e periodicamente são feita limpeza
Método do Recrú: ◦ eliminação total dos indivíduos menores e eliminação e envenenamento
dos indivíduos maiores e plantio em faixas de 4-6 metros
Método Anderson (Placeaux Anderson, Anderson Plots, Anderson Groups): ◦ Aberturas a cada 10 metros e plantio da mesma espécie
Sistema de Enriquecimento Mexicano: ◦ semeadas sementes de mogno e cedro nos ramais de arraste e estradas
Método Caimital: ◦ uso de máquinas para abertura de faixas ◦ passado uma grade de discos ◦ selecionadas espécies promissoras ◦ Depende do surgimento de espécies promissoras
Convertem a composição e estrutura de uma floresta de forma gradual e lenta, pelo menos sem total destruição
Dividi-se em:
1. sistemas de melhoramento,
2. sistemas de enriquecimento e
3. transformação através de regeneração avançada combinada com exploração
Os objetivos da transformação é obter uma floresta equiânea (homogenização florística e estrutural) de espécies de valor madeireiro e multiânea (diminuição das espécies arbóreas e aumento das espécies da regeneração)
(i) Método Malaio Uniforme (MMU) ◦ manter através de exploração ou plantio o
equivalente a no mínimo 40% de regeneração de espécies comerciais
(ii) Método Tropical de Regeneração sobre Cobertura (Tropical Shelterwood System – TSS) ◦ TSS tentava através de várias intervenções na
floresta como raleamento e envenenamento se chegar a uma regeneração apropriada
(iii) Método Tropical de Regeneração sobre Cobertura de Trinidad ◦ formação de uma floresta alta biestratificada
(iv) Método de Uniformização pelo Alto (Uniformisation par le Haut) ◦ uniformização através do desbaste ou desbaste
de transformação
(v) Método de Martineau ◦ domesticação pelo plantio sob cobertura e não
pela regeneração natural ◦ corte dos indivíduos até 10 cm de DAP, ◦ em seguida plantio sob cobertura. ◦ no primeiro, segundo e quinto ano fazia-se a
eliminação de todo o povoamento anterior e tratos nas plantas jovens que foram plantadas.
◦ À partir do décimo ano tratos a cada 5 anos
(i) Método Filipino de Corte Seletivo (Philippine Selective Logging System) ◦ Semelhante a nossa exploração predatória
(ii) Método Indonésio de Corte Seletivo (Indonesian Selective Logging System) ◦ devem ser conservadas 25 árvores de valor comercial/ha
DAP entre 35 a 50 cm derrubadas todas as árvores com DAP acima de 50 cm
(iii) Melhoramento dos Povoamentos Naturais (Amélioration des Peuplements Naturels) ◦ inventariar aleatoriamente a floresta em classes de
diâmetro, corte de cipós, eliminação das árvores matrizes das espécies sem valor comercial, envenenamento de todas árvores sem valor com copa grande
(iv) Método de Queensland ◦ Corte de cipós e de espécies sem valor comercial ◦ Marcação das árvores acima de 76 cm ◦ Eliminação de todas as espécies defeituosas e sem vigor ◦ Eliminação dos indivíduos da espécie Laportea moroides ◦ Abaixo das árvores matrizes, preparo do solo para facilitar
aparecimento da regeneração de espécies pobres ◦ Diminuição da competição com desbaste ◦ Com 3-6 anos abate de liberação ou refinamento ◦ Continua sendo aplicado na sua região de origem ◦ Presença de um serviço florestal bem estruturado
(i) sistemas silviculturais voltados à produção sustentada em florestas naturais,
(ii) sistemas de transformação,
(iii) sistemas de substituição.
Limba
Okoumé
Taungya
Edson Vidal Prof. Dr.
Departamento de Ciências Florestais ESALQ/USP
Índia e a Ásia (Indonésia) foram pioneiros na área da
silvicultura nos trópicos
Introdução da teka em Java pelos Indianos (século 15)
Silvicultura da Teka pelos Holandeses na Indonésia
(Plantações)
Silvicultura dominada pela Teka exclusivamente na
região asiática
Intensificação dos princípios elaborados por Brandis
Conceito europeu da silvicultura com o objetivo de
domesticação das florestas naturais (florestas
heterogêneas florestas homogêneas mais produtivas)
Mudança radical depois da segunda guerra:
Exploração mecanizada
Desaparecimento das colônias
Era da silvicultura moderna com apoio na pesquisa científica
Período de experimentação de sistemas inspirados na silvicultura
européia (1950-1980) baseados no Shelterwood Systems
Poucas destas experimentações foram aplicadas em escala
operacional
Abandono progressivo dos sistemas monocíclicos (Shelterwood
Systems) para sistemas policíclicos (seletivos)
Exploração de Impacto Reduzido aparece como o maior
progresso na silvicultura tropical
Novos conceitos de uso-múltiplo, de manejo sustentável
I Seminário Internacional de Manejo
Florestal e Uso Sustentável dos
Recursos Florestais
Modelagem Hidrológica Modelo de elevação digital
Fonte: Embrapa Acre
Tela do GPS com árvores a serem colhidas
Tela do GPS com os pátios, estradas e trilhas de arraste.
Fonte: Embrapa Acre
Sistemas Monocíclicos = uniformes
Baseado no shelterwood systems
Homogenização da florestas em povoamento pouco
diversificado e dominado por espécies comerciais
Estimulação da regeneração natural das espécies
comerciais
Povoamento de mesma idade
Sistemas Policíclicos
Baseado no diâmetro mínimo de corte DMC
Danos ao dossel limitados
Impacto menor na composição florística
Origens:
Departamento florestal de Queensland
Amazônia (IMAZON, IFT)
Ásia: Sabah e Indonésia (Borneo)
África (Costa do Marfim e Camarões)
Objetivos:
Minimizar os danos ao povoamento
Minimizar os danos ao solo
Minimizar os danos ao ecossistema (área de proteção, caça proibida)
Hipótese:
Reduzindo os danos a floresta regenera melhor
O período do ciclo é também reduzido
Inventários pré-exploratórios das
árvores comerciais a serem
derrubadas
Características de cada árvore
(diâmetro, qualidade de fuste etc..)
Mapeamento das árvores
Delimitação das áreas de
proteção
Corte de cipós
Planejamento
Arrastes
Estradas
CONTROLE DAS OPERAÇÕES
• A Exploração de Impacto Reduzido (EIR) = o maior progresso no
manejo das florestas tropicais e é um critério essencial da certificação
• Estudos recentes apresentaram dúvidas na capacidade destas
técnicas em garantir ciclos de cortes sucessivos sem alteração da
diversidade e da produção (Sist et al. 1998, Sheil and Vanheist 2000,
Jennings et al. 2001, Sist et al. 2003, Schulze et al, 2004, Zarin et al,
2005)
• Princípios silviculturais utilizados: DMC 45-55 cm + ciclo de 25-30
anos = Critérios de seleção que satisfazem a indústria madeireira mas
não as exigências ecológicas das espécies madeireiras
• Exigências das certificadoras mudam em relação aos progressos do
nosso conhecimento da ecologia das espécies/ecossistema
Há a necessidade de definir novas práticas silviculturais baseadas no
nosso conhecimento das características e das exigências ecológicas
das espécies madeireiras
Sistemas uniformes Sistemas policíclicos
Custos altos
Sistemas necessitando controle, monitoramento,
pessoal qualificado
Conversão das florestas em terras agrícolas
(Malásia, Africa)
Exploração = o maior tratamento silvicultural
Mudança radical da estrutura e florística da
floresta incompatível com as novas tendências de
preservação
Método Tropical de Regeneração sob Cobertura (TSS) em 1958 – Curuá-uma/Santarém/Pará – não teve continuidade
Reserva Ducke Manaus em 1964 - Plantação em linhas de plantio envolvendo as espécies: Cedrela odorata, Clarisia racemosa, Callophylum brasiliensis, Dipterix odorata, Carapa guianensis, Gloupia glabra, Cedrelinga cateniformes, Tabebuia sp
Maranhão -Reserva Florestal de Buriticupu da Companhia Florestas Rio Doce S. A. em 1983, testou-se dois modelos de colheita ◦ (i) corte de todas as árvores do povoamento com exceção
das espécies comerciais com DAP entre 20-40 cm e ◦ (ii) todas as árvores exceto as espécies comerciais com DAP
entre 15-20 cm
Grandes avanços em pesquisa em manejo de florestas tropicais ◦ avaliar as ações que são degradantes ou não sustentáveis ◦ próximo desafio entender quais são os obstáculos para a
adoção do manejo florestal e quais refinamentos são necessários para tornar manejo mais sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental.
IDADE — A idade de uma árvore é definida como o tempo transcorrido desde a
germinação da semente ou da brotação do tronco ou raiz. Quando a determinação é
realizada por meio de amostra do lenho tirado com um trado, a idade é definida como
a idade à altura do peito pois esse é o ponto de coleta da amostra, ignorando-se o
tempo transcorrido até que o primeiro anel de crescimento fosse formado a 1,3 m. A
idade da floresta é definida como média das árvores, mas essa definição só tem sentido
para florestas equiâneas ou coetâneas, isto é florestas com árvores de mesma idade.
Uma floresta é definida como equiâneas quando a variação na idade das árvores for no
máximo 30% do tempo de rotação da floresta. Florestas onde a variação da idade das
árvores ultrapassa esse limite são chamadas de inequiâneas ou dissetâneas. UNIDADE
— ano NOTAÇÃO — I LEITURAS — Avery e Burkhart, 1983 .