AgendA positivA pArA A BAhiA
Federações apresentam propostas ao futuro governador
ISSN 1679-2645
indústriABAhiA
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SiStema FieBaNo XXv Nº 253 2018
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A cada quatro anos, o país se pergunta o que precisa fazer para obter a chave mágica
que permita sua entrada no seleto grupo dos países desenvolvidos. Sobre como precisa
estruturar um caminho sem desvios rumo à competitividade. Como implementar po-
líticas que previnam crises oportunistas e que estimulem a criação de empregos. São
perguntas para as quais não existem respostas simples, mas o fato de se repetirem a
cada ciclo eleitoral é revelador do país on-
de tudo parece estar para ser feito.
Não por outra razão, a cada quatro anos,
a Confederação Nacional da Indústria
(CNI) define, no seu Mapa Estratégico, um
estudo direcionado a colaborar na cons-
trução de uma economia mais produtiva,
inovadora e integrada ao mercado interna-
cional. Posteriormente, ele é entregue aos
candidatos à Presidência da República. À
semelhança da CNI, no mesmo intervalo
de tempo, a Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB) lança a Agenda
da Indústria. O documento foi entregue
no mês de agosto a candidatos ao governo
do estado, durante evento especialmente
produzido em parceria com a Federação do
Comércio (Fecomércio-BA) e a Federação
da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB).
Sob essa perspectiva, a Agenda da Indústria parte de uma avaliação das megaten-
dências para a indústria no Brasil e no mundo, que sinaliza transformações já em curso
e que deverão se intensificar nos próximos anos, tais como o advento da indústria 4.0.
A partir daí, traça um diagnóstico da economia e da indústria da Bahia, com foco no
desempenho do setor, que vem perdendo participação relativa no PIB.
No último capítulo são apresentadas propostas de políticas setoriais que refletem as
agendas específicas dos sindicatos patronais e possuem enorme potencial de encade-
amento. Complexo do petróleo e gás, alimentos e bebidas, complexo madeireiro, meta-
lurgia e extração mineral estão contemplados no estudo, com sugestões que visam ao
aumento da competitividade.
Mas é no terceiro capítulo que são apresentadas propostas de políticas mais abran-
gentes, de corte transversal, destinadas a melhorar o ambiente de negócios na Bahia,
com foco na superação de gargalos dos principais condicionantes de competitividade.
As propostas estão agrupadas em cinco blocos: Infraestrutura; Educação; Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Melhoria do Am-
biente de Negócios e Desburocratização.
Em cada um desses blocos são listados problemas e apresentadas soluções possí-
veis, que via de regra sugerem uma maior aproximação de ações entre os entes públicos
e as instituições privadas, tendo como finalidade principal a competitividade da eco-
nomia baiana e o bem-estar de sua sociedade.
Candidatos conhecemdemandas da indústria
Propostas
setoriais
refletem
a agenda
específica
dos sindicatos
patronais
editoriAl
indústria da construção é tema da agenda FieB 2019-2022
nº 253 2018
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4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEB
Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e tecelagem no
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de Frei-
taS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, sindio-
[email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS
do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado
da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, sindcalcados-
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS
de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e
marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, sindiscam-
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS
QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS
Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS
e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e
lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected].
br / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, sindratar@
gmail.com.br / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS
deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁ-
tica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomuni-
caçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira
de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, sindirepaba@sin-
direpabahia.com.br / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado
da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS,
[email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte
e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected]
/ Sindicato nacional da indúStria da conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
PaniFicação e conFeitaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS extratiVaS de mineraiS metÁlicoS, metaiS noBreS e
PrecioSoS, PedraS PrecioSaS e SemiPrecioSaS e magneSita no eStado da Bahia , [email protected]
Filiada à
fiEBPReSiDeNte Antonio ricardo Alvarez Alban. ViCe-
-PReSiDeNteS Alexi Pelagio Gonçalves Portela Jú-
nior; Angelo calmon de sa Jr.; carlos henrique de
oliveira Passos; eduardo catharino Gordilho; João
Baptista Ferreira; Josair santos Bastos; Juan Jose
rosario Lorenzo; sérgio Pedreira de oliveira sou-
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das Mercês; cláudio Murilo Micheli Xavier; edison
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Müller; rogério Lopes de Faria; Vicente Mário Visco
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conSElhoSmiCRO e PeqUeNa emPReSa iNDUStRiaL raul costa
de Menezes; aSSUNtOS FiSCaiS e tRiBUtáRiOS sér-
gio Pedreira de oliveira souza; COméRCiO exteRiOR
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VOLVimeNtO iNDUStRiaL Antonio sergio Alipio;
iNFRaeStRUtURa Marcos Galindo Pereira Lopes;
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Almeida; meiO amBieNte Jorge emanuel reis caja-
zeira; ReLaçõeS tRaBaLhiStaS homero ruben ro-
cha Arandas; ReSPONSaBiLiDaDe SOCiaL emPReSa-
RiaL Marconi Andraos oliveira; JOVeNS LiDeRaNçaS
iNDUStRiaiS Braulio Barreto Moreira de oliveira;
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PORtOS sérgio Fraga santos Faria
ciEBPReSiDeNte Antonio ricardo Alvarez Alban. 1º
ViCe-PReSiDeNte - hilton Morais Lima. 2º ViCe-
-PReSiDeNte - Marcondes Antônio tavares de
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Novaes; Arlene Aparecida Vilpert; Benedito rosa
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Galvão de Almeida; Mauricio Lassmann; rafael
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Ferreira. DiRetOReS SUPLeNteS carlos Antonio
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José carlos de Almeida; Paula cristina cánovas
Amorin; Paulo cesar correia de Andrade; rena-
ta Lomanto carneiro Müller; sudário Martins da
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FiSCaL - eFetiVOS Felipe Porto dos Anjos; Nilton
teixeira sampaio Filho; roberto Ibrahim uehbe.
CONSeLhO FiSCaL - SUPLeNteS Lucas Lamego Flo-
res de oliveira; Luiz da costa Neto; Marcia cristi-
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Antonio ricardo Alvarez Alban.
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SEnaiPReSiDeNte DO CONSeLhO Antonio ricardo A. Alban.
DiRetOR RegiONaL rodrigo Vasconcelos Alves
DiRetOR De teC. e iNOVaçãO Leone Peter Andrade
iElPReSiDeNte DO CONSeLhO e DiRetOR RegiONaL
Antonio ricardo Alvarez Alban.
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Luciane Vivas (colaboração). PRO-
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BAhiA
indústriAeditada pela Gerência
de comunicação Institucional do sistema Fieb
Investimento de R$ 1,8 milhão na unidade do SENAI
Dendezeiros vai contribuir para a formação de funcionários
de 83 concessionárias do FCA Group e estudantes baianos
dos cursos profissionalizantes da área automotiva
28 SESI ItapagIpE é rEInaugurado na CIdadE BaIxa
Após requalificação do
equipamento, que recebeu
investimentos na escola e no centro esportivo,
SESI realizou a entrega oficial das instalações.
Na reinauguração, o vice-presidente Josair Bastos foi homenageado
24 BahIa EStá dE olho no potEnCIal dE EnErgIa Solar
VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB BAMBoo eDItorA
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6 SEnaI ganha modErno laBoratórIo automotIvo
16 dEfInIndo prIorIdadESIndústria apresenta documento que aponta os principais gargalos para o desenvolvimento do país
sumário
Atlas Solar, produzido
pelo SENAI Cimatec,
mapeou as áreas de maior produção deste tipo de
energia e sua intersecção com o sistema eólico: meta é
tornar a Bahia líder na produção de energias renováveis
6 Bahia Indústria
O sonho de transformar um galpão da unida-
de do Serviço Nacional de Aprendizagem In-
dustrial (SENAI) no bairro dos Dendezeiros,
em Salvador, em um moderno laboratório
automotivo tornou-se realidade. Com equipamentos
ultramodernos de diagnóstico de defeitos mecânicos
e elétricos e automóveis de primeira linha, como uma
Dodge Ram e um Jeep Renegade, o laboratório foi
inaugurado oficialmente no dia 14 de agosto e está
à disposição de alunos do SENAI e de funcionários
das concessionárias da montadora FCA Group.
REFERÊNCIA NACIONALseNAI Dendezeiros inaugura laboratório de r$ 1,8 milhão em parceria com o FcA Group
por Gilson JorGe
Carros e
equipamentos
modernos são
usados para
o aprendizado
dos jovens
Um acordo firmado entre as duas instituições
resultou em um investimento de R$ 1,8 milhão,
com a instalação de um dos mais modernos la-
boratórios automotivos do país. Totalmente re-
formado, o espaço de 570 metros quadrados será
utilizado para a capacitação de mão de obra de 83
concessionárias das marcas Fiat, Chrysler e Jeep
no Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país, além
de proporcionar ambiente para aulas práticas a
alunos dos cursos da área automotiva do SENAI.
Classificado pelo FCA como um equipamento
“de primeiro mundo”, o laboratório, que funcio-
na há seis meses, é a segunda unidade dedicada
à formação de profissionais da montadora no Bra-
sil. A primeira foi instalada em São Paulo e uma
terceira está sendo construída em Porto Alegre. A
FCA aportou cerca de R$ 1,3 milhão em automó-
veis e equipamentos, enquanto o SENAI Bahia in-
vestiu aproximadamente R$ 500 mil na adequação
do galpão onde o laboratório foi montado.
equipAmentosEntre os equipamentos do laboratório estão um ali-
nhador computadorizado, uma balanceadora, um
kit de simulação de defeitos de motores, um kit de
simulação de problemas elétricos e um scanner de
avaliação de carro. A FCA também cedeu 12 auto-
móveis em comodato, desde um Uno a uma picape
Dodge Ram, e doou outros dois carros.
A iniciativa ganhou a adesão de outras duas
empresas gigantes do setor automotivo: a MWM
cedeu cinco motores ao laboratório e a Sun doou
Bahia Indústria 7
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Fotos VALter PoNtes / coPerPhoto / sIsteMA FIeB
O novo laboratório do SENAI Den-
dezeiros serviu como arena para
a seletiva do Mundial de Profis-
sões (WorldSkills), na categoria
Tecnologia Automotiva, que reu-
niu oito estudantes de diferentes
estados. Entre 13 e 17 de agosto, os
jovens tiveram que diagnosticar
e resolver diferentes problemas
mecânicos e elétricos em auto-
móveis. O prazo para execução
de cada tarefa foi de duas horas e
cada jovem teve que passar pelas
mesmas oito situações.
“A escolha do SENAI Dendezei-
uma máquina de alinhamento e
balanceamento.
“O laboratório é um estímulo
ao ensino profissional e ao desen-
volvimento tecnológico regional,
alvo das duas entidades”, afirmou
a gerente de Educação Profissional
do SENAI Bahia, Patrícia Evange-
lista. O gerente do SENAI Dende-
zeiros, Adroaldo Dória, lembrou
que, há um ano e meio, o laborató-
rio era apenas um sonho. “Graças
à chegada dos parceiros do FCA,
o SENAI Dendezeiros, criado em
1949, ganhou o reforço de equipa-
mentos tecnologicamente avança-
dos”, afirmou.
vAnguArdAO laboratório possui três salas
de aula climatizadas, com capa-
cidade para atender 70 pessoas
simultaneamente. Os cursos para
funcionários de concessionária
terão duração de uma semana e
a formação dos alunos do SENAI
tem duração de até dois anos.
O gerente do Regional Recife
FCA, Luiz Pamfilio Neto, ressaltou
a união entre a empresa e o SENAI
e destacou o papel da formação de
mão de obra. “Esse é um produto
de vanguarda, um centro de de-
senvolvimento de primeiro mun-
do, mas o importante é o capital
humano”, declarou.
O responsável por treinamentos
da FCA, Rogério Ricci Machado,
falou sobre o otimismo da empre-
sa em relação ao Brasil e destacou
o novo espaço como exemplo. “O
grupo está investindo na América
Latina e no Brasil porque acredi-
ta na região e esse laboratório é
parte disso”, declarou Machado,
que antes da inauguração fez uma
palestra motivacional para cerca
de 150 estudantes do SENAI Den-
dezeiros, no auditório da unidade.
Oito estudantes
de diferentes
estados,
incluindo
a Bahia,
disputaram
torneio vencido
por paranaense
Laboratório sediou Olimpíada do Conhecimento
ros para sediar a competição mos-
tra que a unidade é uma referência
nacional em tecnologia automoti-
va”, afirma a gerente de Educação
Profissional do SENAI Bahia”, Pa-
trícia Evangelista.
O vencedor da seletiva, chama-
da também de Olimpíada do Co-
nhecimento, foi o paranaense Feli-
pe Benvegnir, que vai representar
o Brasil na WorldSkills 2019, em
agosto do ano que vem, na cidade
russa de Kazan. O baiano Erick
Santos Brito terminou em terceiro
lugar, empatado com o paulista
Kaic de Carvalho Oliveira. O se-
gundo lugar ficou com o gaúcho
Carlos Eduardo Machado Sironi.
A WorldSkills é a maior compe-
tição de educação profissional do
mundo e é realizada a cada dois
anos em um país diferente. Orga-
nizado pela WorldSkills Interna-
tional, entidade que trabalha des-
de 1950 para o desenvolvimento e
a excelência das ocupações técni-
cas, o torneio reúne competidores
de países de todos os continentes.
8 Bahia Indústria
CimateC BUSCa COOPeRaçãO COm iNStitUiçõeS DOS eUaInteligência artificial, computação de alta performance, manufatura avançada e educação foram eixos da viagem
O presidente da FIEB, Ricardo Alban, e o diretor
de Tecnologia e Inovação do SENAI, Leone An-
drade, estiveram nos Estados Unidos, no perí-
odo de 13 a 26 de agosto, para estimular a cooperação
em PD&I. Temas como inteligência artificial, compu-
tação de alta performance, manufatura avançada e
inovação em educação na área de engenharia foram a
tônica da missão. Eles interagiram com executivos do
setor privado, do governo americano e da academia.
Em Washington, discutiram o ambiente de inova-
ção americano, seus pilares, principais atores e po-
líticas públicas bem sucedidas. Em seguida, fizeram
visitas técnicas ao mais importante laboratório de
pesquisa da IBM, o ThinkLab (em New York), ao Sosa
(uma plataforma de integração entre vários agentes
de diferentes ecossistemas de inovação), à Cornell Te-
ch (centro de referência em educação em engenharia
da Cornell University) e ao Laboratório Nacional de
Computação de Alta Performance de Oak Ridge (que
abriga o segundo maior supercomputador do plane-
ta), no Tennessee.
A comitiva da FIEB também esteve nos laborató-
rios do IDRI (Instituto de Pesquisa de Doenças Infec-
ciosas), organização sem fins lucrativos, com sede
em Seattle, que conduz pesquisas globais de saúde
sobre doenças infecciosas, sendo atualmente um
importante parceiro do Cimatec. Por fim, visitaram
a University of California San Diego (UCSD), onde
discutiram a possibilidade de uma parceria de longo
prazo com a Jacobs School of Engineering, que atua
com métodos inovadores de ensino-aprendizagem,
visando ampliar os resultados para a inovação aca-
dêmica dos cursos de Engenharia do SENAI Cimatec.
supercomputAçãoA computação de alta performance é uma das prin-
cipais atividades desenvolvidas hoje no SENAI Ci-
matec, que possui um dos maiores centros de super-
computação do Hemisfério Sul. Com três supercom-
putadores em operação, somando 550 trilhões de
operações em ponto flutuante por segundo (TFLOPS),
ele irá duplicar sua capacidade de processamento,
que irá ultrapassar 1 PetaFlop (cada PFLOP corres-
ponde a um quatrilhão de operações por ponto flutu-
ante em um segundo), com a breve instalação de um
quarto equipamento, em parceria com a Repsol Sino-
pec Brasil, uma das maiores produtoras de Petróleo e
Gás do mundo.
Em futuro breve passará a operar com 2,5 Peta-
Flops, pois irá agregar um quinto supercomputador.
Este, sozinho, terá capacidade um pouco maior que
os outros quatro juntos. A previsão é de que seja ins-
talado no segundo semestre de 2019.
Foi o que revelou o presidente da FIEB, Ricardo
Alban, durante a visita ao Tennessee, na companhia
de Leone Andrade. “A capacidade de processamento
aumenta hoje de forma exponencial. Para dar uma
dimensão do que isso significa, o Triton, que funcio-
na no laboratório de computação de alta performance
de Oak Ridge, no Tennessee (EUA), com nada menos
que 20 PetaFlops, era até dois anos atrás o maior su-
percomputador do Planeta e hoje ocupa a segunda
posição. Os chineses já possuem, rodando, um super-
computador com 100 PFlop”, explicou.
No momento, já está sendo testado no laboratório
do Tennessee o maior equipamento de todos, o Sum-
mit, com 200 PFLOP. E a meta deles é atingir 1.200 PF
em mais cinco anos. “Absolutamente nada está sendo
feito para a indústria do futuro sem o uso da super-
computação”, destacou Ricardo Alban. University of California foi visitada pela FieB
uc sAN DIeGo PuBLIcAtIoNs/DIVuLGAção
» soluções para a INDÚsTrIaAdhvan Furtado, gerente do SENAI Cimatec, explica que o centro de super-computação do centro tecnológico é dedicado a resolver problemas reais da indústria brasileira. Como exemplo, cita projetos para realização de simulações em engenharia de produtos e processos; e o uso de Big Data e inteligência artificial na área de saúde.
Bahia Indústria 9
circuito por ClEBEr BorgES
Cimatec vai produzir biofármacos
A empresa indiana Gennova
Biopharmaceuticals e o SENAI
Cimatec assinaram protocolo de
intenções, com apoio do governo
baiano, para que, no curto pra-
zo, a Bahia inicie a produção de
medicamentos biológicos. O do-
cumento foi assinado em Pure,
principal polo de biomedicina da
Índia, e prevê a transferência de
tecnologia da Gennova para a fa-
bricação de biofármacos no Insti-
tuto de Tecnologias para a Saúde
do Cimatec.
Remédios com menos efeitos colaterais
Biofármacos são medicamen-
tos constituídos a partir de orga-
nismos vivos, originados de pro-
cesso biológico, capazes de agir
praticamente de forma individu-
alizada em certos tratamentos,
ampliando as possibilidades de
cura e minimizando efeitos cola-
terais. Os medicamentos tratam
doenças do coração e coronárias,
AVC, autoimunes, artrite reuma-
toide e alguns tipos de câncer. A
Gennova, constituída em 2001,
é uma empresa de biotecnologia
que desenvolve e fornece produ-
tos especiais avançados.
“O Brasil tem áreas de excelência e sofisticação como países de Primeiro Mundo e regiões de extremo subdesenvolvimento, que rivalizam com as dos países mais pobres do planeta.”
monica de Bolle é diretora de estudos latino-americanos da Universidade Johns Hopkins.
Número de exportadores no Brasil cresce 34%
Em 1998, o Brasil tinha pouco menos de 19 mil
empresas exportadoras. Em 2017, o número de em-
presas brasileiras negociando com mercados inter-
nacionais saltou para 25,4 mil, crescimento de 34%.
Por faixa de valor exportado, o maior crescimento
foi observado no número de empresas que venderam
entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões: eram 611 em
1998 e chegaram a 1.373 em 2017, aumento de 124%.
O levantamento é da Rede de Centros Internacionais
de Negócios.
Baiano cria jogo para Nintendo Switch
O jogo de gato e rato, Space-
Cats with Lasers, lançado para
o Nintendo Switch, é o segundo
jogo brasileiro desenvolvido pelo
baiano Daniel Nascimento para o
novo console. A Bitten Toast Ga-
mes, empresa canadense criada
por Daniel, também é responsá-
vel pelo primeiro game brasileiro
do Nintendo Switch, Rocket Fist,
lançado em 2017. Desenvolvido
inicialmente para realidade
virtual, adaptado para PCs
e agora para o Nintendo
Switch, o SpaceCats wi-
th Lasers é um game
divertido, onde um
gato destrói planetas e
inimigos com podero-
sos lasers, além de
utilizá-los para
sobreviver e
acumular pon-
tos. “O Nintendo
Switch tem uma
base de jogos menor,
sendo mais fácil se des-
tacar. Quero lançar todos os
meus jogos nesta plataforma de
agora em diante”, diz Daniel.
10 Bahia Indústria
sindicatos
VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB
» Fórum traz novidades do mercado de sorvetesNovos sabores e produtos saudáveis, zero açúcar e zero lactose foram algumas das tendências de mercado apresentadas no Fórum 360°, uma parceria do Sindsucos-BA com a empresa Duas Rodas
FieB capacita empresários
A importância da gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho
(SST) no cumprimento dos crité-
rios estabelecidos pelo eSocial
foi tema de palestra que a FIEB
promoveu em junho. Em maio, a
agenda de capacitações para em-
presários contou com o workshop
INSS com foco na indústria e com o
seminário Gestão do FAP, em par-
ceria com o SESI.
espiritualidade nas organizações
Tema ainda distante da reali-
dade da maioria das empresas,
a importância da espiritualidade
nas organizações foi discutida
em palestra realizada em junho
pelo Sindicato das Indústrias de
Produtos Químicos e Farmacêu-
ticos (Quimbahia). A palestra foi
ministrada pela empresária Ar-
lene Vilpert, que também é vice-
-presidente do sindicato.
Simagran participa de feira setorial em Vitória
A Bahia marcou presença na
Vitória Stone Fair, referência para
o setor de rochas ornamentais, re-
alizada no Espírito Santo. O Sima-
gran-BA montou um estande na
feira, que reúne empresas de ex-
tração e beneficiamento de pedras
naturais, maquinários, insumos e
tecnologias. A ação incluiu visita
de 20 produtores do Mármore Be-
ge Bahia a empresas que atuam
com tecnologia avançada e que
utilizam rochas ornamentais em
diversas aplicações. “Seria impor-
tante promover feiras itinerantes
no Nordeste, pela diversidade dos
produtos extraídos na região”,
pontua o presidente Carlos Araújo.
MosTra BahIa CosMéTICa apreseNTa TeNDêNCIas gloBaIs em beleza • As tendências dos cosméticos produzidos na Bahia
foram apresentadas na 2ª edição da Mostra Bahia Cosmética,
promovida pelo Sindcosmetic, no Shopping Bela Vista.
DIVuLGAção/sIMMeB
Presidentes sindicais de 13 estados do país participaram do encontro
SiNDiCatOS PaRtiCiPam De BeNChmaRkiNg em BLUmeNaU O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elé-
trico de Blumenau (Simmmeb) foi escolhido pela CNI para dar início ao
1º Benchmarking Sindical. A iniciativa do Programa de Desenvolvimen-
to Associativo tem por objetivo realizar visitas a sindicatos com boas
práticas, que tenham potencial de replicabilidade e fortaleçam a atua-
ção dos sindicatos.
Presidentes sindicais de 13 estados do país participaram do encon-
tro. A Bahia foi representada pelos presidentes do Sindicato das Indús-
trias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da Bahia (Simmeb),
Alberto Cánovas, e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecâni-
cas e de Material Elétrico de Feira de Santana (Simmefs), Luiz Kunrath.
Bahia Indústria 11
Debate reuniu especialistas no SeNai Cimatec
O consultor Ricardo Buonanni explicou, no curso, técnicas de persuasão e convencimento
ANDré
sANto
s/s
eNAI cI
MAt
ec
ÍrIs MoreIrA LeANDro/sIsteMA FIeB
WORkShOP DiSCUte Lei De maNUteNçãO De aR-CONDiCiONaDOEdifícios de uso público e coleti-
vo, a exemplo de indústrias, hos-
pitais e escolas são obrigados a
fazer a manutenção periódica de
seus sistemas de ar condicionado.
É isso que determina a Lei 13.589,
tema de workshop promovido
pelo Sindratar-BA, em parceira
com a Abrava, no SENAI Cimatec.
“Agora a responsabilidade técni-
ca sobre a manutenção é dividida
entre o cliente e o profissional.
Por isso é preciso que os clientes
cobrem do profissional realização
do serviço de acordo com a lei”,
destaca Mauricio Lopes de Faria,
diretor do Sindratar e diretor da
regional da Abrava.
SiNDiPeçaS PROmOVe CURSO SOBRe NegOCiaçãOOs diferentes estilos de negociação, além de técnicas de persuasão e convencimento foram
apresentados a representantes de empresas baianas, em curso promovido pelo Sindicato
Nacional da Indústria de Componentes para Veículos (Sindipeças-BA), dia 24.07, na FIEB.
“A negociação é uma ação para construir parcerias mais efetivas. Para estabelecer re-
lações, temos que lançar mão de recursos técnicos para construir algum tipo de parceria”,
explicou o consultor de Desenvolvimento Gerencial, Ricardo Buonanni. Esta foi a quinta
capacitação promovida pelo sindicato em 2018, como parte do portfólio do Instituto Sindi-
peças de Educação Corporativa.
QuIMBahIaEm eleição realizada
em junho, a direção do
Quimbahia foi reeleita
para mais um mandato.
O empresário João Au-
gusto Tararan fica como
presidente da entidade
até junho de 2021.
sIMMeFsReeleito para mandato
até maio de 2021, o pre-
sidente do Simmefs, Luiz
Fernando Kunrath, se-
gue à frente do sindicato,
que representa o setor
metalmecânico da região
de Feira de Santana.
MoveBaJoão Schnitman perma-
nece como presidente
do Moveba por mais um
mandato. A posse da di-
retoria foi realizada em
maio. A nova gestão vai
até maio de 2021.
sINDICesoO empresário Dirceu Al-
ves da Cruz tomou posse
para nova gestão à frente
do Sindiceso, entidade
que representa a indús-
tria de cerâmica do Oeste
do estado. O mandato vai
até maio de 2022.
sINDvesT FeIraFoi reconduzido à presi-
dência do Sindvest Feira,
o presidente Edison No-
gueira. A eleição para o
triênio 2018/2021 ocorreu
em abril.
eleições
12 Bahia Indústria
AgENdA LEgIsLAtIvA ExpõE AOs dEputAdOs A pOsIçãO dA INdústRIAPosicionamento do setor industrial acerca dos principais Projetos de Lei em tramitação na Assembleia é defendido no documento produzido pela FIeB
por Gilson JorGe
dos 529 Projetos de Lei que
foram publicados no Di-
ário Oficial do Estado da
Bahia, ao longo de 2017,
85 afetam diretamente a indústria
baiana e foram acompanhados de
perto pela FIEB. Durante todo o
tempo, a Gerência de Relações Go-
vernamentais da entidade mante-
ve contato frequente com deputa-
dos estaduais, alguns deles inte-
grantes da Frente Parlamentar da
Indústria, explicando o ponto de
VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB
vista do setor e abordando as con-
sequências de cada projeto. Como
resultado, em 56% dos casos as
deliberações sobre PLs foram fa-
voráveis à indústria.
Com o lançamento da 5ª edição
da Agenda Legislativa da Indústria
do Estado da Bahia, em maio des-
te ano, a FIEB busca novamente
otimizar a aprovação de projetos
que sejam benéficos ao setor e à
sociedade como um todo, além de
explicar os prejuízos que eventu-
almente possam surgir com outros
PLs. “Trata-se de um instrumento
extremamente simbólico porque
representa e traduz com fidelidade
o trabalho ético feito por esta Fe-
deração na defesa dos interesses
da indústria”, ressaltou o presi-
dente da FIEB, Ricardo Alban.
Uma das iniciativas que contam
com o apoio da FIEB, por exemplo,
é o PL 22.612/2018, de autoria do
deputado estadual Alan Sanches
(DEM), que dispensa as empresas
angelo
Coronel, recebe
do presidente
Ricardo alban
a publicação
produzida
pela FieB
da obrigação de apresentarem a
um órgão de governo documentos
emitidos pelo próprio executivo
estadual, que já estejam na ba-
se de dados de algum outro setor
da administração pública, como
licença ambiental ou certidão ne-
gativa de tributos estaduais, por
exemplo. “Esse é essencialmente
um projeto que vai desburocrati-
zar e, ao desburocratizar, criará
um ambiente de negócios mais
fácil, não só para se investir, mas
para que a empresa possa se con-
centrar em sua atividade final. É
muito importante”, analisa o di-
retor executivo da FIEB, Vladson
Menezes.
equidAdeOutro texto que conta com a sim-
patia da FIEB é o PLC 127/2017, que
trata da defesa do contribuinte. O
projeto, que reduz a assimetria na
relação entre o Fisco estadual e os
contribuintes, é de autoria dos de-
putados Nelson Leal (PP) e Pablo
Barrozo (DEM), respectivamente
presidente e vice-presidente da
Frente Parlamentar da Indústria.
Vladson Menezes pondera que
nos processos administrativos, o
tempo que o contribuinte tem para
Bahia Indústria 13
contratação de bombeiros civis em empresas onde
haja grande circulação de pessoas. A FIEB busca
criar uma exceção a essa exigência para empresas in-
dustriais que já mantêm brigadas socorristas.
ÔnusEm função do recente sinistro ocorrido bem no local
de trabalho dos parlamentares e da necessidade de
combater os efeitos dessa situação, o ambiente torna-
-se propício à aprovação de medidas radicais. Na
visão da FIEB, tal como está escrito, o PL acaba por
beneficiar interesses corporativistas. Na prática, os
brigadistas, que são funcionários com treinamento
específico, conhecem os potenciais riscos de cada
processo produtivo, o que não necessariamente ocor-
re no caso dos bombeiros civis. Por outro lado, a con-
tratação destes últimos acabaria por onerar a folha de
pagamento, sem implicar na obtenção dos resultados
almejados no combate a incêndios.
Os temas mencionados são exemplos do conteúdo
presente nos 33 PLs que foram reunidos na Agenda
Legislativa da Indústria da Bahia 2018, documento
entregue pela FIEB aos 63 deputados no dia 24 de
maio, véspera do Dia da Indústria, para explicitar
a posição do setor em relação a assuntos que estão
em pauta para votação no plenário ou que já foram
aprovados e carecem de regulamentação. “Nós de-
fendemos o interesse da indústria que, normalmente,
acaba sendo também o interesse do desenvolvimento
da sociedade, porque a indústria gera empregos, gera
mais renda. Ao entregar a agenda, fazemos um lobby
institucional transparente”, afirma o diretor executi-
vo da FIEB, Vladson Menezes.
“O pL22.612/18 é essencialmente um projeto que vai desburocratizar e, ao desburocratizar, criará um ambiente de negócios mais fácil, não só para se investir, mas para que a empresa possa se concentrar em sua atividade final” vladson Menezesdiretor executivo da FIeB
preparar sua defesa é a metade do
tempo que o fisco tem para anali-
sar o processo e aprovar ou não o
recurso. “Por que o Fisco precisa
de um prazo maior do que o con-
tribuinte? O que a gente quer é
garantir o que os advogados cha-
mam de ampla defesa e o contra-
ditório, no âmbito dos processos
administrativos”, declara.
Dentre os objetivos da FIEB com
este PLC 127 está a necessidade de
melhorar a relação entre o Fisco
estadual e os contribuintes, para
garantir a efetividade das ações de
fiscalização e, ao mesmo tempo,
evitar os abusos. “Na verdade, é
ter uma relação mais transparen-
te e menos desigual. Igualitária
ela nunca vai ser, porque eu estou
falando com o Estado, que tem o
poder. Mas que, pelo menos, ele
fixe regras que inibam as práticas
abusivas”, pondera Menezes. O re-
lator do PL, Luciano Ribeiro (DEM),
apresentou parecer favorável.
Outro exemplo do trabalho re-
alizado junto aos deputados é a
busca do convencimento sobre a
importância de se emplacar uma
emenda ao PL 19.304/2011, de au-
toria da deputada estadual Fátima
Nunes (PT). Este projeto exige a
14 Bahia Indústria
sediadas em Salvador, as construtoras Gráfico
Empreendimentos e Kubo Engenharia come-
çaram recentemente o processo de constru-
ção, em Ilhéus, do Vog Acqua, um residencial
cujas obras estão no estágio de supressão da vegeta-
ção. Sem a assessoria da FIEB, a tarefa de acompa-
nhamento dos trâmites burocráticos que permitiram
às empresas ligar as máquinas, após oito meses, seria
muito mais difícil.
O processo começou a avançar mais celeremente
em maio, quando foram iniciadas as consultas do
empreendimento via Portal Virtual Assessoria FIEB
Online. “Além de compensar a impossibilidade física
de acompanhar o processo, a assessoria é importante
porque traz a força do nome FIEB, que tem um efeito
muito maior do que o trabalho de qualquer indústria
isoladamente”, afirmou Carlos Henrique Passos, pre-
sidente da Gráfico Empreendimentos.
A estrutura da FIEB joga a favor das indústrias
baianas, tanto na busca de uma aceleração dos trâ-
mites, quanto na disseminação de informações legais
para que essas atuem de acordo com os requisitos le-
gais e mercadológicos.
“Nosso principal papel é o engajamento para uma
indústria baiana mais sustentável”, afirma a geren-
te de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da
FIEB, Arlinda Coelho, que coordena uma equipe de
técnicos direcionados para assessorar gratuitamen-
te as empresas associadas aos sindicatos filiados à
FIEB na regularização do licenciamento ambiental e
sanitário, além de atender demandas de responsabi-
lidade social empresarial, a exemplo dos Bancos de
Articulações Sociais da FIEB.
A gerência também promove a defesa de interesses
do setor empresarial, por meio de representações em
fóruns diversos e da análise e emissão de pareceres
sobre projetos de Lei e outros atos normativos que
figurem nas agendas dos poderes Legislativo e Exe-
cutivo, à luz dos impactos para o setor industrial.
AtendimentosDesde que começou a operar, em 2013, até agosto
deste ano, a gerência já atendeu 297 empresas, 43
sindicatos patronais e 22 municípios baianos, em
demandas para diligências a processos no Institu-
to do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema),
articulação com a Secretaria do Meio Ambiente (Se-
ma), articulação com o Sebrae com subsídios para
consultoria, orientação para defesa junto ao Ibama
e diligência em processos na Diretoria de Vigilância
Sanitária (Divisa).
Umas das empresas atendidas com diligências
junto ao Inema é a Bioóleo Industrial e Comercial
Ltda, que está fazendo a tramitação para o licencia-
mento de uma estação de tratamento de efluentes na
usina de Feira de Santana. “A assessoria online aju-
da muito na questão de agilizar a burocracia”, afirma
Hilton Lima, presidente da Bioóleo.
pORtAL FIEB ORIENtA EmpREsAs A OBtER
LICENCIAmENtO AmBIENtALserviço oferecido desde 2015 atendeu 297
indústrias, além de 43 sindicatos e 22 municípios
por Gilson JorGe
Bahia Indústria 15
reProDução
No mesmo ano em que abriu o portal virtual, a
FIEB também lançou, em parceria com o Inema, o
Manual do Licenciamento Ambiental, um documen-
to redigido em linguagem clara, com o objetivo de
orientar o empresariado na hora de solicitar o licen-
ciamento. Esse Manual é considerado uma ferramen-
ta importante para que a Bahia tenha atingido, no
ano passado, a nota máxima no Índice de Qualidade
do Licenciamento Ambiental (IQL).
O presidente do Conselho de Sustentabilidade da
FIEB, Jorge Cajazeira, avalia que a entidade atua de
forma intensa para ajudar na modernização da ges-
tão ambiental no estado. Uma das bandeiras levanta-
das pela FIEB, por exemplo, é a revisão de atos nor-
mativos como a Política Estadual de Meio Ambiente e
Biodiversidade do Estado.
“Consideramos que essa ação tem sido exitosa”,
afirma Cajazeira, que cita como resultados o estabele-
cimento de critérios mais claros para o enquadramen-
to das atividades e empreendimentos, a integração de
procedimentos para as licenças e a nova licença auto-
mática para algumas atividades, como a Licença por
Adesão e Compromissos (LAC), o que, segundo ele,
contribuiu para que a emissão de licença ambiental
para as atividades de baixo impacto seja mais rápida.
sustentABilidAde
Na outra ponta, Cajazeira enfatiza que existe a pre-
ocupação de premiar as iniciativas empresariais
que contemplam práticas susten-
táveis. A Gerência de Meio Am-
biente e Responsabilidade Social
da FIEB, já está organizando o
Prêmio FIEB Sustentabilidade da
Indústria Baiana – 2018, que se-
rá realizado no próximo mês de
novembro, na sede da entidade.
O evento é realizado bienalmen-
te por iniciativa do Conselho de
Sustentabilidade da FIEB. Se-
gundo Vladson Menezes, diretor
executivo da FIEB, a organização
está comprometida em estimular
a atitude protagonista do setor
empresarial frente às demandas
socioambientais, para assegurar
a perenidade dos negócios.
Arlinda Coelho pontua que,
apesar dos inúmeros avanços ob-
tidos na gestão ambiental, é ne-
cessário continuar o processo de
modernização da gestão ambien-
tal do estado, pois ainda persis-
tem dificuldades, como excesso de
requisitos para a adequação am-
biental, demora na emissão das
licenças, atreladas à escassez de
técnicos para realizar as vistorias.
Perspectiva do Vog acqua, da gráfico empreendimentos e da kubo engenharia, em ilhéus
assessoria FIeB online » Por meio dessa ferramenta, as indústrias podem encaminhar demandas técnicas às áreas de competência da FIEB, com foco nas temáticas Meio ambiente, Internacionalização, Crédito, Responsabilidade social, Vigilância sanitária, Informações industriais, Serviço de apoio ao investidor e Relações Sindicais.
GráFIco eMPreeNDIMeNtos/DIVuLGAção
Conforme destaca Vladson Me-
nezes, diretor executivo da FIEB,
as demandas transversais ressal-
tam as necessidades da Bahia,
tanto no curto prazo, com suges-
tões para melhorar o ambiente de
negócios, incluindo a desburocra-
tização e maior a eficiência do se-
tor público, quanto no médio pra-
zo, em áreas como infraestrutura,
educação, ciência e tecnologia.
Destaca, porém, que, mesmo nes-
te último caso, “as ações devem
ser tomadas imediatamente, para
que seus efeitos se façam sentir no
curto, médio e longo prazo, pois a
Bahia tem pressa.”
pArceriAs“As contribuições de nossas lide-
ranças foram fundamentais na
construção da Agenda da Indús-
tria, que se propõe a ser um ponto
de referência para entes públicos
responsáveis pela elaboração de
16 Bahia Indústria
s gargalos que impedem a Bahia
de crescer com consistência e de
forma sustentável precisam ser en-
frentados e superados. É o que afir-
ma a FIEB na Agenda da Indústria
da Bahia 2019-2022. O documento
– entregue a candidatos ao gover-
no do estado nas eleições de ou-
tubro (ver matéria página 20) – propõe uma parceria
entre os setores público e privado, visando encontrar
alternativas de política estratégica, seja no relativo à
qualificação da infraestrutura, educação e inovação,
seja no tocante a melhorias no ambiente de negócios.
Elaborado com a contribuição de sindicatos patro-
nais e de conselhos temáticos que integram o siste-
ma de representação da FIEB, o documento propõe
uma agenda positiva direcionada ao desenvolvi-
mento socioeconômico da Bahia. Foram elencadas
prioridades transversais nas áreas de infraestrutu-
ra, educação, ciência, tecnologia e inovação, meio
ambiente e recursos hídricos, ambiente de negócios
e desburocratização. Além disso, o documento traz
também propostas setoriais, voltadas aos segmentos
de construção, petróleo e gás, complexo madeireiro e
alimentos e bebidas.
Agenda da Indústria 2019-2022 foi entregue aos principais candidatos ao governo do estado, com propostas setoriais para a construção, petróleo e gás e complexo madeireiro, entre outros
CamInhoS para o
por cleber borGes
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s/c
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Pho
to/s
Iste
MA F
IeB
políticas públicas dirigidas ao se-
tor produtivo”, afirma o presidente
da FIEB, Ricardo Alban.
O documento sinaliza cami-
nhos para a economia da Bahia,
apontando a necessidade de com-
bater deficiências sistêmicas, pa-
ra melhorar a produtividade e as
condições de competitividade do
setor industrial. Nesse sentido,
sugere parcerias entre as áreas pú-
blicas e privadas em duas frentes.
Em uma delas, propõe a su-
peração rápida das deficiências
sistêmicas, que aumentam o cus-
to de produção e comprometem a
produtividade da indústria, como
as mazelas na infraestrutura, a
baixa qualidade da educação e o
ambiente restritivo aos negócios.
A outra é o desenvolvimento de
competências para construir o fu-
turo, o que requer iniciativas como
o aumento da capacidade de ino-
vação das empresas e a inserção
Bahia Indústria 17
"Não podemos nos ater a simplesmente fazer mais do mesmo, pois isso não reverterá a trajetória de baixo crescimento dos últimos anos"ricardo alban, presidente da FIeB
alban assina termo
de compromisso
entre federações
e candidatos, em
encontro com o setor
produtivo
na Indústria 4.0. "Não podemos nos ater a simples-
mente fazer mais do mesmo, pois isso não reverterá
a trajetória de baixo crescimento dos últimos anos”,
alerta o presidente da FIEB, Ricardo Alban.
A escolha do período 2019-2022 coincide com o
do próximo mandato de governador, facilitando o
estabelecimento de parcerias. “Nossa visão é a de
que não há outra saída. Em um contexto de crise
econômica e de enorme restrição fiscal, estabelecer
parcerias mediante instrumentos legais – tais como
PPPs, privatizações e concessões – é o melhor cami-
nho para permitir que o governo estadual concentre
seus esforços em áreas como educação e saúde, como
também trará agilidade para investimentos em um
mundo dinâmico, que precisa de respostas rápidas”,
avalia Ricardo Alban.
polÍticAs trAnsversAisMuitos dos problemas levantados pela FIEB são co-
muns a diversos segmentos da indústria e exigem um
tratamento condizente, envolvendo entes públicos
estaduais e federais. Para tanto, a Agenda da Indús-
tria da Bahia propõe a adoção de políticas transver-
sais, em áreas como Infraestrutura, Educação, Ciên-
cia, Tecnologia e Inovação, Meio ambiente e Recursos
hídricos, Ambiente de negócios e
Desburocratização.
Em Infraestrutura, a proposta
geral é a criação de um conselho
estratégico, com autonomia e po-
deres para definir as prioridades
de investimento do Estado nesse
aspecto. Um dos pontos sugeri-
dos para a atuação desse eventual
conselho é a melhoria do modal
rodoviário na Bahia, com a pro-
posta de o governo federal estudar
a viabilidade de conceder à inicia-
tiva privada, dentre outras, a BR-
242 (duplicação de todo o trecho
na Bahia); BR-101 (retomada das
obras de duplicação do trecho Fei-
ra de Santana-Mucuri); e BR-110
(realizar projeto de viabilidade pa-
ra privatizar o trecho Catu-Paulo
Afonso). Em termos de rodovias
estaduais, propõe a realização de
estudos de viabilidade para con-
ceder os principais sistemas, a
exemplo da BA-093.
18 Bahia Indústria
Fotos shutterstock
o que A AgendA dA indústriA propõe
modal Ferroviário• Realização, pela concessionária, de investimentos na recuperação da FCA.• Integrar a FCA à FIOL.• Conectar a FIOL à Ferrovia Integração Centro-Oeste;
telecomunicações• Apoio ao programa Banda Larga, convênio MCTIC, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, Chesf e Coelba.• Prioridade às cidades baianas de médio porte no estímulo à expansão de banda larga.
água e Saneamento• Estudar a privatização parcial dos serviços de saneamento da Embasa.• Parcerias com o setor privado para construir novos equipamentos para abastecimento de água.• Diminuir, de 17/20 metros para 10 metros, a quota da Barragem de Santa Helena.
educAçãoeducação Básica• Aumentar o esforço e orçamento público priorizando a educação básica.• Ampliar rapidamente a implantação da educação em tempo integral nas escolas públicas.• Implantar sistema de avaliação do corpo docente e dos gestores das instituições de ensino públicas.• Priorizar a educação nos critérios para transferências aos municípios de recursos do ICMS, como faz o estado do Ceará.• Criar sistema de meritocracia, com bônus salarial para professores e profissionais de educação.• Instituir política de formação continuada de professores e demais profissionais da educação.• Colocar banda larga em todas as escolas públicas.
educação Superior• Dar autonomia financeira às universidades estaduais.• Instituir cobrança, não integral, nas universidades estaduais.• Instituir programa de bolsas para estudantes de baixa renda no ensino superior privado.• Estabelecer sistema de avaliação de professores e gestores.• Tornar mais exigente o estágio probatório nas universidades públicas.• Incentivar a aposentadoria tardia.
ciÊnciA, tecnologiA e inovAção• Desenvolver e implantar uma política de CT&I na Bahia.• Acelerar a implantação de modernização da infraestrutura de banda larga.• Adotar critérios técnicos e objetivos para indicação de gestores dos órgãos de promoção de CT&I.• Acelerar a tramitação e aprovação do Marco Legal de CT&I do Estado.
inFrAestruturAmodal Rodoviário• Acelerar estudos de viabilidade para conceder à iniciativa privada, no todo ou em trechos, os principais eixos rodoviários: BR-342; BR-101; BR-324 (construção da terceira faixa Feira de Santana-Salvador); BR-116 (duplicar trecho entre Feira de Santana-Divisa BA/MG); BR-110 (trecho Catu-Paulo Afonso); BR-030; BR-235 (trecho Campo Alegre de Lourdes-Divisa BA/SE); BR-407 (trecho Entroncamento com a BR-242-Divisa BA/PE); BA-093.
modal aquaviário• Privatizar a Codeba.• Conceder todo o Porto de Aratu à iniciativa privada para que este modernize os terminais existentes e construa outros.• Ampliar o terminal de contêiner do Porto de Salvador para 920 m de cais contínuo, com dois berços e área de 260 mil m².• Conceder o Porto de Ilhéus à iniciativa privada.• Reduzir escopo do projeto do Porto Sul, tornando-o mais atrativo a investidores internacionais.• Recuperação da Hidrovia do São Francisco.
Bahia Indústria 19
No modal aquaviário, propõe a
privatização da Codeba, adotando,
porém, modelos distintos para a
gestão dos portos de Aratu, Salva-
dor e Ilhéus. No caso de Aratu, con-
siderado o mais importante para
o escoamento da produção indus-
trial baiana, o documento sugere a
concessão de toda sua estrutura à
iniciativa privada, para viabilizar a
modernização dos terminais exis-
tentes e a construção de novos.
Em se tratando do modal ferro-
viário, propõe que se busque um
entendimento com a ANTT para
viabilizar novos investimentos
na Ferrovia Centro-Atlântica e
sua integração à Ferrovia de In-
tegração Oeste-Leste (Fiol). Para
esta última, defende a mudança
de seu traçado, conectando-a à
Ferrovia Integração Centro-Oeste
(Fico), em Campinorte, para di-
minuir a distância entre este mu-
nicípio e o Porto Sul dos atuais
1.800 km para 1.420 km.
Ainda no tocante à Infraestru-
tura, propõe que o governo esta-
dual estude a privatização, total
ou parcial, dos serviços de sanea-
mento, hoje na área de atuação da
Embasa; e o estímulo à expansão
da rede de banda larga pelo inte-
rior do Estado, com prioridade pa-
ra as cidades médias, promovendo
o quanto possível a concorrência
na oferta do serviço.
educAçãoNo que diz respeito à Educação,
o documento parte dos péssimos
indicadores da Bahia, apurados
em levantamentos reconhecidos,
como o Índice de Desenvolvimen-
to da Educação Básica (Ideb) e no
Programa Internacional de Ava-
liação de Estudantes (Pisa) para
concluir que as políticas e ações
estaduais, no âmbito da Educa-
ção, não estão dando o resultado
necessário.
Em razão disso, propõe mudan-
ças tanto no âmbito da Educação
Básica quanto da Educação Supe-
rior. No primeiro caso, sugere, den-
tre outras iniciativas, a ampliação
da educação em tempo integral
nas escolas públicas, bem como
de sistema de avaliação, a bonifi-
cação de municípios e escolas com
bom desempenho educacional e
a implantação de banda larga em
todas as escolas públicas.
Na Educação Superior, propõe
mais autonomia financeira às uni-
versidades estaduais, para que es-
tas possam aumentar os níveis de
receitas próprias, inclusive com a
cobrança não integral de mensa-
lidades, reduzindo a dependência
do orçamento público. Também
propõe a qualificação de docentes,
com um sistema de avaliação dos
professores e gestores, bem como
estágio probatório mais exigente,
sem efetivação automática do pro-
fissional no corpo docente.
Outro aspecto abordado pela
Agenda da Indústria é a necessi-
dade de o estado estimular a Ciên-
cia, Tecnologia e Inovação. Após
observar que nos países de indus-
trialização tardia – Alemanha,
Japão, Coréia do Sul e China – foi
necessária uma verdadeira revolu-
ção em Educação e em CT&I, o do-
cumento observa que o Brasil ain-
da não fez o dever de casa nessas
duas áreas, estando preso a uma
agenda que os países avançados
alcançaram no século XVIII (uni-
versalização da educação e fim do
analfabetismo, por exemplo).
A partir dessa realidade e em
razão de a Bahia estar situada em
uma região com baixos investi-
mentos em CT&I, a Agenda sugere
o desenvolvimento e implantação
meio AmBiente e recursos hÍdricos• Dar continuidade à modernização da gestão ambiental, nos âmbitos estadual e municipal.• Incentivar projetos de reciclagem, reaproveitamento e reinserção na cadeia produtiva de resíduos sólidos.• Ampliar os prazos de renovação de licença ambiental.• Fomentar planos de investimento em infraestrutura hídrica nas regiões com forte presença industrial.• Acelerar os processos de licenciamento/outorga de águas e fiscalização.
AmBiente de negÓcios e desBurocrAtizAção• Reduzir o prazo de abertura e encerramento de empresas.• Estabelecer prazos para análise de processos e emissão de licenças ambientais.• Ampliar quadro de funcionários do Inema e SEMA.• Padronização de condicionantes ambientais por atividade produtiva, potencial poluidor e porte do empreendimento.• Aperfeiçoar o Sistema Estadual de Informações Ambientais e de Recursos Hídricos e Integração.• Modificação nos parâmetros da cobrança da taxa de incêndio.• Implantação do Código de Defesa do Contribuinte.• Simplificação das obrigações acessórias, cujas informações hoje já são fornecidas por meio eletrônico à Receita Federal e ao INSS.• Reduzir o acúmulo de crédito de ICMS das empresas que vendem produtos com alíquota inferior à dos insumos, como nas exportações.• Adotar uma política consistente e continuada de comércio exterior e internacionalização.• Fortalecer a segurança nas áreas dos distritos industriais.
20 Bahia Indústria
Infraestrutura, ambiente de negócios, opções de fi-
nanciamento, redução da carga tributária e inova-
ção foram alguns dos aspectos abordados durante o
Encontro com Candidatos ao Governo do Estado, re-
alizado pela Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), Federação da Agricultura e Pecuária
do Estado da Bahia (Faeb) e Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fe-
comércio-BA), no mês de agosto, no Hotel Mercure,
em Salvador.
Dirigido a convidados, o encontro com Rui Costa
(PT) e José Ronaldo (DEM) foi avaliado pelos setores
produtivos baianos como uma oportunidade de co-
nhecer os planos dos então pré-candidatos para de-
senvolver a economia do Estado. E, também, de apre-
sentar a eles as demandas e prioridades dos setores
produtivos da Bahia. “Foi um momento importante
para a indústria, assim como para os demais setores
econômicos, pois nos permitiu uma visão do que ca-
da candidato pensa em propor para a Bahia”, avaliou
o presidente da FIEB, Ricardo Alban.
Na ocasião, a FIEB, Faeb e Fecomércio-BA entre-
de uma política de Ciência, Tecnologia e Inovação,
com a profissionalização de estruturas como a SEC-
TI e Fapesb, redução de impostos em projetos nesse
segmento e preferência à escolha de fornecedores lo-
cais na contratação de serviços, visando valorizar o
conteúdo baiano. Além disso, propõe que o governo
acelere a tramitação e aprovação do Marco Legal de
CT&I do Estado e a adoção de critérios técnicos na in-
dicação dos gestores de órgãos de promoção da ciên-
cia e tecnologia na Bahia.
Na área ambiental, onde ainda impera a inseguran-
ça jurídica, a indústria baiana tem adotado iniciativas
para a ecoeficiência de processos e produtos, adoção
de tecnologias limpas e de práticas de responsabilida-
de socioambiental. No entanto, considera relevante a
continuidade do programa de modernização da gestão
ambiental do Estado, iniciado em 2012. No tocante ao
ambiente de negócios e desburocratização, que encer-
ra o capítulo de propostas de políticas transversais, o
documento sugere ao executivo estadual, em sinergia
com as prefeituras municipais e com órgãos federais,
um programa que leve à aproximação entre Estado e
sociedade, envolvendo a descentralização e simplifi-
cação de processos, com o uso de novas tecnologias.
Encontro com candidatos ao governo da Bahia
O qUe eLeS DiSSeRam
JosÉ ronAldo
Vai lutar para garantir a propriedade da terra, coibindo as invasões nos termos da lei, sem o uso de violência.
Pretende realizar o anel da soja, no Oeste baiano; a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna; recuperação da BA-052, que une Xique-Xique a Feira; e lutar para que a Fiol seja concluída.
Vai fortalecer os polos industriais e criar políticas destinadas a atrair empresas para o interior.
ins
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Pho
to / s
Iste
MA F
IeB
Bahia Indústria 21
garam a ambos, respectivamente,
a Agenda da Indústria, Agenda da
Agricultura/Pecuária e a Agen-
da do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo. Os documentos sin-
tetizam a visão dos três setores
produtivos quanto aos caminhos
que levam ao desenvolvimento
baiano, com sugestões que visam
contribuir para a construção de
uma economia mais competitiva e
socialmente justa.
termo de compromissoAo final da participação, cada
candidato assinou um termo de
compromisso com as federações
promotoras para criar, caso eleito,
grupos de trabalho destinados a
definir uma agenda conjunta vol-
tada à melhoria da competitivida-
de dos setores produtivos.
“A assinatura do termo de
compromisso foi um importante
resultado do evento. Os dois can-
didatos se comprometeram, pu-
blicamente, a pensar uma agenda
comum. Nas campanhas as ideias acabam surgindo
de maneira genérica. Nós nos interessamos muito
mais pelo que vai acontecer após as eleições”, desta-
cou o presidente da FIEB Ricardo Alban.
Para o diretor executivo da FIEB, Vladson Mene-
zes, o encontro foi um sucesso pela oportunidade de
os setores produtivos questionarem políticas públicas.
Ele também destacou a postura dos candidatos que as-
sinaram o documento proposto pelas três federações
se comprometendo a criar um grupo de trabalho caso
eleitos para acompanhar as demandas dos setores.
Ricardo Alban lembrou aos dois candidatos que a
estrutura da FIEB, especialmente o SENAI Cimatec,
pode colaborar com o setor público em ações para
fortalecer a inovação, sustentabilidade e competiti-
vidade da economia baiana. “Não existe desenvolvi-
mento sem que os atores econômicos estejam envol-
vidos”, afirmou.
O presidente da Faeb, Humberto Miranda, afirmou
que a entidade deseja colaborar para que haja uma
gestão que ofereça condições de trabalho ao produtor
rural, através de políticas públicas bem estrutura-
das, dando a ele segurança para investir, empreender
e continuar gerando emprego no campo.
rui costA
Considera que o país vive clima de insegurança em relação às regras políticas e ambientais, sendo esta uma das razões que dificultam a atração de investimentos.
Pretende conseguir a ampliação dos aeroportos de Ilhéus e Porto Seguro. Fará o centro de convenções em Salvador e centrará esforços para que a Fiol seja concluída.
Defende a oferta de incentivos para projetos selecionados e a criação de uma política de desenvolvimento regional.
O presidente da Fecomércio-
-BA, Carlos de Souza Andrade,
ressaltou que, nesse momento, é
importante pensar na possibilida-
de de desenvolver parcerias junto
aos três setores, através de um co-
mitê de gestão e fomento entre o
comércio, indústria e agricultura.
“Assim, podemos promover o co-
mércio na Bahia”, ressaltou.
FormAtoO encontro foi dividido em dois
painéis, com cada candidato fa-
lando, separadamente, por 40
minutos para apresentar seus
principais projetos para a indús-
tria, agropecuária e comércio. Em
seguida, cada postulante ao cargo
de governador da Bahia respon-
deu a três perguntas formuladas
pelas Federações e a uma, com
tema transversal, escolhida pela
plateia, em votação eletrônica.
22 Bahia Indústria
Com 18 usinas fotovoltaicas
atualmente em operação,
que representam uma po-
tência instalada de apro-
ximadamente 450 MW, a Bahia
alimenta projeções ambiciosas no
campo das energias renováveis.
“Queremos ser o primeiro pool de
energia limpa do país”, declara o
secretário de Ciência, Tecnologia
e Inovação do Governo da Bahia,
Rodrigo Hita. O secretário leva
em consideração a expectativa de
atração de novos investimentos na
cadeia de produção de energia eó-
lica, que já tem um parque conso-
lidado no estado, e na formação de
uma nova cadeia aliada à energia
solar fotovoltaica.
As projeções em torno da cadeia
foltovoltaica, ainda incipiente na
Bahia, ancora-se especialmente
em estudo lançado em junho pelo
Governo do Estado, por meio das
secretarias da Ciência, Tecnologia
e Inovação do Estado (Secti) e de
Infraestrutura do Estado (Seinfra)
e desenvolvido pelo SENAI Cima-
tec. Trata-se do Atlas de Energia
estudo produzido pelo seNAI cimatec aponta que a Bahia pode se destacarna produção de energias renováveis
BAhIA é pROmIssORA NA pROduçãO dE ENERgIA COm BAsE Em FONtE sOLAR
por patrícia moreira
Solar da Bahia que revelou resultados promissores e
colocou a Bahia como o estado detentor de um dos
maiores potenciais em produtividade de energias
limpas do país. O Atlas Solar, ao lado do Atlas Eólico
da Bahia (2013), passou a fazer parte do kit básico da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) em
eventos no Brasil e no exterior.
O estudo incluiu o mapeamento, identificação e
detalhamento das áreas promissoras para o aprovei-
tamento solar, assim como a apresentação de áreas
de interseção entre as fontes de geração eólica e solar
do Estado. “A presença de áreas de interseção entre as
duas tecnologias favorece a instalação de parques hí-
bridos que façam uso de novas tecnologias”, destaca
a secretária Luiza Maia, da SDE, apontando o cami-
nho que está sendo desenhado pelo governo estadual
no aproveitamento do potencial natural disponível.
oportunidAdesPara Flávio Marinho, gerente de Tecnologia e Ino-
vação do SENAI Cimatec, é importante lembrar que
além da ampliação da geração energética, a produ-
ção de energia renovável é uma atividade econômi-
ca que impulsiona uma cadeia de fornecedores e
prestadores de serviços ampla, relacionada à ma-
nutenção das torres e linhas de transmissão, por
exemplo. “A Bahia também pode vir a se tornar um
gerador de tecnologias para esta cadeia econômica,
oportunidade para a qual o Cimatec tem estado mui-
to empenhado em contribuir”, ob-
serva Marinho.
O coordenador do Programa
de Pós-graduação em Modelagem
Computacional e Tecnologia In-
dustrial do SENAI Cimatec e pes-
quisador em energias renováveis,
Alex Álisson, que esteve à frente
da elaboração do Atlas, reitera o
surgimento de mais oportunidades
para a indústria baiana. “A produ-
ção nacional dos componentes da
geração solar é oportunidade que
precisa ser analisada e que pode
gerar empregos, renda e desenvol-
vimento do nosso estado”, explica.
gerAçãoEm termos de geração de energia,
o estado já se destaca. “A Bahia
ocupa posição de liderança na co-
mercialização de projetos de ener-
gia solar fotovoltaica, com uma
participação de 25% no total dos
leilões. Apenas considerando os
leilões, são aproximadamente 30
projetos em oito municípios, com
investimentos de R$ 3,2 bilhões,
de sete empresas diferentes”,
lembra a secretária Luiza Maia.
Os municípios com mais projetos
são: Tabocas do Brejo Velho, com
10 projetos (273 MW de potência),
Bom Jesus da Lapa, com oito pro-
jetos (219 MW) e Caetité, com sete
projetos (190 MW), além de Casa
Nova, Guanambi, Itaguaçu da
Bahia, Juazeiro e Salvador.
São municípios da região cen-
tral do Estado – semiárido – onde
se concentram as áreas com maior
potencial de insolação. Além do
alto potencial de geração com
excelentes níveis de radiação, a
região também detém uma ampla
área para instalação de usinas.
Para identificação das que apre-
sentam maior potencial foram
analisados dados cedidos por em-
Bahia Indústria 23
Feira deSantana
Alagoinhas
Serrinha
Ribeira doPombal
Jeremuabo
Paulo AfonsoJuazeiro
Senhor doBonfim
Jacobina
Euclidesda Cunha
Xique-Xique
Irecê
Seabra
Santo Antoniode Jesus
Valença
Jequié
Ipiaú
Itabuna Ilhéus
Itapetinga
Porto Seguro
Itamaraju
Teixeira de Freitas
Vitória daConquista
Brumado
Santa Mariada Vitória
Barreiras
Bom Jesus da Lapa
Camaçari
Salvador
100
0
120
0
140
0
160
0
180
0
200
0
220
0
240
0
260
0
shutterstock_188082140
iRRaDiaçãO gLOBaLhORizONtaL aNUaLMapa, extraído do Atlas Solar, apresenta as regiões com maior potencial para a energia fotovoltaica
CalCulado por aWS truepoWer, a partIr do modelo de meSoeSCala erF-Solar, Com NúCleo arW ajuStado para medIçõeS SolarImétrICaS, Com reSolução horIzoNtal FINal de 2,5 km X 2,5 km.
Base cartográfica: Chesf, Coelba, SIt-Ba, IBGe, epe, Inema, mma, aneel e Google earth
IrradIação GloBal horIzoNtal aNual (kWh/m2)
preendedores baianos, pelo Insti-
tuto Nacional de Meteorologia (IN-
MET) e pela Nasa, como informa
Alex Álisson.
O levantamento mostra que o
potencial de geração de energia
fotovoltaica centralizada do es-
tado foi estimado em aproxima-
damente 100GW, superando em
mais de cinco vezes seu consumo
anual. Para geração distribuída,
o potencial é de aproximadamen-
estado tem
a maior
capacidade
de geração
instalada
da energia
elétrica a
partir de fonte
fotovoltaica no
Brasil
“se a gente conseguir certificar as placas solares na Bahia, (...) iremos potencializar toda a cadeia do arranjo produtivo”Rodrigo Hita , secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo da Bahia
450mW
r$3,2 Bi
14,5gW
é a potência instalada na Bahia em 18 usinas
fotovoltaicas em operação no estado
é o investimento em energia solar na Bahia,
em 30 projetos distribuídos por 8
municípios baianos
é o potencial estimado de produção de energia eólica para uma altura
de 70 metros
24 Bahia Indústria
te 177MW, o que representa 1% do
consumo elétrico total do Estado
no ano de 2016. A geração distri-
buída pode alcançar a produção
anual de 262GWh, aponta a SDE.
A Bahia também apresenta
grande potencial para geração
distribuída (microgeração, até 75
kW, e minigeração, até 5 MW), na
qual os painéis fotovoltaicos são
instalados em residências e pré-
dios comerciais. De acordo com a
SDE, somente na área residencial,
o potencial de geração distribuída
é 4,4 vezes maior que o consumo
existente de energia elétrica resi-
dencial. Na Bahia, existem 540 em-
preendimentos de micro e mini ge-
ração distribuída, totalizando 5,38
MW e 648 unidades consumidoras
que recebem os créditos dos pro-
jetos, conforme dados da ANEEL,
datados de março deste ano.
pesquisAO secretário de Ciência, Tecnologia
e Inovação do Governo da Bahia,
Rodrigo Hita, anunciou que, em
breve, a Secti, em parceria com a
Coelba e o Instituto de Física da
Universidade Federal da Bahia,
vão inaugurar um laboratório eó-
lico/solar, no Parque Tecnológico.
A ideia é que o laboratório possa,
dentro de dois anos, realizar a cer-
tificação de equipamentos de ener-
gia solar que venham a ser comer-
cializados e produzidos na Bahia.
Hita considera que investir em
pesquisa é fundamental, daí por-
que o apoio à criação de um la-
boratório especializado. “Temos
que estar sempre inovando no
potencial das placas fotovoltaicas
e sempre buscar melhorar”, obser-
va. Em relação à certificação, ele
reforça: “Se a gente conseguir cer-
tificar as placas solares na Bahia,
os fabricantes não precisarão sair
do estado para fazer a certificação
e também conseguiremos poten-
cializar toda a cadeia do arranjo
produtivo”, arremata.
sistemAs hÍBridosEm relação às áreas de interseção
do potencial solar e eólico, a Bahia
é promissora em capacidade ener-
gética para ambas tecnologias,
o que pode impulsionar o desen-
volvimento de novas instalações.
A Secretaria de Desenvolvimento
Econômico explica que as fontes
solar e eólica se complementam
no regime diurno e a geração si-
multânea, com uso das duas tec-
nologias, torna possível reduzir a
variação no fornecimento de ener-
gia, se comparada com a geração
de uma delas isoladamente.
A instalação das usinas em
áreas próximas também permite
otimizar o uso de subestações e a
rede de transmissão, favorecendo
a instalação de parques híbridos,
utilizando novas tecnologias atu-
almente em desenvolvimento. A
ideia é que com o avanço tecno-
lógico as usinas solares possam
compartilhar os mesmos inverso-
res e transformadores dos aero-
geradores. A complementaridade
das fontes pode auxiliar no plane-
jamento da expansão do Sistema
Elétrico Baiano. O sistema está
sendo ampliado para permitir o
escoamento da energia produzi-
da pelos grandes projetos eólicos
contratados recentemente em lei-
lões de energia. A complementa-
ridade das fontes daria 170GW de
capacidade instalada – aproxima-
damente 10 vezes o consumo de
energia do Estado da Bahia.
potenciAl eÓlicoO Atlas Eólico da Bahia, também
fruto da parceria entre Secti, a
Seinfra e o SENAI Cimatec, foi lan-
çado em 2013, com o objetivo de ser
uma importante ferramenta para
empresários do setor eólico e servir
de referência para o planejamento
energético nacional. O Atlas Eólico
é composto por 62 mapas que ilus-
tram os diferentes parâmetros da
distribuição dos ventos e de outras
variáveis climáticas sobre o terri-
tório baiano, bem como aspectos
gerais sobre a infraestrutura e le-
gislação ambiental.
ieL qUaLiFiCa emPReSaS FORNeCeDORaS em CamaçaRiParceria entre o instituto e a prefeitura do município visa capacitação de 25 empresas
um volume de negócios fu-
turos estimado em R$ 15,4
milhões foi o resultado da
Rodada de Negócios promovida
pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL)
em Camaçari. Representantes de
50 empresas fornecedoras partici-
param de encontros B2B - Business
to Business. No total, foram reali-
zadas mais de 90 reuniões pré-
-agendadas entre fornecedoras e
compradoras como Basf, Braskem,
Oxiteno, Grupo Boticário, Parana-
panema, Niplan e Cetrel.
A inserção de vendedoras locais
é vista com otimismo pelas ân-
coras. “Temos demandas que po-
dem ser atendidas por pequenas
empresas e, às vezes, por falta de
conhecimento, não contratamos.
A expectativa é aproximarmo-nos
destes fornecedores e fechar ne-
gócio”, avaliou Magali Cerqueira,
coordenadora de Contratação de
Serviços Nordeste da Braskem.
A Rodada de Negócios foi uma
das ações que marcaram o lança-
mento do Programa de Qualifica-
ção de Fornecedores (PQF) Cama-
çari, uma parceria firmada entre
o IEL e a prefeitura do munícipio.
O evento, realizado na Cidade do
Saber, contou com a presença de
políticos, gestores públicos e re-
presentantes de empresas.
Esta foi a primeira vez que uma
prefeitura firmou parceria com o
IEL para capacitar empresas locais.
A ideia é que 25 empresas de Ca-
maçari se capacitem para vender
produtos e serviços a grandes com-
pradores do Polo Industrial. “Ape-
sar do momento de crise pelo qual
passa o país, estamos em busca de
caminhos para fortalecer a eco-
nomia local. Este programa pode
contribuir neste sentido”, afirmou
o prefeito Elinaldo Araújo.
De acordo com o superinten-
dente do IEL, Evandro Mazo, as
empresas locais vêm passando
pelo desafio de se adequar às exi-
gências das compradoras. Estas,
por sua vez, precisam atuar com
o olhar na revolução digital que
está batendo à porta. “Com a auto-
mação de processos, inclusive de
controle eletrônico da produção,
as cadeias produtivas vão fazer
toda a diferença para as empresas
âncoras. Daí o papel da qualifica-
ção ser fundamental”, disse.
O superintendente do Comitê
de Fomento Industrial de Camaça-
ri (Cofic), Mauro Pereira, destacou
que o mesmo programa foi implan-
Betto Jr./coPerPhoto/sIsteMA FIeB
Programa
permite que
empresas
âncoras
ampliem
oportunidades
de negócios
com
fornecedoras
» para participar do pQF entre em contato com o IEL: [email protected] (71) 3343-1317
tado no Polo e, devido ao sucesso,
surgiu a ideia de propor a parceria
com o município. “É uma oportuni-
dade ímpar para as compradoras e
as vendedoras se enxergarem, um
marco para a região”.
Entre as empresas-âncora que
têm parceria com o IEL para desen-
volver fornecedores estão Grupo
Boticário, Deten Química e Cristal.
expertiseO IEL tem 13 anos de experiência
em capacitação de empresas atra-
vés do PQF. Neste tempo, mais de
450 organizações foram atendidas
para melhorar a qualidade de ges-
tão, reduzir custos e aumentar as
oportunidades de negócios.
As empresas são auxiliadas na
implantação de 92 práticas de exce-
lência, distribuídas em 10 critérios.
Os fornecedores também têm a
oportunidade de estreitar relações
com as empresas-âncora e pros-
pectar novas oportunidades de ne-
gócios, por meio de encontros, mis-
sões técnicas junto às compradoras
e rodadas de negócios.
Bahia Indústria 25
26 Bahia Indústria
Com a expectativa de movimentar R$ 2 milhões
em negócios, a segunda edição da ExpoTe-
ch Saneantes & Cosméticos apresentou aos
empresários industriais dos setores de cos-
méticos e saneantes da Bahia e de Sergipe as novas
tecnologias e tendências de mercado e promoveu a
aproximação comercial entre representantes de em-
presas dos dois segmentos industriais e fabricantes
de equipamentos de automação da produção e enva-
se, embalagens e matérias-primas.
O evento foi promovido em parceria pelo Sindica-
to da Indústria de Sabões e Detergentes do Estado da
Bahia (Sindisabões) e pelo Sindicato das Indústrias de
Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia (Sin-
dicosmetic). “O mercado é grande e o nosso objetivo é
incentivar os empresários a conquistar este mercado.
Nós conseguiremos isto preparando as nossas empre-
sas, oferecendo produtos de qualidade”, pontuou o
presidente do Sindcosmetic, Raul Menezes.
Já o presidente do Sindisabões, Juan Lorenzo, res-
saltou a participação de 41 fornecedores no evento.
Deste total, mais de 30 eram empresas do eixo sul-
-sudeste, que apresentaram seus portfólios e tecno-
logias. “A ideia é trazer tecnologia e conhecimento,
fundamentais para o desenvolvimento da indústria
local. Temos que enfrentar as dificuldades e crescer”.
Entre os expositores estava o Grupo Innovar, que
participou do evento pela primeira vez. Há 15 anos no
mercado, a empresa apresentou equipamentos indus-
triais, com foco em sistemas de envase. “A ExpoTech
cria um vínculo direto entre o fabricante de equipa-
Feira setorial promove aproximação comercial entre empresários e fornecedores
tENdÊNCIAs NA áREA dE sANEANtEs E COsmétICOs
por marta erhardt
mentos e o fabricante de produtos. Através do estreitamento desse laço,
vejo que há um grande mercado a ser explorado”, avaliou o coordenador
comercial Márcio Adriano Zago.
De olho neste mercado, a Univar Norte Nordeste busca expandir os
negócios na região e marcou presença nas duas edições da feira. A em-
presa trouxe para o evento tendências para limpadores e matérias pri-
mas inovadoras, como os corantes poliméricos, que têm a vantagem de
não manchar roupas, nem superfícies. “Em 2017 fechamos novos clien-
tes e viemos com expectativa parecida. Mas neste ano o movimento foi
maior, com a presença de empresários do interior e empresas de peque-
no e médio portes”, observou o executivo de vendas da divisão de sane-
antes da Univar Norte Nordeste, Pedro Souza.
Quem veio a Salvador para o evento foi Cláudio Marinho, sócio e con-
selheiro da empresa Teiú, do segmento de saneantes, situada em Vitória
da Conquista. “Viemos com o objetivo de fazer contato com fornecedores
e conferir as novidades. O evento facilita a aproximação entre clientes e
fornecedores”, avaliou o empresário, que também é presidente da Asso-
ciação das Indústrias de Vitória da Conquista (Ainvic).
Entre as novidades, os visitantes puderam conferir in loco os equipa-
mentos industriais das empresas mineiras Fenoxx e Prymaxx. Os repre-
sentantes das duas empresas, Welington Costa, da Prymaxx, e Guilher-
me Moreira, da Fenox, apresentaram aos participantes sistemas de mis-
tura e de envase que contribuem para a redução do tempo de processo e
na melhoria da qualidade do produto acabado.
BoAs práticAsA ExpoTech Saneantes & Cosméticos ficou entre as seis finalistas do 1°
Prêmio Nacional de Boas Práticas Sindicais. A premiação, da Confedera-
ção Nacional da Indústria (CNI), tem o objetivo de valorizar e promover
o compartilhamento de ações que contribuam para o fortalecimento dos
sindicatos empresariais da indústria.
Betto Jr./coPerPhoto/sIsteMA FIeB
Bahia Indústria 27
Instalada há cerca de 20 anos no município de
Teixeira de Feitas, no extremo-sul da Bahia,
a empresa de produtos capilares profissionais
ECosmetics International Salon tem investido no
mercado externo e já conta com centros de distri-
buição no Brasil e no exterior: em Miami, Dubai,
Portugal e Johanesburgo.
A empresa investe atualmente na implanta-
ção de uma planta de envase na Arábia Saudita e
também deu início a um projeto de terceirização
para produzir marcas próprias para pequenas
empresas no Brasil e no exterior, sendo o Oriente
Médio o primeiro mercado para este plano.
A experiência de sucesso da empresa, que é
responsável por quase 70 empregos diretos e por
4 mil indiretos (considerando toda a cadeia), foi
compartilhada pelo presidente da ECosmetics
International Salon, Edson Borgo, em uma das
13 palestras que integraram a programação da 2ª
ExpoTech Saneantes & Cosméticos.
Ele contou que o caminho para a internacio-
nalização teve início com visitas a feiras inter-
nacionais, das quais a empresa participa atual-
mente como expositora, como acontece em Du-
bai, Bolonha e Nova York. “São oportunidades
para captar novas tecnologias e estar em contato
como o que se produz no mundo”.
Empresa do extremo-sul da Bahia investe no mercado externo
Foto
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IVuLG
Ação
edson Borgo, presidente
da eCosmetics, falou sobre
a trajetória da empresa
mais de 40
fornecedores de
equipamentos e
matérias-primas
apresentaram
seus portfólios
e tecnologias a
empresários da
Bahia e de Sergipe
28 Bahia Indústria
A Península de Itapagipe recebeu de volta,
totalmente requalificado, o complexo edu-
cacional e esportivo do Serviço Social da
Indústria (SESI), formado pela Escola SESI
Comendador Bernardo Martins Catharino e pelo Cen-
tro Esportivo Josair Santos Bastos. Foram investidos
R$ 13 milhões nas obras, que buscou dotar o espaço
de uma infraestrutura moderna.
A primeira etapa foi entregue em 2015, com a con-
clusão da requalificação da escola, que ganhou no-
vos laboratórios e novos espaços para as atividades
educacionais. A instituição de ensino fundamental
tem 1.231 alunos matriculados.
A segunda etapa contemplou o centro esportivo e
incluiu a reforma do ginásio de esportes, dos quios-
ques de convivência e a instalação de um campo so-
ciety, antiga reivindicação dos usuários do espaço.
Os serviços oferecidos na unidade também foram
ampliados. Voltados para trabalhadores da indústria
e comunidade, o centro esportivo também passou a
oferecer, além da academia, hidroginástica, natação,
ballet e pilates. Atualmente, há 1.014 pessoas matri-
culadas no centro esportivo.
EsCOLA E CENtROEspORtIvO sãOREINAuguRAdOs
por patrícia moreira
unidade do sesI na Península de Itapagipe ganhou infraestrutura moderna além de novos serviços
Solenidade e
homenagens marcaram
entrega da unidade
Fotos VALter PoNtes / coPerPhoto / sIsteMA FIeB
A reinauguração da unidade
ocorreu no dia 12 de julho. A so-
lenidade foi aberta pela orquestra
que integra o Núcleo de Práticas
Orquestrais do SESI Bahia e é
composta de 141 integrantes, alu-
nos da Escola SESI Comendador
Bernardo Martins Catharino. O
presidente da FIEB e do Conselho
Regional do SESI Bahia, Ricardo
Alban, e o Superintendente do
SESI Bahia, Armando Neto, en-
tregaram a unidade e homenage-
aram o vice-presidente da FIEB,
Josair Santos Bastos, dando seu
nome ao centro esportivo da uni-
dade do SESI.
“Nosso objetivo foi reconhecer
o trabalho de pessoas que, como
Josair Bastos, membro da nossa
diretoria, contribuem para esta
instituição. Esta unidade é a con-
tribuição que o Sistema FIEB faz
para a Pensínsula Itapagipana
que, esperamos, possa contribuir
para revitalizar a região da Cidade
Baixa”, destacou Ricardo Alban.
Josair Bastos agradeceu a home-
nagem. "Estou muito feliz porque
sempre sonhei fazer parte do SESI
de Itapagipe”, destacou.
O superintendente destacou a
importância do SESI Itapagipe,
uma referência na Cidade Baixa
desde 1949, e destacou os próxi-
mos investimentos que serão re-
alizados. “Estamos devolvendo
este equipamento, que oferece di-
versas atividades à comunidade, e
vamos iniciar a terceira etapa des-
ta requalificação, com a reforma
do Centro Cultural. O SESI Itapa-
gipe é uma síntese das atividades
que o SESI desenvolve: esporte,
educação cultura e lazer", desta-
cou Armando Neto.
Cidade Baixa ganhará espaço culturalO Teatro SESI fez história no Rio Vermelho e ago-
ra será a vez da Península Itapagipana também
ter um teatro para chamar de seu. O antigo casa-
rão da família Pedro Ribeiro Mariani Bittencourt
vai ganhar novos equipamentos e promete mo-
vimentar a cena cultural da Cidade Baixa.
O processo de licitação já foi iniciado. O espa-
ço ganhará um museu voltado para a ciência e
inovação e também oferecerá serviços de cultu-
ra e arte à comunidade da Cidade Baixa.
Atualmente, o espaço abriga o Núcleo de Prá-
ticas Orquestrais do SESI, do qual faz parte a Or-
questra Juvenil, formada por estudantes da Es-
cola SESI Comendador Bernardo Martins Catha-
rino. A unidade avançada do Teatro SESI será
projetada com 130 lugares de plateia e também
terá a Varanda do SESI, espaços para apresenta-
ções de espetáculos teatrais e musicais. “A pro-
posta é que o novo espaço esteja para a Cidade
Baixa assim como o Teatro SESI está para o Rio
Vermelho, considerado hoje um dos principais
espaços artísticos de Salvador, dinamizando
as atividades culturais em uma área carente de
equipamentos deste gênero”, explica o superin-
tendente do SESI Bahia, Armando Neto.
cAisOutro serviço do SESI sediado na unidade de Ita-
pagipe é o Centro de Apoio à Inclusão do SESI
(Cais), que trabalha na educação e capacitação
de pessoas com deficiência. A estrutura também
será reformada para ampliar o atendimento de
pessoas com deficiência visando a sua inserção
na vida produtiva e na preparação de docentes
para trabalhar com estudantes que possuem
transtorno global do desenvolvimento, altas ha-
bilidades e deficiência intelectual.
Casarão dos mariani será requalificado
Bahia Indústria 29
30 Bahia Indústria
as comemorações dos 70 anos do Serviço Social da Indústria
(SESI) e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) se estenderam ao interior. Em Feira de Santana, Barreiras e
Luís Eduardo Magalhães, a data foi lembrada em um encontro que
reuniu parceiros, empresários e representantes dos governos lo-
cais. O encontro foi também uma oportunidade de mostrar como o
empresário deve se preparar para o eSocial e de apresentar a nova
plataforma SESI Viva+.
Em Feira de Santana, o prefeito Colbert Martins marcou presen-
ça no evento. Já em Barreiras, foi a vez de o prefeito Zito Barbosa,
juntamente com o subsecretário municipal de Indústria e Comér-
cio, Rider Castro. O presidente em exercício da FIEB na ocasião,
Sérgio Pedreira, participou das homenagens em Barreiras e em
Luís Eduardo Magalhães. “A região oeste é prioritária na atuação
do Sistema FIEB. Aqui, temos importantes investimentos, o princi-
pal deles as unidades integradas do SESI e do SENAI”, destacou. O
superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, lembrou a impor-
tância da inovação que chega com a implantação da plataforma
do SESI Viva+.
pAinel
Betto Jr./coPerPhoto/sIsteMA FIeB
aStRONaUta LaNça tORNeiO Na BahiaO primeiro astronauta brasileiro, sul-americano e de língua portu-
guesa a ir para o espaço Marcos pontes participou em Salvador,
na Escola SESI Reitor Miguel Calmon, do lançamento da temporada
2018-2019 do Torneio SESI de Robótica First® LEGO® League, que
tem como tema Into Orbit (em órbita).
Ex-aluno do SESI e do SENAI ele falou da importância dos estudos
para se atingir objetivos e os desafios que enfrentou até ingressar na
Força Aérea Brasileira, antes de chegar à NASA. A Bahia sedia a eta-
pa regional nos dias 23 e 24 de novembro, na Arena Fonte Nova.
Representantes
da FieB e
do SeSi, em
Barreiras
ieL premia melhores práticas de estágioAs empresas Cooperativa Cen-
tral de Crédito da Bahia – Sicoob
Central BA, Kordsa Brasil e Tecon
Salvador; as instituições de ensi-
no Centro de Educação Superior
de Guanambi e Sete Serviços Em-
presariais Trabalho Educação; a
Procuradoria Geral do Estado da
Bahia (PGE) e os estudantes Ma-
teus dos Santos de Meneses e Iu-
ri Santos Cardoso de Sá foram os
vencedores do Prêmio IEL de Es-
tágio 2018. O resultado foi anun-
ciado na cerimônia realizada no
dia 2 de agosto, no auditório da
Federação das Indústrias do Esta-
do da Bahia (FIEB). Na oportuni-
dade, o Prêmio IEL de Estágio, que
comemorou 15 anos em 2018, ho-
menageou empresas, instituições
de ensino e estudantes que se des-
tacaram com as melhores práticas
de estágio.
O superintendente do IEL,
Evandro Mazo, parabenizou as
empresas vencedoras e falou so-
bre a importância do estágio para
a formação dos estudantes. “Os
estagiários de hoje serão os líderes
do amanhã. O estágio é uma prá-
tica importante para identificar e
reter novos talentos”, comentou.
Confira a lista de premiados no
portal do IEL: www.fieb.org.br/iel.
70 aNOS DO SeSi e Da FieB FORam COmemORaDOS NO iNteRiOR
PérIcLes MoNteIro/coPerPhoto/sIsteMA FIeB
Bahia Indústria 31
MárIo BItteNcourt/coPerPhoto/sIsteMA FIeB
Betto Jr. / coPerPhoto / sIsteMA FIeBemBaixaDOR Da aLemaNha Na FieBO embaixador da Alemanha no Brasil, georg Witschel, participou de
encontro com empresários na FIEB, com o intuito de fortalecer os laços
comerciais entre o país europeu e a Bahia. Ele foi recebido pelo vice-pre-
sidente da FIEB e presidente do Conselho de Comércio Exterior, Angelo
Calmon de Sá Jr.. A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do
Brasil, após a China, Estados Unidos e Argentina. É, também, o maior
parceiro comercial do Brasil na União Europeia. Em razão desses dados
comerciais, o diretor da Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Alema-
nha (AHK Rio de Janeiro), Hanno Erwes, destacou oportunidades de
negócios entre os dois países, especialmente nas áreas automotiva, de
engenharia, química e farmacêutica.
FeiRa teCNOLógiCa ReUNiU eSCOLaS e UNiVeRSiDaDeS Da RegiãO SUDOeSteCom a participação de 31 instituições de ensino médio, técnico e supe-
rior de Vitória da Conquista, o Serviço Social da Indústria (SESI) rea-
lizou nos dias 17 e 18 de agosto, a 2ª Feira Tecnológica da Escola SESI
Anísio Teixeira. A feira recebeu em torno de mil visitantes e apresentou
mais de 60 projetos científicos. O evento foi encerrado com a premia-
ção de projetos, selecionados por uma comissão de professores. Entre os
projetos dos estudantes do SESI destacaram-se o estacionamento inteli-
gente – que permite identificar vagas disponíveis em estacionamentos
e sua localização –; o carrinho de supermercado inteligente – que soma
as compras antes de a pessoa chegar ao caixa –; e o chuveiro inteligen-
te – que desliga a água quando o sabonete é retirado da saboneteira,
gerando economia de água e energia.
ministro da Saúde conhece laboratórios do CimatecO Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, visitou o SENAI Cimatec e co-
nheceu o Instituto de Tecnologias da Saúde (Cimatec ITS), no mês
de julho. Acompanhado do secretário de Ciência, Tecnologia e In-
sumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco Fireman, e do
senador Roberto Muniz, Occhi conheceu laboratórios do Campus
e a Fábrica Modelo Brasil – primeira da América Latina, o Centro
de Supercomputação para Inovação Industrial – que abriga o Ci-
matec Yemoja, segundo supercomputador mais potente da Améri-
ca Latina, e os avançados Laboratórios de Pesquisa Aplicada em
Alimentos e Bebidas e de Biotecnologia. “Existem aqui projetos
que interessam muito ao Ministério da Saúde. Estou impressiona-
do com o trabalho feito no SENAI Cimatec, com as pessoas que
dedicam o seu tempo para que o Brasil possa ter um crescimento
na sua tecnologia, na sua ciência, no desenvolvimento de ações
que possam ajudar o país”, afirmou Occhi após a visita.
SeNai Bahia é ouro na seletiva para a Wordskills Competition 2019Rafael Cordeiro, aluno do ensi-
no técnico do SENAI de Feira de
Santana conquistou medalha de
ouro na seletiva do Piauí para o
Worldskills Competition 2019, na
ocupação #D2Logística de Distri-
buição. A competição aconteceu
em Teresina, entre 28/06 e 03/07
e abre caminho para a participa-
ção do SENAI Bahia na seletiva
internacional que acontecerá
na Rússia, em Kazan, em 2019.
A equipe vencedora é composta
por Rafael Cordeiro, competidor,
Lorena Argolo, avaliadora e Nei-
dson Souza, treinador.
evento teve
exposição de
experimentos
e projetos
32 Bahia Indústria
tacio Cheab é coordenador da Gerência Jurídica da Fieb
JurÍdico
Será o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical?
Colocando fim nas discussões so-
bre a obrigatoriedade da contribui-
ção sindical, o Supremo Tribunal
Federal – STF, no dia 29/06/2018,
ao julgar a Ação Direta de Incons-
titucionalidade – ADI nº 5794,
promovida pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em
Transporte Aquaviário e Aéreo, na
Pesca e nos Portos – CONTTMAF,
entendeu pela constitucionalida-
de do art. 1º, da Lei nº 13.467/17,
que tratou sobre a Reforma Traba-
lhista. Com isso, a contribuição
deixou de ser obrigatória.
Apesar do ministro relator, Ed-
son Fachin, ter votado pela incons-
titucionalidade do dispositivo, a
divergência inaugurada pelo mi-
nistro Luiz Fux recebeu apoio da
maioria, e, com isso, prevaleceu
a tese de que não se pode admitir
que a contribuição seja imposta ao
trabalhador. Para Fux, a nova re-
gra deixa o direito de escolha nas
mãos do trabalhador, de modo que
poderá optar por contribuir ou não
para o seu sindicato, levando em
consideração a sua própria per-
cepção de representação e defesa
de interesses.
Sobre a visão tributária, o Re-
lator destacou que a contribuição
sindical tem natureza tributária e,
além disso, a modificação da sua
natureza, de tributo para contri-
buição facultativa, seria carac-
terizada como renúncia fiscal da
União, o que implicaria dizer que,
para que fosse alterada a natureza
da contribuição, deveria, duran-
te o processo legislativo, ter sido
por tacio cheab previsto o impacto nos cofres da
União, o que não houve.
Não obstante, a tese do minis-
tro Fux foi seguida pela maioria.
Para ele, a Reforma Trabalhista
não tratou sobre direito tributário
e, portanto, não se faz necessá-
rio a edição de lei complementar
para tratar sobre a extinção da
obrigatoriedade da contribuição
sindical.
O ministro Luís Roberto Barro-
so afirmou que “o Congresso Na-
cional é o cenário para que essas
decisões sejam tomadas” e, por
isso, “o STF deve ser autocontido,
de forma a respeitar as escolhas
políticas do Legislativo”. Já o mi-
nistro Gilmar Mendes destacou
que o modelo anterior possibilitou
a criação de mais de 16 (dezesseis)
mil sindicatos no país, gerando
um verdadeiro desequilíbrio nas
relações sindicais. Ambos acom-
panharam o voto de divergência
do ministro Fux.
A decisão do STF colocou fim a
outras 18 (dezoito) ADIs e 1 (uma) a
Ação Declaratória de Constitucio-
nalidade (ADC nº 55), que trami-
tavam em apenso à ADI nº 5794 e
discutiam o mesmo objeto.
Portanto, a insegurança ju-
rídica que pairava sobre as re-
lações sindicais, especialmente
em relação à obrigatoriedade da
contribuição sindical, ao menos
temporariamente, até que outras
teses sejam levadas à apreciação
do STF ou que ocorra modificação
da legislação vigente, restam su-
peradas, ou seja, a contribuição
sindical, com o julgamento da ADI
nº 5794, não é mais obrigatória.
CONVaLiDaçãO De iNCeNtiVOS FiSCaiS – ateNçãO aOS PRazOSDe acordo com o Convênio
ICMS 51/18, que alterou o
Convênio ICMS 190/17, a
próxima etapa do proces-
so de convalidação dos
incentivos e benefícios
fiscais ou financeiros-fis-
cais pelos Estados, que
está prevista para ocorrer
até 28.12.18, consistirá na
publicação da relação dos
atos normativos relativos
a incentivos não vigentes
em 08.08.17.
Encerrou, em 29.06.18,
o prazo para que a Sefaz-
-BA depositasse no Con-
selho Nacional de Políti-
ca Fazendária–Confaz a
relação dos atos conces-
sivos, encerrando assim
uma das etapas do pro-
cesso de convalidação.
e-SOCiaL PaSSa a SeR OBRigatóRiOAtravés da Circular nº
818/18, a Caixa Econômi-
ca estabeleceu que du-
rante o período de adap-
tação à obrigatoriedade
da utilização do e-Social,
será possível que os em-
pregadores efetuem o
recolhimento mensal do
FGTS, até a competência
outubro/18, por meio da
GRF emitida pelo SEFIP.
Já os recolhimentos
rescisórios relativos aos
desligamentos de contra-
tos ocorridos até 31.10.18,
poderão ser realizados
através da guia GRRF.
Bahia Indústria 33
qUaLiFiCaçãO PROFiSSiONaL tRaNSFORma ViDa De COmUNiDaDeSParceria entre seNAI e prefeitura atende a moradores da Barragem de santa helena, Leandrinho, Dias D’ávila e distrito de Biribeira
Como todas as donas de casa,
as irmãs Maria dos Anjos,
52, Elizabete, 43, e Maria
Cleonice, 41, sempre prepararam
as refeições para a família e acu-
mularam experiência na cozinha.
Em meio à crise pela qual o país
vem passando, pensavam em usar
o conhecimento que tinham para
melhorar o orçamento do lar, mas
faltava-lhes embasamento técnico
e noções de como gerir um peque-
no negócio. Em 2017, porém, um
curso para aprender a fazer sal-
gados e folhados, ministrado pelo
SENAI, qualificou as mulheres da
família Souza que, junto com vizi-
nhas e amigas, se “empoderaram”
e criaram uma cooperativa.
“Estamos começando ainda e
todo começo é difícil, mas estamos
cheias de vontade. E quem tem
vontade, vence”, conta Elizabete,
cheia de empolgação. O grupo está
sendo apoiado pela prefeitura do
município, que contratou o SENAI
para ministrar os cursos de quali-
ficação profissional e também dá
suporte aos participantes, articu-
lando possibilidades de comercia-
lização do que produzirem e até
providenciando local adequado
para o empreendimento funcionar.
“Nos frustra receber pessoas
todos os dias na prefeitura bus-
cando trabalho e não ter como
absorver toda esta mão de obra.
A qualificação profissional é um
caminho muito mais interessante,
pois além de possibilitar a gera-
ção de renda, dá autonomia para
estas pessoas”, afirma a secretá-
ria de Ação Social (Sedes) de Dias
D’Ávila, Aleide Santos.
cooperAtivAAo todo, desde 2017, 80 mulheres e
jovens foram beneficiados com os
cursos, que contemplaram, ainda,
a construção de móveis de pallets
de madeira, produção de doces e
compotas, biscoitos e sequilhos e
produção de salgados e folhados
nas comunidades da Barragem de
Santa Helena, Leandrinho, Dias
D’Ávila e distrito de Biribeira. A
partir de cada turma foi criada uma
cooperativa de trabalho, que já
produz e vende na região, seja em
feiras, eventos ou por encomenda.
Beneficiados aprendem
um ofício e também
a empreender
Fotos VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB
»80 mulheres e jovens foram beneficiados com os cursos que contemplaram, ainda, a construção de móveis de pallets de madeira, produção de doces e compotas, biscoitos e sequilhos e produção de salgados.
“Além de ensinar um ofício, os
cursos também focam no empre-
endedorismo e na gestão dos ne-
gócios. Isso ajuda as pessoas a se
organizarem para lidar com fluxo
de caixa, por exemplo, e a ter pla-
nejamento, elementos fundamen-
tais em qualquer empreendimen-
to”, explica a gerente do SENAI
Camaçari, Eligiane Figueiredo.
Atual coordenador do grupo
da Decor Pallets, formada por
cerca de 20 jovens da Barragem
de Santa Helena, Wanderley San-
tana, 23, participou do curso de
construção de móveis com rea-
proveitamento de material doado
por empresas. Ele conta que, an-
tes de fazer a capacitação, seus
amigos estavam sem trabalho e
sem perspectivas.
“O curso despertou a motiva-
ção na juventude da nossa comu-
nidade, que se engajou e começou
a produzir. Fizemos uma exposi-
ção em que vendemos quase tudo.
Compramos ferramentas para pro-
duzir mais”, revela o rapaz, que
agora faz faculdade e também faz
planos para melhorar de vida.
leitura&entretenimento
livros música
exposição
tempo para pensarO ser humano tem duas formas
de pensar, uma que é mais rápida,
ligada à intuição e às emoções e
outra, mais lenta, racional e lógica.
Conhecendo esses aspectos da nossa
mente, é possível usar esses pontos
a nosso favor. Nessa abordagem, Da-
niel Kahneman apresenta um estudo
da psquiê humana, desvendando
tendências do seu funcionamento no
que diz respeito a dificuldades em
tomar de decisões, apego excessi-
vo, aversão à perda, etc. Kahneman
é professor emérito de psicologia da
Universidade de Princeton.
Complexo de vira-latas pelo avesso
O famoso “complexo de vira-la-
tas”, cunhado por Nelson Rodrigues
para falar da supervalorização que o
brasileiro dá ao estrangeiro, é abor-
dado por Eduardo Giannetti em uma
perspectiva inovadora: ao invés de o
tratarmos como um bloqueio para o
desenvolvimento social e econômico
do Brasil, é possível “virar o comple-
xo do avesso” e tê-lo com um cami-
nho civilizatório interessante.
» Rápido e devagarDaniel Kahnemaned. Objetiva608 p.Livro R$ 64,90 E-book 29,90
» O elogio do vira-lata e outros ensaioseduardo Giannettied. Companhia das Letras348 p. Livro R$ 64,90 E-book 39,90
34 Bahia Indústria
DIVuLGAção
livros
Pássaros no Rio Vermelho
Às vésperas do Golpe de 64, um travesti tenta fazer um espetáculo em homena-
gem a Ary Barroso, encomendado por seu amante militar. Neste contexto, as adver-
sidades e a intolerância de uma sociedade preconceituosa e resistente à diversidade
são postas em questão. A proposta temática encontra a combinação perfeita com a
interpretação de Marcelo Praddo e direção de Gil Vicente Tavares, premiados com o
Prêmio Braskem de Teatro 2017. As canções de Ary ganham o toque especial multiins-
trumental e iluminação cênica diferenciada.
Não perca Os pássaros de Copacabana 30.8 a 14.9, qui. e sex., 20h. R$ 30 e R$ 15 (meia). » teatro SeSi Rio Vermelho, Rua Borges dos Reis, nº 9, Tel: 71 3616-7064
MArIo
eDso
N/ DIV
uLG
Ação
arte australiana em destaqueA arte aborígene movimenta US$ 200 mi-
lhões por ano na Austrália e envolve quase sete
mil artistas, herdeiros de uma tradição cultural
de 40 mil anos. Agora, 40 obras de consagrados
nomes desse segmento chegam à Bahia na ex-
posição O Tempo dos Sonhos, Arte Aborígene
Contemporânea da Austrália, que pela primei-
ra vez vem à América Latina, e que estará na
Caixa Cultural Salvador até 30 de setembro. A
mostra traz o primeiro catálogo publicado em
português sobre o tema. Um dos destaques são
as bark paintings, que inicialmente eram este-
ticamente pobres, porque serviam apenas pa-
ra cerimônias ou decoração. Hoje, trazem uma
execução primorosa.
Não perca O tempo dos Sonhos, até 30/09/2018, terças a domingos, das 9h às 18h. Entrada gratuita. » galeria arcos. Rua Carlos Gomes, 57 - Centro
teAtro