Infra-estrutura Física de Rede Crítica para Redes Wireless LAN de Empresas
Relatório Interno No. 84
Por Viswas Purani
2004 American Power Conversion. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser usada, reproduzida, fotocopiada, transmitida ou armazenada em qualquer sistema de recuperação sem autorização escrita do proprietário dos direitos autorais. www.apc.com Rev 2004-0
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Resumo Executivo Durante as implantações de redes LAN sem Fio (WLAN) podem surgir requisitos inesperados
ou imprevistos com relação à potência, refrigeração, gerenciamento e segurança. A maioria
dos Racks não tem sistema de energia ininterrupta (UPS ou No-Break) e não tem ventilação ou
refrigeração adequada para evitar o superaquecimento do equipamento. É possível planejar a
implantação com êxito e custo efetividade quando se tem uma boa compreensão sobre os
requisitos específicos da Infra-estrutura Física de Rede Crítica (NCPI) de equipamentos de
redes LAN sem fio. Este relatório descreve como planejar a instalação da NCPI durante a
implantação de redes LAN sem fio em áreas cobertas dentro de pequenas, médias ou grandes
empresas, dando maior enfoque aos requisitos de potência e refrigeração. O documento
descreve estratégias simples, rápidas, confiáveis e custo efetivas para a modernização de
instalações ou a construção de instalações.
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Introdução A Infra-estrutura Física de Rede Crítica (NCPI) é o alicerce de todas as redes de alta disponibilidade mas
este fato nem sempre é levado em conta. Ela deve ser sólida, escalável, altamente disponível, gerenciável
e incluir:
1. Sistemas de energia como os UPS, unidades de distribuição de energia (PDUs) e geradores para
fornecimento de energia e refrigeração para cargas críticas.
2. Sistemas de refrigeração para manter um ambiente ideal com regulação da temperatura e
umidade
3. Racks com equipamentos de redes críticas como switches, roteadores, gateways, servidores, etc.
4. Sistemas de segurança e proteção contra incêndio.
5. Cabeamento para interconexão dos equipamentos
6. Sistemas de gerenciamento que comunicam local e remotamente com serviços integrados para
assegurar um funcionamento eficiente 24 horas por dia, 7 dias por semana.
7. Serviços para entrega, instalação e encomendas de equipamento, além de manutenção e
diagnóstico
Este relatório discute e examina os desafios relativos à NCPI durante a implantação de redes LAN sem fio
(WLANs) em espaços cobertos em empresas pequenas, médias ou grandes, dando especial ênfase à
potência e refrigeração. Há várias normas WLAN que predominam no setor, mas este documento se
refere às normas 802.11ª. b & g, também conhecidas como Wi-Fi, que estão baseadas no IEEE. A Figura
1 abaixo mostra uma típica rede WLAN em uma empresa.
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Figura 1 – Típica instalação de rede WLAN em empresa
ATS Gerador
Transformador CA de Precisão
MDF
Arm
ários de C
abeam
ento
Pai
néis
Elé
tric
os
Ponto de Acesso Sem Fio
Entrada Energia da Rede Pública
Fibra,T1, T3
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As redes WLAN baseadas nestas normas IEEE são utilizadas para complementar, aumentar ou substituir
as redes LAN fixas em empresas, lares e hot spots públicos, como aeroportos, hotéis, restaurantes, etc. A
implantação de redes WLAN, feita com êxito, assegura que a rede inteira, inclusive os pontos de acesso
sem fio, irá oferecer ao usuário níveis de disponibilidade altos ou similares às redes LAN fixas. Com a
rápida popularidade de Power over Ethernet (PoE), baseado na adoção da IEEE 802.3af, o armário de
cabeamento tradicional, que antes continha dispositivos passivos como painéis de conexão (patch panels)
e hubs, agora tem switches de alta potência, roteadores e um sistema UPS com longo tempo de
autonomia. Estes armários que fornecem energia e dados a pontos de acesso sem fio, telefones IP,
câmeras de segurança, etc. hoje são muito importantes. É preciso monitorar a refrigeração e a circulação
do ar nestes armários de cabeamento para assegurar o funcionamento contínuo e a alta disponibilidade
destes equipamentos periféricos.
Geralmente as redes WLAN são construídas em camadas e cada camada contém componentes que
estão localizados em um de quatro lugares possíveis (Figura 2). Na sua maioria as novas redes e os
switches mais modernos têm capacidades de camada 2 e camada 3 e freqüentemente o acesso e a
camada de distribuição se encontram em uma camada só. As NCPIs nestes quatro lugares possíveis
variam conforme a descrição dada nos próximos capítulos.
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Figura 2 – Arquitetura típica de Redes WLAN
Sistema de Gerenciamento de Rede,Servidor RADIUS, etc.
MDF ou Centro de Dados (centro)
IDF ou Armário de Cabeamento (na periferia)
Ponto de Acesso Sem FioPrateleira, Teto Suspenso ou Mesa
Usuário MóvelComputador Portátil, PDA, Telefone
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Pontos de Acesso Sem Fio Os pontos de acesso sem fio (APs) oferecem ao usuário conectividade com a rede (Figura 3). Estes
pontos de acesso consomem geralmente entre 6 e 7 Watts mas alguns dispositivos consomem mais. A
IEEE 802.3af restringe o consumo por estes dispositivos a 350mA com cabos de dados. As redes que
seguirem esta nova norma fornecerão uma potência de 15W no máximo a uma distância máxima de 100m
(328 pés). No caso de terem um consumo mais alto, estes dispositivos precisarão de outras fontes de
energia externas, como adaptadores adicionais.
Figura 3 –Ponto de Acesso Sem Fio Típico (uso interno)
Ambiente
Estes pontos de acesso são colocados em tetos ou prateleiras e geralmente estão localizados em um
ambiente de escritório em uma área coberta. Às vezes eles são utilizados em ambientes externos. No
caso de redes recém-implantadas ou atualizadas, é provável que eles funcionem com Power over Ethernet.
No entanto, em certos casos, a alimentação de energia é feita através de tomadas na parede.
Problemas
Estes pontos de acesso precisam ter alta disponibilidade e serem seguros para permitir conectividade
com usuários móveis. O maior desafio para a NCPI é garantir um funcionamento contínuo mesmo durante
cortes do serviço de energia elétrica.
Melhores Práticas
PoE oferece a melhor maneira de resolver o problema de disponibilidade de energia. PoE também evita a
dificuldade de fornecer energia aos pontos de acesso mais remotos do prédio, não havendo necessidade
de uma saída de energia ou um eletricista. Hoje a energia é alimentada aos pontos de acesso por
switches de rede situados no armário de cabeamento, suportados pelo sistema UPS com longo tempo de
autonomia. No caso dos pontos de acesso que recebem energia através de tomadas na parede (sem
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utilizar o PoE), deve-se instalar localmente um sistema UPS compacto com longo tempo de reserva da
bateria (quatro horas ou mais), como o APC Back-UPS HS. O sistema UPS deve ser montado na parede
ou em uma prateleira e instalado facilmente perto do ponto de acesso. A Figura 4 mostra um exemplo de
um sistema UPS utilizado para fornecer energia a pontos de acesso.
Figura 4 – Sistema UPS montado na parede
Serviço de Distribuição Intermediária (IDF) Geralmente os IDFs ou armários de cabeamento incluem switches de acesso e distribuição de camada 2
e camada 3, hubs, roteadores, painéis de conexão, sistema UPS com bateria de reserva, além de
diferentes equipamentos de telecomunicações montados em um rack de dois eixos (Figura 5). A maioria
dos novos switches, que são empilháveis ou de chassis, tem capacidade integrada de Power over
Ethernet (modo de alimentação chamado “end-span”) para alimentação de energia a pontos de acesso
sem fio. No caso de switches sem esta capacidade, para obter energia pela Ethernet (PoE) utiliza-se um
painel de conexão de dimensões adequadas para alimentação externa “mid-span”. Conforme o tamanho
da empresa e a arquitetura de rede, pode haver vários IDFs localizados dentro do prédio e centenas dentro
da empresa. Hoje estes armários, cuja importância é tão freqüentemente ignorada, são muito importantes
para garantir conectividade para usuários móveis e a sua disponibilidade é essencial.
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Figura 5 – IDF (Armário de Cabeamento)
Painel deConexão
Alimentaçãode EnergiaMid-span
Switches de Rede
Sistema deEnergiaIninterrupta
Ambiente
Em geral, estes IDFs ou armários de cabeamento estão escondidos em algum lugar mais afastado dentro
do prédio, com pouca ou sem ventilação, iluminação ou controle de acesso. Salvo no caso de uma
mudança a um novo prédio, é provável que o cliente queira reutilizar estes armários de cabeamento.
Geralmente, as tradicionais redes de telecomunicações e redes de dados utilizavam armários de
cabeamento para blocos de pressão, painéis de conexão e alguns hubs ou switches pequenos
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empilháveis, mas hoje a maioria dos novos switches de acesso/ distribuição é projetada para PoE. Eles
consomem e dissipam muito mais energia. Na sua maioria, estes novos switches são de montagem em
racks de 19 polegadas e a direção da circulação do ar varia de acordo com o fabricante do equipamento,
podendo ser de circulação lateral ou de frente para trás etc. Um IDF típico contém equipamentos em 1 a 3
racks e consome entre 500W e 4000W com uma conexão monofásica de CA.
Problemas
Durante as implantações de redes WLAN, é preciso prestar grande atenção a estes IDFs, principalmente
com relação à energia, refrigeração, controle de acesso e gerenciamento. O consumo de potência oscila
entre 500W e 4000W com uma conexão monofásica de 120 ou 208V ou 230VCA, de acordo com a
arquitetura de rede ou tipo de switch em uso. É um desafio ter as tomadas necessárias (5-15R, L5-20R,
L6-20R, L6-30R, IEC320C13, IEC320C19) e a quantidade de energia adequada em um armário de
cabeamento com proteção de disjuntores adequada para todo o equipamento de rede, o sistema de
energia ininterrupta e unidades de distribuição de energia. Refrigeração, circulação do ar, gerenciamento
e serviços são aspectos que podem apresentar grandes problemas nos armários de cabeamento, cuja
importância é tão freqüentemente ignorada.
Melhores Práticas
Todo o equipamento no IDF deve estar protegido por um sistema UPS. A escolha do sistema UPS se
baseia em:
• Energia total necessária em Watts
• Tempo de autonomia necessário em minutos
• Nível de redundância ou tolerância a falhas desejado
• Tensão e tomadas necessárias
O tamanho do sistema UPS é calculado de acordo com a soma das potências das cargas em Watts. Um
sistema UPS comum com montagem em rack como o APC Smart-UPS (Figura 6a) fornece
aproximadamente quatro noves* (99,99%) de disponibilidade de energia, enquanto um UPS N+1
redundante, com um bypass integrado, como o APC Symmetra RM (Figura 6b) com uma hora de tempo de
autonomia fornece cinco noves* (99,99%), que pode ser suficiente para a maioria das aplicações. Para
mais informação sobre análise de disponibilidade, consulte o Relatório Interno Nº 69 da APC, intitulado
“Energia e Refrigeração para Aplicações de Telefonia IP e VoIP”
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Figura 6a –UPS com montagem em rack Figura 6b – UPS com tolerância a falhas
Os produtos UPS estão disponíveis com pacotes de baterias para diferentes tempos de autonomia.
Produtos como aqueles apresentados nas Figuras 6a e 6b incluem pacotes de baterias opcionais, que
podem ser utilizados para dar maior tempo de autonomia.
Para certas aplicações muito importantes como o serviço 911 (serviço de emergência nos EUA), talvez seja
necessário ter maior disponibilidade, como seis ou sete noves* por exemplo. Isto poderá ser resolvido
com a utilização de switches redundantes com fontes “duais”, UPS redundante e arquiteturas de
eletricidade que possam ser mantidas simultaneamente com o suporte de um gerador. Muitas empresas
como a American Power Conversion Corporation têm serviços de consultoria sobre disponibilidade para
avaliar as áreas de operação e os requisitos dos clientes e para recomendar infra-estrutura de alta
disponibilidade para estes tipos de rede crítica.
Por último, verifique os tipos de plugues e tomadas que são necessários para todos os equipamentos,
inclusive o s istema UPS no armário de cabeamento. Em termos ideais, todos os equipamentos devem
estar conectados diretamente ao sistema UPS ou ao transformador e o uso de réguas de tomadas
adicionais ou unidades de distribuição de energia em racks deve ser evitado. Contudo, conforme a
quantidade de equipamento, isto talvez não seja prático e possivelmente seja necessário utilizar uma
régua de unidades de distribuição de energia em racks. Nesse caso, deve-se usar uma unidade de
distribuição de energia em rack de alta qualidade, que tenha sido desenhada especialmente com essa
finalidade. A PDU deve ter um certo número de tomadas para a conexão de todo o equipamento atual,
além de mais algumas para uso futuro. É preferível utilizar unidades de distribuição de energia que
tenham um medidor para indicar o consumo de energia atual porque isso diminui a probabilidade de uma
falha humana como, por exemplo, uma sobrecarga acidental e conseqüentes reduções de cargas.
Os melhores critérios na escolha de um modelo UPS apropriado devem levar em conta se o modelo
atende os requisitos de potência, redundância, voltagem e tempo de autonomia. Esta escolha é facilitada
pelo uso de ferramentas de seleção de sistemas UPS como o APC UPS selector que se encontra em
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http://www.apcc.com/template/size/apc/. Esta ferramenta inclui dados relativos a todos os switches,
servidores e dispositivos de armazenagem mais usados e elimina a necessidade de coletar esses dados.
Ferramentas como esta mostram os diferentes tipos de tomadas que estão disponíveis para a
configuração de um sistema UPS.
Para assegurar o funcionamento contínuo do equipamento no armário de cabeamento, 24 horas por dia, 7
dias por semana e 365 dias por ano, deve-se identificar e atender as questões principais relativas à
refrigeração e circulação do ar. É necessário calcular a dissipação da energia dentro do armário de
cabeamento para escolher um método custo efetivo que resolva o problema (consulte a Tabela 1). O
aspecto mais importante a considerar é que um grande número de switches de rede consome muita
energia mas isto não significa que toda a energia se dissipe como calor dentro do armário de
cabeamento. Por exemplo, um switch de camada 2/3 pode consumir 1800W de energia mas talvez dissipe
somente 300-500W dentro do armário. O resto da energia é alimentada pela rede a vários dispositivos
como pontos de acesso sem fio, telefones IP e câmeras de segurança em diferentes lugares e é
dissipada dentro da área dos escritórios.
Tabela 1 – Planilha de cálculo do calor emitido em armários de cabeamento de redes WLANs
Item Dados Necessários Cálculo da Energia Térmica Gerada
Subtotal da Energia Térmica Gerada
Switches sem alimentação em linha, outros equipamentos de TI (com exceção de unidades de alimentação mid-span)
Soma da potência nominal de entrada medida em Watts
Equivale à potência total da carga de TI em Watts
_____________ Watts
Switch com alimentação em linha Potência nominal de entrada medida em Watts
0,6 x Potência nominal de entrada
_____________ Watts
Unidades de alimentação mid-span.
Potência nominal de entrada medida em Watts
0,4 x Potência nominal de entrada
_____________ Watts
Iluminação Potência de saída de todos os dispositivos de luz permanentemente ligados, medida em Watts
Potência nominal _____________ Watts
Sistema UPS Potência de saída do sistema UPS (não a carga) medida em Watts
0,09 x Potência nominal do sistema UPS
_____________ Watts
Total Subtotais acima Soma dos subtotais acima da energia térmica gerada
_____________ Watts
Após calcular a energia dissipada dentro do armário de cabeamento, siga as indicações apresentadas na
Tabela 2.
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Tabela 2 – Planilha com soluções de refrigeração para armários de cabeamento de redes WLAN
Carga Térmica Total no Armário
Condições Análise Ação
< 100 W O balanço térmico reflete um ambiente climatizado
A condução e infiltração da parede serão suficientes.
Nenhuma
< 100 W O balanço térmico reflete um ambiente hostil, não há sistema HVAC (calefação, ventilação e refrigeração)
O ar ambiente fora da sala não pode ser considerado apto para ser utilizado devido à temperatura ou contaminantes
Instale um ar condicionado individual com computador no armário ao lado do equipamento
100 – 500W Há um sistema HVAC no teto suspenso (acima). O balanço térmico reflete um ambiente climatizado.
O ar ambiente fora do armário será suficiente se ele puder passar para o armário mas a porta talvez bloqueie o ar. Passe o ar pela porta e o ar utilizado pode ser retirado pela saída do sistema HVAC
Dentro do armário coloque uma grade para a remoção do ar de saída no sistema de ventilação acima e faça uma abertura na parte inferior da porta do armário.
100 – 500W Não há acesso do armário a qualquer sistema HVAC. O balance térmico reflete um ambiente climatizado.
O ar ambiente fora do armário será suficiente se ele puder passar para o armário mas a porta talvez bloqueie o ar. O ar pode entrar pela parte inferior da porta e sair pela parte superior.
Coloque uma grade para a retirada do ar em cima na porta do armário e faça uma abertura para entrada de ar embaixo na porta do armário.
500 – 1000W Há um sistema HVAC no teto suspenso (acima). O balanço térmico reflete um ambiente climatizado.
O ar ambiente fora do armário será suficiente se ele puder passar continuamente para o armário mas a porta talvez bloqueie o ar. É necessário ter um ventilador ligado ininterruptamente mas isso não será fácil de assegurar.
Coloque uma grade para a retirada do ar de saída com um ventilador na parte superior do armário e faça uma abertura na porta do armário embaixo.
500 – 1000W Não há acesso do armário a qualquer sistema HVAC. O balanço térmico reflete um ambiente climatizado.
O ar ambiente fora do armário será suficiente se ele puder passar continuamente para o armário mas não há maneira de garantir a passagem do ar.
Coloque uma grade para a retirada do ar de saída com um ventilador na parte superior do armário e faça uma abertura na porta do armário embaixo.
> 1000W Há um sistema HVAC acessível no teto suspenso (acima). O balanço térmico reflete um ambiente climatizado.
O ar ambiente fora do armário será suficiente se for possível passá-lo pelo equipamento sem que ar quente de saída do equipamento recircule para a entrada do equipamento
Coloque o equipamento em um rack fechado com um sistema de retirada de ar quente e coloque uma grade de ventilação na porta do armário embaixo.
> 1000W O sistema HVAC não está acessível. O balanço térmico reflete um ambiente climatizado.
Não é suficiente passar ar pela porta, é necessário refrigerar localmente o ar de saída do equipamento
Instale um ar condicionado individual com computador no armário ao lado do equipamento
Por último todo o equipamento no armário deve ser monitorado e gerenciado para permitir um
funcionamento ininterrupto. Isto pode ajudar a evitar a ocorrência de interrupções imprevistas do
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funcionamento devido ao desgaste do equipamento por condições ambientais, como temperatura e
umidade, ou a redução da capacidade das baterias do sistema UPS com o decorrer do tempo. Além
disso, muitas vezes os armários estão localizados em escritórios ou lugares mais afastados onde não há
pessoal de suporte de TI. Nessas situações, deve-se considerar a possibilidade de utilizar um meio
remoto de reiniciar a alimentação da energia com unidades de distribuição de energia (PDUs), além de
contratos de atendimento técnico com os fabricantes dos equipamentos.
Sala de Distribuição Principal (MDF) As salas de distribuição principal (MDFs) também são conhecidas como MERs (a sigla de salas de
equipamentos centrais em inglês) ou salas POP (ponto de pingue ou presença em inglês) (Figura 7). Elas
são as entradas de serviço das redes de TI e comunicações. A fibra ao edifício e as linhas T1/E1, T3/E3
que entram no edifício ou campus terminam dentro das MDFs e dão conectividade ao backbone da Internet
e ao escritório central. Elas contêm os mais importantes equipamentos de rede e comunicação como
roteadores de camada 3, gateways, PBXs etc. A MDF é a sala mais importante porque ela suporta e
alimenta todos os armários de cabeamento dentro do prédio ou campus, que por sua vez alimentam os
pontos de acesso sem fio. Ela é considerada freqüentemente como uma pequena sala de computação ou
de dados.
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Figura 7 – Sala de Distribuição Principal
Ambiente
As MDFs estão localizadas geralmente no subsolo ou no primeiro andar do edifício. Elas têm entre 4 e 12
racks de equipamento e consomem entre 4kW e 40kW com conexão monofásica ou trifásica de 208, 230,
400 ou 480VCA. Alguns equipamentos precisam de -48VCC. As MDFs podem incluir uma mistura de
racks de dois eixos, quatro eixos abertos e quatro eixos fechados para montagem de diversos
equipamentos de networking, comunicações e TI. Estes equipamentos têm diferenças com relação à
circulação do ar - alguns têm circulação lateral, outros têm circulação de frente para trás etc,- e são
montados em racks de 19 ou 23 polegadas. No entanto, cada vez mais dispositivos de nova geração são
montados em racks de 19 polegadas e têm circulação de ar de frente para trás.
Problemas
Algumas salas de MDF não contêm um sistema UPS, muitas não possuem baterias com bastante tempo
de reserva e freqüentemente as salas não têm um sistema exclusivo de refrigeração de ar de precisão.
T1, T3, Fibra Ao Edifício
MDF
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Melhores Práticas
Estas salas de distribuição principal dão a conectividade do backbone ao escritório central e à Internet.
Elas contêm uma variedade de equipamento de rede crítica, telecomunicações e TI e devem ser
consideradas como um pequeno centro de dados ou sala de computação. Para oferecer disponibilidade
de energia de cinco noves*, a MDF deve estar protegida por um sistema UPS redundante e modular com
um bypass interno e, no mínimo, trinta minutos de tempo de autonomia. É possível obter tempos de
autonomia mais longos com níveis mais altos de disponibilidade como seis ou sete noves* com switches
redundantes com fontes “duais”, sistemas UPS redundantes e arquiteturas, que podem funcionar
simultaneamente com o suporte de um gerador. Empresas como a American Power Conversion
Corporation têm serviços de consultoria de disponibilidade específicos para avaliar e recomendar
arquitetura de alta disponibilidade para infra-estrutura de redes críticas.
Para assegurar o funcionamento contínuo do equipamento durante cortes de energia elétrica e o melhor
funcionamento possível em condições normais, as MDFs devem ter suas próprias unidades de ar
condicionado de precisão com monitoramento do ambiente. Deve-se considerar a utilização de unidades
de ar condicionado redundantes no caso de aplicações críticas que precisem de alta disponibilidade.
Quando a densidade de potência por rack for alta (> 3kW por Rack), deve-se utilizar unidades adicionais de
distribuição e remoção de ar para evitar a ocorrência de lugares muito quentes. À diferença dos servidores
e dispositivos de armazenamento, muitos switches utilizam circulação de ar lateral. Isto cria questões
específicas na hora de instalá-los em um ambiente onde há racks fechados. Essas questões são
discutidas em detalhe no Relatório Interno Nº 50 da APC, “Opções de Refrigeração para Equipamentos
Montados em Rack com Circulação de Ar Lateral”.
Centro de Dados ou Server Farm O centro de dados ou server farm (Figura 8) contém os servidores de gerenciamento de rede. Estes
servidores são utilizados para funcionamento, manutenção e gerenciamento de redes WLAN, inclusive
para autenticação, faturamento, monitoramento de usuários mal-intencionados, pontos de acesso para
fins escusos etc. Além disso, conforme o tamanho da empresa e a arquitetura de rede, ele pode conter
switches de camada 2/3 e outros equipamentos de IT da empresa. Conforme o tamanho (pequeno,
médio ou grande) do centro de dados ou server farm típico, ele pode conter entre dezenas e centenas de
racks, com dezenas ou centenas de servidores e uma variedade de sistemas de TI, networking e
computação com aplicações críticas de negócios como ERP, CRM e outros serviços baseados na web.
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Figura 8 – Centro de dados ou server farm típico
Ambiente
Os centros de dados, localizados geralmente em escritórios de empresas, consomem entre 10kW com
uma conexão monofásica ou trifásica de 208VCA, no mínimo, e, no máximo, centenas de quilowatts com
uma conexão trifásica de 480VCA. Pode haver alguns requisitos de menos potência, de -48VCC, para
determinadas cargas de telecomunicações mas na maioria se tratam de cargas de CA. A maioria dos
centros de dados tem um sistema UPS com bateria de reserva, um gerador e unidades de ar condicionado
de precisão.
Problemas
Os servidores e switches de redes WLAN são essencialmente cargas pequenas e incrementais de um
centro de dados que às vezes precisam de mais tempo de autonomia, mais redundância e mais
disponibilidade que outros equipamentos de TI e networking.
Melhores Práticas
Embora o centro de dados tenha sistema UPS e gerador próprio, freqüentemente é aconselhável ter um
outro sistema UPS separado que seja redundante e tenha mais tempo de autonomia para o equipamento
Centro de Dados
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de rede WLAN. Identifique e coloque o equipamento de rede WLAN (servidores, switches etc.) que tenha
um tempo de autonomia mais longo e precise de mais disponibilidade em um lugar separado, em racks
separados dentro de um centro de dados. Este equipamento precisará de um sistema UPS dedicado com
um tempo de autonomia mais longo e maior disponibilidade N+1, N+2 etc,. conforme necessário. Este
conceito de “Disponibilidade Específica” ajuda a aumentar a disponibilidade dos equipamentos críticos de
rede WLAN sem resultar em grandes despesas com relação a todo o centro de dados. No caso de
centros de dados e redes de alta disponibilidade, talvez considere-se a utilização de elementos que
oferecem altos níveis de redundância como fontes duais com geradores redundantes e sistemas UPS
N+1 com caminhos distintos de alimentação de energia até o servidor e outros equipamentos críticos no
rack.
Assegure que o equipamento de ar condicionado de precisão do centro de dados tenha suficiente
capacidade de refrigeração para o novo equipamento adicional de rede WLAN. Deve-se considerar a
utilização de unidades de ar condicionado redundantes se houver necessidade de maior disponibilidade.
Se a densidade de potência por rack for alta (> 3kW por Rack), deve-se utilizar unidades adicionais de
distribuição e remoção de ar para evitar focos de muito calor. A disponibilidade e os custos são afetados
por aqueles erros evitáveis que ocorrem com freqüência durante a instalação de sistemas de refrigeração
e racks em centros de dados ou salas de rede. Para mais informação sobre esta questão, consulte o
Relatório Interno Nº 49 da APC, intitulado “Como Evitar Erros que Põem em Risco a Performance do
Sistema de Refrigeração em Centros de Dados e Salas de Servidores e Redes”.
Conclusões Para assegurar alta disponibilidade e segurança para redes WLAN, deve-se dar atenção especial à Infra-
estrutura Física de Rede Crítica em todas as camadas desde os Pontos de Acesso nas extremidades até
IDFs, MDFs e centros de dados no centro. Os problemas principais em termos de energia e refrigeração
ocorrem dentro dos armários de cabeamento. A refrigeração é um problema principal no caso dos
armários de cabeamento, em muitas situações será suficiente ter apenas ventilação. Em certas
situações é necessário ter ar condicionado em pontos específicos. Pequenos sistemas UPS dedicados
com tempo de autonomia adicional representam uma solução custo efetiva em comparação com um UPS
grande e centralizado para alimentar todos os armários de cabeamento. Pode haver um certo problema
com as MDFs com relação ao tempo de autonomia disponível, que pode ser resolvido com um gerador ou
um sistema UPS com uma bateria com mais tempo de autonomia.
* Os níveis de disponibilidade mencionados neste relatório estão baseados em uma análise de
disponibilidade comparativa descrita no anexo do Relatório Interno Nº 69, intitulado “Energia e
Refrigeração para Aplicações de Telefonia IP e VoIP”
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Bibliografia 1. Relatório Interno Nº 69, “Energia e Refrigeração para Aplicações de Telefonia IP e VoIP”
2. Relatório Interno Nº 37, “Evitando Custos do Superdimensionamento da Infra-estrutura de Salas
de Redes e Centros de Dados”
3. Relatório Interno Nº 5, “Requisitos de Refrigeração em Centros de Dados e Salas de servidores e
Redes”
4. Relatório Interno Nº 24, “Como o UPS Afeta a Disponibilidade do Sistema”
5. Relatório Interno Nº 43, “Variações de Energia Dinâmica em Centros de Dados e Salas de
Servidores e Redes”
6. Relatório Interno Nº 1, “Diferentes Tipos de Sistemas No-Break”
7. Relatório Interno Nº 50, “Opções de Refrigeração para Equipamentos Montados em Rack com
Circulação de Ar Lateral”
8. Relatório Interno Nº 49, “Como Evitar Erros que Põem em Risco a Performance do Sistema de
Refrigeração em Centros de Dados e Salas de Servidores e Redes”
Referências American Power Conversion Corporation
Avaya
Cisco Systems
Nortel Networks
3COM
IEEE
Sobre o Autor:
Viswas Purani é Diretor de Tecnologias e Aplicações Emergentes na APC, no estado de Rhode Island nos
EUA, e tem extensa experiência internacional na área de eletrônica de potência. Em 1987 ele obteve o
diploma de bacharel na Índia com especialização em engenharia eletrônica no campo de energia e já
trabalhou na área de transferência de tecnologia UPS, unidades de corrente alternada e corrente contínua
de empresas líderes nos EUA e na Europa para a Índia. Ele teve sucesso ao abrir uma empresa de
suporte para centros de dados no Oriente Médio e na distribuição de semi-condutores da Motorola no
oeste da Índia. Ele fez um mestrado em administração de empresas com especialização em negócios
internacionais nos EUA em 1999. Ele entrou para a APC em 1997. Exerceu o cargo de gerente de produtos
e programas das linhas de produtos da Symmetra e InfraStruXure e esteve muito envolvido com o seu
desenho, desenvolvimento, lançamento e suporte no mundo inteiro.