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“LOST IN TRANSLATION”
Perturbações de Espectro do Autismo e programas de intervenção específicos:
O estado da arte em Portugal.
Ana Paula Antunes!
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Autores
Ana Paula Ant)nes – Doutoranda (Univ.Minho)
Luís Miranda de Cor4eia - Professor Catedrático (Univ.Minho)
Ana Paula Pereira - Professora Auxiliar (Univ.Minho)
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Apoios
AEAC
FCT
DGRHE
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Contexto
� Legislação educação especial. � Características especificas dos alunos com
PEA. � Questionamento sobre as práticas. � Voz dos envolvidos. � Metodologias baseadas em evidências.
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Finalidade
Compreender e sistematizar os factores que devem ser considerados na implementação de programas de intervenção junto de alunos com Perturbações do Espectro do Autismo, tendo em conta a experiência Portuguesa.
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Objetivos Compreender as perspectivas dos peritos, profissionais e pais face aos programas de intervenção específicos para alunos com PEA.
Identificar e descrever a estrutura conceptual e organizativa de 3 programas de intervenção: DIR/ Floortime; TEACCH; ABA implementados em Portugal.
Interpretar os dados recolhidos à luz das recomendações de peritos internacionais sobre intervenção baseada em evidências.
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Participantes
Informantes privilegiados (Quivy e Campenhoudt, 2008) ligados a programas de intervenção para alunos até aos 7/8 anos, que apresentem critérios de inclusão nas PEA.
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METODOLOGIA
Paradigma qualitativo/ interpretativo
� Estudos de caso instrumentais (Stake,
2009)
� Narrativa etnográfica (Ellis, et al.,
2010).
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Informantes privilegiados
Entrevistas exploratórias
Investigadores “SBC”
Testemunhas privilegiadas
“ICT” Público
potencial do estudo “MC”
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Entrevistas In
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• Teoria • Ética • Motivação • Finalidade • Avaliação • Empatia • Características
Test
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a • Currículo • Colaboração • Inclusão • Intervenção • Autonomia • Necessidades • Validade
científica
Doc
ente
• Ética • Estratégias • Sensibilidade • Métodos • Organização • Percurso de
vida • Voz das
famílias
Foco
do
olha
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Perspectivas teóricas Evidências científicas confirmam que as PEA são uma
perturbação do desenvolvimento que se mantem ao longo da vida afetando o desenvolvimento do cérebro e que surge
na infância. Caracterizam-se por uma tríade de sintomas ao nível da interação social, da comunicação e interesses
restritos e comportamento repetitivo. (Autism-Europe, 2012)
� Prevalência 1 em cada 100 crianças (Baron-Cohen,
2008). � Autismo clássico (Kanner, 1943) � Tríade de perturbações (Wing, 1979) Pe
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Perspectivas Teóricas C
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Perspectiva Etnográfica (Ochs et al,
2004).
Zona de desenvolvimento
proximal (Vygotsky, 1996)
“Necessidades das pessoas
autistas” (Riviére, 2002)
Teoria ecológica (Brofenbrenner,
1989)
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Perspectivas Teóricas Teoria da mente (Frith, 2006; Blakemore & Frith ,2009) Teoria das funções executivas (Ozonoff, 1997, 2003); Teoria da Coerência Central (Jollifee & Baron- Cohen, 1999,2000; Gomot & Baron-Cohen, S.,2010); Teoria da Cegueira mental (Baron-Cohen (1991,1995); Teoria da Empatia-Sistematização (Baron-Cohen, 2009).
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Informantes privilegiados
Entrevistas semi
estruturadas
DIR/ Flootime Profissionais /
família
ABA Profissionais /
família
TEACCH Profissionais /
família
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DIR/ Floortime (Greenspan, 1992)
Desenvolvimento, Diferenças Individuais, Relações O objetivo do DIR®/Floortime™ é construir fundações saudáveis para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo em vez de se focar em comportamentos isolados. (Greenspan e Shanker, 2003; Wieder e Greenspan, 2001; Greenspan, 1992).
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DIR/ Floortime (Greenspan, 1992)
Académico Comunicação Funções cognitivas superiores
Interpessoal generalização Motor Responsabilidade pessoal
Play Auto regulação
X X X X X X
• Competências que desenvolve
Problemas de comportamento Padrões de comportamento não funcional
Regulação sensorial ou emocional
Sintomas gerais
X X
• Controle de comportamentos
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Fonte: NAC (2009). National standards Report. National Autism Center: Massachusetts
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Os diferentes programas
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Múltiplas narrativas D
IR/ F
loor
time
Objetivos a alcançar
Desenvolver a parte emocional
e intelectual
Os pais entram na brincadeira
Áreas trabalhadas
A criança lidera
Aplicação diária do que aprende
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ABA (Lovaas, 1987) Programa Análise do Comportamento Aplicado (Applied Behavior Analysis): ABA Baseado nos trabalhos de J. Watson (1878-1958), psicólogo americano e B. F. Skinner, Ivar Loovas (1987) vai elaborar um modelo comportamentalista. Considera que o comportamento é determinado pelas consequências que daí advêm, partindo desta premissa estrutura o programa ABA.
Com
port
amen
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ABA (Lovaas, 1987) � Competências que desenvolve
Problemas de comportamento Padrões de comportamento não funcional
Regulação sensorial ou emocional
Sintomas gerais
X X X
Académico Comunicação Funções cognitivas superiores
Interpessoal generalização Motor Responsabilidade pessoal
Play Auto regulação
X X X X X X X
Com
port
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• Controle de comportamentos
Fonte: NAC (2009). National Standards Report. National Autism Center: Massachusetts
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Múltiplas narrativas A
BA
Intervenção intensiva
Apoio em todos os
contextos
Formação dos profissionais
Análise de tarefa Observação
Avaliar as interações
Estrutura
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TEACCH (Schopler, 1971) Treatment and Education of Autistic and related
Communication handicapped Children/ TEACCH
Metodologia “Ensino estruturado” baseada na compreensão das características dos indivíduos com autismo. Utiliza suportes visuais para promover a autonomia e dar sentido às ações. Foi desenvolvido por Eric Schopler e colaboradores na década de 70, na Carolina do Norte (Estados Unidos da América).
Edu
caci
onal
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TEACCH (Schopler, 1971) � Competências que desenvolve
Académico Comunicação Funções cognitivas superiores
Interpessoal generalização Motor Responsabilidade pessoal
Play Auto regulação
X X X X X X
Problemas de comportamento Padrões de comportamento não funcional
Regulação sensorial ou emocional
Sintomas gerais
• Controle de comportamentos
Edu
caci
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Fonte: NAC (2009). National Standards Report. National Autism Center: Massachusetts
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Múltiplas narrativas TE
AC
CH
Adaptação
Espaço organizado
Comunicação
Equipa Focalizar a atenção
Desenvolver competências
Contacto visual
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Síntese interpretativa provisória/ Programas � Todos os programas estudados, apresentam estratégias
consideradas adequadas para responder às características dos alunos com PEA tendo em conta as investigações recentes (NAC, 2009).
� Todos os programas estudados têm por base uma teoria que justifica a sua estrutura organizacional.
� Todos os programas estudados têm suporte de artigos científicos que justificam a intervenção.
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Síntese interpretativa provisória/ Informantes Os informantes privilegiados, no seu conjunto, referiram muitos dos fatores que são essenciais para desenvolver um programa para alunos com PEA. As referências feitas vão ao encontro do que dizem os peritos sobre práticas baseadas em evidências (Ruble, McGrew, Dalrymple, e Jung, 2010; Leekam, Prior e Uljarevic, 2011).
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Conclusões provisórias
• Colaborativa; • Interdisciplinar • Estudo de caso com regularidade;
• Formação contínua.
• Necessidades, capacidades e interesses da criança;
• Envolvimento da família e dos contextos.
• Inicial/ contínua • Instrumentos específicos; • Com base no currículo desenhado para o aluno;
• Monitorização da intervenção
• Intrínseca VS extrínseca • Generalização; • Atender às especificidades das PEA.
• Individualidade
Motivação Avaliação/ monitorização
Equipa Extensão da intervenção
Étic
a
Polít
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Investigação
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Referências Bibliográficas � Baron-Cohen,S. (2009).Autism: The Empathizing-systemizing (E-S) Theory. The Year in Cognitive
Neuroscience 2009,1156,68-80. � Eikeseth, S., (2008).Outcome of comprehensive psycho-educational interventions for young children
with autism, Res Dev Disabl, doi:10.1016/j.ridd.2008.02.003 � Frith,U.(2006).Autismo: Hacia una explicación del enigma. 2ª Edición. Psicología. Madrid: Alianza
Editorial � Nisbet, J., Watt, J. (1984). « Case Study » in J. Bell et al. (Ed). Conducting Small-Scale Investigations in
Educational Management. (72-92). London. Harper y Row/ The Open University. � Rivière, A. (2002). Autismo. Madrid: Ed. Trotta. � Rogers S. J. & Vismara L. A. (2008) Evidence based comprehensive treatments for early autism.
Journal of Clinical Child and Adolescent Psychology 37, 8–38. � Sarmento, M.( 2000).O Estudo de Caso Etnográfico em Educação. In N. Zago; M. Pinto de Carvalho;
R. A. T. Vilela (Org.) Itinerários de Pesquisa - Perspectivas Qualitativas em Sociologia da Educação. Rio de Janeiro, DP&A Editora. 137 – 182.
� Stansberry-Brusnahan, L.L.;Collet-Klingenberg, L.L. (2010). Evidence. Based Practices for Young Children with Autism Spectrum Disorders: Guidelines and recommendations from the National Resource Council and National Professional Development Center on Autism Spectrum Disorders. International Journal of Early Childhood Special Education (INT-JECSE), 2(1),45-56.
� Vygotsky, L.S. (1996). A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes. � Wing, L. (1988). The continuum of autistic characteristics. In E. Schopler & G. B. Mesibov (Eds).
Diagnosis and Assessment in Autism. Nova Iorque: Plenum Press.
Talvez os programas mais adequados sejam aqueles que têm em conta forma de funcionar da mente das pessoas com PEA.
Eticamente também quer dizer que em vez de esperarmos que a criança com PEA se junte ao nosso mundo nós estamos a
adaptar o nosso mundo para irmos ao encontro deles Baron-Cohen, 2009.
Muito obrigado
Contacto: [email protected]