Solista: Paulo Álvares (Piano)Regente: Gustavo Fontes
Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), 12 de setembro de 2013, 21hEntrada franca
Arthur Honegger Mauricio Kagel
Eduardo Guimarães Álvares
Música Contemporânea
Música Contemporânea
Arthur Honegger (1892-1955)Sinfonia n°2 (1941), para orquestra de cordas e trompete ad libitumI - Molto moderato - AllegroII - Adagio mestoIII - Vivace, non troppo
Intervalo
Mauricio Kagel (1931-2008)An Tasten (1977), estudo para piano
Eduardo Guimarães Álvares (1959-2013)A Terceira Margem do Rio (2011, primeira audição mundial), para orquestra de cordas, inspirado em um conto de Guimarães Rosa
Jogos de Antifonias (1988, primeira audição mundial da versão revisada), para piano e orquestra de cordas
Arthur Honegger (1892-1955) Sinfonia n°2 (1941)
Para muitos, o mais distinto representante do grupo de compositores conhecido por “Groupe des Six” (Grupo dos Seis), Honegger compôs sua segunda sinfonia como uma es-pécie de reação aos tristes acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.O primeiro movimento alterna um tempo lento, perpassado de um motivo melódico obscuro e insistente, e um Allegro marcado e marcial. O segundo movimento é formado por uma lúgubre passacaglia e uma parte B, que consiste de um baixo cromático que vai tomando corpo até alcançar um contunden-te fortíssimo. O terceiro movimento, de cará-ter mais leve, é caracterizado por insistentes pedais harmônicos e rítmicos que subjazem a vivazes fragmentos melódicos. Uma espécie de Hino Redentor, reforçado de um inespera-do trompete, finaliza a obra e instiga-nos o espírito a bons augúrios.
Mauricio Kagel (1931-2008) An Tasten (1977)
Consiste em uma paródia sobre os estudos para piano, com seus padrões motívicos repetidos à exaustão. Assim, progressões harmônicas por grau conjunto, formadas de acordes tonais, sobre compassos irregulares, são executadas às oitavas e oitavas compos-tas, com variações de tempo e dinâmica, gerando cores inusitadas e levando-nos a uma espécie de transe que é apenas inter-rompido por um insólito coral, distante e transcendental, até que a primeira ideia seja
retomada de maneira algo modificada. Uma pequena codeta, em movimentos paralelos, dá cabo ao discurso.
Eduardo Guimarães Álvares (1959-2013)A Terceira Margem do Rio (2011)
A soturna e estúrdia atmosfera do conto homônimo de Guimarães Rosa traduz-se perfeitamente em música através da par-titura, ainda que de modo não literal: Iso-lação. Violentos pizzicatos e arpejos (stra-ppati), melodias de solistas que colapsam em si mesmas, pedais harmônicos e um fugato de natureza quase autista refletem a obstinação do “velho do rio”.
Jogos de Antifonias (1988)
Antifonia: ora somente cordas duplas esfor-çadas, ora somente o piano, lento e vazio, ora cordas, ora piano, e finalmente solista e orquestra se encontram: um insistente pedal harmônico-rítmico em pizzicatos, pontilhismos ao piano, o piano se isola no-vamente: uma cadência com acordes repe-tidos, e voltam as cordas duplas esforçadas, entretanto, os acordes reiterados do piano ainda ressoam, o solista ainda se isola nova-mente: tremolo, cadência, tremolo, cadên-cia, só as cordas tremulam, piano e cordas se alternam a tremular, tremulam conjunta-mente, a ideia inicial retorna mais uma vez às cordas, porém, desta feita sempre tre-mulando, ao som de notas esparsas de um piano: dois pizzicatos isolados, sobrepondo os tons inteiros, reconduzem-nos ao silên-cio absoluto.
Gustavo Fontes – Regente
Violino IWagner Rodrigues (spalla)Tammy SoaresDébora RemorAlisson UnglaubTalita Limas
Violino IIRicardo Müller*Gilson BeckerFernando BresolinAlisson Berbert
ViolaMarco Origuella*Marcos DalmacioEstela Kolrausch
ViolonceloTácio César Vieira*Victor Hugo RuizJoaquin Rebollo Couto
ContrabaixoAndré Beck*Samuel Pasqualetto
TrompeteOrlando Steil
*Líderes de Naipe
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ção
É pianista e professor de piano, mú-sica de câmara contemporânea e improvisação experimental na Escola Superior de Música de Colônia, Ale-manha, onde coordena o Ensemble für Aleatorische Musik. Internacio-nalmente requisitado como solista e camerista, particularmente para música dos séculos XX e XXI, atua na Europa, China, Japão, Coreia e Amé-ricas do Norte e do Sul. Desde 2003 é professor coordenador de piano e
música de câmara do Instituto Politécnico de Castelo Branco, em Portugal.
Mineiro de Uberlândia, nascido em 1960 e formado pela USP, estudou nos EUA com Caio Pagano e Steven De Groote. Tem o mestrado pela Texas Christian University. Frequentou, com bolsa do DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), a Escola Superior de Música de Colônia, onde estudou com Aloys Kontarsky e Hans Ulrich Humpert. Recebeu o Prêmio Kranichstein de Música no XXXIII Darmstadt New Music Course e o 1º Prêmio no concurso Musikkreativ em Saarbrücken.
Trabalhou com nomes como Karlheinz Stockhausen, Luciano Berio e Philip Glass, e com as orquestras WDR Sinfonieorchester de Colônia, a Gürzenich Orchester (Colônia), Bo-chumer Symphoniker, Saarbrücken Radio-Sinfonieorchester, além de colaborar com di-versos conjuntos de música contemporânea.
Como compositor, dedica-se à fusão de processos composicionais juntando a eletrônica e a improvisação, executando inúmeras primeiras audições em vários continentes. Junto das mais importantes rádios alemãs já foram gravados mais de 30 CDs com repertório solista, camerístico e sinfônico, principalmente com a WDR Sinfonieorchester de Colônia.
Solista Paulo Álvares – Piano
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Diplomou-se em Música pela Universidade de São Paulo (USP), tendo recebido Láurea por Excelência Universitária das mãos de seu reitor. É duplamente pós-graduado na Alema-nha (Mannheim, como bolsista da Fundação Vitae, e Colônia) nos cursos Exame de Solista e Exame de Orquestra, ambos em contrabaixo, instrumento de sua especialidade.
Na Europa, atuou em diversas orquestras, como a Orquestra Sinfônica do Baixo-Reno (Solo-Contrabaixo), Orquestra Filarmônica de Stuttgart, Orquestra Sinfônica da Rádio de Colônia, Orquestra de Câmara de Han-nover (Solo-Contrabaixo), dentre outras.
Desde 2009 é Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia Santa Catarina, e vem colaborando com impor-tantes solistas nacionais e internacionais, chamando especial atenção seu empenho na execução de música contemporânea. Em 2012 foi o representante da região Sul do Brasil no festival Música de Agora, do Instituto Itaú Cultural (São Paulo), onde obras suas foram discutidas e executa-das. Em julho de 2012 foi nomeado tam-bém Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Cidade de Joinville.
Gustavo FontesRegente
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Composta por 21 músicos profissionais, a Orquestra Filarmonia Santa Catarina pri-ma pela excelência artística em suas per-formances, fruto de um trabalho intenso e da reunião de alguns dos melhores instru-mentistas de Santa Catarina. Em seus con-certos, a orquestra tem apresentado ao público um repertório de altíssimo nível técnico que muitas vezes inclui peças nun-ca antes executadas no Estado — sobre-tudo por orquestras catarinenses — com
a participação regular de solistas convida-dos de nível internacional.A Temporada 2013 da Orquestra Filar-monia Santa Catarina apresenta um re-pertório diversificado, que inclui grandes mestres da música clássica e compositores catarinenses como Edino Krieger e Gusta-vo Fontes, Regente da orquestra, com des-taque para a participação de renomados solistas, como o pianista Paulo Álvares e o violoncelista Alberto Kanji, entre outros.
Orquestra
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Equipe Técnica:Gustavo Fontes – Diretor ArtísticoDiogo Thumé – Produtor e Assessor de Imprensa Fernando Bresolin – Coordenador de ProduçãoDilmo Nunes – Assistente de ProduçãoPaula Albuquerque – Designer
Realização:Associação Cultural Filarmonia Santa Catarina(48) [email protected]
Produção:Sonorità Espaço Musical(48) 3204-9512 [email protected] www.sonorita.com.br
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Próximo ConCertoViolino SolistaData: 03 de outubro de 2013, 21hLocal: Teatro Teatro Ademir Rosa (CIC)Entrada FrancaSolista: Alessandro Borgomanero (Violino)Programa: Felix Mendelssohn, Claudio Santoro e Jaime Zenamon