Departamento de Saúde Pública da ARS Norte i
RReellaattóórriioo FFiinnaall 22001122
Departamento de Saúde PúblicaMinistério da Saúde Departamento de Saúde PúblicaMinistério da Saúde
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte ii
Departamento de Saúde PúblicaMinistério da Saúde Departamento de Saúde PúblicaMinistério da Saúde
RReellaattóórriioo eellaabboorraaddoo ppoorr::
MMaarriiaa NNeettoo DDiirreettoorraa ddoo DDeeppaarrttaammeennttoo ddee SSaaúúddee PPúúbblliiccaa
RRoocchhaa NNoogguueeiirraa
CCoooorrddeennaaddoorr ddaa UUnniiddaaddee ddee VViiggiillâânncciiaa EEppiiddeemmiioollóóggiiccaa
GGaabbrriieellaa RRooddrriigguueess GGeessttoorraa ddoo PPllaannoo ddee CCoonnttiinnggêênncciiaa RReeggiioonnaall ppaarraa aass OOnnddaass ddee CCaalloorr
MMaarriiaa ddoo AAmmppaarroo BBaarrrreeiirroo
GGrruuppoo ddee TTrraabbaallhhoo RReeggiioonnaall ddaass OOnnddaass ddee CCaalloorr
OOuuttuubbrroo ddee 22001122
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte iii
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos os profissionais que participaram na implementação dos Planos de Contingência
Específicos para as Temperaturas Extremas Adversas – Modulo Calor de 2012 e a todos os profissionais
que contribuíram para a elaboração deste relatório.
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ÍNDICE Pág.
1. INTRODUÇÃO 1
2. SISTEMA DE PREVISÃO E ALERTA 3
2.1. PLANO DE MONITORIZAÇÃO DIÁRIO DOS ALERTAS 3
2.2. MONITORIZAÇÃO DOS PARÂMETROS METEOROLÓGICOS 4
2.3. AVALIAÇÃO DAS TEMPERATURAS MÁXIMAS E EXTREMAS 7
2.4. REGISTO DE ONDAS DE CALOR 12
2.5. ÍNDICE DE ÍCARO 14
2.6. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ALERTA EMITIDOS DURANTE O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PCRTEA 2011 17
2.6.1 Distrito de Braga 17
2.6.2 Distrito de Bragança 18
2.6.3 Distrito de Porto 19
2.6.4 Distrito de Viana do Castelo 20
2.6.5 Distrito de Vila Real 21
2.6.6 Distritos de Aveiro, Guarda e Viseu 22
3. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS ALERTAS DIÁRIOS 23
4. MONITORIZAÇÃO DOS EFEITOS DAS ONDAS DE CALOR 24
4.1. MONITORIZAÇÃO DA PROCURA DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA 24
4.1.1 Urgências Hospitalares 24
4.1.2 Urgências em Centros de Saúde 26
4.2. MONITORIZAÇÃO DA MORTALIDADE 29
5. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE CONTINGÊNCIA ESPECÍFICOS 33
5.1. PLANOS DE CONTINGÊNCIA ESPECÍFICOS – ACES/ULS 33
5.2. AVALIAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS: ONDAS DE CALOR – PLANOS ESPECÍFICOS 35
5.3. PLANOS DE CONTINGÊNCIA ESPECÍFICOS – HOSPITAIS 37
6. AVALIAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS: INFORMAÇÃO DE RETORNO 38
7. DIVULGAÇÃO 41
8. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES 42
9. RECOMENDAÇÕES 45
ANEXOS
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SIGLAS
ACES Agrupamento de Centros de Saúde
ANPC Autoridade Nacional de Protecção Civil
ARS NORTE Administração Regional de Saúde do Norte, I.P.
CM Câmara Municipal
CS Centro de Saúde
CSP Cuidados de Saúde Primários
CVP Cruz Vermelha Portuguesa
DGS Direção - Geral da Saúde
EMA Estação Meteorológica Automática
GTR Grupo de Trabalho Regional
IM Instituto de Meteorologia
IMA Instituto do Mar e da Atmosfera
INSA Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
OC Onda de Calor
OMS Organização Mundial da Saúde
O3 Ozono
PCTEA Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas
PCRTEA Plano de Contingência Regional para as Temperaturas Extremas Adversas
PCE Plano de Contingência Específico
PSP Polícia de Segurança Pública
RN Região Norte
SAP Serviço de Atendimento Permanente
SIG Sistema de Informação Geográfica
SINUS Sistema de Informação Nacional
SONHO Sistema Integrado de Informação Hospitalar
SU Serviço de Urgência
ULS Unidade Local de Saúde
USP Unidade de Saúde Pública
UV Ultra-Violetas
VDM Vigilância Diária da Mortalidade
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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1. INTRODUÇÃO
Em 2011 e à semelhança das orientações divulgadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), foi adotada uma nova
designação para o anterior Plano de Contingência Regional para as Ondas de Calor (PCROC), passando a designar-se de
Plano de Contingência Regional para Temperaturas Extremas Adversas (PCTEA), que deveria compreender dois módulos
distintos: o Módulo Calor, que incide sobre o período Primavera-Verão; e o Módulo Frio, que incide sobre o período Outono-
Inverno:
15 de maio a 30 de setembro 15 de novembro a 31 de março
O Plano de Contingência Regional para as Temperaturas Extremas Adversas (PCRTEA) de 2012 foi elaborado de acordo com
as orientações divulgadas pela Direção – Geral da Saúde (DGS) através do Plano de Contingência para as Temperaturas
Extremas Adversas (PCTEA).
À semelhança dos anos anteriores, a Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. (ARS Norte), através do seu
Departamento de Saúde Pública (DSP), teve a responsabilidade de elaborar o PCRTEA 2012 tendo para isso, constituído o
Grupo de Trabalho Regional (GTR) para o Módulo Calor.
O período de vigência do PCRTEA – Módulo Calor foi de 15 de maio a 30 de setembro de 2012.
O PCRTEA 2012 – Modulo Calor, pretendeu ser um instrumento facilitador para os serviços de saúde públicos locais da região
Norte, relativamente às medidas a implementar em períodos de ondas de calor, para que fossem minimizados os efeitos
negativos do calor extremo na saúde da população, sobretudo nos grupos vulneráveis.
O PCRTEA – Modulo Frio, ainda não foi implementado na região Norte, uma vez que, se aguarda instruções por parte da
DGS para a sua divulgação/implementação a nível Nacional.
No PCRTEA 2012 estão definidas as orientações para a elaboração dos Planos de Contingência Específicos (PCE) bem como
as atribuições da ARS Norte/DSP, dos ACeS/USP e dos Centros Hospitalares/Hospitais.
A elaboração dos PCE, ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, é da responsabilidade do ACeS, competindo à USP, do
respectivo ACeS, a sua coordenação.
Em resumo, o Plano de Contingência pretende reforçar o sistema de vigilância e alerta existente, em colaboração com
todas as entidades envolvidas, no sentido de obter ganhos em saúde para a população portuguesa, através da
minimização dos efeitos negativos dos períodos de calor intenso.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 2
Com o presente relatório pretendemos avaliar a implementação do PCRTEA – Modulo Calor de 2012, de acordo com os seus
objectivos específicos:
1. Monitorizar diariamente os critérios que permitam definir os níveis de alerta;
2. Comunicar os níveis de alerta às Autoridades de Saúde locais, à Direcção – Geral da Saúde (DGS) e outras entidades
relevantes, de âmbito regional/distrital;
3. Monitorizar os efeitos das ondas de calor na saúde das populações através da procura de serviços de saúde e da
mortalidade;
4. Promover a avaliação das condições de climatização dos serviços de Saúde;
5. Promover a vigilância da presença da Legionella spp na água dos equipamentos de climatização nos serviços
prestadores de cuidados de saúde;
6. Promover a elaboração dos Planos de Contingência Específicos por parte dos Serviços de Saúde, com identificação
dos grupos vulneráveis, identificação dos abrigos e outras variáveis;
7. Monitorizar os mecanismos de resposta dos serviços de saúde face aos níveis de alerta;
8. Assegurar atempadamente a divulgação da informação à população (particularmente aos grupos mais vulneráveis)
dos cuidados a adoptar.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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1º Objetivo: Monitorizar diariamente os critérios que permitam
definir os níveis de alerta
2. SISTEMA DE PREVISÃO E ALERTA
2.1. Plano de Monitorização Diário dos Alertas
A comunicação dos alertas diários às diferentes entidades, tanto internas como externas, foi implementada, de acordo com
o definido no fluxograma do PCRTEA – Módulo Calor de 2012.
Foi efectuada a articulação tanto com as instituições de saúde, através das Unidades de Saúde Públicas (USP) dos
Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS), como com outras entidades externas nomeadamente, a Autoridade Nacional
de Protecção Civil (ANPC), o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, a Cruz Vermelha Portuguesa, entre outras.
Para a definição dos níveis diários de alerta foram realizadas pelo GTR, durante todo o período de vigência do PCRTEA,
várias actividades:
Atividade 1: Consulta dos dados do formulário disponibilizado diariamente pela Direcção-Geral da Saúde:
www.dgs.pt.
Atividade 2: Recolha e registo dos dados do Instituto do Mar e da Atmosfera (IMA) (ex-Instituto de Meteorologia)
verificados nas 24 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) localizadas na região Norte:
www.meteo.pt
Atividade 3 Registo e verificação das temperaturas máximas e extremas.
Atividade 4 Criação dos Mapas das Temperaturas Extremas Diárias.
Atividade 5 Consulta e registo do Índice Ícaro previsto para a Região Litoral e Interior Norte disponibilizado pelo INSA.
Atividade 6 Consulta e registo dos dados de mortalidade (VDM) verificados na Região Norte disponíveis através do
Sistema de Vigilância da Mortalidade pelo ONSA – INSA.
Atividade 7 Consulta dos níveis previstos para a região Norte do índice de qualidade do ar do Instituto do Ambiente
para os poluentes Ozono e PM10: www.qualar.org.
Atividade 8 Consulta dos índices Ultra-Violeta e Índice de Risco de Incêndio previstos diariamente no IMA –
www.meteo.pt.
Atividade 9 Definição dos níveis de alerta (ver anexo 1).
Atividade 10 Recepção dos níveis de alerta definidos pela Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.
referentes aos 18 concelhos da margem Sul do rio Douro e envio aos respectivos ACeS.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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2.2. Monitorização dos Parâmetros Meteorológicos
Na região Norte existem 24 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) do Instituto do Mar e da Atmosfera (IMA),
representadas no Mapa 1.
MAPA 1 – LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE MONITORIZAÇÃO AUTOMÁTICA DA REGIÃO NORTE
Diariamente a DGS disponibilizou informação relativa aos valores da temperatura máxima e mínima registada nas estações
localizadas na sede de cada distrito. Contudo, estes valores, nem sempre corresponderam à média das temperaturas
verificada nas estações localizadas no distrito, verificando-se acentuadas diferenças.
Os dados apresentados no quadro 1 referem-se aos valores da temperatura média e máxima mensal e verificados na sede
de distrito e os apresentados no quadro 2 referem-se à média dos resultados verificados em todas as EMA localizadas no
distrito.
QUADRO 1 – TEMPERATURAS MÉDIAS E MÁXIMAS VERIFICADAS POR MÊS NA ESTAÇÃO DE REFERÊNCIA – SEDE DO DISTRITO
Mês Temperatura
Estação de Referência
Braga Bragança Porto V. do Castelo V. Real Aveiro Guarda Viseu
MAIO* Média 23 23 20 21 22 21 22 20
Máxima 32 30 32 33 30 35 29 27
JUNHO Média 25 26 22 21 24 23 27 26
Máxima 38 37 36 28 35 37 37 34
JULHO Média 27 29 23 23 28 23 27 26
Máxima 38 36 38 36 36 37 37 34
AGOSTO Média 27 30 23 24 28 24 27 27
Máxima 33 37 27 27 36 29 35 35
SETEMBRO Média 28 28 26 26 27 26 26 24
Máxima 34 34 32 34 33 33 33 30
* A partir do dia 15 de maio
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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QUADRO 2 – TEMPERATURAS MÉDIAS E MÁXIMAS VERIFICADAS POR MÊS EM TODAS AS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS DO DISTRITO
ESTAÇÃO METEOROLÓGICA AUTOMÁTICA
Temperatura Braga Bragança Porto V. do Castelo V. Real Aveiro Guarda Viseu
MAIO* Média 23 23 21 23 23 23
Máxima 32 34 32 34 34 31
JUNHO Média 25 26 22 24 24 25
Máxima 38 42 36 42 42 37
JULHO Média 28 29 23 28 28 30
Máxima 39 42 38 42 42 38
AGOSTO Média 27 29 23 28 28 30
Máxima 33 39 27 39 39 38
SETEMBRO Média 28 27 26 27 27 27
Máxima 35 38 32 38 38 35
* A partir do dia 15 de maio
Sem valores disponíveis
Nível de alerta amarelo
Nível de alerta vermelho
O DSP baseou-se nos dados das temperaturas máximas horárias e extremas diárias, disponibilizados pelo IMA referentes às 24
EMA da região Norte, para fundamentar a decisão sobre a definição do nível de alerta a decretar sempre que os dados
fornecidos pelo IMA/DGS foram insuficientes ou não demonstravam a situação verificada.
Como se pode verificar através dos quadros 1 e 2, as temperaturas máximas verificadas por distrito foram maioritariamente
superiores nas EMA localizadas no distrito do que nas estações de referência situadas nas sedes de distrito.
Atendendo aos valores das temperaturas máximas registadas nas estações de referência (Quadro1), observa-se que julho foi
o mês onde se verificaram temperaturas máximas superiores a 33ºC em todos os distritos região, seguido do mês de junho.
As temperaturas máximas do ar nunca foram superiores a 38ºC em nenhum distrito.
Se atendermos aos valores registados no conjunto das EMA (Quadro 2), verifica-se que, em todos os meses, a temperatura
máxima foi superior a 33ºC em todos os distritos, com exceção para Braga e Porto em maio.
Observa-se de igual modo, o agravamento das temperaturas máximas nos meses de junho e julho, onde também foram
registadas temperaturas máximas superiores a 38ºC, sendo a máxima registada de 42ºC.
Refira-se que em 2012 também houve registo de temperaturas muito elevadas em setembro em todos os distritos em
particular no interior Norte e em Viana do castelo, devido às temperaturas registadas na estação de Monção (Valinha).
A temperatura máxima registada foi de 42ºC nos distritos de Bragança (Mirandela) e Viana do Castelo (Monção – Valinha).
No Quadro 3 estão representadas as EMA localizadas por ACeS/ULS.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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QUADRO 3 – ESTAÇÃO DE REFERÊNCIA E EMA REPRESENTATIVA, POR ACES / ULS.
ACES / ULS N.º EMA ESTAÇÃO DE REFERÊNCIA EMA S EXISTENTES
ULS – NORDESTE 7 BRAGANÇA
BRAGANÇA
CARRAZEDA DE ANSIÃES
MIRANDELA
MACEDO DE CAVALEIROS
MIRANDA DO DOURO
MOGADOURO
MONCORVO
ALTO TRÁS-OS-MONTES II – ALTO TÂMEGA E BARROSO
3 VILA REAL (C.C)***
CABRIL (S. LOURENÇO)
CHAVES (AERÓDROMO)
MONTALEGRE
AVE I – TERRAS DE BASTO 1
BRAGA (MERELIM)
CABECEIRAS DE BASTO
AVE II – GUIMARÃES / VIZELA - -
AVE III – FAMALICÃO - -
CÁVADO I – BRAGA 1 BRAGA (MERELIM)
CÁVADO II – GERÊS / CABREIRA - -
CÁVADO III – BARCELOS / ESPOSENDE - -
DOURO I – MARÃO E DOURO NORTE 1 VILA REAL (C.C.) VILA REAL (C.C.)
DOURO II – DOURO SUL 1 VISEU *** MOIMENTA DA BEIRA
ENTRE DOURO E VOUGA I – FEIRA / AROUCA 1 AVEIRO *** AROUCA
ENTRE DOURO E VOUGA II – AVEIRO NORTE - - -
GRANDE PORTO I – SANTO TIRSO / TROFA - - -
GRANDE PORTO II – GONDOMAR - - -
GRANDE PORTO III – VALONGO - - -
GRANDE PORTO IV – MAIA 1
PORTO
PORTO (AEROPORTO) ***
GRANDE PORTO IX – GAIA / ESPINHO - -
GRANDE PORTO V – PÓVOA DE VARZIM / VILA DO CONDE
- -
GRANDE PORTO VI – PORTO OCIDENTAL 2 PORTO (PEDRAS RUBRAS) ***
GRANDE PORTO VII – PORTO ORIENTAL - -
GRANDE PORTO VIII – GAIA - -
TÂMEGA I – BAIXO TÂMEGA - -
TÂMEGA II – VALE DO SOUSA SUL 1 -
TÂMEGA III – VALE DO SOUSA NORTE - -
ULS DE MATOSINHOS, E. P. E. - -
ULS DO ALTO MINHO, E. P. E. 5 VIANA DO CASTELO
(CHAFÉ)
LAMAS DE MOURO (P. RIB.)
MONÇÃO (VALINHA)
PONTE DE LIMA (E. AGRIC.)
VIANA DO CASTELO (CHAFÉ)
VILA NOVA DE CERVEIRA (AERO)
*** NÃO ESTÁ LOCALIZADA NA ÁREA GEOGRÁFICA DO ACES
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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2.3. Avaliação das Temperaturas máximas e mínimas
Os dados disponibilizados no formulário da DGS “Ondas de Calor – Registos diários” referentes às temperaturas máximas e
mínimas verificadas diariamente na região Norte, foram informatizados com vista ao seu posterior tratamento estatístico.
De referir que, os dados registados através do formulário referem-se unicamente às temperaturas verificadas nas estações de
monitorização localizadas na sede de distrito.
Durante o período de vigência do PCRTEA 2012, o IMA cedeu a informação relativa a todas as estações localizadas na
região, ou seja, por EMA, que incluíam os valores horários da temperatura do ar, da 1h às 24h, e os dados referentes às
temperaturas extremas (temperaturas mínimas do ar verificadas no próprio dia e as temperaturas máximas do ar verificadas
no dia anterior). Os dados das temperaturas horárias actualizados foram-nos facultados diariamente às 9 h – 12 h – 15 h – 17
h e às 24 h.
Nos quadros 4 e 5 apresentam-se as temperaturas máximas e mínimas registadas por mês em cada distrito.
QUADRO 4 – TEMPERATURA MÁXIMA REGISTADA POR MÊS, POR DISTRITO, NA REGIÃO NORTE
Braga Bragança Porto V. do Castelo Vila Real Aveiro Viseu Guarda
Maio 32ºC 30ºC 32ºC 33ºC 30ºC 35ºC 29ºC 27ºC
Junho 38ºC 37ºC 36ºC 28ºC 35ºC 31ºC 36ºC 34ºC
Julho 38ºC 36ºC 38ºC 36ºC 36ºC 37ºC 37ºC 34ºC
Agosto 33ºC 37ºC 27ºC 27ºC 36ºC 29ºC 35ºC 35ºC
Setembro 34ºC 34ºC 32ºC 34ºC 33ºC 33ºC 33ºC 30ºC
Ultrapassado o critério de alerta n.º 2 definido no PCRTEA 2012
Ultrapassado o critério de alerta definido no PCTEA 2012 – DGS
QUADRO 5 – TEMPERATURA MÍNIMA REGISTADA POR MÊS, POR DISTRITO, NA REGIÃO NORTE
Braga Bragança Porto V. do Castelo Vila Real Aveiro Viseu Guarda
Maio 15ºC 14ºC 17ºC 15ºC 14ºC 16ºC 16ºC 17ºC
Junho 21ºC 21ºC 18ºC 19ºC 23ºC 20ºC 23ºC 22ºC
Julho 17ºC 18ºC 23ºC 20ºC 20ºC 19ºC 24ºC 21ºC
Agosto 19ºC 17ºC 20ºC 18ºC 20ºC 20ºC 23ºC 24ºC
Setembro 19ºC 16ºC 21ºC 18ºC 19ºC 20ºC 22ºC 19ºC
Ultrapassado o critério de alerta n.º 4 definido no PCRTEA 2012
Ultrapassado o critério de alerta definido no PCTEA 2012 – DGS
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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Da análise das temperaturas máximas registadas nos meses de maio a setembro (figura 1 a 10), no litoral e interior da região
Norte, pode-se constatar:
No litoral Norte, os meses de junho e julho foram os meses mais críticos, tendo sido ultrapassados, por diversas vezes, os limites
definidos para alerta amarelo e vermelho.
No interior Norte, os meses de junho, julho e agosto foram os meses mais críticos em termos de ultrapassagem do nível de
alerta amarelo. Em julho, houve também a ultrapassagem do nível de alerta vermelho.
No litoral Norte, há a registar especialmente em maio, junho e julho aumentos bruscos da temperatura do ar, traduzidos em
picos de variação da temperatura que embora, não fossem sentidos durante muitos dias, foram particularmente
preocupantes, uma vez que de um dia para o outro, a temperatura do ar aumentava drasticamente para de seguida voltar
a descer de forma abrupta. Assim, nestes meses, houve a assinalar grande instabilidade das temperaturas máximas no Litoral
Norte.
Nos meses de maio e junho e ao contrário do que seria previsível, nas regiões do interior, as temperaturas do ar foram muito
similares às verificadas no interior e por vezes, com temperaturas inferiores às verificadas no litoral. Nesta região, as
temperaturas máximas, foram sempre muito baixas com alguns picos similares mas que se prolongaram por mais dias do que
no litoral.
No mês de julho as temperaturas foram mais elevadas no interior do que no litoral e mais estáveis, ao contrário do que se
verificou no litoral.
Em agosto, as temperaturas foram mais constantes tento do litoral como no interior. Contudo, as temperaturas foram
superiores no interior. Refira-se, que no litoral e apesar de constantes, as temperaturas foram muito baixas para a época do
ano, nunca tendo sido superior a 33ºC.
Em setembro, as temperaturas mantiveram-se constantes e abaixo do nível de alerta amarelo, sofrendo uma descida brusca
na última semana do mês.
Em resumo, em 2012, houve a assinalar grandes variações de temperatura máxima em toda a região, sendo que, os distritos
onde foram registados valores mais elevados da temperatura do ar foram os distritos localizados no litoral em especial para o
distrito de Braga, onde durante junho e julho as temperaturas subiram até aos 38ºC.
Chama-se de igual modo à atenção, que neste ano e em comparação com os anos anteriores, o distrito do Porto sofreu
aumentos da temperatura significativos, tendo atingido em julho, temperaturas máximas de 38ºC.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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MAIO
FIGURA 1 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM MAIO NO LITORAL NORTE FIGURA 2 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM MAIO NO INTERIOR NORTE
JUNHO
FIGURA 3 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM JUNHO NO LITORAL NORTE FIGURA 4 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM JUNHO NO INTERIOR NORTE
JULHO
FIGURA 5 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM JULHO NO LITORAL NORTE FIGURA 6 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM JULHO NO INTERIOR NORTE
AGOSTO
FIGURA 7 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM AGOSTO NO LITORAL NORTE FIGURA 8 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM AGOSTO NO INTERIOR NORTE
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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SETEMBRO
FIGURA 9 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM SETEMBRO NO LITORAL NORTE FIGURA 10 – TEMPERATURAS MÁXIMAS REGISTADAS EM SETEMBRO NO INTERIOR NORTE
Nas figuras 11 a15 está representada a evolução das temperaturas médias mensais verificadas por distrito desde 2010 a 2012.
Litoral Norte Interior Norte
FIGURA 11 – EVOLUÇÃO DAS TEMPERATURAS MÉDIAS REGISTADAS EM BRAGA ENTRE
2010-2012 FIGURA 12 – EVOLUÇÃO DAS TEMPERATURAS MÉDIAS REGISTADAS EM BRAGANÇA
ENTRE 2010-2012
FIGURA 13 – EVOLUÇÃO DAS TEMPERATURAS MÉDIAS REGISTADAS NO PORTO ENTRE
2010-2012 FIGURA 14 – EVOLUÇÃO DAS TEMPERATURAS MÉDIAS REGISTADAS EM VILA REAL ENTRE
2010-2012
FIGURA 15 – EVOLUÇÃO DAS TEMPERATURAS MÉDIAS REGISTADAS EM VIANA DO
CASTELO ENTRE 2010-2012
Como se pode verificar, 2012 foi o ano onde as temperaturas médias mensais foram mais baixas em todos os distritos da
região Norte.
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No gráfico 1 estão representadas as percentagens de excedências do critério 1 definido no PCRTEA – Módulo Calor,
verificadas nos diferentes distritos por mês.
BRAGA
maio junho julho agosto setembro
BRAGANÇA
PORTO
VIANA DO CASTELO
VILA REAL
GRÁFICO 1 – PERCENTAGEM DE EXIGÊNCIAS VERIFICADAS POR DISTRITO E POR MÊS
Como se pode ver nos gráficos apresentados, os meses mais quentes foram os meses de junho e julho, para todos os distritos
da região, em especial no distrito de Braga.
Chama-se á atenção que o distrito do Porto, e ao contrário do que foi verificado nos anos anteriores, obteve valores
extremamente elevados, considerados de alerta vermelho. No entanto, ocorreram numa sequência de picos e não num
intervalo de tempo suficiente para perfazer o considerado como onda de calor mas sim picos de calor.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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2.4. Registo de Ondas de Calor
No quadro 6 apresentam-se os registos dos dias e meses em que ocorreram as 4 ondas de calor, com uma duração de
apenas 7 dias, na região Norte, designadamente:
1. 26 e 27 de junho
2. 18 e 19 de julho
3. 24 e 25 de julho
4. 10 de agosto
QUADRO 6 – REGISTO DOS DIAS E MESES COM ONDAS DE CALOR NA REGIÃO NORTE EM 2012
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
No quadro 7 apresentam-se o número de períodos e o número de dias de onda de calor nos distritos da região Norte.
O distrito de Bragança registou o maior número de períodos de calor (4 períodos), perfazendo 7 dias de alerta amarelo.
No total, houve 4 períodos de onda de calor correspondendo a 7 dias de alerta amarelo.
Os meses com alertas amarelos foram:
� junho (2 dias);
� julho (4 dias) e;
� agosto (1 dia).
O mês de julho foi o mês com maior número de alertas.
Em 2012, no período de vigência do módulo calor, 3 dos distritos da região Norte, alteraram o seu nível de alerta para
amarelo. Contudo, não houve registo de nenhum alerta vermelho na região.
No quadro 8 apresentam-se o número de períodos e o número de dias de onda de calor nos distritos da região Norte.
QUADRO 7 – N.º DE PERÍODOS E N.º DE DIAS DE ONDAS DE CALOR POR DISTRITO
Distrito N.º de Períodos de
Ondas de Calor
N.º de Dias de
Ondas de Calor
Braga 2 3
Bragança 4 7
Porto 0 0
Viana do Castelo 0 0
Vila Real 4 5
Aveiro 0 0
Viseu 2 2
Guarda 1 1
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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Foram definidas as zonas de maior risco nos dias em que se verificavam temperaturas extremas, através da análise espacial
com o Sistema de Informação Geográfica (SIG). Verificaram-se acentuadas alterações nas temperaturas registadas, de
acordo com a área geográfica, nos períodos em que ocorreram as temperaturas extremas (ver mapas apresentados a
seguir).
MAPAS DAS TEMPERATURAS EXTREMAS CONCELHIAS PREVISTAS DURANTE A ONDA DE CALOR 2012
1.º Período de Onda de Calor
26-06-2012 27-06-2012
MAPAS DAS TEMPERATURAS EXTREMAS CONCELHIAS PREVISTAS DURANTE A ONDA DE CALOR 2012
2.º Período de Onda de Calor
18-07-2012 19-07-2012
MAPAS DAS TEMPERATURAS EXTREMAS CONCELHIAS PREVISTAS DURANTE A ONDA DE CALOR 2012
3.º Período de Onda de Calor
24-07-2012 25-07-2012
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 14
MAPAS DAS TEMPERATURAS EXTREMAS CONCELHIAS PREVISTAS DURANTE A ONDA DE CALOR 2012
4.º Período de Onda de Calor
10-08-2012
2.5. Índice de Ícaro
O “Sistema de Vigilância Ícaro” é um sistema de vigilância e monitorização de ondas de calor com potenciais efeitos na
saúde humana. Trata-se de um sistema nacional que para além de efectuar a vigilância para o Continente, também
monitoriza as sub-regiões como a região Norte (Litoral Norte e Interior Norte).
O valor do índice Ícaro é um indicador da possível gravidade na mortalidade associada aos factores climáticos. No entanto
não permite determinar o número de mortes esperadas.
Relativamente ao Índice Ícaro Regional, verificou-se que em 2012, verificaram-se alguns dias de ultrapassagem dos valores
definidos no critério 1 do PCTEA/PCRTEA.
No quadro 8 apresenta-se o número de dias em cada mês, em que o Índice – Alerta – Ícaro foi ultrapassado, para toda a
população e para a população com idade igual ou superior a 75 anos, e do litoral norte ou interior norte.
QUADRO 8 – N.º DE DIAS DE EXCEDÊNCIAS DO VALOR DO ÍNDICE – ALERTA - ÍCARO, PARA TODA A POPULAÇÃO E POPULAÇÃO COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 75 ANOS, E DO
LITORAL NORTE OU INTERIOR NORTE.
MÊS
Toda População
População 75+
Litoral Norte Interior Norte Litoral Norte Interior Norte
MAIO 2 1 2 2 JUNHO 2 4 2 2 JULHO 3 10 3 3 AGOSTO 4 11 4 4 SETEMBRO 9 0 9 1
• Para o litoral norte, o mês em que se verificou um maior número de dias de excedências, para toda a população e
para a população com idade superior a 75 anos, foi o mês de setembro.
• Para o interior norte, o mês em que se verificou um maior número de dias de excedências, para toda a população
e para a população com idade superior a 75 anos, foi o mês de agosto.
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De acordo com o quadro 9, valores mais elevados registados foram:
• Para o litoral norte, o mês em que se verificou valores mais elevados, para toda a população e para a população
com idade superior a 75 anos, foi o mês de julho.
• Para o interior norte, o mês em que se verificou valores mais elevados, para toda a população foi o mês de junho e
para a população com idade superior a 75 anos, foi o mês de julho.
Para a população em geral, o valor mais elevado foi 2,07 e foi verificado no Litoral Norte em julho; para a população com
idade igual ou superior a 75 anos o valor de 1,98 foi verificado no Litoral Norte, também no mesmo mês.
Embora de maio a setembro se tenham verificado valores positivos, em todos os grupos etários e regiões, em junho e julho
todos os grupos do litoral Norte excederam os valores limites definidos no critério 1 do PCRTEA como correspondendo ao
nível de alerta vermelho.
QUADRO 9 – VALORES MÁXIMOS DO VALOR DO ÍNDICE-ALERTA-ÍCARO VERIFICADOS POR MÉS E GRUPO ETÁRIO POR REGIÃO
Mês
Toda População
População 75+
Litoral Norte Interior Norte Litoral Norte Interior Norte
MAIO 0,05 0,02 0,04 0,02 JUNHO 1,64 0,98 1,84 0,70 JULHO 2,07 0,76 1,98 0,88 AGOSTO 0,56 0,79 0,35 0,24
SETEMBRO 0,52 0,00 0,38 0,02
Nas figuras 16 e 1 7 apresentam-se os valores máximos do Índice – Alerta – Ícaro por mês para a toda a população e para a
população com idade igual ou superior a 75 anos.
FIGURA 16 – VALORES MÁXIMOS MENSAIS DO ÍNDICE DE ÍCARO REGISTADO PARA TODA A POPULAÇÃO NA REGIÃO NORTE
FIGURA 17 – VALORES MÁXIMOS MENSAIS DO ÍNDICE DE ÍCARO REGISTADO PARA A POPULAÇÃO 75+ NA REGIÃO NORTE
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O mês em que se verificou um maior valor do índice de ícaro para toda a população foi o mês de julho assim como para a
população com idade igual ou superior a 75 anos.
No mês de julho foram registados os valores mais elevados. Para a população em geral, o valor mais elevado foi 2,07 e para
a população com idade igual ou superior a 75 anos de 1,98,
Nas figuras 18 a 22 apresentam-se os valores máximos do Índice – Alerta – Ícaro distritais verificados por mês para a toda a
população e para a população com idade igual ou superior a 75 anos.
FIGURA 18 – ÍNDICE ALERTA ÍCARO VERIFICADOS EM BRAGA FIGURA 19 – ÍNDICE ALERTA ÍCARO VERIFICADOS EM BRAGANÇA
FIGURA 20 – ÍNDICE ALERTA ÍCARO VERIFICADOS NO PORTO FIGURA 21 – ÍNDICE ALERTA ÍCARO VERIFICADOS EM VILA REAL
FIGURA 22 – ÍNDICE ALERTA ÍCARO VERIFICADOS EM VIANA DO CASTELO
O valor do Índice Alerta Ícaro correspondente a efeitos prováveis e consequências graves esperadas sobre a saúde e a
mortalidade não foi ultrapassado em nenhum distrito da região.
Os valores referentes ao Índice Alerta Ícaro distrital foram mais elevados em junho no Porto. Estes valores foram mais ou
menos constantes neste distrito entre os meses de junho a agosto e com maior predominância no grupo etário da
população com idades superiores a 75 anos.
O valor máximo do Índice Alerta Ícaro considerado com efeitos não significativos mas com efeitos prováveis na mortalidade
foi ultrapassado em todos os distritos, contudo com valores mais visíveis no distrito de Braga em junho e em agosto em
Bragança.
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2.6. Avaliação dos Níveis de Alerta
Os critérios utilizados para a definição dos níveis de alerta estão definidos no PCRTEA 2012 – Módulo Calor. Estes tiveram em
conta os sugeridos no PCTEA 2012 e o Índice Ícaro, as temperaturas máximas, a subida brusca da temperatura igual ou
superior a 6ºC e as temperaturas mínimas.
2.6.1 Distrito de Braga
Na figura 23 apresentam-se os registos das temperaturas máximas em Braga, bem como o número de dias de alerta verde,
amarelo e vermelho.
FIGURA 23 – EVOLUÇÃO DA TEMPERAURA MÁXIMA EM BRAGA, DE MAIO A SETEMBRO 2012
Durante o período de vigência do PCRTEA 2012, no distrito de Braga, foram registados os seguintes dias por nível de alerta:
137 Dias de Nível de Alerta verde
3 Dias de Nível de Alerta amarelo
0 Dia de Nível de Alerta vermelho
FIGURA 24 – DIAS DE ALERTA VERIFICADOS NO DISTRITO DE BRAGA, DE MAIO A SETEMBRO
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2.6. 2 Distrito de Bragança
Na figura 25 apresentam-se os registos das temperaturas máximas no distrito de Bragança, bem como o número de dias de
alerta verde, amarelo e vermelho.
FIGURA 25 – EVOLUÇÃO DA TEMPERAURA MÁXIMA EM BRAGANÇA, DE MAIO A SETEMBRO 2012
Durante o período de vigência do PCRTEA 2012, no distrito de Bragança, foram registados os seguintes dias por nível de
alerta:
132 Dias de Nível de Alerta verde
7 Dias de Nível de Alerta amarelo
0 Dias de Nível de alerta vermelho
FIGURA 26 – DIAS DE ALERTA VERIFICADOS NO DISTRITO DE BRAGANÇA, DE MAIO A SETEMBRO
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2.6.3 Distrito do Porto
Na figura 27 apresentam-se os registos das temperaturas máximas no distrito do Porto, bem como o número de dias de alerta
verde, amarelo e vermelho.
FIGURA 27 – EVOLUÇÃO DA TEMPERAURA MÁXIMA NO PORTO, DE MAIO A SETEMBRO 2012
Durante o período de vigência do PCRTEA 2012, no distrito do Porto, foram registados os seguintes dias por nível de alerta:
139 Dias de Nível de Alerta verde
0 Dias de Nível de Alerta amarelo
0 Dias de Nível de alerta vermelho
FIGURA 28 – DIAS DE ALERTA VERIFICADOS NO DISTRITO DO PORTO, DE MAIO A SETEMBRO
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2.6.4 Distrito de Viana do Castelo
Na figura 29 apresentam-se os registos das temperaturas máximas no distrito de Viana do Castelo, bem como o número de
dias de alerta verde, amarelo e vermelho.
FIGURA 29 – EVOLUÇÃO DA TEMPERAURA MÁXIMA EM VIANA DO CASTELO, DE MAIO A SETEMBRO 2012
Durante o período de vigência do PCRTEA 2012, no distrito de Viana do Castelo, foram registados os seguintes dias por nível
de alerta:
139 Dias de Nível de Alerta verde
0 Dias de Nível de Alerta amarelo
0 Dias de Nível de alerta vermelho
FIGURA 30 – DIAS DE ALERTA VERIFICADOS NO DISTRITO DE VIANA DO CASTELO, DE MAIO A SETEMBRO
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2.6. 5 Distrito de Vila Real
Na figura 31 apresentam-se os registos das temperaturas máximas no distrito de Vila Real, bem como o número de dias de
alerta verde, amarelo e vermelho.
FIGURA 31 – EVOLUÇÃO DA TEMPERAURA MÁXIMA EM VILA REAL, DE MAIO A SETEMBRO 2012
Durante o período de vigência do PCRTEA 2012, no distrito de Vila Real, foram registados os seguintes dias por nível de alerta:
134 Dias de Nível de Alerta verde
5 Dias de Nível de Alerta amarelo
0 Dias de Nível de alerta vermelho
FIGURA 32 – DIAS DE ALERTA VERIFICADOS NO DISTRITO DE VILA REAL, DE MAIO A SETEMBRO
Da análise das figuras 24, 26,28, 30 e 32, verifica-se que, durante o período de vigência do PCRTEA 2012, foram definidos 15
alertas amarelos nos distritos de Braga, Bragança, e Vila Real:
� Braga: 3 alertas amarelos;
� Bragança: 7 alertas amarelos;
� Vila Real: 5 alertas amarelos.
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2.6.6 Distritos de Aveiro, Guarda e Viseu
A ARS Norte abrange também 18 concelhos da margem Sul do Rio Douro. A emissão dos alertas para os distritos de Aveiro,
Guarda e Viseu foi da responsabilidade da Administração Regional de Saúde do Centro, I.P..
Foram definidos para:
� Aveiro - 0 alertas amarelos;
� Guarda - 1 alertas amarelos;
� Viseu - 2 alertas amarelos.
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2º Objetivo: Comunicar os níveis de alerta às Autoridades de Saúde
locais, à DGS e outras entidades relevantes, de âmbito
regional/distrital.
3. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DOS ALERTAS DIÁRIOS
A comunicação dos alertas respeitou o estabelecido no PCROC 2012, o que implicou a comunicação dos alertas a 26 ACES,
através das suas USP.
Comunicação do Alerta de segunda a sexta-feira:
De segunda a sexta-feira, os alertas foram comunicados, sempre que possível, até às 16 horas, à DGS (através de fax e/ou e-
mail) e às USP (através de e-mail).
Os alertas referentes às segundas-feiras foram comunicados no próprio dia, no período da manhã.
Os ACES da região Norte que abrangem concelhos localizados na margem Sul do rio Douro foram informados dos alertas
emitidos pela ARS Centro, logo que os alertas foram recebidos no DSP da ARS Norte. Estes alertas foram comunicados, na
maior parte dos casos, antes das 16 horas.
Comunicação do Alerta durante o fim-de-semana:
A emissão dos alertas para os sábados e domingos foram comunicados na sexta-feira anterior. Quando foi necessário alterar
o nível de alerta durante o fim-de-semana, a comunicação foi efectuada através de SMS ou contacto telefónico directo
com os Coordenadores das Unidades de Saúde Pública.
A comunicação com outras entidades externas foi efectuada através dos Serviços de Saúde Pública Locais de acordo com
os seus PCE.
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3º Objetivo: Monitorizar os efeitos das ondas de calor na saúde das
populações através da procura de serviços de saúde e da
mortalidade
4. MONITORIZAÇÃO DOS EFEITOS DAS ONDAS DE CALOR
4.1. Monitorização da procura de Serviços de Urgência
Utilizaram-se os dados diários da procura dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos Centros de Saúde (CS) e dos
Serviços de Urgência (SU) dos Hospitais dos distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real, disponibilizados
no sítio da Direcção-Geral da Saúde (DGS) através da aplicação “Sistema de Suporte a Emergências em Saúde Pública –
SSESP”.
Os dados utilizados referem-se aos registos diários da temperatura máxima (TEMP) obtidos no sítio do IMA no período em
estudo para os distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.
Utilizaram-se as estimativas da população residente em 31 de Dezembro de 2008 (INE), por distrito e por grupo etário.
Testou-se a associação entre a temperatura máxima e a procura dos serviços de urgência nos Hospitais e nos Centros de
Saúde dos referidos distritos. Para tal, recorreu-se à análise do Coeficiente de Spearman dada a não normalidade da
distribuição da variável em estudo, temperatura.
Em todos os casos assumiu-se ∂=0,05 como valor crítico de significância dos resultados dos testes de hipóteses.
No tratamento e análise dos dados utilizaram-se os programas informáticos SPSS18® e Microsoft Excel2007®.
No período de 15 de maio a 30 de setembro de 2012, o número global de atendimentos nos SU dos Hospitais e nos SAP dos
CS nos referidos distritos foi 588 405 atendimentos.
4.1.1 Urgências Hospitalares
Distrito Total 0-14
anos ≥ 64 anos
Braga 21506 6299 5044
Bragança 29496 5095 10746
Porto 312188 62078 79980
Viana do Castelo 43633 8429 13978
Vila Real 56391 9083 20293
TOTAL 463214 90984 130041
FIGURA 33 – PROCURA DIÁRIA DE URGÊNCIAS HOSPITALARES POR DISTRITO NA
REGIÃO NORTE
QUADRO 10 – N.º DE PROCURA DE URGÊNCIAS HOSPITALARES POR DISTRITO E GRUPO ETÁRIO
Da análise da figura 33 e quadro 10, pode-se verificar que o maior número de atendimentos nas urgências hospitalares se
verificou no distrito do Porto, com 67% do total dos atendimentos verificados na região.
Relativamente aos dois grupos etários estudados, verificou-se que o maior número de atendimentos hospitalares se verificou
no grupo das pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos.
No distrito de Braga, o grupo etário dos 0-14 anos apresentou um maior número de atendimentos contrariando a tendência
verificada nos restantes distritos. Contudo e ao analisarmos o gráfico correspondente à procura dos serviços de urgência
hospitalares do distrito, verifica-se que esta tendência se verificou de maio a julho, invertendo a tendência a partir desse
mês.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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Litoral Norte Interior Norte
FIGURA 34 – EVOLUÇÃO DA PROCURA DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA HOSPITALAR POR GRUPO ETÁRIO E POR DISTRITO
Se analisarmos os dados atendendo à sua localização geográfica, verifica-se que o distrito localizado no litoral norte com
registo de um maior número de urgências hospitalares, foi claramente o distrito do Porto, seguido do distrito de Viana do
Castelo.
No interior norte, o distrito com maior número de atendimentos foi o distrito de Vila Real.
A nível nacional, o distrito de Vila Real, foi também o segundo distrito com o maior número de atendimentos nas urgências
hospitalares.
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4.1.2 Urgências em Centros de Saúde
Distrito Total 0-14
anos ≥ 64 anos
Braga 36814 7309 6239
Bragança 6481 1185 2071
Porto 13220 3084 2120
Viana do Castelo 24327 4404 6053
Vila Real 44349 6688 14457
TOTAL 125191 22670 30940
FIGURA 35 – PROCURA DIÁRIA DE URGÊNCIAS NOS CENTROS DE SAÚDE POR DISTRITO NA
REGIÃO NORTE
QUADRO 11 – N.º DE PROCURA DE URGÊNCIAS NOS CENTROS DE SAÙDE POR DISTRITO E GRUPO ETÁRIO
Da análise da figura 35 e quadro 11, pode verificar-se que o maior número de atendimentos nos centros de saúde ocorreu
no distrito de Vila Real, com 35% do total dos atendimentos verificados na região.
Relativamente aos dois grupos etários estudados, observou-se um maior número de atendimentos nos centros de saúde se
verificou no grupo das pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos com exceção para os distritos de Braga e Porto.
O grupo etário dos idosos foi o que registou maior número de atendimentos em particular no distrito de Vila Real, que foi
praticamente o dobro do verificado no segundo maior distrito da região.
Litoral Norte Interior Norte
FIGURA 36 – EVOLUÇÃO DA PROCURA DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA EM CENTROS DE SAÚDE POR GRUPO ETÁRIO E POR DISTRITO
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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Da análise da figura 36, pode verificar-se que a nível da região Norte, o distrito com maior número de atendimentos de
urgência nos centros de saúde foi o distrito de Vila Real seguido do de Braga. Vila Real foi também o distrito onde ocorreu
um maior número de atendimento de urgência do grupo etário dos idosos, havendo uma grande variação entre este
número e o correspondente ao grupo etário das crianças.
Atendendo à região geográfica, verificou-se que o distrito com maior número de atendimentos no Litoral Norte foi Braga e
no interior Norte, foi o distrito de Vila Real,
Relativamente aos dois grupos etários estudados, observou-se um maior número de atendimentos nos centros de saúde do
grupo das pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos com especial relevância para os distritos de Braga e Vila Real.
O quadro 12 mostra a distribuição do número total de atendimentos nos SU e nos SAP por grupo etário. A proporção de
atendimentos no grupo etário dos 0-14 anos foi de 18,1 nos SAP e de 19,6% nos SU, tendo a proporção de atendimentos nos
idosos sido de 24,7% nos SAP e 28,2 % nos SU. Logo, houve mais atendimentos tanto nos SAP como para o SU para o grupo
etários dos idosos.
O maior número de atendimentos de urgência foi verificado nos serviços de urgência hospitalares em todos os grupos etários
considerados.
QUADRO 12 – DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO TOTAL DE ATENDIMENTOS NOS SU E NOS SAP POR GRUPO ETÁRIO
TOTAL 0-14 ANOS 65 E MAIS ANOS
n n % n %
NÚMERO TOTAL DE ATENDIMENTOS
HOSPITAIS 463214 90984 19,6 130041 28,2
CENTROS DE SAÚDE 125191 22670 18,1 30940 24,7
TOTAL 588405 113654 - 160981 -
A relação entre o número de atendimentos nos SU e nos SAP e a temperatura máxima da RN foi determinada pelo
coeficiente de correlação (Spearman) entre a temperatura máxima e a procura dos SU nos Hospitais e dos SAP nos CS para
todos os grupos etários e para o grupo etário dos 65 e mais anos de idade, por distrito. Os valores estão apresentados no
quadro 13.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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QUADRO 13 - COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA MÁXIMA E A PROCURA DOS SU NOS HOSPITAIS E DOS SAP NOS CS PARA TODOS OS GRUPOS ETÁRIOS E PARA
O GRUPO ETÁRIO DOS 65 E MAIS ANOS DE IDADE, POR DISTRITO.
Distrito / Hospital / CS / Grupos etários Temperatura
Máxima
Braga
Hospital
Total r = -0,003 p=0,970
0-14 anos r = -0,229 p=0,008
≥65 anos r = 0,057 p=0,514
Centro de Saúde
Total r = -0,247 p=0,004
0-14 anos r = -0,347 p=0,000
≥65 anos r = -0,226 p=0,009
Bragança
Hospital
Total r = 0,217 p=0,013
0-14 anos r = 0,025 p=0,775
≥65 anos r = 0,127 p=0,153
Centro de Saúde
Total r = -0,061 p=0,490
0-14 anos r = -0,009 p=0,919
≥65 anos r = -0,087 p=0,325
Porto
Hospital
Total r = -0,069 p=0,427
0-14 anos r = -0,513 p=0,000
≥65 anos r = -0,069 p=0,427
Centro de Saúde
Total r = 0,090 p=0,298
0-14 anos r = -0,406 p=0,000
≥65 anos r = -0,002 p=0,986
Viana do Castelo
Hospital
Total r = 0,216 p=0,012
0-14 anos r = -0,319 p=0,000
≥65 anos r = 0,302 p=0,000
Centro de Saúde
Total r = -0,179 p=0,039
0-14 anos r = -0,331 p=0,000
≥65 anos r = -0,012 p=0,891
Vila Real
Hospital
Total r = 0,155 p=0,072
0-14 anos r = -0,164 p=0,057
≥65 anos r = 0,138 p=0,108
Centro de Saúde
Total r = 0,043 p=0,622
0-14 anos r = -0,411 p=0,000
≥65 anos r = 0,099 p=0,252
SAP - Apenas há correlação positiva para Vila Real com exceção para o grupo etário dos 0-14 anos.
SU – Existe correlação positiva em todos os distritos embora, não em todos os grupos etários.
Em 2012 e como se pode verificar pela análise do quadro 11 existem três correlações lineares positivas estatisticamente
significativas (p <0,05) entre a temperatura e a procura dos serviços de saúde:
• Correlação positiva entre a procura dos SU nos hospitais para todos os grupos etários no distrito de Bragança;
• Correlação positiva entre a procura dos SU nos hospitais para todos os grupos etários no distrito de Viana do
Castelo.
• Correlação negativa entre a procura dos SAP nos Centros de Saúde para todos os grupos etários no distrito de Vila
Real.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 29
4.2. Monitorização da Mortalidade
O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) implementou um sistema de Vigilância Diária da Mortalidade (VDM)
em parceria com o Instituto dos Registos e do Notariado, de forma a monitorizar diariamente a mortalidade da população
portuguesa. O sistema VDM monitoriza o número de registos de óbitos nas Conservatórias do Registo Civil em Portugal. O
INSA envia à ARS Norte os dados relativos aos óbitos registados na região.
Utilizaram-se os dados diários do número de registos de óbitos na região Norte provenientes do sistema de vigilância VDM e a
informação diária dos alertas emitidos na região Norte.
Utilizou-se a medida de associação não simétrica eta para estudar a associação entre o número de óbitos e os alertas
emitidos na região Norte.
No tratamento e análise dos dados utilizaram-se os programas informáticos SPSS18® e Microsoft Excel2007®.
Analisando os dados disponibilizados pelo INSA durante o período de vigência do PCRTEA, constatou-se que houve um
aumento do número de mortes no período em que houve um acréscimo considerável do VDM (≥ 100 óbitos) em maio e
julho.
De acordo com figura 37, o valor mais elevado foi registado no dia 25 de maio, com 104 mortes tendo sido muito superior à
linha de base para a região Norte (73). Esta linha de base é a média registada no mesmo período nos 2 anos anteriores.
Em 25 de maio e nos dias anteriores a esta data, na região Norte não se verificou temperaturas máximas elevadas, pelo que
neste período não houve alteração do nível de alerta.
Em julho, houve também o registo de 102 óbitos no dia 18. Nesta data, a região encontrava-se em alerta amarelo em Braga,
Bragança e Vila Real.
O facto de os dados apresentados pelo INSA serem dados a nível regional, dificulta a sua análise, atendendo a que os
alertas são emitidos a nível distrital.
FIGURA 37 - EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE NA REGIÃO NORTE NO PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PCRTEA – MÓDULO CALOR 2012
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 30
Maio Junho
Julho Agosto
Setembro
FIGURA 38 - EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE NA REGIÃO NORTE DURANTE DE MAIO A SETEMBRO
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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Relativamente ao total da mortalidade verificada em 2012 e apresentada no quadro 14, constata-se que o número de
óbitos mensais foi similar de maio* a setembro. Contudo, apresentou-se ligeiramente superior nos meses de julho e agosto.
Se tivermos em consideração o número máximo registado em maio atendendo a tratar-se de dados referentes a apenas 15
dias, verifica-se que houve um aumento considerável do número de óbitos neste mês, similar ao verificado durante todo o
mês de julho.
QUADRO 14 – EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE (VDM) DURANTE O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO MÓDULO CALOR DO PCRTEA 2012 POR MÊS
Mês Mínimo Máximo Média VDM Total
Maio* 58 104 77 1334
Junho 46 98 73 2204
Julho 59 102 75 2317
Agosto 59 92 75 2313
Setembro** 56 85 74 2062
* A partir do dia 15 de maio
** dados disponíveis até ao dia 28-09-2012 e que corresponde ao boletim do dia 04-10-2012
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 32
4º Objetivo: Promover a avaliação das condições de climatização dos
Serviços de Saúde
5º Objetivo: Promover a vigilância da presença da Legionella spp na
água dos equipamentos de climatização nos serviços prestadores de
cuidados de saúde
No âmbito do protocolo de avaliação e gestão do risco associado a ambientes interiores estabelecido em 2007 celebrado
entre a Administração Regional de Saúde do Norte, I. P. e a Direcção-Geral da Saúde, o Departamento de Saúde Pública
da ARS Norte, no seu PCRTEA – Módulo Calor 2012 considerou como suas atribuições:
• Promover a avaliação das condições de climatização dos serviços públicos prestadores de cuidados de saúde e
• Assegurar a intervenção sobre os problemas identificados na avaliação das condições de climatização.
Para a sua concretização, o DSP tem em curso o Programa de Vigilância da Qualidade do Ar Interior (PVQAI) 2012 que
pretende avaliar as condições de conforto térmico e níveis de CO2 em Unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde
Primários. O relatório deste programa será, oportunamente, divulgado.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 33
6º Objetivo: Promover a elaboração dos Planos de Contingência Específicos
por parte dos Serviços de Saúde, com identificação dos grupos vulneráveis,
identificação dos abrigos e outras variáveis
5. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE CONTINGÊNCIA ESPECÍFICOS
5.1. Planos de Contingência Específicos – ACeS/ULS
A avaliação dos PCE elaborados pelos ACeS/ULS foi realizada através da análise do preenchimento dos formulários
disponibilizados na área reservada do sítio da DGS: Acesso a formulários – “Ondas de Calor – Planos Específicos” (ver anexo
2).
As orientações determinam que o preenchimento dos formulários seja efetuado em dois momentos distintos: no início do
período de vigência e na avaliação final do PCRTEA/PCE.
MAPA 3 E 4 – PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS “ONDAS DE CALOR” – PLANOS ESPECÍFICOS POR ACES/ULS NO INICIO E FIM DO PERÍODO DE VIGÊNCIA
ULS - Nordeste
ULS do Alto Minho, E. P. E.
Douro II - Douro Sul
Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso
Douro I - Marão e Douro Norte
Cávado II - Gerês / Cabreira
Tâmega I - Baixo Tâmega
Ave I - Terras de Basto
Tâmega II - Vale do Sousa Sul
Entre Douro e Vouga I - Feira / Arouca
Cávado III - Barcelos / EsposendeCávado I - Braga
Ave III - Famalicão
Ave II - Guimarães / Vizela
Tâmega III - Vale do Sousa Norte
Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte
Grande Porto I - Santo Tirso / Trofa
Grande Porto II - Gondomar
Grande Porto V - Póvoa de Varzim / Vila do Conde
Grande Porto IX - Gaia / Espinho
Grande Porto IV - Maia
Grande Porto III - ValongoULS de Matosinhos, E. P. E.
Grande Porto VIII - Gaia
Fonte: CAOP 2008 / ARS-Norte I. P. - Departamento de Saúde Pública
P l a n o d e C o n t i n g ê n c i a p a r a a s T e m p e r a t u r a s E x t r e m a s A d v e r s a s - M ó d u l o C a l o rP l a n o d e C o n t i n g ê n c i a p a r a a s T e m p e r a t u r a s E x t r e m a s A d v e r s a s - M ó d u l o C a l o rF o r m u l á r i o - O n d a s d e C a l o r - P l a n o s E s p e c í f i c o sF o r m u l á r i o - O n d a s d e C a l o r - P l a n o s E s p e c í f i c o s
I n í c i oI n í c i o
Planos de Contingência Específicos
Não
Sim
ULS - Nordeste
ULS do Alto Minho, E. P. E.
Douro II - Douro Sul
Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso
Douro I - Marão e Douro Norte
Cávado II - Gerês / Cabreira
Tâmega I - Baixo Tâmega
Ave I - Terras de Basto
Tâmega II - Vale do Sousa Sul
Entre Douro e Vouga I - Feira / Arouca
Cávado III - Barcelos / EsposendeCávado I - Braga
Ave III - Famalicão
Ave II - Guimarães / Vizela
Tâmega III - Vale do Sousa Norte
Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte
Grande Porto I - Santo Tirso / Trofa
Grande Porto II - Gondomar
Grande Porto V - Póvoa de Varzim / Vila do Conde
Grande Porto IX - Gaia / Espinho
Grande Porto IV - Maia
Grande Porto III - ValongoULS de Matosinhos, E. P. E.
Grande Porto VIII - Gaia
Fonte: CAOP 2008 / ARS-Norte I. P. - Departamento de Saúde Pública
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A v a l i a ç ã oA v a l i a ç ã o
Planos de Contingência Específicos
Não
Sim
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 34
Nos mapas 3 e 4 verificamos que os ACeS/ULS procederam ao preenchimento dos formulários “Ondas de Calor – Planos
Específicos” em maior número no início do período de vigência (50%) do que na fase de avaliação do PCE (34,6%).
Assim, no início do período de vigência 13 dos 26 ACeS/ULS existentes na região preencheram o formulário. Na fase de
avaliação, apenas 8 dos ACeS/ULS procederam ao registo do formulário disponibilizado.
Verificamos no quadro 16 que a proporção de concelhos que elaborou o PCE aumentou desde 2007 até 2011. A partir de
2010, a elaboração dos PCE passou a ser avaliada por ACeS/ULS e não por concelho.
A proporção em 2012 de ACeS/ULS que elaborou o PCE foi de apenas 50% que correspondente a metade do valor realizado
no ano anterior.
Em 2012, a proporção verificada foi 35% inferior à verificada em 2011.
QUADRO 16 – PROPORÇÃO DE CONCELHOS /ACES QUE ELABORARAM OS PCE, ENTRE 2007 E 2012
ANO SIM Não s/ dados N Total
N % N % N % N
2007 33 48% 14 21% 21 31% 68
2008 59 77% 9 13% 0 0% 68
2009 66 86% 20 23% 0 0% 86
2010* 14* 58% 12 42% NA NA 26*
2011 22 85% 4 15% NA NA 26
2012 13 50% 13 50% NA NA 26
* EM 2010 A ELABORAÇÃO DOS PCE PASSOU A SER AVALIADA POR ACES E NÃO POR CONCELHIO
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 35
5.2. Avaliação do Preenchimento dos formulários: Ondas de Calor – Planos Específicos
Nos quadros 17 e 18, apresentam-se os resultados referentes à avaliação do preenchimento dos formulários.
QUADRO 17 – PROPORÇÃO DE ACES/ULS, POR DISTRITO, QUE CUMPRIRAM AS ORIENTAÇÕES - ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO ESPECÍFICO
Distritos – ACES/ULS
RESPOSTAS
SIM NÃO S/ RESP.
% N % N % N
Braga
Bragança
Porto
Viana do Castelo
Vila Real
Aveiro
Viseu
Guarda
50%
100%
36%
100%
100%
50%
0%
0%
3
1
4
1
2
2
0
0
50%
0%
64%
0%
0%
50%
100%
-
3
0
7
0
0
2
1
-
- -
Total 50% 13 50% 13 - -
QUADRO 18 – PROPORÇÃO DE RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS DO FORMULÁRIO “ONDAS DE CALOR – PLANOS ESPECÍFICOS - INICIO”
IDENTIFICAÇÃO RESPOSTAS
SIM NÃO S/ RESP.
% N % N % N
Nota: N=26 Formulários - 26ACES/ULS
Dos 26 Formulários requeridos, 13 responderam (50%) N=13
Tipo Público
Privado
100%
0%
13
0
PERGUNTA % N % N % N
1- Unidade de Saúde Pública possui Plano Específico para Ondas de Calor? 100% 13 0% 0 0% 0
Logística: % N % N % N
2- Adequação de stocks de medicamentos? 46% 6 31% 4 23% 3
3- Climatização? 77% 10 0% 0 23% 3
4- Aquisição de equipamento técnico para tratamento de doentes? 15% 2 62% 8 23% 3
5- Aquisição de camas de recurso? 0% 0 77% 10 23% 3
6- Alteração do processo de admissão dos doentes de modo a facilitar a admissão de idosos e outros grupos vulneráveis?
23% 3 46% 6 31% 4
Gestão de meios humanos: % N % N % N
7- Calendarização das férias do pessoal tendo em conta o maior afluxo durante o calor?
38% 5 46% 6 15% 2
8- Contratação de pessoal para o período de calor? 8% 1 77% 10 15% 2
Acção de formação / sensibilização % N % N % N
9- Formação dos profissionais sobre os sintomas associados ao calor? 69% 9 15% 2 15% 2
10- Formação dos profissionais sobre o tratamento de casos associados ao calor? 54% 7 31% 4 15% 2
Informação % N % N % N
11- Registo de entradas associadas ao calor? 69% 9 15% 2 15% 2
12- Registo de altas associadas ao calor? 38% 5 46% 6 15% 2
13- Utilização das aplicações SINUS / SONHO? 54% 7 23% 3 23% 3
Cooperação interinstitucional % N % N % N
14- Articulação com outras entidades? 100% 13 0% 0 0% 0
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 36
QUADRO 19 – PROPORÇÃO DE RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS DO FORMULÁRIO “ONDAS DE CALOR – PLANOS ESPECÍFICOS - AVALIAÇÃO”
IDENTIFICAÇÃO RESPOSTAS
SIM NÃO S/ RESP.
% N % N % N
Nota: N=26 Formulários - 26ACES/ULS
Dos 26 Formulários requeridos, 9 responderam (35%) N=9
Tipo Público
Privado
100%
0%
9
0
PERGUNTA % N % N % N
1- Unidade de Saúde Pública possui Plano Específico para Ondas de Calor? 100% 9 0% 0 0% 0
Logística: % N % N % N
2- Adequação de stocks de medicamentos? 67% 6 22% 2 11% 1
3- Climatização? 89% 8 0% 0 11% 1
4- Aquisição de equipamento técnico para tratamento de doentes? 22% 2 67% 6 11% 1
5- Aquisição de camas de recurso? 0% 0 89% 8 11% 1
6- Alteração do processo de admissão dos doentes de modo a facilitar a admissão de idosos e outros grupos vulneráveis?
11% 1 56% 5 33% 3
Gestão de meios humanos: % N % N % N
7- Calendarização das férias do pessoal tendo em conta o maior afluxo durante o calor?
33% 3 56% 5 11% 1
8- Contratação de pessoal para o período de calor? 0% 0 89% 8 11% 1
Acção de formação / sensibilização % N % N % N
9- Formação dos profissionais sobre os sintomas associados ao calor? 67% 6 33% 3 0% 0
10- Formação dos profissionais sobre o tratamento de casos associados ao calor? 56% 5 33% 3 11% 1
Informação % N % N % N
11- Registo de entradas associadas ao calor? 33% 3 44% 4 22% 2
12- Registo de altas associadas ao calor? 22% 2 56% 5 22% 2
13- Utilização das aplicações SINUS / SONHO? 67% 6 11% 2 22% 2
Cooperação interinstitucional % N % N % N
14- Articulação com outras entidades? 100% 9 0% 0 0% 0
FIGURA 27 – PROPORÇÃO DE RESPOSTAS AO FORMULÁRIO “ONDAS DE CALOR – PLANOS ESPECÍFICO NO INICO E NA FASE DE AVALIAÇÃO DO PCE
Da análise dos quadros 17 e 18 e figura 27 pode-se constatar que:
1. Treze ACeS/ULS (50%) procederam ao registo eletrónico do PCE – Inico do Período de Vigência;
2. Nove ACeS/ULS (35%) procederam ao registo eletrónico do PCE – Avaliação;
3. Treze ACES/ULS (50%) não registaram o formulário “Ondas de Calor – Planos Específicos - Inico do Período de
Vigência”, pelo que se desconhece se foi elaborado o PCE;
4. Dezassete ACeS/ULS (65%) procederam ao registo eletrónico do PCE – Avaliação;
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 37
5. Apenas uma das USP, do ACeS Nordeste do distrito de Bragança (acrescido do concelho de Vila Nova de Foz Côa,
que pertence ao distrito da Guarda) preencheram os dois formulários correspondentes aos planos específicos. No
entanto, há a referir que neste Distrito, existe apenas um ACeS/ULS correspondendo a uma USP.
6. A totalidade dos planos específicos elaborados por ACeS/ULS são do tipo público;
7. No início do PCRTEA, afirmaram ter providenciado a aquisição de stocks de medicamentos 46% e as adequadas
condições de climatização 77% dos respondentes. No final esta percentagem subiu para 67% e 89%
respetivamente;
8. Nos dois períodos do PCRTEA, nenhum dos ACeS/ULS providenciou o reforço na aquisição/disponibilização de
camas de recurso;
9. No início, referiram não terem adquirido equipamento técnico para tratamento de doentes (15%), camas de
recurso (0%), e a alteração do processo de admissão dos doentes de modo a facilitar a admissão de idosos e
outros grupos vulneráveis (23%). No final, estas proporções alteraram para, 22%, 0% e 11% respetivamente;
10. Não foi considerada a calendarização das férias do pessoal tendo em conta o maior afluxo durante o calor (56%) e
a contratação de pessoal para o período de calor (77%). No final, as proporções foram de 56% e 89
respetivamente;
11. Referem ter sido executadas acções de formação e sensibilização a profissionais sobre os sintomas associados ao
calor 69% e 54% referem que foram efectuadas acções de formação aos profissionais sobre o tratamento de casos
associados ao calor. Este valor foi similar em ambos os períodos;
12. No início do plano, e relativamente à informação sobre o registo de situações relacionadas com o calor, em 15% foi
referido que não houve qualquer registo de entrada associada ao calor. No entanto, no final do plano, essa
proporção aumentou para 44% como seria espectável.
13. Inicialmente 38% referem ter havido registo de entrada de patologias associadas ao calor, tendo, mas no final,
apenas 22% das entidades confirmou esta informação.
14. Durante o PCRTEA foram registadas no SINUS 67% dos casos, sendo que houve em acréscimo na utilização desta
base de dados para o registo de situações relacionadas com o calor;
15. Na totalidade das respostas (100%) foi referido ter havido articulação com outras entidades.
5.3. Planos de Contingência Específicos – Hospitais
No PCRTEA – Módulo Calor 2012 e as Circulares Informativa nº 19/DSPCS de 18/05/2004 e Normativa nº: 20/DSA de 07/10/04
(que define os objetivos e os aspetos que deverão estar englobados nos Planos Específicos das Unidades de Saúde e
Avaliação da Implementação do Plano) e a Circular Normativa n.º 08/DA de 09/07/09 (Procedimentos) determinam que nos
Hospitais seja efetuado o PCE. No entanto, estas circulares ainda não foram atualizadas de acordo com os procedimentos
definidos no PCTEA 2012 – Módulo calor.
Através da consulta do sítio da DGS, verificámos que nenhum Centro Hospitalar /Hospital da região Norte efetuou o seu
registo.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 38
7º Objetivo: Monitorizar os mecanismos de resposta dos serviços de saúde face
aos níveis de alerta.
6. AVALIAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS REFERENTES À ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE
ALERTA – INFORMAÇÃO DE RETORNO
De acordo com as orientações divulgadas no âmbito do PCRTEA 2012 – Módulo Calor, todos os ACeS/ULS deveriam
preencher o formulário disponibilizado no sítio da DGS: Acesso a formulários - “Ondas de Calor – Informação de Retorno”,
sempre que se verificasse alteração do nível de alerta (ver anexo 3).
MAPA 5 – ELABORAÇÃO DA INFORMAÇÃO DE RETORNO POR NÍVEL DE ALERTA PELOS ACES/ULS
Como se pode verificar pelo mapa 5, dos 9 ACeS/ULS da região Norte afetados com onda de calor em 2012, 56% (N=5)
procederam ao preenchimento de pelo menos um formulário relativo à informação de retorno face aos alertas emitidos.
Os restantes 44% dos ACeS/ULS da região (N=4) não informaram a DGS / ARS Norte sobre quais as medidas tomadas face
aos alertas emitidos.
A proporção de formulários preenchidos em relação aos períodos de alertas emitidos foi: Braga com 60%, Bragança com
100% e Vila Real com 67%.
No quadro 19 está apresentada a proporção de respostas obtidas aos referidos formulário por distrito – ACeS/ULS.
QUADRO 19 – PROPORÇÃO DE RESPOSTAS AO REFERIDO FORMULÁRIO POR DISTRITO/ACES/ULS
Distritos – ACES / ULS N.º
FORMULÁRIO
INFORMAÇÃO DE RETORNO
ACES/ULS P. Ondas REQUERIDO REALIZADO
Braga Bragança Porto Viana do Castelo Vila Real
7 1 13 1 3
3 7 0 0 5
14 4 0 0
12
6 (60%) 4 (100%)
- -
8 (67%)
Total 30 18 (60%)
No quadro 20 estão apresentadas as respostas obtidas no Formulário “Ondas de Calor – Informação de Retorno”.
ULS - Nordeste
ULS do Alto Minho, E. P. E.
Douro II - Douro Sul
Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso
Douro I - Marão e Douro Norte
Cávado II - Gerês / Cabreira
Tâmega I - Baixo Tâmega
Ave I - Terras de Basto
Tâmega II - Vale do Sousa Sul
Entre Douro e Vouga I - Feira / Arouca
Cávado III - Barcelos / EsposendeCávado I - Braga
Ave III - Famalicão
Ave II - Guimarães / Vizela
Tâmega III - Vale do Sousa Norte
Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte
Grande Porto I - Santo Tirso / Trofa
Grande Porto II - Gondomar
Grande Porto V - Póvoa de Varzim / Vila do Conde
Grande Porto X - Espinho / Gaia
Grande Porto IV - Maia
Grande Porto III - ValongoULS de Matosinhos, E. P. E.
Grande Porto IX - Gaia
Fonte: CAOP 2008 / ARS-Norte I. P. - Departamento de Saúde Pública
P l a n o d e C o n t i n g ê n c i a p a r a a s Te m p e r a t u r a s E x t r e m a s A d v e r s a s - M ó d u l o C a l o rP l a n o d e C o n t i n g ê n c i a p a r a a s T e m p e r a t u r a s E x t r e m a s A d v e r s a s - M ó d u l o C a l o rF o r m u l á r i o - O n d a s d e C a l o r - I n f o r m a ç ã o d e R e t o r n oF o r m u l á r i o - O n d a s d e C a l o r - I n f o r m a ç ã o d e R e t o r n o
Informação de Retorno
Não
Sim
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 39
QUADRO 20 – PROPORÇÃO DE RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS DO FORMULÁRIO “ONDAS DE CALOR – INFORMAÇÃO DE RETORNO”
RESPOSTAS
SIM NÃO
Medidas Gerais % N % N
1- Identificação dos grupos de risco? 89% 16 11% 2
2- Identificação de locais climatizados? 67% 12 33% 6
3- Preparação de programas para grupos de risco? 50% 9 50% 9
4- Divulgação de informação à população sobre medidas para minimizar riscos decorrentes do calor?
94% 17 6% 1
5- Divulgação de informação a lares de 3.ª idade, infantários, centros de dia, sobre medidas para minimizar riscos decorrentes do calor?
94% 17 6% 1
6- Alteração do processo de admissão dos doentes de modo a facilitar a admissão de idosos e outros grupos vulneráveis?
100% 18 0% 0
Medidas de Ativação – Consoante o nível de alerta % N % N
7- Informação da população sobre a localização dos “abrigos” climatizados? 22% 4 78% 14
8- Visitas domiciliárias / telefonemas a pessoas isoladas, lares, infantários, centros de dia?
50% 9 50% 9
9- Apoio aos utentes dos locais de abrigo? 0% 0 100% 18
10- Assegurar atividades de vigilância sanitária da água para consumo humano, aspersores, em situações especiais com concentração de pessoas?
6% 1 94% 17
11- No caso de falta de água, vigiar a qualidade da água distribuída por meios alternativos, como carros de bombeiros, com especial atenção do parâmetro Pseudomonas?
0% 0 100% 18
12- Vigilância da qualidade da água de fontes ornamentais? 0% 0 100% 18
13- Vigilância da qualidade da água de fontanários? 0% 0 100% 18
14- Vigilância da qualidade da água de aspersores? 0% 0 100% 18
15- Vigilância da Legionella spp. na água dos equipamentos de climatização, nomeadamente, nos abrigos e nos serviços prestadores de cuidados de saúde?
6% 1 94% 17
16- Outras medidas? 6% 1 94% 17
Informações Adicionais % N % N
17- Ocorrências? 0% 0 100% 0
18- Outras entidades envolvidas? 100% 18 0% 100
19- Descrição da articulação com outras entidades? 100% 18 0% 100
20- Dificuldades na implementação? 0% 0 100% 0
21- Observações? 6% 1 94% 6
FIGURA 28 – PROPORÇÃO DE RESPOSTAS AO FORMULÁRIO – ONDAS DE CALOR – INFORMAÇÃO DE RETORNO
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 40
Da análise dos quadros 19 e 20 e figura 28 apresentados, referentes às respostas às perguntas constantes do formulário
pode-se constatar:
1. Apenas 60% das unidades de saúde pública procedeu ao registo eletrónico da informação de retorno requerida (N=18).
Sendo que, 40% não registou qualquer informação de retorno (N=12);
2. A proporção de registo verificada nos três distritos onde se verificou alteração do nível de alerta foi, com Braga (60%),
Bragança (100%) e Vila Real (67%);
3. A maior proporção de cumprimento verificou-se na ULS do Nordeste em Bragança (100%) e de incumprimento (40%)
verificou-se nos ACeS localizados no distrito de Braga;
4. Das respostas obtidas, a maioria referiu ter procedido à implementação das medidas gerais preconizadas. No entanto,
50% afirmou não ter sido possível a preparação de programas para os grupos de risco;
5. Relativamente às medidas de ativação – consoante o nível de alerta, a maioria revelou graves falhas (78%-100%) na
execução dessas medidas com exceção, para as visitas domiciliárias ou telefonemas a pessoas isoladas, lares, infantários,
centros de dia, entre outros, com um valor de 50%;
6. As maiores dificuldades foram referidas nas respostas às seguintes questões:
� MA3 – Apoio aos utentes dos locais de abrigo?
� MA4 – Assegurar atividades de vigilância sanitária da água para consumo humano, aspersores, em situações especiais com concentração de pessoas?
� MA5 – No caso de falta de água, vigiar a qualidade da água distribuída por meios alternativos, como carros de bombeiros, com especial atenção do parâmetro Pseudomonas?
� MA6 – Vigilância da qualidade da água de fontes ornamentais?
� MA7 – Vigilância da qualidade da água de fontanários?
� MA8 – Vigilância da qualidade da água de aspersores?
� MA9 – Vigilância da Legionella spp. na água dos equipamentos de climatização, nomeadamente, nos abrigos e nos serviços prestadores de cuidados de saúde?
� MA10 – Outras medidas?
7. Ninguém referiu ter assegurado atividades de vigilância sanitária da água para consumo humano, aspersores, em
situações especiais com concentração de pessoas, bem como, ter procedido vigilância da água de fontanários e da
Legionella spp. na água dos equipamentos de climatização, nomeadamente nos abrigos e nos serviços prestadores de
cuidados de saúde, com exceção de um ACeS/ULS;
8. Relativamente às informações adicionais, a totalidade dos ACeS/ULS referiu, não ter havido registo de ocorrências
associadas ao calor.
9. Todos (100%) admitiram terem tido outras entidades envolvidas e descreveram a articulação efetuada com outras
entidades;
10. Todas (100%) as respostas, não referiram terem existido dificuldades na implementação das medidas preconizadas e
apenas 1 ACeS (6%) fez observações.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 41
8º Objetivo: Assegurar atempadamente a divulgação da informação
à população (particularmente aos grupos mais vulneráveis) dos
cuidados a adoptar.
7. DIVULGAÇÃO
O PCRTEA – Módulo Calor 2012 foi enviado à DGS e ao Sr. Presidente do Conselho Diretivo da ARS Norte, que providenciou a
sua divulgação, na região Norte, junto dos Centros Hospitalares/Hospitais, Unidades Locais de Saúde, ACeS e
Coordenadores das Unidades de Saúde Pública.
O PCRTEA – Módulo Calor 2012 foi também divulgado no Portal da ARS Norte – Saúde Pública – Destaques.
A DGS disponibilizou em pdf no seu portal “Especial Verão” os cartazes “Calor e radiação Ultravioleta” que o GTR divulgou
junto das USP dos ACeS/ULS existentes na região.
Foi disponibilizado, sempre que solicitado, material informativo dirigido à população em geral, elaborado pela DGS, e que
existia em stock no DSP. No entanto, é de referir que, no presente ano, a DGS não disponibilizou material informativo
impresso, atribuindo essa responsabilidade às ARS. A ARS Norte não requereu a impressão de material informativo, uma vez
que ainda existia algum em stock nos anos anteriores no DSP.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 42
8. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
De acordo com os dados meteorológicos fornecidos pelo Instituto do Mar e da Atmosfera(IMA), em Portugal continental e
na região Norte, os meses de junho e julho foram os meses mais quentes em termos de temperaturas máximas registadas,
ultrapassando os 36ºC, em todos os distritos, com exceção do mês de junho e em Viana do Castelo. No entanto, estas
temperaturas verificam-se durante períodos muito curtos de um ou dois dias, propiciando picos de temperatura que tanto
podiam subir vários graus de um dia para o outro, como descer logo a seguir.
No mês de junho, houve também registo de valores de temperatura do ar muito elevados para a época do ano, tendo o
IMA informado no seu site que “… estes valores estavam acima do valor normal no período de 1971-2000…” e que “… os dias
25 e 27 de junho, registaram valores de temperatura muito altos, sendo mesmo superiores a 40ºC na região Sul e no interior
Norte e Centro, devido a uma massa de ar quente”.
De acordo com a informação disponibilizada pelo IMA, o dia 17 de julho foi o dia mais quente do ano devido à “…influência
de um anticiclone que se estendeu em crista até ao Golfo de Biscaia e que se traduziu num aumento mais elevado da
temperatura do ar no território continental…”, tendo o Porto atingido os 37,5ºC.
De acordo com a mesma fonte e no mesmo mês, foi ainda detetada na noite de 17 para 18 de julho, valores de
temperatura mínima do ar superiores a 20ºC (noites tropicais) em grande parte do território do continente, nomeadamente
no Porto com 22,6ºC.
Durante o período de vigência do PCRTEA – Módulo Calor, os meses mais críticos no litoral Norte, foram os meses de julho e
agosto, tendo sido ultrapassados, por diversas vezes, os limites definidos para alerta amarelo e até vermelho, sendo que:
• No interior norte, os meses mais preocupantes foram os meses de junho a agosto.
• No litoral Norte, há a registar especialmente em maio, junho e julho aumentos bruscos da temperatura do ar,
traduzidos em picos de variação da temperatura que embora, não fossem sentidos durante muitos dias, foram
particularmente preocupantes, uma vez que de um dia para o outro, a temperatura do ar aumentava
drasticamente para de seguida voltar a descer de forma abrupta. Assim, nestes meses, houve a assinalar grande
instabilidade das temperaturas máximas no Litoral Norte.
Nos meses de maio e junho e ao contrário do que seria previsível, nas regiões do interior, as temperaturas do ar foram muito
similares às verificadas no interior e por vezes, com temperaturas inferiores às verificadas no litoral. Nesta região, as
temperaturas máximas, foram sempre muito baixas com alguns picos similares mas que se prolongaram por mais dias do que
no litoral.
No mês de julho as temperaturas foram mais elevadas no interior do que no litoral e mais estáveis, ao contrário do que se
verificou no litoral.
Em agosto, as temperaturas foram mais constantes tento do litoral como no interior. Contudo, as temperaturas foram
superiores no interior. Refira-se, que no litoral e apesar de constantes, as temperaturas foram muito baixas para a época do
ano, nunca tendo sido superior a 33ºC.
Em setembro, as temperaturas mantiveram-se constantes e abaixo do nível de alerta amarelo, sofrendo uma descida brusca
na última semana do mês.
Em resumo, em 2012, houve a assinalar grandes variações de temperatura máxima em toda a região, sendo que, os distritos
onde foram registados valores mais elevados da temperatura do ar foram os distritos localizados no litoral em especial para
os distritos de Braga e Porto, onde durante junho e julho as temperaturas subiram até aos 38ºC.
Chama-se à atenção, que neste ano e em comparação com os anos anteriores, o distrito do Porto sofreu aumentos da
temperatura significativos, não espectáveis para este distrito, tendo atingido em julho, temperaturas máximas de 38ºC.
No entanto, em 2012 e embora tenham ocorrido episódios do aumento brusco da temperatura do ar, e em comparação
com os anos anteriores (2010-2012), este ano, foi o ano onde as temperaturas médias mensais foram mais baixas em todos os
distritos da região Norte.
Refira-se que, relativamente às temperaturas mínimas extremas verificadas, estas foram muito interiores às temperaturas
mínimas definidas no critério 3 de PCRTEA.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
Departamento de Saúde Pública da ARS Norte 43
Assim, em 2012, apenas há a registar na região quatro períodos de onda de calor verificados em junho (1 período), julho (2
períodos) e agosto (1 períodos), com uma duração total de sete dias, sendo que, nenhum destes períodos ultrapassou mais
de dois dias de alerta.
O distrito com maior número de dias de alerta foi o distrito de Bragança, seguido de Vila Real e Braga.
Todos os alertas emitidos foram amarelos.
O ano de 2012 foi um ano atípico em termos do reduzido número de alertas emitidos. Este facto deveu-se às condições
climatéricas verificadas extremamente instáveis e que se traduziram em picos ocasionais da temperatura, que embora
severos, nunca se prolongaram por muitos dias, perfazendo uma duração total de 7 (5%) de dias de alerta.
Relativamente ao Índice Ícaro Regional, verificou-se que em 2012 foram ultrapassados alguns dias os valores definidos no
critério 1 do PCREA e PCRTEA, tendo sido em maior número durante o mês de agosto onde foram ultrapassados no Interior
Norte, 11 dias o critério definido para toda a população e 4 dias para toda a população com idades superiores a 75 anos.
Relativamente ao Índice Ícaro Regional:
• Para o litoral norte, o mês em que se verificou um maior número de dias de excedências, para toda a população e
para a população com idade superior a 75 anos, foi o mês de setembro e valores mais elevados para toda a
população e para a população com idade superior a 75 anos, foi o mês de julho.
• Para o interior norte, o mês em que se verificou um maior número de dias de excedências, para toda a população
e para a população com idade superior a 75 anos, foi o mês de agosto e valores mais elevados para toda a
população foi o mês de junho e para a população com idade superior a 75 anos, foi o mês de julho.
Para a população em geral, o valor mais elevado foi 2,07 e foi verificado no Litoral Norte em julho; para a população com
idade igual ou superior a 75 anos o valor de 1,98 foi verificado no Litoral Norte, também no mesmo mês.
Embora de maio a setembro se tenham verificado valores positivos, em todos os grupos etários e regiões, em junho e julho
todos os grupos do litoral Norte excederam os valores limites definidos no critério 1 do PCRTEA como correspondendo ao
nível de alerta vermelho.
Da análise do valor do índice-Alerta-Ícaro distrital, verificou-se que o índice correspondente a efeitos prováveis e
consequências graves esperadas sobre a saúde e a mortalidade, não foi ultrapassado em nenhum distrito da região. No
entanto, o índice considerado com efeitos não significativos mas com efeitos prováveis na mortalidade foi ultrapassado em
todos os distritos e com valores mais visíveis no distrito de Braga em junho e em agosto em Bragança.
Os valores distritais mais elevados foram registados no Porto em junho.
Relacionando os resultados disponibilizados através da aplicação SSESP relativo à procura SAP e SU com a temperatura e os
níveis de alerta emitidos, verificaram-se três correlações lineares estatisticamente significativas entre a temperatura e a
procura dos Serviços de Saúde, nomeadamente: uma correlação e positiva entre a temperatura e a procura dos SU nos
hospitais para todos os grupos etários no distrito de Bragança; uma correlação positiva entre a procura dos SU nos Hospitais e
a temperatura máxima para todos os grupos etários no distrito de Viana do Castelo e uma correlação negativa entre a
procura nos SAP dos Centros de Saúde para todos os grupos etários no distrito de Vila Real.
Em 2012 foram verificadas correlações positivas entre os SU hospitalares e todos os grupos etários, evidenciando assim uma
relação embora fraca, entre o número de atendimentos hospitalares e as temperaturas verificadas.
O maior número de atendimentos, tanto em SU hospitalares, foi verificado no distrito do Porto e nos SAP dos Centros de
Saúde, foi verificado no distrito de Vila Real.
O grupo etário onde houve um maior número de urgências hospitalares em todos os distritos da região Norte, com exceção
de Braga, foi no grupo etário das pessoas com idades ≥ a 65 anos parecendo indicar que o grupo etário mais vulnerável será
o dos idosos.
O grupo etário onde houve um maior número de urgências em centros de saúde nos distritos do interior norte e de Viana do
Castelos, foi também o grupo etário das pessoas com idades ≥ a 65 anos parecendo indicar que o grupo etário mais
vulnerável será o dos idosos. Nos distritos de Braga e Porto, o grupo etário com maior número de urgências foi o dos 0 aos 14
anos.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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Analisando os dados referentes à mortalidade (VDM), há a referir um ligeiro aumento do número de mortes no período em
que houve alteração do nível de alerta correspondendo a 5% da variação no número de óbitos ocorridos durante a
mudança de alerta, o que denota que a associação é ligeira.
Relativamente ao total da mortalidade verificada em 2012, o número de óbitos mensais ocorridos foi similar. Contudo, foi
consideravelmente superior (≥ 100 óbitos) nos meses de maio e julho.
Há a referir que os dados do VDM disponibilizados correspondem ao total dos óbitos ocorridos diariamente em toda a
região, não estando disponíveis os dados do VDM a nível distrital, o que prejudica a análise estatística e a perceção dos
locais ou distritos na região onde estarão a ocorrer mais mortes nos períodos críticos.
Durante o período de vigência do PCRTEA 2012 – Módulo Calor, verificou-se que apenas 13 (50%) dos ACeS/ULS localizados
na região Norte procederam ao preenchimento do formulário “Ondas de Calor – Planos específicos” no inicio do período de
vigência e 9 (35%) no período de avaliação do PCRTEA. Todos os ACeS e ULS que responderam ao formulário confirmaram
terem elaborado os PCE do ACeS ou ULS de acordo com as orientações. Nos restantes 50% que não preencheram o
formulário não foi possível efetuar a sua avaliação.
Da análise do preenchimento dos formulários disponibilizados on-line no sítio da DGS concluímos que:
1. As maiores dificuldades referem-se à Gestão dos Recursos Humanos seguindo-se a Logística de alguns procedimentos;
2. O maior esforço referido pelos serviços de saúde pública diz respeito à articulação entre os serviços em termos de
Cooperação Interinstitucional.
Da consulta verificada na área reservada do sítio da DGS verificou-se que nenhum dos Centros Hospitalares/Hospitais da
região Norte efetuou o seu registo, desconhecendo-se se procederam à elaboração do respetivo PCE e medidas que foram
adotadas.
Chama-se a atenção que em 2012 e face a 2011, houve uma diminuição de 35% das respostas efetuadas no sítio da DGS
demonstrando uma diminuição do esforço por parte dos serviços de saúde.
Durante o período de vigência do PCRTEA – Módulo Calor 2012, e segundo as orientações divulgadas pelo DSP, 60% dos
ACeS/ULS da região Norte procedeu ao envio da informação de retorno sempre que houve alteração do nível de alerta.
Da análise do preenchimento dos formulários:
1. A maioria procedeu à implementação das medidas preconizadas no formulário nos períodos de onda de calor. No
entanto, a maioria admitiu não terem sido elaborados programas específicos para os grupos de risco;
2. As maiores dificuldades referidas foram as relacionadas com as medidas de ativação preconizadas, com exceção das
visitas domiciliárias / telefonemas a pessoas isoladas, lares, infantários e centros de dia;
3. Relativamente às informações adicionais constataram-se falhas ou dificuldades a nível da informação das ocorrências
verificadas e na implementação de informações adicionais;
4. O maior esforço referido pelos serviços de saúde pública diz respeito às medidas gerais preconizadas;
Desde 2008 que a utilização da Internet tem sido um meio de comunicação privilegiado para a divulgação de toda a
informação pertinente relacionada com as ondas de calor, não só pela utilização dos sítios oficiais (ARS Norte, DGS) como
pelo envio através de correio eletrónico de documentos relevantes. Contudo, esta informação foi sobretudo dirigida e
utilizada pelos Profissionais de Saúde.
A divulgação da informação à população em geral foi efetuada, também, pela distribuição de folhetos sempre que
solicitada, de material informativo dirigido à população em geral, elaborado pela DGS, e que existia em stock no DSP.
PCR 2012 Norte – Relatório Final
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9. RECOMENDAÇÕES
Implementar o PCRTEA para o ano de 2013, com especial enfoque:
A nível Regional…
• Promover a elaboração/implementação dos PCE nos Centros Hospitalares/Hospitais;
• Dar prioridade às medidas de intervenção definidas para os grupos vulneráveis, em especial dos idosos;
• Determinar a distribuição geográfica dos grupos vulneráveis, com especial relevância para o grupo dos idosos,
particularmente os que vivem isolados e/ou os excluídos socialmente, por concelho.
• Promover a utilização adequada dos suportes de avaliação da implementação dos PCE e da Informação de
Retorno.
A nível local…
• Elaborar e implementar o PCE em todos os ACeS/ULS, bem como nos Centros Hospitalares/Hospitais;
• Melhorar a articulação com os Centros Hospitalares/Hospitais.
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ANEXOS
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ANEXO 1
NÍVEIS DE ALERTA EMITIDOS
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ANEXO 2
PLANOS ESPECÍFICOS ELABORADOS POR ACES/ULS
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ANEXO 3
INFORMAÇÃO DE RETORNO ELABORADA POR
ACES/ULS
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ANEXO 4
CARTAZ STCP