CEEBJA ORTIGUEIRA – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE JOVENS E ADULTOS
Ensino Fundamental e MédioAv. Brasil, 618 – Fone/fax: (42) 3277-2081 – Ortigueira - PR
Projeto Político Pedagógico
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Ortigueira2010
1. MARCO SITUACIONAL
1.1 IDENTIFICAÇÃO
1 – Denominação da instituição
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Ortigueira - Ensino
Fundamental e Médio
Avenida Brasil, 618 - CEP 84.350-000 - Fone (042) 3277-2081
- Centro, Ortigueira – Paraná
site: www.orgceebjaortigueira.seed.pr.gov.br e-mail: [email protected]
Núcleo Regional de Educação - Telêmaco Borba
CURSOS AUTORIZADOS/RECONHECIDOS
Cursos autorizados / reconhecidos Formulário 02
1 – Cursos autorizados
Cursos autorizados Número das autorizações
Ensino Fundamental Resolução nº 3.953/98
em 25/08/98
Ensino Médio
2 – Cursos reconhecidos
Cursos reconhecidos Número dos reconhecimentos
2
Ensino Fundamental Resolução nº 629/2001
DOE 5968 de 18/04/2001
Ensino Médio
1.2 HISTÓRICO
O CEEBJA-Ortigueira iniciou suas atividades em maio de 1997, com a nomenclatura
NAES de Ortigueira contando com 8 (oito) professores do 1º e 2º segmento do Ensino
Fundamenta, Diretor e auxiliar de serviços gerais, funcionava em um prédio cedido pela
Prefeitura Municipal de Ortigueira.
As antigas instalações do Núcleo Avançado de Estudos Supletivos de Ortigueira
tornaram se pequenas para a quantidade de alunos que procuraram seus serviços.
Em 1998, foi criado e autorizado temporariamente o funcionamento do Núcleo
Avançado de Estudos Supletivos de Ortigueira com a Resolução n.º 2.953/98 de 25/08/1998.
Também nesse ano, ampliando seus funcionários, o Núcleo passou a atender Exame de
Suplência, com diversas matrículas, Exame de Equivalência, projetos diversos do 1º e 2º
segmento do Ensino Fundamental.
No ano de 1999 o Núcleo tornou se desbravador do Município desenvolvendo um
trabalho junto aos trabalhadores rurais no Projeto Cidadania e Escola Reduzindo Distância,
percorrendo diversos quilômetros para levar o conhecimento à população interior.
Ainda em 1999 o Núcleo Avançado de Estudos Supletivos recebeu da Prefeitura
Municipal novas instalações para a escola, podendo atender vários alunos tarde e noite.
As ações do NAES - foram reconhecidas pela revista Nova Escola, diversos jornais
veiculados no Paraná e pelo MEC, todo esse trabalho fez com que a escola fosse transformada
em CEEBJA - Ortigueira, sendo desde maio de 2000, com a Resolução n.º 1541/2000 - DOE
18/05/2000, que transforma o Núcleo Avançado de Estudos Supletivos de Ortigueira, em
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Ortigueira - Ensino
Fundamental.
Como CEEBJA-Ortigueira passou a realizar Grupos de Estudos 1º e 2º segmento; a
construção do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar e realização de diversos
Projetos na área de saúde, continuação do Projeto Reduzindo Distâncias em diversas
localidades de nosso município, onde realizava visitas para detectar a maior demanda de
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alunos sem escolarização. Desde então o CEEBJA-Ortigueira desenvolveu vários projetos em
Prol da Educação de Jovens e Adultos.
Em 2001, foi autorizado o funcionamento da modalidade Educação de Jovens e
Adultos, semi-presencial, com a Resolução n.º 2.984/2001 - DOE 31/01/02. Também nesse
ano foi Reconhecido o Curso para Educação de Jovens e Adultos - Ensino fundamental -
Fases I e II, com a Resolução n. º 629/2001 - DOE 18/04/2001.
Dando continuidade aos projetos desenvolvidos, o CEEBJA Ortigueira passa a partir
de 2003, formar turmas de PACs - Postos Avançados dos CEEBJAs, nas localidades aonde as
pessoas desejassem se escolarizar.
Tendo em vista as condições de vida e de trabalho, levando-se em conta: o tempo que
parou seus estudos, suas facilidades ou dificuldades em relação às disciplinas a serem
estudadas, disponibilidades de horário, conciliação com compromissos de trabalho e família
entre outros. Este Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos em consonância
com as orientações da Deliberação n. º 008/00 do CEE, tem trabalhado até final de 2005 e
início de 2006 até a cessação da proposta antiga com a organização da oferta de seus Cursos
na forma SEMIPRESENCIAL, visando atender as necessidades e a realidade dos educandos e
da comunidade escolar.
Em 2006, com início da Nova Proposta, o CEEBJA-Ortigueira, passa a ofertar a
educação de Jovens e Adultos-PRESENCIAL, que contempla o total de carga horária
estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio com a avaliação
no processo. Também em 2006, passamos a ofertar o Ensino Médio, onde a procura de
matriculas vem sendo significativa.
Com intuito de continuar ofertando um ensino de qualidade, professores, direção e equipe
pedagógica participam de grupo de estudos e outras formas de capacitação ofertadas, a fim de
contextualizarem seus saberes, mas suas ações pedagógicas.
1.3 RELAÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS
Atribuições dos Recursos Humanos
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De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste
Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o
profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da
EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à
Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
PROFESSORES - Ensino Fundamental e médio
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
Adriana Paula Mata Rocha Professora Letras/Inglês
Elisa De Jesus Ribeiro Masson Professora Economia
Edina Ap ª Teixeira Terna Professora Geografia
Izaira Ribas Machado Professora Letras/Inglês
Lidia Nagy Larocca Professora História/Geografia
Liliam Aparecida Cruz Professora Letras/Inglês
Rosalina de Mello Professora Geografia
Maria Aparecida Zandonadi Professora Ciências Biológicas
Maria Nilce Zappielo Professora Educação Física
Uender Manzolli Professor História
Marcia Cunha Ribas Professora Ciências Biológicas
Rosina Altiva Carneiro Vieira Professora Farmácia
Josélio Futra Professor Matemática
Jorge Telles da Silva Professor Geografia
Joana Dack Tuczynski Professora Letra/Inglês
José Paulino Professor Ciências/Biológicas
Franciely Saponjos Professora Letras/Literatura
Juliane Mercer de Lima Professora Letras/Inglês
Equipe Pedagógica
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NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
Solange Boroski Pedagoga Pedagogia
Equipe Administrativa
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
Thafnys Karlla Manzolli da Silva
Fontoura
Técnica Administrativa Pedagogia
Severo Batista Leal Diretor Geografia.
1.4 CONDIÇÕES MATERIAIS E FÍSICOS
Relação de Recursos Físicos
Recursos físicos Formulário 03
1 – Número de ambientes pedagógicos
- Salas de aula: 06
- Direção: 01
- Equipe Pedagógica: 01
- Coordenação
2 – Área destinada a ambientes
pedagógicos (m²)
153,98 m2
3 – Número de ambientes administrativos
- Secretaria 01
- Outros
4 – Área destinada a ambientes
administrativos (m²)
15,49 m2
5 – Relação dos ambientes administrativos
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Ambiente Área (m²)
Direção 15,49 m2
Orientação/Supervisão 15,49 m2
Secretaria 15,49 m2
Obs: Espaços compartilhados (Secretaria/Direção)
6 – Área destinada à biblioteca (m²)
Cada sala do estabelecimento tem seu canto de
leitura onde se encontram os livros que
auxiliam as disciplinas.
7 - Área destinada ao laboratório
Obs: Laboratório móvel utilizando as salas
existentes.
8 – Complexos higiênico-sanitário
Banheiro Sexo ao Qual se destina N Pias N Mictórios N Vasos
Sanitários
Banheiro n· [ x ] Masculino
[ ] Feminino
01 - 01
Banheiro n· [ ] Masculino
[ X ] Feminino 01 - 01
Banheiro n· [ ] Masculino
[ ] Feminino
Banheiro n· [ ] Masculino
[ ] Feminino
9 – Utilização compartilhada de recursos físicos, quando for o caso:
Os professores e Funcionários utilizam os mesmos banheiros que os alunos.
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10 – Observações:
PERFIL DO EDUCANDO
A Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional - LDBN n.º 9394/96, em Seu
artigo 37, prescreve que "a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria."
É característica desta modalidade de ensino a diversidade do perfil dos educandos, com
relação à idade, ao nível de escolarização em que se encontram, à situação sócio-econômica,
política e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a escola.
Compreender o perfil do Educando da Educação de Jovens e Adultos EJA requer
conhecer sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes
experiências de vida e que em algum momento afastou-se da escola devido a diversos fatores
já mencionados e até o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou repetência
escolar.
Nesse contexto é necessário ressaltar que possuíamos uma demanda bem
diversificada dentre eles: jovens, adultos, idosos e adolescentes que ainda são presença
marcante na EJA.
A demanda existente em nosso município a ser atendida pela EJA é constituída de
trabalhadores rurais, assalariados, assentados, agricultores, indígenas (kaingang), pessoas com
necessidades educacionais.
Esses educandos possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em outras
instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e socialização dos
saberes. Essas experiências de vida são significativas ao processo educacional e devem ser
considerados para elaboração do currículo escolar, que se configura numa forma diferenciada
de ensino-aprendizagem.
Em síntese, o atendimento à escolarização de jovens, adultos e idosos, não se refere
exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a
diversidade cultural de seu publico.
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Considerando o perfil diferenciado dos educandos da EJA e suas necessidades,
assim, como, as características próprias desta modalidade de ensino, deve-se garantir o
retorno e permanência destes educandos de forma permanente e contínua, enquanto houver
demanda.
FORMAÇÃO CONTINUADA:
A formação continuada é um dos fatores importantes para o desenvolvimento social,
bem como condição primordial para melhoria da qualidade da educação.
Uma formação nestes moldes pressupõe um desenvolvimento e aprimoramento
contínuo, seja por meio de experiência vivida na Escola ou por meio da educação continuada.
O que, sem dúvida, poderá se refletir em maiores e mais significativas chances de se
implantar, na escola, o verdadeiro processo democrático.
A formação continuada de todos os profissionais da Educação é direito de todos,
assim como de todos os envolvidos no processo escolar independente de sua função.
1.5 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÔES
Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos-EJA requer
conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes
experiências de vida em que algum momento afastou-se da escola devido a fatores sociais,
econômicos, políticos e ou culturais. Entre esses fatores, percebemos que a metodologia
utilizada na prática pedagógica por alguns professores, é uma das principais contradições
encontradas durante o processo de escolarização, pois ainda encontramos professores que
trabalham com adultos utilizando a metodologia do ensino regular “CRIANÇAS”.
Outra questão é que, uma parte de nossos alunos trabalha o dia todo ou moram em
localidades distantes, no entanto, dificulta o acesso, pois muitos utilizam o transporte e
observa-se que tudo isso ocorre em decorrência da própria situação social, a qual a
comunidade está inserida, e isso acaba interferindo diretamente na comunidade escolar.
2. MARCO CONCEITUAL
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2.1 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do
jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela
compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a
diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao
pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-
se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade
tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos.
(SANTOS, 2004).
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que
atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a
formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a
participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e
compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na quais os
educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com
responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se
de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas
novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização
metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos.
(KUENZER, 2000, p. 40).
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:
a) O seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que
os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) O exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
c) Os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
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Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,
conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a
partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e
garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar
o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a
produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e
que através desta busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos
pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do
trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes
tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes
adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de
suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná:
I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e
condições de reinserção nos processos educativos formais;
II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe
superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade
de informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
III. O conteúdo específico de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo
do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio
da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o
educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes
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conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade
social;
V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas
matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente,
na qual os conteúdos culturais relevantes estão articulados à realidade na
qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos
diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas
do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirão o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às
finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
I. Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com
conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de
formação e aprendizagem;
II. Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
III. O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as
diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de
utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
IV. Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,
nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da
cidadania e do trabalho;
V. Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,
críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não se refere
exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a
diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo,
em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam
uma proposta pedagógico-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos.
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INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino
Fundamental e do Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o acesso ou continuidade
em seus estudos.
MATRIZ CURRICULAR
Ensino Fundamental – Fase I
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE I
ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de
Ortigueira
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Ortigueira NRE: Telêmaco Borba
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
ÁREAS DO
CONHECIMENTO
Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
1200 1440MATEMÁTICA
ESTUDOS da SOCIEDADE e
da NATUREZA
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TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de
Ortigueira
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Ortigueira NRE: Telêmaco Borba
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 54 64
LEM - INGLÊS 160 192
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272
CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192
GEOGRAFIA 160 192
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TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
2.2 CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS.
“A investigação dos temas geradores ou da temática significativa do povo,
tendo como objetivo fundamental a captação dos seus temas básicos, só a
partir de cujo conhecimento é possível a organização do conteúdo
programático para qualquer ação com ele, se instaura como ponto de partida
do processo da ação, como síntese cultural.” (FREIRE, 2005. p. 209. Grifos
nossos)
A concepção da sociedade é feita por todos os homens e não pelo poder público.
Repensar a sociedade exige tenha um mínimo de conhecimento sobre ela.
A pratica educativa ocorre em várias instancias da sociedade, é determinada por
valores, normais e particularidades da estrutura social a que está subordinada.
Os homens vivem em grupos, suas vidas estão na dependência de outros membros do
grupo social. Isto é fundamental para se compreender que a organização da sociedade, a
existência das classes sociais, o papel da educação, estão implicando nas formas que as
relações sociais vão assumindo para á pratica concreta dos homens.
A sociedade atual passa por transformações muito significativas, que exigem
mudanças em toda organização escolar. Vivemos numa sociedade de aprendizagem, na qual
aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo.
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O ser humano é social, na medida em que vive e sobrevive socialmente. Assim ele é
prático, ativo, uma vez que é pela ação que modifica o meio ambiente que o cerca, tornando-o
satisfatório ás necessidades, e enquanto transforma a realidade, constrói a si mesmo no seio
das relações sociais determinadas.
A ação prática sobre a realidade desperta e desenvolve o entendimento, a capacidade
de compreensão e a visão criticada meio que o cerca.
O homem não só é capaz de conhecer, de refletir e de raciocinar sobre os demais
seres vivos, mas acima de tudo, tem capacidade de conhecer e compreender a si mesmo.
Assim a educação é determinada pela sociedade, mas que essas determinações são
relativas e na forma de ação é recíproco, o que significa que o determinado também reage
sobre o determinante consequentemente, a educação também interfere sobre a sociedade
podendo contribuir para a sua própria transformação.
A educação exige para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitem o
acesso ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos rendimentos desse saber.
Entendemos que a educação é importante como fator de transformação para todos os
indivíduos uma educação de qualidade, que atenda suas necessidades educativas especiais,
torna-se fundamental para todos os indivíduos.
Acreditamos que a educação, como fator de mudanças e transformação do homem,
poderá cooperar para que ocorra a mudança ideológica pretendida na sociedade. A educação é
um processo social, um dos agentes de socialização que tem como objetivo a transformação
do homem biológico em um ser social.
O trabalho docente é parte integrante do processo educativo mais global pelo quais os
membros da sociedade são preparados para a participação na vida social. Um processo de
promover indivíduos dos conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos a atuar
no meio social e a transformá-lo em função de necessidades econômicas, sociais e políticas da
coletividade.
"Educar é arte de transformar o outro em ser distinto de nós”.(Ivo José Triches)
Durante muitos anos, tivemos oportunidades de experimentar varias metodologias de
trabalho em educação, visando buscar a melhor forma de possibilitar aos nossos alunos em
ensino de qualidade.
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A concepção de ensino e aprendizagem implica na construção de estratégias
didáticas variadas e diversas formas de intervenção pedagógica para atender as necessidades
dos alunos. Isso nos leva a entender que não há uma única maneira ou método ideal para
ensinar, mas multiplicas maneiras de ajudar os alunos a construírem os seus conhecimentos.
Dessa forma a atividade mental construtiva do aluno é priorizada em detrimento das
atividades meramente mecânicas. Sabemos que o mundo atual exige pessoas preparadas com
habilidades que lhes permitam acompanhar os avanços da nossa sociedade, portanto para
garantir o sentido e o significado da aprendizagem, é essencial a criação de contextos de
aprendizagem, especialmente aqueles em que o aprendiz tem papel de produtor.
Por isso estamos sempre trabalhando com conteúdos de maneiras mais interessantes
e atraentes, verdadeiras fontes de investigação e criação, tornando a aprendizagem
verdadeiramente significativa, ao tempo em que se considera a diferentes formas de aprender
assim como as potencialidades de cada aluno.
A Concepção, Conteúdos e Encaminhamentos Metodológicos, a seguir apresentados,
foram organizados em regime de colaboração coletiva, envolvendo os professores da rede
pública estadual das diversas áreas do conhecimento, nos cursos de formação continuada
promovidas pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção proposta para as ações pedagógicas desenvolvidas no Ensino
Fundamental é a dialógica, reflexiva e crítica, voltada para questões sociais, culturais,
políticas, dentre outras, compreendendo o educando como sujeito que participa e interfere na
construção histórica da sociedade em que vive.
Reconhecendo a especificidade desse nível de ensino, o perfil do educando, a
diversidade cultural destes sujeitos e suas experiências socialmente construídas, o trabalho
pedagógico é efetivado, considerando a participação coletiva do educando e do educador e
ainda, a relevância e a possibilidade de articulação das questões locais e universais de forma
interdisciplinar.
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A partir da definição de temáticas, articuladas aos conteúdos a seguir
relacionados, as práticas pedagógicas devem privilegiar estratégias que contemplem as
diferentes linguagens verbal ou alfabética e não verbal icnografia (leitura de imagens,
desenhos, filmes, outdoors) e cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa), para que o
educando reconheça as diferentes formas de falar, escrever e interpretar, bem como os efeitos
dessas linguagens.
A problematização dos temas possibilita ao educando a aprendizagem de novos
conhecimentos, por meio da articulação entre os saberes e experiências por eles acumulados e
os saberes científicos, utilizando as várias linguagens textuais e situações-problema como
mediadores do processo de construção individual e coletiva de conhecimento. Essa
possibilidade de diálogo entre educador e educando poderá revelar o conhecimento prévio que
possuem sobre o assunto.
Outros fatores, tais como: fonte, interlocutor, data, local, suporte de texto, contexto histórico, autor, entre outros, contribuem para a contextualização da temática definida. Esses elementos também contribuem para localizar informações explícitas, implícitas e para que o educando possa estabelecer relação com outros textos a partir
Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e
interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A
avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão
dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como
processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva
frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
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Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da
escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo
da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme as matrizes curriculares,
sendo avaliado presencialmente ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como
ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as
experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto
anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.
Desta forma, o educando, ao perfazer 60% da carga horária total de cada disciplina, poderá
ser encaminhado para uma Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina, elaborada
e executada segundo critérios estabelecidos pela mantenedora em instrução própria, exceto
nas disciplinas de Educação Artística, Arte e Educação Física que, pela sua dinâmica própria,
desenvolverá o seu trabalho pedagógico na carga horária total estabelecida.
Para a participação na Avaliação de Apropriação de Conteúdos por Disciplina, o
educando que estiver cursando a disciplina, deverá ter cursado no mínimo 60% da carga
horária total da disciplina, com 75% de freqüência ou mais; e ainda, ter 50% (cinqüenta por
cento) dos registros de nota das Avaliações Processuais da disciplina e média igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero) do total de registros.
Se na Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina o educando atingir,
no mínimo, a nota 6,0 (seis vírgula zero), será considerado concluinte da disciplina. Caso
contrário, permanecerá cursando a disciplina, pois a oferta da mesma pela escola é de 100%
da carga horária.
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A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:
provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação
em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor,
que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos
desenvolvidos.
CONCEPÇÃO DE EDUCACÃO ESPECIALO referido projeto tem um caráter propositivo, pois, define concepções e princípios
coerentes com a legislação vigente ,a integração escolar está prevista na LDB 9.394/96 - título III (do direito à educação e do dever de educar), inciso III, e em seu Capítulo V – Da Educação Especial, que amplia a sua abrangência da Educação Infantil até o Ensino Superior, considerando a Educação Especial como Modalidade de Ensino e não mais como um Sistema paralelo e também na Deliberação 02/03 - CEE, que institui normas para Educação Especial no Sistema de Ensino do Estado do Paraná. Os conteúdos previstos para a realização da sua aplicação com os alunos da classe regular ,são também trabalhados com alunos da classe Especial , respeitando -se seu encaminhamento metodológico e o ritmo individual de cada aluno. Os direitos das pessoas portadoras das necessidades educativas especiais são os mesmos das outras,portanto este colégio está apto a receber alunos portadores de necessidades educativas especiais.
CONCEPÇÃO DE ESTÁGIO
Estágio: a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato educativo
escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo do estudante. O estágio integra o itinerário formativo do educando e faz
parte do projeto pedagógico do curso.
Estágio não-obrigatório: é uma atividade opcional, que poderá ser aproveitada como Atividade Complementar de Graduação. O estágio curricular não obrigatório é parte do processo ensino-aprendizagem e não deve ser considerado solução do problema social, nem tampouco instrumento a serviço da precarização das relações de trabalho.Acolher estagiários de ensino superior, estaremos disponibilizando oportunidades para a sua vivência na realidade da escola pública ,realizando atividades que proporcionem está práxis . Este estabelecimento de ensino está aberto para receber alunos estagiários mesmo não sendo mais obrigatário.
AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
A avaliação parte da necessidade de se conhecer a realidade, deve ser democrática,
favorecendo a capacidade DE apropriar-se de conhecimento científicos, sociais e
tecnológicos, produzidos historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo de
avaliação diagnóstica, que deverá conter critérios específicos para alunos com necessidades
20
educacionais especiais, como o objetivo de conhecer os fatores que impede e dificultam os
seus processo educativo e suas múltiplas dimensões.
A avaliação deve ser entendida como um sistema de informações para alunos e
professores sobre o andamento do processo ensino-aprendizagem, assim o Projeto Político
Pedagógico exige uma profunda reflexão sobre as finalidades da escola assim como a
explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos a serem empreendidas por
todos os envolvidos com o processo educativo.
Outrossim, a avaliação precisa estar comprometida com a qualidade social,
constituindo-se como prática educativa.
Hoje, no processo educacional a avaliação é uma atividade pedagógica fundamental,
que considera tudo aquilo que o aluno trouxe consigo e aprendeu a produzir a partir do que
lhe foi repassado em sala de aula, servindo para verificar o seu crescimento passando a ser um
método de construção coletiva, por isso precisamos estar bem atentos ao sistema avaliativo
que orientam nossos olhares para o mundo, para nós mesmos e para o outro.
2.3 Gestão Democrática
Ao pensarmos numa educação para todos, visualizamos diretamente a possibilidade de
construirmos ou de reconstruirmos uma instituição educacional mais democrática,
participativa e autônoma.
Criar Conselhos de Escola não basta. Nem tampouco supor que eles funcionarão por si
só, independentemente da criação de outros espaços de participação e de convivência na
escola, relacionados, sobretudo ao trabalho pedagógico nela desenvolvido.
Entendemos que institucionalizar o Conselho de Escola é um passo importante, mas
precisa ser uma medida acompanhada de ações concretas tanto da escola quanto das redes ou
sistemas de educação. Isso significa a necessidade da definição de uma agenda permanente de
formação e de valorização das iniciativas dos membros deste e dos outros colegiados
escolares – Grêmio Estudantil (GE) e Conselhos de Classe (CC), por exemplo. Pouco adianta
formar sem criar as condições concretas para apoiar o trabalho dos mesmos. Se isso acontece,
as propostas de ação desses colegiados são frustradas e, ao invés de contribuírem para
transformar e potencializar novas iniciativas acabam desanimando e criando um clima de
21
pessimismo na escola, que só aumenta as resistências, o desânimo e as desistências, sempre
presentes num processo de mudança.
Formar os membros desses colegiados para estruturar e conhecer, por dentro, como
funciona a escola e os próprios conselhos, significa convidar e não convocar para o
envolvimento e para a convivência com os mesmos. E um primeiro cuidado a se ter para
viabilizar este processo, é procurar trabalhar na dimensão de uma organização que se
preocupe em garantir a satisfação do envolvimento, porque sem prazer ninguém se envolve
efetivamente. A gestão democrática só acontece dentro da ética do companheirismo, ética esta
que implica na relação interpessoal, dialógica e solidária. É muito difícil trabalhar com
alguém que se sente obrigado a comparecer e que não sinta prazer em estar presente.
Certamente existem muitas obrigações a serem cumpridas e limites que devem ser
estabelecidos dentro da instituição escolar, mas num processo de formação, no qual se
pretende orientar os diversos segmentos para o exercício da democracia ativa, visando a uma
ação articulada com a comunidade escolar, interna e externa, é muito melhor trabalhar na
perspectiva da satisfação e co-responsabilidade com a elaboração de projeto, a idéia de que
“somos todos obrigados a realizar e a participar do projeto da escola”. Nesse sentido, o
planejamento da escola, que para nós significa um processo para “evitar o improviso, prever o
futuro, estabelecer caminhos que podem nortear mais apropriadamente a execução da ação
educativa, especialmente quando garantimos a socialização do ato de planejar. A criação, na
escola, de um ambiente democrático e dialógico, gradualmente ascendentes e mais amplos,
que envolva a todos os segmentos na definição do seu projeto político-pedagógico e de sua
proposta pedagógica, altera a sua dinâmica e o seu fazer cotidianos. Isto ressignifica o
trabalho pedagógico para professores, alunos e demais funcionários que ali convivem
diariamente e que vivenciam concretamente o currículo daquela instituição”.
2.4 O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
CONSELHO ESCOLAR
22
Este Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos tem constituído um
conselho escolar com representantes da equipe pedagógica, professores, representante dos
funcionários administrativos e serviços gerais, alunos, pais de alunos e representantes de
movimentos organizados da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultativa,
avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e
administrativo da instituição escolar em conformidadecom as políticas e diretrizes
educacionais da SEED, observando a constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político
Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da
escola.
O Conselho Escolar é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de
participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública,
constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
CONSELHO DE CLASSE
É o momento e o espaço de uma avaliação diagnóstica da ação pedagógico-educativa
da escola, feito pelos professores.
O Conselho deve refletir a ação pedagógica-educativa e não ter notas ou problemas de
determinados alunos deve ser valorizado como instrumento e não como fim em si mesmo.
Segundo o Art:
Art. 26 – O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos – pedagógicos, com atuação restrita a cada classe deste
estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino aprendizado na
relação professor aluno e o procedimento adequado a cada casa.
Parágrafo Único – Haverá tantos Conselhos de Classe quantas forem às turmas deste
estabelecimento de ensino.
Art. 27 – O Conselho de Classe tem por finalidade:
I - estudar e interpretar os dados da aprendizagem na
relação com o trabalho do professor na direção do processo ensino-aprendizagem,
proposta pela Proposta Pedagógica;
23
II - acompanhar e aperfeiçoar o processo de
Aprendizagem dos alunos, bem como, diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor;
III - analisar os resultados da aprendizagem na relação
com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento
metodológico;
IV - utilizar procedimentos que assegurem a
Comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,
evitando a comparação dos alunos entre si.
Art. 28 – O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelo Supervisor de
Ensino, pelo Orientador Educacional, pelo Coordenador de Curso e por todos os professores
que atuam numa mesma classe e pelo representante de turma.
Art. 29 – A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em falta
ou impedimento, será substituído pelo Supervisor de Ensino ou Orientador Educacional.
Art. 30 – O Conselho de Classe reuniu-se à ordinariamente em cada bimestre, em
datas previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente se assim o exigir.
Parágrafo Único – A convocação para reuniões será feita através de Edital, com
antecedência de 48 horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros
convocados, ficando os faltosos passíveis de desconto nos vencimentos.
Art. 31 – São atribuições do Conselho de Classe:
I – emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem
respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;
II – analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e processo de avaliação que efetuam o rendimento escolar;
III – propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo
em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na
classe;
IV – estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos em consonância com
a Proposta Pedagógica deste estabelecimento de ensino.
V – colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução da proposta
de adaptação dos alunos transferidos, quando se fizer necessário.
24
VI – decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que após a apuração
dos resultados finais, não atinjam o número solicitado pelo estabelecimento, levando-se em
consideração o desenvolvimento do aluno, até então, prevendo notas e freqüências prevista
neste estabelecimento.
Art. 32 – Das Reuniões do Conselho de Classe será lavrada ata por secretário
ad hoc em livro próprio para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.
ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES ALUNOS E FUNCIONÁRIOS - A.P.A.F.
A Associação de Professores, Alunos e Funcionários deste Estabelecimento de Ensino
é um órgão de representação do corpo docente e discente da escola, de utilidade pública, não
tendo caráter partidário, religioso, de raça, e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus
dirigentes e conselheiros, tratando-se de trabalho voluntário e tem como função, entre outros,
planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros, bem como proporcionar
condições aos educandos de participar de todo o processo escolar.
REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,
podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de alunos do
estabelecimento de ensino e com expressa autorização do Departamento de Educação de
Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas
no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas
para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de
Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não
haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em
25
unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores
rurais temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros.
ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas. As disciplinas
referentes ao Ensino Fundamental – Fase I e Fase II e Ensino Médio, estão dispostas nas
Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos
Pareceres n. º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n. º 03/98 e
Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE, para o Ensino Médio.
FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é ofertada de forma presencial,
coletivas e individuais, dependendo da condição e disponibilidade de tempo do educando.
Ensino Fundamental – Fase I e II e Ensino Médio
No Ensino Fundamental – Fase I considerar-se-á 100% da carga horária total
estabelecida.
Matrícula
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:
a) A idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
b) Com exceção dos educandos do Ensino Fundamental – Fase I, aos demais
educandos será exigida comprovação de escolaridade anterior;
c) Será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;
26
d) O educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,
concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;
e) O educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá
matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
f) Poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por
meio de cursos organizados por disciplina ou de exames supletivos, apresentando
comprovação de conclusão da mesma;
g) O educando, oriundo de formas de organização de ensino diferentes da ofertada
neste Estabelecimento, que não comprovar conclusão de disciplina(s), poderá: ser
matriculado para cursar 100% (cem porcento) da carga horária total da disciplina
ou participar do processo de classificação ou ainda, de reclassificação após ter
cumprido 25% (vinte e cinco porcento) da carga horária total da disciplina;
h) Os conhecimentos adquiridos por meios informais pelos jovens, adultos e idosos,
que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; que está a
muitos anos sem participar dos processos de escolarização formal/escolar, ou que
não possuírem comprovante de escolaridade, poderá ser aferido por
procedimentos de classificação, definidos neste regimento escolar;
i) Os educandos inseridos no processo de escolarização formal/escolar, recebidos
por transferência, deverão realizar matrícula inicial em até quatro disciplinas,
podendo participar dos processos de reclassificação – depois de cursado 25% da
carga horária total de cada disciplina; ou da Avaliação de Apropriação de
Conteúdos de Disciplinas, depois de cursado 60% da carga horária total de cada
disciplina;
j) Será considerado desistente, o educando que se ausentar por 02 (dois) meses ou
mais, devendo, para continuidade de seus estudos, efetuarem nova matrícula.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será
orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o
funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a
carga horária das disciplinas.
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O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os
receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas,
bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos:
A organização dos cursos;
O funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;
A dinâmica de atendimento ao educando;
A duração e a carga horária das disciplinas;
Os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
O material de apoio didático;
As sugestões bibliográficas para consulta;
A avaliação;
Outras informações necessárias.
CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no
Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas
suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-
pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos
níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
- Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
- Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
- Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
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- Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos de estudos
e atividades. Tanto no atendimento individual como no coletivo, os educandos receberão um
Guia de Estudos.
Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada de forma
coletiva e individual, ficando a critério do educando escolher a maneira que melhor se adapte
às suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou seja, cursar algumas
disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término
de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação
pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na
relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada
educando.
Organização Individual
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, contemplando mais intensamente
a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando, nas suas condições de
vinculação à escolarização e nos saberes já apropriado.
NÍVEL DE ENSINO
Ensino Fundamental – Fase I
A oferta de Ensino Fundamental – Fase I atende jovens, adultos e idosos não
alfabetizados e/ou aqueles que não concluíram as séries iniciais do ensino fundamental, com o
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objetivo de continuidade dos estudos e conclusão da educação básica. Ocorrerá somente, em
regime de colaboração com os Municípios, de acordo com a população a ser atendida e
quando os recursos financeiros disponíveis ainda não estiverem destinados à oferta de EJA –
Fase I pelo Município, conforme o disposto na Lei Federal n.º 9394/96. E também em
situações específicas que sejam de competência exclusiva do Estado, como para educandos
em privação de liberdade.
A mediação pedagógica ocorrerá de maneira interdisciplinar, não havendo
nenhuma separação entre alfabetização e outras possibilidades de intermediação, que possam
constituir barreiras ao desenvolvimento educacional do educando. Este será matriculado ao
mesmo tempo em todas as áreas.
Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais,
que consideram os conteúdos como meios para que os educandos possam produzir bens
culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta,
os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE e nas
Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
educativas especiais. Considerando a situação em que se encontram individualmente estes
30
educandos, devem-se priorizar ações educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a
permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por
razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a
oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades
educativas especiais decorrentes de:
- Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
- Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
- Superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as
estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a
aprendizagem e participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque
do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características
diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas, também, de condições sócio-
culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios
diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o
direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar
a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um
aprenda, resguardando-se suas singularidades.
AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
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Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,
efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e
necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos
respeitados a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela
SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
FREQÜÊNCIA
A freqüência mínima é de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária
prevista para cada disciplina, na organização individual ou coletiva, do Ensino Fundamental e
do Ensino Médio.
EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto
na Lei n. º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da
Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação de Jovens e
Adultos.
MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação de Jovens
e Adultos – DEJA, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como material básico.
Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, poderão utilizar
outros recursos didáticos.
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BIBLIOTECA ESCOLAR
A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará a disposição
de toda a comunidade escolar. Por isso não deve mais ser pensada com um espaço onde
apenas o aluno é freqüentador, mas também professores e a própria comunidade. Para
entendermos melhor o conceito de biblioteca escolar é preciso entendê-la como um local
privilegiado para a prática pedagógica. A Biblioteca Escolar tem como objetivo despertar os
alunos para leitura, desenvolvendo-lhes o prazer de ler podendo servir, também, como suporte
para a comunidade em suas necessidades de informação, pois é responsável pela execução de
atividades que busquem a entidade cultural de nossa escola, assim como priorize aspectos
significativos da estética, da sensibilidade e da ética, da igualdade de cada educando.
Os professores desse estabelecimento atuarão em conjunto na implantação de ações
que dinamizem a Biblioteca.
LABORATÓRIO
Ciência e tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o
desenvolvimento da sociedade atual. Esta, por sua vez, tem exigido um volume de
informações muito maior do que qualquer época do passado quer seja para o acesso ao mundo
do trabalho, quer para o exercício consciente da cidadania e para as atividades do cotidiano.
As atividades de laboratório, quando bem implantadas, assumem papel de suma
importância, auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de temas ou assuntos
em estudos, propiciando a participação ativa dos educandos, potencializando as atividades
experimentais e facilitando a compreensão de conceitos e fenômenos.
Assim, seguindo o entendimento do Conselho Estadual de Educação, expresso no
parecer n. º 095/99 "... indubitavelmente, um conceito novo para o espaço denominado
laboratório acompanha uma educação científica nova, a beira do mar, o bosque ou a praça
pública ..." explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e materiais pré-
determinados, para a concretização de experimentos nos estabelecimentos de ensino,
33
reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer implantar neste Centro
Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos.
RECURSOS TECNOLÓGICOS
Este estabelecimento de Ensino oferecerá recursos tecnológicos ao corpo docente,
mantendo-se atualizado nas novas tecnologias de apoio ao ensino, para garantir e ampliar a
qualidade do processo de ensino e aprendizagem, pois vivemos em um tempo de
"globalização do conhecimento", quando o cidadão deve dominar as tecnologias existentes.
Assim sendo, a informática na escola é possibilidade de construir estratégias e habilidades
necessárias para compreensão e inserção no mundo atual com novas formas de expressão e
comunicação. Neste enfoque será tratada como um recurso e estratégia para garantir e ampliar
a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a para colaborar na
solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia possibilita ensinar de
formas diferentes.
A escola é o lugar da organização dos conhecimentos. E é preciso que jovens,
adultos e idosos sejam preparados para lidar com a informação, pois a EJA, enquanto
modalidade educacional que atende o educando-trabalhador, tem como finalidades e objetivos
o compromisso com a formação humana e com acesso à cultura geral, de moda a que os
educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com
comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia
intelectual e moral.
3. MARCO OPERACIONAL
3.1 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, enquanto modalidade educacional que atende
a educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação
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humana e com o acesso à cultura geral, isto é a Educação como direito de todo cidadão; a
valorização do professor e de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a
gestão democrática em todos os níveis institucionais; e o atendimento às diferenças e à
diversidade cultural, de modo que os educandos venham a participar política e
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político,
através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a
compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura. Os jovens e
adultos possam a se reconhecer como sujeitos do processo, confirmando saberes adquiridos
para além da educação escolar, na própria vida, numa consistente comprovação de que esta
modalidade de ensino é uma forma de construir e se apropriar de conhecimentos para o
mundo do trabalho e para exercício da cidadania, ressignificando as experiências sócio-
culturais trazidos pelos educandos.
Considerando este perfil e a concepção de Currículo como processo de seleção da
Cultura, esse centro elege três eixos articuladores sobre os quais edificará a sua ação: Cultura,
trabalho e tempo.
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,
ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola
será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes
conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social.
A educação de Jovens e Adultos, enquanto processo educativo, tem um papel
fundamental na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à
emancipação e à afirmação de sua identidade cultural.
O trabalho é o processo social pelo qual o homem se modifica, alterando o que é
necessário e desenvolvendo novas idéias. Dessa forma, por meio de pensamento crítico, o
educando pode desmistificar a divisão social do trabalho, como, por exemplo, a divisão entre
trabalho manual e intelectual, conceitos opressores estabelecidos pelos modelos de
organização do sistema produtivo.
A compreensão das contradições inerente ao processo da divisão social do trabalho
possibilitará ao educando da EJA melhor entendimento de sua relação com o mundo do
trabalho e com as demais relações sociais que permeiam o mundo atual.
35
O tempo que este educando permanecerá no processo educativo da EJA terá valor
próprio e significativo e, portanto, a escola deve superar o ensino de caráter enciclopédico,
centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o
conhecimento; a autonomia intelectual do educando dever ser estimulada, para que o mesmo
possa dar continuidade aos seus estudos, independente da educação formal, principalmente
quando se trata da administração do tempo de permanência deste educando no espaço escolar.
De fato, a educação de jovens e adultos objetiva criar situações de ensino-
aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos educandos jovens, adultos e idosos
nas práticas escolares, garantindo-lhes o acesso aos saberes em suas diferentes linguagens,
intimamente articulados com suas necessidades, expectativas e trajetórias de vida,
despertando-lhes a oportunidade de continuidade da escolarização.
Direção
À Direção cabe a gestão dos serviços, no sentido de garantir o alcance dos objetivos
educacionais do estabelecimento de ensino definido na Proposta Pedagógica, eixo de toda e
qualquer ação a ser desenvolvida pelo Estabelecimento.
A Direção será exercida pelo Diretor escolhido dentre os ocupantes de cargos
vinculados ao magistério da rede publica estadual, de cargo com a legislação.
O diretor exercerá a função de liderança na escola, com base no modelo participativo,
e deverá ser capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos escolares com toda a equipe,
criando e estimulando a participação de todos, o que requer um profissional que possa:
- Comunicação;
- Ética;
- Empreendedorismo;
- Capacidade de reunir, analisar e socializar informações;
- Acessibilidade;
- Capacidade de construção de cadeias de relacionamentos;
- Motivação;
- Compromisso;
- Agilidade;
- Capacidade de administração de conflitos;
- Capacidade de desenvolvimento de trabalho coletivo.
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Compete ao Diretor:
- Convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano Anual de
Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à apreciação e aprovação do Conselho
Escolar;
- Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à
apreciação do Conselho Escolar;
- Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes específicas de
administração deste estabelecimento, em consonância com as normas e orientações gerais
da Secretaria de Estado da Educação;
- Coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas, procedimentos e
medidas administrativas, de acordo com instruções da Secretaria de Estado da Educação;
- Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do
estabelecimento;
- Coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;
- Deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;
- Abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das práticas
escolares;
- Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do Estabelecimento de
Ensino;
- Coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos objetivos propostos
para a EJA.
- Coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores, professores pedagogos e
professores) para a elaboração e implementação do plano de trabalho;
- Administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a
participação desses serviços nos processos decisórios da escola;
- Negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes, levando em conta as
necessidades de todos os envolvidos direta ou indiretamente;
37
- Solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e professores
do estabelecimento, observando a legislação vigente;
- Administrar os recursos financeiros;
- Controlar a freqüência de professores e funcionários;
- Adquirir e controlar material de consumo e permanente;
Ao diretor compete também:
- Acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina.
- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
Professor Pedagogo
O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num processo
dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais profissionais envolvidos, o
desenvolvimento de um trabalho coletivo, envolvendo toda a equipe pedagógica (pedagogos,
coordenadores de ações pedagógicas), para planejar, implementar e avaliar programa de
Educação Continuada para os docentes, a partir das necessidades pedagógicas apresentadas.
Deverá proporcionar aos educandos reflexão sobre a realidade social na qual estão
inseridos, de tal forma que compreendam os limites e possibilidades existentes, favorecendo-
lhes assim, o pleno desenvolvimento.
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
- Discutir com toda equipe pedagógica, alternativas de trabalho, que motivem os educandos
durante o seu processo escolar;
- Planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais (evasão, repetência,
transferências expedidas e recebidas e outros);
38
- Subsidiar na elaboração de plano de trabalho e ensino, a partir de diagnóstico
estabelecido;
- Acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos planos de trabalho;
- Buscar aprimoramento profissional constante seja nas oportunidades oferecidas pela
mantenedora, pelo estabelecimento ou por iniciativa própria;
- Coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que apresentem dificuldade de
aprendizagem, para que a escola ofereça todas as alternativas possíveis de atendimento;
- Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de
cursos;
- Participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas conseqüências no
desempenho dos educandos;
- Promover a participação do estabelecimento de ensino nas atividades comunitárias;
- Pesquisar e investigar a realidade concreta do educando historicamente situado,
oferecendo suporte ao trabalho permanente do currículo escolar;
- Integrar a presidência do conselho escolar, em caso da ausência do diretor, se não houver
diretor auxiliar.
- Coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;
- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos para cada disciplina;
- Subsidiar a direção, com critérios, para definição do calendário escolar, de acordo com as
orientações do NRE;
- Analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de recebimento de
transferências, de acordo com a legislação vigente;
- Participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e grupos de estudos;
- Coordenar a elaboração e execução da proposta pedagógica da escola;
- Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e educandos, no sentido
de analisar os resultados da aprendizagem e traçar planos de recuperação;
- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
- Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e exames supletivos quando, no
estabelecimento, não houver coordenação (ões) específica(s) dessa(s) ação (ões);
- Organizar, acompanhar e validar a avaliação de apropriação de conteúdos por Disciplinas;
- executar a avaliação institucional conforme orientação da mantenedora.
39
Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e
Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como
finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e
regulamentadas pela mantenedora.
Cabe ao(s) Coordenador (es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
Coordenador Geral
- Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.
- Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
- Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
- Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do
Estabelecimento.
- Acompanhar o funcionamento de todas as turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculadas ao Estabelecimento.
- Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.
- Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
- Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.
- Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
- Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
- Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o atendimento
aos educandos de todas as turmas.
- Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante as
horas-atividade dos professores.
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- Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de experiências
pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
- Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades que
necessitam de escolarização.
- Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
- Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando
solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações
Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.
- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
Coordenador
-
- Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral qualquer
problema neste procedimento.
- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das
Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
- Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os
professores.
- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
Docentes
O Processo educativo deve estar compromissado com a mudança social, buscando
garantir a formação de identidade dos cidadãos. Pensar na escolarização de jovens e adultos
trabalhadores é pensar em ações educativas inovadoras, que respondam às novas exigências
de uma sociedade em transformação, e requer um educador que garanta a inter-relação
personalizada e contínua do educando com o sistema de ensino.
Os docentes da EJA deverão apresentar perfil que contemple:
41
- Compromisso com a Proposta Pedagógica da EJA;
- Visão global do currículo e dos princípios de sua organização;
- Postura interdisciplinar e contextualizada;
- Planejamento de estratégias pedagógicas;
- Conhecimento da função social da EJA;
- Busca de aprimoramento profissional constante, seja por meio de oportunidades
oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento de Ensino ou por iniciativa própria.
- Espírito de coletividade;
- Compromisso com as ações desenvolvidas regularmente e extras curriculares pelo
Estabelecimento de Ensino;
- Disponibilidade de horário de acordo com sua carga horária docente;
- Disposição para o trabalho coletivo.
Aos docentes cabe também:
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes.
Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste
Estabelecimento Escolar.
- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,
tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo
de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste
Estabelecimento.
- Institucional conforme orientação da mantenedora.
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes
Curriculares Nacionais da EJA, das Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA e da
Proposta Pedagógica deste Estabelecimento de Ensino;
- Conhecer o perfil dos educandos (idade, ocupação, nível sócio-econômico, expectativas,
hábitos de estudo);
- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,
tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino, que respeite o processo
de ensino-aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;
- Organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;
42
- Estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos educandos, tendo
como princípio o acompanhamento contínuo da aprendizagem;
- Analisar sistematicamente o resultado do desempenho do educando, obtido no processo de
avaliação, para fins de planejamento;
- Realizar a recuperação de conteúdos concomitante ao processo ensino-aprendizagem;
- Utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis;
- Elaborar, junto com a equipe de professores pedagogos e de coordenadores, a Proposta
Pedagógica do estabelecimento de ensino, em consonância com as Diretrizes Curriculares
Nacionais, as Diretrizes Curriculares Estaduais e com a Proposta Pedagógica Curricular
de EJA;
- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
educandos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;
- Realizar processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, tendo em vista
uma avaliação reflexiva sobre o processo ensino e aprendizagem;
- Participar da realização de atividades extracurriculares do estabelecimento de ensino;
- Utilizar técnicas e instrumentos diversificados de avaliação;
- Organizar, acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de Conteúdos por
Disciplina;
- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações
pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas as
formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.
Secretaria e Apoio Administrativo
A Secretaria é o setor que tem em seu encargo, todo registro de escrituração escolar e
correspondência do Estabelecimento de Ensino.
Este serviço é coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
O cargo de secretário (a) é exercido por um profissional devidamente qualificado
para o exercício desta função. Portanto, a organização, a minúcia, a seriedade daqueles que
ocupam este ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte de todas as suas ações.
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Compete ao Secretário:
- Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;
- Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço,
circulares, resoluções e demais documentos;
- Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;
- Apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser assinados;
- Executar os registros na documentação escolares referentes à matrícula, transferência,
classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de cursos;
- Manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;
- Comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;
- Manter atualizados os registros escolares dos educandos no sistema informatizado.
- Conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege o registro de
documentação escolar do educando;
- Efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a documentação em pastas
individualizadas, expedindo toda a documentação: declarações; fichas de controle de notas
e freqüência individual e coletivo; certificados; históricos escolares; transferências;
relatórios finais; estatísticas; e outros documentos, sempre que necessário;
- Atender os educandos, professores e o público em geral informando sobre o processo
educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;
- Utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão competente;
- Participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por iniciativa
própria, com o intuito de aprimoramento profissional;
- Auxiliar em todas atividades desenvolvidas pela escola;
- Atender às solicitações do Diretor.
- Providenciar o material utilizado nos recursos materiais (computadores, impressoras,
fotocopiadora, entre outros) e conservá-los em bom estado;
- Providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e reprodução de
materiais, com a devida autorização da Direção;
- Racionalizar os serviços sob sua responsabilidade para uma melhor produtividade;
- Não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse setor;
- Receber, estocar e controlar o material de consumo, de limpeza e equipamento;
- Solicitar à secretaria a reposição de material de consumo e de peças de equipamentos.
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- Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a
Organização da EJA prevista nesta proposta.
PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta
“deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as
fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais
comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da
educação pública ofertada na Rede Estadual”.(SEED, 2004, p.11)
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os
gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a
identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a
permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso
e a efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto
responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos
seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a
implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à
população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular,
abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou seja,
tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes
envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem a
educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção, equipe
pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na
SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e
dos respectivos NRE’s.
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A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes
instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas
relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o
diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na
prática pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares
Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve
estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função
social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia”.
(SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular
implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e
administrativa das escolas.
Os instrumentos da avaliação institucional serão produzidos em regime de
colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças
entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades
regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos
avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada
pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da
nota do aluno para fins de conclusão. A normalização desta Avaliação Institucional da
proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,
“Cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas
dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo
o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola
deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence.
(SEED, 2005, p.17)”.
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo,
especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de
Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.
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PLANO DE AÇÃO - DIREÇÃO
JUSTIFICATIVA
A participação da comunidade escolar não depende somente da abertura propiciada
pelo corpo diretivo da Escola, mas principalmente, da conscientização dos diversos segmentos
acerca da importância da participação de cada um no processo pedagógico.
Atualmente, educar na e pela democracia pressupõe um cuidado especial nos discursos
e nas práticas cotidianas da escola, permitindo que crianças e jovens se formem como
cidadãos para uma sociedade educadora e democrática.
Reforça-se que é por meio da participação efetiva da comunidade escolar, da
organização do trabalho pedagógico com ênfase nos princípios da gestão democrática, que a
escola poderá contribuir para a superação das contradições da sociedade em que se vive e
auxiliar no processo contínuo de construção de uma sociedade mais humana, portanto, se faz
necessária a participação dos diferentes segmentos da escola nas decisões administrativa-
pedagógica e cabe ao diretor ser o mediador destas participações em todos os segmentos
existentes na escola para assim se efetivar a gestão democrática.
Há algum tempo a administração educacional no Brasil ganhou novos rumos.
O momento histórico em que vivemos requer trabalhar com diretrizes, orientações
para o trabalho, aonde se faz necessário à elaboração, efetivação e avaliação de um Plano de
Ação com princípios da política pública; uma educação como direito de todo cidadão; a
valorização de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão democrática
em todos os níveis e o atendimento às diferenças e à diversidade Cultural; com um
atendimento prioritário àqueles excluídos historicamente; ações efetivas de combate a evasão
e à exclusão.
Diante disso, organizaremos coletivos com os diversos segmentos da escola para
juntos desenvolvermos ações que venham ao encontro das necessidades da escola.
A escola é um lugar de organização dos conhecimentos. E é preciso que jovens adultos
e idosos sejam preparados para lidar com a informação.
A qualificação dos equipamentos e espaços, quando bem utilizados, assumem papel de
suma importância, auxiliando no encaminhamento metodológico de maneira a propiciar a
participação ativa dos educandos e melhorar a qualidade do ensino.
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Tanto os equipamentos, quanto os espaços escolares, são elementos essenciais para a
transformação e o desenvolvimento das atividades do cotidiano, portanto devemos priorizar
essa utilização, visando à melhoria da Educação. Nesse enfoque serão tratados como recursos
e estratégias para garantir e ampliar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
ESPECIFICIDADES LOCAIS
O Plano de Ação da Direção realça a necessidade de explicitar a intencionalidade
político-pedagógica presente nas ações do candidato, portanto, assumiremos o compromisso
de incentivar a participação da comunidade escolar nos projetos que a escola venha
desenvolver no decorrer desse mandato, com a finalidade de, ao mesmo tempo, melhorar a
qualidade da educação, transformar a escola em um ambiente de convivência solidária entre
alunos, pais, professores, equipe pedagógica, funcionários e direção da Escola; assim como
efetivar as ações já mencionadas nesse plano.
OBJ ETIVOS GERAIS
- Desenvolver umas administrações democráticas, coletivas, participativas, emancipatória
e inclusiva;
- Estabelecer um elo de importância entre todos os segmentos da comunidade escolar;
- Promover reuniões, encontros entre docentes, equipe pedagógica e administrativa, para
avaliar o processo educativo;
- Levar ao conhecimento dos alunos o valor e a importância de prosseguir seus estudos;
- Oferecer meios para que de fato haja uma gestão democrática;
- Estimular todos segmentos da comunidade escolar à formação continuada;
- Buscar alternativas para que se efetive todas as ações mencionadas nesse plano;
- Realizar levantamento junto à comunidade para definir sobre a implantação de Ações
Pedagógicas Descentralizadas;
- Apoiar a iniciativa de projetos a serem desenvolvidos na escola;
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- Buscar junto às autoridades competentes, meios para conseguirmos uma nova instalação
para o CEEBJA, aonde se possa de fato atender a nossa demanda com a implantação da
nova proposta;
AÇÕES
Para que de fato este plano se concretize, se faz necessário a participação de todos os
segmentos da comunidade escolar, aonde após o levantamento de problemas existentes,
possamos encontrar soluções e buscar da melhor forma possível resolvê-los, possibilitando
através de decisões coletivas o aperfeiçoamento no processo ensino-aprendizagem.
RESPONSÁVEL:
Direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, A.P.A.F., Conselho Escolar e
Comunidade Escolar.
CRONOGRAMA:
O tempo de duração do projeto é variável e está centrado nas ações que serão
desenvolvidas na gestão 2006/2007, mencionadas no plano e nos objetivos a serem
alcançados.
O Plano de Ação visa uma prática com a participação efetiva de todos os segmento da
sociedade, portanto, além das ações administrativas e pedagógicas pertinentes as funções,
serão desenvolvidas ações que em conjunto com o coletivo da escola forem priorizadas, isso
se dará no início do ano letivo e também no decorrer do processo.
AVALIAÇÃO DE PLANO DE AÇÃO:
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A Avaliação do Plano será contínua, buscando-se adequar quando necessário, para que
realmente se torne uma gestão democrática aonde a escola possa questionar o seu papel e
comprometer-se com a construção e socialização de um conhecimento emancipatório.
PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA
JUSTIFICATIVA
O objetivo é contextualizar a questão da formação dos educadores de jovens e
adultos numa problemática mais ampla que é a da própria constituição da educação de adultos
como campo pedagógico, o que implicaria a existência de um conjunto de práticas e saberes
minimamente articulados em torno de princípios, objetivos ou outros elementos comuns.
Procurar identificar as condições que viabilizariam a oferta de uma formação correspondente
às exigências que a educação de jovens e adultos impõe aos educadores, o que,
reciprocamente, remete à insuficiência dos conhecimentos que a academia tem produzido a
esse respeito. Finalmente, destacarei indicações de como uma atenção especial à educação de
jovens e adultos poderia favorecer a formação integral dos educadores de maneira geral.
OBJETIVOS:
Acompanhar os educandos, jovens, adultos e idosos, retomar seu potencial,
desenvolver suas habilidades adquiridas na educação extra-escolar;
Oportunizar aos educandos uma aprendizagem de qualidade;
Propiciar uma preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
Acompanhar professores e alunos no processo didático pedagógico;
Discutir com toda equipe pedagógica alternativa de trabalho, que motivem os
educandos durante o seu processo escolar;
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Buscar aprimoramento profissional constante seja nas oportunidades oferecidas pela
mantenedora ou por iniciativa própria;
Construir propostas interdisciplinares inovadoras que atendam as necessidades dos
educandos e educadores;
PROCEDIMENTOS DE AÇÃO
As atividades proposta neste Plano de Ação serão realizadas no decorrer do ano letivo,
através de atividades e projetos com temas específicos, conforme o cronograma do Plano.
Assim o professor pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num
processo dinâmico, contínuo sistemático e integrado aos demais profissionais envolvidos, o
desenvolvimento de um trabalho coletivo envolvendo toda a equipe pedagógica para planejar
implementar e avaliar a partir das necessidades pedagógicas apresentadas.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
O QUE COMO
Valorização do educando - Auto estima,
auto conhecimento.
Dinâmica, trabalho individual e coletivo,
encontros, palestras..
Interação escola-comunidade Projetos, reuniões, comunicação aberta entre
escola/comunidade.
Regimento escolar - Debates e reflexões sobre o regimento trabalham
em sala de aula (professor /aluno)
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Atividades extra- classe Acompanhamento e incentivo aos
educadores/educandos no desenvolvimento das
atividades:
Visitas a academias e apresentações
culturais;
Formação de grupo de teatro;
Acompanhamento e assistência aos
educandos e educadores enfatizando o
compromisso do professor com a educação.
Encontros com os alunos para conhecer e
responsabilizar-se do processo;
Orientação e subsídios para a elaboração
do projeto.
Nas horas atividades e intervalos
Acompanhamento e oportunidade para a
formação continuada através de:
Encontros
Material didático
Valorização hora/atividade,
levando em consideração os
novos paradigmas da educação.
Conselho de classe Apresentar relatórios do processo de ensino-
aprendizagem, estabelecer junto aos professores
estratégias de superação;
Evasão e repetência Proposta pedagógica que venha de
encontro com as necessidades dos alunos.
Se necessário for de encontro ao aluno
em sua residência, fazendo uma
mediação para que o mesmo volte a
estudar.
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“Um grande professor tem pouca história para registrar. Sua vida se prolonga em
outras vidas, homens assim são pilares na estrutura de nossas escolas mais essenciais que
seus tijolos ou vigas e continuaram a ser centelhas e revelações em nossas vidas”.
(S. Hundert. Clube do Imperador).
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
Apresentação da disciplina de química
Justificar porque o conhecimento desta disciplina é importante como saber escalar e como contribuir para formação do estudante.
A consolidação da química como ciência foi um dos fatos que permitiu o desenvolvimento das civilizações, determinando maneira diferenciados no modo de viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas atividades diárias das pessoas.
Dentre as descobertas e avançadas cientificas, nas últimas quatro décadas do século xx, passou-se a conviver com a crescente minituralização dos sistemas de computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis pelos estudos especiais e pela farmacologia, marca o processo de consolidação cientifica, como destaque á química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura cientifica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.
Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, entre outros, bem como o seu relacionamento como um ser que se relaciona, interage e modifica, positivamente ou negativamente, o meio em que vive.
É importante considerar que o conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
Apresentar a concepção de disciplina de acordo com as DCEs dessa modalidade.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICOS - Matéria e sua natureza;
- Biogeoquímica;- Química Sintética.
CONTEUDO BÁSICO
- Ligações químicas;- Estudo das soluções;- Reações químicas;
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CONTEÚDO ESPECÍFICO
- Introdução a Química;- Os números quânticos;- Classificação dos elementos químicos;- A formula do corpo; - Funções da química inorgânica;- As substâncias da natureza;- Termoquímica;
- Cinética química;- Química orgânica;- Funções orgânicas;-Óleos e gorduras;- As substancias sintéticas;- A química na agricultura;- A química nos elementos;- A química nos produtos de limpeza;- A química nos remédios;- Composições naturais.
METODOLOGIA
É importante que no processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as idéias preconcebidas sobre o conhecimento da química. Trabalha conteúdos com os quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o mesmo perceba a função da química na sua vida. Dessa forma, o ensino da disciplina de química deve contribuir para o educando jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando-o a compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhes condições de discernir algo que possa ajudá-lo, e daquilo que pode causar problemas.
Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia.
Sendo assim no E. J.A., a metodologia adotada vai de encontro com as característica dos alunos, observando idades (adultos e idosos), (sitiantes, ribeirinhos, assentados, indígenas, afrodescendentes e moradores da área urbana), que se encontram em um mesmo ambiente escolar, tendo o professor o compromisso de articular sua forma de trabalho para contemplar o conteúdo proposto a todos.
Podemos compreender como indivíduo utiliza suas habilidades e estilos pessoais dentro de linguagens e conteúdos sociais, pois a mesma atitude adquire significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso ocorre. Nossa proposta é
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ressignificar esses elementos da cultura e reconstruí-los coletivamente propiciando um ensaio de participação constante e responsável nas aulas que poderão ser transferia para sua vida.
* Articulação entre os três conhecimentos: matéria e sua natureza, química sintética e biogeoquímica.
* Combina leitura, observações, experimentações e registros para a coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações.
* Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação críticas e cooperativas para a construção coletiva do conhecimento.
* Consultar, analisar e interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculados em diferentes meios.
* Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento cientifico, estabelecer relações identificar regularidades, invariantes e transformações.
* Compreender a ciência e a tecnologia compartes integrantes da cultura humana contemporânea.
* Reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento e tecnológico e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania.
* Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação os termos de ciência e tecnologia.
* Apresentar os recursos tecnológicos a serem utilizados.* Explicar de que forma será desenvolvido o trabalho referentes as leis:Lei 10.639/ 03 “história e cultura afra”.Lei 9.795/ 9“meio ambiente”.
AVALIAÇÃO
O professor buscará superar a avaliação presencial, diagnóstica, continuada e valorizando a produção de documento, cíentifico, leituras diferenciadas, trabalho em grupo, avaliação objetiva e subjetiva, debates, entre outros. A avaliação tem por meta o ajuste e a orientação para a intervenção pedagógica, visando a aprendizagem da forma mais adequada para o aluno. A avaliação é um elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa e um instrumento para que o aluno possa tomar consciência de seus progressos, dificuldades e possibilidades.
Portanto, a avaliação será um processo contínuo, permanente e acumulativo, abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula e fora dela, individualmente ou em grupo.
As intenções avaliativas tornam-se parte primordial do processo ensino-aprendizagem, tanto para o aluno para o professor, pressupondo que ambos poderão dimensionar os avanços e dificuldades dentro do processo tornando o mesmo mais produtivo.
No E.J.A. o sistema de avaliação se dá através do complemento das cargas horárias e dependendo da carga horária da disciplina se divide em avaliações.
Apresentar critérios articulados com a concepção teórico-metodológica da disciplina.Instrumento de avaliação.
BIBLIOGRAFIA
55
MC MURRY, John. Química Orgânica. Trad. Sonia Correia Hess. 4ed. Rio de Janeiro, Ed L.T.C., 1987
Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Química. Curitiba, 2008.
Secretaria de Estado da Educação. Química, Ensino Médio. Curitiba, 2007
ULTIMARA, Y. Teruko; LINGUANÓLO, Maria. Química Fundamental, volume único. São Paulo, E. Exata, FTD,1998.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Disciplina de biologia tem como objeto de estudo o fenômeno da VIDA. Ao longo
da historia da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa
tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo compreende-lo. Assim podemos retratar a
importância história da disciplina, para o entendimento de todos os conceitos pré-existentes
que tratam os conteúdos da mesma.
O ensino de biologia deve desenvolver nos alunos um olhar atento às transformações
ocorridas ao longo do tempo, compreendendo a tecnologia como recurso capaz de suprir as
necessidades humanas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, através da reflexão
sobre as relações ciências-sociedade e tecnologia, considerar as questões éticas envolvidas e a
influência dos fatores sociais, econômicos e políticos vinculados ao poder existente na
sociedade, desenvolvendo flexibilidade ao reconsiderar suas ideias, reconhecendo e
selecionando fatos e dados na reelaboração dos seus conhecimentos, desenvolvendo um olhar
atento para a natureza na busca de respostas aos desafios atuais, diminuir o racismo,
preconceito e descriminação, através do conhecimento da historia e cultura Afro-brasileira,
bem como a cultura de outros povos. Identificando o conhecimento cientifico como resultado
do trabalho de gerações de homens e mulheres na busca do conhecimento para a compreensão
do mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício de cidadania competente,
considerando, portanto, a ciência como conquista dinâmica do homem, não isenta de
intencionalidade.
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Os conhecimentos construídos com o estudo de Biologia devem contribuir para que o
indivíduo faça julgamentos e tome decisões com relações ao seu modo de vida, ao ambiente
que ocupa e à sua participação na sociedade, já que a disciplina de biologia tem como objeto
de estudo o fenômeno VIDA.
Com base nas Diretrizes Curriculares, os Conteúdos Estruturantes permitem
conceituar VIDA em diferentes momentos da história da humanidade e desta forma, auxiliar
no entendimento do homem no momento histórico atual, sendo este, parte da ciência como
construção humana.
Os Conteúdos Estruturantes apresentam uma proposta que torna possível conhecer a
organização dos seres vivos relacionando-os à existência de características comuns a estes e
sua origem. Esse conhecimento pode ser transmitido no estudo da classificação de Lineu;
através da citologia: histologia: na organização dos reinos através de características de
distinção entre os seres na evolução, relacionando a genética ao aparecimento da diversidade
biológica, entre outros. Tornam possível a compreensão das estruturas que compõe os seres
vivos, partindo-se de uma forma fragmentada do indivíduo até a compreensão de como os
organismos vivos funcionam. Será contemplado ao trabalharmos as hipóteses da origem; as
composições químicas das células; citologia, histologia e sistemas. Contemplada ao
estudarmos as teorias da Evolução; a origem da vida; os conceitos genéticos e a transmissão
de características naturalmente ou com uso de tecnologias. No fenômeno da vida serão
contemplados ao estudarmos os reinos; a reprodução; células tronco; transgênicos; bioenergia;
controle biológico, saúde pública, entre outros.
Estes conteúdos apontam como a Biologia se constitui como conhecimento, e de como
esta tem a influenciado na construção de uma concepção de mundo contribuindo para que
possam compreender as implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais que
envolvem a apropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.
Quando tratamos assuntos relacionados ao conhecimento Biológico, podemos ressaltar
ainda mais sua importância histórica, pois, tais conhecimentos crescem em ritmo acelerado,
uma vez que estamos vivendo um período de grandes avanços, precisamos nos preparar para
compreender os significados dos avanços que estão por vir.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos Seres VivosClassificação dos seres vivos: Critérios
taxonômicos e filogenéticos
Mecanismos Biológicos
Sistema biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
Mecanismos de desenvolvimento embrionárioMecanismos celulares biofísicos e
bioquímicosTeoria celular
Biodiversidade
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o
ambienteTeorias evolutivas
Manipulação Genética
Transmissão de características hereditárias
Organismos geneticamente modificados
METODOLOGIA
Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de
relações significa pensar em uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório garante a
reavaliação dos seus resultados e possibilita o pensar e a mudança constante de conceitos e
teorias elaboradas em cada momento histórico, social, politico, econômico e cultural.
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Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta para os currículos escolares, mas
numa perspectiva diferenciada onde se retome a história da produção do conhecimento
cientifico e da disciplina escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.
Na EJA todos os conteúdos serão trabalhados de acordo com a realidade do aluno,
preservando o conhecimento já adquirido no histórico de vida do aluno, sem deixar de lado a
importância de abranger os conteúdos específicos da disciplina de biologia. Podendo incluir
itens a proposta acima, visando uma maior compreensão sobre os conteúdos tratados na
disciplina de Biologia e in inclusive atividades que contemplam a Lei nº 10,639/03 referente
a “Historia e Cultura Afro Brasileira e Africana”,onde sera contemplada em momentos, ao
ser trabalhado em genética a diferenciação da cor da pele, também estar observando com os
alunos em outros momentos se fazer necessário, que somos todos da mesma especie, e sim
diferentes apenas na cor da pele, (melanina). Lei nº 11,645/08, referente a “Historia e Cultura
dos Povos Indígenas”, com visitas aos povos indígenas existentes nas aldeias no próprio
município, onde temos alunos do EJA que são índios e pode dar uma base da cultura,
religião, costumes danças e da própria alimentação dos mesmos, alem da biodiversidade de
plantas e ervas existentes na reserva indígena podem ser explorada como medicamentos
naturais. A Lei nº 9795/99, referente, a “Politica Nacional de Educação Ambiental”, onde
sera contemplada ao se trabalhar os conteúdos estruturantes na área da Biologia como a
biodiversidade, relações entre os seres vivos e o ambiente, os impactos ambientais, poluição
do solo, agua e ar e o próprio desmatamento que vem ocasionando o efeito estufa do planeta
Terra, conscientização de reciclagem dos materiais, com visitas ao aterro sanitário do
município de Ortigueira.
O professor da EJA devera interagir o conhecimento cientifico com o cotidiano do
aluno, trabalhando com situações, através de sínteses, analises, debates, vídeos, reportagens
cientificas atualizadas, experiencias e avaliações, para que assim possam chegar a uma
produção criativa, onde o aluno possa rever e questionar o seu próprio conhecimento já
adquirido por ele ao longo de sua vida. O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes
devera ocorrer de forma integrada aos conteúdos específicos.
A interdisciplinaridade leva a formação mais completa do estudante e do cidadão
preparando-o para que possa interagir com informações mais esparsas e compreendendo as
questões especificas que passam em seu cotidiano.
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AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento de processo de ensino aprendizagem que deve ser
considerado em direta associação com os demais. É um processo continuo e sistemático ;
portanto deve ser constante e planejado.
A avaliação informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante, quais seus
avanços, dificuldades, encaminham e orientam o ajuste na pratica educativa do professor.
A avaliação deve preservar o conhecimento descendente e ascendente de cada aluno da
EJA de forma diagnostica, continua, cumulativa, participativa, levando em conta a
participação dos grupos, avaliação escrita, participação dos alunos, participação em aulas
praticas, apresentação de relatórios de trabalho de campo dentro de suas possibilidades,
apresentação de trabalhos etc. Por outro lado, as atividades especificas de avaliação, como
comunicação de pesquisa, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e
provas dissertativas ou de múltipla escolha e recuperação paralela, onde fara parte após o
processo avaliativo e simultâneo de cada avaliação.
Coerente com a concepção de conteúdos e com os objetivos propostos em Ciências
Naturais, a avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudantes em
relação à aprendizagem de conceitos, de procedimentos, de valores e de atitudes que levem o
educando a tomar consciência tanto do seu processo de aprendizagem, das mudanças
inerentes ao processo em si com o processo educativo mais geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da educação, secretária de educação, média e tecnológica –
Parâmetros curriculares nacionais do ensino médio. Brasília, 1999.
LAURENCE, J. Biologia: ensino médio: volume único, São Paulo: nova geração, 2005.
LOPES, Sonia. Biologia – volume único: São Paulo: saraiva, 2005.
60
MACHADO, Sidio. Biologia para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scpione,
2003.
PARANÁ/ SEED, Diretrizes Curriculares de Biologia para o ensino médio. Curitiba,
2008.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, 8ª ed. São Paulo: Ática, 2002.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB – 9394/96
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Estatuto da Criança e do Adolescente
PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTALDISCIPLINA: CIÊNCIAS
FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA
As rápidas mudanças na sociedade e no mundo atual guardam intrincadas relações com as crescentes produções científicas e tecnológicas. Essas relações históricas, políticas e culturais – determinam a qualidade de vida dos povos e os instrumentos de sua consciência crítica. Elas são partes do debate democrático por um mundo mais justo, voltado para o desenvolvimento sustentado, para a superação das desigualdades, para a dignidade e a solidariedade. A tarefa de conhecer as relações entre ciência, tecnologia e sociedade inscrevem-se no processo de educação permanente, do qual também faz parte o aprimoramento de habilidades e valores. Com base em considerações dessa natureza, as leis vigentes preconizam a integração entre a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a vida cidadã, de modo que cada componente curricular contribua com uma melhor orientação para o trabalho e com a ampliação dos significados das experiências de vida dos alunos. Eles devem ter acesso aos conhecimentos que poderão promover e ampliar suas interpretações sobre aspectos individuais e coletivos que condicionam a saúde e a reprodução humanas, sobre as transformações dos ecossistemas no planeta como um todo – e particularmente no lugar onde vivem.
O acesso às ciências naturais em Educação de Jovens e Adultos- EJA deve se dar juntamente com a promoção da racionalidade, a confirmação de competências adquiridas na vida extra escolar e o banimento do medo e dos preconceitos.
Com base em considerações dessa natureza, as leis vigentes preconizam a integração entre a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a vida cidadã, de modo que cada componente curricular contribua com uma melhor orientação para o trabalho e com a ampliação dos significados das experiências de vida dos alunos. Eles devem ter acesso aos conhecimentos que poderão promover e ampliar suas interpretações sobre aspectos individuais e coletivos que condicionam a saúde e a reprodução humanas, sobre as transformações dos ecossistemas no planeta como um todo – e particularmente no lugar onde vivem.
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Dessa forma é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Ciências na EJA,possibilite ao educando,a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio de análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
1ª AVALIAÇÃOCONTEÙDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BASICO
ASTRONOMIA UNIVERSO : SISTEMA SOLAR : MOVIMENTOS TERRESTRES : MOVIMENTOS CELESTES : ASTROS.
MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIASISTEMAS BIOLÓGICOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CELULAR
ENERGIA FORMAS DE ENERGIA : CONSERVAÇÃO DE ENERGIA : TRANSMISSÃO DE ENERGIA
BIODIVERSIDADE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS : ECOSSISTEMA : EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS.
2ª AVALIAÇÃOCONTEÙDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BASICO
ASTRONOMIA ASTROS : MOVIMENTOS TERRESTRES: MOVIMENTOS CELESTES
MATÉRIA CONSTITUÍÇÃO DA MATÉRIASISTEMAS BIOLÓGICOS CÈLULA : MORFOLOGIA E
FISIOLOGIA DOS SERES VIVOSENERGIA FORMAS DE ENERGIA :
TRANSMISSÃO DE ENERGIA BIODIVERSIDADE ORIGEM DA VIDA : ORGANIZAÇÃO
DOS SERES VIVOS : SISTEMÁTICA
3ª AVALIAÇÃOCONTEÙDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BASICO
ASTRONOMIA ORIGEM E EVOLUÇÃO DO
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UNIVERSOMATÉRIA CONSTITUÍÇÃO DA MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS CÈLULA: MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS
ENERGIA FORMAS DE ENERGIA BIODIVERSIDADE EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
4ª AVALIAÇÃOCONTEÙDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BASICO
ASTRONOMIA ASTROS; GRAVITAÇÃO UNIVERSALMATÉRIA PROPRIEDADES DA MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS : MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA
ENERGIA FORMAS DE ENERGIA : CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
BIODIVERSIDADE INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
Metodologia O professor deverá interagir conhecimento cientifico com o conhecimento espontâneo
trazido pele aluno, trabalhando situações que permitem a tomada de decisões, através de
sínteses, análises, debates, vídeos, reportagens cientificas atualizadas, revisas em quadrinhos,
mapa quadro de giz, globo, modelo didático,televisor, computador, experiências e avaliações
para que assim possam chegar a uma produção criativa ,onde o aluno possa rever e questionar
o próprio conhecimento.
Portanto na E.J.A. a metodologia adotada vai de encontro com as características dos
alunos, observando idade (adultos e Idosos), bagagem cultural (sitiantes, ribeirinhos,
assentados, indígenas, afro descendentes e moradores da área urbana) que se encontram em
um mesmo ambiente escolar, tendo o professor o compromisso de articular sua forma de
trabalho para contemplar o conteúdo proposto a todos.
No decorrer do ano letivo será contemplada as seguintes leis: “História e Cultura
Afro”, Lei 10.639/03 _ Ao trabalharmos o conceito científico de “Raça”, e em Genética
valorizando a diversidade pesquisando a contribuição que os povos Africanos que chegaram
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ao Brasil como escravos trouxeram para a formação da cultura brasileira, alimentação,
música, dança, religiosidade, etc.”Educação Ambiental”, Lei 9.795/99 _ Será contemplada
de forma contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos de ciências, atividades
extra-classe, sendo oportunizados ainda palestras com representantes de secretarias do meio
ambiente do município. “História e Cultura dos Povos Indígenas “, Lei 11.645/08 _ Nosso
município possui duas Reserva Indígena (Mococa e Queimadas) e alguns membros dessas,
são alunos de nossa escola. Levaremos os alunos da escola a visitar as aldeias para conhecer a
cultura e costumes desses povos, proporcionando uma maior interação com os mesmos.
Podemos compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos pessoais
dentro de linguagens e contextos sociais, pois a mesma atitude adquire significados diferentes
conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso ocorre. Nossa proposta é
ressignificar esses elementos da cultura e reconstruí-los coletivamente propiciando um ensaio
de participação constante e responsável nas aulas que poderão ser transferidas para sua vida.
Aula expositiva com uso do quadro de giz; Leitura cientifica com textos previamente escolhidos e/ou livro didático; Atividade de pesquisa individual ou coletiva; Atividades em grupo na sala de aula; Apresentação de filmes como introdução do conteúdo ou como revisão do conteúdo trabalhado; Atividade experimental.
RECURSOS DIDÁTICOS
Uso de quadro de giz; Revistas cientificas; textos científicos; textos de jornal; revista em quadrinhos; globo; TV Paulo Freire; Internet; TV pen-drive; DVDs e modelos didáticos.
AvaliaçãoA avaliação tem por meta o ajuste e a orientação para a intervenção pedagógica,
visando a aprendizagem da forma mais adequada para o aluno. A avaliação é um elemento de reflexão contínuo para o professor sobre sua prática educativa e um instrumento para que o aluno possa tomar consciência de seus progressos, dificuldades e possibilidades.
Portanto, a avaliação será um processo contínuo, permanente e cumulativo, abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula e fora dela: Seminários, atividades diárias, trabalhos em grupos, provas escritas, produções dos alunos, da observação em relação a participação, ao interesse e ao desempenho na realização das atividades, da postura enquanto membro de grupo, considerando se sempre os avanços individuais e do grupo.
As intenções avaliativas tornam-se parte primordial do processo ensino/aprendizagem, tanto para o aluno quanto para o professor, pressupondo que ambos
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poderão dimensionar os avanços e dificuldades dentro do processo tornando o mesmo mais produtivo.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação será oportunizada a cada momento em que a avaliação mostrar falhas na aprendizagem.
REFERÊNCIAS
COMO O CORPO HUMANO FUNCIONA. São Paulo, Globo, 1994 (Serie guia pratico ciências )
COMO O UNIVERSO FUNCIONA. Guia pratico de Ciências. Rio de Janeiro, Globo, 1994 3v.
DIRETRIZES curriculares de ciências para o ensino fundamental. DCE. CIENCIAS. Curitiba: 2008.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A . Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1998.
NETTER, FRANK H. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre, Artes medicas, 1996.
PROJETO ARARIBÁ. Ciências 5ª a 8ª series. São Paulo: Moderna, 2006.
WILSON ROBERTO PAULINO. Ciências. Os seres vivos. São Paulo: Editora Ática: 2004Coleção : Cadernos de EJA
PROPOSTA CURRICULAR FILOSOFIA FILOSOFIA E SEU ENSINO Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a pratica do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também que o ensino de Filosofia se limitasse á transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favorecia posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento. A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A idéia de que não existem
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verdades absolutas em conteúdos como, por exemplo, moral e política, é tese defendida com freqüência por filósofos. Ocorre que essa discussão, ao ser levada para o ensino, torna inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provoca nos estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que, como lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico, deve ser bem compreendida. A amplitude da Filosofia, de sua história e de seus textos desautoriza a falsa pretensão do esgotamento de sua produção, seus problemas, sua especificidade e complexidade. Por reconhecer essa condição, as Diretrizes fazem a opção pelos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. A história da Filosofia e as idéias dos filósofos que nos procederam constituem, assim uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em sala de aula. Os problemas, as idéias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da Filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração. Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com, facilidade que ela se caracteriza, inicialmente, pela preocupação comas questões de ordem cosmológica, isto é, com a exploração das perguntas relativas á natureza e ao seu ordenamento. Posteriormente, ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a condição humana.
O Principio Originário (arché); As Leis que regem o Universo; Os Fenômenos e a Estática; O Lugar do Homem no Cosmos; A Questão da Ética e da Política.
Na Idade Media, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior. O Medievo é, assim, marcado pela inspiração Divina da Bíblia, pelo monoteísmo, pelo criacionismo, pela idéia do pecado original, pelo conceito cristão de amor (ágape) e por uma nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição de igualdade como criatura divina. A filosofia da Idade Media nos seus dois grandes períodos, Patrística (séc. II ao VIII) e Escolástica (séc. IX ao XIV), trata basicamente do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para melhor compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos Padres da Igreja. A razão é posta predominantemente em função da fé. (REALE, ANTESERI, 2003, p.125). Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma, substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente no tocante á sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vem constituindo esse período. A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de idéias, o que permite pensar de maneira especifica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,
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anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da historia da Filosofia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
1 – Mito e Filosofia
1. Mito e Filosofia2. O Deserto do Real3. Ironia e Maiêutica
2 Teoria do Conhecimento O Problema do ConhecimentoFilosofia e Método
3. Ética
3.1 A Virtude em Aristóteles e Sêneca3.2 Amizade3.3 Liberdade3.4 Liberdade em Sartre
4. Filosofia e Política
4.1 Em Busca de Essência do Político4.2 A Política em Maquiavel4.3 Política e Violência4.4 A Democracia em Questão
5. Filosofia e Ciência
5.1 O Progresso da Ciência5.2 Pensar a Ciência5.3 Bioética
6. Estética
6.1 Pensar a Beleza6.2 A Universidade do Gosto
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6.3 Necessidade ou Fim da Arte?6.4 O Cinema e uma Nova Percepção.
7. Lei 10639/03 Historia Afro-Brasileira e Africana – Atitudes e Conhecimento Filosófico.7.1 Lei 11645/08 Historia e Cultura dos Povos Indígenas7.2 Lei 9795/99 Politica Nacional de Educação Ambiental – A Filosofia na Escola, na Vida e no Mundo.
- FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLOGICOS.
Na atual polemica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e conceitos criados no decorrer de sua história, os quais por sua vez geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. Por isso, permanecem atuais. Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-historico em que se dá o pensamento e a experiência humana. Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte. Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar: ensinamos a filosofar ou ensinamos Filosofia? Para Kant (1985), só é possível ensinar a filosofar, isto é, exercitar a capacidade da razão em certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso, contudo, reservar á atividade filosófica em sala de aula o direito de investigar as idéias até suas ultimas conseqüências, conservando-as ou recusando-as. Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia é indispensável a sua pratica, ou seja, o filosofar. A Filosofia constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele. A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para analise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão a vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. A Filosofia na escola pode significar o espaço experiência filosófica, espaço de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação, da analise e da criação de conceitos. Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos filosóficos, espera-se que os estudantes possam pensar discutir, argumentar e, que, nesse processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito simples. O ensino de Filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço para que o estudante possa planejar um sobrevôo sobre todo o vivido, a fim de que consiga á sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.
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Essa idéia de criação de conceitos como resultados da atividade filosófica no Ensino Médio não deve ser confundida coma perspectiva acadêmica de alta especialização, ou seja, o que se pretende é o trabalho com o conceito na dimensão pedagógica. Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos nos currículos escolares. Por isso, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e analisem a partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pesquisem, façam relações e criem conceitos. A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a precisão do caráter fragmentário do conhecimento. É preciso que o professor tenha uma ação consciente para não praticar uma leitura em que o texto seja um fim em si mesmo. O domínio do texto é necessário. O problema está no formalismo e no tecnicismo estrutural da leitura, que desconsidera, quando não descarta, a necessidade da compreensão do contexto histórico, social e político da sua produção, como também da sua própria leitura. Tal reflexão enseja analisar a função do professor de Filosofia para construir espaços de problematização compartilhados com os estudantes, a fim de articular os problemas da vida com as respostas e formulações da historia da Filosofia e com criação de conceitos. O ensino de Filosofia tem uma especificidade de que se concretiza na relação do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da investigação, no trabalho á criação de conceitos.
3. AVALIAÇÃO Conforme a LDB n° 9394/96, no seu artigo 24, a avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na historia da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. Para Kohan e Waksman (2002), o ensino da Filosofia tem uma especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como pratica, como discussão com outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamentos que o educador pode propiciar e preparar, porém não determinar e ,menos ainda avaliar ou medir. O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos. Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
- Qual discurso tinha antes;- Qual conceito trabalhou;- Qual discurso tem após;- Qual conceito trabalhou.
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A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da analise comparativa do que o estudante pensava antes do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.
BIBLIOGRAFIA.
MUNDO JOVEM – Um jornal de idéias. BRASILIA, Secretaria de Educação Básica. Orientação Curriculares do Ensino Médio; Brasília: MEC/SEB, 2004.
FERRATER MORA, Dicionário de Filosofia. São Paulo:Loyola, 2001
REALY, G.; ANTISERI, D Historia da Filosofia: Patrística e Escolástica. São Paulo: Paulus, 2003.
Brasil/MEC. Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais Diretrizes Curriculares. Rede Publica de Educação do Estado do Paraná.
Filosofia. Ensino Médio Secretaria do Estado do Paraná.
ARANHA, Maria Lucia de Arruda.Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1996
GALLO, Silvio. Ética e Cidadania: Caminho da Filosofia. São Paulo: Papirus, 1998.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação, portanto cabe destacar ao aluno a importância de conhecer a História da Língua Estrangeira Moderna.
A organização social, política e econômica modificaram no decorrer da história, o ensino de L.E.M. no Brasil. Para que se possa propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos, as metodologias de ensino devem atender às expectativas e
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demandas sociais contemporâneas. Como princípio social e dinâmico, a lingua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguistico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.
Assim a língua se apresenta como espaço de construções discursivas indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela.
Todo discurso está vinculado a história e ao mundo social. Dessa forma os sujeitos estão expostos e atuam no mundo por meio do discurso, permitindo-se perceberem como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo, aprendendo e compreendendo melhor a sua realidade.
Por essa razão o ensino de uma L.E.M. é de extrema importância no atual mundo globalizado, uma vez que a globalização rompe fronteiras entre países, quanto à sua língua, sendo cada vez mais necessário como requisito básico de comunicação e inclusão social.
O Inglês reconhecido como a atual língua global, é necessário não só como conhecimento técnico com fins de aperfeiçoamento profissional, mas acima de tudo, para jovens do século XXI, ele representa a inclusão à cultura em que estão inseridos.
Assim sendo, a Língua Inglesa, como saber escolar, relaciona-se diretamente como a realidade do aluno fora da escola, já que ela é vivenciada por ele quando está fazendo coisas na internet, ou escutando músicas atuais ou ver o filme do momento.
METODOLOGIA
O professor de L.E.M. deve enfatizar a importância da mesma, explorando através de textos diversificados, a estrutura da língua, integrando e motivando o aprendizado. Levar o aluno muito mais a fazer coisas, orais e escritas com a língua estrangeira do que treinar estruturas. Isto não significa dizer que o aprendizado da gramática seja desconsiderado. Ele ocorre a seu tempo e a partir, especialmente da produção dos alunos.
É necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada discurso considerando o contexto e seus interlocutores. E espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da língua. Usando recursos pedagógicos – tecnológicos e instrucionais como: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, internet, TV pendrive, etc.
Legislação Vigente Contempladas: - Lei 10639/03 – Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana; - Lei 11645/08 – Historia e Cultura dos Povos Indígenas; - Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental. - Lei 13.385/01 – História do Paraná
O trabalho a ser desenvolvido com as Leis números 10639/03, 11645/08, 9795/99, 13.385/01, será desenvolvido através de leituras, interpretações, produções textuais, DVDS, visando a formação da consciência crítica, humana e solidária, livre de visões preconceituosas e discriminatórias.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE ENSINO MÉDIO
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O conceito verdadeiramente fundamental e em torno do qual se articula os conteúdos específicos é o Discurso como prática social , onde a linguagem fundamental é posta em ação.
A leitura e compreensão de texto têm como objetivo ampliar o universo cultural dos alunos e é através disso que os educandos vão se posicionar como cidadão que pensam, questionam e argumentam sobre o mundo a sua volta. O discurso se realiza no e pleno texto o qual estimula a formação de escritores e leitores competentes e habilidosos em linguagem, lendo o aluno aprende como escrever e sobre o que escrever.
Portanto, entende-se por conteúdo estruturantes: Leitura, Oralidade e Escrita (discurso).
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOBÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
RECURSOS DIDÁTICOS
AVALIAÇÃO
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Discurso como prática social
LeituraOralidadeEscrita (análise lingüística)
Presente simples – forma afirmativa, negativa, interrogativa. Interpretação e intertextualidade do texto.
As particularidades do texto em registro formal e informal.Presente Contínuo.Passado Contínuo.
To Be/ going to.Preposições / Ordinal numbers / To do / to make.Abvérbios.
Futuro Simples.
Pronomes possessivos.Pronomes reflexivos.
Emprego das palavras e particularidades da pronúncia.
Leitura de texto sobre o tema.
Produção textual.
Estudo dos conhecimentos lingüísticos.
Leitura de textos produzidos pelos alunos.
Reestrutura e reescrita textual.
Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto.
Livros
Dicionários
Filmes
Jogos
Quadros
Xérox
DVD
Televisão
Pen Drive
Revistas
Jornais
* Realizar leituraCompreensiva do texto, considerando a construção de significados.
* Perceber informações específicas e implícitas no texto.
* Argumentar a respeito do que leu.
* Apresentar clareza nas idéias.
* Ampliar o vocabulário.
* Utilizar flexões verbais de tempo e modo.
ENSINO
CONTEÚDO ESTRUTURA
CONTEÚDO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ENCAMINHAMENTO
RECURSOS
AVALIAÇÃO
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MÉDIO
NTE BÁSICO METODOLOGICO
DIDÁTICOS
Discurso como prática social
LeituraOralidadeEscrita (análise lingüística)
Presente perfeito (afirmativa, negativa, interrogativa)
Presente perfeito (since e for)
Advérbio de modo, finalidade do texto oral.
Particularidades de pronuncias da língua estudada.
Realização de leitura não linear.
Clareza de idéias.
Passado perfeito much, many, little, should.
Imperativo condicionais.
Prepositions (preposições).
Leitura de texto sobre o tema.
Produção textual.Estudo dos conhecimentos lingüísticos.
Leitura de textos produzidos pelos alunos.
Reestrutura e reescrita textual.
Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto.
Livros
Dicionários
Filmes
Jogos
Quadros
Xérox
DVD
Televisão
Pen Drive
Revistas
Jornais
* Realizar leitura compreensiva do texto, considerando a construção de significados.
* Perceber informações específicas e implícitas no texto.
* Argumentar a respeito do que leu.
* Apresentar clareza nas idéias.
* Ampliar o vocabulário.
* Utilizar flexões verbais de tempo e modo
CONTEUDO ESTRUTURANTE
Conteúdo estruturante Conteúdo especifico Encaminhame Recursos Avaliação
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nto Metodológico
didáticos
* Discurso – Texto (Oralidade, Leitura e Escrita):Leitura e compreensão de textos.* Apresentações (perguntar e informar o nome das pessoas)
Análise lingüística
* Leitura e compreensão de textos: Cumprimentos e despedidas (cumprimentar formal e informalmente, despedir-se, perguntar e responder o nome de objetos).
Leitura e compreensão de textos: Perguntar e responder sobre nacionalidade e a procedência.
Leitura e compreensão de textos:(perguntar e responder sobre profissão).
* Verbo To Be na 1ª e 3ª pessoas do singular (presente simples, forma afirmativa).* Pronomes pessoais: I e you (singular).* Pronomes possessivos: my, your, his, her.* Uso de what, who.
*Verbo To Be na 2ª e na 3ª pessoas (forma interrogativa do presente simples).* Demonstrativo this, that.* Pronomes de tratamento Miss, Mr.* Vocabulário referente a objetos escolares e objetos de sala de aula.
*Verbo To Be na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular (formas afirmativa, interrogativas e negativa).* Pronomes pessoais I, you, he, she* Uso de where.* Vocabulário referente a países, cidades e nacionalidades.
* Verbo to Be na 3ª pessoa do plural (formas afirmativa, interrogativa e negativa do presente simples).* Vocabulário referente a profissões.
* Pesquisas.
* Conhecimento do aluno.
* Aulas teóricas.
*Trabalhos em grupo.
* Intertextualidade.
* Leitura de textos diversos.
* Música.
* CD – Áudio.
* Dicionários.
* Filmes.
* Jogos.
* Livro
* Quadro-negro
* Giz
* Rádio
* Televisão
* Cópias/xérox
* Dicionários
* Textos variados
* CD, outros...
* Teóricas
* Prática
* Formativa
* Escrita
* Participativa
* Cumulativa
* Diagnóstica
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Conteúdo estruturante Conteúdo especifico Encaminhamento Metodológico
Recursos didáticos
Avaliação
* Discurso - Texto ( Oralidade, Leitura e Escrita):Leitura e compreensãode textos. Informações pessoais; * fornecer e obter informações sobre outras pessoas; * Expressar preferências.
Analise lingüística.
Leitura e compreensão de textos:Atividades Esportiva ( perguntar e responder sobre habilidades, Nomear diversos esportes).
Leitura e compreensão de textosAtividades Escolares* Horas ( perguntar e informar as horas)* Expressar gosto e aversão ( perguntar e responder sobre atividades escolares)
* Atividades de rotina e lazer Educação ( descrição do dia-aa-dia, perguntar e
*Verbo to be (presente simples, formas afirmativa, negativa e interrogativa). *Pronomes pessoais: Pronomes possessivos (my, your, his, her, its, our, your, their) * Numerais ordinais (de 1 a 100)* Numerais cardinais;* Datas;* Dias da Semana;* Meses do ano;* Estações do ano; * Verbo modal can ( formas afirmativa, negativa e interrogativa)* Pronomes demonstrativos this, that, these, those
* Palavras/ expressões interrogativas which, how, what time;* Preposições on, in, at;* Horas ( números cardinais);* Matérias escolares
* Presente simples
* Pesquisas;
* Conhecimento do aluno;
* Aulas teóricas;
* Trabalhos em grupo;
* Intertextualidade.
* Leituras de textos diversos;
* Música;
* CD – Áudio;* Dicionários;* Filmes;* Jogos.
Livro;
Quadro – negro;
Giz;
Rádio;
Televisão;
Copias /xerox;
Dicionários;
Textos variados.
CD, outros...
Teórica;
Pratica;
Formativa;
Escrita;
Participativa;
Cumulativa;
Diagnostica.
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responder sobre atividades de rotina e de lazer)
(formas afirmativa, negativa, interrogativa)* Atividades de rotina e de lazer.
Conteúdo estruturante Conteúdo especifico Encaminhamento Metodológico
Recursos didáticos
Avaliação
* Discurso – Texto ( Oralidade, Leitura e Escrita):
Leitura e compreensão de textos ( Serviços e pontos turísticos , perguntar e informar).
Analise lingüística.
Atividades de rotina e de lazer ( perguntar, responder e relatar).
Descrição física de pessoas ( descrever fisicamente, perguntar e informar).
Problemas de saúde (perguntar e informar).
Gêneros discursivos
*Verbo there + to be (there is/there are)*Preposicoes : near, next to, between, behind, beside.* Expressão interrogativa: how many.* Palavras que indicam direção:right, left, straight, ahead, parallel to. *Advérbios de freqüência(always,usually, sometimes, rarely, never ) e locuções adverbiais ( every day, every week, once a month, twicw a month, three times a year, four times a month ).
*Ordem dos adjetivos em frases;*Futuro com present continuous.
*Pronomes pessoais (sujeito e objeto);* Verbo to be – past simple / Past simple
Pesquisas;Conhecimento do aluno;Aulas teóricas;Trabalhos em grupo;Intertextualidade.
Livro;Giz;Radio;Copias /xérox;Dicionários;Textos variados.
Teórica;Pratica;Formativa;Escrita;Participativa;Cumulativa;Diagnostica.
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*Textos: informativo , humoristico.
Conteúdo estruturante
Conteúdo especifico Encaminhamento Metodológico
Recursos didáticos
Avaliação
* Discurso – Texto ( Oralidade, Leitura e Escrita) Leitura e compreensão de textos ( comidas e bebidas) ; Fazer pedidos, oferecer algo, aceitar ou recusar, pedir permissão para fazer algo.
Analise linguistica
Gêneros
*Presente simples;* Artigo indefinido;*Verbos modais: can, could, may, will,would;*Vocabulário referente e comida e bebida.
*Revisão do passado simples de verbos regulares e irregulares;* Uso de who, what e how many com função de sujeito e objeto;*Tag questions com Did.* Vocabulário referente a diário de viagem;*Adjectives.
*Passado continuo;*Palavras interrogativas;
*Adjetivos: comparativo de igualdade, superioridade e inferioridade);*Uso de shall.
* Textos: Informativo, diário,
Pesquisas;Conhecimento do aluno;Aulas teóricas;Trabalhos em grupo;Intertextualidade.
Livro;Giz;Radio;Copias /xérox;Dicionários;Textos variados.
Teórica;Pratica;Formativa;Escrita;Participativa;Cumulativa;Diagnostica.
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discursivos humorístico;
Conteúdo estruturante
Conteúdo básico
Conteúdo específico
Encaminhamento Metodológico Recursos didáticos
Critérios de Avaliação
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Discurso como prática social
Leitura
Oralidade
Escrita
Analise linguistica
-Identificação do tema, do argumento principal.
-Interpretação observando o conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto
-Linguagem não-verbal
-Intencionalidade do texto-Exemplos de pronuncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
-Adequação ao gênero; elementos composicionais, formais e marcas lingüísticas.-Clareza de idéias.- Coesão e coerência -Funcao dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, substantivos,
-Pratica de leitura de diferentes gêneros ;-Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos) para interpretação de textos;-Analise dos textos levando em consideração a complexidade dos mesmos-Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto;-Leitura de outros textos para a observação das relações dialógicas.
-Livros-Dicionários -filmes-Jogos-Quadro-Xerox-DVD-Pen Drive-TV-Revistas-Jornais
-Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos- Seleção de discursos de outros, como:entrevista, cenas de desenhos, reportagem.-Analise dos recursos próprios da oralidade.-Dramatização
-Discussão sobre o tema a ser produzido.-Leitura de textos sobre o tema.-Produção textual.-Revisao textual.Reestruturação e reescrita de textos.
- Estudo dos conhecimentos
-Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção.-Localizar informações explicitas no texto.-Emitir opiniões a respeito do que leu.-Conhecer e utilizar e língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas.
-Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal / informal)-Apresentar clareza nas idéias.
-Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.
-Utilizar adequadamente recursos lingüísticos como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.-Conhecer e ampliar o vocabulário.
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Conteúdo estruturante
Conteúdo básico
Conteúdo específicoEncaminhamento Metodológico Recursos didáticos
Critérios de Avaliação
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Discurso como pratica social
Leitura
Oralidade
Escrita
Análise linguística
-Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
-Interpretação observando o conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto
-Linguagem não-verbal
-Intencionalidade do texto.-Exemplos de pronuncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
-Adequação ao gênero; elementos composicionais, formais e marcas lingüísticas.-Clareza de idéias.-Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
- Coesão e coerência -Future Tense + (There will be) .-Prepositions: from / to-Genitive case.-Reflexive pronouns (by + reflexive pronouns)-Prepositions: at /in-TO BE (Past Tense)-Prepositions: below / under- The Imperative
- Pesquisas.-Analise dos textos.-Conhecimento do aluno a partir do texto.-Leitura de textos variados para estabelecer relações dialógicas (entrevistas, narrativas, musicas, reportagem oral e escrita).
-Livros-Dicionários -filmes-Jogos-Quadro-Xerox-DVD-Pen Drive-TV-Revistas-Jornais
-Apresentação de produções .- Seleção de discursos de outros, como:entrevista, cenas de desenhos, reportagem.-Dramatização
-Discussão sobre o tema a ser produzido.-Leitura de textos sobre o tema.-Produção textual.-Revisão textual.Reestruturação e reescrita das produções.
- Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir
-Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção.-Localizar informações explicitas no texto.-Emitir opiniões a respeito do que leu.-Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações aos saberes já adquiridos.
-Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal / informal)-Apresentar clareza nas idéias.-Desenvolver a oralidade através da sua prática.
-Produzir textos atendendo as circunstâncias da proposta. -Diferenciar a linguagem formal da informal.
-Utilizar adequadamente recursos lingüísticos.-Ampliar o léxico.-Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo
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Conteúdo estruturante Conteúdo básico
Conteúdo específicoEncaminhamento Metodológico Recursos didáticos
Critérios de Avaliação
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Discurso como prática social
Leitura
Oralidade
Escrita
Análise linguística
-Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
-Interpretação observando o conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto
-Linguagem não-verbal
-Realização de leitura não linear dos diversos textos.
-Intencionalidade do texto.-Exemplos de pronuncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
-Adequação ao gênero; elementos composicionais, formais e marcas lingüísticas.-Paragrafacao.-Clareza de idéias.-Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
- Coesão e coerência - Funcao dos modal verbs.-The comparative and superlative.-Present Perfect and Present Perfect Contínuos.-Passive and active voices.
-Praticas de leitura de textos de diferentes gêneros.-Inferências de informações implícitas.-Interpretação de textos a partir de fotos,imagens, etc.-Analise de textos: cultura Afro-brasileira e africana.-Leitura de textos variados,como: reportagens, humor, musicas, charge e imagens).
-Livros-Dicionários -filmes-Jogos-Quadro-Xerox-DVD-Pen Drive-TV-Revistas-Jornais
-Apresentação de produções .- Seleção de discursos de outros, como:entrevista, cenas de desenhos, reportagem.-Dramatização
-Discussão sobre o tema a ser produzido.-Leitura de textos sobre o tema.-Produção textual.-Revisão textual.Reestruturação e reescrita das produções.
- Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção.- Localizar informações explicitas no texto.- Emitir opiniões a respeito do que leu.- Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações aos saberes já adquiridos. - Reconhecer as variantes lexicais.
-Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal / informal)-Apresentar clareza nas idéias.-Desenvolver a oralidade através da sua prática.
-Produzir textos atendendo as circunstâncias da proposta. -Diferenciar a linguagem formal da informal.
-Utilizar adequadamente recursos lingüísticos.-Ampliar o léxico.-Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.
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AVALIAÇÃO
No processo de ensino-aprendizagem escolar, o ensino e a avaliação se interdependem. Não teria sentido avaliar o que não foi objeto de ensino, como não teria sentido também avaliar sem que os resultados dessa avaliação se refletissem nas próximas atuações de ensino. Assim, um alimenta o outro – tudo é claro, em função de se conseguir realizar o objetivo maior que é desenvolver competências nos campos que elegemos.
A avaliação da aprendizagem em L.E.M. está articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas diretrizes e na LDB nº 9394/96.
A avaliação tem por meta o ajuste e a orientação para a intervenção pedagógica, visando à aprendizagem da forma mais adequada para o aluno. É um elemento de reflexão continuo para o professor sobre sua prática educativa e um instrumento para que o aluno possa tomar consciência de seus progressos, dificuldades e possibilidades.
Portanto ela será um processo continuo permanente e cumulativo, abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula e fora dela, individualmente ou em grupo, visando à quantidade e não a qualidade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Os critérios de avaliação da EJA são trabalhados seguindo os seguintes instrumentos: observação, desempenho do aluno, etc... Sendo (40) pontos de atividades (contínua) e avaliação escrita valendo (60) pontos. Totalizando para cada avaliação (10,0) pontos.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: Os instrumentos de avaliação são: palestras, seminários, debates, produções textuais, pesquisas bibliográficas, trabalho individual e em grupo.
PLANO DE RECUPERAÇÃO
A recuperação de estudo, será contínuo, apontando as dificuldades para intervenções pedagógicas a todo tempo, possibilitando a reelaboração do trabalho pedagógico e apropriação dos conteúdos. Só a reavaliação permitirá saber se foram atingidos os objetivos pretendidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ/SEED, Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio . Secretaria do Estado da Educação - SEED . Curitiba, 2008.ANTUNES, Irandé. Redimensionando a avaliação. São Paulo: Parábola editorial, 2003 p. 155 – 165.
COLEÇÃO TAKE YOUR TIME – 5ª a 8ª Séries . Ana Luiza Machado Rocha, Editora Moderna.
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INFORMATION - Liberato Wilson, SP. FTD, 2005
AQUARIUS: SIMPLIFIED GRAMMAR BOOK, Eduardo Amos, Elisabeth Prescher, Editora Moderna.
PARANÁ/SEED, English in Formation – Wilson Liberato . São Paulo : FTD, 2005. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês/ vários autores, Curitiba: 2006.
INGLÊS DE OLHO NO MUNDO DO TRABALHO. Mariza Ferrari. Sarah G. Rubin. Editora Scipione. São Paulo.
PROPOSTA CURRICULAR LINGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAA Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX. Apesar disso, a formação da nação brasileira deve-se a língua muito de sua identidade. Assim, depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada.
Atualmente, o ensino de Língua Portuguesa e Literatura está cada vez mais se desvinculando de certas práticas alienantes do passado, e, assim, o processo educativo alcança novos patamares. Os profissionais da educação estão cada vez mais comprometidos com a questão de um ensino eficaz com a valorização da dimensão discursiva em todos os âmbitos de interlocução, e com a centralização na perspectiva do multi-letramento que são as inúmeras linguagens que emerge do cotidiano.
O ensino da Língua Portuguesa do ensino fundamental e médio requer a compreensão da adolescência como o período da vida explicitamente marcado por transformações que ocorre em várias dimensões: sociocultural, afetivo, emocional, cognitivo e corporal.
Requer esforço de articulações dos aspectos envolvidos nesse processo, considerando as características do objetivo de conhecimento em questão as práticas sociais de linguagem em situações didáticas que possam contribuir para a formação do sujeito.
Direcionar o ensino de língua portuguesa com base nos argumentos anteriores implica na possibilidade de um fazer reflexivo, em que não apenas se opera concretamente com a linguagem, mas também se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre o modo como as opiniões, valores e saberes são veiculados nos discursos orais e escritos que deve ser orientada por práticas de oralidade, leitura e escrita, vivenciando experiências com a língua em uso concretizados em atividades de leitura, produção de textos e reflexões com e sobre a língua norteada por uma concepção teórica que vê a língua em permanente constituição na interação entre sujeitos histórica e socialmente situados.
Dessa forma, estudar a Língua Portuguesa e Literatura implica saber que o objeto de estudo é a língua e o conteúdo Estruturante é o discurso enquanto prática social (leitura, oralidade e escrita). Portanto o termo discurso significa curso, percurso, correr, por movimento, assim indica que a postura frente aos conceitos fixos imutáveis, deve ser
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diferenciado ressaltando-se que a disciplina é um campo de ação onde se concretizam práticas de uso real da língua materna.
Essa restrição é ainda maior quando se trata de pessoas com necessidades especiais que são os portadores de algum tipo de deficiência. E já que a inclusão social é o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais, gerais, pessoas com necessidades especiais, cabe a escola se adaptar para atender a necessidade destes cidadãos. Por isso, ao ensiná-los, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
OBJETIVOS GERAISDesenvolver e ampliar progressivamente o conjunto de conhecimentos discursivos,
semânticos e gramaticais envolvidos na construção do sentido do texto, formando usuários competentes da língua que, através da fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível o aprimoramento da expressão, da leitura crítica, bem como da compreensão do fenômeno estético no âmbito da literatura de maneira a contribuir tanto na constituição da identidade dos sujeitos quanto com a sua formação para o efetivo exercício da cidadania e adaptando-se a diferentes situações de uso.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES-Discurso como prática social Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e de uso: a prática da análise lingüística na oralidade:_Materialidade fônica dos textos poéticos; historia cultural afro-brasileira, africana e dos povos indígenas, política nacional de educação ambiental._Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua;_ Recursos lingüísticos próprios da oralidade;_As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita;_Aspectos formais e estruturais do texto.
Conteúdos decorrentes da literatura em função de reflexão e de uso: a prática da
análise lingüística:
_Organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis interlocutores, assunto, fonte, pápeis sociais representados,intencionalidade e valor estético._Diferentes vozes presentes no texto;_Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso para a progressão textual, encadeando das idéias e para a coerência do texto, incluindo o estudo, a análise e a importância contextual de conteúdos gramaticais na organização do texto: A importância e função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de sentido; Expressividade dos nomes e função referencial no texto( substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido; O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função de intencionalidade do conteúdo textual; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e seqüência do texto; Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do texto, estilo, composição e natureza do gênero discursivo; Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto:A pontuação
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como recurso sintético e estilístico em função dos efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção,significação e objetivo do texto.
Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do uso: a prática da análise lingüística:_ Conteúdo relacionados à norma padrão em função do aprimoramento das praticas discursivas, tendo em vista o uso e o uso e o princípio d a regularidade: concordância verbal e nominal, acentuação, crase, ortografia, pontuação, tempos verbais;_Elementos de coesão e coerência na constituição textual, incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos e léxicos: sinônimos, antônimos, polessimia , nominalizações, hiperonímia. _ Elementos decomposição formal e estrutural dos gêneros discursivos.
CONTEÚDOS BÁSICOS:_Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS(ENSINO FUNDAMENTAL 5ª A 8ª SÉRIES) Linguagem e Gramática
Alfabeto Fonema e letra Tipos de frase Classes de palavras (substantivo, artigo, adjetivo, verbo, pronomes e numeral) Gênero e número do substantivo Pontuação
VI. Encontro Consonantal, vocálico e dígrafo.VII. Dificuldades ortográficasVIII. Palavras oxítonas, paroxítonas, monossílabas tônicas átonas- Emprego da vírgula3. Acentuação 4. Introdução ao estudo da sintaxe- Acento Diferencial- Predicado Verbal, Nominal e Estrutura- Preposição- Objeto Direto/Indireto- Verbos e seus Complementos- Sinônimos e Antônimos (revisão)VI. Adjunto AdnominalVII. AdvérbioVIII. Aposto e vocativoIX. Interjeição e conjunção- Frase, Oração e Período.- Estudo da sintaxe- Tipos de Sujeito revisão- Tipos de Predicado - Complementos Verbais - Plural do Substantivo Simples e Composto- Verbo de Ligação
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- Aposto e vocativo- Plural dos Adjetivos Compostos- Termos e Acessórios da Oração - Regência Verbal- Concordância Nominal e verbal- Formas Nominais do Verbo- Formação do imperativo- Vozes Verbais e Agente da Passiva - Conjunção- Período Simples e Composto
- Homônimos e Parônimos- Estrutura das Palavras (radical, desinência verbas, vogal temática, tema e afixo)- Figuras de linguagem- Figuras de sintaxe Conectivos (a ligação entre as partes do texto) Período Composto por coordenação Uso da vírgula entre termos da Oração e nas coordenadas Regência nominal Formação de palavras- Formas Nominais do Verbo (Infinitivo, Particípio e Gerúndio)- Formação do Imperativo (afirmativo e negativo)- Colocação Pronominal- Período Composto por Subordinação (noções)
Leitura, Produção e Entendimento de textos variados:- Poesia,biografia, narrativas, bilhetes, convites.Cartas, propagandas, anúncios, bulas, descrição, narração, textos jornalísticos e informativos, poesias e manual de instruções.- Poesias, biografias, cartas, propagandas, anúncios, bulas,descrições, narrações e charges.
Poesias, biografias, cartas, propagandas, anúncios, bulas, descrição, narração,charges e dissertação.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:(ENSINO MÉDIO 1ª A 3ª SÉRIES) Linguagem e Gramática
Elementos da Comunicação e funções da linguagem Fonema e letra Pontuação
I. Encontro Consonantal, vocálico e dígrafo.II. Dificuldades ortográficasIII. Palavras oxítonas, paroxítonas, monossílabas tônicas átonas1. Acentuação 2. Introdução ao estudo da sintaxe
Classes de palavras (revisão das classes trabalhadas na 5ª. Série) Dificuldades ortográficas Introdução ao estudo da sintaxe
- Adjunto Adnominal
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I. Frase, Oração e Período.- Estudo da sintaxe- Tipos de Sujeito revisão- Tipos de Predicado - Complementos Verbais - Aposto e vocativo- Termos e Acessórios da Oração - Regência Verbal- Concordância Nominal e verbal
- Formação do imperativo- Vozes Verbais e Agente da Passiva - Período Simples e Composto
Literatura, leitura, Produção e Entendimento de textos variados:- Poesia, biografia, narrativas, bilhetes, convites.- Arte literária- A função poética da linguagem- Os gêneros literários- Trovadorismo- Classicismo- Quinhentismo- Barroco- Arcadismo- Literatura Africana em suas diversas manifestações culturais.Cartas, propagandas, anúncios, bulas, descrição, narração, textos jornalísticos e informativos, poesias e manual de instruçõesOs elementos da narrativaRomantismoRealismo/ NaturalismoParnasianismoSimbolismoLiteratura Africana em suas diversas manifestações culturais
Pré-Modernismo- O Modernismo na Europa- A Semana de Arte Moderna- Modernismo- Pós- Modernismo- Poesia Concreta- Produções contemporâneas- Literatura Africana em suas diversas manifestações culturais
PRÁTICA DE LEITURA E DE PRODUÇÃO TEXTUAL NAS SÉRIES DO ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
Textos lúdicos: adivinhas, parlendas, quadrinhos, cantigas; Textos de narrativa gráfico-visual: histórias em quadrinho, tiras;
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Textos de imprensa: notícia, entrevista, textos informativos, classificados, anúncios, folhetos, entre outros;
Textos da ordem da correspondência: cartas familiares, correspondências comerciais, bilhetes, convites;
Textos da ordem de relatar: Histórias em família, experiências vividas, testemunhos, autobiografias, etc;
Textos argumentativos: textos de opinião, editoriais.
SUGESTÕES DE CONTOS E LIVROS:
As aulas de Língua Portuguesa devem propor situações de interlocução que fomentarão atividades de produção e reflexão discursivas.
No que se refere às práticas de leitura, a interlocução deverá não só
estimular, como fazer dialogar leituras distintas suscitadas pelos textos apresentados. O mais
importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir da
leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que o aluno pode chegar à
compreensão de como a língua funciona e à decorrente competência textual.
Para ampliar os modelos de ler, o trabalho com a passagem gradual da leitura esporádica de títulos de determinado gênero, época, autor , para a leitura mais extensiva de modo que o aluno possa estabelecer vínculos cada vez mais entre o texto e outros textos, construindo referencia sobre o funcionamento da literatura e entre esta e o conjunto cultural, da leitura circunscrita à experiência possível ao aluno naquele momento, para a leitura mais histórica por meio da incorporação de outros elementos, que o aluno venha a descobrir ou perceber com a mediação do professor ou do outro leitor; da leitura mais ingênua que trate o texto com mesma transposição do mundo natural para a leitura mais cultural e estética, que reconheça o caráter ficcional e a natureza cultural da literatura.
Contudo, há um fator primordial que é responsável pelo bom desencadeamento da leitura, este denomina-se motivação, pois um aprendiz bem motivado desenvolverá habilidades cognitivas e interpessoais que o ajudarão no desenvolvimento da leitura.
Segundo Brow, qualquer técnica em sala de aula pode ser trabalhado de modo a provocar a motivação intrínseca. Motivação é a energia – capital a ser gasta no mercado da aprendizagem.
METODOLOGIA O trabalho de Língua Portuguesa e Literatura devem primar pelo domínio discursivo
no âmbito da oralidade, leitura e escrita, de modo a permitir que os alunos compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, de modo a garantir sua emancipação e autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindível ao convívio social.
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Assim estabeleceremos parcerias reais em sala de aula em que sejam abordadas as questões e experiências de uso concreto da língua. Nessa perspectiva, é a partir das experiências dos estudantes que a língua se transforma em reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral ou escrita ou de sua leitura.
As possibilidades de trabalho com a oralidade e leitura são muito ricas, podemos realizar: debates, discussões, seminários, transmissão de informações, troca de opiniões de defesa de ponto de vista(argumentação), contaçao de histórias, declamação de poemas, representação teatral, relatos de experiência, entrevista, etc. Alem disso, podemos analisar a linguagem em uso: em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas, em programas radiofônicos, no discurso do poder em sua diferentes instancias, no discurso público, no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral, sendo propiciados situações onde os alunos sintam-se bem para expressarem suas idéias com segurança e fluência.
A leitura, assim compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos – discursos, desenvolvendo uma atitude crítica de leitura, que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos, o desenvolvimento de uma atitude responsiva diante dos textos. O ato de ler é identificado como o de familiarizar-se com diferentes práticas sociais.
A ação com a língua escrita de valorizar a experiência lingüística do estudante em situações especificas, e não a língua ideal. A norma padrão se aprende lendo e escrevendo e não a partir de conceitos. Sendo na experiência com a escrita que o aluno vai apre4ender as exigências dessa manifestação lingüística, o sistema de organização próprio da escrita diferente da oralidade, quaisquer que possam ser os gêneros, deve sempre constituir respostas a uma intenção e a uma situação, para que o estudante posicione-se como sujeito daquele texto, daquele discurso.
Quanto à literatura, seremos capazes de selecionar os textos que trabalharemos com os nossos alunos adotando com critérios a linearidade da historiografia literária, a adaptabilidade do texto ou do tema à linguagem dos alunos, subestimando suas capacidades cognitivas, a facilidade do texto e o nosso percurso enquanto leitores. Dessa forma seremos sujeitos capazes de fazer proliferar o pensamento através da multiplicidade de relações.
A análise lingüística deve estar presente no ensino de línguas como ferramenta que perpassa as atividades de oralidade(variedades linguísticas, adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo, entre outros) e escrita(as particularidades:lexicais, sintáticas e textuais do texto em registro formal e do texto em registro informal, entre outros).
Os recursos utilizados, alem dos já existentes será incorporados TV PENDRIVE, laboratório de informática sendo associados a metodologia a ser desenvolvida. Na EJA, a metodologia adotada vai de encontro com as características dos alunos, observando idade (jovens, adultos e idosos), bagagem cultural (sitiantes, ribeirinhos, assentados, indígenas, descendentes e moradores da área urbana) que se encontram em um mesmo ambiente escolar, tendo o professor que articular a sua forma de trabalho para contemplar o conteúdo proposto a todos, conteúdo este com as mesmas qualidades do ensino regular.
AVALIAÇÃOAo avaliar, o professor precisa considerar a história do processo pessoal de cada aluno,
e a sua relação, com as atividades desenvolvidas na escola observando os trabalhos e seus registros.
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Observar se o aluno sabe apreciar com propriedade e desenvolver os padrões de escrita em função das exigências do gênero e das condições de produção.
A avaliação pode diagnosticar o nível de conhecimento dos alunos, durante a própria situação de aprendizagem ou término de um conjunto de atividades, no processo de ensino e aprendizagem, com base nos conteúdos objetivos e suas competências e habilidades almejadas pela área do conhecimento.
Na oralidade o aluno será avaliado considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ela mostra ao expor suas idéias, em seus argumentos e de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso / texto ao diferentes interlocutores e situações.
Quanto a leitura o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos, discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do todo. Uma vez entendidos, os alunos podem utilizá-los em outras operações lingüísticas (de reestrutura do texto, inclusive).
Considera-se que o trabalho com a língua oral e escrita supõe um processo de formação inicial e continuada que possibilita ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerce para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico. Outrossim, a avaliação precisa estar comprometida com a qualidade social,cultural,racial,econômica,constituindo-se como prática educativa, libertadora, combativa da exclusão, dos preconceitos, das discriminações sociais e raciais e ser continua priorizando a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, a recuperação de estudos acontecerá de forma contínua, paralela e sempre que o professor perceber que o aluno não se apropriou do conteúdo trabalhado, se retomará esse mesmo conteúdo com metodologias diferenciadas de modo que o aluno consiga sanar suas dificuldades; ou seja, seu desempenho ao longo do ano letivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAMARAL, Emília... [ et al. ] Novas Palavras: Literatura, gramática e redação.São Paulo: FTD, 2000.BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1990 – Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC, 1999.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4.ed.Campinas, SP: Mercado das letras, 1996.SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
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PROPOSTA CURRICULAR EDUCAÇÃO FISICA
A Educação Física tem apresentado mudanças significativas ao longo de sua história.
Estas mudanças são de ordem conceitual, organizativa e de percepção de seu objeto de estudo,
refletindo as características das relações entre homem e a sociedade em diferentes momentos
e lugares, abrangendo as concepções de saúde, estética e lazer. Por isso, esta área do
conhecimento representou diferentes papéis e adquiriu diferentes significados.
A Educação Física já foi considerada, exclusivamente, um meio de preparar corpos
fortes e saudáveis, prontos para a defesa da nação, ou então para bater novos recordes
esportivos, a partir dos mais talentosos fisicamente, reduzindo-a a mera atividade, sem
objetivos e conteúdos que justificassem sua permanência nos currículos escolares.
No Brasil na década de 80, sob influência de autores como Vitor Marinho (1983) e
João Paulo Medeira (1983), o paradigma que norteava essa área começou a ser questionado.
A partir de então, teve-se a preocupação com a elaboração de referenciais teóricos-práticos,
visando a fundamentação dos estudos em Educação Física.
Esta área do conhecimento, até então era tratado unicamente como atividade prática,
incorpora os pressupostos teórico-filosófico que reconhecem seu caráter político, social e
cultural, deixando de ter como pilares básicos o higienismo e o militarismo, sempre serviram
para elementos norteadores, demonstrando, assim que a crise serviu como estimulo para busca
da superação dessas concepções conservadoras.
Neste contexto a Educação Física aproxima-se das demais áreas do conhecimento,
afirmando-se e reforçando a necessidade de sua existência nos currículos, onde sua
importância revela pela ruptura de um modelo que interpreta a relação entre corpo e sociedade
apenas por viés bilógico, reconhecendo as dimensões psicológicas, afetivas e cognitivas como
fundamentais para a formação do sujeito enquanto ser humano inserido, ativamente, em
determinado contexto sócio-cultural.
Diante das demandas sociais da contemporaneidade e dos novos paradigmas, a
Educação Física tem delineado como seu campo de investigação a cultura corporal, que
envolve as relações corpo-sociedade, conferindo às discussões atuais outros pressupostos,
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dentre os quais destaca-se a possibilidade de intervenção na realidade social, através dos
elementos da produção cultural.
Entende-se por cultura os mecanismos simbólicos criados pelo ser humano, individual
e coletivamente, que conferem sentido à vida e, desse modo, à cultura corporal, pois abarca
diferentes práticas e modos de vivenciar o corpo.
Neste sentido, esta proposta, tem como opção enfatizar o esporte, jogo, ginástica,
dança e lutas, buscando desenvolver autonomia e capacidade crítico-reflexiva na formação do
sujeito.
Portanto, a Educação Física não tem a pretensão única no condicionamento física, mas
estimularo pensar sobre a interação sujeito-realidade, num exercício de cidadania,
contribuindo para a formação de pessoas críticas e participativas.
E é na perspectiva da construção desse projeto quem vislumbra-se para a Educação
Física uma concepção de movimento humano em sua totalidade, que não se explica, por
reação corporal autônomo-fisiológico do sistema nervoso ou estímulos do meio, nem por uma
intenção subjetiva, desligada do mundo, mas pela relação homem-mundo numa visão
dialógicade construção do saber.
Para que isso aconteça, é necessário que as aulas de Educação Física nas escolas
forneçam informações relevantes e contextualizadas sobre os diferentes temas da cultura
corporal.
Nesse sentido, partindo do objeto de estudo cultura corporal, a Educação Física se
insere para garantir o acesso ao conhecimento e a reflexão crítica das variadas manifestações
culturais, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação do ser humano crítico
e reflexivo.
Ensino Fundamental e Médio
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Atletismo
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Futsal
Voleibol
Basquetebol
Xadrez
Handebol
Ginástica
Ginástica Natural
Ginástica Artística
Ginástica Preventiva
Jogos e Brincadeiras
Jogos Cooperativos
Jogos Intelectivos
Jogos Ritmicos
Dança Dança Populares
Danças Folclóricas
LutasCapoeira
Judo
Observação: Deverão ser inclusos aos conteúdos básicos para todas as séries.
Lei 9.795/99 – Educação Ambiental.
Lei 1.145/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas
Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A maior parte dos conteúdos, serão desenvolvidos através do método expositivo
(teórico), textos, debates em sala de aula, vídeos, TV, pesquisas considerando que esta
proposta pedagógica curricular foi desenvolvida para atender um público diverso (jovens,
adultos, ribeirinhos, indígenas, população do campo, idosos entre outros) que não tiveram
acesso ou não puderam dar continuidade a escolarização.
AVALIAÇÃO
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A avaliação será contínua e diagnóstica, sendo avaliados através de sua participação
nas atividades propostas, provas, trabalhos individuais, em grupo e se houver necessidade será
realizada uma recuperação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal, São Paulo, 2005.
COLETIVO DE AUTORES, Metodologia da Educação Física, São Paulo, 1993
LIMA, S. A. B. A Participação social no cotidiano. SP: Cortez, 1980
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais do
Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Secretaria do Estado da Educação - SEED.
Curitiba, 2008.
VIANA, M. Fundamentos da Educação, 2007
PROPOSTA CURRICULAR SOCIOLOGIADesenvolver na disciplina de Sociologia uma discussão para voltada para a formação
da sociedade, buscando entendimento das diversas evoluções sociais ocorrida no tempo;
explicando problemáticas sociais concretas e contextualizadas pré – noção e pré –conceitos
que discutam o desenvolvimento intelectual e ações políticas direcionadas a transformação
social, com análise das sociedades, compor consolidar e alargar um saber especializado,
pautado em teorias e pesquisas esclarecedoras.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAA sociologia e feito do seu tempo um tempo de grandes transformações sociais que
trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.A sociologia deve analisar e criticar a sociedade contemporânea, pois a globalização
não apaga diferenças sociais, econômicas e culturais, dependendo dessa ciência para se entender o momento.
Como ciência, a sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter cientifico, tão buscado e valorizado na época ( séc. XVI), estava ligado à lógica das ciências ditas “experimentais”. Que seja, para ascender o estatuto da ciência, deveria atender a determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam também a neutralidade e o estabelecimento de regras.
Houve várias modificações no currículo com ralação à disciplina de sociologia que ora recomendava, ora rejeitava essa disciplina, hoje resgatada pela Lei de Diretrizes e Bases em vigor.
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Os pensadores procuraram buscar soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista, isto é a miséria, o desemprego e as conseqüentes greves e rebelião operárias. Cada um desses sistemas sociais foram analisados por pensadores como desvio ou anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidos ou mesmo solucionadas por resgates de valores morais como a solidariedade os quais restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas, independente da classe social a que pertencessem.
A sociologia tem contribuído para ampliar conhecimentos dos homens sobre sua própria condição de vida e, fundamentalmente, para análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E OS CONETÚDOS BÁSICOS
1 – O Processo de socialização e as Instituições Sociais.
1. – O surgimento da Sociologia.
2. – As teorias sociológicas na compreensão do presente
3. – A Instituição Familiar
4. – A Instituição Religiosa
2- A Cultura e Indústria Cultural
2.1 - Diversidade Cultura Brasileira
3 - Trabalho, Produção e Classes Sociais.
3.1 – O processo de Trabalho e a desigualdade social
4 – poder, Política e Ideologia
4.1 – ideologia
5 – Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
5.1 – Movimentos Sociais
6 – Lei 10639/03 – Historia afro-brasileira e africana
6.1 – Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas
6.2 – 9795/99 – política nacional de educação ambiental.
1 – O Processo de socialização e as Instituições Sociais.
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– A produção sociológica brasileiras
-A escola
– O estado
2- A Cultura e Indústria Cultural
2.1 – Cultura ou Culturas: uma contribuição antropológica
2.2 – Cultura: criação ou apropriação
3 - Trabalho, Produção e Classes Sociais.
3.1 – Globalização
4 – poder, Política e Ideologia
4.1 – A formação do estado moderno
5 – Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
5.1 – Movimentos, Agrários no Brasil
5.2 – movimento estudantil
6 – Lei 10639/03 – Historia afro-brasileira e africana
6.1 – Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas
6.2 – 9795/99 – política nacional de educação ambiental.
METODOLOGIA DA DISCIPLINAO encaminhamento metodológico da disciplina de sociologia leva em consideração as
diferentes matrizes do pensamento para ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista as complexibilidades hoje dos fenômenos sociais , pois nenhum deles pode ser explicado apenas a partir de uma única perspectiva teórica.
Para desenvolver o conteúdo da sociologia na sala de aula podem-se criar metodologias diversas. O importante é tentar problematizar sempre. Partir construir o conhecimento, partindo da prática social do aluno, do cotidiano da prática social do aluno, do cotidiano da comunidade em que se insere.
CRITERIO DE AVALIÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINADeverá estar voltado para o diagnóstico da situação do aluno preocupado em superar
os aspectos quantitativos para se tornar um instrumento auxiliar do professor e do aluno de ensino aprendizagem. Articulando conceitos trabalhados ou teorias, percebendo a apreensão que os estudantes realizam as modificações que demonstram na compreensão dos mecanismos
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de funcionamentos da sociologia, nos discursos nos posicionamentos dentro do esforço escolar e nas relações sociais.
BIBLIOGRAFIA OLIVEIRA, Presio Santos de Introdução à Sociologia. Editora Ática 1998 – São PauloOLIVEIRA, Presio Santos de Introdução à Sociologia, Série Brasil. Ensino Médio – Volume Único, 2004.MUNDO JOVEM – Um jornal de idéias.BRASIL/MEC.Lei Diretrizes Curriculares NacionaisDIRETRIZES CURRICULARES. Rede Pública de Educação do Estado do Paraná.SOCIOLOGIA. Ensino Médio Secretaria do Estado do Paraná
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
Apresentação da disciplina de química
Justificar porque o conhecimento desta disciplina é importante como saber escalar e como contribuir para formação do estudante.
A consolidação da química como ciência foi um dos fatos que permitiu o desenvolvimento das civilizações, determinando maneira diferenciados no modo de viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas atividades diárias das pessoas.
Dentre as descobertas e avançadas cientificas, nas últimas quatro décadas do século xx, passou-se a conviver com a crescente minituralização dos sistemas de computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis pelos estudos especiais e pela farmacologia, marca o processo de consolidação cientifica, como destaque á química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura cientifica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.
Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, entre outros, bem como o seu relacionamento como um ser que se relaciona, interage e modifica, positivamente ou negativamente, o meio em que vive.
É importante considerar que o conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
Apresentar a concepção de disciplina de acordo com as DCEs dessa modalidade.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICOS
- Matéria e sua natureza;
- Biogeoquímica;- Química Sintética.
CONTEUDO BÁSICO
- Ligações químicas;- Estudo das soluções;- Reações químicas;
CONTEÚDO ESPECÍFICO
- Introdução a Química;- Os números quânticos;- Classificação dos elementos químicos;- A formula do corpo; - Funções da química inorgânica;- As substâncias da natureza;- Termoquímica;
- Cinética química;- Química orgânica;- Funções orgânicas;
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-Óleos e gorduras;- As substancias sintéticas;- A química na agricultura;- A química nos elementos;- A química nos produtos de limpeza;- A química nos remédios;- Composições naturais.
METODOLOGIA
É importante que no processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as idéias preconcebidas sobre o conhecimento da química. Trabalha conteúdos com os quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o mesmo perceba a função da química na sua vida. Dessa forma, o ensino da disciplina de química deve contribuir para o educando jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando-o a compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhes condições de discernir algo que possa ajudá-lo, e daquilo que pode causar problemas.
Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia.
Sendo assim no E. J.A., a metodologia adotada vai de encontro com as característica dos alunos, observando idades (adultos e idosos), (sitiantes, ribeirinhos, assentados, indígenas, afrodescendentes e moradores da área urbana), que se encontram em um mesmo ambiente escolar, tendo o professor o compromisso de articular sua forma de trabalho para contemplar o conteúdo proposto a todos.
Podemos compreender como indivíduo utiliza suas habilidades e estilos pessoais dentro de linguagens e conteúdos sociais, pois a mesma atitude adquire significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso ocorre. Nossa proposta é ressignificar esses elementos da cultura e reconstruí-los coletivamente propiciando um ensaio de participação constante e responsável nas aulas que poderão ser transferia para sua vida.
* Articulação entre os três conhecimentos: matéria e sua natureza, química sintética e biogeoquímica.
* Combina leitura, observações, experimentações e registros para a coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações.
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* Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação críticas e cooperativas para a construção coletiva do conhecimento.
* Consultar, analisar e interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculados em diferentes meios.
* Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento cientifico, estabelecer relações identificar regularidades, invariantes e transformações.
* Compreender a ciência e a tecnologia compartes integrantes da cultura humana contemporânea.
* Reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento e tecnológico e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania.
* Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação os termos de ciência e tecnologia.
* Apresentar os recursos tecnológicos a serem utilizados.* Explicar de que forma será desenvolvido o trabalho referentes as leis:Lei 10.639/ 03 “história e cultura afra”.Lei 9.795/ 9“meio ambiente”.
AVALIAÇÃO
O professor buscará superar a avaliação presencial, diagnóstica, continuada e valorizando a produção de documento, cíentifico, leituras diferenciadas, trabalho em grupo, avaliação objetiva e subjetiva, debates, entre outros. A avaliação tem por meta o ajuste e a orientação para a intervenção pedagógica, visando a aprendizagem da forma mais adequada para o aluno. A avaliação é um elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa e um instrumento para que o aluno possa tomar consciência de seus progressos, dificuldades e possibilidades.
Portanto, a avaliação será um processo contínuo, permanente e acumulativo, abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula e fora dela, individualmente ou em grupo.
As intenções avaliativas tornam-se parte primordial do processo ensino-aprendizagem, tanto para o aluno para o professor, pressupondo que ambos poderão dimensionar os avanços e dificuldades dentro do processo tornando o mesmo mais produtivo.
No E.J.A. o sistema de avaliação se dá através do complemento das cargas horárias e dependendo da carga horária da disciplina se divide em avaliações.
Apresentar critérios articulados com a concepção teórico-metodológica da disciplina.Instrumento de avaliação.
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BIBLIOGRAFIA
MC MURRY, John. Química Orgânica. Trad. Sonia Correia Hess. 4ed. Rio de Janeiro, Ed L.T.C., 1987
Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Química. Curitiba, 2008.
Secretaria de Estado da Educação. Química, Ensino Médio. Curitiba, 2007
ULTIMARA, Y. Teruko; LINGUANÓLO, Maria. Química Fundamental, volume único. São Paulo, E. Exata, FTD,1998.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde os tempos mais antigos o homem já observava a natureza na tentativa de
resolver os problemas de ordem prática e garantir sua subsistência. Através dos Gregos houve
as primeiras sistematizações com objetivo de explicar os fenômenos observados no céu. Por
meio destes registros se deu a origem da astronomia e com ela os estudos dos movimentos.
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Como os Árabes e Chineses, é demonstrado que no período do Renascimento a maior
parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, a Astronomia
Geocêntrica de Ptolomeu (150 d.C) e a Física de Aristóteles (384 – 322 a.C).
No século IV a.C Aristóteles apresenta argumentos para demonstrar a forma
arredondada da Terra e com isso o desenvolvimento de uma nova Física cheia de
questionamentos: como objetos em movimento não caem na Terra? Como a Terra não cai, já
que não a nada que a segure?
Com São Tomas de Aquino (1225 – 1274) a Filosofia Medieval tentou conciliar a
tradição cristã ao pensamento grego romano, influenciada por Platão (427 – 347 a.C),
Aristóteles e a astronomia geocêntrica. O conhecimento medieval do universo era associando
a Deus, validado pela Igreja Católica e transformado em dogmas. E neste contexto histórico a
cosmologia de Ptolomeu era aceita pela Igreja porque respeitava este cosmo, isto é, colocava
a Terra com centro do Universo. A filosofia medieval cristã (escolástica) submetia a fé e as
“verdades cientificas” ao cristianismo, valorizava as questões espirituais e com isso, afastava
os filósofos dos fenômenos naturais. Apesar desta imposições da Igreja ainda alguns cientistas
tinham outra visão da realidade, tais como, o polonês Nicolau Copérnico (1473 – 1543) que
através de suas teorias defendia que era o sol o centro de um sistema na qual a Terra era
apenas um planeta (heliocentrismo). Copérnico fundamentava-se na geometria de Platão, na
filosofia de Pitágoras, criando uma certa contradição para o mundo da Física: de um lado a
Física Aristotélica, usada para descrever fenômenos sublunares. De outro a Astronomia, usada
para descrever fenômenos celestes, contradições estas que vieram a ser explicadas por Isaac
Newton (1642 – 1727).
No final do século XV, com as mudanças econômicas e o aumento do comércio,
levaram os estudiosos a produzir novos conhecimentos físicos, levando ao fim da Sociedade
Medieval e abrindo caminho a Revolução Industrial do século XVIII. Nesta época surge a
Física que conhecemos hoje através de Galileu Galilei (1562 – 1643). O universo deixa de ser
finito e o céu
deixa de ser perfeito, o espaço passou a ser mensurável e descrido na linguagem matemática.
Ao aceitar o modelo de Copérnico e propor a matematização do Universo, Galileu
causou uma revolução, nascendo assim a Ciência Moderna. Ao instituírem o método
cientifico, Bacon, Galileu, Decartes retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o
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conhecimento iniciando assim um novo período que chamamos de moderno, possibilitando da
Ciência que levou a Física no século XVIII ao status de Ciência.
A partir deste momento nasce a Teoria Gravitação, alicerçada em dois principais
pilares:
- a matemática como linguagem para expressar leis, idéias e elaborar modelos para
descrever os fenômenos físicos;
- a experimentação como forma de questionar a natureza, de comprovar ou confirmar idéias
e de testar novos modelos.
O ensino da Física, no Ensino Médio e o ensino de outras disciplinas, devem educar
para cidadania, e isso se faz considerando a dimensão critica do conhecimento cientifico do
universo, de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu
comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
O professor deve levar o aluno a perceber que no ensino da Física não discute apenas a
origem do universo e sua evolução, mas através do estudo da mesma podemos verificar gastos
da conta de luz, a propagação de ondas, o eletromagnetismo, o estudo do calor, o
funcionamento de aparelhos eletroeletrônicos presentes em nossa vida cotidiana.
O aluno deverá receber uma educação que o leve a ser um cidadão crítico, de modo
que possa sair da escola, preparado para os desafios que mundo globalizado o impõe. Nesse
contexto, o conhecimento cientifico para o individuo será de suma importância.
A Física estudada nos cursos de ensino médio e nos anos iniciais dos cursos
superiores, costuma ser dividida em cinco grandes grupos: a mecânica, a termodinâmica, a
óptica geométrica, a ondulatória e a eletricidade, sendo que esses cincos grupos citados fazem
parte do desdobramento dos conteúdos estruturantes contemplados nas Diretrizes Curriculares
que são Movimento Termodinâmica e Eletromagnetismo , e esse estudo permite o
aprofundamento, as contextualizações e relações interdisciplinares, os avanços da Física dos
últimos anos e as perspectivas de futuro.
Dentre os objetivos do estudo da Física podemos destacar:
- Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão
do saber físico.
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- Ser capaz de descriminar e traduzir as linguagens matemáticas e discursivas entre si,
articulando o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber científico.
- Compreender a Física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e procedimentos
tecnológicos, descobrindo o “como funciona” de aparelhos.
- Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua história e relações com
contexto cultural, social, político e econômico.
- Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios
tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.
- Desenvolver a capacidade de investigação na Física pôr meio da observação de
fenômenos, utilizando meios e recursos que levem a uma interpretação correta desses
fenômenos, evitando situações que induzam a respostas equivocadas.
Como uma das ciências básicas da natureza, o estudo da Física é indispensável para
entender os mecanismos mais profundos de tudo que ocorre na natureza. No mundo atual,
globalizado e altamente tecnológico, quem domina o conhecimento e a Física (uma parcela
relevante deste conhecimento), certamente estará à frente dos demais. Além disso, estudar
Física desenvolve raciocínio, estimula a imaginação e a criatividade. Dificilmente alguém
ligado a esse estudo fica restrito a esse campo, mas cria asas e circula por muitos outros,
contribuindo com certeza para a cidadania dos indivíduos.
Ressaltamos ainda que o conhecimento físico não deve ser distanciado do mundo
vivido pelo alunos, mas sim deve estar de acordo com a realidade de cada um, levando o
mesmo a compreender de uma forma prática e consciente os fenômenos físicos que o cercam,
podendo assim, atuar de forma significativa na sociedade em que vive.
CONTEÚDOS
1º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Específicos
Encaminhamentos Metodológicos
Recursos Didáticos Avaliação Plano de Recuperação
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Movimento
Conceitos básicos de Cinemática (movimento e referencial, conceito de espaço, velocidade média e instantânea)
Fundamentação teórica utilizando livro didático;Ativ. Experimental: cálculo da velocidade média utilizando régua ou trena e relógio com cronômetro;
Livro didático;Régua ou trena;Relógio, etc;Lista de atividades.
A avaliação se dará de forma contínua, através de observação e participação nas atividades experimentais, resolução dos problemas e atividades propostas e avaliação escrita.Ressalto que a avaliação escrita valerá 6,0 pontos e as demais atividades valerão 4,0 pontos, totalizando 10 pontos ao final de cada bimestre.
A recuperação de estudos acontecerá de forma contínua e paralela, ou seja, sempre que o professor perceber que o aluno não se apropriou do conteúdo trabalhado, se retomará esse mesmo conteúdo com metodologias diferenciadas de modo que o aluno consiga sanar suas dificuldades.Para o registro e sistematização desse trabalho, se dará a recuperação das atividades propostas no valor de 4,0 pontos e uma prova escrita de recuperação da avaliação no valor de 6,0 pontos para os alunos que não obtiveram a média.
Movimento uniforme e uniformemente variado (queda livre)Leis de Newton
Fundamentação teórica utilizando livro didático;Ativ. Experimental: Inércia – Botão preguiça;Resolução de atividades ref. aos conceitos.
Livro didático;Garrafa;Botão;Cartão;Listas de atividades
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2º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Específicos
Encaminhamentos Metodológicos
Recursos Didáticos
Avaliação Plano de Recuperação
Termodinâmica Introdução à física térmica;Princípio zero da Termodinâmica;Escalas termométricas.
1ª lei da Termodinâmica: calor e energia;Calor e propagação; Calorimetria.
Mudanças de estado;Dilatação térmica, estudo dos gases;2ª lei da Termodinâmica (máquinas térmicas).
Folhas 4: lei zero da Termodinâmica;Sistematização dos conceitos com o livro didático;Resolução de problemas e exercícios.Ativ. Experimentais: propagação do calor – Moeda que pula, funcionamento de um calorímetro;Sistematização dos conceitos e resolução de exercícios.Ativ. Experimentais: fervendo água a menos de 100ºC, volume do ar em função da temperatura;Sistematização dos conceitos e resolução de exercícios.
Livro didático público;Lista de atividades;Materiais necessários para a realização da experiência;Internet;TV Pendrive;
A avaliação se dará de forma contínua, através de observação e participação nas atividades experimentais, resolução dos problemas e atividades propostas e avaliação escrita.Ressalto que a avaliação escrita valerá 6,0 pontos e as demais atividades valerão 4,0 pontos, totalizando 10 pontos ao final de cada bimestre.
A recuperação de estudos acontecerá de forma contínua e paralela, ou seja, sempre que o professor perceber que o aluno não se apropriou do conteúdo trabalhado, se retomará esse mesmo conteúdo com metodologias diferenciadas de modo que o aluno consiga sanar suas dificuldades.Para o registro e sistematização desse trabalho, se dará a recuperação das atividades
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propostas no valor de 4,0 pontos e uma prova escrita de recuperação da avaliação no valor de 6,0 pontos para os alunos que não obtiveram a média.
3º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Específicos
Encaminhamentos Metodológicos
Recursos Didáticos
Avaliação Plano de Recuperação
Eletromagnetismo
Carga elétrica, processos de eletrização, lei de Coulomb;Campo elétrico e campo magnético.
Os Imãs;
Ativ. Experimentais: eletrização por atrito usando balões; campo magnético-clipe voador;Sistematização dos conceitos e resolução de atividades
Livro didático;Livro didático público;Materiais para as experiências:Bússola,
A avaliação se dará de forma contínua, através de observação e participação nas
A recuperação de estudos acontecerá de forma contínua e paralela, ou seja, sempre que o professor perceber que o aluno não se apropriou do conteúdo trabalhado, se retomará esse mesmo conteúdo com metodologias diferenciadas de modo que o aluno consiga sanar suas
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Campo magnético das correntes elétricas;Indução Eletromagnética;Força magnética;Ondas Eletromagnéticas:Introdução;Energia e ondas;Características de uma onda;Tipos de onda;
Ondas estacionárias;Ondas sonoras;Sons musicais
utilizando o livro didático.Atividades Experimentais:
- Construção de um eletroímã.- Telefone usando copos e barbante.- Velocidade de uma onda usando um televisor.- Sistematização dos conceitos e resolução de atividades utilizando o livro didático.- Vídeos instrutivos sobre os conteúdos abordados.
pilhas, fio de cobre e pedaço de madeira.Copo descartável,Barbante,Dois clipes,Lápis,Televisor de preferência preto e branco e placa metálica.
Internet;TV Pendrive Listas de atividades;
atividades experimentais, resolução dos problemas e atividades propostas e avaliação escrita.Ressalto que a avaliação escrita valerá 6,0 pontos e as demais atividades valerão 4,0 pontos, totalizando 10 pontos ao final de cada bimestre.
dificuldades.Para o registro e sistematização desse trabalho, se dará a recuperação das atividades propostas no valor de 4,0 pontos e uma prova escrita de recuperação da avaliação no valor de 6,0 pontos para os alunos que não obtiveram a média.
Obs.: Todos os conteúdos serão trabalhados de acordo com a realidade do aluno, podendo incluir
outros itens à proposta acima, visando uma maior compreensão dos fenômenos físicos e naturais que o
cercam e inclusive atividades que contemplem a Lei 10 639/03, referente à “História e Cultura Afro
brasileira e Africana e Lei 11645/08, referente as História dos Povos Indígenas e a Lei 9795/99, referente
a Política Nacional de Educação Ambiental.
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METODOLOGIA
É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou
concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico. Porem esse
tratamento ao conhecimento existente e prévio dos estudantes deve ser bastante relativizado,
para permitir a aquisição dos povos.
Para ir além da informação e atingir a fronteira da formação é preciso uma mediação
que não é aleatória, mas pelo conhecimento físico, num processo organizado e sistematizado
pelo professor. O objetivo é que estudantes, em conjunto, compartilham significados na busca
da aprendizagem que acontece quando as novas informações interagem com o conhecimento
prévio do sujeito e simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e
enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substituí-lo.
O ensino de Física deve ir além da descrição e procurar nos alunos a capacidade de
analisar, explicar, prever e intervir nos fenômenos físicos. Para que isso ocorra, foi elaborada
a metodologia a seguir: Exposição do tema a ser trabalhado de maneira clara e objetiva,
trabalhar em grupo, visando uma maior integração entre os alunos, apresentação de trabalhos
com exposição oral, aulas práticas, orientação para realização de leituras e elaboração de
texto, utilização de recursos audiovisuais e trabalhos com situações – problema, objetivando o
interesse e a curiosidade dos alunos.
Seja qual for a metodologia escolhida pelo professor, é importante que considere o que
eles conhecem e, esse ponto de partida para o início de uma aprendizagem que agregue
significados para professor e estudantes.
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AVALIAÇÃO
A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor acompanhem
o processo de ensino aprendizagem. Para o professor, deve ser vista como um ato essencial
para a condução de um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito
de todos e a escola o espaço onde a educação democrática deve acontecer.
A avaliação deve Ter um caráter diversificado, levando em consideração todos os
aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja ele
literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a
capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que
envolva a Física.
Considerando isso, a avaliação deverá verificar a aprendizagem, num processo
contínuo e diagnóstico, onde será verificado a participação dos alunos e seus conhecimentos
durante as aulas, serão feitos trabalhos de pesquisas, resoluções de situações-problema,
análise de textos, revistas, jornais, etc, discussões em grupo e desempenho dos alunos durante
as aulas práticas, será valorizado a construção do conhecimento feito pelo aluno, através do
diálogo entre aluno, professor e ciência.
Salientamos que avaliar só tem sentido quando utilizada como instrumento para
intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando seu crescimento como um
sujeito integrado à sociedade. BIBLIOGRÁFICAS
ANJOS, I.G; Stefano, S. Novo Horizonte – Física – São Paulo: Companhia Editora Nacional
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Parâmetros
Curriculares Nacionais Ensino Médio- Brasília, 1999.
CARRON, W; GUIMARÃES, As faces da Física – São Paulo: Editora Moderna – 1ª Edição.
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FÍSICA, VÁRIOS AUTORES, Física – Ensino Médio – Curitiba: SEED-PR, 2006.
JUNIOR, D.R . Minimanual de Pesquisa – Física . Minas Gerais: Editora Claranto, - 2003.
MÁXIMO, A.; Alvarenga, B. Física de Olho no Mundo do Trabalho – São Paulo: Scipione,
2003.
PARANÁ/ SEED. Diretrizes de Física para o Ensino Médio – Curitiba, 2008.
PARANÁ, D.N.S. Física. São Paulo: Editora Ática, 2004
UENO, Paulo. Física. São Paulo: Editora Ática, 2005
PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Há muita pesquisa feita sobre a história da disciplina de História no Brasil, mas, em nenhuma delas conseguimos observar e sistematizar os elementos que indicam o modo pelo qual ela se institucionalizou.
A História como disciplina no Brasil, surge no século XIX com a história acadêmica iniciada pelo IHGB (Instituto Histórico Geográfico Brasileiro) que serviu de inspiração para a organização da disciplina de História no nível escolar, posta em prática, primeiramente, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, dedicado especialmente naquela época à elite carioca.
A História acadêmica produzida no IHGB estava destinada a produzir um ensino cuja questão central era construir uma identidade nacional no momento em que o principal tema em debate era a nação. Isso fez com que a história estivesse incorporada ao projeto nacional do romantismo e que Joaquim Manuel Macedo se tornasse professor do Colégio Pedro II. O destaque desta história estava na relação entre natureza e cultura que procurava identificar as “cores do país”.A história se configurava como história pátria.
Nesse período há uma aproximação muito grande entre as duas instituições, o Colégio Pedro II e o IHGB, e alguns professores atuavam em ambas, na mobilização do gosto pelas coisas brasileiras.
Naquele momento, entretanto, começavam a surgir orientações de ordem pragmática no estudo da História, onde a análise documental aparecia como condição de verdade de História da nação, numa aproximação à historiografia alemã de cunho historicista, com uma enorme influência de Leopold von Ranke.
A história era construída através de um processo linear, marcada por grandes episódios e heróis, e esse modelo foi seguido pelos professores e organizadores dos programas de história como disciplina escolar. Tornaram-se dominantes e permaneceram até hoje como uma referência para muitos programas e currículos de história do Brasil.
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Os programas para o ensino de história surgiram no século XIX no momento de construção da nacionalidade, inseridos na luta pela independência e construção de uma identidade nacional.Os conteúdos selecionados baseavam-se na constituição e no desenvolvimento da nação, origem do povo brasileiro, as instituições político-administrativas do Brasil colonial, enfim, buscando temas que demonstrassem e valorizassem a nossa história e ao mesmo tempo temas gerais.
Nos primeiros anos de existência da história como disciplina, a história do Brasil não ocupava um lugar de destaque nos programas escolares, ela estava inserida no contexto da história universal. A história da civilização será criada para compor um estudo conjunto da história do Brasil, Geral e da América; as matérias de história comporiam uma única disciplina: “História da Civilização”.A idéia de uma história única era defendida por alguns intelectuais que ocupavam cargos políticos na época e que, com certeza suas idéias tiveram influência na organização dos currículos, como Delgado de Carvalho, que entre 1931 e 1935, ocupou o cargo de diretor do Instituto de Pesquisas Educacionais, órgão do Departamento de Educação, do Distrito Federal, e defendia a idéia de que as matérias de história deveriam compor uma única disciplina. Essa situação da história do Brasil estar inserida na cadeira de história geral e, ainda assim, com uma concepção positivista da história, prevaleceu até meados do século XX. A criação de uma cadeira de história do Brasil, com professores especializados para a disciplina, concorria com a história Universal produzida de acordo com os manuais franceses, mas respondia por um anseio que reunia os historiadores que desejavam uma história do Brasil independente.
A concepção do ensino de história mudará em função do contexto político.Se no século XIX a discussão política girava em torno do sentimento de nação, sob um olhar romântico e universal ao mesmo tempo, no século XX, principalmente a partir da segunda guerra mundial, o olhar para a história será outro, principalmente para a história do Brasil. O argumento da realidade e da especificidade brasileiras tornaram-se os pontos principais daqueles que defendiam a autonomia da história do Brasil.Contra a perspectiva universal, contrapõe-se a especificidade, a singularidade nacional.
Após 1930, com a criação do Ministério da Educação durante o governo Vargas, surgiram importantes mudanças educacionais e essas mudanças vão alterar significativamente os currículos e programas para o ensino de história, a começar pela Reforma de Francisco Campos, em 1931, que tornou obrigatório o Ensino Secundário para que se pudesse ingressar nos Cursos Superiores. Foi uma reforma importante que pretendia regulamentar todo o Ensino Primário, Secundário e Superior, como também o Normal e o Técnico (comercial, industrial agrícola).Após os anos 1950, com aceleração das mudanças econômicas, o ensino de História do Brasil passou a enfatizar os estudos dos “ciclos” econômicos, do pau-brasil à industrialização, sem alterar com tudo, a organização do conteúdo. A partir dos anos 1970, pelas circunstâncias vividas no Brasil, sob a ótica do regime militar, o currículo escolar foi organizado de forma diferente. O primeiro grau passou a ter oito anos e o segundo grau passou a ser profissionalizante. Uma nova organização na distribuição do conteúdo alterou significativamente algumas áreas do conhecimento: as áreas humanas passaram por um amplo processo de mudanças e perdas de status. A História do Brasil se mesclou aos estudos de Geografia, Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política do Brasil, unificando os conhecimentos, tornando-os superficiais e sem base científica. A pesquisa histórica neste período foi limitada e controlada pelo governo comprometendo um estudo histórico capaz de contribuir para um conhecimento maior da realidade brasileira. Porém, neste mesmo período uma nova visão baseada nos princípios de Piaget começava a ser aplicada na Escola Fundamental. A organização curricular começava pelo estudo dos fatos mais próximos ao mais distantes, seguindo percurso da história familiar, do bairro, do município, da cidade, do estado e do país e, posteriormente, nas séries finais do primeiro grau estudava-se a História Geral, da Antiguidade ao Mundo Contemporâneo. A aplicação desse programa foi muito forte
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e abrangente e, até hoje, continua sendo aplicado em muitas escolas da rede pública e privada, conforme verificamos. As reformulações curriculares da década de 1980, no momento da redemocratização do país, trouxeram novas perspectivas para o Ensino da História do Brasil, tanto para o Ensino Médio como para o Ensino Superior. Com o aumento da produção historiográfica, contemplando variados temas a Universidade passou a organizar seus currículos em torno de novos eixos temáticos: História Econômica-Social, História do Poder e das Idéias Políticas e História cultural, das Ideologias e Mentalidades, refletindo as mudanças nas concepções de História produzidas até então.Com as críticas a uma determinada formulação da História Política,e a crescente produção da História Social e Cultural, como também a mudança do perfil dos alunos, tornou-se necessário e urgente repensar os programas e o ensino da História do Brasil. Muitas foram às propostas de mudanças. Algumas expressavam a preocupação em situar o conhecimento histórico do Brasil como central e a partir da História do Brasil estabelecer um vínculo com a História Geral. Debate-se e critica-se a história baseada no europocentrismo. Insiste–se que a História do Brasil deva ser o núcleo central dos estudos históricos nas escolas e jamais um apêndice da História Geral. Porém, a centralidade da História do Brasil, contudo, merece uma reflexão e um aprofundamento em dois aspectos essenciais conforme vem sendo discutido por professores especialistas no assunto:O primeiro aspecto se refere a seleção de conteúdos, iniciando uma reflexão sobre os conteúdos tradicionais e os conteúdos que deviam ser introduzidos para atender as expectativas dos setores sociais, do atual público escolar e dos parâmetros curriculares. A organização dos conteúdos, uma parte essencial na construção do currículo, estava intimamente ligada à concepção de história que sustentam o projeto pedagógico da escola. Por isso, sua escolha não é aleatória, mas tem relação, também com a concepção de História subjacente à prática pedagógica. Esse conjunto de especificidades explica a grande variedade de propostas curriculares, desde as mais clássicas até as mais inovadoras: a organização dos conteúdos por eixos temáticos, como orienta o PCN+2002; a organização dos conteúdos por linearidade e a seqüencialidade; a organização de uma História integrada entre a História do Brasil e História Geral; o estudo da história local buscando no recorte micro com os sinais e as relações da totalidade social e suas particularidades. Atualmente, há uma proposta.de reforma curricular feita especialmente pelos PCN de 1999 e PCN+ de 2002 onde se acentua a importância de estudar, de forma mais consistente, a História da América e a História da África bem como as suas articulações com o Brasil.
O segundo aspecto corresponde à dimensão espacial e temporal. Os estudos do Brasil devem contemplar a história local e regional articulada à nacional sem deixar de perceber o seu papel no mundo, isto é, papel no contexto internacional.
A questão que permanece e a que mais nos interessa para este trabalho é saber o papel que História especialmente a História do Brasil deve ter na formação das novas gerações, sobretudo considerando que a escola tornou-se um espaço mais democrático, atendendo a jovens de todas as camadas sociais; o Ensino Médio não é mais freqüentado somente pela elite e evidentemente não se identifica com uma História restrita a um passado construído sob critérios de valorização de uma elite conservadora movida por interesses e valores europeus, e portanto,é preciso que se tenha um outro olhar para a História.
A produção acadêmica e a produção didática fornecem elementos para uma reflexão sobre os desafios para formulação de um novo conhecimento histórico mais significativo capaz de atender a diferentes públicos escolares.
Portanto, o que ensinar e como ensinar a História são questões que permanecem.Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de que os seus
educandos possuem maior experiência de vida e que essa modalidade tem como finalidade e
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objetivos o compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na sala de aula, a partir dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no ensino de História. Pode-se recorrer às diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes concepções de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das diferenças.
É preciso que o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos seja dinâmico e que o educando perceba que a História não está sepultada, mas em constante transformação. Nesse sentido, pode-se tomar sempre como ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e educadores. Há que se considerar que o passado explica o presente, mas também o presente explica o passado. Isso não significa, no entanto, que se possa abrir mão do rigor na interpretação do passado, pois não se pode incorrer em anacronismos ou em posturas teleológicas. É preciso estimular o interminável diálogo entre o presente e o passado levando em consideração as especificidades de cada contexto histórico.
É fundamental que o educador de História não atue como reprodutor de um conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas, que torne possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da História, criar argumentos que possam concordar ou discordar de um autor, tomar posição diante do que já ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode ser um cidadão pleno sem que se realize uma análise crítica dos caminhos percorridos pelo homem/mulher ao longo da história.
Por fim, reconhecer que esses sujeitos são produtores de signos e utopias, capazes de transformar a natureza e escrever sua própria História. Portanto, a História é uma construção coletiva em que todos os sujeitos tem um papel principal e suas ações são de suma importância para uma participação consciente na transformação da sociedade e do mundo em que vivem.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No mundo contemporâneo um constante (re) pensar sobre a cultura escolar é fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir de discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas. Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende-se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino-pesquisa e no uso de diferentes fontes e linguagens.Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos conteúdos de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo, propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e social, reconhecendo a pluralidade étnica e cultural, onde esses sujeitos estão inseridos.Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social, distinguindo-se da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos aos educandos, impondo-lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE, 1987).É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário à seleção e a escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo ensino-aprendizagem e permitam
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satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando suas especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de sua autonomia intelectual e moral.Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da cultura, optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que também orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se às temáticas que por sua vez articulam-se aos conteúdos, sendo que o eixo Tempo, presente nessa concepção, refere-se ao tempo histórico.Os conteúdos selecionados foram organizados em quatro temas plurais no Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder; Terra e Propriedade; Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino Médio: Diversidade Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais; Mundo do Trabalho e Cidadania. É importante que na abordagem desses conteúdos o educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo entre os conceitos construídos cientificamente e a cultura do educando, considerando a sua História de vida, o ambiente cultural e a identidade do grupo. A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser trabalhados de forma isolada ou compartimentados, o estudo deve se dar de forma abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no que refere as questões sociais, as contradições, a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e o global e possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças, as permanências e as rupturas do contexto histórico.Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível para demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar a reflexão crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes socialmente significativos para que o educando interfira no sentido de transformar a sociedade, em que vive. Dessa forma o ensino de História será sempre possibilidade e nunca determinação.É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em sintonia com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos sobre a própria realidade.Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando leitor e escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura, análise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos orais e escritos, que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o educando da EJA possa ampliar a sua leitura de mundo percebendo-se como sujeito da História na busca da autonomia e da cidadania.No processo de construção da consciência histórica, é imprescindível que o professor retome constantemente com os alunos como se dá a produção do conhecimento; ou seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objetivo de estudo as ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos lhe deram, de modo consciente ou não. Para estuda-las, o historiador adota um método de pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar, por meio de documentos e perguntas, respostas às suas indagações.
Esse mesmo encaminhamento poderá ser retomado pelo professor a partir de diversos conteúdos, de modo que os alunos tenham uma compreensão mais elaborada do conhecimento histórico e adquiram o hábito de problematizar o que é apresentado como dado ou natural, com vistas a contribuir para a formação da consciência histórica.
Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e temas pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº. 13.381/01, que torna obrigatório, no ensino Médio da rede pública estadual, os conteúdos de historia do Paraná e pela Lei nº. 10.639/03, que inclui no oficial da
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rede de ensino a obrigatoriedade da temática Histórica e cultura Afro-brasileira, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei 9.795/99 “Meio Ambiente”.
Nessa perspectiva, não cabe tão-somente trabalhar por meio de cópia do que os livros trazem, é preciso que o professor explicite o que pretende que os alunos investiguem, com vistas a ampliar, refutar ou validar a analise de determinado conteúdo trazido no livro didático de História. O professor poderá então planejar orientações de pesquisa, com os alunos, também sob a dimensão cultural econômico-social.
EIXOS ARTICULADORES DO CURRÍCULO NA EJA: CULTURA, TRABALHO E TEMPO
Para a Educação de Jovens e Adultos, identificaram-se os eixos cultura, trabalho e tempo como articuladores de toda ação pedagógico-curricular. Tais eixos foram definidos a partir da concepção de currículo, como processo de seleção da cultura e do perfil do educando da EJA.
A cultura compreende a forma de produção da vida material e imaterial e compõe um sistema de significações envolvido em todas as formas de atividade social (WILLIANS, 1992).
Por ser produto da atividade humana, não se pode ignorar sua dimensão histórica. No terreno da formação humana, a cultura é o elemento de mediação entre o indivíduo e a sociedade e, nesse sentido, tem duplo caráter: remete o indivíduo à sociedade e é, também, o intermediário entre a sociedade e a formação do indivíduo.
Se a cultura abarca toda produção humana, inclui, também, o trabalho e todas as relações que ele perpassa.
O trabalho compreende, assim, uma forma de produção da vida material a partir da qual se produzem distintos sistemas de significação. É a ação pela qual o homem transforma a natureza e transforma-se a si mesmo. Portanto, a produção histórico-cultural atribui à formação de cada novo indivíduo, também, essa dimensão histórica. A ênfase no trabalho como princípio educativo não deve ser reduzida à preocupação trabalho nem apenas destacar as dimensões relativas à produção e às suas transformações técnicas (ARROYO, 2001).
Os vínculos entre educação, escola e trabalho situam-se numa perspectiva mais ampla, a considerar a constituição histórica do ser humano, sua formação intelectual e moral, sua autonomia e liberdade individual e coletiva, sua emancipação.
Uma das razões pelas quais os educandos da EJA retornam para a escola é o desej de elevação do nível de escolaridade para atender às exigências do mundo do trabalho Cada educando que procura a EJA, porém, apresenta um tempo social e um tempo escola vivido, o que implica a necessidade de reorganização curricular, dos tempos e do espaços escolares, para a busca de sua emancipação.
Do ponto de vista da dimensão social, pode-se dizer que os educandos viveram e vivem tempos individuais e coletivos, os quais compreendem os momentos da infância, da juventude, da vida adulta, no contexto das múltiplas relações sociais. Na dimensão escolar, o tempo dos educandos da EJA é definido pelo período de escolarização e por um tempo singular de aprendizagem, bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa modalidade de ensino que considera a disponibilidade de cada um para a dedicação aos estudos. O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem parte da ação pedagógica, regulam e disciplinam educandos e educadores de diversas formas, conforme a escola ou mesmo conforme cada sistema educacional.
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A organização do tempo escolar compreende três dimensões: o tempo físico, o tempo vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao calendário escolar organizado em dias letivos, horas/aula, bimestres que organizam e controlam o tempo da ação pedagógica. O segundo diz respeito ao tempo vivido pelo professor nas suas experiências pedagógicas, nos cursos de formação, na ação docente propriamente dita, bem como o tempo vivido pelos educandos nas experiências sociais e escolares. O último compreende o tempo que a organização escolar destina para a escolarização e socialização do conhecimento. Ainda, há o tempo que o aluno dispõe para se dedicar aos afazeres escolares internos e externos exigidos pelo processo educativo.
Na escola, a organização dos tempos está articulada aos espaços escolares preenchidos pelos educandos em toda ação educativa. A organização desses tempos e espaços compreende características que devem ser entendidas como discursos que revelam, por exemplo, um espaço autoritário ou um espaço democrático. Cabe destacar que a organização dos tempos e dos espaços escolares interfere na formação dos educandos, seja para conformar ou para produzir outras práticas de significação.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a esse processo. Uma avaliação autoritária e classificatória materializaria um modelo excludente de escolarização e de sociedade, o qual a escola pública tem o compromisso de superar, para diminuir as desigualdades sociais e para colaborar na construção de uma sociedade.
As decisões tomadas na avaliação diagnostica sejam implementada da continuidade do processo pedagógico, faz-se necessário o dialogo acerca de questões relativas aos critérios e à função da avaliação seja de forma individual ou coletiva. Assim o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendido como fenômeno compartilhado, continuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise critica das praticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
Ao propor maior participação dos alunos no processo avaliativo, não se pretende desvalorizar o papel do professor, mas ampliar o significado das praticas avaliativas para todos os envolvidos. No entanto é necessário destacar que cabe ao professor planejar situações diferenciadas de avaliação.
Ao longo do Ensino Médio, o aluno deverá entender que as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais articulam e constituem o processo histórico. É preciso que esteja esclarecido sobre o fato de que o estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos no presente, por meio da análise de diferentes documentos históricos.
Tanto no Ensino Fundamental e quanto no Ensino Médio, após a avaliação diagnostica, o professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas te então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Esta ação permitirá ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.Deseja-se que ao final do trabalho na disciplina de história, os alunos sejam capazes de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como que tenha recursos para intervir no meio em que vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria História.
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CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL FASE II
EIXOS ORIENTA-
DORES
CONTEUDOS BÁSICOS CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENT
Relações de trabalho Relações de poder Relações
cultural
A experiência humana no tempo.Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.As culturas locais e a cultura comum.
CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem um sujeito histórico, atuação do sujeito histórico-memória.PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: conceito de ciência histórica, como o historiador reconstrói a história? diferentes temporalidades, fontes históricas, patrimônio cultural, a origem do homem e o começo dos tempos.ENCONTRO ENTRE DIFERENTES CULTURAS: o Paraná no Século XV, ocupação do espaço paranaense, o domínio cultural e político europeu, principais etnias, dominação e resistência, patrimônio cultural paranaense.
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As relações de propriedade.A constituição histórica do mundo do campo e domundo da cidade.A relações entre o campo e a cidade.Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.
DIFERENTES MODOS DE DISTRIBUIÇÃO DA TERRA:Capitalista, socialista, primitiva, feudal e escravista.CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL:Capitanias hereditárias, sesmarias, reduções, engenhos, rendeiros/meeirosQuilombos, comunidades indígenas, leis de terras, imigração européia.TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL
REPÚBLICA:
Plano de metas, reforma de base, ditadura militar, proposta de Tancredo Neves, a questão da Terra nos governos; Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.CONFLITOS AGRÁRIOS PELA TERRA NO BRASIL:Canudos, Contestado, ligas camponesas, demarcação das Terras indígenas, luta dos povos da floresta, movimento dos trabalhadores rurais sem Terra.
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A constituição das instituições sociais.A formação do Estado.Sujeitos, Guerras e revoluções.
ESTADO NEOLIBERAL: origem, emprego, flexibilização dos direitos sociais, neoliberalismo no Brasil .ESTADO DITATORIAL E TOTALITARIO: ditadura militar no Brasil, ditadura na América espanhola, princípios fundamentais do totalitarismo, contexto da Segunda Guerra.ESTADO POPULISTA: o populismo no Brasil e na América espanhola.ESTADO INTERVENCIONISTA: revolução de 1930, Crise de
1929, Constituição de 1934.
ESTADO OLIGARQUICO: Coronelismo, Revolução Federalista no Paraná, Tenentismo.ESTADO LIBERAL CLÁSSICO: Século das Luzes, Imperialismo, Primeira Guerra Mundial.FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O Estado Absolutista, O poder da Igreja no Brasil colônia. Separação entre Estado e Igreja no Brasil.
História da Relações da humanidade com o trabalho.O trabalho e a vida em sociedade.O trabalho e as contradições da modernidade.O trabalhadores e as conquistas
de direito.
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania e trabalho, direitos civis, políticos e sociais.CIDADANIA EM OUTRAS SOCIEDADES: Sociedade árabe, sociedade chinesa, Grécia e Roma. Servidão feudal.CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento cultural, Revoluções burguesas e Iluminismo, formação da classe operária, relação capital e trabalho. Apartheid.DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA
CIDADANIA BRASILEIRA: trabalho escravo e infantil,
movimento operários e sociais, a Constituição cidadã de 1988
CONTEÚDO ENSINO MÉDIOEIXOS
ORIENTA-CONTEUDOS
BÁSICOSCONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
124
DORES 0
Relações de
trabalho, poder e
culturaisUrbanização e industrializaçãoCultura e religiosidade
CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem/mulher como sujeitos históricos, formação da identidade e alteridade, História local.PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: história como ciência, natureza e cultura, diferentes temporalidades, fontes históricas, as primeiras civilizações, patrimônio cultural.DIFERENTES CULTURAS: dominação e resistência na formação da sociedade brasileira, o mundo árabe, a cosmovisão africana. Cultura oriental, os diversos Brasis.
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho LivreO Estado e as relações de poder
A RELAÇÃO COLONIZADOR/COLONIZADO NA AMÉRICA: domínio cultural e político europeu, assimilação e aculturação.HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E NOS ESTADOS UNIDOS: trabalho escravo,Formas de resistência, movimentos abolicionistas, guerra de secessão.LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO: Estado liberal clássico,
as idéias iluministas, a partilha do mundo, Primeira Guerra
Mundial.
SÉCULO XX MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS: formação dos estados totalitarios, o mundo em guerra, descolonização afro-asiática, movimentos sociais no pós-guerra, conflitos culturais na América espanhola.FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: emancipação política das colônias americanas, a construção do estado brasileiro, o período republicano. LUTAS PELA POSSE DA TERRA: conflitos agrários pela posse da terra no Brasil e na América espanhola, conflito árabe-israelense.
Os sujeitos, as revoltas e as guerrasMovimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania e trabalho, direitos civis, políticos e sociais.CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento cultural, Revoluções burguesas e Iluminismo, Apartheid, o leste europeu, sociedade árabe, sociedade chinesa.DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO SÉCULO XXI: movimentos operários e sociais, a Constituição cidadã de 1988, a paz no mundo, desigualdade social.
125
MUNDO DO TRABALHO: flexibilização do emprego, trabalho escravo e infantil,Relação capital e trabalho, movimentos sindicais, a tecnologia no mundo globalizado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998.
BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-América, 1997.
BRASIL Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio – Ciências humanas e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, 1999.
CABRINI, Conceição et. Al. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo: Brasiliense,
1986.
DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino de história. Niterói: Eduff,
DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS FINAIS DOI ENSINO FUNDAMENTAL E NO MÉDIO.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1987.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
SILVA, Marcos A. da (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984.
SILVA, Thelma Nobre Machado Bittencourt & RABELLO, Heloisa de Jesus. O ensino da
história. Niterói, RJ: Eduff, 1992.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Ensino Médio
126
Disciplina: Matemática
Apresentação da Disciplina O que se pretende discutir é a importância, a função, a necessidade da matemática na
nossa vida.
Como surgiram os números? A matemática que conhecemos hoje, o cálculo, a álgebra,
de algum lugar, em alguma época surgiram.
Não se pode datar o exato aparecimento da matemática, mas sabe-se que suas noções
básicas são a escrita pois, a linguagem de sinais é bem mais fácil de ser concretizada do que a
construção de frases bem moduladas que expressem ideias.
O que demandou no homem a necessidade de se expressar matematicamente? A
necessidade prática ou a pura abstração? Alguns estudiosos defendem que a matemática teria
surgido de necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o
levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (dinheiro). Outros já
definiam que a matemática teria surgido do lazer de uma classe de sacerdotes ou de rituais
religiosos.
O fato é que a matemática é presente em nosso dia a dia de tal forma que não
podemos, não devemos e, certamente, não queremos nos distanciar dela.
As funções mais rotineiras de nossa vida têm sido realizadas por computadores: desde
uma conta, até o controle de nosso dinheiro no banco, nosso pagamento de salário, e muitas
outras atividades são controladas por máquinas que são por sua vez, apoiadas na matemática.
Existe uma tendência cada vez mais crescente da "matematização do mundo". Parece
mesmo ser de senso comum que todo e qualquer problema cotidiano possa ser equacionado.
Costumava-se definir a matemática como a ciência do número e grandeza. Isso já
não é válido pois certamente a matemática é muito mais do que números e grandezas. Hoje a
matemática que conhecemos é intelectualmente sofisticada.
Mas desde os primeiros tempos da raça humana, os conceitos de número, grandeza e forma
ocupam a mente e formam a base do raciocínio matemático. Originalmente, a matemática
preocupava-se com o mundo que nos é perceptível aos olhos, como parte da vida cotidiana do
homem. Pode-se inclusive tentar relacionar a persistência da raça humana no mundo com o
desenvolvimento matemático, se assumirmos válido o princípio da "sobrevivência do mais
apto".
127
No princípio, as relações de grandeza estavam relacionadas mais com contrastes do que com
semelhanças - a diferença entre um animal e outro, os diferentes tamanhos de um peixe, a
forma redonda da lua e a retilínea de um pinheiro.
Acredita-se que o conjunto dessas informações imprecisas deve ter dado origem a
pensamentos de analogias, e aí começa a nascer a matemática.
O desenvolvimento gradual do conceito de número pode ser rastreado em algumas
línguas, o grego inclusive, que conservaram na sua gramática uma distinção entre um e dois e
mais de dois.
Existem indicadores na língua a respeito das ideias do homem sobre número, como no caso
do número onze e doze.
Gradativamente, foram surgindo palavras que exprimiam ideias numéricas. Sinais para
números provavelmente precederam as palavras para números (é mais fácil fazer incisões
num bastão do que estabelecer uma frase para identificar um número).
De fato o que parece evidente é que a matemática tenha surgido muito antes das
primeiras civilizações e é desnecessário e sujeito a erros grotescos, tentarmos datar ou dar um
motivo específico para o surgimento de cada fase. A geometria pode ter se desenvolvido da
necessidade de demarcação de espaços, do gosto por formas precisas, de rituais primitivos, ou
seja, vários seriam os caminhos para levar ao início dessa habilidade do homem.
Conteúdos
Para discutir a seleção de conteúdos foi preciso, necessariamente, pensar qual seria o
currículo de Matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental e esta não é uma tarefa
simples. No Brasil, convivemos com diversas matrizes teóricas (escolanovismo, matemática
moderna, tecnicismo, construtivismo, por exemplo) que influenciam o ensino de Matemática.
Uma das diversas polêmicas resultantes da convivência de diferentes concepções e pontos de
vista, muitas vezes contraditórios, reside na definição ou não de uma listagem de conteúdos
que oriente: o trabalho dos professores, os autores de livros didáticos, os elaboradores de
avaliações nacionais e pesquisadores. No entanto, ao longo destes anos foi se constituindo um
currículo seriado que, explicitado ou não por documentos, parece funcionar como oficial. A
existência desta listagem de conteúdos sempre pôde ser identificada na organização e
distribuição dos conteúdos dos livros didáticos e até nos comentários de pais de alunos. Quem
nunca ouviu uma mãe comentar que a escola de seu filho é forte (ou é fraca) em função de ter
128
abordado (ou não) um conteúdo matemático em uma determinada série?
Quadro 1 – Resumo da descrição dos quatro blocos de conteúdos definidos pelos PCN – Matemática
Blocos de conteúdos Descrição
Números e Operações
Conhecimento dos números naturais e números racionais (com representações fracionárias e decimais) como instrumentos eficazes para resolver determinados problemas e como objetos de estudo, considerando-se suas propriedades, relações e o modo como se configuram historicamente. O trabalho com as operações deve valorizar a compreensão dos diferentes significados de cada uma delas, as relações existentes entre elas e o estudo reflexivo do cálculo, contemplando os tipos: exato e aproximado, mental e escrito.
Espaço e Forma
Os conceitos geométricos desenvolvem um tipo especial de pensamento que permite ao aluno compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive. O trabalho com noções geométricas volta-se para a observação, percepção de semelhanças e diferenças e identificação de regularidades, envolvendo a exploração dos objetos do mundo físico, de obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato.
Grandezas e Medidas
Este bloco caracteriza-se por sua relevância social, com evidente caráter prático e utilitário. As atividades em que as noções de grandezas e medidas são exploradas proporcionam melhor compreensão de conceitos relativos ao espaço e às formas e dos significados dos números e das operações, e incluem a idéia de proporcionalidade e escala.
Tratamento da Informação
Integram este bloco noções de estatística, de probabilidade e de combinatória. Não se pretende o desenvolvimento de um trabalho baseado na definição de termos ou de fórmulas envolvendo tais assuntos. Em estatística incluem-se os procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações. No campo da combinatória, inclui-se, especialmente, o princípio multiplicativo da contagem. Os estudos de probabilidade se destinam à compreensão de que grande parte dos acontecimentos do cotidiano é de natureza aleatória e é possível identificar prováveis resultados desses acontecimentos. As noções intuitivas de acaso e incerteza podem ser exploradas por meio de experimentos e observação de eventos.
Metodologia
Como uma das grandes dificuldades dos alunos em Matemática está em saber resolver
problemas, acreditamos que a metodologia de trabalho adotada é uma oportunidade de
modificar o desenvolvimento habitual das aulas de matemática e, tem por objetivo
129
desenvolver processos de pensamento matemático, assim como motivar e tornar significativa
a introdução de um determinado conceito matemático.
Nesta metodologia, o problema é o ponto de partida e, os professores, através da
resolução de problemas, devem fazer conexões entre os diferentes ramos da matemática
gerando novos conceitos e novos conteúdos.
A resolução de problemas deve ser o foco do currículo de Matemática, deve ser vista
como a principal estratégia de ensino. Além disso, ele chama a atenção para que o trabalho de
ensinar comece sempre onde estão os alunos, ao contrário da forma usual em que o ensino
começa onde estão os professores, ignorando-se o que os alunos trazem consigo para a sala de
aula. Nesse sentido, a aprendizagem será uma consequência do processo de resolução de
problemas.
Os PCN focalizam a resolução de problemas como um ponto de partida da atividade
matemática. Conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados mediante a
exploração de problemas.
Nossa metodologia tem por meta ajudar os alunos a se tornarem investigadores diante
de uma situação desafiadora, um problema, de forma a compreender e questionar os conceitos
de que irão necessitar. O papel do professor muda de “comunicador de conhecimento” para o
de observador, organizador, consultor, mediador, controlador, incentivador da aprendizagem.
Sendo assim, exige-se bastante do professor, “... o professor terá que enfrentar situações
inesperadas em sala de aula e, em algumas oportunidades, deverá alterar aquilo que tinha
planejado, ainda mais, terá que estar atento às dificuldades apresentadas pelos alunos...”
É importante que o professor tenha conhecimento desta metodologia, pois ela visa a
um trabalho centrado no aluno onde ele participa da construção do conhecimento sob a
orientação e a supervisão do professor que, somente no final desse processo de construção,
formalizará as ideias construídas, utilizando notação e terminologia corretas.
Avaliação
Visar o ensino-aprendizagem-avaliação de matemática através da resolução de
problemas:
É fundamental que o professor, ao programar essa metodologia, reflita sobre algumas
questões, tais como:
Isso é um problema? Por quê?
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Que tópicos de matemática precisam ser iniciados com esse problema?
Haverá necessidade de se considerar problemas menores (secundários) associados a ele?
Para que séries você acredita ser este problema adequado?
Que caminhos poderiam ser percorridos para se chegar à sua solução?
Como observar a razoabilidade das respostas obtidas?
Você, como professor, teria dificuldade em trabalhar este problema?
Que grau de dificuldade você acredita que seu aluno possa ter diante desse problema?
Como relacionar o problema dado com aspectos sociais e culturais?
Mais que isso, para dinamizar a metodologia de trabalho ensino-aprendizagem-avaliação
de matemática através da resolução de problemas, Onuchic (1999) elaborou um roteiro
contendo uma seqüência de atividades:
Formar grupos – entregar uma atividade(problema)
Processo compartilhado, cooperativo dando a oportunidade de aprender uns com os
outros.
O papel do professor
Muda de comunicador do conhecimento para o de observador, organizador, consultor,
mediador, interventor, controlador, incentivador da aprendizagem.
Resultados na lousa
Anotar os resultados obtidos pelos grupos quer sejam certo ou errado e aqueles feitos
por diferentes caminhos.
Plenária
Assembléia com todos os alunos. Como todos trabalham sobre o problema dado, estão
ansiosos quanto a seus resultados, dessa forma, participam.
Análise dos resultados
Nesta fase são trabalhados os pontos de dificuldade(problemas secundários). O
aspecto exploração é bastante considerado nesta análise.
Consenso
Consenso sobre o resultado pretendido.
Formalização
Faz-se uma síntese daquilo que se objetivava “aprender” a partir do problema.
131
São colocadas as devidas definições, identificadas as propriedades, feitas as
demonstrações.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Matemática). Brasília:
MEC/SEMT, 1999.
BRASIL, Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais (Matemática). 3a ed. Brasília: A Secretaria, 2001.
DANTE, L.R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 2ªed. São Paulo: Ática,
1991.
GAZIRE, E.S. Resolução de Problemas: Perspectivas em Educação Matemática. Dissertação
(Mestrado em Educação Matemática), Rio Claro: UNESP, 1988.
KILPATRICK, J. e SILVER, E.A., Unfinished Business: Challenges for Mathematics
Educators in the Next Decads In: BURKE, M.J. and CURCIO, F. (Org.) Learning
Mathematics for a New Century, National Council of Teachers of Mathematics, Reston,
Virginia, 2000. p. 223-235.
MENDONÇA, M.C.D. Problematização: um caminho a ser percorrido em Educação
Matemática Tese (Doutorado em Educação). Campinas: UNICAMP, 1993.
NATIONAL Council of Teachers of Mathematics. An Agenda for Action: Recommendations
for School Mathematics of the 1980’s. Reston, VA-USA, 1980.
ONUCHIC, L.R. Uma aula visando o ensino-aprendizagem de matemática através da
Resolução de Problemas, 1f. Notas de aula. Mimeografado, 1998.
132
ONUCHIC, L.R. e ALLEVATO N. S. G., Ensino-aprendizagem de Matemática através da
resolução de problemas. In: Bicudo, M.A.V.(Org.) Pesquisa em Educação Matemática:
concepções e perspectivas (Seminários e Debates). São Paulo: UNESP, 1999.
ONUCHIC L. R. Novas Reflexões sobre o ensino–aprendizagem de matemática através da
resolução de Problemas. In: BICUDO, M. A e BORBA, M. (orgs) Educação Matemática –
pesquisa em movimento, São Paulo, Editora Cortez, 2004.
POLYA, G. A arte de resolver problemas: um enfoque do método matemático. Tradução e
adaptação: Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro: Interciência, 1994.
RODRIGUES, V. Resolução de Problemas como estratégia para incentivar e desenvolver a
criatividade dos alunos na prática educativa matemática. Dissertação (Mestrado em
Educação Matemática) Rio Claro: UNESP, 1992.
SCHROEDER, T.L., LESTER Jr., F.K. Developing Understanding in Mathematics via
Problem Solving, TRAFTON, P.R., SHULTE, A.P. (Ed.) New Directions for Elementary
School Mathematics. National Council of Teachers of Mathematics, 1989. (Year Book).
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Ensino Fundamental
Disciplina: Matemática
Apresentação da Disciplina O que se pretende discutir é a importância, a função, a necessidade da matemática na
nossa vida.
Como surgiram os números? A matemática que conhecemos hoje, o cálculo, a álgebra,
de algum lugar, em alguma época surgiram.
Não se pode datar o exato aparecimento da matemática, mas sabe-se que suas noções
básicas são a escrita pois, a linguagem de sinais é bem mais fácil de ser concretizada do que a
construção de frases bem moduladas que expressem ideias.
133
O que demandou no homem a necessidade de se expressar matematicamente? A
necessidade prática ou a pura abstração? Alguns estudiosos defendem que a matemática teria
surgido de necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o
levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (dinheiro). Outros já
definiam que a matemática teria surgido do lazer de uma classe de sacerdotes ou de rituais
religiosos.
O fato é que a matemática é presente em nosso dia a dia de tal forma que não
podemos, não devemos e, certamente, não queremos nos distanciar dela.
As funções mais rotineiras de nossa vida têm sido realizadas por computadores: desde
uma conta, até o controle de nosso dinheiro no banco, nosso pagamento de salário, e muitas
outras atividades são controladas por máquinas que são por sua vez, apoiadas na matemática.
Costumava-se definir a matemática como a ciência do número e grandeza. Isso já não
é válido pois certamente a matemática é muito mais do que números e grandezas. Hoje a
matemática que conhecemos é intelectualmente sofisticada.
Mas desde os primeiros tempos da raça humana, os conceitos de número, grandeza e forma
ocupam a mente e formam a base do raciocínio matemático. Originalmente, a matemática
preocupava-se com o mundo que nos é perceptível aos olhos, como parte da vida cotidiana do
homem. Pode-se inclusive tentar relacionar a persistência da raça humana no mundo com o
desenvolvimento matemático, se assumirmos válido o princípio da "sobrevivência do mais
apto".
No princípio, as relações de grandeza estavam relacionadas mais com contrastes do que com
semelhanças - a diferença entre um animal e outro, os diferentes tamanhos de um peixe, a
forma redonda da lua e a retilínea de um pinheiro.
Acredita-se que o conjunto dessas informações imprecisas deve ter dado origem a
pensamentos de analogias, e aí começa a nascer a matemática.
A probabilidade de que isso tenha surgido de um só indivíduo é pouca. É mais provável que
tenha surgido de um processo gradual e que pode datar de 300.000 anos, tanto quanto o
descobrimento do fogo.
O desenvolvimento gradual do conceito de número pode ser rastreado em algumas línguas, o
grego inclusive, que conservaram na sua gramática uma distinção entre um e dois e mais de
dois.
134
Mais tarde, gradativamente, foram surgindo palavras que exprimiam ideias numéricas. Sinais
para números provavelmente precederam as palavras para números (é mais fácil fazer incisões
num bastão do que estabelecer uma frase para identificar um número).
É evidente é que a matemática tenha surgido muito antes das primeiras civilizações e é
desnecessário e sujeito a erros grotescos, tentarmos datar ou dar um motivo específico para o
surgimento de cada fase. A geometria pode ter se desenvolvido da necessidade de demarcação
de espaços, do gosto por formas precisas, de rituais primitivos, ou seja, vários seriam os
caminhos para levar ao início dessa habilidade do homem.
Conteúdos
O Ensino Fundamental terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I-o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos, o pleno domínio
da leitura e do cálculo;
II-a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III-o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV-o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Conteúdos selecionados de acordo com as competências elaboradas e segundas os eixos
temáticos:
Números e Operações
Medidas e Grandezas
Espaço e Forma
Funções e Álgebra
Tratamento da Informação
No eixo temático Número e Operações são trabalhados:
O conceito de números, resgatando sua construção cultural, o desenvolvimento da construção
dos algarismos e suas funcionalidades.
Sistemas de Numerações
Sistema de Numeral Decimal
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Regras para formação do número
Ordem, classe que compõem o número
Leitura, escrita do número
Composição e decomposição do número
Comparação dos números
Ordenação dos números
Nas operações com números naturais devem ser trabalhadas:
As estruturas Aditivas
As estruturas Multiplicativas.
Propriedades da Adição e Multiplicação
Divisibilidade por 2, divisibilidade por 3, divisibilidade por 5
Múltiplos e Divisores
Números Primos
Máximo Divisor Comum
Mínimo Múltiplo Comum
Relação fundamental da Aritmética
Números inteiros relativos:
Noções
Construções
Módulo
Comparação
Operações com números inteiros (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
suas propriedades)
Do número Racional:
Forma fracionária
Noção e Construção de fração
Elemento e leitura de fração
Classe de Equivalência de fração
Comparações de frações
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Operações com números fracionários (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
suas propriedades)
Forma decimal
Noção e construção
Elemento e leitura
Comparações
Operações com números decimais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
suas propriedades)
Medidas e Grandezas:
- O conceito de Proporcionalidade
Estruturas multiplicativas:
Razão
Proporção
Regra de três
Porcentagem
Juros simples
Metodologia
Como uma das grandes dificuldades dos alunos em Matemática está em saber resolver
problemas, acreditamos que a metodologia de trabalho adotada é uma oportunidade de
modificar o desenvolvimento habitual das aulas de matemática e, tem por objetivo
desenvolver processos de pensamento matemático, assim como motivar e tornar significativa
a introdução de um determinado conceito matemático.
Nesta metodologia, o problema é o ponto de partida e, os professores, através da
resolução de problemas, devem fazer conexões entre os diferentes ramos da matemática
gerando novos conceitos e novos conteúdos.
A resolução de problemas como um ponto de partida da atividade matemática.
Conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados mediante a exploração de
problemas.
137
Nossa metodologia tem por meta ajudar os alunos a se tornarem investigadores diante
de uma situação desafiadora, um problema, de forma a compreender e questionar os conceitos
de que irão necessitar. O papel do professor muda de “comunicador de conhecimento” para o
de observador, organizador, consultor, mediador, controlador, incentivador da aprendizagem.
Sendo assim, exige-se bastante do professor, “... o professor terá que enfrentar situações
inesperadas em sala de aula e, em algumas oportunidades, deverá alterar aquilo que tinha
planejado, ainda mais, terá que estar atento às dificuldades apresentadas pelos alunos...”,
É importante que o professor tenha conhecimento desta metodologia, pois ela visa a
um trabalho centrado no aluno onde ele participa da construção do conhecimento sob a
orientação e a supervisão do professor que, somente no final desse processo de construção,
formalizará as ideias construídas, utilizando notação e terminologia corretas.
Entendemos que a expressão “ensino-aprendizagem” tem um significado muito
importante nessa metodologia de trabalho em sala de aula, pois esta expressão é um processo
que acontece simultaneamente, tendo o aluno como co-construtor do conhecimento e, a
“avaliação” deve estar integrada ao ensino para melhorar a aprendizagem, bem como,
centrada nos processos de resolução de problemas, mais que nos resultados e nos progressos
dos alunos.
Quando a avaliação está associada com e integrada ao ensino, ela se torna uma
excelente oportunidade para o professor aprender sobre o que seus alunos entendem e o que
eles podem fazer. E é fundamental que o aluno, nesse contexto, faça sua auto-avaliação no
intuito de guiar e aumentar sua aprendizagem.
Avaliação
Visar o ensino-aprendizagem-avaliação de matemática através da resolução de
problemas:
É fundamental que o professor, ao programar essa metodologia, reflita sobre algumas
questões, tais como:
Isso é um problema? Por quê?
Que tópicos de matemática precisam ser iniciados com esse problema?
Haverá necessidade de se considerar problemas menores (secundários) associados a ele?
Para que séries você acredita ser este problema adequado?
Que caminhos poderiam ser percorridos para se chegar à sua solução?
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Como observar a razoabilidade das respostas obtidas?
Você, como professor, teria dificuldade em trabalhar este problema?
Que grau de dificuldade você acredita que seu aluno possa ter diante desse problema?
Como relacionar o problema dado com aspectos sociais e culturais?
Mais que isso, para dinamizar a metodologia de trabalho ensino-aprendizagem-avaliação
de matemática através da resolução de problemas, contendo uma sequencia de atividades:
- Formar grupos – entregar uma atividade(problema)
Processo compartilhado, cooperativo dando a oportunidade de aprender uns com os
outros.
- O papel do professor
Muda de comunicador do conhecimento para o de observador, organizador, consultor,
mediador, interventor, controlador, incentivador da aprendizagem.
- Resultados na lousa
Anotar os resultados obtidos pelos grupos quer sejam certo ou errado e aqueles feitos
por diferentes caminhos.
- Plenária
Assembleia com todos os alunos. Como todos trabalham sobre o problema dado, estão
ansiosos quanto a seus resultados, dessa forma, participam.
- Análise dos resultados
Nesta fase são trabalhados os pontos de dificuldade(problemas secundários). O
aspecto exploração é bastante considerado nesta análise.
- Consenso
Consenso sobre o resultado pretendido.
- Formalização
Faz-se uma síntese daquilo que se objetivava “aprender” a partir do problema.
São colocadas as devidas definições, identificadas as propriedades, feitas as
demonstrações.
Referêcias Bibliográficas
ÊNIO SILVEIRA/CLÁUDIO MARQUES. Matemática - 5ª a 8ª Série – Editora Moderna.
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JACUBO E LELIS. Matemática na Medida Certa - 5ª a 8ª Série – Editora Scipione.
EDWALDO BIANCHINI. Matemática - 5ª a 8ª Série. – Editora Moderna.
COLEÇÃO PROFESSOR CARLOS MACIEL – Subsídios para Orientação da Prática
Pedagógica nas Escolas – Matemática.
IMENES LELIS. Matemática - 5ª a 8ª Série. Editora Scipione.
BIGODE, Antônio Lopes. Matemática hoje - 5ª a 8ª Série. Editora FTD.
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