Editorial
A primeira reportagem desta edição, “Dormimos juntos,acordamos separados”, trata de uma situação muitocomum à maioria das pessoas: o fim de uma relação, e anecessidade de encarar a realidade, reequilibrar-se, seguirem frente, e saber que o amor sempre está disposto à baterem nossa porta outra vez. Em “Acupuntura sem agulha”,descubra a EFT, ou “tapping”, técnica bastante prática queusa alguns conceitos da medicina oriental para aliviar ocorpo e a mente de uma série de problemas, de fobias efalta de confiança a enxaquecas e outras dores. Em“Diferença entre ser VIP e ter prestígio”, uma comparaçãoentre essas duas condições ligadas à autoimagem. Émelhor ter prestígio, algo consistente e duradouro, do queser “VIP”, uma coisa efêmera. Já em “O que se ensina aocoração?”, 12 pessoas, à convite da Bem-Estar, dão seudepoimento sobre coisas que aprenderam com a vida, masque a escola já poderia ter ensinado. Uma ótima semana!
24
As emoções do mundo mágicode Harry Potter em Orlando (EUA)
16
Daniele Suzuki volta à “Malhação”13 anos depois de sua primeiraparticipação na novelinha teen
13
Oftalmologista rio-pretense escrevesobre a evolução dos procedimentosoftalmológicos através da história e asnovidades tecnológicas atuais da área
Poesia
O TEU RISOTira-me o pão, se quiseres,tira-me o ar, mas nãome tires o teu riso.
Não me tires a rosa,a lança que desfolhas,a água que de súbitobrota da tua alegria,a repentina ondade prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regressocom os olhos cansadosàs vezes por verque a terra não muda,mas ao entrar teu risosobe ao céu a procurar-mee abre-me todasas portas da vida.
Meu amor, nos momentosmais escuros soltao teu riso e se de súbitovires que o meu sangue manchaas pedras da rua,ri, porque o teu riso
será para as minhas mãoscomo uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,teu riso deve erguersua cascata de espuma,e na primavera, amor,quero teu riso comoa flor que esperava,a flor azul, a rosada minha pátria sonora.
Ri-te da noite,do dia, da lua,ri-te das ruastortas da ilha,ri-te deste grosseirorapaz que te ama,mas quando abroos olhos e os fecho,quando meus passos vão,quando voltam meus passos,nega-me o pão, o ar,a luz, a primavera,mas nunca o teu riso,porque então morreria.
PABLO NERUDA
Agência O Globo/Divulgação
Divulgação
Turismo
Johnny Torres
Televisão
O amor dispostoa bater na porta
MarceloMendonça
DIÁRIO DA REGIÃO
Diretor de Redação
Décio [email protected]
Editor-chefe
Fabrício [email protected]
Coordenação
Ligia [email protected]
Editor de Bem-Estar e TV
Igor [email protected]
Editora de Turismo
Cecília [email protected]
Editor de Arte
César A. Belisá[email protected]
Pesquisa de fotos
Mara Lúcia de Sousa
Diagramação
Cristiane Magalhães
Tratamento de Imagens
Edson Saito, Luciana Nardellie Luis Antonio
Matérias
Agência EstadoAgência O Globo
2 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
LOUCOS E SÃOS
Artigo
Kátia Ricardi de Abreu
Rótulo é toda e qualquer informação
de um produto que esteja transcrita em
sua embalagem. É uma forma de comuni-
cação visual. Estereótipo é a imagem pre-
concebida de determinada pessoa, coisa
ou situação. Usa-se a palavra “rótulo”
também para se referir a estereótipo.
Uma boa conduta é evitar “rótu-
los”. Segundo Eric Berne, criador da
Análise Transacional, um cirurgião
pode dizer: “será necessário retirar
seu apêndice” ao invés de: “você preci-
sa fazer uma cirurgia”.
Uma pessoa que ouve: “você precisa
de um tratamento psicológico” pode até
se ofender. Mas se ouvir: “você deve dar
atenção à sua saúde em todos os senti-
dos, inclusive com profissionais que cui-
dam da parte emocional” poderá receber
de outra forma esta indicação.
As palavras “tratamento psicológico”
ou “psiquiátrico” é muitas vezes ofensi-
va, alarmante e ameaçadora para as pes-
soas que entendem o trabalho de profis-
sionais da área da saúde mental como
“cuidadores de loucos”.
Trata-se de um conceito infundado,
preconcebido, depreciativo e muitas ve-
zes sem fundamento.
Consultas psicológicas não se restrin-
gem a tratamentos. Muitas pessoas bus-
cam profissionais da área da saúde men-
tal para orientações, esclarecimentos,
manutenção do estágio de bem-estar
já alcançado. Empresários, executi-
vos, líderes, buscam a manutenção do
sucesso construído ao longo de mui-
tos anos de carreira. Querem fazer um
planejamento de vida orientado, ou
ter um espaço seguro para um desaba-
fo e canalização saudável de suas emo-
ções. Muitas pessoas decidem poupar
amigos e familiares das lamentações,
preocupações e sentimentos incômo-
dos do dia a dia, reservando a eles, mo-
mentos de compartilhamento lúdico.
Os tratamentos psicológicos, por sua
vez, não se restringem aos distúrbios e
desequilíbrios graves, que comprome-
tem a convivência com a coletividade e
ou que colocam em risco a própria sobre-
vivência da pessoa em desequilíbrio. Qual-
quer situação conflituosa, que esteja causan-
do o mínimo de desconforto interno e ou
externo, poderá merecer a atenção daqueles
que não querem simplesmente deixar o
tempo passar para que, magicamente, tudo
se resolva. Diante dos primeiros sinais ou
sintomas buscam ajuda profissional por te-
rem a noção da importância mente/corpo.
A loucura propriamente dita pode
ser vista de muitas formas. Se considerar-
mos todo e qualquer desequilíbrio como
loucura, pequeninas loucuras são revela-
das em todo momento. Quem já não se
pegou perguntando: “será que estou fi-
cando louco?” No entanto, é a ausência
de catexia (energia psíquica) no Estado
de Ego Adulto, impedindo que o raciocí-
nio lógico comande a ação, que vai provo-
car a ruptura do contato com a realidade.
Ainda sobre a loucura, temos que
considerar que, muitas vezes, a lucidez
exacerbada pode ser entendida como lou-
cura por aqueles que não visualizam a
realidade com tanta nitidez, contamina-
dos com suas normoses cotidianas.
Dizer: “fiz uma loucura” pode signifi-
car uma audácia, uma permissão interna
que gerou um comportamento ousado,
porém benéfico, ultrapassando os limi-
tes habituais impostos pelo agente da
ação. Nestes casos, estas chamadas “lou-
curas” merecem aplausos.
Rótulos e estereótipos são limitantes
também do ponto de vista psicossocial.
Quando associados a sentimentos, carac-
terizam atitudes e preconceitos sociais.
Poderíamos poupar um bocado a nós e a
todos ao nosso redor, se buscássemos a
ampliação da nossa consciência de tal
forma que pudéssemos administrar os
desconfortos cotidianos com o potencial
dinâmico da nossa mente agindo em nos-
so benefício. Somos capazes de aprender
coisas que nos fazem bem e o conheci-
mento das nossas emoções trabalhando
a nosso favor, é um aprendizado contí-
nuo que nos garante ficar muito longe
da loucura. �
Kátia Ricardi deAbreu é psicóloga,especialista em AnáliseTransacional, diretorada Ego Clínica eConsultoria
Muitas pessoas buscam profissionais da área da saúde mental para orientações,
esclarecimentos e manutenção do estágio de bem-estar já alcançado
Quem é
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 3
É difícil admitir quando a relação não tem mais conserto, mas não se deve prolongar o sofrimento
Gisele [email protected]
Está na hora de encarar os
fatos: vocês se amavam muito e
tinham planos para passar o res-
to da vida juntos. Pelo menos,
imaginavam jamais se separar,
afinal ninguém casa pensando
em terminar. Só que, um belo
dia, sem que você se dê conta,
por um amontoado de motivos,
percebe que seu relacionamen-
to não é mais o mesmo.
É difícil admitir quando
um relacionamento não tem
mais conserto, mas não adianta
prolongar o sofrimento. É da
natureza humana sempre fazer
mais tentativas para ver se a si-
tuação muda, mas é importante
considerar se, realmente, não
chegou a hora de terminar.
“O amor não acaba, nós é
que mudamos. O que acaba são
algumas de nossas expectativas
e desejos, que são substituídos
por outros no decorrer da vida.
As pessoas não mudam na sua
essência, mas mudam muito de
sonhos, mudam de pontos de
vista e de necessidades, princi-
palmente de necessidades”, diz
um texto da jornalista e escrito-
ra Matha Medeiros.
“O amor costuma ser amol-
dado à nossa carência de envol-
vimento afetivo, porém essa ca-
rência não é estática, ela se mo-
difica à medida que vamos ten-
do novas experiências, à medi-
da que vamos aprendendo com
as dores, com os remorsos e
com nossos erros todos.”
“Amores eternos só existem
para dois grupos de pessoas. O
primeiro é formado por aque-
les que se recusam a experimen-
tar a vida, para aqueles que não
querem investigar mais nada
sobre si mesmos, estão conten-
tes com o que estabeleceram co-
mo verdade numa determinada
época e seguem com esta verda-
de até os 120 anos. O outro gru-
po é o dos sortudos: aqueles
que amam alguém, e mesmo
tendo evoluído com o tempo
descobrem que o parceiro tam-
bém evoluiu, e essa evolução se
deu com a mesma intensidade
e seguiu na mesma direção”,
continua Martha.
É bom considerar a dica
dos especialistas: se você já ten-
tou de tudo, tão logo perceba
que seu relacionamento não
tem conserto, termine.
“São muitas as pessoas que
se cuidam, se produzem e se tor-
nam apaixonantes apenas en-
quanto não deram a conquista
como concluída”, diz o psicólo-
go cognitivo-comportamental
Alexandre Caprio. São bem hu-
moradas, joviais, bem vestidas
e cuidam do corpo enquanto es-
tão indo a festinhas e bares pa-
ra paquerar. No entanto, de-
pois que se casam, retiram a
máscara que usaram como isca
e revelam uma outra identida-
de, não tão atraente. Sentam-se
no sofá e não querem mais dan-
çar, sair ou viajar.
“Embora pareça que a pes-
soa tenha mudado, ela pode
apenas ter simulado uma per-
sonalidade mais atraente pa-
ra realizar a conquista. A par-
tir daí, a outra pessoa pode se
sentir, perdida, com raiva e,
talvez, até enganada”, com-
pleta. Usar máscaras e mudar
de comportamento depois do
casamento é o primeiro tipo
de traição que pode aconte-
cer em uma relação e, a par-
tir desta, outras mais pode-
rão surgir.
Relacionamento
Dormimos juntos,Dormimos juntos,acordamosacordamosseparadosseparados
4 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Confira entrevista com a es-
critora Martha Medeiros já con-
cedida sobre o assunto.
Revista Bem-Estar - Mui-tas relações não dão certo,mas ou o homem ou a mu-lher ainda insiste em levaradiante, mesmo desgasta-das por conta do medo damudança ou pelos filhos.Como você vê isso?
Martha Medeiros - São
escolhas. Tem gente que pre-
fere sofrer acompanhada do
que sofrer sozinha. Tem pes-
soas que sentem vergonha
da própria solidão. Tem pes-
soas de fé que acreditam que
o parceiro vai mudar, que a
relação vai renascer. Não se
pode condenar os persisten-
tes. Eu acredito que não se
deve desistir fácil de um
amor, mas, por outro lado,
não acredito que o sofrimento
compense a manutenção de
um amor que já acabou. Se aca-
bou, que seja enterrado, que se
enfrente o luto e depois que ha-
ja abertura para novas oportu-
nidades. Hoje, vivemos bem
mais, e essa longevidade acaba
fazendo com que vivamos
dois, três, quatro grandes amo-
res. Não é frívolo se separar. É
um ato de bravura e de vonta-
de de viver.
Bem-Estar - Mas exis-tem aqueles que, se não es-tão felizes na relação, se-guem seu caminho e encon-tram novos parceiros, oque torna muito diferentesas composições das famí-
lias hoje. Como você vê es-sa flexibilidade?
Martha - Vejo com total
tranquilidade. Antigamen-
te, os casamentos duravam
para sempre, mas muitos
eram amparados pela hipo-
crisia. O casal não separava
porque achava que seria des-
prezado pela sociedade, ou
porque a mulher dependia fi-
nanceiramente do marido,
ou porque o marido manti-
nha uma situação aceita por
todos: a esposa em casa e a
amante na rua. Hoje, as rela-
ções estão mais sinceras, não
“precisamos” mais estar
com alguém, estamos por-
que queremos. A sincerida-
de é sempre digna. Hoje, a
vontade manda mais do que
as convenções.
Bem-Estar - Os filhos,sempre apontados comoaqueles que retardam a de-cisão de um divórcio, con-seguem lidar bem essas no-vas situações?
Martha - Aceitam mais fa-
cilmente do que as crianças
de anos atrás. Hoje, tornou-
se mais comum ter pais sepa-
rados. Mas acho que o mo-
mento da dissolução da famí-
lia ainda é bem doloroso, e
será sempre. Os pais podem
atenuar essa dor se mantive-
rem-se amigos, se forem
cordiais um com o outro e
se derem muito amor e se-
gurança aos filhos, não en-
volvendo-os nas questões
que dizem respeito apenas
ao casal. � (GB)
Nova oportunidade
1) Reflita sobre o que você diz
Você e seu parceiropassam mais tempo brigandodo que se divertindo?
Você conseguese comunicar?
Não diz mais aoseu parceiroo que sente ou o que quer?
Você fala carinhosamentecom ele?
2) Reflita sobre oque pensa ou sente
Você não está mais tãoempolgada com o companheiro?
Você sonha demaisacordado?
Você sente que se tornarampessoas diferentes?
3) Reflita sobre o que você faz
Sua vida sexual com o
parceiro anda desinteressante?
Você ou seu parceiro
são infiéis?
Vocês vivem vidasdiferentes?
Veja se é horade dizer adeus
Nem sempre acaba para os doisO professor e sexólogo Mar-
cos Ribeiro lembra que é neces-
sário que exista o desejo. Quan-
do ele acaba, é como se alguma
coisa fosse desligada dentro da
pessoa.
O desejo é o que impulsiona
para o amor; para a intimida-
de; para o querer estar junto o
tempo todo, a noite toda, até o
prazer da manhã. Sem desejo,
fica difícil manter uma relação.
Nessa hora, não adianta sentir
culpa. Até porque nunca é só
um fator que leva o casal ao tris-
te desfecho. Podem ser muitos,
com responsabilidades de am-
bos os lados.
Para piorar, nem sempre há
sincronicidade no esmoreci-
mento do desejo, nem sempre o
amor acaba ao mesmo tempo
para os dois. Por isso, um so-
frerá mais e não há muito o
que fazer a não ser refletir so-
bre o que aconteceu, até para
levar o aprendizado para ou-
tras relações.
Pensar nessas questões é es-
sencial para o amadurecimento
individual, o que ajuda a elimi-
nar mágoas e culpas e chegar à re-
lação seguinte mais inteiro (ou
inteira) e não aos pedaços. O se-
gredo, segundo ele, está na au-
toestima. Gostar de si ajuda a re-
começar e a abrir o coração, que,
quando menos se espera, fica em
festa e feliz outra vez. (GB)
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 5
Também conhecida como “tapping” (batidinhas),
técnica chamada EFT usa os meridianos do corpo
para libertá-lo das aflições físicas e emocionais
Elen [email protected]
Nem sempre as dores são provoca-
das por algum tipo de estímulo ou
agressão ao corpo físico. Elas surgem,
muitas vezes, por doenças do tipo psi-
cossomáticas, isto é, criadas a partir
de questões emocionais não resolvi-
das e em acúmulo, que atrapalham sig-
nificadamente o bem-estar físico.
Exatamente pela ineficácia de me-
dicamentos para tratar problemas
emocionais e dores não necessaria-
mente físicas, muitas técnicas são bus-
cadas para ajudar a resgatar a qualida-
de de vida, exercitando a autocura.
Entre elas, está a Emotional Freedom
Techniques (EFT) – traduzido para o
português como Técnicas de Liberta-
ção Emocional.
A técnica é apelidada de “acupuntu-
ra sem agulhas”, criada pelo norte-ame-
ricano Gary Craig, em 1995. São peque-
nas batidinhas, chamadas de “tap-
ping”, com as pontas dos dedos em no-
ve regiões básicas - chamadas de meri-
dianos -, as mesmas utilizadas na acu-
puntura, para restabelecer o fluxo de
energia. Esses pontos estão distribuí-
dos entre mãos, cabeça, rosto, tórax e
abaixo das axilas. Pés, pernas e barriga
também podem ser “acessados”.
As indicações para tratamento in-
cluem fobias, enxaquecas, dores no
corpo, vícios, ansiedade, insônia, res-
gate de autoestima e autoconfiança,
melhora de relacionamentos, supe-
ração de frustrações, bloqueios e
sentimentos de rejeição e inferiori-
dade, busca pelo autoconhecimen-
to, entre outros.
A naturopata holística Meire Ya-
maguchi, facilitadora de EFT, que re-
side em Zurique, na Suíça, afirma que
a eficácia da técnica já foi comprova-
da por estudos acompanhados pela As-
sociação Americana de Psicólogos,
além de ter se mostrado decisiva para
muitos adeptos.
“Pode eliminar uma fobia em pou-
cos minutos ou um trauma emocional
profundo em poucas sessões. Experi-
mentei em mim mesma, em uma dor
pós-cirúrgica que desapareceu em
poucos segundos, sem medicamen-
tos”, conta ela.
O EFT dá resultados com a
autoaplicação ou praticada por um
profissional especializado. A sensação
de efetividade é perceptível nos senti-
mentos, pensamentos e sintomas físi-
cos, informa o terapeuta em EFT An-
dré Lima, da EFT-BR, de Recife. A es-
timativa é que 80% das pessoas neces-
sitem de uma a 10 sessões.
“É bem raro que alguém precise
mais que 20 sessões. É raro também,
mas não impossível, que o trabalho
com a EFT não venha a ter um efeito
significativo. Podemos estimar algo
entre 2% a 7% aqueles que não terão
nenhum benefício, mesmo acompa-
nhados por um praticante de EFT ex-
periente”, destaca o terapeuta.
Aceitação
O processo de autocura não é
simples. O principal motivo está na
descrença, exatamente porque não
se encaixa na cultura adquirida
com família e socieda-
de a respeito de como li-
dar com problemas, dores
e doenças. Isso significa que
acreditar em um poder pró-
prio é ser seu próprio dono,
mas não somente para ordens,
mas cuidados e responsabilidades
para o autodesenvolvimento.
O conhecimento sobre a “psico-
neuroendocrinoimunologia” – área
da medic ina que es tuda as
interações entre o emocional e os
sistemas nervoso, de defesa e hor-
monal – contribui para a desmistifi-
cação de que a doença não é apenas
o que se imagina. Técnicas e proce-
dimentos que valorizam a autocura
estão ganhando espaço devido a es-
sa compreensão de que o ator prin-
cipal da cura é o próprio paciente.
Acredita-se que entre 40% a 85%
dos sucessos de tratamentos medi-
camentosos convencionais são fei-
tos pelo efeito placebo, que é um po-
der de autocura.
Na verdade, trata-se de uma
autossugestão positiva, capaz de
curar simplesmente pela crença de
que o remédio está fazendo efeito e
o problema ou a doença está sendo
resolvido.
“A crença na própria melhora é
essencial, assim como frases de
autossugestão, tais como ‘estou me-
lhor, cada dia melhor’, preconizada
pelo francês Emilie Coué, no fim
do século 19. Isso mostra todo seu
poder de cura, pois visa a conven-
cer o inconsciente da verdade e, as-
sim, ativar os processos fisiológicos
naturais de regeneração”, destaca a
naturopata holística Meire.
Autocura
‘Acupuntura’sem agulha
6 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
A chave para ajudar a com-
preender os bloqueios físicos
ou emocionais está relacionado
ao estresse.
“Um pensamento de estres-
se provoca 1,2 mil reações quí-
micas no corpo. Essa avalanche
de hormônios negativos intoxi-
ca e paralisa todos os processos
de autorregenera-ção do corpo.
Torna o campo de visão limita-
do e a pessoa menos ousada,
prejudicando o que pensar para
se ajudar”, informa a naturopa-
ta holística Meire Yamaguchi.
Estudos apontam que o es-
tresse está ligado a 80% de to-
das as doenças.
Quando não é possível cen-
tralizar-se na objetividade para
perceber de onde vem a ameaça
- que pode ser física, moral,
emocional ou financeira -, não
há percepção suficiente para li-
dar com as próprias emoções.
No livro “GPS Espiritual -
Um guia do usuário intuitivo”,
de autoria de Meire Yamagu-
chi, é destacado o reativamento
dos meios de orientação inter-
no nos sentidos da vida.
“Trata-se de uma inteligên-
cia inata que ultrapassa o saber
intelectual e que interage com
o campo de informação univer-
sal. A solução para qualquer si-
tuação já existe. E entrar em
contato com as respostas já faz
parte do ser humano”, destaca
a naturopata.
A afirmação tem origem no
fato de que os seres humanos
precisam aprender a ter autoco-
nhecimento. Isso inclui reco-
nhecer seus medos, saber curar
suas feridas emocionais, comu-
nicar-se e identificar sua inteli-
gência interna, como a angús-
tia na barriga e as vozes que di-
zem ‘sim’ ou ‘não’. O corpo fala
e os sonhos avisam. Tudo isso
integra técnicas de prevenção
para manter-se saudável. (EV)
Outra técnica é o “Mental Training”. Suabase é o poder de visualização para autocurapor meio do autodesenvolvimento. No entanto,as curas, independente da técnica, não são100% sentidas na falta do perdão. “Perdoarpode ser aprendido com o Ho’oponopono, umatécnica havaiana de cura pelo perdão”,
conta a naturopata holísticaMeire Yamaguchi
Excesso de estresse
PARA IRALÉMO comportamento de acredi-
tar na própria cura e na capacida-
de de controlar as próprias emo-
ções é fundamental para comba-
ter a autossabotagem. Isso por-
que, com mais autoconhecimen-
to, não haverá emoções negativas,
principalmente as inconscientes,
como críticas, rancores e rejei-
ções, capazes de interferir em de-
cisões importantes no dia a dia.
“Sentimentos que nós guarda-
mos por sofrermos no passado
vão interferir na hora em que nós
estamos escolhendo o que dizer e
fazer nas mais variadas situações.
Isso afetará a maneira como você
se impõe ou deixa de se impor.
Afetará também o seu senso de
‘merecimento’, o que significa o
quanto você se acha capaz e dig-
no de ter uma vida feliz e próspe-
ra”, explica o terapeuta em EFT
André Lima.
Segundo ele, quanto mais sen-
timentos negativos guardados,
mais crenças limitantes acabam
surgindo e se acumulando na
mente. São elas que atrapalham o
bem-estar emocional, sendo capa-
zes de provocar ansiedade, baixa
autoestima, sentimento de infe-
rioridade e até depressão, refletin-
do-se na qualidade dos relaciona-
mentos pessoais e sociais, na pro-
fissão, educação, alimentação.
“Uma parte da pessoa deseja
crescer, prosperar, ter bons rela-
cionamentos e ser feliz. Outro la-
do, porém, está cheio de negativi-
dade, acha que isso não é possí-
vel, que é difícil e não merece...
Existe uma luta inconsciente in-
terna entre o racional e o que é
guardado no campo emocional”,
diz Lima. � (EV)
Bloqueioda doença
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 7
Na busca frenética pelos holofotes,
poucos entendem que ser o “rei do
camarote” é muito pouco perto de
ser reconhecido e admirado pelos
próprios valores
Juliana [email protected]
Hoje, muitos querem ser celebrida-
de, estar na mídia, ser VIP na balada.
Na era dos reality shows, das mulheres-
fruta, dos aspirantes a atores e dos possí-
veis jogadores de futebol, diariamente
surgem no mercado pelo menos dez no-
vas subcelebridades, que disputam acir-
radamente a atenção de jornalistas e fo-
tógrafos. Acreditam que ser vip é sinôni-
mo de prestígio, não percebem que são
raras as vezes em que as palavras vip e
prestígio são adjetivos que se direcio-
nam a uma única pessoa. Ou se é vip ou
se tem prestígio. E, acredite: quem tem
prestígio, muitas vezes tem pânico de
quem é vip.
A cronista Danuza Leão, recente-
mente, abordou esse assunto. Para ela,
ser vip já foi bom; agora, não é grande
coisa. Danuza explica: antigamente, ser
vip não era para qualquer um. “Essa cas-
ta – pouco numerosa – tinha direito a
privilégios que só existiam para ela. Pa-
ra um vip, quando chegava a um restau-
rante, sempre havia uma mesa, mesmo
no Dia das Mães. No Carnaval, só circu-
lava por camarotes refrigerados, toman-
do champanhe, enquanto os normais
morriam de calor, bebendo cerveja
quente. Para os que pertenciam ao sele-
to grupo, quando decidiam viajar para o
exterior, sempre existia lugar nos aviões
para o mesmo dia, e eram até convida-
dos a ir na primeira classe. Jamais fica-
vam na fila de uma discoteca – entra-
vam direto – e, nos grandes shows,
eram sempre chamados a sentar na me-
lhor mesa, com bebida e comida de gra-
ça. Já hoje, todo mundo é VIP. Quem
foi coadjuvante de novela, apareceu
no Big Brother, está quase contrata-
do por um clube de futebol – de prefe-
rência acompanhado de um escânda-
lo sexual – ou aparece nas revista de
fofocas é vip, e estamos conversa-
dos”, diz.
Nessa busca frenética pelos holo-
fotes, poucos entendem que ser vip é
bem menos importante do que ter
prestígio. “Tem prestígio quem inspi-
ra respeito e admiração por seus pró-
prios méritos, quem positiva e natu-
ralmente desperta encantamento nos
outros de modo atemporal e incondicio-
nal”, explica a psicóloga Mara Lúcia
Madureira, especialista em terapia cog-
nitivo-comportamental.
De olho na mídia
Para Maria Celina Valverde, coordena-
dora do Ensino Médio do Colégio Nossa
Senhora do Morumbi, em São Paulo, a ne-
cessidade é de estar em evidência, ainda
que efêmera. Por isso, as pessoas sentem
Autoimagem
DIFERENÇADIFERENÇAENTRE SERENTRE SERVIP E TERVIP E TERPRESTÍGIOPRESTÍGIO
8 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
tanta necessidade de apa-
recer. O tal ver e ser vis-
to. Estar sempre em des-
taque na mídia.
A cultura do consumo se intensifica
onde a capacidade crítica enfraquece.
“A mentalidade das massas é trabalha-
da para consumir, não mais para
criar. Ser visto, comentado, curtido
ou qualquer coisa que o valha assume
o significado de pertencer, e promo-
ve a sensação de existir. Nesse senti-
do, para existir é preciso consumir,
desde as grifes de maquiagem, rou-
pas, acessórios, à forma do corpo e
até o pensamento raso, engessado e es-
tereotipado”, reforça Mara.
Água e óleo
A diferença entre os vip/celebrida-
des dos que têm prestígio é tão grande
que, algumas vezes, eles até se esbarram
em um evento e outro, mas não se mistu-
ram. São como água e óleo. “De políti-
cos a banqueiros, atores, cantores, os
mais ricos, os que têm casas pelo mun-
do, nunca vão se misturar os que têm
prestígio e os que são apenas celebrida-
des. Pois há um detalhe: essas duas cate-
gorias jamais se frequentam – e dificil-
mente se encontram, seja em um res-
taurante, seja em casa de amigos. Os
que têm prestígio de verdade só vão a
lugares onde não haja nenhum risco
de cruzar com uma celebridade, e as
celebridades, é óbvio, jamais são ou
serão convidadas para nenhum lugar
frequentado pelos que têm prestígio.
Estes, aliás, ficam a maior parte do
tempo em casa para não correr o risco
de ser confundidos com os famosos”,
diz Danuza.
Maria Celina Valverde até acredi-
ta que sim, os vip e os que têm prestí-
gio podem se misturar. “Sim, até se
misturam, mas se diferenciam na
permanência. Quem tem prestígio
morre com prestígio, na hora que
uma pessoa que tem prestígio para
de viver, as pessoas ainda se lem-
bram dela e engrandecem esse pres-
tígio. Quem é vip, pode ser lembra-
do hoje, mas amanhã, se perder o po-
der aquisitivo, pode ser que nem se-
ja lembrado. O prestigioso pode
morrer pobre, mas ainda será reco-
nhecido por ser um grande homem”,
explica.
Na visão de Mara Lúcia Madurei-
ra, não costuma existir afinidades en-
tre pessoas que disputam os holofotes
pela simples razão de serem vistas, sem
nada a oferecer além da própria ima-
gem, e aquelas que se destacam por sua
importância sócio-cultural, cujos esfor-
ços são direcionados para realizar algo
de bom, e a notoriedade é apenas
consequência. �
Prestígio não tem nada a
ver com classe social. “É o reco-
nhecimento público de mérito
individual alcançado por meio
de atos de boa-fé, autoridade
moral digna de honras e recom-
pensas, independente de posi-
ção sócio-econômica, influên-
cia política ou herança fami-
liar”, destaca a psicóloga Mara
Lúcia Madureira,
“Ter prestígio independe
de poder ou de classe social.
Nem adianta usar as grifes
mais caras, hospedar-se em ho-
téis luxuosos ou ter muito di-
nheiro. Prestígio não está à ven-
da. Só para dar um exemplo:
prestígio tem Paulinho da Vio-
la”, esclarece Danuza Leão.
Os verdadeiros valores da
vida às vezes se perdem. É pre-
ciso reaprender o que realmen-
te é importante para cada um
de nós. “Primeiramente, o res-
peito acima de tudo, a educa-
ção em qualquer situação, ou se-
ja, o ‘como’ é que direciona a
ação. A elegância também deve
estar acima de tudo, você não
precisa falar mal da pessoa pe-
las costas ou se queixar dela, é
preciso caminhar respeitando
o espaço e o jeito do outro. Tu-
do depende do como você vai
resolver suas questões com a ou-
tra pessoa. Oriento meus alu-
nos para que eles possam reco-
nhecer suas potencialidades pa-
ra serem uma pessoa de prestí-
gio e não Vip. A prova de que o
prestígio continua é a Madre
Teresa de Calcutá, uma pessoa
que fez o bem, morreu pobre,
mas é lembrada e prestigiada
até os dias de hoje”, diz Maria
Celina Valverde, coordenadora
do Ensino Médio do Colégio
Nossa Senhora do Morumbi,
em São Paulo.
“Acredito que o valor mais
importante na vida é o conheci-
mento. Só o conhecimento pro-
tege o ser humano das manipu-
lações sociais, religiosas, políti-
cas, etc. Conhecimento gera
compreensão, respeito e é a ba-
se de todas as demais virtu-
des”, reforça Mara. (JR)
Não é o dinheiro DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 9
Sentidodemissão, respeito
aopróximo, autoestima... o
queaescolapoderia ter nos
ensinado (enãosóa vida), na
avaliaçãode 12convidados
pelaBem-Estar
Gisele [email protected]
Não se trata de arrependimentos ou de re-
mexer no passado. O que passou, passou, e
não há como mudar os fatos. Claro que a vida
dá voltas e que fazemos opções das quais nos
arrependemos, posteriormente. Definitiva-
mente, há coisas que não aprendemos na es-
cola. Dessas, muitas descobrimos ao longo
dos anos.
Em tempos em que o processo de ensino-
aprendizagem é convertido em linha de pro-
dução em massa, a educação com o coração
se faz fundamental. A crise da família se re-
flete na escola e também na sociedade. “Acre-
dito que não queremos apenas mais crianças
dominando as novas tecnologias, fluentes
no inglês ou treinadas para o vestibular se a
educação não cumprir seu papel como predi-
zia o velho poeta: ‘aprendemos palavras para
melhorar o olhos’. Portanto, devemos ensi-
nar primeiro ao coração e depois ao cére-
bro”, diz o psicólogo Armando Ribeiro, edu-
cador e palestrante.
A revista Bem-Estar ouviu de 12 especia-
listas o que gostariam de ter aprendido lá
atrás, no banco escolar, mas que só foram en-
contrar com o passar dos anos.
O QUE SE ENSINAAO CORAÇÃO
Lições
“Gostaria que me fossedada a oportunidade, desde o
ensino fundamental, decompreender que o erro faz parte
do aprendizado e que, por meio
do erro, podemos descobrir ocaminho de soluções para os
problemas propostos. Deixamos
de tentar mais, quando nosimpingem o medo do erro, e, só
mais tarde, iremos compreender
que a vivência do conflito é ocaminho para o
amadurecimento.”Wilson Daher, médico psiquiatra
“Eu gostaria de ter aprendido na escola como descobrirminha missão de vida, o meu propósito. Atualmente, um dosmaiores desafios do ser humano é saber o porquê de suaexistência. Se estamos vivos, existe uma razão para estarmosaqui. Daí a importância de aprender na escola o que você ama
fazer quanto mais jovem possível e, então, organizar sua vidade modo a descobrir como ganhar a vida com isso. Para mim,a melhor definição de sucesso, especialmente o profissional,é fazer o que você ama e ainda ganhar para isso. Afinal, comoafirmou Aristóteles: ‘Sua vocação está onde as necessidades
do mundo e seu talento se cruzam’. É lastimável ver todos osdias jovens se aventurando em uma profissão que ‘dádinheiro’ e deixando para vivenciar sua vocação e praticarseus talentos apenas como um hobby. Neste sentido, épreciso fazer aquilo que o estimula, afinal de contas, trata-se
de sua vida. E a escola com certeza pode ter papelfundamental nesta extraordinária descoberta”
Rogério Martins, presidente daAcademia Brasileira de Coaching
“Gostaria de ter aprendido o conceito do respeito, assim como sua prática. Ter tido achance de aprender na escola o quanto é importante respeitar e o que significa essapalavra. Percebo hoje o quanto, num ambiente educacional, esse conceito é de essencialimportância, e o quanto isso foi ausente em minha vida escolar. O que temos no ambienteescolar é uma tentativa desrespeitosa de padronizar saberes e pessoas. Na realidade,aquilo que se pretende ensinar na escola está muito distante daquilo que realmente seráaprendido pelos alunos sem que se possa respeitá-los em seus limites e particularidades.Nada mais será aprendido sem antes instruir-se a respeitar, a saber, só se aprenderespeitar sendo respeitado”
Renato Dias Martino, psicoterapeutae autor de livros
A descoberta da missãoe do propósito de vida
O conceito derespeito e sua prática
O erro faz partedoaprendizado
10 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
“Como diz Rubem Alves, ‘ensinar édespertar o tesão da alma’. Ir à escola,estudar e aprender sempre foi minhapaixão. Entretanto, acredito que aeducação existe para despertar em nósa arte de pensar e saber perguntar;para isso, o professor. Melhor seria terme dedicado menos tempo às gradescurriculares, pré-fixadas, e mais aosassuntos da atualidade; do queacontecia no momento, dando assimmaior liberdade ao pensamento e,consequentemente, mais criatividadenos diversos caminhos que, na maioriadas vezes, vem ‘de dentro’. Fuiaprender com o tempo, questionando erepensando as definições, que nemsempre o certo é o certo”
Vera Mussi Hage, empresária
“Eu gostaria que tivessem me ensinado a
importância da autoestima. Cada ser humano é único e
tem seus talentos e qualidades. Num jardim de inúmeras
flores, qual é a mais bonita? A rosa, com seu perfume
inebriante? A orquídea, com suas cores e
impressionantes formatos? Ou a simples florzinha do
campo, que justamente por sua sublime singeleza é
igualmente bela e importante no conjunto do jardim?
Assim somos nós: flores diferentes, mas de igual valor
na obra da Criação. E, por isso, tenho que reconhecer
qual minha beleza e como ela pode ser útil para a
harmonia de todos que me rodeiam. Se sou um belo
cravo, por que querer ser um girassol? Preciso
reconhecer minhas qualidades, meu perfume único e
minha cor individual e ousar ser feliz por ser assim.
Quando aprendo a me amar exatamente como sou,
permito que cada um seja também quem é, e nesse
mútuo respeito a vida fica mas rica e mais leve de ser
vivida. Ah, se tivessem me ensinado isso na escola. Mas
não é a vida uma escola?”
Salvador Hernandes, coach e igaterapeuta
“Ascoisas queeugostariaque tivessemme ensinadonaescolase resumem aocuidadodesi edos outros.Passamos oséculo20 inteiro preocupadoscomaciênciae oconhecimento, eondeissopoderia nos levar.Esquecemoscompletamenteque aciêncianão podenos ensinar oamor, o respeito, a solidariedade, acompaixão, o cuidadodesi edosoutros.O pensadorMichaelFoucault já falava disso nasvésperasdesua morte, e lembravaqueNietzsche criticavao fatodeSócrates ter inaugurado umpensamentoque tornou a razãoe aciênciamestras doser humano.Osfilósofosnaturais, pré-socráticos, easabedoria oriental, pelo contrário,sempre colocaramocuidado desiacimadoconhecimento. Esperoquenossasescolas euniversidades, numfuturo próximo,reavaliemseus projetos, epercebamque conhecimentosemsabedoria eamor apenas alimentainveja, competiçãoe umavidasemsentido”Sambodh Naseeb, professor de
meditação e Jnana Yoga eterapeuta espiritual
Mais liberdadede pensamentoe criatividade
A importânciadaautoestima
O cuidadode si edos outros
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 11
“As escolas priorizam aulas paraquem tem memória e decora os fatos.Antes de ensinar fatos e dados, a escoladeveria ensinar a pensar. A escola ficaentre informar e formar e não faz bemnenhuma das duas coisas. Deveriamensinar os alunos a usar a inteligência, aentender o processo das coisas. Asescolas deveriam se colocar menoscomo entidades de poder e mais comoentidade que preze a inteligência emtermos de raciocínio, critérios ecomunicação. Fazer com que as coisasse encaminhem para discussõesenriquecedoras. Essas coisas eu aprendicom a vida. O modelo de cada alunosentado na sua cadeira é muitocomplicado para o momento atual.Ainda mais agora que cada um fica comseu laptop, perde-se o contato com oque é real”
Marina Gold, professoraaposentada e vidente
“Gostaria de ter aprendido na escola a não comparar. Acomparação nos faz entender que somos diferentes nosentido de melhores e piores, bons e ruins, superiores einferiores. A comparação afeta a autoestima, leva àcompetição desleal, gera inveja. Na escola, se aponta o maissábio como exemplo a ser seguido, na maioria das vezes naintenção de motivar, porém gera outro efeito, a sensação deincapacidade, porque não incentivam a troca deconhecimento. Quando você se liberta da crença de queexistem melhores ou piores, você entende que todos sãodiferentes e incomparáveis, e descobre seus dons e talentos,recupera a autoestima, torna-se solidário e generoso. Aspessoas são incomparáveis, todas têm suas virtudes,belezas, talentos e podem sempre aprender e ensinar,colaborar, pedir, doar sem jamais ter medo de comparações”
Vânia Medeiros, terapeuta holística
Que a felicidadeé ser e não ter
“Gostaria que a escola, desde os primeiros anos,estimulasse as crianças a pensar, pois somente a atividadereflexiva sobre a vida e o mundo que nos circunda distingue oser humano dos animais. A base cultural fornecida pelasmatérias curriculares (língua materna e estrangeira, ciênciasexatas e biológicas, artes, filosofia e religiões) tem que sercomplementada pela atividade crítica, que nos faça questionaros valores que nos são impostos pela tradição familiar. Minhaexperiência de longos anos de estudos e viagens me fezperceber como fui enganado, quando criança, ao ser induzido aaceitar ideologias falaciosas, apresentadas como indiscutíveis,pois pressupostamente verdadeiras. É preciso incutir nosestudantes o princípio da relatividade, negando valoresabsolutos. Por exemplo, uma criança que viva num ambientecristão tem que entender que sua religião não é a única e averdadeira, desprezando um colega judeu ou muçulmano. Orespeito ao outro é o princípio fundamental do viver emsociedade”
Salvatore D’Onofrio, professor titular pela Unesp,autor de vários livros
Ensinar a pensar
Não comparar
“Uma coisa que eu gostaria quetivessem me ensinado na escola seriasobre a felicidade. Várias coisas meforam ensinadas, mas essa para mimteria sido muito importante. Oaprendizado na escola era que para serfeliz era necessário ter saúde, terdinheiro e ter uma religião. Isso mefrustrou muito, e sempre achei quetalvez eu nem merecesse ser feliz. Sómais tarde fui entender que nãoimporta se a pessoa tem religião ounão. O que vai torná-la feliz é o quantovivencia o autoamor, o amor à vida epelo outro. Se tivesse aprendido desdecedo que é o amor que gera felicidade,teria sofrido muito menos e jávivenciado a felicidade desde cedo”
Ururahy Botosi Barroso, psiquiatra
Respeito ao próximo
“Tem tanta coisa que a gente não aprende naescola e aprende com a vida. Embora eu tenhatido aula de religião na escola, gostaria de teraprendido mais sobre a religiosidade e aimportância da confiança em Deus. Tudo isso éimportante e muda a vida de qualquer pessoa aosaber o que viemos fazer nesse mundo. Deus éamor. A religiosidade e a presença de Deus nanossa vida, tudo isso é importante, e a criaturamuda. Se Deus estiver próximo de nós, o mundomuda. Essa é a transição planetária que
estamos aguardando” �
Marcos Antonio Lélis Moreira,promotor de Justiça e dirigente espírita
“Quando aprendi a meditar,minha vida ficou mais tranquila,mais calma, a ter controle doestresse, a ter uma vida maisregrada, aprendi a ter domínio,mais confiança, a melhorarminha autoestima e a saber adiferença entre ilusão erealidade. Aprendi a viver semprena realidade, e que a ilusão nãoleva a nada. Infelizmente, nãoaprendi isso na escola, aprendidepois. É muito pouco o que seensina sobre isso nas escolasdo Ocidente”
Eduardo Silva, neurocirurgiãoe coach
A importância deconfiar em Deus
Aprender ameditar
12 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Nos últimosanos, uma revolução tecnológicaem termosde
conhecimentos, instrumentos diagnósticose tratamentoscom laser,
colírio ou cirurgia diminuírammuitoos índicesde perda de visão
Marcelo MendonçaOftalmologista
Se você estivesse vivendo na Idade
Média e tivesse um problema ocular,
provavelmente seria tratado por um
“médico” itinerante que ia de cidade
em cidade com sua carroça que era uma
mistura de consultório, barbearia e cir-
co, vendendo tônicos que “curavam to-
dos os tipos de doenças”. Os conheci-
mentos eram rudimentares e os trata-
mentos muitas vezes não funcionavam.
A partir do século 17 as estruturas ocu-
lares começaram a ser mais estudadas e de-
talhadas. Kepler e Descartes descobriram
as características da refração ocular, em es-
pecial a acomodação e a inversão da ima-
gem retiniana.
Hipócrates, que foi o pai da medicina,
batizou o glaucoma de Glaukosis, doença
que afligia principalmente idosos e que
provocava uma descoloração azulada nos
olhos dos pacientes que os levava à ceguei-
ra. Nesta época o glaucoma e a catarata
eram vistos como uma única doença.
A primeira diferenciação veio por volta
de 1700.
Com o tempo tanto as estruturas ocula-
res quanto o diagnóstico e os tratamentos
foram evoluindo: Em 1851 foi inventado o
oftalmoscópio que possibilitou a observa-
ção intraocular e, a partir de 1864, já eram
prescritos óculos para deficiências visuais
específicas.
No século 19, foram fundamentais as
contribuições de Von Graeffe e, no século
20, as de Goldmann. Além de desvenda-
rem mecanismos de doenças e inovarem os
tratamentos clínico e cirúrgico, eles cria-
ram aparelhos diagnósticos, alguns usados
até hoje na oftalmologia.
Ainda no século 20, foram desenvolvi-
dos aparelhos capazes de observar o seg-
mento anterior do olho (córnea, íris....) e
exames como a gonioscopia e tonografia
que forneciam diagnósticos mais seguros.
Atualmente a tecnologia está bastante
avançada e permite que o médico faça diag-
nósticos precisos e tratamentos até então
impensáveis nos séculos anteriores.
Nos últimos anos, a maior revolução
no tratamento de catarata foi o advento da
c i r u r g i a c o m m i c r o i n c i s ã o e
facoemulsificação, com lente intraocular
dobrável que pode ser uni ou multifocal
(corrige “longe e perto”).
Assim como a catarata, o glaucoma,
nos últimos anos, também passou por uma
revolução tecnológica em termos de co-
nhecimentos, instrumentos diagnósti-
cos e tratamentos, sejam estes com la-
ser, colírio ou cirurgia, diminuindo
muito os índices de perda de visão, prin-
cipalmente nos pacientes que têm diag-
nóstico precoce.
Mas atenção: de nada adianta toda es-
sa tecnologia se não houver um oftalmo-
logista capacitado! Os aparelhos não
substituem a competência do médico.
Apenas ele é capaz de indicar os exames
necessários e interpretar os resultados
corretamente. Então, antes de agendar
sua consulta, preste atenção neste quesi-
to e fique de olho nos sintomas: sempre
procure seu médico ao primeiro sinal de
problemas oculares. �
TECNOLOGIA NAOFTALMOLOGIA
Sto
ck
images/D
ivulg
ação
Johnny Torres
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 13
Ator conhecido do cinema nacional, Flávio Bauraqui ganha
oportunidade para se destacar também na televisão
Agência Estado
O ator Flávio Bauraqui diz
que, “por enquanto”, não vê
possibilidade de Rodapé, perso-
nagem que ele interpreta na no-
vela de Benedito Ruy Barbosa,
“Meu Pedacinho de Chão”
(Globo), apaixonar-se por uma
caipira. “Ele merece, ele ajuda
tanto as pessoas... Ele atravessa
de vez em quando, mas a inten-
ção é boa. O que ele faz mesmo
é provocar os outros. Ele tem es-
sa função”, avalia Bauraqui.
“Se tivesse o correio da cidade,
era ele. Ele é o Arlequim da
criança, do brincante, essa é a
função do Rodapé.”
Para atores como Flávio
Bauraqui, que tem 48 anos e já
representou papéis de destaque
na TV - como o evangélico Eze-
quiel de “Duas Caras”, novela
de Aguinaldo Silva de 2007 -,
com uma vasta experiência no
teatro e no cinema, a composi-
ção de um personagem como
Rodapé - especialmente quan-
do se trata de um trabalho diri-
gido por Luiz Fernando Carva-
lho - dá margem a muita criati-
vidade. “A postura do Rodapé
quando sobe na vaquinha é
uma e, quando desce, é outra”,
explica o ator, exemplificando
a personalidade multifacetada
do irrequieto personagem.
Quando ao método do dire-
tor da novela, Bauraqui diz que,
no set, acontecem coisas que não
estavam previstas no roteiro. “O
texto de Benedito Ruy Barbosa
traz essa brasilidade, esse jeito de
falar, essa coisa brejeira do inte-
rior. Chegamos com o texto deco-
rado, mas você não sabe em que
condições vai dizê-lo, se sentado
ouse vai falar enquanto corre - is-
so nunca está especificado. É on-
de entra o ator jogando. Essa é a
brincadeira “
Bauraqui, gaúcho de Santa
Maria, que se mudou de Porto
Alegre para o Rio de Janeiro em
1993, estreou no teatro carioca,
dirigido por André Paes Leme,
no musical “Forrobodó”, de
1995. Isso não somente pôs fim
ao trabalho de porteiro que o
ator exercia desde que chegara
ao Rio: impulsionado pelo su-
cesso do musical, participou de
diversos outros espetáculos do
gênero (“Obrigado, Cartola”,
“Clara Nunes - Brasil Mesti-
ço”, “Elis -Estrela do Brasil”,
“Grande Otelo”) até ser convi-
dado pelo cineasta Karim
Aïnouz para viver o travesti Ta-
buno filme “Madame Satã”
(2002), ao lado de Lázaro Ra-
mos e Marcélia Cartaxo.
Ano passado, Bauraqui e o
diretor André Paes Leme volta-
ram a trabalhar juntos, reence-
nando o sucesso “Forrobodó”.
Segundo o ator, o espetáculo
volta a ser apresentado, no Rio,
ainda neste mês. Também este
ano, estreia o filme “Nise da Sil-
veira: a Senhora das Imagens”,
de Roberto Berliner, em que
atuou ao lado de Glória Pires,
como um dos pacientes da revo-
lucionária psiquiatra alagoana.
Aliás, em Alagoas, em outra
produção dirigida por Luiz Fer-
nando Carvalho, no ano passa-
do, “Alexandre e Outros He-
róis”, Flávio Bauraqui diz que
viveu “um dia de 007”.
“Como eu estava fazendo a
peça Forrobodó, tive um pro-
blema com o voo que me leva-
ria a Alagoas junto com o elen-
co. Fui no dia seguinte e foi co-
mo uma cena de 007. Peguei o
barco na ilha onde moro, na
Barra da Tijuca; depois peguei
o táxi da produção da Globo e,
então, o avião. Desembarquei
em Aracaju (SE), onde um heli-
cóptero me levou até a cidade
de Pão de Açúcar, em Alagoas.
De lá fui de barco pelo rio São
Francisco até chegar à fazenda
onde fizemos o especial - um lu-
gar incrível.”
Antes de começar a gravar
“Meu Pedacinho de Chão”, o
ator fez laboratório com a pre-
paradora de elenco Tiche Vian-
na, trabalhando com máscaras.
“Rodapé é a minha criança.
E isso não tem a ver apenas
com as minhas lembranças de
infância. Quando ele pergunta
ao Ferdinando (Johnny Massa-
ro) se pode doar o leite que so-
bra para aqueles que vão votar
nele, há uma crítica aí ao voto
comprado. Essa constituição
do personagem vem do traba-
lho com a Tiche, com máscaras
- a composição do personagem
parte de outra cara que não é a
sua. Através da máscara, ele fa-
la com verdade, ele acredita na
brincadeira que está fazendo.
As máscaras te distanciam des-
se negócio de fazer graça por fa-
zer. A comédia tem de ter um
coração.”
Eis um ator de bem com a
vida - vitorioso, bem-humora-
do e, pode apostar, sempre com
um novo projeto na manga. Um
deles é montar um musical sobre
o grande cantor e compositor ca-
rioca Ataulfo Alves (1909-1969).
Outro que já está acontecendo é a
banda de rock Bauraqui e os Cães
de Aluguel - o nome, claro, fazen-
do referência ao cinema, ao filme
de Quentin Tarantino.
“Estamos no ímpeto de se fan-
tasiar, de qualquer coisa bem
avançada, estamos no processo de
ensaio”, diz o ator, meio confu-
so, mas entusiasmado com um
show que, segundo ele, está bus-
cando “um conceito”. “É como
se estivéssemos num clipe de
verdade, com vários blocos
com recursos para contar a his-
tória dessas músicas.” �
O Arlequim da criançaGlobo
Divulgação
TV - 14 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
HOJE
Seleção de sucessoO Bis estreia neste domingo o “Minha Trilha
Sonora”. Exibido às 19h30, o programa explo-
ra sempre um personagem do cenário brasilei-
ro, que conta curiosidades e detalhes de com-
posições que marcaram sua carreira. No pri-
meiro episódio, Emicida canta 10 músicas que
o ajudaram a se tornar um dos expoentes do ce-
nário do rap nacional. Nas próximas semanas,
a atração contará com convidados como Maria-
na Aydar, Cachorro Grande, Fresno, Kiko
Zambianchi, Nasi, Simoninha e Mombojó. Ao
todo, 135 músicas serão tocadas ao longo das
13 edições.
Entre o céu e a terraUm olhar sobre os mistérios e as crenças por trás de
locais sagrados da Terra e de suas religiões. Esta é a
proposta de “O Universo: Mistérios Revelados”, sé-
rie que estreia no BIO neste domingo, às 21h. O pro-
grama levanta questões, desfaz mitos e se propõe a
abrir um novo caminho para entender a história do
universo e das estrelas.
A voz do povoÉ neste domingo a grande final do “Superstar” (Glo-
bo). A partir das 23h25, as bandas Malta, Suri-
cato, Jamz e Luan e Forró Estilizado se apre-
sentam para tentar faturar o primeiro lugar na
disputa musical. O programa, apresentado por
Fernanda Lima, André Marques e Fernanda
Paes Leme, vai premiar o grupo vitorioso com
um carro, um contrato com a gravadora Som
Livre e R$ 500 mil.
AMANHÃ
Operação de riscoNo “MGM Diz” desta semana, a atriz e apre-
sentadora Thaís Pacholek convida o público a
conferir o filme “S.W.A.T.: Comando Espe-
cial”. No ar às 22h, o longa de ação aborda a
difícil transferência de um importante trafi-
cante de drogas de Los Angeles para uma pri-
são federal. A S.W.A.T. fica encarregada de
realizar o transporte, mas o bandido oferece
100 milhões de dólares a quem libertá-lo, o que
complica a segurança da operação.
TERÇA-FEIRA
Trabalho pesadoMarinete vai ter uma experiência diferente nesta se-
mana em “A Diarista” (Viva). A faxineira é contrata-
da para limpar um SPA, mas só descobre isso quan-
do entra numa van com vários gordinhos. A via-
gem, no entanto, termina em confusão, com o ar-
condicionado quebrando durante um grande engar-
rafamento. Para piorar, o grupo ameaça Marinete
depois que ela faz o motorista não parar em uma
churrascaria. O episódio ainda conta com a partici-
pação especial do cantor Sidney Magal. Às 22h.
QUARTA-FEIRA
Herança abominávelO Universal coloca em cartaz nesta quarta-feira o
longa “Filha do Mal”. No ar às 22h35, o filme come-
ça a partir da história de Maria, que assassinou três
pessoas durante um ritual de exorcismo. Depois de
ser internada em um manicômio, sua filha Isabella
tenta descobrir se existe algo genético que possa ter
herdado. Para isso, ela procura dois padres que,
com suas experiências, descobrem na jovem um
caso de possessões múltiplas, raro e difícil de ser
resolvido.
QUINTA-FEIRA
Passado valiosoOs detetives Renata Imbriani e André Guerreiro
aproveitam as relíquias de uma feira de antigui-
dades no Rio de Janeiro para explorar um pouco
da história do Brasil e do mundo. No episódio
de “Detetives da História”,do canal HISTORY,
no ar às 19h, André descobre, a partir de uma
moeda misteriosa, uma antiga colônia de lepro-
sos no Sul do país, onde os doentes eram isola-
dos e abandonados para morrer. Já Renata encon-
tra, através de uma antiga revista judaica, uma
gravata utilizada por Albert Einstein em sua passa-
gem pelo Brasil, em 1925.
SEXTA-FEIRA
Ambição semlimitesO episódio “Senhora do Ácido”, da série “Esposas
Assassinas”, do A&E, mostra até onde vai a raiva e a
ambição de uma mulher abandonada. Depois de
um casamento de 20 anos, Tim decide deixar Laris-
sa. Ela é dona de um próspero laboratório bioquími-
co. E, ao perceber que precisará dividir sua fortuna
com o ex-marido, conta com a ajuda de um colega
para se livrar do pai de seus filhos de uma maneira
hedionda. No ar às 21h30. �
Fique LigadoAgência Estado
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 15 - TV
Daniele Suzuki fala de sua volta ao folhetim adolescente “Malhação”,
na pele de uma mulher sedutora, 13 anos após sua primeira passagem
Agência Estado
Quem não se lembra da di-
vertida Miyuki, da temporada
de 2001 de “Malhação” (Glo-
bo)? Agora, 13 anos depois, sua
intérprete, a atriz Daniele Su-
zuki, volta à novelinha na pele
de Roberta, uma mulher sedu-
tora, professora de nado sincro-
nizado. Mas Daniele, no entan-
to, não abre mão dos trabalhos
como apresentadora em canais
fechados, dos comerciais de te-
levisão e muito menos de cui-
dar do filho, Kauai, que acaba
de completar três anos. Em fun-
ção de tantas tarefas, a atriz tal-
vez tenha de abdicar de alguns
prazeres, como surfar e sair
com os amigos.
Mesmo assim, ela está vi-
brando com a volta à TV aber-
ta, principalmente para viver
uma mulher tão moderna e tão
próxima da água quanto ela:
Dani também é amante da ioga
e do surfe, coisa que sua perso-
nagem mistura em um único es-
porte na trama.
Leia a entrevista completa.
Pergunta - Como você es-tá encarando essa volta à“Malhação”, tanto tempo de-pois?
Daniele Suzuki - Vai ser
realmente um desafio. Eu que-
ro conseguir fazer nesta tempo-
rada uma personagem tão ou
mais marcante do que a
Miyuki. Vai ser difícil, porque
elas são completamente diferen-
tes. A Miyuki era bem inocen-
te, uma menininha. Agora, eu
venho no extremo oposto: é
uma mulher sedutora, decidi-
da, moderna.
Pergunta - Qual é a dife-rença entre esses dois tra-balhos?
Daniele - São 13 anos, já pas-
sou muito tempo. Eu amadure-
ci bastante. Mesmo na época
da Miyuki, eu já era bem ma-
dura. Era bem mais velha
que a personagem, eu tinha
24 anos e a personagem, 15.
Então, tinha que fazer uma
voz de criança. Agora, vou fa-
zer uma personagem também
um pouco mais nova do que a
minha idade, mas em um for-
mato muito diferente de mim.
Pergunta - Para você,que já fez parte do elenco jo-vem, como é estar no elen-co adulto? Vocês trocamexperiências?
Daniele - Estamos nos co-
nhecendo. Mas essa galera é
muito talentosa, são atores mui-
to bons. Eu tenho assistido a al-
gumas coisas deles, um pouco
das aulas de canto, de dança e
de interpretação. Acho que
não só eles,mas a gente tam-
bém vai ter muito a aprender
com eles. E essa troca vai ser
bem gostosa.
Pergunta - Com tudo isso,como fica a sua carreira deapresentadora?
Daniele - Eu sempre conci-
liei as duas coisas esses anos to-
dos, mas não tinha filho. De-
pois que o Kauai nasceu, fo-
quei só em ser apresentadora.
Agora, que também estou vol-
tando para a carreira de atriz,
não sei como vai ser. Tenho
projetos no Multishow, de um
programa de auditório. Ainda
não sei como vou conciliar to-
das essas coisas: “Malhação”, o
programa, os livros que eu es-
tou escrevendo e todos os ou-
tros projetos paralelos. Estou
com tudo na mão, sem saber
por onde começar.
Pergunta - Quais são es-ses projetos? Pode adiantaralguma coisa?
Daniele - São projetos que
eu estou entregando para ca-
nais, que já estão nas mãos de
produtoras amigas e empresas
com as quais já trabalhei. Esta-
mos desenvolvendo, mas ainda
não sei muito como vai ficar a
minha disponibilidade. Por-
que, quando a gente entra em
uma novela, não sabe o quanto
eles vão precisar. Há 13 anos, o
ritmo de “Malhação”, para
mim, era de segunda a sábado
de manhã à noite. Agora, eu
ainda não entrei no capítulo,
Globo
A MIYUKICRESCEU Eu sou
contratada dacasa e tenhoque ir para ondeeles medirecionam
TV - 16 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
então, não tenho noção de co-
mo vai ser esse novo formato.
Pergunta - E como fica otempo com o Kauai?
Daniele - Vou ter que me di-
vidir entre o trabalho e o meu
filho. Vou ter que abrir mão de
outras coisas, de alguns dos
meus prazeres, de estar com os
amigos, de fazer esporte. Tudo
isso para estar com ele, porque
ele é minha prioridade.
Pergunta - Você está foradas novelas há algum tempo.Por quê? Foi uma opção sua?
Daniele - Minha última no-
vela acabou na metade de 2010.
Aí, meu filho nasceu, e eu fi-
quei trabalhando só como apre-
sentadora, porque tinha mais
tempo livre. Agora, o Kauai já
fez três anos e surgiu este novo
convite. Eu sou contratada da
casa e tenho que ir para onde
eles me direcionam. Mas agora
meu filho já está na escola. An-
tes, eu tinha que viajar muito,
abri mão de fazer programas
viajando por causa dele. Eu
amamentei até dois anos. Dei
muita sorte, porque a minha
profissão permitiu isso. Tenho
amigas que voltaram a traba-
lhar com um mês. Só tenho que
agradecer a Deus. Estava na ho-
ra de voltar à ralação e eu tenho
que tocar a minha vida. Não dá
para ser só mãe.
Pergunta - Essa persona-gem é caracterizada comouma sedutora. Como ela é?Tem algo parecido com você?
Daniele - Ela tem uma per-
sonalidade bem diferente de
mim, pelos valores mesmo. Por
outro lado, temos algumas coi-
sas parecidas, que é essa relação
com a água. Ela é professora de
nado sincronizado, que é uma
mistura de balé com natação.
Ela é professora de ioga na
prancha de surf. Eu faço ioga e
surfo, mas a ioga no surf vai
ser uma novidade também pa-
ra mim. É uma coisa que eu
estou aprendendo a fazer e a
unir esses universos. Essa re-
lação dela com a água tem
uma coisa parecida comigo,
mas eu não tenho essa perso-
nalidade da pegadora.
Pergunta - Ela chega a serpegadora?
Daniele - Ela é moderna,
não é uma periguete. Mas,
quando está a fim de um cara,
ela vai à luta e não se importa
com o que pensam O figurino
dela não é de periguete, porque
ela é uma sedutora que pega to-
dos os caras, mas vive uma vi-
da normal. Aquilo para ela é ab-
solutamente tranquilo. Acho
que é muito a nossa realidade
de hoje. Se você reparar, as mu-
lheres que dão em cima dos ca-
ras não são as que se vestem co-
mo periguetes. Hoje, a luta es-
tá aberta e está todo mundo se
estapeando. Não importa se os
homens são casados ou compro-
metidos, as mulheres dão em
cima mesmo.
Pergunta - Em que isso separece com você?
Daniele - Eu tenho esse im-
pulso de ir atrás do que quero,
mas vou atrás quando o cara
está livre. Um homem casado
jamais seria uma alternativa
para mim. Eu evito entrar em
problemas. Eu tenho outros
valores.
Pergunta - Como você es-tá encarando essa volta àsnovelas?
Daniele - Estou muito ani-
mada. É diferente de quando a
gente faz participações soltas,
como eu fiquei fazendo neste
tempo em que estive fora. Mas
você se dedicar todos os dias,
um ano dentro de uma persona-
gem que vai chegando aos pou-
quinhos, é diferente de fazer
cinema, em que você já sabe
o fim. Aqui, você vai cons-
truindo a personagem junto
com o autor e com o diretor.
Esse processo é muito gosto-
so. Eu estava sentindo falta
dessa rotina. �
Ainda não seicomo vouconciliar‘Malhação’, oprograma noMultishow eos livros queeu estouescrevendo
Divu
lgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 17 - TV
Aos42 anos, edepois de um longo tempoausente, Mário Friascomentao retornoàemissora queo lançou
Agência Estado
Depois de circular por qua-
se todas as emissoras, Mário
Frias está de volta à TV Globo
para mais uma participação em
“Malhação”, projeto que o lan-
çou na teledramaturgia. Hoje,
com 42, ele diz que a Globo é “a
sua casa”.
A diferença é que ele, desta
vez, faz parte do elenco adulto
da novelinha. Mas lembra que
já esteve do outro lado. E faz
questão de elogiar a garra e o ta-
lento da “molecada” com quem
contracena na atração. Na histó-
ria, ele vive um professor de in-
terpretação para a TV. Apesar
de ter feito parte de bandas du-
rante a sua vida inteira, o ator
não vai cantar em “Malhação”.
“Se tiver a oportunidade, vou
adorar”, brinca ele.
Pergunta - Como é o seupersonagem?
Mário Frias - Meu persona-
gem é o professor de interpreta-
ção para a TV da Escola de Ar-
tes Ribalta. Além disso, ele vi-
ve vários conflitos. Tem a rela-
ção com o filho, com a Danda-
ra (Emanuelle Araújo), que é
uma mulher exuberante. E tem
umas histórias que eu ainda
não conheço a fundo. Mas, basi-
camente, ele vem para tentar re-
cuperar esse casamento.
Pergunta - Como você vêessa renovação de “Malha-ção”? Acha que, assim, seconsegue dar frescor a umaatração que está no ar há tan-to tempo?
Frias - Eu já participei de
“Malhação” algumas vezes.
Vim de uma renovação. Em
1998, tinha o Rodrigo Faro e a
Cássia Linhares. Era eu, o Bru-
no Gradim, Juliana Baroni,
Luiza Mariani e, no elenco
adulto, Totia Meirelles. Ali, já
era uma tentativa de mudar a
academia para uma coisa mais
familiar, uma coisa de espor-
tes, uma coisa meio “Armação
Ilimitada”.
Pergunta - Mas vocêtambém já participou deuma outra mudança, quefez sucesso...
Frias - Em 2000, a mudança
foi mais a fundo. Saiu a acade-
mia e entrou o Múltipla Esco-
lha. Ali, eu posso dizer que foi
sucesso. Entramos no ar em se-
tembro, início de outubro, dan-
do 11 pontos de audiência e,
em fevereiro, estávamos dan-
do 35. Batemos pico e média
de novela das sete e ficando
ali com “Terra Nostra”, que
era um canhão.
Pergunta - E dessa vez, oque muda?
Frias - Muda tudo. Agora é
uma escola de artes. Então, va-
mos ter dança, música, os meni-
nos cantam de verdade. Vamos
ter no mesmo espaço duas pai-
xões: a dança e a luta. E o dife-
rencial não é só por isso. Outra
direção está assumindo, são no-
vos atores, uma nova história.
Isso é um risco, mas é a parte
mais gostosa de ser ator. A gen-
te se agarra no que eu já falei:
sabemos que a Globo está in-
vestindo, sabemos que o
elenco - e é uma opinião mi-
nha - está muito bacana, não
só pela beleza, mas muito pe-
la qualidade de interpreta-
ção dessa molecada.
Pergunta - Como é voltar à
“Malhação” como veterano?Frias - É muito legal. Eu es-
tou com 42 anos e entrei na TV
Globo com 23. Já tem muito
tempo. Eu nunca fui elenco
adulto. Mas é legal demais. Na
semana que fizemos o trabalho
de corpo junto com o elenco no-
vo, que eu tive a oportunidade
de conhecer os atores, me lem-
brei que já vivi aquilo ao contrá-
rio. Já fui um deles e teve um
elenco adulto por trás. Estar
aqui hoje, para mim, é um mo-
mento muito especial, muito
emocionante.
Pergunta - E como é voltarà Globo?
Frias - Isso também me emo-
ciona. Antes de sair, foram 12
anos de TV Globo. Aqui é a mi-
nha casa, foi aqui que eu apren-
di tudo o que sei de televisão,
foi aqui que eu me formei co-
mo profissional. Eu fiz oficina
de atores, fiz oficina de dire-
ção. Aqui eu entendi o que é te-
levisão. Ter saído e passeado
por quase todas as outras
emissoras me dá a certeza e a
segurança de que aqui é a mi-
nha casa.
Pergunta - Você faz aulasde canto... Vai cantar em“Malhação”?
Frias - Eu sempre tive ban-
da, toco guitarra, mas, aqui,
não fui convidado nem para to-
car, nem para cantar. Se tiver a
oportunidade, vou adorar. �
Globo
‘AQUI É MINHA CASA’Divulgação
TV - 18 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Paula Barbosa rouba a cena como Gina na novela “Meu Pedacinho de Chão”
Agência Estado
Gina, de “Meu Pedacinho
de Chão”, é a bola da vez na no-
vela das seis da Globo. O sucesso
da personagem fez com o autor,
Benedito Ruy Barbosa, que é avô
de Paula Barbosa, que interpreta
a ruiva, apostasse mais na grossei-
rona. Gina ganhará mais espaço
no folhetim, com um triângulo
amoroso entre ela, Ferdinando
(Johnny Massaro) e Viramundo
(Gabriel Sater).
Paula Barbosa confirma que
a repercussão da personagem a
surpreendeu. Mesmo ficando
bem diferente quando tira a ca-
racterização de Gina, a atriz
conta que está sendo reconheci-
da nas ruas e o mais surpreenden-
te é o carinho das crianças.
“Elas adoram a Gina. Gostam
do jeito bravo dela”, comenta
Paula, que já sabia que faria essa
personagem desde 2009, quando
sua mãe Edilene Barbosa disse
que planejava fazer o remake de
“Meu Pedacinho de Chão” e a
queria no papel.
A família de Paula gosta de
trabalhar unida. O irmão dela,
Marcos Barbosa; a mãe, Edile-
ne; e a tia, Edmara Barbosa;
são colaboradores de Benedito.
Paula, no entanto, é a única da
família que gosta de estar dian-
te das câmeras. “Tive bastante
tempo para me preparar. Além
das histórias em casa, eu comecei
a estudar a personagem em no-
vembro. A Gina requer mesmo
um tempo para entendê-la. É o pa-
pel mais intenso que já fiz. Ela
tem uma força fascinante.”
Gina requer alguns sacrifícios
de Paula. Ela fez uma transfor-
mação na cabeleira, colorindo
os cabelos castanhos e lisos
duas vezes. A atriz também co-
locou apliques e parou de se de-
pilar, fazer unhas e sobrance-
lhas para ficar rústica como o
papel requer. “Sou muito fe-
minina e já voltei a me depi-
lar agora Quando acabar ano-
vela, quero tirar o aplique e
deixar meu cabelo leve, curti-
nho”, confidencia.
Questionada se tem algo pa-
recido com a Gina, que é muito
geniosa, a ruiva conta que era
muito moleca e respondona na
infância, assim como a persona-
gem. No entanto, o comporta-
mento da “mulher homem”, co-
mo foi apelidada nos bastido-
res da trama, está mudando.
Ela vive uma metamorfose. “A
postura dela mudou, pois está
descobrindo a mulher que exis-
te dentro de si. A mutação da
Gina é de dentro para fora. É al-
go muito delicado e que envol-
ve um monte de sentimentos.
Por isso, acho que, aos poucos,
ela vai mudar ainda mais”, diz
Paula.
Antes de investir na drama-
turgia, a paulista estudou direi-
to por dois anos. Ela também
tentou publicidade, fonoaudio-
logia e fez um curso de estética,
chegando a ser dona de uma clí-
nica. “Fiz teatro a vida inteira.
Era uma coisa tão enraizada
que nem me dei conta. Precisei
passar por isso para entender
que as artes não eram um ho-
bby”, comenta a atriz, que afir-
ma que seu avô sempre lhe
apoiou.
“No meu primeiro papel,
ouvi muita gente falando que
estava lá porque era neta do au-
tor. Falavam em nepotismo.
Mas eu sei o quanto ralei para
chegar até aqui”, desabafa.
Paula começou na televisão
em 2009, quando fez Edith na
novela “Paraíso”, de autoria de
Benedito Ruy Barbosa. Depois,
em 2012, veio o segundo papel
em “Amor Eterno Amor”, de
Elizabeth Jhin. Os dois traba-
lhos foram pequenos, mas a
atriz afirma que ambos foram
extremamente importantes pa-
ra entender como tudo funcio-
na numa emissora de TV. “Foi
necessário passar pelos papéis
menores para poder ganhar a
Gina na minha carreira.”
Aos 27 anos, ela comemora
o bom momento profissional e
pessoal. Após o término da tra-
ma, a atriz vai se casar com o
produtor musical Diego Dália.
Os dois estão juntos há três
anos. “A gente já mora junto. O
casar é mais para comemorar
com os amigos”, conta.
E será que Gina fica com
Ferdinando ou Giramundo?
“Ah, não posso falar o que vai
acontecer. O que quero é um fi-
nal feliz para ela, como numa
fábula”, finaliza. �
Globo
A BOLA DA VEZ NOHORÁRIO DAS SEIS
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 19 - TV
Atriz Simone Spoladore estrela série que se passa na década de 1970
Agência Estado
Simone Spoladore não quis
saber de férias após a novela
“Pecado Mortal”, da TV Re-
cord. A atriz já está gravando
na pele de uma fictícia estrela
do cinema nacional: Dora Du-
mar. Ela é a protagonista da no-
va série que o canal por assina-
tura HBO está produzindo em
solo brasileiro. “Magnífica 70”
ainda não tem previsão de es-
treia, mas acaba de começar a
ser rodada em estúdios no Rio
de Janeiro.
O seriado tem como pano de
fundo os bastidores da produção
cinematográfica na região da
Luz, em São Paulo, que ficou co-
nhecida nos anos 1970 como Bo-
ca do Lixo. “O roteiro é instigan-
te, original e o toque dramático
da série levará o público aos anos
1970 para vivenciar essa época
tão interessante e relevante para o
cinema brasileiro”, adianta Luis
Peraza, vice-presidente executi-
vo da HBO.
Nos estúdios cariocas, fo-
ram reproduzidos prédios his-
tóricos da região da Luz, onde
se fazia boa parte da produção
de cinema no Brasil. Lá, eram
executados filmes de diferentes
gêneros, principalmente as por-
nochanchadas.
A história da série gira em
torno de Vicente (Marcos Win-
ter), um homem de 40 anos con-
servador, que trabalha no de-
partamento de censura do go-
verno. Ao ter de avaliar uma
das produções de Dora, ele aca-
ba se apaixonando pela estrela
que ele tem a obrigação de cen-
surar. O censor é casado com a
personagem de Maria Luiza
Mendonça, Isabel, que é filha
do General Souto (Paulo Cesar
Pereio).
A vida dele vira de cabeça
para baixo assim que assiste ao
filme “A Devassa da Estudan-
te”. Obcecado pela loira, ele vai
até a Boca do Lixo atrás de sua
musa e se envolve com ela nes-
se universo sedutor e caótico.
Vicente conhece Dora e Mano-
lo (Adriano Garib), que é dono
da produtora Magnífica, que
dá nome à série.
A trama terá boa parte de
suas cenas na Censura Federal,
na casa de Vicente, na produto-
ra Magnífica e no bar Impera-
dor. O roteiro vai enveredar pe-
lo confronto entre o desejado e
o proibido, a vontade e a repres-
são,a liberdade e o preconceito.
Vicente, Dora e Manolo vive-
rão um triângulo amoroso pon-
tuado pela obsessão.
O seriado terá 13 episódios
de uma hora cada um. O elenco
da série traz ainda Joana
Fomm (Dona Lúcia), Bella Ca-
mero (Ângela), Rogério Froes
(Seu Lorenço), Stepan Nerces-
sian (Larsen), Pierre Baitelli
(Dario), e André Frateschi
(Flint), entre outros. A direção
geral é de Cláudio Torres, que
também assina o roteiro com
Renato Fagundes e Leandro
Assis. As gravações devem ser
concluídas em setembro.
Esta é a sétima série produ-
zida pela HBO no Brasil desde
2004. A execução de “Magnífi-
ca 70” está a cargo da Conspira-
ção Filmes. �
HBO
MAGNÍFICA 70Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
“O trabalho deinvestigaçãocombina muito coma mulher e com aintuição feminina”Dira Paes, atriz que interpretará a policial Rosa,
na novela “O Rebu” (Globo), ao site “Ego”
“Democracia é essaliberdade de falar oque bem entende.Você tem que darvoz a quem detestae de quem discorda”Pedro Bial, jornalista e apresentador do programa
“Na Moral” (Globo), ao jornal “O Globo” (RJ)
“Não dareientrevistas. Esperoque respeitem estemeu momento. Aestrela lá em casa éo Júlio”Susana Werner, atriz e apresentadora, referindo-se
ao marido Julio César, goleiro da seleção brasileira,
no Twitter
“Pessoas sorrindosurpresas pra mimcomo se eu fosseuma assombraçãodo bem só porqueestou num ônibus”Mariana Xavier, atriz e repórter do “Vídeo Show”
(Globo), em seu Facebook
“Um dos caras maisgenerosos queconheci. ValeuFaustão!”Rodrigo Faro, apresentador, sobre o concorrente
Fausto Silva, com quem disputa a audiência do
domingo, em seu Instagram
“Se há algo de bomem ficar doente éa constataçãodo apreço demuita gente”Marília Pêra, atriz, que volta a gravar a série depois
de problemas com sua saúde, ao jornal Extra (RJ)
“Não sei seperdoaria umatraição. Nuncapassei por isso eespero não passar.Sou a favor dalealdade”Thiago Martins, ator e cantor, ao jornal “O Dia” (RJ)
“As pessoas aindase lembram doBacana.Hoje estou com40 anos e barbado.Essa desconstruçãoé muita boapara mim”Jonas Torres, ator que fez sucesso no seriado
“Armação Ilimitada” (Globo), e volta a trabalhar na
Globo na novela “Império”, ao site “R7”
“Amor nasce comconfiança,semelhançase o dia a dia. O queexiste é umencantamento que,com o tempo,torna-se amor”Chandelly Braz, atriz que interpreta a Manu de
“Geração Brasil” (Globo), em entrevista ao jornal
“O Dia” (RJ)
FrasesAgência Estado
“Aprendiquenãopreciso
acompanharanovelaque
fazemdaminhavida”
Cauã Reymond, ator,
à revista “Época”
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 21 - TV
MEU PEDACINHO DE CHÃO - 18H15
Segunda-feira - Juliana e Nando
conversam sobre Bia. Alice e Vi-
tor enfrentam bandidos na comu-
nidade e ela é atingida de ras-
pão. Juliana pergunta a Nando
por que ele se envolveu com Go-
rete. Ivan diz a Cadu que está fe-
liz ao vê-lo namorando Verônica.
Nando pede perdão a Juliana.
Miss Lauren é atropelada. Laer-
te é sarcástico com Verônica e
Cadu, que responde à altura. Sil-
via e Felipe se beijam. Marina se
irrita quando Laerte exige que
ela retire sua foto com Luiza da
exposição. Vitor e Alice ficam jun-
tos. Laerte tem mais um acesso
de ciúme de Luiza. Juliana conta
para a família que Nando pode
ser o pai de Bia.
Terça-feira - Juliana briga com
Nando diante da família. Lívia vê
Shirley e Laerte se beijando. Feli-
pe anuncia que Miss Lauren não
voltará a andar. Helena diz a Vir-
gílio que vai ao casamento de
Luiza. Juliana proíbe Jairo de en-
trar no prédio. Alice leva Vitor pa-
ra conhecer Helena e Virgílio.
Laerte demonstra impaciência
com Selma, deixando-a magoa-
da. Rafaela conta para Shirley
que está grávida. Alice pede que
Luiza tenha cuidado com Laerte.
Selma fica indignada ao saber
que Chica está pensando em ir
para Miami Cadu, Verônica,
Ivan, Marina e Clara jantam jun-
tos. Virgílio vê o colar da fênix
com Helena.
Quarta-feira - Helena e Virgílio
discutem. Felipe vai para Goiâ-
nia e fica feliz ao ver Silvia no
mesmo avião que ele. Miss Lau-
ren não acredita no diagnóstico
de Felipe e exige ver outro médi-
co. Rafaela e Selma discutem
por bobagem e Shirley fica impa-
ciente com as duas. Luiza é fria
com Laerte, que percebe e fica ir-
ritado. Juliana pensa em fazer
um exame de DNA para saber se
Nando é mesmo pai de Bia. Ivan
fica feliz ao ver os pais descon-
traídos. Vitor e Alice namoram.
Heloísa diz a André que podem
entrar em acordo para que ela
conte a verdade sobre sua mãe
biológica.
Quinta-feira - Os idosos da casa
de repouso se mostram solidá-
rios a Miss Lauren, que se revol-
ta com sua nova condição de ca-
deirante. Vanessa se anima ao
ver que as finanças do estúdio
estão melhorando. Branca insis-
te para que Gabriel tente con-
quistar Gisele. Cadu resolve con-
tinuar morando no apartamento
de Verônica, pelo menos por en-
quanto. Duda e Sandra assu-
mem o namoro. Livia decide que
não quer mais ser parceira musi-
cal de Laerte. Shirley diz a Selma
que Laerte e Luiza não serão feli-
zes no casamento.
Sexta-feira - Nando desabafa
com Cadu e Virgílio sobre seu en-
volvimento com Gorete. Jairo
pensa em uma maneira de con-
seguir falar com Juliana sem ser
perturbado pela família dela. Chi-
ca conversa com Helena sobre a
possibilidade de ir para Miami
com Ricardo. Marina e Clara fa-zem planos para o futuro. Silviadecide dar uma chance a Felipe.Virgílio pede que Helena desistade uma vez por todas do passa-do. André diz a Dulce que está ca-da vez mais apaixonado por Bár-bara.Sábado - Verônica elogia o empe-nho de Ivan ao piano. Selmaacha que Laerte pode estar de-senvolvendo a mesma doençaque ela tem. Guiomar tenta fazerJuliana desistir de confrontarNando e Jairo. Neidinha diz aTheo que está feliz por Alice terconhecido Vitor. André diz a Bár-bara que não sabe se deve con-fiar em Heloísa. Luiza pensa emseu casamento com Laerte e selembra dos conselhos de Virgílioe Helena.
GERAÇÃO BRASIL - 19H30
Segunda-feira - Jonas se preocu-pa com a decisão de Pamela so-bre as ações da Marra Brasil. Ja-naína beija Igor. Gláucia pensaem como tirar as ações da MarraBrasil de Danusa. Cidão e seuscapangas prendem Brian. Sílvio in-forma Barata de que seu irmãoquer fazer uma parceria com ele.Verônica pede para Barata não co-locar Vicente como seu herdeiro.Edmilson avisa que Brian foi se-questrado, e Dorothy desmaia. Pa-mela pede para Herval salvarBrian. Cidão exige que Brian repro-grame seu cérebro. Danusa en-contra Matias na Marra Brasil.Brian hipnotiza Cidão. Dorothy en-frenta os capangas de Cidão.Terça-feira - Os capangas deCidão riem de Dorothy, mas são
derrubados por ela Cidão libertaBrian, e Herval o leva para casa.Ernesto decide criar um blog. Her-val foge do encontro com Jonas.Danilo encontra um documentoperdido de Jonas, e Murphy se irri-ta. Elias não deixa Ernesto contarpara Barata sobre o vídeo que fezcontra Jonas. Shin encontra Laravestido como adolescente. Jojôentrevista Cidão. Um drone filmauma discussão entre Jonas e Pa-mela. Débora convida Verônica pa-ra fazer a biografia não-autorizadade Jonas.Quarta-feira - Pamela tenta con-vencer Jonas de que não conheceHerval. Brian avisa que areprogramação que fez em Cidãoé momentânea. Verônica nãoaceita o convite para escrever a
biografia de Jonas Jonas e Pame-la se reconciliam. Edmilson acer-ta uma pedra no drone. Moreira eJojô temem a reação de Pamelaao ver a matéria com Cidão. Bara-ta convida Ernesto para ser seugerente de vendas Dorothy rece-be flores, e Brian fica enciumado.Pamela promove Jojô, que indicaVerônica para ficar em seu lugar.Edmilson entrega o drone para Jo-nas.Quinta-feira - Verônica se animacom o convite para trabalhar naParker TV. Moreira convida Doro-thy para sair. Tomás descobreque Shin é seu tio. Sílvio mostrapara Barata o vídeo de Ernesto cri-ticando Jonas. Jonas se sensibili-za ao saber que Pamela quer con-tratar Verônica. Davi e Manuela
veem Jonas e Brian entrarem emuma sala secreta. Barata desistede contratar Ernesto e exige queele grave um vídeo se desculpan-do com Jonas. Verônica pede pa-ra se encontrar com Jonas. Cidãoobriga Vander a mostrá-lo compu-tadores da Plugar. Brian procuraVerônica.Sexta-feira - Verônica percebe aintenção de Brian e o expulsa desua casa. Matias avisa a Davi quevai trabalhar com Bóris. Cidão eVander inventam um perfil no sitede relacionamentos. Verônica mu-da de ideia e aceita o convite deDébora para escrever a biografiade Jonas. Começam as apresenta-ções do Marra Ideias. Gláucia con-versa com Vander pelo site de re-lacionamentos. Davi e Manuela
apresentam o Júnior para Jonas.Jonas decide financiar o aplicati-vo de Matias e Bóris, e rejeita oprojeto de Davi e Manuela.Sábado - Dante decide fazer umafesta para Matias. Ernesto fica im-pressionado com a história de Ba-rata. Alice chega à festa, e Matiasdespreza Danusa. Manuela avisaa Davi que fará uma surpresa pa-ra comemorar seu aniversário denamoro. Sílvio expulsa Lara desua casa. Manuela discute comIgor por causa de Janaína. Jonase Brian testam um novo aplicativopara o Marratablet. Bóris afirma aLudmila que destruirá a parceriaentre Davi e Jonas. Sem saber,Matias espalha um vírus na rededos computadores da Marra, e Jo-nas o demite na frente de Davi.
Segunda-feira - O prefeito das An-tas pergunta para Giácomo emquem ele votará nas próximaseleições, mas o comerciante pre-fere não revelar sua opção. Rena-to diz para Milita que Giácomo per-mitiu que eles namorassem. Oprefeito das Antas e Epaminon-das selam um acordo para quenão haja insultos durante suascampanhas. Milita aceita traba-lhar com Renato no posto de saú-de. Gina entrega para Zelão umacarta escrita por Juliana.Terça-feira - Pedro combina com
Tê uma forma de aproximar Ginade Viramundo. Ferdinando acon-selha Zelão a esquecer Juliana.Tuim comenta com Pituca que es-tá preocupado com a possibilida-de de Epaminondas expulsá-lo decasa com sua mãe. Epaminondasafirma para Catarina que, se Julia-na não casar com Zelão, correrárisco.Quarta-feira - Tuim pede a Epami-nondas que o contrate como em-pregado da fazenda com medo deo coronel expulsar sua família dacasa onde moram. Pedro alerta Ju-
liana para o perigo que ela correcom a reação de Zelão, caso eladesista de namorá-lo. Catarina re-comenda a Juliana que ela deixea cidade e volte para casa. Julia-na afirma para Catarina que nãoacredita que Zelão lhe faça mal.Quinta-feira - Ferdinando afirmaque tem medo do que possa acon-tecer com Juliana. Gina decideacompanhar Juliana armada, pa-ra proteger a amiga. Juliana nãoaceita a demissão forçada que oprefeito das Antas tenta lhe im-por, como forma de mantê-la afas-
tada de Zelão. Juliana conversacom Zelão que promete à profes-sora que irá esquecê-la e decidedeixá-la em paz. Epaminondas diza Catarina que não aceita que Fer-dinando se relacione com Gina.Sexta-feira - Zelão diz para Izidoroque não vai mais procurar Juliana.Ferdinando se preocupa com a for-ma com que Epaminondas pensaem conduzir sua campanha. Vira-mundo diz a Pedro que está comvontade de voltar para sua casa.Epaminondas avisa a Padre San-to que precisará de sua ajuda na
campanha. Giácomo pede descul-pas a Viramundo pelo modo comoo tratou durante a estadia em suacasa. Catarina sugere a Ferdinan-do que beije Gina à força para con-quistar seu amor.Sábado - Ferdinando pede permis-são a Pedro para namorar Gina. Pi-tuca comenta com Serelepe queCatarina continua com a ideia deadotá-lo. Serelepe diz a Pitucaque precisará deixar a Vila. Pedroavisa a Gina que Viramundo estána casa de Giácomo e voltou a na-morar Milita.
Resumo das novelas
GLOBO
EM FAMÍLIA - 21H00
TV - 22 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira - O diretor escolheBeto e Clarita como o príncipe e aprincesa. Tobias é o rei, pai daprincesa. Érica, a rainha má. Tecaestá preocupada com o sumiçode sua pomba. Maria e a BonecaLaura se arrependem de ter solta-do a ave. Os meninos tentam evi-tar que as garotas descubram acasa da árvore. Maria dia a Tecaque encontrou Kiki, sua pomba.Eduarda encontra Paçoca venden-do o vaso que roubou na casa deShirley na rua. O menino foge e ovaso se quebra ao cair no chão.Os chiquititos comemoram que acasa da árvore esta pronta. Car-mem ordena que Teca use unifor-me igual aos demais. A megera le-va presentes para o orfanato como intuito de parecer bondosa paraser capa de uma revista.Terça-feira - Tati, Ana, Samuca eThiago entram na diretoria apósverem os presentes pela janela.Carol chega ao orfanatoe estra-nha os presentes. Chico vê queas crianças pegaram os brinque-dos e reclama, pois estavam na
sala da diretoria trancados. Carolpede para todos ajudarem a em-brulhar os presentes novamentepara evitar broncas de Carmen. JPavisa Linda a sua mãe que estánamorando Mili. Linda diz para Mi-li que não aprova o namoro. Car-men consegue fazer as fotos quetanto queria. Matilde, que fingeser Ernestina, não aguenta maisse passar por boa. Mili fica tristecom as coisas que escutou damãe de JP.Quarta-feira - Carol inventa umquiz para tenta integrar Teca comas demais chiquititas e fazer comque ela se alimente direito. Vivi fi-ca empolgada com o cartão deuma agência de modelos que ga-nhou do fotógrafo da revista. Crisacompanha Vivi até a agência demodelo. A responsável diz queela deve ir acompanhada de umadulto. JP convida Mili para jan-tar com ele e seus pais. Carmenvai ao orfanato e manda reco-lher todos os brinquedos. Os me-ninos inauguram a casa da árvo-re entre eles. Junior discute com
Carmen e leva os presentes devolta. Começam as gravações eClarita e Beto fazem uma cenaem que os personagens delesse apaixonam. Mili vai ao jantarcom JP e a família dele.Quinta-feira - Linda tenta cons-tranger Mili ao pedir pratos requin-tados, mas a menina mostra quesabe como comer. Junior janta noorfanato com as crianças e Carol.
Fernando chega e se junta a eles.Linda faz questão de tocar na his-tória da Açucena, o que magoa Mi-li. A foto de Carmen vira “meme”na internet, com diversas monta-gens engraçadas. Vivi dorme e so-nha que é modelo. Bruno volta eDani fica feliz ao ver o pai. Vivicompra tintura de cabelo porachar que a agência de modelosvai aceitá-la se ficar loura. As chi-
quititas descobrem a casa na ár-vore. Os meninos proíbem a entra-da de meninas lá. Matilde, que fin-ge ser Ernestina, tenta aparentarinteresse em Chico visando a pos-sível herança que Teca, afilhadadele, irá receber.Sexta-feira - Tati vê que a irmã es-tá quase pintando o cabelo e pe-de a ajuda de Carol. Vivi pinta o ca-belo e tenta esconder o visualcom um lenço. Bia e Maria ensi-nam Neco a usar o computador.Vivi vai até a agência e descobreque eles não agenciam garotascom cabelos pintados. Chico con-vida Ernestina, que na verdade éMatilde, para um encontro. Shir-ley é chamada para cuidar do ca-belo de Vivi e conta para as chiqui-titas que está interessada numhomem da comunidade, Cícero.Vivi diz que esse é o nome do paidela. JP discute com a mãe. Daniachaque Carol dá mais atençãopara todos do que para ela. Matil-de leva Chico até um boteco e as-susta o cozinheiro, que havia pla-nejado algo mais romântico.
Segunda-feira - Zé Ferrador avisaa Rafael que Felipe está morto. Lu-ciene conta para Edu que não vaimais matar Vitória. Bernardo ficaem choque ao saber que Felipefoi assassinado, assim como Lu-ciene. Edu acusa Gregório de termatado Felipe. Paulo Henrique,Tadeu e Caíque descobrem queperderam todo o dinheiro emações. Matilde grava um depoi-mento com o porteiro do prédiopara seu blog. Priscila promete sevingar e destruir Laíza aos pou-cos. Alex sugere que Paulo Henri-que, Tadeu e Caíque compremum cavalo de corrida. Diana eMossoró consolam Bernardo. Cici-nho não concorda com os conse-lhos dados por Ednaldo. Edu che-ga em casa bêbado e pede queGabi o perdoe. Renata chama Edude covarde e critica a postura de-le como pai. Artur diz a Bernardo
que Gregório é o assassino de Fe-lipe.Terça-feira - Fernando liga para Ar-tur e diz que Clarice está fazendogreve de fome. Renata se lembrade quando Edu pediu sua mão emcasamento. Tadeu, Caíque e Pau-lo Henrique decidem investir nocavalo que Alex sugeriu. Virgulinoajuda Bruno a escrever uma cartade amor para Anastácia. Yone eDante ficam arrasados com a deci-são de Priscila de colocar Paulãopara administrar as contas da es-cola. Luciene conta para Dianaque Gregório pediu a ela para ma-tar Vitória. Diana não acredita. Zi-ggy sugere à Luciene que ela de-nuncie Gregório à polícia. Eduacorda depois da bebedeira e sedepara com suas malas feitas porRenata. Luciene vai até a delega-cia e acusa Gregório de ter mata-do Felipe.
Quarta-feira - Ramiro aceita ouvirum depoimento oficial de Lucie-ne. Ramiro avisa que vai investi-gar o envolvimento de Artur e Gre-gório na morte de Felipe. Priscilacobra de Guilherme mais informa-ções sobre as rotinas do bar deLaíza. Rosa não aceita adiar o ca-samento a pedido de Paulo Henri-que. Sem imaginar que é paraela, Anastácia encontra uma car-ta e deixa no quarto de Rosa. Ro-sa mostra a carta que encontroupara Dante achando que é de Bru-no para ela. Diana, Lernardo, Gre-gório e Rafael vão ao velório de Fe-lipe. Bernardo agradece a presen-ça de todos na despedida de Feli-pe. Montando Vitória, Diana lançaas cinzas de Felipe pela pista doharas e deixa Bernardo comovido.Tenso, Javier avisa a Artur que Cla-rice foi sequestrada, deixando eleem choque.
Quinta-feira - Gregório diz que vaiprocurar Clarice para recuperar aparte dela no haras. Artur descon-fia que Javier e Fernando estejamenvolvidos no sumiço de Clarice.Artur, então, imagina que Gregó-rio possa ter planejado o seques-tro de sua mãe. Jorge tenta asse-diar Renata. Rafael convida Dianapara viajar e distrair a cabeça.Quim encontra Priscila, Paulão,Enzo e Bárbara no bar e revelaque enganou Edu com a históriada faculdade. Priscila o convidapara trabalhar na escola. Dantebriga com Bruno e causa um malentendido. Anastácia reclama docomportamento esquisito de Bru-no. Yone não concorda com a con-tratação de Quim. Edu vai até obar Dois a Dois para curar a triste-za bebendo e Virgulino resolve aju-dar o veterinário. Clarice, dopada,vê Iago.
Sexta-feira - Iago assume que se-questrou Clarice para dar fim aosofrimento dela, causado por Ar-tur. Iago explica a Clarice que tra-balha como treinador no harasusando seu apelido, Ziggy, e nãoé reconhecido por ninguém. Bru-no fala para Virgulino e Paulo Hen-rique que Anastácia e Dante es-tão apaixonados. Virgulino avisaque a carta escrita por Bruno era pa-ra Anastácia e os dois se beijam.Priscila desiste de colocar Quim naescola, mas dizque vai chamá-lo pa-ra o grupo. Artur fica incomodado aoverRafael eDianasepreparando pa-ra viajar juntos. Priscila comunicaque vai dar aula de história e quePaulão será diretor adjunto com Yo-ne aos professores e alunos. Prisci-la oferece a Virgulino um tratamentoparacuraraafetação.Ziggypedepa-ra falar com Artur em particular e Jor-ge sai irritado.
Resumo das novelas
CHIQUITITAS - 20H30
VITÓRIA - 21H30
GLOBO
SBT
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 23 - TV
Expansão de área de Harry Potter abre-se este mês em
Orlando (EUA), com detalhes do universo bruxo e
montanha-russa combinada a simulador
Agência O Globo
O Universal Studios Florida, vizinho do Islan-
ds of Adventure, inaugura no próximo dia 8 de ju-
lho o Beco Diagonal, o mundo de Harry Potter.
O universo mágico criado por J.K. Rowling e
transposto para os filmes agora integra parque te-
mático. Esse item liderava a lista de pedidos feitos
a Universal Orlando Resort desde que a empresa
abriu ao público, em 2010, a área temática The Wi-
zarding World of Harry Potter - Hogsmeade, den-
tro do parque Islands of Adventure.
Turismo
NOVO CAPÍTULOMÁGICO
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Agência
OG
lobo
Na entrada, duendesanimatrônicos
trabalham nos balcões
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 25 - TURISMO
Para entrar no beco, é preciso buscar um curto
labirinto de tijolos atrás da estação Leicester
Square. O dragão ucraniano dá as boas-vindas
Agência O Globo
De dentro do parque, só ve-
mos a Londres dos trouxas, re-
presentada pela estação de
trem icônica King’s Cross.
Destaca-se na paisagem co-
nhecida, um double-decker
púrpuro que, na verdade, tem
três andares.
No cantinho, a rua Grim-
mauld Place parece insuspei-
ta a quem desconhece a série.
Aguarde uns minutos em
frente aos prédios para ver
um bicho feioso espiando pe-
la cortina do número 12: é
Monstro, o elfo doméstico da
família Black.
Para entrar no Beco Diago-
nal, é preciso buscar um curto
labirinto de tijolos atrás da esta-
ção Leicester Square. O dragão
ucraniano barriga-de-ferro sen-
tado no topo do banco Gringo-
tes dá as boas-vindas a sua ma-
neira. Ruge e cospe fogo.
Depois do susto, impressio-
nam a minúcia de detalhes e as
numerosas referências aos li-
vros e filmes - dos livros de Gil-
deroy Lockhart na vitrine da
Floreios & Borrões à vassoura
Firebolt na Artigos de Qualida-
de para Quadribol.
A atração Harry Potter e a
Fuga de Gringotes (Harry
Potter and the escape from
Gringotts) mistura monta-
nha-russa e simulador, com
tecnologias das mais avança-
das, para recontar um dos úl-
timos capítulos da saga.
Os atores James e Oliver
Phelps, os gêmeos Fred e Jorge
Weasley, e Robbie Coltrane, o
guarda-caça Rúbeo Hagrid, vol-
taram aos seus personagens pa-
ra gravar sequências da jornada
entre Hogsmeade e o Beco Dia-
gonal a bordo do Expresso de
Hogwarts, outro ponto alto da
nova área.
Estados Unidos
O FANTÁSTICO BECODIAGONAL
James e OliverPhelps e Bonnie
Wright vãoconhecer os
gringotes
Na sorveteria,os sabores
preferidos deHarry Potter
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Em Londres, a estação
King’s Cross tem um carri-
nho de malas colado a um mu-
ro sob a placa Plataforma 9 1/2
(em inglês, 9 3/4) para repre-
sentar a chegada dos bruxos
através da parede. Virou pon-
to turístico.
Na King’s Cross de Orlan-
do, cores, sons e aparência si-
mulam a estação trouxa
(quem não é bruxo, é chama-
do ‘trouxa’). Mas na hora de
cruzar a parede, um truque de
espelhos faz com que as pes-
soas atrás vejam as pessoas à
frente desaparecendo entre as
plataformas 9 e 10.
O trem vermelho do Ex-
presso de Hogwarts, que liga
Londres à escola bruxa na Es-
cócia, é idêntico ao usado nos
filmes. Em Orlando, são três
vagões com várias cabines pa-
ra oito pessoas.
Quando o trem começa a
andar, vemos na janela uma
coruja branca (seria Edwiges,
de Harry?). A iluminação re-
duzida valoriza as imagens e a
superfície côncava das janelas
dá profundidade às cenas.
Notam-se então nuvens ne-
gras tomando a paisagem e de-
mentadores invadem o trem
já fora da cidade. Ao final de
quatro minutos de viagem,
Hagrid recebe todos na vila de
Hogsmeade - e no parque Is-
lands of Adventure, onde está
a primeira área dedicada a
Harry Potter no Universal.
A estação de Hogsmeade é
uma das novidades do espaço
aberto em 2010. Para embar-
car no trem nos dois parques,
é preciso ingressos para am-
bos no mesmo dia.
O retorno no Expresso de
Hogwarts tem menos amea-
ças. Passa-se por um trecho da
Floresta Proibida, para obser-
var os centauros. Depois, os
gêmeos Fred e Jorge Weasley
surgem voando nas vassouras
e explodindo fogos.
Dentro do Beco Diagonal,
vendedores fantasiados tro-
cam ideias sobre feitiços e en-
sinam a fazê-los. Agora as vari-
nhas são mais do que objetos
decorativos: versões interati-
vas saem a US$ 45.
As varinhas funcionam so-
bre medalhões dourados no
chão do Beco Diagonal e em
Hogsmeade, que ilustram o
movimento a ser feito com a
mão e o feitiço a ser verbali-
zado.
Fazendo tudo certo - da
pontaria da varinha ao movi-
mento do punho - veem-se
objetos flutuar, consertar a
si mesmos etc. Como na fic-
ção, às vezes somos Rony
Weasley, errando os feitiços
seguidas vezes.
Na prática, isso ocorre
quando o sensor oculto não lê
nossos movimentos. São 14
medalhões no Beco Diagonal
e nove em Hogsmeade, sem
contar os escondidos.
Na vitrine esquerda da pa-
pelaria Escribbulus, “Wingar-
dium Leviosa” ergue uma ca-
neta de pena. Na da direita,
teste a varinha para descobrir.
As lojas do Beco Diagonal
são mais amplas e numerosas
do que em Hogsmeade. Na en-
trada, temos a Gemialidades
Weasley, conjugada com Arti-
gos de Qualidade para Quadri-
bol e o Globos Mundi, um es-
túdio para clicar fotomonta-
gens mágicas. Concorrem no
quesito varinhas Gregorovic-
th e Olivaras. Madame
Malkin traz os robes das casas
de Hogwarts e se acopla a um
corujal.
Já no Beco do Horizonte,
perpendicular ao Diagonal, te-
mos a Animais Mágicos, com
versões em pelúcia de Edwi-
ges, Bichento, Canino, Bicuço
e minipufes (os bichinhos ro-
sas); logo na saída de Gringo-
tes, damos com a Wiseacre’s
Wizarding Equipment, deco-
rada com telescópios e bolas
de cristal. (AG)
Querendo se refrescar do calor
da Flórida, busque a sorveteria de
Florean Fortescue. Há vários sa-
bores, mas o mais popular deve
ser o de cerveja amanteigada,
mais cremoso do que a bebida.
Dá para tirar a prova dos nove no
bar vizinho, A Fonte da Sorte, que ven-
de não só cerveja amanteigada como
duas cervejas exclusivas, a lager Wi-
zard’s Brew e a escura Dragon Scale.
Vale recorrer ao Eternelle’s
Elixir, no Mercado Carkitt, que
vende quatro tipos de elixir para
adicionar à água de Gilly.
Traduzindo para os trouxas: com-
pram-se ampolas com sabores concen-
trados para diluí-los em água.
Fãs da comida inglesa devem co-
nhecer o Caldeirão Furado, com fish
& chips e ensopado com molho de
Guinness no menu.
Em Orlando, o Beco Diagonal
se expandiu para as áreas do Mer-
cado Carkitt e do Beco do Hori-
zonte. Outro endereço, cenário de
episódios-chave na ficção, ga-
nhou vida: a Travessa do Tranco.
Para manter o ar sombrio, os cria-
dores fizeram-na coberta e climatiza-
da. A Borgins & Burkes vende tudo o
que os Comensais da Morte podem
querer - principalmente, caveiras.
Para aliviar o lado negro, o lu-
gar tem um dos feitiços mais en-
graçados da área: com a varinha
em punho, fazemos dançar um es-
queleto gigante na vitrine. (AG)
O Beco Diagonalcom Gringotes e odragão ucranianoao fundo
Nocorreio-corujal,
asaves debrinquedo
mexemolhos eacabeça
Fotos: Agência O Globo
Comilanças bruxas
Feitiços, compras e varinhas mágicas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 27 - TURISMO
A sensação é de
descarrilamento na
montanha-russa,
quando se é
atacado pelas
criaturas lá
embaixo, brrrrr...
Agência O Globo
Desde a entrada no Beco
Diagonal, o banco Gringotes se
impõe com suas paredes tortas
de 18 metros de altura e o dra-
gão ferido no topo.
Não há dúvidas de que a
maior atração da nova área está
ali dentro. Harry Potter e a Fu-
ga de Gringotes (Harry Potter
and the Escape from Gringot-
ts) adapta aos parques um episó-
dio do último livro e filme em
que Harry, Rony e Hermione
invadem os cofres do banco pa-
ra roubar o horcrux.
É difícil não compará-la a
Harry Potter e a Jornada Proi-
bida (Harry Potter and the For-
bidden Journey), principal atra-
ção da vila de Hogsmeade, den-
tro de Hogwarts.
Por mais que a Jornada Proi-
bida pareça atual e use tecnolo-
gia de ponta, a Fuga de Gringo-
tes supera a atração anterior
com imagens de alta qualidade
(em 3D e 4K) e um sistema hí-
brido que combina montanha-
russa com tecnologia de movi-
mentação fluida dos carrinhos
usada nas atrações de Transfor-
mers, no Universal Studios, e
Homem-Aranha, no Islands of
Adventure.
A ideia foi inventar algo pa-
ra Fuga de Gringotes: emo-
ção e aceleração de uma mon-
tanha-russa, quando os perso-
nagens estão descendo nos
trilhos do carrinho até os co-
fres subterrâneos.
Mas também a sensação é
de descarrilamento, quando se
é atacado pelas criaturas lá em-
baixo. A atração começa nos tri-
lhos, passa por duas transições
e volta ao trilho.
Antes de ficar cara a cara
com Belatriz Lestrange e Você-
Sabe-Quem, os visitantes de-
vem enfrentar filas longas. Mas
não faltam atrações na espera.
Até chegar à fila em si, per-
corre-se o hall central do ban-
co. Um lustre gigantesco ilumi-
na o trabalho dos duendes -
animatrônicos, os robôs carim-
bam papéis, contam moedas e
até encaram os visitantes.
Em seguida, passa-se pela
segurança do banco: pode-se ti-
rar uma foto que depois é com-
prada em forma de crachá de
Gringotes.
O trecho de fila passa pelas
portas de escritórios e estantes
cobertas de livros, edições do
“Profeta Diário” e retratos dos
duendes mais proeminentes.
Estados Unidos
Encontro com os vilões
Estátua dourada de duende na lateral de Gringotes; cenário interno ganha ares aterrorizantes de masmorra
TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Acompanhamos Harry,
Rony e Hermione a distância - os
atores não quiseram gravar novas
cenas, embora apareçam na atra-
ção de maneira convincente - e
quem nos guia na aventura é Gui
Weasley, irmão mais velho de
Rony, e o duende Grampo.
Nem se sente falta dos atores
principais, pois quem aparece em
cena são os vilões Voldemort (Ral-
ph Fiennes) e Belatriz Lestrange
(Helena Bonham Carter).
Encontramos Grampo procu-
rando chaves de cofres no escritó-
rio de Gui Weasley, que aparece e
se oferece para acompanhar o
duende. Das imagens nos jornais
à tela dessa cena, salta aos olhos a
qualidade das projeções.
Ainda no meio da fila, há um
simulador despretensioso:o eleva-
dor que pegamos para descer até a
área subterrânea parece descer em
alta velocidade, sacudindo e emi-
tindo sons e projetando imagens.
O cenário ganha ares de mas-
morra. Pegamos os óculos 3D e
chegamos à área dos carrinhos.
São três fileiras em diferentes ní-
veis paragarantir a visão das telas.
Não vamos revelar tudo o que
acontece lá dentro, mas prepare-
se para encarar trasgos e feitiços
de Belatriz e Voldemort. Ter am-
bos em cena faz toda a diferença
na narrativa. A atração, aliás, se
concentra na história, com pou-
cos baques e sacudidas. A parte
mais intensa é a da montanha-rus-
sa no escuro.
Depois de escapar de Gringo-
tes, passe na casa de câmbio do
banco ali perto. Um duende
animatrônico observa todos os
passos dos clientes e até conversa
com eles. Dólares podem ser tro-
cados por folhas de cheque bru-
xo, que são usados nas lojas dos
dois parques do Universal Orlan-
do Resort. (AG)
Programe-se
Aqui começavisita aoimprovávelmundo deHarry Potter
Cardápio inglês no restaurante Caldeirão Furado tem o tradicional fish&chips (peixe frito) e ensopados
COMO CHEGAR
A American Airlines eTAM têm tarifas a partir deR$ 2.294. Valores com taxaspara fim de julho.
PARQUES
Para andar no tremExpresso deHogwarts será
preciso ter o ingressoque incluidoisparquesno mesmodia(chamadopark-to-park). Paraumúnicodia de visita, o valor é deUS$136 (adultos) ou US$ 130(crianças).O valor diário cai paraUS$49 (adultos) no casodeingressospark-to-parkparaquatrodias.
universalorlando.com �
Fotos: Agência O Globo
Cenário masmorra
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 29 - TURISMO
Os melhores roteiros são a partir de Quito, capital da nação,
com mais de 15 milhões de habitantes e rodeada por vulcões andinos
Agência O Globo
O Equador não é só o paraí-
so natural das Ilhas Galápagos
com sua singular e endêmica
fauna. No continente, o peque-
no país sul-americano (o único
além do Chile a não fazer fron-
teira com o Brasil), é possível
ter experiências que escapam
ao lugar-comum a partir de ma-
jestosos vulcões.
A principal porta de entra-
da de turista no país é a capital,
Quito. Aos pés do Vulcão Coto-
paxi, símbolo da nação de mais
de 15 milhões de habitantes, a
cidade está rodeada por vul-
cões andinos. A 2.800 metros
de altitude, a capital tem clima
seco e um trânsito caótico que
não perde em nada para Rio e
São Paulo.
O centro histórico, que
lhe garantiu ser reconhecida
pela Unesco como Patrimô-
nio Cultural da Humanida-
de, em 1978, é bem conserva-
do e movimentado.
A 30 quilômetros ao norte
de Quito está a Mitad del Mun-
do. O meio do mundo é um
marco geográfico da Linha do
Equador, que separa os hemis-
férios Sul e Norte. Não é um
passeio inesquecível, mas vale
para tirar uma foto ao lado do
“ovo de Colombo” (o ovo em
pé) e colocar nas redes sociais.
No caminho, aproveite para
provar os tradicionais hela-
dos de pailas, sovertes artesa-
nais típicos do país produzi-
dos em tachos de cobre imer-
sos em gelo e sal. O sorvete
não tem conservantes, nem
leite. Só a fruta e açúcar.
Essa metade do mundo fica
ao lado da pequena San Anto-
nio, cidade que abriga o marco
geodésico e o menor parque na-
cional do Equador, a Reserva
Geobotânica Pululahua. Ali é
possível observar um dos 88
vulcões existentes no país.
Se o caminho for o sul do
país, passando pela Avenida
dos Vulcões, não deixe de pro-
var o onipresente cuy (a maio-
ria nem tenta): um lindo e ape-
titoso porquinho-da-índia ser-
vido frito em óleo quente ou as-
sado no espeto. Quando pron-
to, sua pele fica crocante.
Cruzando os Andes é possí-
vel se aventurar nas corredei-
ras e trilhas intensas e perigo-
sas da Amazônia equatoriana,
apenas a quatro horas de carro
da capital.
Pelo caminho, outro patri-
mônio listado é a bela cidade
de Cuenca, com igrejas e edifí-
cios coloniais e ruas calçadas
de pedras e uma deliciosa at-
mosfera de América hispânica.
Esqueça a comodidade dos
cruzeiros que levam os turistas
ao Equador para conhecer o Ar-
quipélago de Galápagos. Saia
de Quito de carro. Pegue a es-
trada e siga para o sul, rumo
a uma região pouco explora-
da por brasileiros na Cordi-
lheira dos Andes: a Avenida
dos Vulcões.
Conhecer os vulcões equato-
rianos é aprender um pouco so-
bre a formação desse pequeno
país sul-americano. O Equador
está localizado entre duas pla-
cas tectônicas e na borda de
uma formação geológica chama-
da de Anel de Fogo do Pacífi-
co, que concentra mais de 600
vulcões no mundo, do Japão
até a América do Sul. Desses,
80 estão no Equador.
As regiões vulcânicas vira-
ram um atrativo para turistas
que buscam fugir dos roteiros
tradicionais. Por ser mais pro-
dutivas, concentram a maioria
da população do país, desde os
primeiros colonizadores. Nem
o risco oferecido por ser uma
área de alta instabilidade geoló-
gica afasta os moradores.
Localizada no coração do
país, a Avenida dos Vulcões é
de tirar o fôlego. Majestosos gi-
gantes geológicos estão crava-
dos na paisagem circundados
por pequenas vilas de agriculto-
res e aldeias indígenas perdi-
das no tempo.
Equador
UM PASSEIO PELAAVENIDA DOS VULCÕES
TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
O roteiro para conhecer a pai-
sagem geológica sai dos arredo-
res da capital e cruza o Sul do
país pela Rodovia Pan-America-
na. Ao norte de Quito, destaca-se
o Lago de Cuicocha, que fica em
uma cratera de 3.060 metros, pró-
ximo à cidade de Otavalo.
Além do carro, rumo ao sul, a
viagem pode ser feita pelo Tren
Crucero, uma via sinuosa que cru-
za as montanhas. O vale é de uma
beleza única e rara. Cercado por
duas cordilheiras paralelas de
grande altitude, a Avenida dos
Vulcões concentra nove dos dez
picos mais altos do Equador. Foi
batizada pelo explorador alemão
Alexander von Humboldt, que a
visitou em 1802.
Ali é possível avistar três
joias naturais do Equador: Pi-
chincha, vulcão de 4.784 metros
de altitude; Cotopaxi, de 5.897
metros, o mais alto em atividade
e comparado ao Monte Fuji, no
Japão, por sua silhueta similar, e
o imponente Chimborazo, de
6.310 metros, que foi considera-
do a montanha mais alta do mun-
do até 1852, quando o Everest,
com 8.850 metros de altitude,
conquistou o título.
Mas o vulcão equatoriano de-
tém um recorde: seu cume é o
ponto mais afastado do centro
da Terra.
Quem quiser se arriscar um
pouco e fazer uma aventura pode
optar pela visita ao Parque Nacio-
nal Cotopaxi. Lá é possível escalar
o vulcão de mesmo nome e obser-
var três outras grandes formações
rochosas também de tirar o fôlego:
Corazón, Rumiñahui e Atacazo.
O parque também pode ser
uma boa opção para quem qui-
ser ficar hospedado na região,
pois abriga um hotel de luxo e
restaurantes.
Nas pradarias geladas, a mais
de 3.700 metros de altura, cava-
los selvagens correm livres pela
paisagem e, com um pouco de sor-
te, será possível observar os famo-
sos condores.
Saindo do parque, seguindo
em direção ao sul no caminho pa-
ra a cidade de Riobamba, é possí-
vel conhecer a mais alta monta-
nha do Equador: Chimborazo,
O Chefe do Gelo.
Essa montanha mítica para
os povos indígenas da região
conserva até hoje uma das tra-
dições mais antigas do Equa-
dor. Todas as semanas, um mo-
rador sobe as íngremes escar-
pas do monte para buscar um
bloco de gelo sob a neve.
Os índios puruhaes, que habi-
tam a região, acreditam que o
gelo da montanha tem poderes
mágicos de cura e sabedoria. Se-
gundo a lenda, as águas da ge-
leira os deixam mais for-
tes. � (AG)
Barcos circulam naregião de Otavalo,
onde fica o Cuicocha
O insetoxantokuro
noespetoéiguaria
típicanaculináriada
Amazôniaequatoriana
Beleza única DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 / 31 - TURISMO
Paulo Coelho
Três pequenas históriasde grandes escritores
Escritor
Textos adaptados de autores que marcaram a história da literatura
Kafka: a porta da lei
Um homem que procura a justiça caminha até o Pa-
lácio da Lei. Diante da porta do palácio, um soldado
monta a guarda.
Como o sentinela não lhe dirige uma palavra, o ho-
mem resolve esperar. Espera um dia, mas o guarda con-
tinua mudo.
“Se eu ficar por aqui, ele perceberá que eu quero en-
trar” pensa o homem. E ali permanece.
Passam-se dias, semanas, e anos inteiros. O homem
continua diante da porta, e o sentinela continua mon-
tando guarda.
As décadas passam, o homem envelhece, e já não
consegue mover-se. Finalmente, quando nota
que a morte se aproxima, reúne suas últimas forças e
pergunta ao guarda:
- Eu vim até aqui em busca de justiça. Por que você
não me deixou entrar?
- Eu não lhe deixei? – responde surpreso, o sentine-
la. - Você nunca me disse o que estava fazendo aí! A por-
ta estava aberta, bastava empurrá-la. Por que você não
entrou?
Jorge Luis Borges: o grande mapa
Certo rei encomendou aos geógrafos um mapa do
país. Mas exigiu que tal mapa fosse perfeito, com todos
os detalhes.
Os geógrafos mediram todos os locais, e fizeram um
rascunho. Um deles comentou que ainda faltavam deta-
lhes de rios.
Resolveram refazer o desenho numa escala bem
maior. Quando ficou pronto, o mapa estava do tama-
nho do primeiro andar de um edifício; mesmo assim,
alguns conselheiros do rei argumentaram:
- Não dá para ver os caminhos nos bosques.
E os sábios geógrafos foram desenhando mapas ca-
da vez maiores, com detalhes e mais detalhes do país.
Quando, finalmente, conseguiram o mapa perfeito,
chamaram o rei e o levaram a um imenso deserto. Ali
chegando, mostraram uma estranha tenda, que se esten-
dia até o horizonte.
- O que é isso?
- O mapa do país – responderam os geógrafos. – Co-
mo quisemos fazê-lo o mais próximo da realidade, ele
ficou tão grande que ocupa o deserto inteiro.
- O medo de errar, na maior parte das vezes, termi-
na nos conduzindo ao próprio erro – comentou o rei. –
O mapa é tão detalhado, que não serve para nada.
E mandou enforcar os geógrafos.
Machado de Assis: a linha e a agulha
A agulha passa por vários estágios de sofrimento até
aprender sua função: o forno abrasador da
metalúrgica, o frio intenso da água em que é tempera-
da, o peso esmagador da prensa que a faz atingir sua for-
ma ideal.
A partir daí, precisa estar sempre dura, brilhante, e
afiada. Depois de todo este aprendizado, ela encontra
sua razão de viver: a linha.
E faz o possível para ajudá-la: enfrenta os tecidos
mais resistentes, abre os buracos nos locais certos. Mas,
quando termina seu trabalho, a misteriosa mão da cos-
tureira torna a colocá-la em uma caixa escura; depois
de tanto esforço, sua recompensa é a solidão.
Com a linha, entretanto, a história é diferente: a
partir deste momento, passa a ir a todos os bailes e
festas. �
32 / São José do Rio Preto, 6 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO