1. Licitaes & ContratosOrientaes e Jurisprudncia do TCU 4a
Edio - Revista, atualizada e ampliada
2. Repblica Federativa do BrasilTribunal de Contas da Unio
Senado FederalMinistros Senadores membros da Mesa Diretora Jos
Sarney, PresidenteUbiratan Aguiar, Presidente Marconi Perillo, 1
Vice-presidenteBenjamin Zymler, Vice-Presidente Serys Slhessarenko,
2 Vice-presidenteValmir Campelo Herclito Fortes, 1 SecretrioWalton
Alencar Rodrigues Joo Claudino, 2 SecretrioAugusto Nardes Mo Santa,
3 SecretrioAroldo Cedraz Patrcia Saboya, 4 SecretriaRaimundo
CarreiroJos Jorge Senadores Suplentes de SecretrioJos Mcio Csar
Borges Adelmir SantanaAuditores Ccero LucenaAugusto Sherman Gerson
CamataMarcos BemquererAndr Lus de Carvalho Diretor-GeralWeder de
Oliveira Haroldo Feitosa TarjaMinistrio Pblico Secretria-Geral da
MesaLucas Rocha Furtado, Procurador-Geral Claudia Lyra
NascimentoPaulo Soares Bugarin, Subprocurador-GeralMarinus Eduardo
de Vries Marsico, ProcuradorCristina Machado da Costa e Silva,
ProcuradoraJlio Marcelo de Oliveira, ProcuradorSrgio Ricardo Costa
Carib, Procurador
3. LICITAES & CONTRATOS Orientaes e Jurisprudncia do TCU 4
edio revista, ampliada e atualizada Braslia, 2010
4. Copyright 2010, Tribunal de Contas da UnioImpresso no Brasil
/ Printed in BrazilPermite-se a reproduo desta publicao,em parte ou
no todo, sem alterao do contedo,desde que citada a fonte e sem fins
comerciais.A verso eletrnica desta obra est disponvel em
www.tcu.gov.brna seo Publicaes institucionais.A verso impressa
desta obra pode ser adquiridana Livraria do Senado
Federal.Informaes: www.senado.gov.br/livrariaA legislao e a
jurisprudncia citadas nestaedio esto atualizadas at fevereiro de
2010. Brasil. Tribunal de Contas da Unio. Licitaes e contratos :
orientaes e jurisprudncia do TCU / Tribunal de Contas da Unio. 4.
ed. rev., atual. e ampl. Braslia : TCU, SecretariaGeral da
Presidncia : Senado Federal, Secretaria Especial de Editorao e
Publicaes, 2010. 910 p. ISBN 978-85-7018-319-4 Sintetiza a orientao
bsica sobre a matria, apresenta seus aspectos essenciais e a
experincia prtica do TCU em seus prprios procedimentos licitatrios.
1. Licitao. 2. Contrato Administrativo. 3. Convnio. I. Ttulo. Ficha
catalogrfica elaborada pela Biblioteca Ministro Ruben Rosa
5. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUApresentaoO Tribunal de Contas da Unio (TCU) tem-se mostrado, ao
longo de sua histria, ciente da necessidade de aproximao com o
gestor pblico para garantir maior eficincia na aplicao dos recursos
do Errio. Para tanto, busca cada vez mais incrementar aes de
carterpreventivo e pedaggico. Nesse contexto, a disseminao de boas
prticas de gesto uma linha deatuao marcante desta Corte de Contas.
Vrias medidas foram adotadas com o fimde fornecer subsdios para a
correta interpretao da legislao atinente a gastosgovernamentais, a
exemplo do lanamento de diversas publicaes. Assim, com especial
satisfao que apresento a quarta edio de Licitaes& Contratos -
Orientaes e Jurisprudncia do TCU. O livro contempla orientaessobre
licitaes e contratos administrativos, assuntos de extrema relevncia
nocotidiano dos gestores. Para efetuar-se qualquer despesa pblica
imprescindvelque haja algum processo prvio seja sob a forma de
licitao, seja de dispensa oude inexigibilidade , o qual resulta na
formalizao de um instrumento contratual.Essa a razo por que os
tribunais de contas se deparam rotineiramente comtemas dessa
natureza e tm farta jurisprudncia com orientaes para a
adequadaobservncia da legislao. A verso que ora se oferece
sociedade brasileira constitui atualizao dasanteriores, incluindo,
entre outros, evoluo das normas e da jurisprudnciado TCU sobre o
assunto. Nesta edio, fez-se uma reviso geral da
publicao,apresentandose, em separado, aspectos debatidos pelos
aplicadores e intrpretesda legislao pertinente, como as exigncias
da Lei de Responsabilidade Fiscal e asbonificaes e despesas
indiretas (BDI) em obras e servios de engenharia. O contedo do
livro que o leitor tem agora em mo encontra-se disponvel
naInternet, no Portal do Tribunal de Contas da Unio
(www.tcu.gov.br). Ao lanar a presente edio, o TCU o faz com a
expectativa de que esta publicaoseja utilizada cada vez mais
amplamente pelos gestores pblicos e pelos demaissegmentos
interessados, a fim de que sirva de instrumento efetivo para evitar
aocorrncia de irregularidades, de desvios e de desperdcios de
recursos do Errio. Ministro UBIRATAN AGUIAR Presidente do Tribunal
de Contas da Unio
6. Tribunal de Contas da UnioSumrioIntroduo 13Licitao 17
Conceito 19 Noes gerais 26 Princpios 28 Responsveis pela Licitao 33
Modalidades de Licitao 38 Concorrncia 38 Tomada de Preos 39 Convite
40 Prego 45 Bens e servios comuns 62 Lances 73 Termo de referncia
78 Cotao eletrnica 83 Estimativa do Valor da Contratao 85 Escolha
da Modalidade de Licitao 101 Fracionamento de Despesa 104 Tipos de
Licitao 108 Menor Preo 109 Melhor Tcnica 114 Tcnica e Preo 115
Observaes importantes quanto ao uso dos tipos
melhortcnicaetcnicaepreo 133
7. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCUFases
da Licitao 135Fase Interna (ou preparatria) 138 Procedimentos para
Abertura do Processo Licitatrio 139 Exigncias da Lei de
Responsabilidade Fiscal 143 Audincia Pblica 146 Obras e Servios 148
Projeto Bsico 166 Projeto Executivo 180 Bonificaes e Despesas
Indiretas (BDI) 183 Terceirizao 196 Compras 209 Padronizao 215
Indicao de marca 218 Parcelamento do Objeto da Licitao 225 Licitao
por Item 238 Sistema de Registro de Preos 242 Elaborao do Ato
Convocatrio (Edital ou Convite) 253 Exame e aprovao da assessoria
jurdica 270Fase Externa (ou executria) 279 Publicao Resumida do Ato
Convocatrio 281 Prazos de Divulgao do Ato Convocatrio 298 Contagem
de Prazos 300 Participao da Licitao 302 Participao de consrcios de
empresas 308 Participao de cooperativas 316 Recebimento dos
Envelopes 321 Representante Legal/Credenciamento 326
8. Tribunal de Contas da Unio Habilitao dos Licitantes 332
Habilitao jurdica 346 Regularidade fiscal 349 Qualificao tcnica 355
Capacidade tcnico-operacional 383 Capacidade tcnico-profissional
387 Atestados de capacidade tcnica 407 Vistoria ou visita tcnica
424 Qualificao econmico-financeira 430 Balano patrimonial e
demonstraes contbeis 439 Garantia de participao 444 Cumprimento do
disposto no inciso XXXIII do art.7daConstituioFederal 448 Registro
Cadastral 449 Declarao de Fato Impeditivo 453 Cadastramento /
Habilitao em Tomada de Preos 455 Forma de Apresentao dos Documentos
461 Exame dos Documentos de Habilitao 467 Desqualificao dos
Documentos de Habilitao 469 Forma de Apresentao das Propostas 472
Prazo de validade das propostas 475 Preos 478 Aceitabilidade das
propostas 480 Julgamento das Propostas 482 Julgamento de propostas
em licitaes para contratao de benseserviosdeinformtica 508
Julgamento de propostas em licitaes de obraseserviosdeengenharia
514
9. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Demonstrativo de clculo de exequibilidade/inexequibilidade
depropostasem licitaes de obras e servios de engenharia 515
Demonstrativo de clculo de garantia adicional 517 Desclassificao
das Propostas 521 Amostra ou prottipo 529 Empate 539 Homologao e
Adjudicao 542 Revogao ou Anulao de Licitao 545 Roteiro Prtico dos
Procedimentos de Licitao 555 Concorrncia, Tomada de Preos e Convite
Tipo Menor Preo 555 Concorrncia, Tomada de Preos e Convite Tipo
Melhor Tcnica 558 Concorrncia e Tomada de Preos Tipo Tcnica e Preo
564 Prego Presencial 568 Prego Eletrnico 571Contratao Direta 575
Conceito e noes gerais 577 Licitao Dispensada 589 Licitao
Dispensvel 590 Dispensa em Funo do Valor (Incisos I e II) 591
Emergncia ou Calamidade Pblica (Inciso IV) 594 Licitao Deserta
(Inciso V) 600 Propostas com Preos Superiores aos
PraticadosnoMercado(IncisoVII) 602 Aquisio de Produtos de entidade
ou rgo que integre a AdministraoPblica (Inciso VIII) 603 Compra ou
Locao de Imvel (Inciso X) 604 Remanescente de Obra, Servio ou
Fornecimento (Inciso XI) 608
10. Tribunal de Contas da Unio Aquisio de Gneros Perecveis
(Inciso XII) 610 Instituio de Pesquisa, Ensino ou Desenvolvimento
Institucional, ouInstituio Dedicada Recuperao Social do Preso
(Inciso XIII) 611 Associao de Portadores de Deficincia Fsica
(Inciso XX) 614 Fornecimento de Energia Eltrica (Inciso XXII) 615
Organizaes Sociais (Inciso XXIV) 616 Inexigibilidade de Licitao 618
Roteiro prtico para contratao direta 633 Dispensa de Licitao em
Funo do Valor 633 Demais Casos de Licitao Dispensvel e Inexigvel
634Regime de Adiantamento ou Suprimento de Fundos 637 Conceito e
Noes Gerais 639Contrato 643 Conceito e Noes Gerais 645 Tipos de
Contrato 650 Formalizao do Contrato 652 Termo de Aditamento 655
Apostila 660 Contrato Verbal 662 Convocao para assinar o contrato
664 Elaborao dos Contratos 669 Clusulas Necessrias aos Contratos
672 Objeto 672 Regime de Execuo ou Forma de Fornecimento 674 Preo
675
11. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUCondies de Pagamento 677 Cronograma de desembolso 680 Noes de
despesa pblica 682 Empenho 685 Liquidao 689 Pagamento 692 Restos a
pagar 700 Exerccios anteriores 702Reajuste de Preos 703Repactuao
719Compensao Financeira 725Prazos Contratuais 728Recebimento do
Objeto 730Atestao do Recebimento do Objeto 734Crdito da Despesa
735Garantia Contratual 738Direitos e Responsabilidades das Partes
740Resciso Contratual 744Direitos da Administrao em Caso de Resciso
750Sanes Administrativas 751Condies de Importao, Data e Taxa de
Cmbio para Converso 758Vinculao do Contrato ao Ato Convocatrio
758Legislao Aplicvel 760Manuteno das Condies de Habilitao e
Qualificao 761Foro 762
12. Tribunal de Contas da Unio Durao dos Contratos 763 Servios
de Natureza Contnua 772 Publicidade dos Contratos 775 Execuo dos
Contratos 778 Acompanhamento e Fiscalizao 780 Subcontratao e
Sub-rogao 791 Alterao dos Contratos 800 Acrscimo ou Supresso 803
Equilbrio Econmico-Financeiro 811 Nulidade do Contrato 814 Roteiro
Prtico para Contratos Administrativos 816Convnio 819 Conceito e
noes gerais 821 Diferena entre Contrato e Convnio 836Controle 837
Conceito e Noes Gerais 839 Impugnao ao Ato Convocatrio 840 Recurso
Administrativo 847 Representao ao Tribunal de Contas da Unio 858
Participao do Cidado 864Adendos 867 ANEXO I 869 Modelos de Declarao
sobre Emprego de Menor 869 Empregador Pessoa Jurdica 869 Empregador
Pessoa Fsica 870 ANEXO II 871 Modelo de Declarao de Pessoas
Jurdicas OptantespeloSimples 871
13. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUANEXO III 872 Modelo de Termo de Referncia 872ANEXO IV 874
Modelo de Projeto Bsico 874ANEXO V 876 Roteiro para verificao de
exequibilidade / inexequibilidade de proposta em licitaes de
obraseserviosdeengenharia 876ANEXO VI 878 Roteiro para verificao de
garantia adicional em licitaes de obraseserviosdeengenharia
878ANEXO VII 879 Modelos de Avisos de Licitao 879 Aviso de Prego
Eletrnico 879 Aviso de Concorrncia 879ANEXO VIII 880 Modelos de
Extratos para Publicao 880 Termo de Contrato 880 Termo de
Aditamento Prorrogao 880 Termo de Aditamento Repactuao 880 Termo de
Aditamento Acrscimo 881 Dispensa de Licitao 881 Inexigibilidade de
Licitao 881ANEXO IX 882 Enunciado n 331 do Tribunal Superior do
Trabalho 882ANEXO X 883 Termo de Conciliao Judicial 883Glossrio
888Legislao Aplicvel 893Referncias 910
14. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUIntroduo A Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei de Licitaes
e Contratos Administrativos,e a Lei n 10.520, de 17 de julho de
2002, Lei do Prego, constituem a legislao bsicasobre licitaes e
contratos para a Administrao Pblica. Diversas obras foram
elaboradas sobre o assunto. Entretanto, a interpretao dosnormativos
causa sempre dvidas e indagaes, principalmente quando a teoria
transportada para a prtica. Esta publicao sintetiza orientaes e
jurisprudncia do TCU sobre o tema, como cuidado de no omitir seus
aspectos essenciais e a experincia prtica do Tribunalde Contas da
Unio em seus prprios procedimentos licitatrios. O texto divide-se
em cinco temas: Licitao, que inclui orientaes bsicas, com base na
legislao em vigor, inclusive roteiro de procedimentos a adotar para
realizar as diversas modalidades; Contratao Direta, que aborda
questes de dispensa e inexigibilidade de licitao; Regime de
Adiantamento ou Suprimento de Fundos, que cuida da concesso, 13
aplicao e comprovao de despesas que no possam subordinar-se ao
processo normal de contratao; Contrato e Convnio, que versa sobre a
formalizao, execuo e alterao desses instrumentos; e Controle, que
trata das possibilidades de impugnaes, de recursos e de representao
ao TCU, a respeito dos procedimentos de licitaes e contratos. Em
especial, esta 4 edio contempla as inovaes trazidas pela
LeiComplementar n 123, de 14 de dezembro de 2006, quanto participao
demicroempresas e empresas de pequeno porte nos procedimentos de
licitao e decontratao realizados pelo Poder Pblico. No decorrer do
trabalho, as decises e os acrdos do TCU apresentadossobre aplicao
de normas gerais de licitao e contrato, que oferecem
diretrizesatualizadas do Tribunal sobre a matria, encontram-se
destacados no ttuloDELIBERAESDOTCU, resumidos em linguagem
acessvel, de forma padronizadae ordenada. Sem pretenso de ser
exaustiva, esta edio um guia prtico que, espera-se,ajude o gestor
pblico a conduzir de forma adequada licitaes e contrataes
naAdministrao Pblica.
15. Tribunal de Contas da Unio Inteiro teor dos julgados do TCU
citados neste trabalho pode ser obtido na seo Jurisprudncia do
endereo eletrnico . DELIBERAES DO TCU Decises do Tribunal de Contas
da Unio, relativas aplicao de normas gerais de licitao, sobre as
quais cabe privativamente Unio legislar, devem ser acatadas pelos
administradores dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios. Smula 222 Verificada a ilegalidade de atos
administrativos, cabe determinar a adoo das providncias necessrias
ao exato cumprimento da lei, na forma do art. 45, caput, da Lei n
8.443/1992. Acrdo 78/2010 Plenrio (Sumrio)14 Nega-se provimento a
embargos de declarao quando os argumentos apresentados pelo
interessado no trazem elementos suficientes que permitam
caracterizar a existncia de obscuridade, omisso ou contradio na
deliberao embargada. Revelam-se incabveis os embargos de declarao
quando, inexistentes os vcios que caracterizam os pressupostos
legais de embargabilidade, vem esse recurso, com desvio de sua
especfica funo jurdico-processual, ser utilizado com a indevida
finalidade de instaurar uma nova discusso sobre matria j apreciada
pelo Tribunal. Acrdo 2799/2009 Plenrio (Sumrio) O mero cumprimento
posterior de determinao exarada pelo Tribunal, por parte da unidade
jurisdicionada, no prejudica medida expedida pelo TCU por perda de
objeto, tampouco elide a responsabilidade dos agentes pblicos que
devero ser ouvidos em audincia acerca de indcios de prtica de atos
administrativos que configuram grave infrao norma legal de natureza
financeira e operacional Acrdo 2350/2009 Plenrio (Sumrio) Havendo
contradio na deliberao recorrida, cabe conhecer e dar provimento
aos embargos de declarao, com efeitos infringentes, para sanar o
vcio existente.
16. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUAcrdo 2342/2009 Plenrio (Sumrio)Para ser conhecida, a consulta
endereada ao Tribunal deve ter carternormativo e constituir
prejulgamento da tese, mas no de fato ou casoconcreto.Acrdo
2698/2008 Plenrio (Sumrio)A deciso que adota medida cautelar no
exige cognio exauriente damatria, bastando um juzo de mera
verossimilhana para a verificao daplausibilidade jurdica que a
ampare.Acrdo 255/2010 Plenrio (Sumrio)O instrumento de agravo
interposto contra adoo de medida cautelar notem o condo de provocar
a antecipao de juzo de mrito do processo, quedeve ocorrer com o
pronunciamento definitivo acerca da matria.Acrdo 255/2010 Plenrio
(Sumrio)O disposto no art. 42 da Lei n 8.443/1992 determina que
nenhum processo,documento ou informao poder ser sonegado ao
Tribunal em suas inspeesou auditorias, sob qualquer pretexto, sob
pena da aplicao da multa prevista 15no seu art. 58, inciso VI.Acrdo
518/2006 PlenrioSo plenamente vinculados os atos praticados no
mbito do procedimentolicitatrio, uma vez que estes devem obedecer s
regras definidas na lei e noedital a que esto jungidos, no cabendo
aos responsveis deliberadamenteignor-las.Acrdo 6198/2009 Primeira
Cmara (Sumrio)No cabe ao Tribunal determinar que o gestor pratique
ou deixe de praticarato de sua competncia discricionria, ressalvada
a possibilidade de alert-loquanto aos riscos envolvidos na prtica
do ato, se iminente.Acrdo 4430/2009 Primeira Cmara (Sumrio)As
diligncias encaminhadas pelo Tribunal devem ser atendidas com
prestezae tempestividade, alertando-se que a omisso na adoo de
providnciasneste sentido enseja, independentemente de prvia
audincia dos agentesresponsveis, a aplicao da multa prevista no
art. 58, IV, da Lei n 8.443/1992c/c o art. 268, IV, e 3, do
Regimento Interno do TCU.Acrdo 818/2008 Segunda Cmara
17. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Licitao 17
18. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUConceito Licitao procedimento administrativo formal em que a
Administrao Pblicaconvoca, por meio de condies estabelecidas em ato
prprio (edital ou convite),empresas interessadas na apresentao de
propostas para o oferecimento de bense servios. Licitao no ser
sigilosa, exceto quanto ao contedo das propostas at serem
conhecidas. So pblicos e acessveis aos cidados os atos do
respectivo processo. Ser efetuada sempre no local onde se situar a
repartio interessada, salvo por motivo de interesse pblico,
devidamente justificado. 19 Objetiva garantir a observncia do
princpio constitucional da isonomia e aselecionar a proposta mais
vantajosa para a Administrao, de maneira a asseguraroportunidade
igual a todos os interessados e a possibilitar o comparecimento
aocertame do maior nmero possvel de concorrentes. A Lei n
8.666/1993, ao regulamentar o artigo 37, inciso XXI, da
ConstituioFederal, estabeleceu normas gerais sobre licitaes e
contratos administrativospertinentes a compras, obras, servios,
inclusive de publicidade, alienaes elocaes no mbito dos Poderes da
Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicpios. Na contratao
para compra de bens, execuo de obras ou prestao de servios e na
elaborao de projetos bsicos ou executivos devem ser observados os
critrios de sustentabilidade ambiental previstos na IN n 01, de 29
de janeiro de 2010, editada pelo Ministrio do Planejamento,
Oramento e Gesto.
19. Tribunal de Contas da Unio Em obedincia aos princpios da
transparncia e da publicidade, permite-se a interessados o
conhecimento das condies licitatrias, em qualquer momento do
processo licitatrio, por ser pblico, de modo a evitar a prtica de
irregularidades nos respectivos procedimentos e de contrataes
sigilosas, danosas ao Errio. permitido a qualquer interessado
conhecimento prvio dos termos do processo licitatrio, obteno de
certides ou cpias reprogrficas de dados e de documentos que o
integram. Em licitao no h fase sigilosa. De acordo com essa Lei, a
celebrao de contratos com terceiros na Administrao Pblica deve ser
necessariamente precedida de licitao, ressalvadas as hipteses de
dispensa e de inexigibilidade de licitao.20 direito do administrado
perante a Administrao, sem prejuzo de outros que lhe sejam
assegurados, de formular alegaes e de apresentar documentos antes
da deciso, os quais sero objeto de considerao pelo rgo competente,
consoante o disposto no art. 3, inciso III, da Lei n 9.784, de 29
de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo no mbito
da Administrao Federal. Com base nesse diploma legal, vedado
Administrao recusar imotivadamente o recebimento de documentos,
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de
eventuais falhas. Nas licitaes pblicas vedado aos agentes pblicos:
admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocao, clusulas
ou condies que comprometam, restrinjam ou frustrem o carter
competitivo e estabeleam preferncias ou distines em razo da
naturalidade, da sede
20. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU ou
domiclio dos licitantes ou de qualquer outra circunstncia
impertinente ou irrelevante para o especfico objeto do contrato;
stabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal,
trabalhista, e previdenciria ou qualquer outra, entre empresas
brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda,
modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos
financiamentos de agncias internacionais, ressalvado o disposto no
2 do art. 3 da Lei n 8.666/1993 e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23
de outubro de 1991. Nas contrataes pblicas da Unio, dos Estados e
dos Municpios, conformedetermina a Lei n 123/2006, poder ser
concedido tratamento diferenciado esimplificado para as
microempresas e empresas de pequeno porte, que objetive apromoo do
desenvolvimento econmico e social no mbito municipal e regional,a
ampliao da eficincia das polticas pblicas e o incentivo inovao
tecnolgica,devidamente previsto e regulamentado na legislao do
respectivo ente. Para cumprimento dessa determinao, a Administrao
Pblica poder realizarprocesso licitatrio, cujo valor no exceda a
25% (vinte e cinco por cento)do totallicitado em cada exerccio:
destinado exclusivamente participao de microempresas e empresas de
21 pequeno porte nas contrataes cujo valor seja de at R$ 80.000,00
(oitenta mil reais); em que seja exigida dos licitantes
subcontratao de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde
que o percentual mximo do objeto a ser subcontratado no exceda a
30% (trinta por cento)do total licitado; m que se estabelea cota de
at 25% (vinte e cinco por cento)do objeto para e a contratao de
microempresas e empresas de pequeno porte, em certames para a
aquisio de bens e servios de natureza divisvel. DELIBERAES DO TCU A
licitao no deve perder seu objetivo principal, que obter a proposta
mais vantajosa Administrao, mediante ampla competitividade, a teor
do art. 3, caput, da Lei 8.666/1993. Acrdo 1734/2009 Plenrio
(Sumrio) At que seja editada lei dispondo sobre licitaes e
contratos das empresas estatais e sociedades de economia mista, em
ateno ao art. artigo 173, 1, inciso III, da Constituio Federal,
devem estas observar os preceitos da Lei n 8.666/1993 e os
princpios e regras da Administrao Pblica. Acrdo 1732/2009 Plenrio
(Sumrio)
21. Tribunal de Contas da Unio Tendo em vista o interesse
pblico, em carter excepcional, pode o Tribunal autorizar a
continuidade de certame em que tenha sido verificada afronta Lei de
Licitaes, sem prejuzo da aplicao de sano aos que deram causa s
irregularidades. Acrdo 1060/2009 Plenrio (Sumrio) No pode prosperar
a licitao eivada de procedimentos anmalos no devidamente
justificados no processo e que fazem malograr a prevalncia de
princpios bsicos da licitao pblica, tais o da isonomia e o da
publicidade. A comunicao de deciso da comisso de licitao aos
participantes em datas bastante afastadas, por meios diferentes,
reconhecendo-se que foi comunicada por ltimo o ingresso de recurso
no comunicado outra licitante, a qual, ademais, foi desclassificada
por motivo ftil, mediante reviso de deciso anterior que lhe
facultava apresentao de proposta escoimada da falha irrelevante
apontada, lana por terra a credibilidade do certame, por ofensa
insolvel aos princpios citados, cumprindo ao Tribunal determinar a
anulao do procedimento Acrdo 925/2009 Plenrio (Sumrio) A realizao
de procedimento licitatrio para aquisio de bens e servios22
obrigatria, se ficar configurada a viabilidade de competio entre
fornecedores. Acrdo 88/2008 Plenrio (Sumrio) Detectadas falhas em
procedimento licitatrio no qual no se apurou dano ao Errio,
tampouco se vislumbrou dolo ou m-f na atuao dos responsveis, cumpre
expedir determinaes corretivas entidade. Acrdo 2664/2007 Plenrio
(Sumrio) Comprovado o descumprimento de dispositivos legais bsicos
na realizao de certame licitatrio, impe-se a fixao de prazo para
que a entidade infratora adote as providncias necessrias ao exato
cumprimento da lei, procedendo anulao do respectivo processo, sem
prejuzo de determinao tendente ao aperfeioamento de futuras
convocaes. Acrdo 2014/2007 Plenrio (Sumrio) Diferentemente das
condies gerais do direito de licitar - que so exigidas no texto da
lei para toda e qualquer licitao, independentemente das
circunstncias de uma situao concreta -, as condies especficas so
fixadas pelo ato convocatrio, em funo das caractersticas da
contratao desejada
22. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCUem
um determinado certame, cabendo Administrao Pblica, neste
ltimocaso, deliberar acerca da extenso e do contedo dos requisitos
que seroexigidos daqueles que pretendam formular propostas.Acrdo
1631/2007 Plenrio (Sumrio)Comprovadas as vantagens para a
Administrao, e tendo em vista osprincpios da economicidade e da
eficincia, admite-se a combinao deaquisio de servios com alienao em
um nico procedimento licitatrio.Acrdo 114/2007 Plenrio
(Sumrio)Abstenha de incluir clusulas em edital que venham a impor
nusdesnecessrios aos licitantes, (...) por implicar restrio ao
carter competitivodo certame, em violao ao art. 3, caput, da Lei
8.666/1993.Acrdo 1227/2009 PlenrioFormule estudos detalhados acerca
dos quantitativos ou das proporesideais de redes de supermercados
credenciados Associao Brasileira deSupermercados (Abras), de modo
que no se prejudique o carter competitivodo certame licitatrio,
observados os princpios da isonomia, oportunidade 23e
razoabilidade.Acrdo 1071/2009 PlenrioVerifica-se, assim,
inobservncia direta dos dispositivos legais aplicveis scontrataes
em geral, e mais ainda, s contrataes diretas que requerem
doadministrador cuidados especficos. A propsito, Maral Justen
Filho, em suaobra Comentrios Lei de Licitaes e Contratos
Administrativos, Ed. Dialtica,10 edio, pg. 109, ao discorrer sobre
os trmites internos da licitao, quese aplicam s dispensas e
inexigibilidades de licitao, ensina: Como regra, toda e qualquer
licitao exige que a Administrao estabelea, de modo preciso e
satisfatrio, as condies da disputa. Mais precisamente, a
Administrao tem de licitar aquilo que contratar - o que significa
dominar com tranqilidade, todas as condies pertinentes ao objeto
licitado e estabelecer de modo preciso as clusulas da futura
contratao. Por isso, o procedimento interno se inicia com a
identificao da necessidade a ser atendida, a apurao das solues
tcnica e
23. Tribunal de Contas da Unio economicamente viveis, a
configurao do futuro contrato e, por fim, a conformao do
procedimento destinado contratao. (...) imperioso insistir sobre a
relevncia dessa etapa interna, antecedente elaborao do ato
convocatrio. (...) A mens legis consiste precisamente em impor
Administrao o dever de abster-se de licitar impensadamente,
descuidadamente. Caracteriza- se infrao sria aos deveres inerentes
atividade administrativa a ausncia da adoo das providncias
indispensveis avaliao precisa e profunda das necessidades e das
solues que sero implementadas posteriormente. (...) (...)
Caracteriza-se srio vcio quando se evidencia que a Administrao
desencadeou a licitao sem ter cumprido essas providncias prvias,
assumindo o risco de insucesso, controvrsias e litgios. (grifos
nossos) Assim, esse conjunto de informaes que deve estar disponvel
antes da deciso de contratar compe o projeto bsico, que pea
fundamental para a demonstrao da viabilidade e convenincia da
contratao. Conforme preleciona Maral Justen Filho, mesmo nas
contrataes diretas, exigido um procedimento prvio, em que a
observncia de24 etapas e formalidades imprescindvel (...). Nas
etapas internas iniciais, a atividade administrativa ser idntica,
seja ou no a futura contratao antecedida de licitao. Acrdo
2684/2008 Plenrio (Voto do Ministro Relator) Exija a documentao
referente sede, filiais, sucursais ou empresas com as quais a
licitante mantenha acordos operacionais formais como parte
integrante do envelope de habilitao, nos termos do art. 27, inciso
II e art. 30, inciso II da Lei n 8.666/1993. Acrdo 2558/2008
Plenrio Realize o devido procedimento licitatrio quando a cesso for
destinada execuo de empreendimento de fim lucrativo, sempre que
houver condies de competitividade, nos termos do art. 18, 5 da Lei
n 9.636/1998. Acrdo 1108/2008 Plenrio Elabore procedimento formal
para conduo de processos licitatrios, em ateno ao princpio
constitucional da eficincia, com vistas ao atendimento da legislao
pertinente, delegando atribuies e imputando responsabilidade s
diversas reas envolvidas nas contrataes. Acrdo 436/2008
Plenrio
24. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Promova o devido processo licitatrio, na contratao de obras,
servios e fornecimento de bens, de forma a perseguir a proposta que
seja mais vantajosa para o rgo, nos termos dos princpios estatudos
pela Lei n 8.666/1993. Acrdo 279/2008 Plenrio Abstenha-se de exigir
que a vencedora disponha de escritrio em localidade especfica,
requisito que limita o carter competitivo do certame e macula o
princpio de isonomia previsto no art. 3 da Lei n 8.666/1993. Acrdo
43/2008 Plenrio Abstenha-se de exigir que a vencedora disponha de
escritrio em localidade especfica, por restringir o carter
competitivo do certame, em contrariedade ao art. 3 da Lei n
8.666/1993. Acrdo 2651/2007 Plenrio Realize, quando da contratao de
provedor de servios de internet, o prvio procedimento licitatrio,
desde que devidamente fundamentadas e instrudas de acordo com o
disposto no art. 26 do referido diploma legal, exceto em situaes
extraordinrias que se enquadrem nos arts. 24 e 25 da Lei n
8.666/1993. Acrdo 645/2007 Plenrio 25 Conforme j me manifestei em
outras oportunidades, como por exemplo no recente Acrdo n 146/2007
- 1 Cmara: (...) licitao o procedimento administrativo mediante o
qual os rgos pblicos e entidades selecionam a proposta mais
vantajosa para a avena de seu interesse. Nesse contexto, surge um
princpio basilar ao Direito Administrativo, qual seja, o da
indispensabilidade da licitao para se adquirir, alienar ou locar
bens, contratar a execuo de obras ou servios, que tem assento
constitucional (art. 37, inciso XXI, da Carta Poltica) e
infraconstitucional - art. 2 da Lei n 8.666/1993 (...). Essa
demanda decorre de princpios tambm insculpidos no caput do art. 37
da Constituio Federal de 1988, legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficincia, alm de outros elencados pela
doutrina para a licitao. dizer: a regra estatuda na Constituio
Federal a da obrigatoriedade de licitar, j as hipteses de dispensa
e de inexigibilidade de certame devem ser interpretadas como
excees. Acrdo 798/2008 Primeira Cmara (Voto do Ministro Relator
Consulte tambm os Acrdos: Plenrio: 1099/2006, 1913/2003,
167/2001;Primeira Cmara: 1241/2007; Segunda Cmara: 3963/2009
(Relao).
25. Tribunal de Contas da Unio Noes gerais O Que Licitar Compra
de bens, execuo de obras, prestao de servios , alienaes e locaes
devem ser contratadas por meio de licitaes pblicas, exceto nos
casos previstos na Lei n 8.666/1993, e alteraes posteriores. Por
Que Licitar Estabelece a Constituio Federal, art. 37, inciso XXI, a
obrigatoriedade de licitar para a Administrao Pblica. Objetiva a
licitao permitir que a Administrao contrate aqueles que renam as
condies necessrias para satisfao do interesse pblico, levando em
considerao especialmente aspectos relacionados capacidade tcnica e
econmico-financeira da empresa licitante, qualidade do produto e ao
valor do objeto. O procedimento licitatrio busca assegurar a todos
os interessados igualdade de condies no fornecimento de bens,
execuo de obras ou prestao de servios para a Administrao Pblica.26
Quem Deve Licitar Esto sujeitos regra de licitar, alm dos rgos
integrantes da Administrao Direta, as Autarquias, as Fundaes
Pblicas, as Empresas Pblicas, as Sociedades de Economia Mista, os
fundos especiais e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.
Como Licitar Uma vez definido o que se quer contratar, necessrio
estimar o valor total do objeto, mediante realizao de pesquisa de
mercado. Deve-se ainda verificar se h previso de recursos
oramentrios para o pagamento da despesa e se esta se encontra em
conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Aps apurao da
estimativa, deve ser escolhida a modalidade de licitao adequada.
Licitar regra. Dispensar ou inexigir procedimento licitatrio
exceo.
26. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
DELIBERAES DO TCU vedado aos agentes pblicos incluir nos atos de
convocao condies quecomprometam, restrinjam ou frustrem o carter
competitivo e estabeleampreferncias ou distines impertinentes em
relao aos interessados.Acrdo 2579/2009 Plenrio (Sumrio)Conforme
determina o art. 4, inciso V, da Lei n 10.520/2002, c/c art.
11,inciso I, alnea c, e III, do Decreto n 3.555/2000, obrigatria a
observnciade amplitude e de prazo adequados para a publicidade dos
instrumentosconvocatrios do prego, a fim de que no haja prejuzo ao
carter competitivodo certame.Acrdo 839/2009 Plenrio
(Sumrio)Restringe o carter competitivo da licitao: a no-diviso do
objeto em parcelas econmica e tecnicamente viveis; a solicitao de
qualificao econmico-financeira desproporcional realidade do
mercado; e a realizao de licitao em modalidade distinta daquela
determinada por lei ou regulamento superior.Acrdo 732/2008 Plenrio
(Sumrio) 27Diferentemente das condies gerais do direito de licitar
- que so exigidasno texto da lei para toda e qualquer licitao,
independentemente dascircunstncias de uma situao concreta -, as
condies especficas so fixadaspelo ato convocatrio, em funo das
caractersticas da contratao desejadaem um determinado certame,
cabendo Administrao Pblica, neste ltimocaso, deliberar acerca da
extenso e do contedo dos requisitos que seroexigidos daqueles que
pretendam formular propostas.Acrdo 1631/2007 Plenrio (Sumrio)Evite
a incluso de itens que restringem injustificadamente o
cartercompetitivo do certame e contrariam, dessa forma, o art. 3,
1, inciso I, daLei n 8.666/1993.Acrdo 2477/2009 PlenrioSo ilegais e
atentatrias ao interesse pblico as exigncias editalcias
querestrinjam a ampla participao de interessados e constituam
vantagensabsolutamente incompatveis com o bom-senso, a finalidade
da norma eo objeto do servio, exemplo de estipulao de fornecimento
de salas-vip,em aeroportos, para funcionrios de empresa pblica que
realizem viagensa servio, quando o objeto da contratao destina-se
apenas a apoiar o
27. Tribunal de Contas da Unio deslocamento desses servidores
com o fornecimento de passagens areas, reserva de hotis e outros
servios correlatos Acrdo 6198/2009 Primeira Cmara (Sumrio)
Relativamente s falhas detectadas nas reas de licitaes e contratos,
cabe ressaltar que a regra estatuda na Constituio Federal a da
obrigatoriedade de licitar (art. 37, inciso XXI, da Carta Magna),
devendo as hipteses de dispensa e de inexigibilidade de certame ser
tratadas como excees. Isso decorre dos princpios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia, tambm
insculpidos no caput do art. 37 da Constituio Federal, alm de
outros elencados pela doutrina para a licitao. Nesse contexto,
licitao , por definio, o procedimento administrativo mediante o
qual os rgos pblicos e entidades selecionam a proposta mais
vantajosa para a avena de seu interesse. Surge, assim, um princpio
basilar ao direito administrativo, qual seja, o da
indispensabilidade da licitao para se adquirir, alienar ou locar
bens, contratar a execuo de obras ou servios, o qual tem assento
constitucional (art. 37, inciso XXI, da Carta Poltica) e
infraconstitucional (art. 2 da Lei n 8.666/1993). Acrdo 1768/2008
Primeira Cmara (Voto do Ministro Relator)28 Princpios Devem ser
observados principalmente os seguintes princpios bsicos norteadores
dos procedimentos licitatrios pblicos: Princpio da Legalidade Nos
procedimentos de licitao, esse princpio vincula os licitantes e a
Administrao Pblica s regras estabelecidas nas normas e princpios em
vigor. rincpio da Isonomia P Significa dar tratamento igual a todos
os interessados. condio essencial para garantir competio em todos
os procedimentos licitatrios. rincpio da Impessoalidade P Esse
princpio obriga a Administrao a observar nas decises critrios
objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade
e o subjetivismo na conduo dos procedimentos de licitao.
28. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
rincpio da Moralidade e da Probidade Administrativa P A conduta dos
licitantes e dos agentes pblicos tem de ser, alm de lcita,
compatvelcom a moral, a tica, os bons costumes e as regras da boa
administrao. rincpio da Publicidade P Qualquer interessado pode ter
acesso s licitaes pblicas e ao respectivocontrole, mediante
divulgao dos atos praticados pelos administradores em
todoprocedimento de licitao. Princpio da Vinculao ao Instrumento
Convocatrio Obriga a Administrao e o licitante a observarem as
normas e condiesestabelecidas no ato convocatrio. Nada poder ser
criado ou feito sem que hajapreviso no instrumento de convocao.
Princpio do Julgamento Objetivo Esse princpio significa que o
administrador deve observar critrios objetivosdefinidos no ato
convocatrio para julgamento da documentao e das propostas.Afasta a
possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de
critriosno previstos no instrumento de convocao, ainda que em
benefcio da prpria 29Administrao. Princpio da Celeridade O princpio
da celeridade, consagrado como uma das diretrizes a ser observadaem
licitaes na modalidade prego, busca simplificar procedimentos de
rigorismosexcessivos e de formalidades desnecessrias. As decises,
sempre que possvel,devem ser tomadas no momento da sesso. Princpio
da Competio Nos certames de licitao, esse princpio conduz o gestor
a buscar sempre omaior nmero de competidores interessados no objeto
licitado. Nesse sentido, a Leide Licitaes veda estabelecer, nos
atos convocatrios, exigncias que possam, dealguma forma, admitir,
prever ou tolerar, condies que comprometam, restrinjamou frustrem o
carter competitivo da licitao. Alm desses princpios, a Administrao
Pblica deve obedincia ainda, dentreoutros, aos princpios da
finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade,ampla defesa,
contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.
29. Tribunal de Contas da Unio Normas que disciplinam as
licitaes pblicas devem ser interpretadas em favor da ampliao da
disputa entre os interessados, desde que no comprometam o interesse
da Administrao, o princpio da isonomia, a finalidade e a segurana
da contratao. DELIBERAES DO TCU O princpio que refuta a restrio ao
carter competitivo no absoluto, representando essencialmente a
expresso sintetizada de uma orientao vista em carter de
generalidade, a admitir, por bvio, excepcionalidades que sejam
conduzidas por circunstncias ensejadoras de determinada feio fora
do comum. No se admite a discriminao arbitrria na seleo do
contratante, sendo insuprimvel o tratamento uniforme para situaes
uniformes, tendo em vista que, nos termos do art. 3, caput, da Lei
n 8.666/1993, a licitao destina-se a garantir no s a seleo da
proposta mais vantajosa para a Administrao,30 e tambm a observncia
do princpio constitucional da isonomia. Acrdo 1631/2007 Plenrio
(Sumrio) A restrio competitividade, causada pela ausncia de
informaes essenciais no instrumento convocatrio, causa que enseja a
nulidade da licitao. Acrdo 1556/2007 Plenrio (Sumrio)
inconstitucional e ilegal o estabelecimento de exigncias que
restrinjam o carter competitivo dos certames. Acrdo 539/2007
Plenrio (Sumrio) Devem ser evitadas exigncias que comprometam o
carter competitivo da licitao. A licitao deve ser processada e
julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos. Acrdo
112/2007 Plenrio (Sumrio) As exigncias editalcias devem limitar-se
ao mnimo necessrio para o cumprimento do objeto licitado, de modo a
evitar a restrio ao carter competitivo do certame. Acrdo 110/2007
Plenrio (Sumrio)
30. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUInclua, quando contratar manuteno de sistemas, descrio sumria de
suasfuncionalidades, estimativa de tamanho e complexidade de suas
operaes, emateno ao princpio da isonomia, referido no art. 3 da Lei
n8.666/1993.Acrdo 2220/2008 PlenrioObserve as disposies contidas no
pargrafo nico do art. 4 do Decreton 3.555/2000, especialmente no
que tange interpretao das normasdisciplinadoras da licitao em favor
da ampliao da disputa entre osinteressados, desde que no
comprometam o interesse da Administrao eos princpios que regem o
processo licitatrio.Acrdo 1046/2008 PlenrioAbstenha-se de aceitar
propostas de bens com caractersticas diferentes dasespecificadas em
edital, em respeito ao princpio de vinculao ao
instrumentoconvocatrio, consoante o art. 3 da Lei n
8.666/1993.Acrdo 932/2008 PlenrioA Lei n 8.666/1993 estabelece, no
seu art. 3, os princpios que devem nortearos procedimentos
licitatrios, dentre eles o da publicidade e o da isonomia.O
princpio da publicidade consagra o dever administrativo de manter
plena 31transparncia em seus comportamentos . O TCU, ao analisar
esse princpio,assim o explicou: Qualquer interessado deve ter
acesso s licitaes e seucontrole, mediante divulgao dos atos
praticados pelos administradores emtodas as fases da licitao.Acrdo
204/2008 Plenrio (Relatrio do Ministro Relator)Zele para que no
sejam adotados procedimentos que contrariem, direta
ouindiretamente, o princpio bsico da vinculao ao instrumento
convocatrio,de acordo com os arts. 3 e 41 da Lei n 8.666/1993.Acrdo
2387/2007 PlenrioObserve os princpios da transparncia, do
julgamento objetivo, da vinculaoao instrumento convocatrio e da
escolha da proposta mais vantajosa paraa Administrao, conforme
regem os arts. 3, art. 40, VII, art. 41, caput, 43, IV,art. 44, 1 e
art. 45, da Lei n 8.666/1993.Acrdo 1286/2007 PlenrioObserve,
especialmente em relao interpretao em favor da ampliaoda disputa
entre os interessados, desde que no comprometam o interesseda
Administrao e os princpios que regem o processo licitatrio, as
regras
31. Tribunal de Contas da Unio estabelecidas no pargrafo nico
do art. 7 do Decreto n 3.555/2000, e no art. 5, caput e pargrafo
nico, do Decreto n 5.450/2005. Acrdo 536/2007 Plenrio Atente para o
princpio da vinculao ao instrumento convocatrio, bem assim
abstenha-se de efetuar exigncias que comprometam o carter
competitivo do certame, em desacordo com o art. 3, caput e 1,
inciso I, da Lei n8.666/1993. Acrdo 112/2007 Plenrio Ao examinar o
assunto no primeiro momento (...), compreendi como adequadas as
proposies ento formuladas (...), uma vez que as irregularidades
noticiadas nos autos configuram risco de inobservncia, no processo
licitatrio, dos princpios da competio e da isonomia, alm da
possibilidade de frustrao da escolha da proposta mais vantajosa,
entendendo oportuna, desse modo, a manifestao do gestor. Acrdo
1162/2006 Plenrio (Voto do Ministro Relator) Observe rigorosamente
as disposies contidas no art. 37, caput, da Constituio Federal de
1988 c/c o art. 3 da Lei n 8.666/1993, obedecendo32 aos princpios
constitucionais da publicidade, da igualdade, da isonomia e da
impessoalidade, de modo a impedir restries competitividade. Acrdo
819/2005 Plenrio A violao de princpios bsicos da razoabilidade, da
economicidade, da legalidade e da moralidade administrativa, e a
desobedincia s diretrizes fundamentais da licitao pblica, no caso,
a isonomia entre licitantes, o julgamento objetivo, a vinculao ao
instrumento convocatrio, bem como o carter competitivo do certame
constituem vcios insanveis que ensejam a fixao de prazo para exato
cumprimento da lei, no sentido de declarar a nulidade do certame.
Acrdo 6198/2009 Primeira Cmara (Sumrio) Observe o princpio da
vinculao ao instrumento convocatrio, de acordo com as disposies
exaradas especialmente no art. 3 da Lei 8.666/1993. Acrdo 330/2010
Segunda Cmara Assegure ampla publicidade dos atos administrativos,
observando, para tanto, o disposto na legislao pertinente, em
especial, o disposto no art. 21, incisos I e III, da Lei 8.666/1993
e o princpio da publicidade indicado pelo art. 37, caput, da
Constituio Federal.
32. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Observe os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, dentre outros, consoante o art. 37,
caput, da Constituio Federal. Acrdo 415/2010 Segunda Cmara Realize
os processos licitatrios, preges e dispensas de licitao com
celeridade, procedendo com urgncia a qualificao dos servidores
encarregados de comandar os certames. Acrdo 97/2010 Segunda Cmara
(Relao) Consulte tambm os Acrdos: Plenrio: 3373/2006, 2407/2006,
2406/2006,2147/2006, 1429/2006, 1332/2006, 1327/2006, 994/2006,
2297/2005, 668/2005,484/2005, 474/2005 (Relatrio do Ministro
Relator); Primeira Cmara: 2122/2008;Segunda Cmara: 212/2009,
127/2007, 42/2006.Responsveis pela Licitao Consideram-se
responsveis pela licitao os agentes pblicos designados
pelaautoridade competente, por ato administrativo prprio (portaria,
por exemplo), para 33integrar comisso de licitao, ser pregoeiro ou
para realizar licitao na modalidadeconvite. Comisso de licitao
criada pela Administrao com a funo de receber,examinar e julgar
todos os documentos e procedimentos relativos a licitaespblicas nas
modalidades concorrncia, tomada de preos e convite. Nas pequenas
unidades administrativas e na falta de pessoal disponvel, em carter
excepcional e s em convite, a comisso pode ser substituda por
servidor designado para esse fim. Pode ser permanente ou especial.
Ser permanente quando a designao abranger a realizao de licitaes
porperodo determinado e especial quando for o caso de licitaes
especficas. constituda por, no mnimo, trs membros, sendo pelo menos
dois delesservidores qualificados pertencentes aos quadros
permanentes dos rgos daAdministrao responsveis pela licitao.
33. Tribunal de Contas da Unio No poder exceder a um ano a
investidura dos membros das comisses permanentes. No momento da
renovao da comisso para o perodo subsequente, possvel a reconduo
parcial desses membros. A lei apenas no admite reconduzir a
totalidade dos integrantes. Membros de comisso de licitao respondem
solidariamente pelos atos praticados, salvo se posio individual
divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata da
reunio em que tiver sido tomada a deciso. Assinatura, firma ou
rubrica em documentos e processos dever estar seguida da repetio
completa do nome do signatrio e da indicao da respectiva funo ou
cargo, por meio de carimbo, do qual constar, precedendo espao
destinado data, a sigla da34 unidade na qual o servidor esteja
exercendo suas funes ou cargo, conforme disposto no art. 40 do
Decreto n 93.872, de 23 de dezembro de 1986. Licitaes realizadas na
modalidade prego sero conduzidas por pregoeiro com auxlio de equipe
de apoio, designados pela autoridade competente dentre os
servidores do rgo ou entidade promotora da licitao. Designao do
pregoeiro poder ser pelo perodo de um ano, admitindo-se recondues
para perodos seguintes ou para licitao especfica. Equipe de apoio
deve ser integrada, na maioria, por servidores ocupantes de cargo
efetivo ou emprego da Administrao Pblica, de preferncia do quadro
permanente do rgo ou entidade que promover a licitao. Deve possuir
conhecimento tcnico sobre o objeto licitado, de modo a prestar
assistncia necessria ao pregoeiro. Funo de pregoeiro dever ser
exercida por servidor que detenha qualificao profissional e perfil
adequados para referido fim.
34. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCUAo
pregoeiro caber, em especial: coordenao do processo licitatrio;
conduo dos trabalhos da equipe de apoio, da sesso pblica do prego,
presencial ou eletrnico, e da etapa de lances; recebimento, exame e
deciso das impugnaes e consultas licitao, com apoio do setor
requisitante do objeto e do responsvel pela elaborao do edital;
verificao da conformidade da proposta com os requisitos
estabelecidos no ato convocatrio; verificao e julgamento das
condies de habilitao; recebimento, exame e deciso dos recursos
encaminhados autoridade competente quando for mantida a deciso;
indicao do vencedor do prego; adjudicao do objeto, quando no houver
recurso; encaminhamento do processo devidamente instrudo autoridade
superior com proposta de homologao. 35 Cabe ao pregoeiro a conduo
do prego e equipe de apoio auxili-lo em todas as fases do processo
licitatrio. Dentre as atribuies do pregoeiro e da equipe de apoio,
destacam-se: recebimento das propostas e lances, respectiva anlise
de aceitabilidade e classificao; habilitao e adjudicao do objeto da
licitao ao proponente vencedor do certame. DELIBERAES DO TCU A
aprovao, por rgo colegiado, de edital de licitao eivado de
irregularidade implica na responsabilizao de todos os membros que
no tenham manifestamente registrado sua discordncia deliberao.
Acrdo 206/2007 Plenrio (Sumrio)
35. Tribunal de Contas da Unio Envide, em ateno ao princpio
constitucional da eficincia, esforos para elaborar e utilizar
processos formais no mbito de cada comisso de licitao do Ministrio
para conduo dos processos licitatrios, incluindo controles com
vistas ao atendimento da legislao pertinente, delegando atribuies e
imputando responsabilidades s diversas reas envolvidas nas
contrataes. Acrdo 1330/2008 Plenrio No permita, ao contratar
empresas prestadoras de servio, que parentes de servidores sejam
contratados pela empresa terceirizada, em ateno aos princpios da
moralidade e da impessoalidade que devem nortear a gesto da coisa
pblica. Acrdo 1282/2008 Plenrio O TCU chamou em audincia gestor
pblico pela ausncia de competio em licitao realizada, materializada
pela existncia, nas empresas participantes da licitao, de relao de
parentesco entre os scios e de scios em comum, com indcio de
simulao licitatria, fraude e violao ao sigilo das propostas, em
detrimento dos princpios da moralidade, da igualdade e da probidade
administrativa, consubstanciados nos arts. 3, caput e 3; 22, 3 e 7;
e 9436 da Lei n 8.666/1993, e no art. 37, caput, da Constituio
Federal. Acrdo 673/2008 Plenrio Atente para que constem das atas da
Comisso de Licitao as assinaturas devidas, em atendimento ao
disposto no art. 43, 1, in fine, da Lei n 8.666/1993. Acrdo
103/2008 Plenrio Cumpra o nmero mnimo de servidores efetivos que
devem compor as comisses permanentes de licitao, conforme disposto
no art. 51, caput, da Lei n 8.666/1993. Acrdo 1306/2007 Plenrio
Mesmo que a Lei n 8.666/1993 no possua dispositivo vedando
expressamente a participao de parentes em licitaes em que o
servidor atue na CPL, entendo que foi cristalina a inteno do
legislador, com as disposies do art. 9 da indigitada Lei, em vedar
a prtica de conflito de interesses nos certames da
Administrao.
36. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Ademais, devo ressaltar que a ao dos gestores deve pautar-se sempre
pela busca do atendimento dos princpios insculpidos na Constituio,
mormente os que regem a Administrao Pblica. Acrdo 1632/2006 Plenrio
(Voto do Ministro Relator) Segundo o art. 6, inciso XVI, da Lei n.
8.666/1993, cabe comisso receber, examinar e julgar todos os
documentos e procedimentos relativos licitao e ao cadastramento de
licitantes, devendo o julgamento ser processado com observncia das
disposies do art. 43, inciso IV, da citada Lei, ou seja, dever ser
verificada a conformidade de cada proposta com os preos correntes
de mercado. Ainda que se que admita que (...) exista um setor
responsvel pela pesquisa de preos de bens e servios a serem
contratados pela administrao, a Comisso de Licitao, bem como a
autoridade que homologou o procedimento licitatrio, no esto isentos
de verificar se efetivamente os preos ofertados esto de acordo com
os praticados a teor do citado artigo. Acrdo 509/2005 Plenrio (Voto
do Ministro Relator) A conduta deliberada do pregoeiro no intuito
de favorecer determinado licitante atenta contra os princpios da
impessoalidade e da moralidade administrativa, caracterizando a
prtica de ato com grave infrao norma legal e ensejando a sano
pecuniria. 37 Acrdo 1048/2008 Primeira Cmara (Sumrio) Os membros
das Comisses de Licitao respondero solidariamente por todos os atos
praticados pela Comisso, salvo se posio individual divergente
estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na
reunio em que tiver sido tomada a deciso. Acrdo 739/2007 Primeira
Cmara (Sumrio) Abstenha de realizar licitaes nas quais haja
quaisquer relaes entre os participantes e aqueles que detenham o
poder de deciso no processo licitatrio, ou qualquer outra situao em
que se verifique prejuzo ao atendimento dos princpios da igualdade
e da moralidade administrativa. Acrdo 5276/2009 Segunda Cmara
Consulte tambm as Decises: Plenrio: 984/2003, 391/2000; os
Acrdos:Plenrio: 2269/2006, 2076/2006, 2060/2006, 509/2005 (Voto do
Ministro Relator),135/2005, 1182/2004, 1933/2003, 286/2002,
108/1999; Primeira Cmara: 992/2007,1933/2006; Segunda Cmara:
3909/2008, 571/2006.
37. Tribunal de Contas da Unio Modalidades de Licitao
Modalidade de licitao forma especfica de conduzir o procedimento
licitatrio, a partir de critrios definidos em lei. Alm do leilo e
do concurso, as demais modalidades de licitao admitidas so
exclusivamente as seguintes: concorrncia; tomada de preos; convite;
prego. DELIBERAO DO TCU Competio e conseqente busca dos melhores
preos Administrao so fundamentos de qualquer modalidade licitatria.
Lei de Licitaes e Contratos visa, alm da competio, garantir que a
contratada possua condies de honrar as obrigaes assumidas perante o
Poder Pblico. Esta a razo da existncia da prvia fase de habilitao,
cuja38 funo avaliar a capacidade do licitante para suprir os
encargos inerentes ao objeto licitado. Em complemento, o art. 48,
II, da referida lei exige a desclassificao de proposta com preos
inexeqveis. Destarte, a Lei n 8.666/1993, preza a competio e a
segurana na contratao. Acrdo 1615/2008 Plenrio (Voto do Ministro
Relator) Concorrncia Modalidade realizada entre interessados do
ramo de que trata o objeto da licitao que na fase de habilitao
preliminar comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao
exigidos no edital. cabvel em qualquer dos casos de licitao e valor
estimado do objeto da contratao. DELIBERAES DO TCU Observe, nos
procedimentos licitatrios sob a modalidade concorrncia, que o
disposto no art. 22, 1, da Lei n 8.666/1993 no prev distino entre
cadastrados e no cadastrados nos registros cadastrais da
Administrao. Acrdo 108/1999 Plenrio
38. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU Nas
concorrncias, do mesmo modo que nas tomadas de preos para contratao
de obra, servio ou fornecimento de bens, deve ser exigida
obrigatoriamente tambm a comprovao de que trata o inciso III do
art. 29 da Lei n 8.666/1993 a par daquela a que se refere o inciso
IV desse mesmo dispositivo legal. Deciso 705/1994 Plenrio
Abstenha-se de prever fase de pr-qualificao quando no estiver
diante de licitaes a serem realizadas na modalidade concorrncia, e,
ainda assim, somente nos casos de o objeto licitado recomendar uma
anlise mais detida da capacidade tcnica dos potenciais
interessados, em face do disposto no art. 114 da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2028/2006 Primeira CmaraTomada de Preos Modalidade realizada
entre interessados do ramo de que trata o objeto dalicitao,
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies
exigidaspara cadastramento at o terceiro dia anterior data do
recebimento das propostas,que comprovem possuir os requisitos
mnimos de qualificao exigidos no edital. 39 DELIBERAES DO TCU Nas
tomadas de preos, realize pesquisa de mercado e publique o resumo
do edital no DOU, conforme ordenado nos arts. 21, inciso I, e 15,
4, da Lei n 8.666/1993, respectivamente. Deciso 472/1999 Plenrio
Deve ser exigida tambm, obrigatoriamente, nas concorrncias e nas
tomadas de preos para contratao de obra, servio ou fornecimento de
bens, a comprovao de que trata o inciso III do art. 29 da Lei n
8.666/1993 a par daquela a que se refere o inciso IV desse
dispositivo legal. Deciso 705/1994 Plenrio Adote a modalidade de
licitao Tomada de Preos, e no Convite, quando os valores de compras
for superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), de modo a observar
o art. 23, inciso II, alnea b e pargrafos 1, 2, 4 e 5 da Lei n
8.666/1993. Acrdo 6545/2009 Segunda Cmara Institua, no
processamento de licitaes na modalidade de tomada de preos, a
apresentao simultnea de dois envelopes, um com a proposta e
39. Tribunal de Contas da Unio o outro contendo a documentao de
habilitao (inscrio no cadastro de empresas ou comprovao da
apresentao de documentos exigidos para o cadastramento at o
terceiro dia anterior data de entrega das propostas), de tal forma
a assegurar-se que os licitantes no tero conhecimento prvio do
resultado da fase de habilitao do certame, antes de apresentar as
propostas. Acrdo 649/2006 Segunda Cmara Convite Modalidade
realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da
licitao, escolhidos e convidados em nmero mnimo de trs pela
Administrao. Convite modalidade de licitao mais simples. A
Administrao escolhe entre os possveis interessados quem quer
convidar, cadastrados ou no. A divulgao deve ser feita mediante
afixao de cpia do convite em quadro de avisos do rgo ou entidade,
localizado em lugar de ampla divulgao, conforme a Lei de Licitaes.
Permite-se a participao de possveis licitantes que no tenham sido
formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado,
desde que40 cadastrados no rgo ou entidade que licita ou no Sistema
de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf ). Os
interessados devem solicitar o convite com antecedncia de at vinte
e quatro horas da apresentao das propostas. Para evitar que no
convite participem sempre os mesmos licitantes, deve ser convidado,
no mnimo, mais um interessado para cada repetio do certame e para
convites de objeto idntico ou assemelhado a licitaes anteriores. No
Convite, para que a contratao seja possvel, so necessrias pelo
menos trs propostas vlidas, isto , que atendam a todas as exigncias
do ato convocatrio. No suficiente a obteno de trs propostas apenas.
preciso que as trs sejam vlidas. Caso isso no ocorra, a Administrao
deve repetir o convite e convidar mais um interessado, no mnimo,
enquanto existirem cadastrados no convidados nas ltimas licitaes,
ressalvadas as hipteses de limitao de mercado ou manifesto
desinteresse dos convidados, circunstncias estas que devem ser
justificadas no processo de licitao.
40. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Quando no acudirem interessados licitao, a Administrao deve rever
as exigncias do ato convocatrio e os procedimentos adotados, de
modo a encontrar os motivos do desinteresse dos licitantes. Recibo
de entrega de convite deve conter dados que possam identificar
aempresa licitante, em especial: razo social da empresa licitante,
nmero do CNPJ(MF), endereo com CEP e, se houver, nmero de
telefone(s), de fax, endereoeletrnico(e-mail). A assinatura do
recebedor do convite deve estar identificadaem letra de forma ou
mediante carimbo. Para alcanar maior nmero possvel de interessados
no objeto licitado e evitar arepetio do procedimento, muitos rgos
ou entidades vm utilizando a publicaodo convite na imprensa oficial
ou em jornal de grande circulao, alm da distribuiodireta aos
fornecedores do ramo escolhidos. Publicao na imprensa oficial ou em
jornal de grande circulao confereao convite divulgao idntica das
demais modalidades de licitao e afasta adiscricionariedade do
agente pblico. 41 Quando no for possvel a obteno de trs propostas
vlidas, por limitaes demercado ou manifesto desinteresse dos
convidados, essas circunstncias devemser devidamente motivadas e
justificadas no processo, sob pena de repetiodoconvite. Limitaes de
mercado ou manifesto desinteresse de empresas convidadas no se
caracterizam e nem podem ser justificados quando inseridas na
licitao condies que s uma ou outra empresa pode atender. Tanto
limitaes de mercado quanto manifesto desinteresse dos convidados
devem ser motivados e justificados no processo, sob pena
derepetiodoconvite. No se configura limitao de mercado ou manifesto
desinteresse de licitantes, quando existirem na praa outros capazes
de apresentar propostas, que no foram convidados ou no tomaram
conhecimento do certame.
41. Tribunal de Contas da Unio DELIBERAES DO TCU No se obtendo
o nmero legal mnimo de trs propostas aptas seleo, na licitao sob a
modalidade convite, impe-se a repetio do ato, com a convocao de
outros possveis interessados, ressalvadas as hipteses previstas no
pargrafo 7 do art. 22 da Lei n 8.666/1993. Smula 248 exigvel a
apresentao de, pelo menos, trs propostas vlidas, para a modalidade
convite, a menos que exista justificativa para possvel limitao do
mercado ou manifesto desinteresse dos convidados. Acrdo 437/2009
Plenrio (Sumrio) Deve ser repetido o convite quando no houver trs
propostas vlidas, salvo se limitaes de mercado ou manifesto
desinteresse de participantes, devidamente comprovados, sugerirem
que a repetio acarretar custos administrativos desnecessrios,
atrasos na obteno do produto desejado ou prejuzos ao ente pblico.
Acrdo 292/2008 Plenrio (Sumrio) A regularidade do convite exige
apresentao de trs propostas vlidas ou de42 justificativas para
inexistncia desse nmero. Acrdo 77/2007 Plenrio (Sumrio) No permita,
em licitaes na modalidade convite, a participao de firmas que
tenham scios em comum ou relao de parentesco entre eles, por
constituir afronta aos princpios insculpidos no art. 3 da Lei n
8.666/1993, em especial o da competitividade, da isonomia, da
impessoalidade, da moralidade e da improbidade administrativa.
Acrdo 2900/2009 Plenrio Convidem para participar de licitao na
modalidade convite somente interessados do ramo pertinente ao
objeto licitado. Acrdo 710/2008 Plenrio Observe rigorosamente,
quando da realizao de licitao, na modalidade Convite, o disposto
nos arts. 22, 3, e 34 da Lei n 8.666/1993, c/c os dispositivos do
Decreto n 3.722/2001, com redao dada pelo Decreto n 4.485/2002,
IN/MARE-GM 05/1995, bem assim o entendimento desta Corte sobre a
possibilidade de participao de interessados que no tenham sido
formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto
licitado,
42. Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do
TCUdesde que cadastrados no rgo ou entidade licitadora ou no
Sistema deCadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf ).Acrdo
95/2008 PlenrioZele para que sejam convidadas ou admitidas a
participar de certameslicitatrios (inclusive nos casos de
dispensa), especialmente na modalidadeCarta-Convite, apenas as
empresas que pertenam ao ramo do seu objeto,em ateno ao art. 22, 3,
da Lei n 8.666/1993.Acrdo 2387/2007 PlenrioAssegure o nmero mnimo
de 03 (trs) propostas vlidas nos procedimentoslicitatrios na
modalidade Convite, no dando seqncia aos certames em queo nmero de
participantes seja inferior a esse mnimo, conforme estabelecidona
Lei de Licitaes, sem que sejam expressamente caracterizadas as
hiptesesde manifesto desinteresse ou de limitao de mercado, com
fundamentonos 3 e 7 do art. 22 da Lei n 8.666/1993 e de acordo com
as Decises370/1997, 45/1999, 96/1999, 472/1999, todas do Plenrio, e
392/1993SegundaCmara.Acrdo 2251/2007 PlenrioAtenda exigncia de no
mnimo trs propostas vlidas, quando realizar 43licitaes na
modalidade de convite, conforme o no art. 22, 3 e 7, da Lein
8.666/1993.Acrdo 1306/2007 PlenrioComo bem esclarece Jorge Ulisses
J. Fernandes, no seu compndio ContrataoDireta Sem Licitao, in
verbis: Como proposta vlida deve se entender aquelaque efetivamente
concorre com as demais, atendendo o seu formulante scondies de
habilitao e ofertando nos termos requeridos no Convite oproduto
pretendido, a preo razovel.Deciso 683/1996 Plenrio (Relatrio do
Ministro Relator)Proceda repetio do ato, com a convocao de outros
possveis interessados,em no se obtendo o nmero legal mnimo de trs
propostas aptas seleo,na licitao sob a modalidade Convite.Acrdo
428//2010 Segunda CmaraDeixe de repetir o convite, somente quando
as circunstncias excedentesprevistas pela Lei n 8.666/1993 -
manifesto desinteresse ou limitaes demercado - estiverem
devidamente justificadas no processo licitatrioAcrdo 1710/2006
Segunda Cmara
43. Tribunal de Contas da Unio cedia e remansosa a
jurisprudncia deste Tribunal no sentido de que para ser tida como
legal a licitao na modalidade convite imprescindvel a presena de
trs propostas vlidas no certame, como salientado no Acrdo
vergastado. O s envio de correspondncias a onze pretensos
participantes no sana a irregularidade apontada, pois exige-se que
efetivamente, no mnimo, trs participem da licitao, o que no ocorreu
no presente caso. Das cinco empresas que apresentaram documentao,
trs foram inabilitadas na etapa relativa qualificao tcnica e
documentos complementares, e a quarta