SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Curso Técnico em Contabilidade
MISS CACAU INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA.
Kelly de Sousa Gaspar
Thiago de Oliveira Marques
São Paulo
Maio/2014
Kelly de Sousa Gaspar
Thiago de Oliveira Marques
MISS CACAU INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA.
Projeto desenvolvido no Curso Técnico em
Contabilidade e apresentado ao SENAC – Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial como exigência
parcial para avaliação.
Docente Orientador: Carlos Seixas e Yasmim Farias
São Paulo
Maio/2014
“Cada sonho que você deixa para trás,
é um pedaço do futuro que deixa de existir”.
Steve Jobs.
Sumario INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
Capitulo I ........................................................................................................... 5
1 PLANEJAMENTO DE CONTROLE DE GASTOS ................................... 5
1.1 Conceituar departamento produtivo, administrativo e financeiro. .............................................................................................................5
1.2 Demonstrar o planejamento de curto prazo adotado para controle dos gastos gerais. ...................................................................... 6
1.3 Apresentar a perspectiva de vendas em quantidades, preços e demonstração do resultado previsto. ................................................... 10
Capitulo II ........................................................................................................ 13
2 ANALISE DE CUSTOS .......................................................................... 13
2.1 Elaborar quadro-resumo das variações obtidas no cotejo realizado x orçamento. ........................................................................... 13
2.2 Desmembrar a análise dos gastos gerais de fabricação e da mão de obra variações de quantidade, preço e eficiência........................... 14
Quadro com gastos realizado. ............................................................... 14
2.3 Apresentar planejamento de vendas, custos e despesas para um período de 6 meses. ................................................................................ 19
Capitulo III ....................................................................................................... 20
3 ANALISE DAS DEMONSTRAÇOES FINANCEIRAS ............................ 20
3.1 Relacionar as demonstrações contábeis-financeiras obrigatórias. ............................................................................................ 20
3.2 Finalidade da elaboração das demonstrações ............................ 21
3.3 Percepção de rentabilidade através da análise dos balanços. .. 21
3.5 Índices econômicos e financeiros ................................................ 30
Capitulo IV ....................................................................................................... 40
4 ANALISE DE INVESTIMENTOS ............................................................ 40
4.1 Analise de oportunidade de investimentos da Empresa que agreguem valor ao negócio. ................................................................... 40
4.2 Simulação e analise de investimento em outra companhia ....... 41
4.3 Simulação e analise de operação de Leasing ............................. 42
Capitulo V ........................................................................................................ 45
5 CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇOS ....................................................... 45
5.1 Analise da possibilidade de participação em outras companhias. ...........................................................................................................45
5.2 Simulação de operação de consolidação de balanços e entre empresas. ................................................................................................ 45
5.3 Conceito de Controlada e Coligada.............................................. 49
Capitulo VI ....................................................................................................... 50
6 CONTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL ............................................. 50
6.1 Projetos que reduzam impactos ambientais. ................................. 50
6.2 Impactos produzidos e as medidas tomadas no decorrer das operações. ............................................................................................... 51
6.3 Importância do Balanço Social. .................................................... 52
6.4 Sustentabilidade com base nos pilares comumente aceitos. .... 53
6.5 Governança corporativa, com foco no negócio praticado. ........ 55
6.6 Balanço Social utilizando o modelo IBASE. ................................ 57
Capitulo VII ...................................................................................................... 58
7 CONTABILIDADE DE ATIVIDADES ESPECIFICAS ............................ 58
7.1 Aplicação contábil em negócios específicos .............................. 58
7.2 Pratica contábil em atividade especificas. .................................. 59
7.3 Linguagem contábil utilizada nos segmentos específicos: agricultura, pecuária, florestal e sem fins lucrativos. .......................... 61
Capitulo VIII ..................................................................................................... 64
8 RELATORIOS E PARECERES ............................................................. 64
8.1 Notas explicativas das demonstrações contábeis de acordo com as normas internacionais (IFRS), CFC e legislação societária. .......... 64
8.2 Importância dos relatórios de auditoria para as organizações. 66
CONCLUSÂO ........................................................................................... 67
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................ 68
4
INTRODUÇÃO
Com o crescimento da globalização e principalmente a integração entre
os mercados houve a necessidade de harmonizar as informações contábeis
que são geradas pelas empresas, desta forma este pequeno estudo irá nos
fornece alguns indicadores e demonstrações analisados na empresa Miss
Cacau Indústria Ltda.
O planejamento e Controle dos gastos de uma empresa são de suma
importância, pois, visam antever os próximos passos e as medidas a serem
adotadas para sua viabilidade efetiva. É importante que no decorrer das
operações da empresa seja acompanhado se o que foi planejado está sendo
cumprido e sempre está preparado para agir quando necessário “plano B”.
As aplicações financeiras devem ser avaliadas levando em conta a
disponibilidade de caixa para tanto, os analises de retorno dos possíveis
investimentos e o impacto que este trará a empresa.
Neste estudo veremos também a importância das demonstrações
contábeis e suas obrigatoriedades, bem como a harmonização com os padrões
internacionais, consolidação das demonstrações entre controlada, notas
explicativas, relatórios e pareceres.
Sem contar na importância da Governança Corporativa que todas as
empresas têm obrigação de conhecer e seguir para ter mais transparência nas
suas atitudes enquanto empresa, além de prestar informações à sociedade de
suas ações e práticas sustentável para o bem viver de seus colaboradores e o
meio onde opera suas atividades empresariais.
Agir com responsabilidade e clareza é essencial à sobrevivência das
entidades e os contabilistas exercem papel fundamental no que tange as
informações contábeis e financeiras. A ética profissional deve ser primordial
para todos os profissionais.
5
Capitulo I
1 PLANEJAMENTO DE CONTROLE DE GASTOS
1.1 Conceituar departamento produtivo, administrativo e
financeiro.
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência) minister
(subordinação, obediência), então podemos dizer que; o departamento
administrativo é responsável pelo processo de planejar, organizar e controlar
o uso dos recursos para alcançar objetivos bem definidos pelas organizações.
Para podermos atuar em uma organização buscando a melhoria dos
processos, com o objeto de final de atender os clientes é necessário ter bem
definido a estrutura e a responsabilidade de cada área.
No dicionário encontramos a seguinte definição para departamento
produtivo, divisão ou secção de uma empresa que tem por objetivo o ato ou
efeito de produzir, fabricar ou gerar um bem ou serviço.
As empresas em geral transformam determinados insumos “entradas”
em resulta capaz de suprir determinadas necessidades “produto” utilizando
para isso recursos que são alocados ao longo do processo.
Na produção existem por três etapas importantes:
Engenharia do Produto tem por objetivo planejar o bem ou
serviço, alem da continua busca por inovação e aperfeiçoamento.
Planejamento Programação e Controle este por sua vez têm o
papel de organizar desde a localização estratégica de máquina e
equipamentos, capacidade produtiva, distribuição da demanda e
uso eficiente dos recursos evitando desperdícios.
Engenharia do Processo atua diretamente nas etapas do
processo produtivo com uma finalidade especifica aperfeiçoar o
6
processo produtivo e implementar novos processos afim de
reduzir custos.
As empresas produzem determinados conjuntos de bens ou serviços e
se utilizam de recursos materiais ou financeiros para este propósito.
O departamento financeiro é responsável pela aquisição, conservação
e o uso do capital a fim de obter o capital necessário à manutenção das
atividades da organização.
A avaliação financeira deve ser monitorada constantemente para saber a
real condição da organização “resultado”.
A função financeira envolve também atividades como controle de custos
e gastos, contas a pagar e a receber, avaliação do resultado financeiro através
de indicadores entre outras.
Para (KWASNICKA, 1980), o tipo de administração financeira com maior
ou menor complexidade varia de acordo fatores internos e externos.
Todos os departamentos dentro da estrutura de uma organização são
fundamentais para assegurar a qualidade do bem ou serviço, assim sendo
necessária uma sinergia única entre todos dentro do mesmo propósito “atender
a necessidade do cliente”.
1.2 Demonstrar o planejamento de curto prazo adotado para
controle dos gastos gerais.
Todo planejamento deve ser amparado por princípios
científicos, práticos e éticos. Planejar não é apenas trabalhar com
modelos matemáticos e financeiros. É imperioso reconhecer que as
pessoas têm fundamental importância no processo e que planejar e
uma atividade absolutamente previsível resultante de aplicações de
algumas formula.
(MORANTE, 2008, p. 05).
7
O Planejamento seja ele estratégico ou para auxílio na gestão financeira,
tem ênfase questões como investimentos, toda organização requer uma “certa”
previsão da receita e controle dos gastos, estando sempre atentas as reações
e variações do mercado.
Planejar faz parte da área gerencial que tem como função discutir,
controlar e assessorar de maneira clara e objetiva a fim de assegurar o
sucesso da organização “Lucro” é possíveis ações para atingir as metas
propostas.
O planejamento orçamentário nada mais é do que processar as
informações registradas pela contabilidade no momento atual e projetar os
dados para o exercício futuro e deve necessariamente iniciar se pelas vendas
previstas.
Um orçamento adequado deve ter como base o desempenho da
organização no passado e assim prever o seu comportamento para o futuro.
Um orçamento que não se utilize de informações do passado correrá o risco de
ser irreal.
Alguns procedimentos para um adequado orçamento devem ser levados
em consideração:
Taxas de juros
Taxa de inflação
Reajustes salarial
Taxas de cambio
Existem outros fatores a serem levados em consideração porem esses
são os mais comumente usados.
Abaixo Planejamento Orçamentário previsto para o 1º semestre de 2014
da empresa analisada, Miss Cacau Indústria Alimentícia Ltda.
Para o orçamento abaixo foi utilizado à meta estipulada pelo Banco
Central de 6,5% ao ano de taxa de inflação.
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O salário segue convenção coletiva da categoria e tem o mês de julho
para reajuste salarial, portanto não reajustado neste orçamento.
O aluguel é ajustado no mês de aniversário contratual neste caso o mês
de julho, também não sofreu reajuste no orçamento.
Foi projetado um aumento na receita para os meses de Março e Abril
respectivamente 35% e 17%, tendo em vista a sazonalidade da Páscoa onde
existe um aumento no consumo de chocolate produto este fabricado pela
empresa objeto de análise.
A tarifa de água e regulada pela ARSESP Agencia Reguladora de
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo apesar de ter sido permitida
um reajuste de 5,44%, deliberação ocorrida no mês de abril, ainda não foi
repassado o reajuste aos consumidores.
A partir do mês de maio haverá um reajuste de 10% nos preços dos
produtos, conforme valores abaixo:
As barras de chocolate vendidas por R$ 10,45 com o reajuste de
10% irá para R$ 11,50.
Os bombons vendidos a R$ 0,59 com o reajuste de 10% irá para
R$ 0,65
A pasta de chocolate vendida a R$ 13,31 com o reajuste de 10%
irá para R$ 14,75.
9
10
1.3 Apresentar a perspectiva de vendas em quantidades, preços e
demonstração do resultado previsto.
Para implantação dos planos orçamentários devem ser projetados
cenários que podem ocorrer durante o período e os objetivos devem estar
claramente definidos para que sejam concretizados com sucesso, baseando-se
em uma análise do passado da empresa a fim de prever o futuro e traçar
estratégias compatíveis.
Contudo a sua execução está ligada diretamente aos gestores e como
será transmitida a equipe envolvida no processo e de forma que estes sejam
capazes de direciona-los ou corrigir possíveis falhas, para tanto se faz
necessário avaliar em períodos se os objetivos estão caminhando conforme o
esperado.
Abaixo será analisado o planejamento orçamentário elaborado para os
seis primeiro meses da empresa Miss Cacau Indústria Alimentício Ltda.
Com o planejamento orçamentário acima é possível chegar a um retorno
de R$ 1.144,568, 74 já nos seis primeiros meses.
Abaixo relatórios por produtos em quantidades que precisam ser
produzidos e vendidos para poder obter os objetivos planejados.
11
Caso os planejamentos orçamentários sejam seguidos conforme
o planejamento os resultados obtidos serão os seguintes:
12
13
Capitulo II
2 ANALISE DE CUSTOS
2.1 Elaborar quadro-resumo das variações obtidas no cotejo
realizado x orçamento.
Cotejar nada mais é do que comparar ou confrontar as informações
obtidas, para poder analisar uma determinada situação.
O intuito da analise abaixo é verificar se houve variação entre os valores
planejados e os realizados a partir do qual será possível traçar novas
estratégias para aproximar ao máximo os valores orçados dos realizados.
Quadro resumo das variações (realizado x orçado).
Na análise da variação total, as variações negativas foram considerados
como favorável, ou seja, foi gatos menos do que previsto, e as variações
positivas foram consideradas como desfavorável, pelo fato de ter gasto mais do
que o previsto.
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2.2 Desmembrar a análise dos gastos gerais de fabricação e da
mão de obra variações de quantidade, preço e eficiência.
Quadro com previsão de gastos.
Previsão de Consumo p/ 352.000 unidades
Consumo total
Unid. Unidade
(R$) Total (R$)
Mat. Prima (Barras de Chocolate) 8.000 kg 4,68 37.407,33
Mat. Prima (Bombons) 8.000 kg 4,52 36.178,49
Mat. Prima (Pasta de Chocolate) 8.000 kg 4,25 33.975,56
Embalagem (Barras de Chocolate) 16.000 un. 0,56 8.884,68
Embalagem (Bombons) 320.000 un. 0,02 6.430,72
Embalagem (Pasta de Chocolate) 16.000 un. 1,05 16.722,12
Mão de Obra (Salário + Encargos) 220 h 38,59 8.489,52
Custos Indiretos de Produção 10.475,00
TOTAL DE GASTOS PREVISTOS 158.563,42
Quadro com gastos realizado.
Consumo p/ 352.000 unidades Consumo
total Unid.
Unidade (R$)
Total (R$)
Mat. Prima (Barras de Chocolate) 8.000 kg 4,66 37.228,63
Mat. Prima (Bombons) 8.000 kg 5,75 46.005,66
Mat. Prima (Pasta de Chocolate) 8.000 kg 4,23 33.813,26
Embalagem (Barras de Chocolate) 16.000 un. 0,55 8.842,24
Embalagem (Bombons) 320.000 un. 0,02 6.400,00
Embalagem (Pasta de Chocolate) 16.000 un. 1,67 26.642,24
Mão de Obra (Salário + Encargos) 220 h 21,27 4.680,00
Custos Indiretos de Produção 10.475,70
TOTAL DE GASTOS PREVISTOS 174.087,73
Foram gastos R$ 15.524,76 a mais do que foi orçado.
15
Analise das variações.
Mat. Prima (Barras de Chocolate)
Variação de Quantidade
Dif. Quantidade x Preço Orçado
0 4,68 0,00
Variação de Preço
Dif. Preço x Quantidade Orçada
-0,02 8.000 -178,70
Variação Mista
Dif. Quantidade x Dif. De Preço
0 -0,02 0,00
TOTAL -178,70
Para a matéria prima das barras de chocolate a Miss Cacau teve uma
variação favorável em relação ao preço, o que significa que a equipe de
compras soube negociar as matérias primas para este produto.
Mat. Prima (Bombons)
Variação de Quantidade
Dif. Quantidade x Preço Orçado
0 4,52 0,00
Variação de Preço
Dif. Preço x Quantidade Orçada
1,23 8.000 9.827,17
Variação Mista
Dif. Quantidade x Dif. De Preço
0 1,23 0,00
TOTAL 9.827,17
Para a matéria prima das barras de bombons a Miss Cacau teve uma
variação desfavorável em relação ao preço, o que significa que a equipe de
compras não soube negociar as matérias primas para este produto.
16
Mat. Prima (Pasta de Chocolate)
Variação de Quantidade
Dif. Quantidade x Preço Orçado
0 4,25 0,00
Variação de Preço
Dif. Preço x Quantidade Orçada
-0,02 8.000 -162,30
Variação Mista
Dif. Quantidade x Dif. De Preço
0 -0,02 0,00
TOTAL -162,30
Para a matéria prima das pastas de chocolate a Miss Cacau teve uma
variação favorável em relação ao preço, o que significa que a equipe de
compras soube negociar as matérias primas para este produto.
Embalagem (Barras de Chocolate)
Variação de Quantidade
Dif. Quantidade x Preço Orçado
0 0,56 0,00
Variação de Preço
Dif. Preço x Quantidade Orçada
-0,0027 16.000 -42,44
Variação Mista
Dif. Quantidade x Dif. De Preço
0 0,00 0,00
TOTAL -42,44
Para as embalagens das barras de chocolate a Miss Cacau teve uma
variação favorável em relação ao preço, o que significa que a equipe de
compras soube negociar as matérias primas para este produto.
17
Embalagem (Bombons)
Variação de Quantidade
Dif. Quantidade x Preço Orçado
0 0,02 0,00
Variação de Preço
Dif. Preço x Quantidade Orçada
-0,0001 320.000 -30,27
Variação Mista
Dif. Quantidade x Dif. De Preço
0 0,00 0,00
TOTAL -30,27
Para as embalagens dos bombons a Miss Cacau teve uma variação
favorável em relação ao preço, o que significa que a equipe de compras soube
negociar as matérias primas para este produto.
Embalagem (Pasta de Chocolate)
Variação de Quantidade
Dif. Quantidade x Preço Orçado
0 1,05 0,00
Variação de Preço
Dif. Preço x Quantidade Orçada
0,62 16.000 9.920,12
Variação Mista
Dif. Quantidade x Dif. De Preço
0 0,62 0,00
TOTAL 9.920,12
Para as embalagens das pastas de chocolate a Miss Cacau teve uma
variação desfavorável em relação ao preço, o que significa que a equipe de
compras não soube negociar as matérias primas para este produto.
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Mão de Obra (Salário + Encargos)
Variação de Eficiência
Dif. Quantidade x Preço Orçado
0 38,59 0,00
Variação de Custo Hora
Dif. Preço x Quantidade Orçada
-17,32 220 -3.809,52
Variação Mista
Dif. Quantidade x Dif. De Preço
0 -17,32 0,00
TOTAL -3.809,52
Para a mão de obra a Miss Cacau teve uma variação favorável em
relação ao preço, o que significa que a equipe de produção utilizou menos mão
de obra do que foi previsto.
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2.3 Apresentar planejamento de vendas, custos e despesas para
um período de 6 meses.
Os planejamento com vendas para os 6 primeiros meses de 2014 foram
projetos já utilizando os preços reajustados conforme explicado no capítulo
anterior e considerando o aumento de receita conforme sazonalidade no mês
da Páscoa “março”.
Observar novamente a demonstração do resultado, obtido.
20
Capitulo III
3 ANALISE DAS DEMONSTRAÇOES FINANCEIRAS
3.1 Relacionar as demonstrações contábeis-financeiras
obrigatórias.
Com o advento da lei 11.638/2007 e 11.941/2009, a contabilidade
brasileira vem passando pelo processo de convergência as normas
internacionais de contabilidade, portanto as entidades devem elaborar algumas
demonstrações contábeis obrigatórias conforme lista abaixo.
Balanço Patrimonial ao final do período (apresenta os elementos que
compõe o patrimônio das entidades).
DRE (Demonstração do Resultado do Exercício evidencia a formação do
resultado da entidade confrontando as receitas com os custos e despesas).
DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa indica como ocorreu as entradas
e saídas de dinheiro no caixa da entidade).
DVA (Demonstração do Valor Adicionado informa o valor da riqueza
criada pela entidade e a forma como foi distribuída).
DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido evidencia as
variações ocorridas no patrimônio líquido).
DRA (Demonstração do Resultado Abrangente usada apenas por
empresas de capital aberto).
21
3.2 Finalidade da elaboração das demonstrações
A finalidade da elaboração das demonstrações contábeis é fornecer
informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as
mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande
número de usuário em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os
resultados da atuação da administração na gestão da entidade e sua
capacitação na prestação de contas quanto os recursos que lhe foram
confiados. Aqueles usuários que desejam avaliar a atuação ou prestação de
contas da administração fazem-no com a finalidade de estar em condições de
tomar decisões econômicas que podem incluir, por exemplo, manter ou vender
seus investimentos na entidade, reeleger ou substituir a administração.
3.3 Percepção de rentabilidade através da análise dos balanços.
As demonstrações contábeis fornecem um conjunto de dados
organizados sobre a empresa, que com o emprego de técnicas de análise,
transformam-se em informações que poderão orientar o processo decisório do
empresário.
Para descobrir a rentabilidade da empresa Miss Cacau Indústria
Alimentícia LTDA através da análise dos balanços foram utilizados os índices
de rentabilidade.
Esses índices evidenciam a rentabilidade da empresa, seu potencial de
vendas, sua habilidade de gerar resultados, a evolução de suas despesas etc.
São:
22
TRI: Taxa de retorno sobre investimentos, indica em média o percentual
de retorno sobre o ativo total. (TRI = Lucro Líquido/Ativo Total).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Lucro Liquido 285.275,45
Ativo Total 1.602.994,19
TRI 0,18
A TRI da Miss Cacau indica o poder de ganho da empresa, ou seja, para
cada R$ 1,00 investido há R$ 0,18 de ganho.
TRPL: Taxa de retorno sobro o patrimônio líquido, indica em média o
percentual de retorno sobre o patrimônio líquido. (TRPL = Lucro
Líquido/Patrimônio Líquido).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Lucro Liquido 285.275,45
Patrimônio Liquido 971.521,77
TRPL 0,29
A TRPL da Miss Cacau indica o poder de ganho dos proprietários, ou
seja, para cada R$ 1,00 investido há R$ 0,29 de ganho.
3.4 Analise vertical e horizontal com conclusão
Análise Vertical: tem por finalidade avaliar a estrutura de composição
dos itens e sua evolução no tempo, tem por objetivo mostrar cada conta em
comparação à demonstração financeira a que pertence, ou seja, o percentual
que a conta representa no seu grupo ou na sua base.
Fórmula Conta x100
Total do Grupo
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Análise Horizontal: tem por finalidade apontar o crescimento de itens
do Balanço Patrimonial e DRE através dos períodos a fim de caracterizar
tendências, tem por objetivo mostrar a evolução de cada conta em comparação
com períodos anteriores, com isso permitir tirar conclusões sobre as mudanças
da empresa.
Fórmula Valor Atual do Item -1 x 100
Valor do Item no Período Base (Anterior)
Análise Vertical
Balanço Patrimonial (Ativo).
BALANÇO PATRIMONIAL
MISS CACAU INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 56.782.089/0001-40
CONTA R$ A.V (%)
ATIVO CIRCULANTE 1.249.626,43 78,0
Banco 922.224,66 57,5
Caixa 92,63 0,01
Duplicatas a Receber 69.896,50 4,4
ICMS a Recuperar (CIAP) 4.949,82 0,3
ICMS a Recuperar - -
PIS a Recuperar - -
COFINS a Recuperar - -
Estoque de Produtos Acabados 194.051,53 12,1
Estoque de Matéria Prima 41.651,81 2,6
Estoque de Embalagens 16.759,48 1,0
ATIVO NÃO CIRCULANTE 19.799,04 1,2
ICMS a Recuperar (CIAP) 19.799,04 1,2
IMOBILIZADO 333.568,72 20,8
Maquinas e Equipamentos 302.646,20 18,9
Equipamentos de Informática 27.031,00 1,7
Moveis e Utensílios 8.443,69 0,5
Veículos 31.911,00 2,0
(-) CIAP 26.398,80 1,6
(-) Depreciações 10.064,37 0,6
TOTAL DO ATIVO 1.602.994,19 100
24
Balanço Patrimonial (Passivo + Patrimônio Líquido).
BALANÇO PATRIMONIAL
MISS CACAU INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 56.782.089/0001-40
CONTA R$ A.V (%)
PASSIVO CIRCULANTE 685.472,42 42,8
Contas a Pagar 256.009,50 16,0
INSS a Recolher 19.577,46 1,2
FGTS a Recolher 4.288,06 0,3
Contrib. Sind. Assit. 338,60 0,02
IRRF a Recolher 314,73 0,02
ICMS a Recolher 18.121,51 1,1
IPI a Recolher 36.080,76 2,3
CSLL a Recolher 38.082,88 2,4
PIS a Recolher 7.790,13 0,5
COFINS a Recolher 35.749,00 2,2
IRPJ a Recolher 99.785,78 6,2
ICMS-ST a Recolher 71.829,72 4,5
Provisão de Férias 11.286,63 0,7
Provisão de 13° 8.464,98 0,5
Aluguel a Pagar 10.000,00 0,6
Dividendos 67.752,68 4,2
PATRIMONIO LIQUIDO 917.521,77 57,2
Capital Social 700.000,00 43,7
Reserva Legal 14.263,72 0,9
Reserva de Lucros 203.258,05 12,7
TOTAL DO PASSIVO 1.602.994,19 100
Na análise vertical do ativo circulante a porcentagem maior de 57.5%
representa o banco, significa que a empresa efetua a maioria das suas vendas
à vista, já no ativo não circulante a porcentagem maior de 18,9% representa a
máquina “ativo” utilizada na fabricação dos produtos, ou seja, o imobilizado
com maior valor que empresa tem.
Na análise vertical do passivo circulante o contas a pagar representa
16% das dívidas da empresa pelo fato de o veículo que a empresa possui e o
maquinário utilizado para produção estarem registrados nessa conta, já no PL
a porcentagem de 43,7% representa o capital social, o dinheiro que foi
investido pelos sócios.
25
DRE (Demonstração do resultado do exercício).
DRE (Demonstração do Resultado do Exercício)
MISS CACAU INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 56.782.089/0001-40
CONTA R$ A.V (%)
FATURAMENTO BRUTO 1.620.171,88 100
(-) IPI (72.681,50) (4)
(-) ICMS-ST (90.982,88) (6)
RECEITA BRUTA 1.456.570,50 90
(-) ICMS (174.773,15) (11)
(-) PIS (24.030,11) (1)
(-) COFINS (110.684,11) (7)
RECEITA LIQUIDA 1.147.083,13 71
(-) CPV (Custo dos Produtos Vendidos) (515.239,08) (32)
LUCRO BRUTO 631.844,05 39
(-) DESPESAS (208.699,94) (13)
Com Vendas (432,00) (0)
Administrativas (208.267,94) (13)
RESULTADO ANTES DO IRPJ/CSLL 423.144,11 26
(-) IRPJ (99.785,78) (6)
(-) CSLL (38.082,88) (2)
LUCRO LIQUIDO 285.275,45 18
Na análise vertical da demonstração do resultado, a porcentagem maior
de 32% representa os custos, enquanto de lucro a empresa obteve apenas
18%, o que significa que a empresa tem mais custos de produção do que lucro,
a explicação para este custo maior que o lucro se dá pelo fato de ter como
matéria prima principal poucos fornecedores o que acaba encarecendo a
produção.
26
DFC (Demonstração do fluxo de caixa Método Indireto).
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC-INDIRETO)
MISS CACAU INDÚSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 56.782.089/0001-40
10/2013 (R$) A.V (%)
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro do Exercício 285.275,45 68
(+) Despesas com Depreciação 9.431,67 2
(=) Lucro que afeta o caixa 294.707,12 71
Variações do Circulante
(-) Clientes (69.896,50) (17)
(-) Estoques de Mercadoria (79.250,73) (19)
(+) Contas a Pagar 76.332,75 18
(+) Provisões e Encargos Sociais 58.234,48 14
(+) Tributos 307.439,78 74
(=) TOTAL ATIVIDADES OPERACIONAIS 587.566,90 141
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aquisição de Investimentos -
Aquisição de Imobilizado -
(-) Pagamento de Imobilizado (82.977,75) (20)
(=) TOTAL ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (82.977,75) (20)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Obtenção de Empréstimo -
Pagamento de Dividendos -
Aumento de Capital Social -
(=) TOTAL ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO -
(=) RESULTADO FINAL DE CAIXA 417.728,14 100
(+) SALDO EXISTENTE EM 31/07/2013 504.589,15
(=) SALDO EXISTENTE EM 31/10/2013 922.317,29
Na análise vertical das demonstrações do fluxo de caixa, a porcentagem
maior de 68% indica o quanto que o lucro que afeta positivamente o caixa da
empresa, e a porcentagem de 74% indica o quanto os tributos afetam
negativamente o caixa da empresa.
27
Análise Horizontal
Pelo fato de a empresa ter apenas três meses de atividade para que
pudesse ser feita uma análise horizontal fizemos uma simulação considerando
os últimos 2 meses de atividades da empresa.
Balanço Patrimonial (Ativo).
BALANÇO PATRIMONIAL
MISS CACAU INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 58.782.089/0001-40
MÊS 09/13 MÊS 10/2013 CONTA R$ R$ A.H (%)
ATIVO CIRCULANTE 843.146,01 1.249.626,43 48,2
Banco 329.215,99 922.224,66 180,1
Caixa 69,43 92,63 33,4
Duplicatas a Receber 108.497,21 69.896,50 (35,6)
ICMS a Recuperar (CIAP) 5.499,80 4.949,82 (10)
ICMS a Recuperar 42.855,15 - (100)
PIS a Recuperar 1.940,56 - (100)
COFINS a Recuperar 9.071,18 - (100)
Estoque de Produtos Acabados 141.151,74 194.051,53 37,4
Estoque de Matéria Prima 154.781,48 41.651,81 (73)
Estoque de Embalagens 50.063,47 16.759,48 (66,5)
ATIVO NÃO CIRCULANTE 19.799,04 19.799,04 -
ICMS a Recuperar (CIAP) 19.799,04 19.799,04 -
IMOBILIZADO 336.923,51 333.568,72 (1)
Maquinas e Equipamentos 302.646,20 302.646,20 -
Equipamentos de Informática 27.031,00 27.031,00 -
Moveis e Utensílios 8.443,69 8.443,69 -
Veículos 31.911,00 31.911,00 -
(-) CIAP 26.398,80 26.398,80 -
(-) Depreciações 6.709,58 10.064,37 50,0
TOTAL DO ATIVO 1.199.868,56 1.602.994,19 33,6
Na análise horizontal no ativo circulante a porcentagem maior de 180,1%
também representa o banco, significa que de um período para o outro o
dinheiro disponível para a empresa aumentou, já os impostos a recuperar
sofreram uma redução de 100% devido ao aumento nas vendas e também pelo
fato de esses impostos sobre a receita são não cumulativos, ou seja, crédito da
compra menos débito na saída, no ativo não circulante a conta de depreciação
sofre um aumento de 50% em relação ao período anterior.
28
Balanço Patrimonial (Passivo + Patrimônio Líquido).
BALANÇO PATRIMONIAL
MISS CACAU INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 58.782.089/0001-40
MÊS 09/13 MÊS 10/2013 CONTA R$ R$ A.H (%)
PASSIVO CIRCULANTE 436.380,03 685.472,42 57,1
Contas a Pagar 283.304,75 256.009,50 (9,6)
INSS a Recolher 17.681,30 19.577,46 10,7
FGTS a Recolher 3.761,64 4.288,06 13,9
Contrib. Sind. Assit. 338,60 338,60 -
IRRF a Recolher 314,73 314,73 -
ICMS a Recolher - 18.121,51 100
IPI a Recolher 9.555,71 36.080,76 277,5
CSLL a Recolher 11.081,41 38.082,88 243,7
PIS a Recolher - 7.790,13 100
COFINS a Recolher - 35.749,00 100
IRPJ a Recolher 28.781,68 99.785,78 246,7
ICMS-ST a Recolher 38.617,35 71.829,72 86
Provisão de Férias 7.524,42 11.286,63 50
Provisão de 13° 5.643,32 8.464,98 50
Aluguel a Pagar 10.000,00 10.000,00 -
Dividendos 19.775,12 67.752,68 242,6
PATRIMONIO LIQUIDO 763.488,53 917.521,77 20,2
Capital Social 700.000,00 700.000,00 -
Reserva Legal 4.163,18 14.263,72 242,6
Reserva de Lucros 59.325,35 203.258,05 242,6
TOTAL DO PASSIVO 1.199.868,56 1.602.994,19 33,6
Na análise horizontal do passivo circulante a porcentagem maior de
277,5% se refere ao IPI embora esta carga tributária recaia sobre o cliente por
ser o contribuinte de fato quem recolhe é a Miss Cacau afetando seu caixa e
as porcentagens de 243,7% e 246,7% representam os tributos diretos, os que
recaem diretamente sobre o lucro da empresa (IRPJ e CSLL), esse aumento
também reflete no PL, comparando um período com o outro as reservas de
lucro (Legal e de Lucro) ambas também tiveram um aumento de 242,6%
devido o aumento nas vendas.
29
DRE (Demonstração do resultado do exercício).
DRE (Demonstração do Resultado do Exercício)
MISS CACAU INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 56.782.089/0001-40
MÊS 09/13 MÊS 10/2013
CONTA R$ R$ A.H (%)
FATURAMENTO BRUTO 687.557,25 1.620.171,88 136
(-) IPI (30.701,90) (72.681,50) (137)
(-) ICMS-ST (38.617,35) (90.982,88) (136)
RECEITA BRUTA 618.238,00 1.456.570,50 136
(-) ICMS (74.168,28) (174.773,15) (136)
(-) PIS (10.197,64) (24.030,11) (136)
(-) COFINS (46.970,88) (110.684,11) (136)
RECEITA LIQUIDA 486.901,20 1.147.083,13 136
(-) CPV (Custo dos Produtos Vendidos) (223.240,06) (515.239,08) (131)
LUCRO BRUTO 263.661,14 631.844,05 140
(-) DESPESAS (140.534,40) (208.699,94) (49)
Com Vendas (376,65) (432,00) (15)
Administrativas (140.157,75) (208.267,94) (49)
RESULTADO ANTES DO IRPJ/CSLL 123.126,74 423.144,11 244
(-) IRPJ (28.781,68) (99.785,78) (247)
(-) CSLL (11.081,41) (38.082,88) (244)
LUCRO LIQUIDO 83.263,65 285.275,45 243
Na análise horizontal em comparação com um período anterior as
porcentagens de 244 e 247% representam os tributos diretos (IRPJ e CSLL)
este aumento este diretamente ligado ao aumento de 136% no faturamento, ou
seja, quanto maior a receita maior a incidência de tributos.
Em relação à DFC a análise horizontal não foi feita por não ter
parâmetros para analisar, e a DVA não foi feito analise horizontal e vertical
também por não ter parâmetros para este tipo de análise.
30
Conclusão das análises
Levando em consideração o curto tempo analisado, a empresa Miss
Cacau Indústria Alimentícia LTDA, está em uma situação confortável, os preços
de venda estão totalmente dentro do permitido pelo mercado, ela está
conseguindo se manter com o capital investido pelos sócios sem depender de
empréstimo bancário, ou seja, o que ela tem de dívida, ela tem disponibilidade
de sobra para quitar, e em pouco tempo de operação a empresa já consegue
remunerar o capital investido.
Para que a empresa continue se mantendo bem, e melhore os lucros,
será necessário, incentivar as vendas, rever os preços de venda e fazer um
estudo melhor dos custos, para ver se tem algo que pode ser cortado ou
reduzido para que reduza o custo e aumento o lucro.
3.5 Índices econômicos e financeiros
Os indicadores econômicos e financeiros são elementos que
tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos
matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração do
resultado, procurando números que ajudem no processo de entendimento da
situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de
rentabilidade.
O objetivo dos indicadores é evidenciar a posição atual da empresa, ao
mesmo tempo em que tentam prever o que pode acontecer com a empresa no
futuro.
Abaixo índices a partir da análise de todas as demonstrações contábeis.
Índice de liquidez: utilizado para avaliar a capacidade de
pagamento da empresa, ou seja, constitui uma apreciação para
saber se a empresa tem capacidade para saldar seus
compromissos, pode ser avaliada considerando: longo, curto ou
prazo imediato.
31
LC: Índice de liquidez corrente ou comum mostra a capacidade
de pagamento da empresa em curto prazo. (LC = Ativo
Circulante/Passivo Circulante).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Ativo Circulante 1.249.626,43
Passivo Circulante 685.472,42
LC 1,82
A empresa Miss Cacau tem um índice de liquidez corrente de 1,82, ou
seja, para cada R$ 1,00 de dívida no passivo circulante, ela tem R$ 1,82 de
disponibilidade no ativo circulante, o que significa que a empresa pagará sua
dívida e ainda sobrara R$ 0,82.
LS: Índice de liquidez seca mostra a capacidade de pagamento
da empresa em curto prazo desconsiderando o valor retido nos
estoques. (LS = Ativo Circulante – Estoques/ Passivo Circulante).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Ativo Circulante - Estoques 997.163,61
Passivo Circulante 685.472,42
LS 1,45
A empresa tem um índice de liquidez seca de 1,45, ou seja, para cada
R$ 1,00 de dívida ela tem R$ 1,45 de dinheiro e equivalente (dinheiro físico e
eletrônico, excluindo os estoques existentes no período) para quitar sobrando
R$ 0,45.
LG: Índice de liquidez geral mostra a capacidade de pagamento
da empresa em longo prazo, considerando tudo o que ela
convertera em dinheiro a curto e longo prazo, relacionando-se
com tudo o que foi feito de dívida a curto e longo prazo. (LG =
Ativo Circulante + Realizável a longo prazo/Passivo circulante +
Exigível a longo prazo).
32
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Ativo Circulante + Realizável a longo prazo 1.269.425,47
Passivo Circulante + Exigível a longo prazo 685.472,42
LG 1,85
A empresa tem um índice de liquidez geral de 1,85, o que significa que
para cada R$ 1,00 de dívida de curto e longo prazo a empresa tem R$ 1,85
para quitar sobrando R$ 0,85.
LI: mostra o quanto a empresa dispõe imediatamente para saldar
as dívidas de curto prazo. (LI = Disponível
(Caixa+Banco+Aplicações de liquidez imediata) /Passivo
Circulante).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Disponível (Caixa + Banco) 922.317,29
Passivo Circulante 685.472,42
LI 1,35
A empresa tem um índice de 1,35, ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida
a empresa dispõe de R$ 1,35 para quitar, o que significa que se a empresa
fosse liquidada, ela pagaria todas às dívidas e continuaria com R$ 0,35.
Índices de endividamento: é por meio desses indicadores que
apreciaremos o nível de endividamento da empresa
Participação de capitais de terceiros sobre os recursos totais:
mostra o quanto a empresa tem de capitais de terceiros. (PCTR = Passivo
Circulante + Passivo não circulante/ Passivo circulante + Passivo não circulante
+ Patrimônio líquido).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Passivo circulante + Passivo não Circulante 685.472,42
Passivo Circulante + Passivo não Circulante + Patrimônio Liquido 1.602.994,19
PCTR 0,43
33
A empresa tem um índice de endividamento de 0,43, o que significa que
para cada R$ 1,00 de recursos a empresa tem 43% de capital de terceiros, e
57% dos recursos é capital próprio.
Garantia do capital próprio ao capital de terceiros: mostra o quanto a
empresa tem de garantia do capital próprio em relação ao capital de terceiros. (
GCCT = Patrimônio líquido/Passivo circulante + Passivo não circulante).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Patrimônio Liquido 917.521,77
Passivo Circulante + Passivo não Circulante 685.472,42
GCCT 1,34
Para cada R$ 1,00 de capital de terceiros na empresa ela tem mais de
100% como garantia.
Composição do endividamento: mostra o quanto a empresa tem de
dívida de curto prazo em relação a dívida total. (CE = Passivo
circulante/Passivo circulante + Passivo não circulante).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Passivo Circulante 685.472,42
Passivo Circulante + Passivo não Circulante 685.472,42
CE 1,00
Para cada R$ 1,00 de dívida total a empresa tem R$ 1,00 para
pagamento no curto prazo.
Índices de atividade: evidenciam quantos dias a empresa demora em
média para receber suas vendas, pagar suas compras e para renovar seus
estoques.
Prazo médio de recebimento de vendas: indicam em média, quantos
dias a empresa espera para receber suas vendas. (PMRV = 90 dias x
Duplicatas a receber/Vendas brutas).
34
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Dias 90
Duplicatas a Receber 69.896,50
Vendas Brutas 1.456.570,50
PMRV 4
A empresa tem 4 dias em média para receber suas vendas a prazo, pelo
fato de a maioria das vendas serem feitas a vista.
Prazo médio de pagamento de compras: indicam em média quantos
dias a empresa demora a pagar suas compras. (PMPC = 90 dias x
Fornecedores/Compras).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Dias 90
Fornecedores 0,00
Compras 547.501,86
PMPC 0
A empresa não tem prazo médio para pagamento, pelo fato de efetuar
compras somente a vista, financiando se com o dinheiro de encargos e
impostos, o prazo médio de pagamento dos impostos e encargos é em média
60 dias, sendo assim com esse dinheiro a empresa gira seus estoques.
Prazo médio de renovação dos estoques: indica em média quantos dias a
empresa leva para vender seu estoque. (PMRE = 90 dias x Estoques/ Custo
das vendas).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Dias 90
Estoques 252.462,82
Custo das vendas 488.070,30
PMRE 47
35
A empresa tem um prazo médio de estocagem de 47 dias, pelo fato de
ter apenas um fornecedor, e comprarem sempre a mais, prevendo alguma
eventualidade, como por exemplo, matéria prima principal em falta.
Ciclo operacional: indica o período entre a data da compra até o
recebimento dos clientes. (CO = PMRE + PMRV).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
PMRE 47
PMRV 4
CO 51
Ciclo financeiro: indica o tempo entre o pagamento a fornecedor e o
recebimento das vendas, quanto maior o poder de negociação da empresa
com o fornecedor, menor o ciclo financeiro. (CF = CO – PMPC).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
CO 51
PMPC 0
CO 51
Com a ajuda do ciclo operacional e o ciclo financeiro foi indicado que a
Miss Cacau desenvolve suas atividades em 51 dias.
Índices de rentabilidade: esses índices são analisados a partir da DRE
e foram expostos no item 3.3.
Taxa de retorno do caixa: analisado a partir da DFC, indica em média
quanto a empresa demora a converter seu equivalente a ativo em caixa, pode
ser calculado sobre o patrimônio líquido referente aos recursos investidos pelos
proprietários. ( TRC = Caixa gerado nas operações/ Ativo).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Caixa gerado nas operações 587.566,90
Ativo 1.602.994,19
TRC 0,37
36
A empresa tem uma taxa de retorno do caixa de 0,37, ou seja, para cada
R$ 1,00 investido pelo sócio, tem um retorno de R$ 0,37 apenas.
A DVA é analisada a partir dos índices abaixo.
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC-INDIRETO)
MISS CACAU INDUSTRIA ALIMENTICIA LTDA CNPJ: 56.782.089/0001-40
10/2013 (R$)
1- RECEITAS 1.620.171,88
1.1) Venda de Produtos 1.620.171,88
1.2) Provisão para devedores duvidosos
1.3) Não operacionais
2- INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (532.272,14)
2.1) Matérias Primas consumidas -
2.2) Custo dos Produtos Vendidos (488.070,30)
2.3) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (44.201,84)
2.4) Perda/Recuperação de valores ativos -
3- VALOR ADICIONADO BRUTO GERADO NAS OPERAÇÕES (1-2) 1.087.899,74
4- DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO -
4.1) Depreciação, amortização e exaustão (3.158,19)
5- VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 1.084.741,55
6- VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA -
6.1) Resultado de Equivalência Patrimonial -
6.2) Receitas Financeiras -
7- VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 1.084.741,55
8- DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (=7) 1.084.741,55
8.1) Pessoal (136.109,51)
8.2) Impostos, Taxas e Contribuições (657.356,59)
8.3) Juros e Alugueis (6.000,00)
8.4) Dividendos (67.752,68)
8.5) Lucros retidos/ prejuízos do exercício (217.522,77)
37
Potencial do ativo em gerar riqueza: esse índice indica o quanto cada
R$ 1,00 investido no ativo gera de riqueza, a ser transferido para vários setores
que se relacionam com a empresa. (PGR = Valor adicionado/Ativo).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Valor Adicionado 1.084.741,55
Ativo 1.602.994,19
PGR 0,68
Para cada R$ 1,00 investido no ativo é gerado R$ 0,68 de riqueza.
Retenção da receita: mostra quanto fica na empresa acrescentando
valor ou benefício para funcionários, acionistas, governo, financiadores e lucro
retido. (RR = Valor adicionado/Receita Total).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Valor Adicionado 1.084.741,55
Receita Total 1.620.171,88
RR 0,67
Para cada R$ 1,00 de vendas a fica para a empresa R$ 0,67.
Valor adicionado per capita: indica quanto cada empregado contribui para a
formação da riqueza da empresa. (VAPC = Valor adicionado/N° de
empregados).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Valor Adicionado 1.084.741,55
N° de empregados 20
RR 54.237,08
Cada empregado contribui com R$ 54.237.08 para formar a riqueza da
empresa.
38
Índice de distribuição da riqueza: indica o quanto cada distribuição
representa dentro do valor adicionado. (Riqueza distribuída/Valor adicionado).
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Pessoal 136.109,51
Valor Adicionado 1.084.741,55
Pessoal em % 13
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Impostos 657.356,59
Valor Adicionado 1.084.741,55
Impostos em % 60
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Alugueis 6.000,00
Valor Adicionado 1.084.741,55
Alugueis em % 1
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Dividendos 67.752,68
Valor Adicionado 1.084.741,55
Dividendos em % 6
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA
Lucro 217.522,77
Valor Adicionado 1.084.741,55
Lucro em % 20
39
Quadro com o resumo das porcentagens de distribuição da riqueza.
Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA (%)
Pessoal 13
Impostos 60
Alugueis 1
Dividendos 6
Lucro 20
Na DVA a maior parte da riqueza gerada é de 60% que é distribuída
para o governo, ficando apenas 26% da riqueza para remunerar os sócios
somando os dividendos e o lucro.
40
Capitulo IV
4 ANALISE DE INVESTIMENTOS
4.1 Analise de oportunidade de investimentos da Empresa que
agreguem valor ao negócio.
Investimento: ato ou efeito de investir, de atacar, investida, aplicações
de capital com finalidade lucrativa.
Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um
investimento:
Retorno,
Prazo e
Proteção
Ao avaliar determinado tipo de investimento, o investidor deve estimar,
portanto, sua rentabilidade ou lucro, sua liquidez e seu grau de risco. A
rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe
definir o nível que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou
menor lucratividade.
Todos os tipos de investimento existentes no sistema financeiro nacional
abrangem aplicações em ativos diversos, negociados no mercado financeiro. A
rentabilidade proporcionada por cada tipo de investimento depende
diretamente da variação de desempenho do ativo financeiro utilizado como
referência do investimento.
Pelo fato de a empresa Miss Cacau estar no ramo alimentício a
oportunidade de investimento pode ser em empresas de comercio que estão no
mesmo ramo, só que do contrário da Miss Cacau que é uma indústria, é
interessante investir em empresas do comercio de chocolate. Existem no
mercado empresas pequenas pouco conhecidas que precisam de investidores
para alavancar, no entanto, o investidor deve analisar para saber se é viável ou
não investir nessas empresas.
Em Guarulhos tem um comercio de doce chamado Guaru Doces, esta
empresa tem intenção de fazer uma cisão parcial que se consiste em vender
parcelas do seu patrimônio para uma empresa ou mais empresas, ou seja, esta
é a oportunidade de investimento da Miss Cacau.
41
4.2 Simulação e analise de investimento em outra companhia
A Guaru Doces tem os seguintes dados a serem analisados.
DADOS PARA ANALISE
Patrimônio Líquido da Investida (R$) 200.000,00
Receita bruta de vendas mensal estimada (R$) 100.000,00
Custos e despesas mensais estimados (R$) 30.000,00
Considerando que a Miss Cacau compre 50% do Patrimônio Liquido da
investida e comparando com a TMA de 1,72% utilizada pela Miss Cacau os
fluxos de caixa ficariam da seguinte forma.
INVESTIMENTO GUARU DOCES
TMA 1,72% SALDO
INVESTIMENTO (100.000,00) (100.000,00)
1 35.000,00 (65.000,00)
2 35.000,00 (30.000,00)
3 35.000,00 5.000,00
4 35.000,00 40.000,00
5 35.000,00 75.000,00
6 35.000,00 110.000,00
7 35.000,00 145.000,00
8 35.000,00 180.000,00
9 35.000,00 215.000,00
10 35.000,00 250.000,00
11 35.000,00 285.000,00
12 35.000,00 320.000,00
Os lucros mensais foram considerados apenas os 50% da participação
da Miss Cacau, e para a analise os fluxos de caixa foram projetados por 12
meses.
Cálculos para análise da viabilidade do projeto.
TIR 33,95%
VPL (R$) 276.582,66
PAY BACK 3 meses aproximadamente
42
Foi utilizado três técnicas para concluir a análise da viabilidade do
projeto.
VPL: Valor Presente Líquido, ou seja, um projeto deve ser aceito
sempre que a VPL for positiva.
TIR: Taxa de desconto que iguala a VPL a zero, ou seja, um
projeto deve ser aceito quando sua TIR for superior ao retorno
exigido.
PAY BACK: É o prazo necessário para que os fluxos de caixa de
um investimento igualem seu custo, ou seja, um projeto deve ser
aceito caso seu PAY BACK seja inferior a um prazo limite.
O retorno do projeto analisado é 33,95% ao ano o que equivale a 2,47%
ao mês, enquanto a TMA da Miss Cacau é de 1,72% ao mês, considerando o
prazo de retorno do investimento em aproximadamente 3 meses, o valor
presente líquido ser positivo e a taxa interna de retorno ser superior a que a
Miss Cacau tem este projeto é viável.
4.3 Simulação e analise de operação de Leasing
Leasing: conhecido também como arrendamento mercantil é um
contrato pelo qual o cliente adquire o direito de utilizar um produto e que ao
final do contrato ele pode renovar este contrato ou comprar o bem. O leasing é
semelhante a um aluguel, mas com a opção de adquirir o bem no término do
contrato.
O leasing se divide em duas modalidades.
Leasing Financeiro: é a operação na qual o arrendatário tem a intenção
de ficar com o bem ao término do contrato, exercendo a opção de compra pelo
valor contratualmente estabelecido.
43
Leasing Operacional: é a operação na qual o arrendatário, a princípio,
não tem intenção de adquirir o bem ao final do contrato, podendo devolver o
bem, prorrogar o contrato ou também adquirir o bem pelo valor de mercado.
Como a Miss Cacau está em processo de expansão, a empresa tem
interesse em adquirir mais uma máquina para melhorar o seu processo de
produção, para isso, foi feito uma simulação e analise para financiamento no
valor de R$ 300.000,00 junto ao Banco Itaú-Unibanco e Banco do Brasil
conforme abaixo.
LEASING X LEASING Y
Valor do bem R$ 300.000,00 Valor do bem R$ 300.000,00
Valor residual R$ 60.000,00 Valor residual R$ 30.000,00
Juros Mensais 0,82% Juros Mensais 2,88%
N° Parcelas 1+11+VR N° Parcelas 1+11+VR
FLUXOS (R$) FLUXOS (R$)
V. FINANC. -(300.000,00) V. FINANC. -(300.000,00)
1 50.000,00 1 40.000,00
2 21.057,27 2 26.969,64
3 21.057,27 3 26.969,64
4 21.057,27 4 26.969,64
5 21.057,27 5 26.969,64
6 21.057,27 6 26.969,64
7 21.057,27 7 26.969,64
8 21.057,27 8 26.969,64
9 21.057,27 9 26.969,64
10 21.057,27 10 26.969,64
11 21.057,27 11 26.969,64
12 21.057,27 12 26.969,64
Valor Residual 60.000,00 Valor Residual 30.000,00
TIR 2% TIR 3%
A Miss Cacau optou por simular um leasing financeiro, no qual, ao final
do contrato a intenção é de adquirir a máquina, diferente de uma operação de
investimento onde o projeto que deve ser escolhido é o que tem uma taxa
maior de retorno no financiamento à visão deve ser invertida, ou seja, a
arrendadora que tiver a menor taxa de retorno é a que deve ser aceita.
44
LEASING X
LEASING Y
Juros estipulados 0,82%
Juros estipulados 2,88%
Juros reais 2,00%
Juros reais 3,00%
A arrendadora X estipulou juros de 0,82% ao mês, só que na realidade
ela está cobrando 2% ao mês, enquanto a arrendadora Y estipulou 2,88% e
está cobrando 3% ao mês, ou seja, embora a entrada e o valor residual da
arrendadora Y sejam menores, é mais viável para a Miss Cacau optar pela
arrendadora X, pelo fato do percentual de juros serem menores.
4.4 Possíveis Taxas Internas de Retorno
Considerando apenas a simulação de investimento já em janeiro de
2014 na Guaru Doces no 1° trimestre de 2014, a Miss Cacau teria a seguinte
taxa interna de retorno.
TMA 1,72%
INVESTIMENTO (100.000,00)
Jan/14 35.000,00
Fev/14 35.000,00
Mar/14 35.000,00
TIR 2,48%
De modo geral considerando todas as entradas e saídas de caixa do 1°
trimestre de 2014 e do fluxo de caixa de 2013 a Miss Cacau teria a seguinte
taxa interna de retorno, considerando o capital social investido no início de
suas atividades.
TMA 22,71% INVESTIMENTO (700.000,00) Ano 1 910.028,49 Ano 2 533.302,71
TIR 73,83%
Considerando a TMA anual da Miss Cacau, a taxa interna de retorno
aumentou em 41,66%.
45
Capitulo V
5 CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇOS
5.1 Analise da possibilidade de participação em outras
companhias.
Para analisar a possibilidade de participação em outra companhia, a
Miss Cacau tem os seguintes dados a serem analisados.
Disponível 922.317,29
A pagar em curto prazo 665.720,81
Total p/ possível investimento 256.596,48
No disponível foi considerado apenas o que tem no banco e no caixa, e
as obrigações a pagar foram considerados todas as contas que vencem em 30
dias. No entanto para que a Miss Cacau continue com dinheiro para cobrir
alguma emergência a empresa poderá investir apenas uma parte do que restou
de disponível pagando todas as contas em curto prazo, o que corresponde R$
100.000,00 que significa aproximadamente 38,97% do total para possível
investimento.
5.2 Simulação de operação de consolidação de balanços e entre
empresas.
A consolidação das demonstrações contábeis, mais conhecida por
consolidação de balanços, é uma técnica contábil que consiste na unificação
das demonstrações contábeis da empresa controladora e de sua controlada,
visando apresentar a situação econômica e a financeira de todo o grupo como
se fosse uma única empresa.
As demonstrações que devem ser consolidadas são:
Balanço Patrimonial,
Demonstração do Resultado do Exercício.
46
A Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor
Adicionado são elaboradas a partir do balanço patrimonial e da DRE já
consolidados.
Considerando um investimento de R$ 100.000,00 da Miss Cacau em
outra companhia, ela sofreu um aumento no ativo não circulante no grupo do
investimento e uma redução no ativo circulante no grupo caixas e equivalentes
de caixa.
INVESTIMENTO
D- Participação Societária 100.000,00
C- Banco
Calculo para atualização do investimento.
ATUALIZAÇÃO DO INVESTIMENTO
Patrimônio Líquido da Investida 410.000,00
(x) % da Participação Societária 50
(=) Valor Atualizado do Investimento 205.000,00
Apuração do resultado de equivalência patrimonial.
EQUIVALENCIA PATRIMONIAL
Valor do Investimento Atualizado 205.000,00
(-) Valor Original do Investimento 100.000,00
(=) Valor da Equivalência Patrimonial 105.000,00
A Miss Cacau teve um ganho pela equivalência patrimonial de R$
105.000,00.
Para evitar o inchamento artificial nos lucros em virtude de transações
realizadas entre as companhias foi necessário realizar as seguintes
eliminações.
Eliminação da participação societária (Investimento).
D- Capital Social (BP) 100.000,00
D- Ganho P/ MEP (DRE) 105.000,00
C- Investimento (BP) 205.000,00
47
Eliminação da participação dos minoritários.
D- Capital Social (BP) 100.000,00
D- (-) Minoritários (DRE) 105.000,00
C- Participação dos minoritários (BP) 205.000,00
Demonstração do Resultado do Exército consolidada.
DRE CONSOLIDADA (1° TRIMESTRE/2014)
CONTAS MISS CACAU GUARU DOCES ELIMINAÇÕES
CONSOLIDADO DÉBITO CRÉDITO
Receita de Vendas 1.456.570,50 300.000,00 1.756.570,50
(-) Custos e Despesas (723.939,02) (90.000,00) (813.939,02)
Lucro Bruto 732.631,48 210.000,00 942.631,48
Resultado da Equiv. Patrimonial. 105.000,00 105.000,00 -
Lucro Liquido 837.631,48 210.000,00 1.047.631,48
(-) Minoritários 105.000,00 (105.000,00)
LUCRO CONSOLIDADO 210.000,00 942.631,48
48
Balanço Patrimonial consolidado.
49
5.3 Conceito de Controlada e Coligada.
Controlada: é a sociedade na qual outra sociedade diretamente ou
indiretamente através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que
lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais
e o poder de eleger a maioria dos administradores.
Coligada: é a sociedade na qual uma investidora tem influência
significativa, ou seja, detém ou exerce o poder de participar das decisões das
políticas financeiras ou operacionais da investida, sem controlá-la.
50
Capitulo VI
6 CONTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
6.1 Projetos que reduzam impactos ambientais.
O desenvolvimento econômico sem compromisso com o capital social
torna-se desumano e provoca exclusão social e danos ao meio ambiente que
afetam essa e as próximas gerações.
As empresas possuem papel destacado nesse processo já que possuem
recursos financeiros e podem transferi-lo de forma mais eficaz que o governo,
por estarem culturalmente habituados a trabalharem com metas e resultados.
È importante investir em pesquisas tecnológicas que desenvolvam
tecnologias menos agressivas ao meio ambiente e melhoras significativas à
qualidade de vida humana.
Algumas atitudes simples podem reduzir os danos que as empresas
causam ao meio ambiente.
Uso de Biocombustível diminui a emissão de gases que causam o
efeito estufa.
Diminuir as viagens corporativas para reuniões as conferencias
on line são uma alternativa.
Substituição das lâmpadas comuns por lâmpadas fluorescentes
ou de Led, pode significar economia de 70%.
Uso de moveis de madeira certificada ou reciclada, esses bens
são produzidos de forma sustentável.
Manutenções dos ares-condicionados além de economizar auxilia
na não proliferação de doenças respiratórias.
Desligar todos os computadores após sua utilização.
Prefira notebook ao invés de desktop, são mais econômicos.
Uso de coletores seletivos.
51
Squeeze térmicos diminuem a utilização de copos descartáveis.
Torneiras e iluminação com sensores de presença
Envelopes retornáveis para a circulação de correspondência
interna.
Softwares integrados além de aperfeiçoar os processos diminui a
necessidade de impressão.
Incentivo da comunicação via e-mail ou comunicadores on line ao
invés de telefone.
É importante que exista conscientização de todos os envolvidos no
processo e fiscalização também se faz necessário para que haja continuidade
efetiva das medidas adotadas.
6.2 Impactos produzidos e as medidas tomadas no decorrer das
operações.
As questões ambientais vêm sendo cada vez mais discutidas e
influenciadas por três grandes forças são elas sociedade, mercado e governo.
A gestão ambiental permite que a empresa reavalie seus processos
produtivos bem como os impactos gerados por este. Assim é possível aliar um
processo produtivo sustentável e ao longo do processo economicamente
viável.
As diretrizes ambientais são percebidas facilmente pelo mercado e
podem ser usada como diferencial de mercado.
Assim sendo a empresa em questão tem em seu processo produtivo a
transformação do cacau em chocolate em barras e seus derivados.
A Miss Cacau identificou em seu processo produtivo a necessidade
constante de água para resfriamento dos equipamentos utilizados para
transformar o cacau “matéria-prima” em chocolate próprio para consumo.
52
Então as medidas adotadas para minimizar os danos causados ao meio
ambiente além das medidas já mencionadas no capítulo anterior à empresa
utiliza a água de reuso que é água resultante do tratamento de esgotos.
A água de reuso é produzida nas estações de tratamento de esgoto e
pode ser utilizada para inúmeras finalidades.
Refrigeração de maquinas e equipamentos
Aproveitamento em processos industriais
Limpeza de ruas, praças, escadas
Regar jardins
Esta foi à forma que a empresa achou para usar de forma consciente a
água e assegurar que as próximas gerações também tenham acesso a este
recurso que é essencial a vida.
6.3 Importância do Balanço Social.
O Balanço Social é um demonstrativo publicado anualmente com o
resumo de um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações
sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado,
acionistas e a comunidade.
Serve também para avaliar e multiplicar o exercício da responsabilidade
social corporativa.
No balanço social a empresa a empresa mostra o que faz por seus
profissionais, dependentes, colaboradores e comunidade, ou seja, sua função é
tornar pública a responsabilidade social empresarial.
O balanço social é uma ferramenta que quando construída por múltiplos
profissionais tem a capacidade de explicitar e medir a preocupação da empresa
com as pessoas e a vida do planeta.
53
Todos os grupos que interagem com a empresa são favorecidos por este
balanço, aos dirigentes fornece informações uteis a tomada de decisão relativa
aos projetos sociais que são desenvolvidos pela empresa, aos fornecedores e
investidores informa à relação que a empresa tem com suas responsabilidades
sociais e aos consumidores mostra a postura dos administradores e a
qualidade do produto ou serviço prestado e qual o caminho adotado para
consolidar a sua marca no mercado.
Para estimular mais empresas a participarem da publicação de seu
balanço social em 1998 foi lançado um selo com o nome de Selo Balanço
Social Ibase/Betinho, este é conferido as empresas que publicarem o seu
balanço social.
Selo Conferido as Empresas.
6.4 Sustentabilidade com base nos pilares comumente aceitos.
O termo “sustentável” vem do latim sustentare que significa sustentar,
defender, favorecer apoiar, cuidar e conservar.
O que pode ser entendido como a capacidade do ser humano de
interagir em harmonia com o mundo, preservando então o meio ambiente para
assegurar direitos iguais às próximas gerações.
A sustentabilidade segue alguns pilares, são eles:
Ser ecologicamente correto
Ser economicamente viável
Ser socialmente justo
54
Ser culturalmente diverso ou aceito
Sem considerar esses 4 pilares é impossível ser sustentável, na questão
social é preciso respeitar a diversidade humana e este por sua vez entender
que é essencial que respeitemos o meio em que vivemos e com um ambiente
degradado o nossa existência é abreviada, não há desenvolvimento econômico
tudo isso nos trará um futuro insustentável.
Um produto sustentável deve ter em todo seu ciclo de vida conte apenas
com procedimentos ambientais corretos e justo socialmente, tanto em suas
atividades de produção como de apoio.
A sustentabilidade Social abrange os direitos humanos, direitos do
trabalho e de governança coorporativa, deve ter igualdade de acesso aos
recursos tanto na atual geração quanto nas próximas.
A sustentabilidade ambiental procura garantir que os processos atuais
de interação com o meio ambiente sejam conduzidos de forma a preservar o
meio ambiente. Esta envolve tomada de decisões que são do interesse de
proteção dos elementos e recursos naturais.
O que não deve acontecer nos dias atuais é consumirmos mais recursos
naturais do que aqueles que somos capazes de repor ou integrá-lo ao seu meio
novamente.
Não se trata mais de redução da quantidade de lixo produzido ou
consumir menos energia, mas a preocupação com o desenvolvimento de
processos que levarão os negócios a se tornarem completamente sustentáveis.
55
6.5 Governança corporativa, com foco no negócio praticado.
“Avaliar a empresa com o intuito de gerencia-la com base na
evolução do seu valor é preocupação atual de praticamente todos os
principais executivos, fazendo com que nos próximos anos a criação
de valor para o acionista se torne o padrão global para a mensuração
do desempenho do negócio”.
(Rappaport, 1998 p. 01)
O termo governança coorporativa foi criado no início da década de 1990
nos Estados Unidos, para definir regras que regem o relacionamento dentro de
uma companhia dos interesses de acionistas controladores, acionistas
minoritários e administradores.
A Governança Corporativa surgiu para superar o "conflito de agência"
clássico. Nesta situação, o proprietário (acionista) delega a um agente
especializado (administrador) o poder de decisão sobre a empresa (nos termos
da lei), situação em que podem surgir divergências no entendimento de cada
um dos grupos daquilo que consideram ser o melhor para a empresa e que as
práticas de Governança Corporativa buscam superar. Este tipo de conflito é
mais comum em sociedades como os Estados Unidos e Inglaterra, onde a
propriedade das companhias é mais pulverizada.
No Brasil, em que a propriedade concentrada predomina, os conflitos se
intensificam à medida que a empresa cresce e novos sócios, sejam
investidores ou herdeiros, passam a fazer parte da sociedade. Neste cenário, a
Governança também busca equacionar as questões em benefício da empresa.
A Governança Coorporativa é o sistema pelo qual as companhias são
dirigidas e controladas visando assegurar aos fornecedores de recursos
financeiros um retorno adequado por seus investimentos.
Este conjunto de mecanismos e controles, internos e externos, que
permite aos cooperados definir e assegurar a execução dos objetivos das
cooperativas, assegurando sua continuidade e os princípios de cada empresa.
56
A legislação societária reconhece a importância dos Stakeholders, em
seu artigo 116 da lei 6.404/76 parágrafo único, diz que; “o acionista controlador
deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e
cumprir sua função social, e tem deveres e tem deveres e responsabilidades
para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com
a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar
e atender”.
Não se deve agir em desacordo com a legislação pertinente, isso
caracteriza fraude que é a ação ou comportamento de quem tem a intenção de
ludibriar algo ou alguém em favor próprio ou da entidade. Esta pratica é imoral
e nos dias atuais vem sendo punida com rigor.
57
6.6 Balanço Social utilizando o modelo IBASE.
Existem três principais modelos de Balanço Social ou Relatório de
Sustentabilidade o proposto pelo Instituto Brasileiro de Análises e Econômicas
(Ibase), o outro proposto pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade
Social e o internacional sugerido pela Global Reporting Initiative (GRI).
Todos eles têm a intenção de definir minimamente as informações a
serem publicadas para dar transparência às atividades das empresas. Algumas
organizações produzem relatórios em formato próprio, estes que geralmente
são definidos internamente pela área de comunicação.
Modelo Ibase: lançado em 1997, o Balanço Social Modelo Ibase inspira-
se no formato dos balanços financeiros. Expõem, de maneira detalhada, os
números associados à responsabilidade social da organização. Em forma de
planilha, reúne informações sobre a folha de pagamentos, os gastos com
encargos sociais de funcionários e a participação nos lucros. Além disso,
detalha as despesas com controle ambiental e os investimentos sociais
externos nas diversas áreas — educação, cultura, saúde etc.
Guia de Elaboração de Balanço Social do Instituto Ethos
Baseado num relato detalhado dos princípios e das ações da organização, este
guia incorpora os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial e
a planilha proposta pelo Ibase, sugerindo um detalhamento maior do contexto
das tomadas de decisão em relação aos problemas encontrados e aos
resultados obtidos.
Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade, da Global Reporting
Initiative (GRI): este modelo, considerado o mais completo e abrangente,
contam com princípios para definição adequada do conteúdo do relatório e
para garantir a qualidade da informação relatada, indicadores de desempenho
e protocolos técnicos com metodologias de compilação, fontes de referências
etc. Considerado o padrão internacional de relatórios de sustentabilidade, o
modelo GRI está em sua terceira versão, a chamada G3.
Apesar desses modelos as empresas se inovam para propôs seus
próprios balanços sociais, relatórios integrados e notas explicativas.
58
Capitulo VII
7 CONTABILIDADE DE ATIVIDADES ESPECIFICAS
7.1 Aplicação contábil em negócios específicos
Cada empresa tem suas particularidades e a contabilidade por sua vez é
relevante a todas as entidades por fornecer subsídios aos administradores para
tomar as decisões mais adequadas a cada situação, avaliar o patrimônio e
planejar os próximos passos.
A contabilidade quando direcionada a um determinado ramo de atividade
“segmento especifico”, carrega junto o nome da atividade, ou seja,
Contabilidade Agrícola, Contabilidade Rural, Contabilidade Hospitalar,
Contabilidade Ambiental e assim por diante.
Cada ramo de atividade especifica necessitam de planos de contas
diferenciados capazes de atender as necessidades de cada uma delas.
Na Contabilidade Rural, por exemplo, o ativo circulante pode ser de até
três (03) anos o que não ocorre em demais segmentos, já na Contabilidade
Hospitalar a procura pelos serviços diminui nos meses de férias (janeiro,
fevereiro, dezembro e julho).
Essa informação especifica são importantíssimas a cada ramo de
atividade, daí a necessidade de profissionais qualificados e aptos a atuar
nestes segmentos.
59
7.2 Pratica contábil em atividade especificas.
São muitas as atividades especificas existente e suas aplicações em
cada ramo.
A Contabilidade Financeira é a mais utilizada nas Indústrias,
Prestadores de Serviços, Comercio, Varejo, Sociedades Anônimas e outras.
Envolve diretamente todas as técnicas e procedimentos contábeis
utilizados na elaboração de demonstrações é de cunho obrigatório e por isso
bem difundido no mercado.
A Contabilidade Fiscal envolve as rotinas de apuração de impostos e
contribuições, incluindo escrituração fiscal e contábil.
A Contabilidade Gerencial está voltada exclusivamente para
administração da empresa e busca suprir de informações os gestores
envolvem todos os elementos da contabilidade financeira, de custos,
orçamentos, etc. Todos eles alocados por centro de custo, departamentos visto
de uma ótica diferente mais analítico, para auxiliar o processo decisório.
A Contabilidade Governamental o objetivo principal da contabilidade
pública é captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que
afetem a situação orçamentária financeira ou patrimonial das entidades de
direito público, ou seja, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Esta
abrange basicamente os governos Federal e estadual.
A Contabilidade Rural está diretamente relacionada ao meio rural que
tem procedimentos diferenciados para a contabilização de suas atividades, vale
observar que ainda que este ramo tenha grande potencial de crescimento sua
participação de mercado é bem pequena devido a esses produtores serem
enquadrados como pessoa física.
A Contabilidade Internacional é voltada as normas contábeis de
empresas estrangeiras, inclui conversão das demonstrações financeiras em
outras moedas. Abrange as multinacionais e é necessária a harmonização das
normas e princípios contábeis.
60
A Contabilidade Ambiental tem a abordagem do patrimônio da
entidade e como gerir o mesmo de uma forma mais consciente através de
decisões sejam financeiras, econômicas, produção e social. Existe grande
incentivo por parte desta em fazer com que as entidades assumam posturas
éticas com relação ao meio ambiente e continuidade do negócio.
A Contabilidade Social envolve os procedimentos adotados na
divulgação de indicadores sociais nas demonstrações anuais das entidades,
inclusive aspectos ecológicos na forma do balanço social. São demonstrados
neste balanço são evidenciados dados como inclusão social de deficientes,
menores aprendiz entre outros.
A Contabilidade Internacional é voltada para empresas ao tratamento
contábil de empresas estrangeiras, conversão das demonstrações financeiras
em outras moedas, relatórios para as multinacionais cabe a está a
harmonização das normas e princípios contábeis que se tornou fundamental
devido a globalização.
A Contabilidade Bancaria são os procedimentos ligados a
contabilização de instituições financeiras e de credito. Tem procedimentos
diferenciados das empresas comerciais e industriais.
A Contabilidade Imobiliária está ligada a contabilização e elaboração
de demonstrações de empresas voltadas a construção civil.
A Contabilidade do Terceiro Setor é voltada as entidades sem fins
lucrativos, associações, partidos políticos, organizações religiosas.
Existem diversas áreas e suas peculiaridades e particularidade em
atividades especifica que demandam conhecimentos na área de atuação
podemos citar a Contabilidade Zootécnica “criação de animais”, por
exemplo, destaca-se ainda a Apicultura (criação de abelhas), Avicultura
(criação de aves), Pecuária (criação de gados), piscicultura (criação de peixes),
Sericultura (criação de bicho da seda).
Para cada ramo a contabilidade deverá ser direcionada a atender a
proposta da empresa de forma a suprir suas necessidades e atender a
legislação vigente para cada atividade.
61
7.3 Linguagem contábil utilizada nos segmentos específicos:
agricultura, pecuária, florestal e sem fins lucrativos.
Todo segmento ou ramo de atividade adota métodos e nomenclaturas
próprias e adequadas as suas necessidades, na contabilidade acontece da
mesma maneira.
Não só a nomenclatura é adaptável à atividade especifica, mas, o plano
de contas também sofre alteração e para tanto é personalizado de acordo a
realidade de informações necessárias a cada entidades.
Vejamos algumas situações que não comuns a todas as atividades e sim
a uma em especial a “agricultura”;
Como uma particularidade especifica da agricultura, por exemplo, é
referente ao exercício social que em entidades comerciais, industriais e de
serviços encerram-se em 31/12 do ano vigente. Na atividade agrícola a
mensuração da receita não ocorre todos os meses e sim normalmente durante
a colheita que pode ocorrer durante alguns dias de um mês do ano o que
reflete a “sazonalidade agrícola”.
Então o ano agrícola é o tempo em que se leva para plantar, colher e
comercializar a safra, esta que pode ser armazenada para valorização porem é
considerado encerramento do exercício ao final da colheita.
Existe ainda diferenciação no que tange a contabilização desses
produtos vejamos:
Cultura temporária: são sujeitas ao replantio após sua colheita,
tem período de vida curto e logo depois de sua colheita são
arrancados do solo para novo plantio “milho, soja, arroz, feijão,
62
batata, legumes, cebola, alho são exemplos desse tipo de
cultura”.
A sua contabilização dos custos ocorre no Ativo Circulante e seus
custos acumulados em uma conta que leva nome especifico da cultura
pertencentes a conta “Cultura Temporária”. Os custos utilizados podem ser
sementes, fertilizantes, combustível, inseticidas, mão de obra.
Cultura Permanente: esta permanece ligada ao solo e
proporcionam novas colheitas ou produção que normalmente tem
durabilidade mínima de 4 anos. São exemplos dessa cultura a
cana-de-açúcar, laranjeira, limoeiro, oleicultura, frutas arbóreas
(maçã, pera, jaca, goiaba, uva).
Estes custos que podem ser fungicidas, herbicidas, adubo, mudas,
sementes, equipamentos serão classificados como Ativo Não Circulante –
Imobilizado.
Existem inúmeras linguagens cada uma das diversas atividades
existentes utiliza uma que mais se adeque a realidade empresarial.
Agora vejamos diferentes adequações aos planos de contas por ramo de
atuação.
Para o Terceiro Setor:
1.2.2 – Investimentos
Para o Setor da Saúde:
1.2.2 – Aplicações Financeiras
Para o Setor Industrial:
1.2.2 – Outras Contas Realizáveis
Para Atividades Pecuária
112.2 Duplicatas a Receber – Empresas Ligadas
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Podemos notar que houve variação na nomenclatura de cada conta e
cada uma foi adequada aos usuários da determinada atividade.
Atualmente as atividades são divididas em três setores principais, são
eles.
1° Setor: Este é composto pelo governo que tem por
responsabilidade as questões sociais.
2° Setor: Este é o poder privado são responsáveis por questões
individuais e particulares de cada entidade e visa o “lucro”
3° Setor: Estas são compostas por organizações sem fins
lucrativos e não governamentais, geram serviços de caráter
público.
Este último setor acaba que supri uma deficiência por parte do governo
que não consegue arcar com todas as suas responsabilidades perante a
sociedade.
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Capitulo VIII
8 RELATORIOS E PARECERES
8.1 Notas explicativas das demonstrações contábeis de acordo
com as normas internacionais (IFRS), CFC e legislação
societária.
Notas explicativas: são informações que visam complementar as
demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela
empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos de
depreciação e os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais.
Abaixo notas explicativas Miss Cacau.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31
DE DEZEMBRO DE 2013.
1) CONCEITO OPERACIONAL.
A Miss Cacau Indústria Alimentícia LTDA é uma sociedade empresaria
limitada, com sede e foro na cidade de Guarulhos/ SP, tendo como objeto
social a fabricação de barras de chocolate, trufas, bombons e cremes de
chocolate, com início de atividades em 24/07/2013.
2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.
As demonstrações contábeis foram elaboradas em consonância com os
ditames do ITG 1000, além dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e
demais práticas emanadas da legislação societária brasileira.
3) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS.
3.1) Aplicações Financeiras.
A empresa nunca efetuou aplicações financeiras.
3.2) Direitos e obrigações.
Estão demonstrados pelos valores históricos, acrescidos das
correspondentes variações monetárias e encargos financeiros, observando o
regime de competência.
3.3) Imobilizado.
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Demonstrados pelo custo de aquisição, deduzido o ICMS devido o
aproveitamento pelo CIAP e das depreciações acumuladas calculadas pelo
método linear.
3.4) Ajuste de avaliação patrimonial.
A empresa nunca efetuou ajuste de avaliação patrimonial.
3.5) Investimento em empresas coligadas e controladas.
A empresa não participa do capital social de outras sociedades.
3.6) Tributos Federais.
A empresa está no regime de lucro real e contabiliza os encargos
tributários pelo regime de competência.
4) EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS.
A empresa conta com um passivo, relacionado à financiamento, no valor
de R$ 256.009,50, junto à instituições financeiras nacionais.
5) RESPONSABILIDADES E CONTINGÊNCIAS.
Não há passivo contingente registrado contabilmente, tendo em vista
que os sócios administradores da empresa, escudados em opinião de seus
consultores e advogados, não apontam contingências de quaisquer natureza.
6) CAPITAL SOCIAL.
O capital social é de R$ 700.000,00, dividido em 700.000 quotas de R$
1,00, totalmente integralizados, apresentando a seguinte composição:
Jessica de Oliveira Marques da Costa – 50%.
Matheus de Oliveira Marques Dantas – 50%.
7) PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO.
E empresa não tem propriedades para investimento.
8) EVENTOS SUBSEQUENTES.
Os administradores declaram a inexistência de fatos ocorridos
subsequentemente à data de encerramento do exercício que venham a ter
efeito relevante sobre a situação patrimonial ou financeira da empresa ou que
possam provocar efeitos sobre seus resultados futuros.
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Guarulhos, 31 de dezembro de 2013.
Jessica de Oliveira Marques da Costa: _______________________ (Sócio Administrador (a))
Kelly de Sousa Gaspar: __________________________________
(Contador (a))
8.2 Importância dos relatórios de auditoria para as organizações.
Os relatórios de auditoria representam a fase final do processo e
consiste em uma narração ou descrição escrita ordenada e minuciosa dos fatos
que foram constatados, com base em evidências concretas, durante os exames
de auditoria, representam a fase mais significativa do trabalho e se constitui no
seu produto final.
É o instrumento técnico pelo qual o auditor comunica ou apresenta os
resultados dos trabalhos realizados, seus comentários, observações,
conclusões, opiniões e recomendações, além de providencias necessárias que
devem ser tomadas pela administração.
Portanto o relatório de auditoria é a exposição fundamentada de
comentários conclusivos, em que são descritos os fatos positivos e negativos
de maior importância e sugerindo respectivas conclusões.
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CONCLUSÂO
A globalização faz com que as empresas deixem de ser apenas
nacionais para se tornarem mundiais, fato que exige maior transparência
possível diante as transações operadas pelas entidades.
A Governança Corporativa e Sustentabilidade são as diretrizes que
devem inovar os negócios já existentes e os novos que ainda virão, por isso é
necessário que as empresas se antecipem as novas mudanças principalmente
no que tange a legislação e harmonização das normas contábeis.
No aspecto econômico fica evidente a grande importância da
contabilidade como denominador comum para mensuração das atividades
econômicas das entidades. È a contabilidade que irá trazer a homogeneidade
universal no tratamento, registro e divulgação de fatos contábeis de uma
mesma natureza.
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BIBLIOGRAFIA
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sustentabilidade. 1° edição – reimpressão. São Paulo: Atlas, 2010.
CHING, Hong Yuh. MARQUES, Fernando. PRADO, Lucilene. Contabilidade e
Finanças para não especialistas. 3° edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
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contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. 12° edição. São
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Investors. 2° edition. The Free Press, 1998. 205 p.
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SLOMSKI, Valmor. REZENDE, Amaury José. CRUZ, Cassia Vanessa Alves
Olak. ARNALDO, Paulo. Contabilidade do terceiro setor: uma abordagem
operacional: aplicável às associações, fundações, partidos políticos e
organizações religiosas. 1° edição. São Paulo: Atlas, 2012.
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