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2ª geração prosa

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2ª GERAÇÃO DA PROSA MODERNISTA

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2ª geração - Prosa

Profª. Nathaly Caldas

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Essa geração alargava a sua área de interesse ao incluir preocupações novas de ordem política, social, econômica, humana e espiritual. A consciência da nacionalidade, que predominou na década de 1920, a partir de 1930 tende a ampliar-se e a tornar-se consciência social mais ampla, que situa as questões regionais e locais num contexto universalista.

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Rica na produção poética e também na prosa. O universo temático amplia-se com a preocupação dos artistas com o destino do Homem e no estar-no-mundo. Ao contrário da sua antecessora, foi construtiva.

Segunda geração (1930-1945) - Prosa

A maioria dos poetas de 30 absorveram experiências de 22, como a liberdade temática, o gosto da expressão atualizada ou inventiva, o verso livre e o antiacademicismo. Assim não precisou ser tão combativa quanto a de 22, devido a utilização de uma linguagem poética modernista já estruturada. Passaram a aprimorá-la, prosseguindo a tarefa de purificação de meios e formas direcionando e ampliando a temática da inquietação filosófica e religiosa.

A prosa aumenta sua área de interesse ao incluir preocupações de ordem política, social, econômica, humana e espiritual. A piada foi sucedida pela gravidade de espírito, a seriedade da alma, propósitos e meios.

Essa geração foi grave, assumindo uma postura séria em relação ao mundo, cujas dores, considerava-se responsável. Outra característica dessa época é o encontro do autor com seu povo, havendo uma busca do homem brasileiro em diversas regiões, tornando o regionalismo importante.

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Segunda geração (1930-1945)

Principais Autores – Prosa

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Cornélio Pena (1896-1958) Cyro dos Anjos (1906-1994) Érico Veríssimo (1905-1975) Graciliano Ramos (1892-1953) Jorge Amado (1912-2001) José Américo de Almeida (1887-1957) José Lins do Rego (1901-1957) Lúcio Cardoso (1913-1968) Marques Rebelo (1907-1973) Octávio de Faria (1908-1980) Patrícia Galvão (1910-1962) Rachel de Queiroz (1910-2003)

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Foi tradutora, escritora, jornalista e dramaturga brasileira.Autora de destaque na ficção nordestina e temas sobre a mulher. Sua prosa regionalista retrata, numa linguagem enxuta e viva, o Ceará. A autora consegue aliar a preocupação social (flagelo da seca e coronelismo) à preocupação com os traços psicológicos das personagens.

Principais obras: O Quinze, Memorial de Maria Moura, João Miguel, Caminho de Pedras e Lampião.

Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha, mantida pelo escritor, em companhia de Murilo Mendes (poesia) e Cícero Dias (pintura). Conhece integrantes do Partido Comunista; de volta a Fortaleza ajuda a fundar o PC cearense.

Casa-se com o poeta bissexto José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro. Fingindo concordar, Rachel pega os originais de volta e, depois de dizer que não via no partido autoridade para censurar sua obra, foge do local "em desabalada carreira", rompendo com o Partido Comunista.

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O QUINZE(...) E se não fosse uma raiz de mucunã arrancada aqui e além, ou alguma batata-branca que a seca ensina a comer, teriam ficado todos pelo caminho, nessas estradas de barro ruivo, semeado de pedras, por onde eles trotavam trôpegos se arrastando e gemendo (...)

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O Quinze é o primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz, publicado em 1930. O título se refere a grande seca de 1915, vivida pela escritora em sua infância.A trama se dá em dois planos, um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família, o outro a relação afetiva de Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora.Conceição é apresentada como uma moça que gosta de ler vários livros, inclusive de tendências feministas e socialistas o que estranha a sua avó, Mãe Nácia - representante das velhas tradições. O período de férias, Conceição passava na fazenda da família, no Logradouro, perto do Quixadá. Apesar de ter 22 anos, não dizia pensar em casar, mas sempre se "engraçava" a seu primo Vicente. Ele era o proprietário que cuidava do gado, era rude e até mesmo selvagem.

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PERSONAGENSConceição - Conceição é forte de espírito, culta, humana e com idéias um tanto avançadas sobre a condição feminina. O único homem que lhe despertou desejos é o primo Vicente. Conceição tem uma admiração antiga e especial pelo rapaz, talvez porque ele é real, sem as falsidades comuns dos moços bem-educados. Ao descobrir que ele não é tão puro, a admiração esfria, criando uma barreira intransponível para a realização plena do seu amor. Tinha vocação para solteirona: "Conceição tinha vinte e dois anos e não falava em casar. As suas poucas tentativas de namoro tinham-se ido embora com os dezoito anos e o tempo de normalista; dizia alegremente que nascera solteirona". Conceição sente-se realizada ao criar Duquinha, o afilhado que lhe doaram Chico Bento e Cordulina. É uma realização íntima, preenchendo o vazio da decepção amorosa. http://4.bp.blogspot.com/-a6PB4rKe1io/UEqaKo-qJpI/AAAAAAAAB6I/UFhnVXe_P4g/s400/mulher_discreta.jpg

http://images.forwallpaper.com/files/images/f/fe1b/fe1be0d6/258201/cowboy-at-rodeo.jpg Vicente - Filho de fazendeiro rico, com condições de mandar os filhos para a escola, Vicente, desde menino, quis ser vaqueiro. No início, isso causava tristeza e desgosto à família, principalmente à mãe, Dona Idalina. Com o tempo, todos passaram a admirar o rapaz. Vicente é o vaqueiro não-tradicional da região. Cuida do gado com um desvelo incomum, mas cuida do que é seu, ao contrário dos outros (Chico Bento é o exemplo) que cuidam de gado alheio. Tem boas condições financeiras, mas é humano em relação à família e aos empregados. Vicente tinha dentes brancos com um ponto de ouro. Na intimidade, quando se põe a pensar na vida e na felicidade, associa tais coisas à Conceição. Tem uma admiração superior por ela. Gradualmente, à medida que vai notando a maneira fria com que ela passa a tratá-lo, Vicente começa a descrer no amor e na possibilidade de casar e ser feliz.

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Cordulina - É a esposa de Chico Bento. Personifica a mulher submissa, analfabeta, sofredora, com o destino atrelado ao destino do marido. É o exemplo da miséria como conseqüência da falta de instrução

Chico Bento - Chico Bento é o protótipo do vaqueiro pobre, cuidando do rebanho dos outros. Ele é o vaqueiro de Dona Maroca, da fazenda das Aroeiras, na região de Quixadá. Ele e Vicente são compadres e vizinhos. Como é peculiar da pobreza brasileira e nordestina, Chico Bento tem a mulher (Cordulina) e cinco filhos, todos ainda pequenos. Pedro, o mais velho, tem doze anos. Expulso pela seca e pela dona da fazenda, Chico Bento e família empreendem uma caminhada desastrosa em direção a Fortaleza. Perde dois filhos no caminho: um morre envenenado (Josias), o outro desaparece (Pedro). Antes de embarcar para São Paulo, é obrigado a dar o mais novo (Duquinha) para a madrinha, Conceição. De Fortaleza, Chico Bento e parte da família vão, de navio, para São Paulo. É o exílio forçado, é a esperança de vida melhor e, quem sabe, de riqueza para quem só conheceu miséria no Ceará.

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Ao decidir escrever Memorial de Maria Moura, - imenso painel sem retoque de relações sociais, culturais, morais e afetivas entre personagens sabia e comovidamente delineadas, Rachel de Queiroz adotou um estilo narrativo em que muitas sequências se encontram montadas maneira de uma telenovela. Tanto desta forma que a obra foi adaptada para a televisão (minissérie).O romance é uma das narrativas mais marcantes da escritora, também cronista do Estado, e a trama situa-se em meados de 1850, no sertão. Misturam-se na narrativa todas as forças e fraquezas; todas as virtudes e defeitos da condição humana, desde o amor ao ódio, desde o crime ao remorso.Na obra são retomados alguns dos temas básicos de Rachel de Queiroz: o Nordeste problemático, a preocupação social, a força da autora como criadora de figuras femininas singulares.

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Memorial de Maria Moura, publicado em 1992, escrito em primeira pessoa. O leitor se delicia com o discurso polifônico (várias vozes) e a mudança constante de ponto de vista: ora fala a personagem Marialva, ora o Beato Romano, e, no mais das vezes, a própria Moura conversa com o leitor. É quase possível vê-la, sentada no batente da fazenda, dentro de suas calas de homem, contando os "causos" de sua vida.Inicialmente, o romance tem três núcleos de ação: o de Maria Moura, dos primos inimigos dela e o do Padre José Maria (Beato Romo). Posteriormente surge o sub-núcleo Marialva e Valentim (com seus parentes mãe, pai e tio, no "circo"). Os últimos capítulos são narrados por Moura e pelo Beato que se joga numa aventura suicida com ela.

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Enredo

Maria Moura, ainda jovem, meteu-se em brigas com seus primos, por uma questão de herança de terra. A personagem mostra-se arisca desde os primeiros momentos em que aparece, no Brasil rural do século XIX que decorrem as empolgantes peripécias da vida dessa personagem, uma espécie de "José do Telhado" no feminino.Tinha ela apenas 17 anos de idade quando conheceu uma série de acontecimentos altamente dramáticos: encontrou a mãe morta, foi violada pelo padrasto e viu as suas terras cobiadas por primos sem escrúpulos. Enfrenta a ganância dos primos Irineu, Tonho e sua mulher Firma, já que a prima Marialva está mais interessada em fugir com um artista de circo de olhos verdes iguais aos dela.

Cercada pelos parentes, que pretendiam sequestrá-la e tomar suas posses, a moça incendeia sua casa no sítio Limoeiro, que ficava próximo da Vila Vargem da Cruz. Foge com um bando de homens, que lembram em tudo cangaceiros

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A partir desses acontecimentos, ela se embrenha no mato, organiza roubo, constitui morada, planta, manda assassinar o padrasto que a assediava desde os tempos que a mãe dela era viva “(...) Sonho com aquela cara de enforcada, a face roxa, os olhos estatelados, a ponta da língua saindo da boca, diz a sinhazinha, assim chamam Maria, cuja história se passa na época da escravidão no Brasil). A seguir, Maria trama a morte do assassino que ela mesma tinha seduzido para matar o padrasto

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Uma mulher vulgar sucumbiria a tantas adversidades, mas Maria Moura possua outra têmpera: ”Minha primeira ação tinha de ser a resistência [...] Vou procurar as terras da Serra dos Padres - e lá pode ser para mim outro começo de vida. Mas garantida com os meus cabras. Pra ninguém mais querer botar o pé no meu pescoço.”

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Sobre a criação desse livro, Rachel de Queiroz já contou: ”Eu estava fazendo um trabalho com minha irm Maria Luiza sobre a seca do Nordeste. Fomos procurar livros antigos e descobrimos que a primeira grande seca registrada oficialmente aconteceu em Pernambuco em 1602. Nessa seca, uma mulher chamada Maria de Oliveira tornou-se conhecida, porque, juntamente com os filhos e uns cabras, saiu assaltando fazendas. Pois eu fiquei com essa mulher na cabeça. Uma mulher que saía com os filhos e um bando de homens assaltando fazendas era a Lampiona da época, pensei. Ao mesmo tempo, eu sempre admirei muito a Rainha Elisabeth I da Inglaterra, que morreu no início do século XVII. Li várias biografias dela, a ponto de me sentir uma espécie de amiga íntima, dessas que conhecem todos os pensamentos e sofrimentos. A certa altura, pensei: Essas mulheres se parecem de algum modo. E comecei a misturar as duas. Estava pronto o esqueleto do romance. A partir da fui desenvolvendo os episódios (...)”

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Obras de Rachel de Queiroz

• O Quinze (1931)• João Miguel (1931• Caminho de Pedra (1931)• As três Maria (1939)• Dora, Doralina (1975)• Memórial de Maria Moura (1992)

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Graciliano RamosÉ o principal dos romancistas da geração de 1930, além de ter se dedicado à literatura, o escritor também exerceu atividades ligadas ao jornalismo, à vida pública e à política. Foi preso sob acusação de subversão e depois de passar por várias prisões, foi levado para a ilha Grande, no estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu dez meses encarcerado. Dessa experiência, nasceria Memórias do Cárcere, obra que ultrapassava os limites do pessoal para se tornar um importante depoimento da realidade brasileira da época e uma denúncia do atraso cultural e do autoritarismo da era Vargas.

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Obras de Graciliano Ramos

• Caetés (1933)• São Bernardo (1934)• Angústia (1936)• Vidas Secas (1938)

• Além de Romancista ele também escreveu ainda Contos, Crônicas e impressões de viagens

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São Bernardo

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Paulo Honório: personagem central e narrador do livro. Homem rude e violento, dá sua vida ao trabalho. Para conseguir o que quer, não mede esforços e nem meios, vindo a praticar diversos atos antiéticos.Negra Margarida: doceira que cuidou de Paulo Honório durante a infância.Salustiano Padilha: ex-dono da fazenda São Bernardo e pai de Luís. Luís Padilha: após a morte do pai herdou a fazenda, mas se entregou à bebida, jogos e às mulheres. Vítima dos planos de Paulo Honório, vê-se endividado e é obrigado a vender a fazenda.Madalena: professora primária que fora criada pela tia. Casa-se com Paulo Honório. Instruída e educada, tem opinião própria e forte, o que desagrada a seu marido.Dona Glória: tia de Madalena.Seu Ribeiro: senhor que trabalha na fazenda. Fica próximo de Madalena.Joaquim Sapateiro: ensina Paulo Honório a ler na prisão.Azevedo Gondim: jornalista amigo de Paulo Honório. Havia sido encarregado de escrever as histórias do narrador, mas por utilizar uma linguagem mais erudita, desentende-se com Paulo Honório.Casimiro Lopes: amigo antigo de Paulo Honório, executa as ordens dele sem pestanejar.Mendonça: dono da fazenda Bom-Sucesso, é assassinado para que Paulo Honório possa aumentar as áreas de sua fazenda.Dr. Magalhães: juiz amigo de Paulo Honório.

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Criado por uma negra doceira, Paulo Honório foi um menino órfão que guiava um cego e vendia cocadas durante a infância para conseguir algum dinheiro. Depois começou a trabalhar na duro na roça até os dezoito anos. Nessa época ele esfaqueia João Fagundes, um homem que se envolve com a mulher com quem Paulo Honório teve sua primeira relação sexual. Então é preso e durante esse período aprende a ler com o sapateiro Joaquim. A partir de então ele passa somente a pensar em juntar dinheiro.

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/sao-bernardo-resumo-obra-graciliano-ramos-702009.shtml

Saindo da prisão, Paulo Honório pega emprestado com o agiota Pereira uma quantia em dinheiro e começa a negociar gado e todo tipo de coisas pelo sertão. Assim, ele enfrente toda sorte de injustiças, fome e sede, passando por tudo isso com muita frieza e utilizando de meios antiéticos, como ameaças de morte e roubo. Após conseguir juntar algumas economias, retorna a sua terra natal, Viçosa, com o desejo de adquirir a fazenda São Bernardo, onde tinha trabalhado.

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Angústiahttp://livroseresumos.com.br/wp-content/uploads/2014/02/Angustia-graciliano-ramos.jpg

• Romance de confissão – livro escuro e sombrio• Economia vocabular – a palavra que corta como faca• Estudo completo da frustração• Sem predomínio de regionalismo• A paisagem interessa na medida que interage com psicológico

I- Personagens:• Luís da Silva – homem tímido e solitário• Marina – vizinha• Julião Tavares – homem rico e ousado• Seu Ramalho ( humilde ) e D. Adélia ( simples ) • Seu Ivo - presente• Criada Vitória• D. Mercedes – espanhola• Camilo Pereira da Silva, Velho Trajano, Amaro Vaqueiro

http://www.mundovestibular.com.br/articles/2494/1/ANGUSTIA---Graciliano-Ramos-Resumo/Paacutegina1.html

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Faz constantes alusões a sua infância - relata várias histórias desse tempo por todo o decorrer do livro. Seu avô, o velho Trajano, chegou a ter poder e escravos. Seu pai, Camilo Pereira da Silva, pegou os negócios na fazenda quando iam mal. Aos catorze anos perde o pai. "Desejava em vão sentir a morte de meu pai. Tudo aquilo era desagradável. [...] Que iria fazer por aí à toa, miúdo, tão miúdo que ninguém me via?". Vai para a cidade, onde passou fome até se estabelecer com emprego.

Angústia é um relato aflito das frustrações de Luís da Silva, personagem central. Este é um funcionário público que trabalha na diretoria da fazenda escrevendo artigos por encomenda. Jornalista e com pretensões literária.

Sempre foi muito isolado. "Eu ia jogar pião, sozinho, ou empinar papagaio. Sempre brinquei só." Passa horas no café, conversando com Moisés, judeu com ideias comunistas, mas não presta atenção. Pensa nas suas dívidas e prestações. Vive agitado, antigas imagens o perseguem, não consegue trabalhar, em tudo vê Julião Tavares e Marina. Esse é seu estado atual. Por volta de um ano, quando os negócios iam tranqüilos e equilibrados, avista pela primeira vez uma nova vizinha: Marina. Moça nova e bonita. Fica a observá-la até travar uma amizade que evolui para namoro. Se encontravam no quintal da casa.

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Marina gostava de luxo, admirava D. Mercedes: "uma espanhola madura da vizinhança, amigada em segredo com uma personagem oficial que lhe entra em casa alta noite." D. Adélia, mãe de Marina, pede a Luís que arranjasse um emprego para a filha. Marina não se interessa por tal. Lia romances fúteis e falava frivolidades. Luís da Silva gasta muito dinheiro com os arranjos para o casamento.

Compra roupas que Marina recebe com desdém. Comprou um anel que ela nem chegou a usar. Até que "ao chegar à Rua do Macena recebi um choque tremendo. Foi a decepção maior que já experimentei. À janela da minha casa, caído para fora, vermelho, papudo, Julião Tavares pregava os olhos em Marina, que, da casa vizinha, se derretia para ele, tão embebida que não percebeu a minha chegada."

Ele espreitava os dois e começava a ter alucinações e devaneios. Apesar de tudo, Luís da Silva ainda nutria esperança que Marina fosse sua: "Se Marina voltasse... Porque não? Se voltasse esquecida inteiramente de Julião Tavares, seríamos felizes."

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Quando Tavares voltava para casa, após várias considerações e pensamentos difusos, Luís da Silva acaba estrangulando-o com uma corda. Atordoado e com medo, Luís da Silva volta para casa e é tomado por uma forte febre que produz alucinações, imagens e lembranças que o perturbam.

A narrativa do livro tem início quando ele desperta do torpor. Ele agora é um homem destruído e sujo. Angústia é um livro forte, e com uma narrativa psicológica densa

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O romance prossegue em um ritmo rápido, com a raiva que Luís da Silva tinha por Julião Tavares crescendo exponencialmente. Ele descobre que Julião Tavares tinha feito nova conquista e o segue até Bebedouro, local da casa desta nova "vítima".

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Vidas Secas

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Vidas Secas", romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.

O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão.

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Personagens

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Baleia: cadela que é tratada como membro da família. Pensa, sonha e age como se fosse gente.Sinhá Vitória: mulher de Fabiano. Mãe de 2 filhos, é batalhadora e inconformada com a miséria em que vivem. É esperta e sabe fazer conta, sempre prevenindo o marido sobre trapaceiros.Fabiano: vaqueiro rude e sem instrução, não tem a capacidade de se comunicar bem e lamenta viver como um bicho, sem ter frequentado a escola. Ora reconhece-se como um homem e sente orgulho de viver perante às adversidades do nordeste, ora se reconhece como um animal. Sempre a procura de emprego, bebe muito e perde dinheiro no jogo.

Filhos: o mais novo admira a figura do pai vaqueiro, integrado à terra em que vivem. Já o mais velho não tem interesse nessa vida sofrida do sertão e quer descobrir o sentido das palavras, recorrendo mais à mãe. Patrão: fazendeiro desonesto que explorava seus empregados, contrata Fabiano para trabalhar.

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O livro possui 13 capítulos que, por não terem uma linearidade temporal, podem ser lidos em qualquer ordem. Porém, o primeiro, "Mudança", e o último, "Fuga", devem ser lidos nessa sequência, pois apresentam uma ligação que fecha um ciclo. "Mudança" narra as agruras da família sertaneja na caminhada impiedosa pela aridez da caatinga, enquanto que em "Fuga" os retirantes partem da fazenda para uma nova busca por condições mais favoráveis de vida. Assim, pode-se dizer que a miséria em que as personagens vivem em Vidas Secas representa um ciclo. Quando menos se espera, a situação se agrada e a família é obrigada a se mudar novamente.

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ESTUDO DA LINGUAGEMTipo de discurso: indireto livreFoco narrativo: terceira pessoaAdjetivos, figuras de linguagem:Metáfora: " - você é um bicho, Fabiano".Prosopopéia: compara Baleia como gente

ANÁLISE DAS IDÉIASComentário Crítico:Esse livro retrata fielmente a realidade brasileira não só da época em que o livro foi escrito, mas como nos dias de hoje tais como injustiça social, miséria, fome, desigualdade, seca, o que nos remete a idéia de que o homem se animalizou sob condições sub-humanas de sobrevivência.

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José Lins do RegoNasceu no município de Pilar Paraíba. Encontra a maior expressão literária na prosa com a decadência da estrutura social e econômica dos latifúndios e engenhos. Com as recordações dos tempos de menino e adolescente, o escritor conciliou ficção com as recordações, a captar a vida nordestina quando havia transformações. Ele não tem a capacidade de análise e de critica, mas transpõe o imaginário do povo nordestino. Sua força artística estaria na “sinceridade” da transposição de fatos históricos para ficcionais. Teria para outros mais “memória” que “invenção”. Entretanto a transposição de um fato real para o plano artístico não ocorre sem deformação. Quanto mais artística for a autobiografia mais ela se afastara dos fatos

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Obras de José Lins do Rego

Pode ser dividido em ciclos:• O ciclo da cana-de-açúcar • Ciclo do cangaço, misticismo e seca• Obras independentes• Outras obras

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Os ciclos em torno do engenho1º Ciclo: Cana-de-açúcar

Retrata a temática de decadência do ciclo da cana-de-açúcar.Também pode existir romances de realismo social, diferenciando-se das narrativas anteriores.

Principais Obras: Menino de Engenho, Doidinho, Banguê, O moleque Ricardo, Usina e Fogo Morto.

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Menino de Engenho

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Análise da obra................................................

Narrado em 1ª pessoa por Carlos Melo (personagem), que aponta suas tensões sociais envolvidas em um ambiente de tristeza e decadência, é o primeiro livro do ciclo da cana-de-açúcar. Publicado em 1932, Menino do Engenho é a estréia em romance de José Lins do Rego e já traz os valores que o consagraram na Literatura Brasileira.

Durante a década de 30 do século XX, virou moda uma produção que se preocupava em apresentar a realidade nordestina e os seus problemas, numa linguagem nova, introduzida pelos participantes da Semana de Arte Moderna de 22. José Lins do Rego seria o melhor representante dessa vertente, se certas qualidades suas não atenuassem fortemente o tom crítico esperado na época.

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Carlinhos - É o narrador do romance. Órfão aos quatro anos, tornou-se um menino melancólico, solitário e bastante introspectivo. De sexualidade exacerbada, mantém, aos doze anos, a sua primeira relação sexual, contraindo “doença-do-mundo” - a popular gonorréia...................................................... Coronel Zé Paulino - É o todo-poderoso senhor de engenho - o patriarca absoluto da região. Era uma espécie de prefeito - administrava pessoalmente, dando ordens e fazendo a justiça que ditava a sua consciência de homem bom e generoso. Tia Maria - Irmã da mãe de Carlinhos (Clarisse), torna-se para este a sua segunda mãe. Querida e estimada por todos pela sua bondade e simpatia, era chamada carinhosamente de Maria Menina.

Personagens

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PersonagensVelha Totonha - É uma figura admirável e fabulosa. Representa bem o folclore ambulante dos contadores de histórias. Antônio Silvino - Representa bem o cangaceiro sempre temido e respeitado pelo povo, em virtude de seu senso de justiça, tirando dos ricos e protegendo os fracos. Compõe bem a paisagem nordestina. Tio Juca - Não chega a representar um papel de destaque no romance. Por ser filho do senhor de engenho, fazia e desfazia (sobretudo sexo com as mulatas), mas não era punido. De certa forma, representa o papel de pai de Carlinhos. Lula de Holanda - Embora ocupe pouco espaço, o Coronel Lula é uma personagem relevante, pois representa o senhor de engenho decadente que teima em manter a fachada aristocrática. Sinhazinha - Embora não fosse a dona da casa (era cunhada do Coronel), mandava e desmandava no governo da casa-grande. Era odiada por todos por seu rigor e carranquice, e pode ser identificada com as madrastas ruins dos contos populares.

Negras - Restos do tempo de escravidão, destacam-se a negra Generosa, dona da cozinha, a vovó Galdina, que vivia entrevada numa cama.

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2º Ciclo: Cangaço, Misticismo e Seca

Seu significado sociológico está na história do cangaço no nordeste brasileiro, intimamente ligada à história do patriarcalismo. Nesse ciclo, José Lins se aproxima dos escritores do grupo nordestino

Obras: Pedra Bonita e Cangaceiros

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3º Ciclo: Obras independentes

Apresentam temas diferentes e diversificados, com lutas proletárias, lirismo erótico e memorialismo.

Obras: O moleque Ricardo, Pureza, Água Mãe, Riacho Doce, Eurídice e Meus verdes anos.

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Jorge Amado Nasceu em Pirangir, na Bahia, mudou-se para o Rio de Janeiro e ficou conhecido com o romance o País do Carnaval. Foi preso em 1936 e libertado em 1937. Morou em Buenos Aires e publicou a Biografia de Prestes. Foi eleito deputado federal, em 1945 no Brasil e se tornaria mundialmente conhecido, quando residiu na França, na União Soviética e na Democracia Popular. Seus livros estão traduzidos para mais de trinta línguas. As obras eram regionalistas e de denúncia social. Passou por varias fases e voltou-se para as crônicas. http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/4dce91b04d7702fc4026ee288bcd035e406.jpg

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Obras de Jorge AmadoO País do Carnaval, romance (1930)Cacau, romance (1933)Suor, romance (1934)Jubiabá, romance (1935)Mar morto, romance (1936)Capitães da areia, romance (1937)

Terras do Sem-Fim, romance (1943)São Jorge dos Ilhéus, romance (1944)Bahia de Todos os Santos, guia (1945), (Tradução francesa: "Bahia de tous les saints"), Gallimard, Paris, 1979Seara vermelha, romance (1946)O amor do soldado, teatro (1947)O mundo da paz, viagens (1951)Os subterrâneos da liberdade, romance (1954)Gabriela, cravo e canela, romance (1958)A morte e a morte de Quincas Berro d'Água, romance (1961)

Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso, romance (1961)Os pastores da noite, romance (1964)O Compadre de Ogum, romance (1964)Dona Flor e Seus Dois Maridos, romance (1966)Tenda dos milagres, romance (1969)Teresa Batista cansada de guerra, romance (1972)O gato Malhado e a andorinha Sinhá, historieta infanto-juvenil (1976)Tieta do Agreste, romance (1977)Tocaia grande, romance (1984)

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Destaques - O país do Carnaval Primeiro romance de Jorge Amado, O país do Carnaval faz um retrato crítico e investigativo da imagem festiva e contraditória do Brasil, a partir do olhar do personagem Paulo Rigger, um brasileiro que não se identifica com o país.      Filho de um rico produtor de cacau, Rigger volta ao Brasil depois de sete anos estudando direito em Paris. Num retorno marcado pela inquietação existencial, ele se une a um grupo de intelectuais de Salvador, com o qual passa a discutir questões sobre amor, política, religião e filosofia. Dúvidas sobre os rumos do país ocupam o grupo.     O protagonista mantém uma relação de estranhamento com o Brasil do Carnaval, acredita que a festa popular mantém o povo alienado. Os exageros e a informalidade brasileira são motivo de espanto, apesar de a proximidade com o povo durante as festas nas ruas fazer com que ele se sinta verdadeiramente brasileiro. Aturdido pelas contradições, Rigger decide voltar para a Europa.     Mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política são alguns dos temas de Jorge Amado que aparecem aqui em estado embrionário. Brutalidade e celebração revelam-se, neste romance de juventude, linhas de força cruciais de uma literatura que se empenhou em caracterizar e decifrar o enigma brasileiro.

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Destaques - Cacau http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/b049f571bb7165ea6fb5d377e5dfdfd2924.jpg

Cacau é a narrativa das aventuras de José Cordeiro - o Sergipano -, trabalhador numa fazenda, onde divide um casebre com alguns companheiros de labuta e sofrimento. É um homem que recusa a oportunidade de se casar com a filha do patrão, para levar adiante, "de coração limpo e feliz", o seu sonho revolucionário.

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Destaques - Capitães da AreiaNesta história crua e comovente, Jorge Amado narra a vida de um grupo de meninos pobres que moram num trapiche abandonado em Salvador. Os Capitães da Areia têm entre nove e dezesseis anos e vivem de golpes e pequenos furtos, aterrorizando a capital baiana. Do valente líder Pedro Bala, com seu rosto atravessado por uma cicatriz de navalha, ao carola Pirulito, que reza todas as noites para purgar seus pecados; do sensato Professor, o único inteiramente letrado do grupo, ao sedutor Gato, aprendiz de cafetão, cada um desses meninos tem sua personalidade própria, sua concepção de mundo, seus sonhos modestos.

A má fama do grupo, no entanto, se espalha pela cidade. Contra eles se levantam os jornais, a polícia, o juizado de menores e as “famílias distintas”. Mas há também quem os ajude: o padre José Pedro, a mãe de santo Don’Aninha, o estivador João de Adão e o capoeirista Querido-de-Deus.

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Os meninos crescem e encontram caminhos variados: marinheiro, artista, frade, gigolô, cangaceiro. O líder Pedro Bala decide lutar e assumir a tarefa de mudar o destino dos mais pobres. Influenciada pela militância comunista do autor na época em que foi escrita, a narrativa de Capitães da Areia transcende a orientação política mais imediata. Divididas entre a inocência da infância e a crueza do universo adulto, as crianças têm de lidar com um cotidiano ao mesmo tempo livre e vulnerável, revelando um desamparo e uma fragilidade que, em muitos aspectos, permanecem atuais.

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Destaques - Gabriela Cravo e Canela Gabriela Cravo e Canela é um dos romances mais célebres de Jorge Amado e representa um momento de mudança na produção literária do autor. Se numa primeira fase o romancista abordou temas em que a preocupação social sobressaía, posteriormente sua obra caracteriza-se por uma crônica de costumes, deliciosamente marcada por tipos populares, poderosos coronéis e mulheres sensuais. Dona Flor e Tereza Batista, personagens, respectivamente, dos romances Dona Flor e seus dois maridos e Tereza Batista cansada de guerra são figuras típicas dessa fase.

Se desde o primeiro momento a prosa de Jorge Amado é recheada de tipos característicos que representam a gente da sua terra, a partir de Gabriela o autor reforça ainda mais uma perspectiva popular e não tem medo de abusar da linguagem simples e do tom coloquial na construção de sua narrativa, fato que lhe proporciona cair nas graças do grande público.

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Destaques - Dona Flor e Seus Dois Maridos Num domingo de Carnaval, Vadinho parou de sambar e caiu duro. Uma vida de boemia chegava ao fim: cachaça, jogatina e noites de esbórnia arruinaram o jovem malandro. Dona Flor acorreu em prantos ao corpo do marido, fantasiado de baiana. Em sete anos de casamento, sofrera com as safadezas de Vadinho, mas o amava. Viúva, Florípedes Guimarães concentra-se nas aulas de cozinha na escola Sabor e Arte. Um ano depois da morte de Vadinho, porém, o desejo do corpo lhe incendeia o recato da alma.

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Destaques -Tieta do AgresteAntonieta pastoreia cabras em Mangue Seco e entrega-se a diversos amantes nas dunas da região. A carola Perpétua denuncia ao pai, Zé Esteves, as aventuras da irmã, e a liberdade da moça escandaliza a pequena Sant’Ana do Agreste. Depois de levar uma surra de cajado, Tieta é escorraçada de casa pelo pai. Depois de perambular por localidades próximas, prostituindo-se para sobreviver, Tieta segue para São Paulo, onde se torna cafetina. Envia dinheiro à família, mas ninguém conhece seu paradeiro. Quando a correspondência é interrompida, Perpétua conclui que a irmã está morta. Mas após mais de 25 anos da partida Tieta regressa. A volta da filha pródiga revoluciona a pequena cidade baiana. Graças à influência dela, a luz gerada pela hidrelétrica de Paulo Afonso chega a Sant’Ana do Agreste, o que leva uma indústria altamente poluidora a querer se instalar ali, ameaçando o destino ecológico do lugar. Além disso, Tieta volta a povoar as fantasias dos homens e vive uma relação incestuosa com seu sobrinho, o seminarista Ricardo.

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Nesse extenso panorama de costumes e de aceleradas transformações, muitas histórias, vividas por numerosos personagens, somam-se à trama central. A narrativa inclui intervenções do autor, diálogos apimentados que registram a fala da região e descrições de hábitos e histórias tradicionais. Relações de poder e corrupção, religiosidade, liberação sexual, moda e consumo, conflito entre progresso e preservação ambiental são assuntos que, incorporados ao enredo do livro, ganham tratamento crítico bem-humorado. Essa combinação faz de Tieta uma narrativa experimental e inovadora.

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Érico VeríssimoIniciou sua carreira no jornalismo em 1930 e tornou-se professor de literatura nos Estados Unidos. Sua estréia na literatura ocorre com Fantoches. O marco inicial de sua popularidade,entretanto, foi a publicação do romance Clarissa, embora sua obra costumasse ser dividida em três fases. A primeira fase do escritor corresponde à publicação de Clarissa (1933), a segunda fase corresponde a “O tempo e o vento”, obra que trata sobre a formação do Rio Grande do Sul. A terceira fase foi representada por “O prisioneiro”, O senhor embaixador e Incidente em antares. http://www.upf.br/nexjor/wp-content/uploads/2012/01/ev-022.jpg

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Obras de Érico Veríssimo

• Clarissa• O tempo e o vento• Solo de clarineta• Fantoches• Entre outras

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Clarissa

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Acredita-se que a cidade para qual Clarissa se muda é Porto Alegre devido a algumas descrições, no livro o autor não especifica a localidade. Na pequena pensão ela conhece a infiel Ondina e seu marido Barata; Tonico um menino com deficiência física e sua mãe Dona Tatá; Levinsky, um judeu comunista e; o músico Amaro que é apaixonado por Clarissa.

Amaro é um personagem que chama atenção, ele é um bancário que sonha em ser pianista e está sempre compondo. Ele possui uma paixão secreta e platônica por Clarissa. A personagem principal se torna amiga de Tonico, um menino deficiente que tem apenas a mãe, uma pessoa simples que precisa trabalhar de costureira para sustentar o filho. Clarissa chega a ter contato com o Dr. Maia que mora na casa rica ao lado da pensão. Quando o menino Tonico morre, ela passa a fantasiar um romance com ele.Não há grandes reviravoltas ou emblemas dramáticos nesta obra. A menina relata com naturalidade e certa inocência o que acontece a sua volta, a única grande revelação da obra é quando ela descobre que dona Ondina é casada com um caixeiro viajante, Barata, e possui um caso com Nestor, um solteirão de boa vida. A maneira como Veríssimo narra a história prende o leitor, assim como a riqueza de detalhes, é possível ter uma ideia de como eram as coisas no Brasil durante esse período.

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O tempo e o vento

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Composta de três romances – "O Continente", "O Retrato" e "O Arquipélago" –, a obra traz acontecimentos e histórias de dimensões épicas, que narram 200 anos do processo de formação do estado do Rio Grande do Sul.

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Livro 1: O ContinentePublicados originalmente em 1949, a saga de "O Tempo e o Vento" começa com os dois volumes de "O Continente". Esta primeira parte da trilogia narra o nascimento do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias Terra, Caré, Cambará e Amaral.

Livro 2: O RetratoRodrigo Terra Cambará decide voltar a sua terra-natal, Santa Fé, após ter ido estudar medicina em Porto Alegre. Nesse segundo romance da trilogia acompanha-se a decadência social de Santa Fé na passagem para o século 20 causada por interesses e jogos políticos.

Livro 3: O ArquipélagoO terceiro e último romance da trilogia "O tempo e o vento" narra a volta de Rodrigo Cambará à Santa Fé depois de passar muitos anos no Rio de Janeiro ao lado do então presidente Getúlio Vargas, seu amigo e aliado. Assim, o poder da família Terra Cambará, que era somente local, adquire em "O Arquipélago" um âmbito nacional. Após o fim do Estado Novo, Rodrigo está derrotado politicamente e doente. Rodrigo se vê na luta de não morrer na cama, uma vez que “Cambará macho não morre na cama”.

O tempo e o ventohttp://www.alphafm.com.br/v2/wp-content/uploads/2013/09/interna8.jpg

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Dionélio Machado

(1895-1985), formou-se em medicina, especializando-se em psiquiatria. Foi também jornalista e chegou a se eleger deputado. Situou-se entre grandes autores intimistas e urbanos na geração de 30 que trabalharam na linha de exploração psicológica. Ao lado de Graciliano Ramos fez uma principal obra chamada Os ratos. Além de sua obra, escreveu grandes romances, contos e ensaios.

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Publicado em 1935, Os Ratos, do escritor gaúcho Dyonélio Machado, tornou-se uma das obras mais influentes da 2 geração do Modernismo, além de ter sido homenageada com o prêmio Machado de Assis.Sua narrativa apresentada numa linguagem simples, direta, rápida, com um tal domínio da expectativa do leitor que lembra o trabalho de Camilo Castelo Branco em Amor de Perdição. A preocupação com a boa linguagem não afasta o escritor da realidade urbana. Assim, os diálogos entre as personagens retratam a língua coloquial, sem preocupação de formalidade. Cada um dos 28 capítulos tem sua própria célula de suspense, que é resolvida no máximo no seguinte, em que obrigatoriamente surgir outra.

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Obras de Dionélio Machado

• Os ratos (1935)• O louco do cati (1942)• Desolação (1944)• Deuses econômicos (1966)

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Ufa!! Terminamos!

Vamos aos exercícios agora?