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Faculdade Dom Pedro II Prof. Dr. Urbano Félix Pugliese E-mail: urbanofelixpugliese@gmail. com Abolicionismo penal

Abolicionismo penal

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Page 1: Abolicionismo penal

Faculdade Dom Pedro II

Prof. Dr. Urbano Félix PuglieseE-mail:

[email protected]

Abolicionismo penal

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Há necessidade de conhecer a mente humana?

a) Algumas perguntas são importantes:1) Como funciona a mente humana/cérebro?2) O que é memória ?3) Como devo proceder para alcançar meus

objetivos?

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Quem pesquisa a respeito do tema?

Ivan Izquierdo

Lev Vygotsky

Pierluigi Piazzi

Sigmund Freud

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Algumas colocações:1) O funcionamento da mente (social) é diferente do

funcionamento do cérebro (biológico);2) Existem diversos tipos de memória;3) Pode-se aprender a ter atenção e foco;4) Nunca conheci “gênios”;5) Conheci gente: dedicada, focada, atenta, humilde; e6) 10 (dez) mil horas dedicadas para se atingir maestria.

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Memória:Armazenamento e evocação de informação adquirida através de experiências; a aquisição de memórias denomina-se aprendizado. (IZQUIERDO, 1989, p. 89)

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Espécies de memória:1) Memória de trabalho: Volátil; usada somente para o

entendimento; o esquecimento vem em minutos, horas após o entendimento;

2) Memória de curto prazo: Um pouco mais durável (dias, semanas, meses); coisas importantes para a mente são registradas no cérebro; e

3) Memória de longo prazo: São guardadas no cérebro de forma “indelével”; podem ser apagadas (traumas, doenças).

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Fases de formação da memória:1) Aquisição: Em estado de alerta e com certa carga emocional

ou afetiva são melhor lembradas (substâncias específicas/novidades/beta endorfina e adrenalina);

2) Consolidação: Modulável/seleção consciente e inconsciente/agregação de informação influencia; revivência da memória; e

3) Evocação: Se dá com substâncias específicas (beta endorfina/hormônios do stress)

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Características da memória:1) Memorizamos e esquecemos a todo o momento; diariamente;

mesmo quando não temos consciência (selecionamos);2) As memórias não são gravadas definitivamente; precisam de

reforço; são mais sólidas quando reforçadas após a aquisição (estão frescas);

3) Sempre são relacionais (rede rizomática); pode-se adicionar memória à já realizada; e

4) Registro complexos em bloco.

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Como estudar?1) A simples leitura não basta para consolidar a

memória; Não basta assistir às aulas; é preciso mais;2) Após adquirir a memória é importantes escrever (não

pode ser com o computador) para que haja consolidação e formação da memória de longo prazo; e

3) Necessário fazer exercícios; vivenciar/discutir/repetir as aprendizagens/escrever/reler coisas novas e velhas.

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Ciências criminais (segundo Franz Von Lizst):

1) Dogmática penal (comandos normativos);2) Política criminal (diretrizes); e3) Criminologia (origens).

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Política criminal:

1) Expansionismo penal;2) Minimalismo penal; e3) Abolicionismo penal.

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Expansionismo penal:1) As instâncias penais são importantes formas de

controle social;2) Deve-se aplicar o Direito Penal a todos os

comportamentos desviantes; e3) O aprisionamento deve ser a mola mestra do

sistema.

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13

Conceito de Controle Social:O controle social é entendido, assim, como o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir referido submetimento do indivíduo aos modelos e normas comunitários. (MOLINA; GOMES. p. 97); e Objetivando uma convivência harmoniosa há a necessidade de controlar os quereres das pessoas.

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Objetivos do Controle Social (civilizatório): Organizar a sociedade; Controlar a sociedade; Manipular a sociedade; Convencer a sociedade; Consensuar a sociedade; Dissensuar a sociedade; e Socializar a sociedade.

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Teorias: O consenso como objetivo principal; e

O conflito como objetivo principal.

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Divisão do controle social:

1) INFORMAL; e

2) FORMAL

1) Família;

2) Escola;

3) Trabalho; e

4) Comunidade

1) Justiça (Direito);

2) Polícia;

3) Administração pública; e

4) Fiscais.

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Caracteres do controle social:

1) INFORMAL; e

2) FORMAL

1) Difuso;

2) Profundo;

3) Sutil; e

4) Desorganizado1) Pontual/Difuso;

2) Superficial;

3) Intenso; e

4) Altamente organizado.

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1818

Informal:1) Imitação;

2) Repetição;

3) Naturalização;

4) Introjeção de valores; e

5) Integração.

1) Há a socialização primária (quando ocorre nas bases do aprendizado humano); e

2) Secundária (quando ocorre após as bases serem efetuadas).

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Controle social formal:

1) Violento; e

2) Não violento

1) Direito penal;

2) Direito processual penal; e

3) Direito penitenciário.

1) Direito civil;

2) Direito processual civil; e

3) Direito tributário.

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2020

Características do controle social formal violento:1) Previsibilidade;

2) Alta formalização;

3) Altamente organizado; e

4) Vinculado a critérios e princípios determinados.

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Diferenças:1) Subsistema do controle social;

2) Meios importantes (perda da liberdade);

3) Grau de formalização altamente exigido; e

4) Racionalidade.

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Pode-se indicar efetividade na prisão?1) Controle social rápido;

2) Dinâmico;

3) Movimenta a sociedade; e

4) Aplaca as emoções.

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Outras características:

1) Grupos dominam;

2) Emoção irracional;

3) Não há pesquisas que indicam a infalibilidade; e

4) Não gera aprendizado.

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Outras características:

1) Estigmas constantes;

2) Limites nebulosos de atuação e o interior da pessoa continua igual;

3) Comportamento exterior valorizado (militarizado); e

4) Cifras ocultas imperam.

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A prisão serve para quê:

Ordem

Razoável

Justo

Coerência

Sistema Penal/Prisional

Imparcial

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Por que escolhemos a prisão?A prisão, como a conhecemos na atualidade, é uma novidade do século XVIII;Antes matávamos e esquartejávamos os outros seres humanos; Hoje em dia, no Brasil, não se pode mais matar nem tampouco prender perpetuamente os seres humanos; eSe a prisão é um fracasso no Brasil, por que ainda continua?

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Qual a função da prisão?Há quem:a)Deslegitime a prisão: Niilista/agnóstica/simbólica;b)Legitime a prisão: Há funções;B¹) Funções repressivas: Punir;B²) Funções preventivas: Prevenir; eB³) Funções mistas/ecléticas: Punir e prevenir.

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Qual a função da prisão?

28

Prevenção

EspecialGeral

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Qual a função da prisão?

29

Geral

NegativaPositiva

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Qual a função da prisão?

30

Especial

NegativaPositiva

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Críticas à execução Penal:

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População carcerária no mundo:

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1) Estado Unidos: 2,3 milhões de presos;2) China: 1,65 milhão de presos;3) Rússia: 800 mil presosSegundo o King’s College London em 2009, cerca

de 9,8 milhões estão presas no mundo.

Presídio na

Noruega

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Quantos habitantes temos no Brasil?Segundo o IBGE, estima-se em 206 milhões de pessoas no Brasil (2016).

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Quantas pessoas estão presas no Brasil?Segundo o MJ, estima-se em 600 mil presos no Brasil (dados de 2014); eCom 400 mil mandados de prisão ainda não cumpridos (CNJ/2015).

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Quanto se tem para gastar com a prisão no Brasil? 2010 – R$ 252.848.591,00; 2011 – R$ 393.289.870,48; 2012 – R$ 434.200.000,00; 2013 - R$ 791.000.000,00; 2015 (junho) - R$ 2.324.710.885,64; Há contigenciamento dos valores; Não há vontade política; e Prisão não gera votos.

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Presídios federais:

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Capacidade de 208

presos em cada um

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Expansionismo penal: Teoria das janelas quebradas - Standford – Pesquisa de psicologia social

com veículos – Bronx (Nova Iorque) e Palo Alto (Califórnia) 1969 - Philip Zimbardo;

1982 – James Wilson e George Kelling, publicaram o texto “Janelas quebradas”;

1994 - Movimento da lei e da ordem/tolerância zero (Rudolph Giuliani – 1994/2002); e

Pode ser aplicada indistintamente?

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Consequências do Expansionismo penal: Crença no aprisionamento em massa como solução para

a violência; “Esquecimento” de outras maneiras de controle social; e Aprofundamento dos problemas sociais e individuais

dos mais vulnerados selecionados pelo processo de criminalização (Loïc Wacquant).

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Minimalismo penal: Crença na permanência existencial das instância penais porém,

diminuídas (desde a década de 70 do século XX); Rescaldo do fim do Estado do bem estar social na Europa e EUA; Minimiza-se as instâncias violentas de controle; e Fundamenta-se todo o ordenamento penal no princípio da

intervenção mínima (última razão – fragmentariedade, subsidiariedade e lesividade)

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Minimalismo penal: Minimiza-se os sofrimentos oriundos das instancias penais

(filosofia bem-estarista); e Maior parte dos doutrinadores da atualidade se dizem minimalistas

(Alessandro Baratta, Luigi Ferrajoli, Eugénio Zaffaroni); Movimento da justiça restaurativa; e Leis minimalistas no Brasil: As Leis n. 9.099/95 (Juizados especiais

criminais) e n. 9.714/98 (Penas alternativas).

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Histórico da Justiça Restaurativa:

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Surgiu por volta da década de 70 do século XX nos EUA e na Europa (Alemanha, Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Inglaterra e outros);

Movimento inspirado nas populações nativas do Canadá e Nova Zelândia que resolviam os problemas com diálogo, consenso e pacificação;

Crise do modelo repressor-punidor-aprisionador, após a metade do século XX; e

Maior importância à vítima, ao retorno do status quo ante e à comunidade vilipendiada pela infração penal.

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Modelos de justiça criminal:

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Punitiva/ Repressor

Restaurativa

1) Não dá importância à vítima;2) Não leva em conta caracteres da sociedade; e3) Pune o autor do delito

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Bases da Justiça Repressora:

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Delito: É uma mera infração da norma penal, nada além (dura lex sede lex);

Responsabilidade: Individual (livre arbítrio clássico);

Controle: Monopólio do sistema penal; Protagonistas: Infrator e o Estado punidor; Procedimento: Dissensual (adversarial); Finalidade: Provar a tipicidade, a autoria, e

materialidade da infração, além de aplicar castigos; e Tempo: Fulcrado no passado.

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Reparadora, Reintegradora, Conciliadora

Modelos de justiça criminal:

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Restaurativa1) Dá importância à vítima;2) Leva em conta caracteres da sociedade; e3) Autor do delito é responsabilizado.

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Conceito (Nações Unidas - 2002):

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Um processo restaurativo significa qualquer processo no qual a vítima, o ofensor e/ou qualquer indivíduo ou comunidade afetada por um crime participem junto e ativamente da resolução das questões advindas do crime, sendo frequentemente auxiliados por um terceiro investido de credibilidade e imparcialidade.

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Bases da Justiça Restaurativa:

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Delito: Visto como um conflito entre as pessoas; Responsabilidade: Individual e social (há uma

co-culpabilidade); Controle: A comunidade também tem capacidade

de mediar os conflitos; Protagonistas: Infrator, vítima e comunidade; Procedimento: Consensual/dialogal; Finalidade: Trabalhar conflitos, assumir as

responsabilidades e reparar os danos; e Tempo: Voltado para o futuro.

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Pode ser usado em todas as infrações?

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Pequena ofensividade (pena máxima de até 2 anos)

Lei n. 9.099/95: Art. 61.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

Há diversos institutos restauradores (despenalizadores, descarcerizadores e descriminalizadores): Composição de danos (art. 72); Transação penal (art. 76); Suspensão condicional do processo (art. 89); e Art. 28, da Lei n. 11.343/06.

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Pode ser usado em todas as infrações?

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Cabe nos crimes hediondos e de tráfico; Sursis; e Cabe em absolutamente todos os crimes culposos.

Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; [...]

Média ofensividade (pena aplicada de até 4 anos)

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Pode ser usado em todas as infrações?

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A prisão é a única resposta possível?

Livramento condicional (art. 83 a 90); eProgressão do regime de cumprimento de pena (fechado/semi-aberto/aberto). Art. 33, § 2º. a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.

Grande ofensividade (pena aplicada de mais de 4 anos)

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Pode ser usado em todas as infrações?

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Cada fase requer uma resposta diferenciada?

1) Crianças: menores de 12 anos (art. 2º., primeira parte, do ECA (Lei n. 8.069/90); 2) Adolescentes: 12 anos até 18 anos incompletos (art. 2º., segunda parte, do ECA); 3) Jovens: entre 15 e 29 anos (art.1º., § 1º., do Estatuto da Juventude, Lei n. 12.852/13); 4) Adultos: de 29 completos a 60 incompletos; 5) Idosos: a partir de 60 anos (art. 1º., do Estatuto do Idoso, a Lei n. 10.741/03).

Atos infracionais? Infrações realizadas por idosos?

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Objetivos da Justiça Restaurativa:

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Evitar estigmatização estrutural do ofensor; Evitar a revitimização da vítima (primária,

secundária e terciária); Reconstruir ligações humanas e sociais; Diminuir a vitimização reflexa/recíproca; Diminuir a reincidência; Responsabilizar o grupo social pelos fator

ocorridos; e Efetuar um olhar mais profundo/sensível nas

questões de vulnerações estruturantes de todos os atores dos eventos.

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Objetivos da Justiça Restaurativa:

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Reduzir a sobrecarga e morosidade processual (com anos de espera por um resultado);

Estudo mais profundo dos processos de criminalização;

Clarear as cifras ocultas (trazendo à luz do sol litígios escondidos sob a terra);

Atenuar a sensação de insegurança pública; Reduzir os custos dos conflitos administrados

pelo sistema penal; e Ofertar às vitimas uma maior preocupação

estrutural.

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Quais são os desejos da vítima?

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É preciso ouvir as vitimas das infrações penais?

Nem sempre os quereres das vítimas são os mesmos do Estado: punir o ofensor;

Precisa ser tratada nas emoções e não só na parte material ofendida pela infração penal; e

Necessita de um espaço protegido para expressar sentimentos, emoções e paixões.

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Quais são as características do ofensor?

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Pode haver co-culpabilidade? O processo de criminalização é fácil diante da

pessoalidade das vulnerabilidades do ofensor? Há quebra do padrão de comportamento com

o aprisionamento? Há necessidade real do aprisionamento? É preciso perguntar o grau de vulnerabilidade

pessoal e social do ofensor; e Há processos de criminalização operante?

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A comunidade pode funcionar na querela?

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Pode haver pluralismo jurídico em âmbito penal?

Indígenas e ciganos podem ter suas próprias normas e tribunais penais?

Não é o “Tribunal do tráfico”; e Não é o “Tribunal da Polícia”.

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Abolicionismo penal (ideias principais): O sistema penal é reprodutor de desigualdades e injustiças, elitista e seletivo; Abrange em demasia aos mais vulnerados (pune a mais os fracos e deixa

impune os fortes); O crime é uma realidade construída (não natural); A vítima não interessa ao sistema penal; e Há uma autopoiese e isolamento social no sistema penal.

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Corifeus do abolicionismo penal:

Louk Hulsman (Holandês – 1923-

2009)

Nils Christie (Norueguês – 1928-2015)

Thomas Mathiesen (Norueguês - 1933)

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Obras principais:

Louk Hulsman – 1982 – Penas

perdidas

Nils Christie – 1996 – Indústria do controle do

crime

Thomas Mathiesen – 1974 – A política

da abolição

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Quem é o mundo?

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“O choque das civilizações”, Samuel Huntington. As várias civilizações são importantes para pensar a violencia no mundo?

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Há vários sistemas jurídicos?

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Os sistemas jurídicos diversos dão respostas diferentes aos mesmos problemas? As dificuldades sãos as mesmas? Os objetivos são iguais?

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As preocupações são as mesmas? (Ibope, 2013)

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Opinião de uma brasileira vivendo no Japão (12 pontos negativos japoneses):

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No Brasil:

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2012 – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com 3,7 mil pessoas. A segurança foi apontada por 23% das pessoas ouvidas como o maior problema. Depois veio a saúde, com 22,3%, e a corrupção, 13,7%. Na lista aparecem ainda o desemprego (12,4%), a educação (8%), a pobreza (6,1%) e as desigualdades (5,8%).

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Na África:

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Monarquias no mundo:

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Quantos países há na Terra:

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Segundo a ONU: 191 países; (ausentes: Taiwan, Vaticano, Groenlândia, Aruba e Ilhas Cayman);

Comitê Olímpico Internacional: 202 membros;

Fifa: 205 membros; e No início do século XX, havia apenas 57

nações.

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Países com ditaduras:

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Países com ditaduras segundo os EEUU (em inglês):

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Direitos LGBTI:

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Verde: Há leis antidiscriminação; Vermelho: Homossexualidade ilegal; e Cinza: normas ambíguas.

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Direito das mulheres:

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O mundo gira em velocidades diversas:

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Muitos países já resolveram problemas graves encontrados no Brasil;

A maneira de pensar modifica muitos aspectos da realidade;

Há uma pseudo “realidade”? Podemos “criar” novas percepções da

realidade?; e Podemos nos enganar?

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A realidade é a interpretação da realidade (fatos objetivos x subjetivismos):

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Literal (que nos dizem ser);Entre literal (que já entendemos

existir);Metafórica (abstrações que

fazemos); eSecretas (temos conhecimento

quando iniciados).

Page 72: Abolicionismo penal

Qual mundo você vive? Como você vê/sente o mundo?

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Prazer Apatia Sofrimento

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Realidade x realidades:

73Foto de Guta Weigert Behr

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Mapa da paz na América Latina:

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Mapa latino-americano do Índice Global da Paz de 2007. Os países mais azuis são classificados como os mais pacíficos e os países que aparecem mais vermelhos são classificadas como os menos pacíficos.

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Mapa da paz no mundo:

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Mapa mundial do Índice Global da Paz de 2014. Os países mais verdes são classificados como os mais pacíficos e os países que aparecem mais vermelhos são classificadas como os menos pacíficos.

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