19
DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9 CRIMES HEDIONDOS – LEI Nº 8.072/90 O  PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º  São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no  Decreto-lei nº  2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal , consumados ou tentados:  (L 8.930/94) I - homicídio  (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio , ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado  (art. 121, § 2 o , I, II, III, IV, V e VI);       (Redação L13.104/15) II - latrocínio  (art. 157, § 3º,  in fine ) ; (L8.930/94) III - extorsão qualificada pela morte  (art. 158, §2º);  (L8.930/94)    IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada  (art. 159,  caput , e §§ 1º, 2º e 3º);  (L8.930/94) V -  estupro  (art. 213,  caput  e §§1º e 2º); (L12.015/09) VI - estupro de vulnerável  (art. 217-A,  caput  e §§ 1º, 2º, 3º e 4º);    (L12.015/09) VII - epidemia com resultado morte  (art. 267, § 1º).  VII-A – (VETADO)   (L9.695/98) VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais  (art. 273,  caput  e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela  Lei nº 9.677, de 2 de julho de 1998 ).    VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável  (art. 218-B,  caput , e §§ 1º e 2º).   (L12.978/14) Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio  previsto nos  arts. 1º, 2º e 3º  da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956 tentado ou consumado .  Art. 2º  Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:  I - anistia, graça e indulto; II - fiança.    (L11.464/07) § 1º  A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.   (L11.464/07) § 2º A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for  primário,  e  de  3/5  (três  quintos),  se reincidente.  (L11.464/07) § 3º  Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (L11.464/07)  § 4º  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a  Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989 , nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.(L11.464/07) Art. 3º  A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública. Art. 4º  (Vetado) . Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: "Art. 83, V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza." Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput  e seu parágrafo único; 267, caput  e 270; caput , todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 157, § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. Art. 159, Pena - reclusão, de oito a quinze anos. § 1º, Pena - reclusão, de doze a vinte anos. § 2º, Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. § 3º, Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. Art. 213, Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art. 214, Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art. 223, Pena - reclusão, de oito a doze anos. Parágrafo único, Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. Art. 267, Pena - reclusão, de dez a quinze anos. Art. 270, Pena - reclusão, de dez a quinze anos. " Art. 7º  Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo: "Art. 159,  Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços." Art. 8º  Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. Art. 9º  As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus  §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput  e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único,  214  e sua combinação com o  art. 223, caput e  parágrafo único, todos do  Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no  art. 224  também do Código Penal. Art. 10 . O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação: Art. 35, Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quando se tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14." Art. 11.  ( Vetado). Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República. FERNANDO COLLOR  Bernardo Cabral ABUSO DE AUTORIDADE – LEI Nº 4.898, 9/12/65 Regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA  Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei. Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição: a) dirigida à autoridade superior que tiver competência LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414 www.mouracoaching.com [email protected]

Alub, aula 7

Embed Size (px)

Citation preview

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

CRIMES HEDIONDOS – LEI Nº 8.072/90

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art.   1º São   considerados   hediondos   os   seguintescrimes,   todos  tipificados  no Decreto­lei  nº 2.848,  de 7 dedezembro   de   1940   ­   Código   Penal,   consumados   outentados: (L 8.930/94)

I   ­  homicídio  (art.   121),   quando   praticado   ematividade   típica   de   grupo   de   extermínio,   ainda   quecometido por um só agente, e  homicídio qualificado  (art.121, § 2o, I, II, III, IV, V e VI);      (Redação L13.104/15)

II ­ latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); (L8.930/94)III   ­  extorsão qualificada pela morte  (art.  158,

§2º); (L8.930/94)   IV   ­  extorsão  mediante   sequestro  e  na   forma

qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º); (L8.930/94)V   ­  estupro  (art.   213, caput e   §§1º   e   2º);

(L12.015/09)VI ­ estupro de vulnerável (art. 217­A, caput e §§

1º, 2º, 3º e 4º);   (L12.015/09)VII ­  epidemia com resultado morte  (art. 267, §

1º). VII­A – (VETADO)  (L9.695/98)VII­B   ­  falsificação,   corrupção,   adulteração  ou

alteração de produto destinado a fins  terapêuticos oumedicinais  (art. 273, caput e § 1º, § 1º­A e § 1º­B, com aredação dada pela Lei nº 9.677, de 2 de julho de 1998).   

VIII ­ favorecimento da prostituição ou de outraforma de exploração sexual de criança ou adolescenteou   de   vulnerável  (art.   218­B,  caput,   e   §§   1º   e2º).  (L12.978/14)

Parágrafo único. Considera­se também hediondo ocrime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº2.889, de 1º de outubro de 1956, tentado ou consumado. 

Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, otráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismosão insuscetíveis de: 

I ­ anistia, graça e indulto;II ­ fiança.   (L11.464/07)§ 1º  A pena por crime previsto neste artigo será

cumprida inicialmente em regime fechado.  (L11.464/07)§   2º  A   progressão   de   regime,   no   caso   dos

condenados aos crimes previstos neste artigo, dar­se­á apóso cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenadofor   primário,   e   de   3/5   (três   quintos),   sereincidente. (L11.464/07)

§   3º  Em   caso   de   sentença   condenatória,   o   juizdecidirá   fundamentadamente   se  o   réu   poderá   apelar   emliberdade. (L11.464/07) 

§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Leinº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstosneste artigo, terá  o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogávelpor   igual   período   em   caso   de   extrema   e   comprovadanecessidade.(L11.464/07)

Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais,de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penasimpostas   a   condenados   de   alta   periculosidade,   cujapermanência   em   presídios   estaduais   ponha   em   risco   aordem ou incolumidade pública.

Art. 4º (Vetado).Art. 5º  Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o

seguinte inciso: "Art. 83,  V ­ cumprido mais de dois terçosda   pena,   nos   casos   de   condenação   por   crime   hediondo,

prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, eterrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimesdessa natureza."

Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º;213; 214; 223,  caput  e seu parágrafo único; 267,  caput  e 270;caput,  todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinteredação:“Art. 157,  § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é dereclusão,   de   cinco   a  quinze   anos,   além da  multa;   se   resulta   morte,   areclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.Art. 159, Pena ­ reclusão, de oito a quinze anos. § 1º, Pena ­ reclusão, dedoze a vinte anos. § 2º, Pena ­ reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.§ 3º, Pena ­ reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.Art. 213, Pena ­ reclusão, de seis a dez anos.Art. 214, Pena ­ reclusão, de seis a dez anos.Art. 223,  Pena ­ reclusão, de oito a doze anos. Parágrafo único, Pena ­reclusão, de doze a vinte e cinco anos.Art. 267, Pena ­ reclusão, de dez a quinze anos.Art. 270, Pena ­ reclusão, de dez a quinze anos. "

Art.  7º  Ao  art.   159  do  Código  Penal   fica   acrescido  oseguinte parágrafo:"Art. 159,  4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co­autorque denunciá­lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terásua pena reduzida de um a dois terços."

Art.   8º  Será   de   três   a   seis   anos   de   reclusão   a   penaprevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimeshediondos,  prática  da  tortura,   tráfico   ilícito  de entorpecentes  edrogas afins ou terrorismo.

Parágrafo   único.   O   participante   e   o   associado   quedenunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seudesmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.

Art.   9º  As   penas   fixadas   no   art.   6º   para   os   crimescapitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º,2º e 3º,  213,  caput e  sua combinação com o art.  223, caput  eparágrafo   único, 214 e   sua   combinação   com   o art.   223,   capute parágrafo   único,   todos   do Código   Penal,   são   acrescidas   demetade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão,estando   a   vítima   em   qualquer   das   hipóteses   referidas   no art.224 também do Código Penal.

Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de1976,   passa   a   vigorar   acrescido   de   parágrafo   único,   com   aseguinte redação:“Art. 35, Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítuloserão contados em dobro quando se tratar dos crimes previstosnos arts. 12, 13 e 14."

Art. 11. (Vetado).Art.   12.   Esta   lei   entra   em   vigor   na   data   de   sua

publicação.Art. 13. Revogam­se as disposições em contrário.

Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.FERNANDO COLLOR Bernardo Cabral

ABUSO DE AUTORIDADE – LEI Nº 4.898, 9/12/65

Regula   o   Direito   de   Representação   e   o   processo   de   ResponsabilidadeAdministrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade.

O   PRESIDENTE   DA   REPÚBLICA Faço   saber   que   o   CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art.   1º   O   direito   de   representação   e   o   processo   deresponsabilidade   administrativa   civil   e   penal,   contra   asautoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos,são regulados pela presente lei.

Art. 2º O direito de representação será exercido por meiode petição:

a) dirigida à autoridade superior que tiver competência

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, arespectiva sanção;

b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tivercompetência para iniciar processo­crime contra a autoridadeculpada.

Parágrafo   único.   A   representação   será   feita   emduas   vias   e   conterá   a   exposição   do   fato   constitutivo   doabuso de autoridade, com todas as  suas circunstâncias,  aqualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximode três, se as houver.

Art.   3º.   Constitui   abuso   de   autoridade   qualqueratentado:

a) à liberdade de locomoção;b) à inviolabilidade do domicílio;c) ao sigilo da correspondência;d) à liberdade de consciência e de crença;e) ao livre exercício do culto religioso;f) à liberdade de associação;g)  aos  direitos  e  garantias   legais  assegurados ao

exercício do voto;h) ao direito de reunião;i) à incolumidade física do indivíduo;j)   aos  direitos   e   garantias   legais   assegurados   ao

exercício profissional. (L6.657/79)Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:a)   ordenar   ou   executar   medida   privativa   da

liberdade   individual,   sem  as   formalidades   legais   ou   comabuso de poder;

b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia avexame ou a constrangimento não autorizado em lei;

c)   deixar   de   comunicar,   imediatamente,   ao   juizcompetente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;

d)   deixar   o   Juiz   de   ordenar   o   relaxamento   deprisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;

e)  levar à  prisão e nela deter  quem quer que seproponha a prestar fiança, permitida em lei;

f)   cobrar   o   carcereiro   ou   agente   de   autoridadepolicial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outradespesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, querquanto à espécie quer quanto ao seu valor;

g)   recusar  o  carcereiro  ou  agente  de  autoridadepolicial   recibo   de   importância   recebida   a   título   decarceragem,   custas,   emolumentos   ou   de   qualquer   outradespesa;

h)   o   ato   lesivo   da   honra   ou   do   patrimônio   depessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso oudesvio de poder ou sem competência legal;

i) prolongar a execução de prisão temporária, depena ou de medida de segurança, deixando de expedir emtempo oportuno ou de cumprir   imediatamente  ordem deliberdade. (L7.960/89)

Art.   5º   Considera­se   autoridade,   para   os   efeitosdesta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, denatureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e semremuneração.

Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autorà sanção administrativa civil e penal.

§   1º   A   sanção   administrativa   será   aplicada   deacordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

a) advertência;b) repreensão;c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo

de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos evantagens;

d) destituição de função;

e) demissão;f) demissão, a bem do serviço público.§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do

dano, consistirá no pagamento de uma indenização de quinhentosa dez mil cruzeiros.

§  3º  A   sanção   penal   será   aplicada   de  acordo   com  asregras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em:

a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;b) detenção por dez dias a seis meses;c)  perda do cargo e a  inabilitação para o exercício de

qualquer outra função pública por prazo até três anos.§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser

aplicadas autônoma ou cumulativamente.§   5º   Quando   o   abuso   for   cometido   por   agente   de

autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderáser   cominada   a   pena   autônoma  ou  acessória,   de  não   poder   oacusado   exercer   funções   de   natureza   policial   ou   militar   nomunicípio da culpa, por prazo de um a cinco anos.

art. 7º recebida a representação em que for solicitada aaplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou militarcompetente determinará a instauração de inquérito para apurar ofato.

§   1º   O   inquérito   administrativo   obedecerá   às   normasestabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis oumilitares, que estabeleçam o respectivo processo.

§   2º   não   existindo   no   município   no   Estado   ou   nalegislação militar normas reguladoras do inquérito administrativoserão aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219 a 225da   Lei   nº   1.711,   de   28   de   outubro   de   1952   (Estatuto   dosFuncionários Públicos Civis da União).

§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestadopara o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.

Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcionalda autoridade civil ou militar.

Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida àautoridade administrativa ou independentemente dela, poderá serpromovida pela vítima do abuso, a responsabilidade civil ou penalou ambas, da autoridade culpada.

Art. 10. VetadoArt. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código

de Processo Civil.Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente

de inquérito policial  ou  justificação por denúncia  do MinistérioPúblico, instruída com a representação da vítima do abuso.

Art.   13.   Apresentada   ao   Ministério   Público   arepresentação   da   vítima,   aquele,   no   prazo   de   quarenta   e   oitohoras, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abusode autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, adesignação de audiência de instrução e julgamento.

§ 1º A denúncia do Ministério Público será apresentadaem duas vias.

Art.   14.   Se   a   ato   ou   fato   constitutivo   do   abuso   deautoridade   houver   deixado   vestígios   o   ofendido   ou   o   acusadopoderá:

a)   promover   a   comprovação   da   existência   de   taisvestígios, por meio de duas testemunhas qualificadas;

b) requerer ao Juiz,  até  setenta e duas horas antes daaudiência de instrução e julgamento, a designação de um peritopara fazer as verificações necessárias.

§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório eprestarão seus depoimentos verbalmente, ou o apresentarão porescrito, querendo, na audiência de instrução e julgamento.

§   2º   No   caso   previsto   na   letra   a   deste   artigo   arepresentação   poderá   conter   a   indicação   de   mais   duastestemunhas.

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invésde   apresentar   a   denúncia   requerer   o   arquivamento   darepresentação, o Juiz, no caso de considerar improcedentesas   razões   invocadas,   fará   remessa   da   representação   aoProcurador­Geral e este oferecerá a denúncia, ou designaráoutro   órgão   do   Ministério   Público   para   oferecê­la   ouinsistirá  no arquivamento, ao qual só  então deverá o Juizatender.

Art.   16.   Se   o   órgão   do   Ministério   Público   nãooferecer a denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitidaação privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém,aditar a queixa, repudiá­la e oferecer denúncia substitutivae intervir em todos os termos do processo, interpor recursose,   a   todo   tempo,   no   caso   de   negligência   do   querelante,retomar a ação como parte principal.

Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazode quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ourejeitando a denúncia.

§ 1º No despacho em que receber a denúncia, oJuiz designará, desde logo, dia e hora para a audiência deinstrução   e   julgamento,   que   deverá   ser   realizada,improrrogavelmente. dentro de cinco dias.

§ 2º A citação do réu para se ver  processar,  atéjulgamento final e para comparecer à audiência de instruçãoe   julgamento,   será   feita   por   mandado   sucinto   que,   seráacompanhado   da   segunda   via   da   representação   e   dadenúncia.

Art.   18.   As   testemunhas   de   acusação   e   defesapoderão ser apresentada em juízo,  independentemente deintimação.

Parágrafo  único.  Não serão deferidos  pedidos deprecatória para a audiência ou a intimação de testemunhasou,   salvo   o   caso   previsto   no   artigo   14,   letra   "b",requerimentos para a realização de diligências, perícias ouexames,   a   não   ser   que   o   Juiz,   em   despacho   motivado,considere indispensáveis tais providências.

Art.  19.  A hora  marcada,  o Juiz  mandará  que oporteiro dos auditórios ou o oficial de justiça declare abertaa audiência, apregoando em seguida o réu, as testemunhas,o   perito,   o   representante   do   Ministério   Público   ou   oadvogado que  tenha subscrito  a queixa  e o advogado oudefensor do réu.

Parágrafo único. A audiência somente deixará  derealizar­se se ausente o Juiz.

Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada oJuiz não houver comparecido, os presentes poderão retirar­se,   devendo   o   ocorrido   constar   do   livro   de   termos   deaudiência.

Art. 21. A audiência de instrução e julgamento serápública, se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar­se­á em dia útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sededo   Juízo   ou,   excepcionalmente,   no   local   que   o   Juizdesignar.

Art.   22.   Aberta   a   audiência   o   Juiz   fará   aqualificação e o interrogatório do réu, se estiver presente.Parágrafo   único.   Não   comparecendo   o   réu   nem   seuadvogado,   o   Juiz   nomeará   imediatamente   defensor   parafuncionar na audiência e nos ulteriores termos do processo.

Art.   23.   Depois   de   ouvidas   as   testemunhas   e   operito, o Juiz dará a palavra sucessivamente, ao MinistérioPúblico ou ao advogado que houver subscrito a queixa e aoadvogado ou defensor do réu, pelo prazo de quinze minutospara cada um, prorrogável por mais dez (10), a critério doJuiz.

Art.   24.   Encerrado   o   debate,   o   Juiz   proferirá

imediatamente a sentença.Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no

livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo, osdepoimentos   e   as   alegações   da   acusação   e   da   defesa,   osrequerimentos e, por extenso, os despachos e a sentença.

Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante doMinistério Público ou o advogado que houver subscrito a queixa, oadvogado ou defensor do réu e o escrivão.

Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte foremdifíceis e não permitirem a observância dos prazos fixados nestalei,   o   juiz   poderá   aumentá­las,   sempre   motivadamente,   até   odobro.

Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas doCódigo de Processo Penal, sempre que compatíveis com o sistemade instrução e julgamento regulado por esta lei.

Parágrafo  único.   Das   decisões,   despachos   e   sentenças,caberão os recursos e apelações previstas no Código de ProcessoPenal.

Art. 29. Revogam­se as disposições em contrário.Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.H. CASTELLO BRANCO Juracy MagalhãesEste texto não substitui o publicado no D.O.U. de 13.12.1965

LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343, 23/08/06Institui o Sistema Nacional  de Políticas Públicas sobre Drogas ­ Sisnad;prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserçãosocial   de   usuários   e   dependentes   de   drogas;   estabelece   normas   pararepressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; definecrimes e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço   saber   que   o   CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de PolíticasPúblicas sobre Drogas ­ Sisnad; prescreve medidas para prevençãodo   uso   indevido,   atenção   e   reinserção   social   de   usuários   edependentes   de   drogas;   estabelece   normas   para   repressão   àprodução não autorizada e ao tráfico  ilícito de drogas e definecrimes.

Parágrafo único.  Para fins desta Lei, consideram­se comodrogas   as   substâncias   ou   os   produtos   capazes   de   causardependência, assim especificados em lei ou relacionados em listasatualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.

Art. 2º  Ficam proibidas, em todo o território nacional, asdrogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploraçãode   vegetais   e   substratos   dos   quais   possam   ser   extraídas   ouproduzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ouregulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena,das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas,  de 1971, arespeito de plantas de uso estritamente ritualístico­religioso.

Parágrafo   único.   Pode  a  União   autorizar  o  plantio,   acultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo,exclusivamente   para   fins   medicinais   ou   científicos,   em   local   eprazo   predeterminados,   mediante   fiscalização,   respeitadas   asressalvas supramencionadas.

TÍTULO IIDO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE

DROGASArt. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar,

organizar e coordenar as atividades relacionadas com:I ­ a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção

social de usuários e dependentes de drogas;II ­ a repressão da produção não autorizada e do tráfico

ilícito de drogas.CAPÍTULO I

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SISTEMANACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS

Art. 4º São princípios do Sisnad:I ­ o respeito aos direitos fundamentais da pessoa

humana,  especialmente  quanto  à   sua  autonomia   e   à   sualiberdade;

II   ­  o   respeito  à  diversidade e  às  especificidadespopulacionais existentes;

III ­ a promoção dos valores éticos, culturais e decidadania do povo brasileiro, reconhecendo­os como fatoresde   proteção   para   o   uso   indevido   de   drogas   e   outroscomportamentos correlacionados;

IV ­ a promoção de consensos nacionais, de amplaparticipação   social,   para   o   estabelecimento   dosfundamentos e estratégias do Sisnad;

V ­ a promoção da responsabilidade compartilhadaentre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância daparticipação social nas atividades do Sisnad;

VI   ­   o   reconhecimento   da   intersetorialidade   dosfatores correlacionados com o uso indevido de drogas, coma sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;

VII   ­   a   integração   das   estratégias   nacionais   einternacionais   de   prevenção   do   uso   indevido,   atenção   ereinserção social de usuários e dependentes de drogas e derepressão à  sua produção não autorizada e ao seu tráficoilícito;

VIII   ­   a  articulação  com os  órgãos do MinistérioPúblico   e   dos   Poderes   Legislativo   e   Judiciário   visando   àcooperação mútua nas atividades do Sisnad;

IX ­ a adoção de abordagem multidisciplinar quereconheça a interdependência e a natureza complementardas   atividades   de   prevenção  do  uso   indevido,   atenção   ereinserção   social   de   usuários   e   dependentes   de   drogas,repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito dedrogas;

X ­ a observância do equilíbrio entre as atividadesde prevenção do uso indevido, atenção e reinserção socialde usuários e dependentes de drogas e de repressão à suaprodução não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando agarantir a estabilidade e o bem­estar social;

XI   ­   a   observância   às   orientações   e   normasemanadas do Conselho Nacional Antidrogas ­ Conad.

Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos:I   ­   contribuir  para   a   inclusão   social  do   cidadão,

visando   a   torná­lo   menos   vulnerável   a   assumircomportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seutráfico ilícito e outros comportamentos correlacionados;

II   ­   promover   a   construção   e   a   socialização   doconhecimento sobre drogas no país;

III   ­  promover  a   integração entre as  políticas  deprevenção do uso indevido, atenção e reinserção social deusuários   e   dependentes   de   drogas   e   de   repressão   à   suaprodução não autorizada e ao tráfico  ilícito e as políticaspúblicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União,Distrito Federal, Estados e Municípios;

IV ­ assegurar as condições para a coordenação, aintegração e a articulação das atividades de que trata o art.3º desta Lei.

CAPÍTULO IIDA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMANACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS

Art. 6º (VETADO)Art.   7º   A   organização   do   Sisnad   assegura   a

orientação   central   e   a   execução   descentralizada   dasatividades   realizadas  em  seu   âmbito,  nas  esferas   federal,

distrital, estadual e municipal e se constitui matéria definida noregulamento desta Lei.

Art. 8º  (VETADO)CAPÍTULO III (VETADO)

Art. 9º  (VETADO)Art. 10.  (VETADO)Art. 11.  (VETADO)Art. 12.  (VETADO)Art. 13.  (VETADO)Art. 14.  (VETADO)

CAPÍTULO IVDA COLETA, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES

SOBRE DROGASArt. 15.  (VETADO)Art.   16.   As   instituições   com   atuação   nas   áreas   da

atenção à saúde e da assistência social que atendam usuários oudependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente dorespectivo  sistema municipal  de  saúde os   casos  atendidos  e  osóbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, conformeorientações emanadas da União.

Art. 17.  Os dados estatísticos nacionais de repressão aotráfico   ilícito   de   drogas   integrarão   sistema   de   informações   doPoder Executivo.

TÍTULO IIIDAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO,

ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS EDEPENDENTES DE DROGAS

CAPÍTULO IDA PREVENÇÃO

Art.   18.   Constituem   atividades   de   prevenção   do   usoindevido de drogas,  para  efeito  desta  Lei,  aquelas  direcionadaspara a redução dos  fatores de vulnerabilidade e risco e para apromoção e o fortalecimento dos fatores de proteção.

Art. 19.  As atividades de prevenção do uso indevido dedrogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes:

I   ­  o reconhecimento do uso indevido de drogas comofator de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na suarelação com a comunidade à qual pertence;

II ­ a adoção de conceitos objetivos e de fundamentaçãocientífica como forma de orientar as ações dos serviços públicoscomunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatizaçãodas pessoas e dos serviços que as atendam;

III ­ o fortalecimento da autonomia e da responsabilidadeindividual em relação ao uso indevido de drogas;

IV   ­   o   compartilhamento   de   responsabilidades   e   acolaboração mútua com as instituições do setor privado e com osdiversos segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes dedrogas e respectivos familiares, por meio do estabelecimento deparcerias;

V ­ a adoção de estratégias preventivas diferenciadas eadequadas   às   especificidades   socioculturais   das   diversaspopulações, bem como das diferentes drogas utilizadas;

VI ­ o reconhecimento do “não­uso”, do “retardamento douso”   e   da   redução   de   riscos   como   resultados   desejáveis   dasatividades   de   natureza   preventiva,   quando   da   definição   dosobjetivos a serem alcançados;

VII   ­   o   tratamento   especial   dirigido   às   parcelas   maisvulneráveis   da   população,   levando   em   consideração   as   suasnecessidades específicas;

VIII ­ a articulação entre os serviços e organizações queatuam em atividades de prevenção do uso indevido de drogas e arede de atenção a usuários e dependentes de drogas e respectivosfamiliares;

IX ­ o investimento em alternativas esportivas, culturais,artísticas,   profissionais,   entre   outras,   como   forma   de   inclusãosocial e de melhoria da qualidade de vida;

X   ­   o   estabelecimento   de   políticas   de   formação

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

continuada na área da prevenção do uso indevido de drogaspara profissionais de educação nos 3 (três) níveis de ensino;

XI   ­   a   implantação   de   projetos   pedagógicos   deprevenção do uso indevido de drogas,  nas  instituições deensino   público   e   privado,   alinhados   às   DiretrizesCurriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados adrogas;

XII   ­   a   observância   das   orientações   e   normasemanadas do Conad;

XIII   ­  o  alinhamento  às  diretrizes  dos  órgãos  decontrole social de políticas setoriais específicas.

Parágrafo  único.   As  atividades  de  prevenção  douso indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescentedeverão estar em consonância com as diretrizes emanadaspelo   Conselho   Nacional   dos   Direitos   da   Criança   e   doAdolescente ­ Conanda.

CAPÍTULO IIDAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO

SOCIAL DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGASArt.   20.   Constituem   atividades   de   atenção   ao

usuário   e  dependente  de  drogas  e   respectivos   familiares,para   efeito   desta   Lei,   aquelas   que   visem   à   melhoria   daqualidade   de   vida   e   à   redução   dos   riscos   e   dos   danosassociados ao uso de drogas.

Art. 21.  Constituem atividades de reinserção socialdo   usuário   ou   do   dependente   de   drogas   e   respectivosfamiliares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas parasua integração ou reintegração em redes sociais.

Art.   22.   As   atividades   de   atenção   e   as   dereinserção social do usuário e do dependente de drogas erespectivos   familiares   devem   observar   os   seguintesprincípios e diretrizes:

I ­ respeito ao usuário e ao dependente de drogas,independentemente de quaisquer condições, observados osdireitos   fundamentais  da  pessoa  humana,  os  princípios   ediretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política Nacionalde Assistência Social;

II   ­   a   adoção   de   estratégias   diferenciadas   deatenção e reinserção social do usuário e do dependente dedrogas   e   respectivos   familiares   que   considerem   as   suaspeculiaridades socioculturais;

III   ­   definição   de   projeto   terapêuticoindividualizado, orientado para a inclusão social e para aredução de riscos e de danos sociais e à saúde;

IV ­ atenção ao usuário ou dependente de drogas eaos  respectivos   familiares,   sempre  que possível,  de  formamultidisciplinar e por equipes multiprofissionais;

V   ­   observância   das   orientações   e   normasemanadas do Conad;

VI   ­   o   alinhamento   às   diretrizes   dos   órgãos   decontrole social de políticas setoriais específicas.

Art. 23.  As redes dos serviços de saúde da União,dos   Estados,   do   Distrito   Federal,   dos   Municípiosdesenvolverão   programas   de   atenção   ao   usuário   e   aodependente   de   drogas,   respeitadas   as   diretrizes   doMinistério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária adequada.

Art. 24.  A União, os Estados, o Distrito Federal eos  Municípios  poderão conceder benefícios  às   instituiçõesprivadas  que  desenvolverem  programas  de   reinserção   nomercado de trabalho, do usuário e do dependente de drogasencaminhados por órgão oficial.

Art. 25.  As instituições da sociedade civil, sem finslucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e daassistência social, que atendam usuários ou dependentes de

drogas poderão receber recursos do Funad, condicionados à suadisponibilidade orçamentária e financeira.

Art. 26.   O usuário e o dependente de drogas que, emrazão  da  prática  de   infração  penal,   estiverem cumprindo  penaprivativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têmgarantidos   os   serviços  de  atenção   à   sua   saúde,  definidos   pelorespectivo sistema penitenciário.

CAPÍTULO IIIDOS CRIMES E DAS PENAS

Art. 27.   As penas previstas neste Capítulo poderão seraplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas aqualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.

Art.   28.   Quem   adquirir,   guardar,   tiver   em   depósito,transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas semautorização   ou   em   desacordo   com   determinação   legal   ouregulamentar será submetido às seguintes penas:

I ­ advertência sobre os efeitos das drogas;II ­ prestação de serviços à comunidade;III ­ medida educativa de comparecimento a programa ou

curso educativo.§   1º   Às   mesmas   medidas   submete­se   quem,   para   seu

consumo pessoal,   semeia,  cultiva ou colhe plantas destinadas  àpreparação   de   pequena   quantidade   de   substância   ou   produtocapaz de causar dependência física ou psíquica.

§ 2º Para determinar se a droga destinava­se a consumopessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substânciaapreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação,às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à  conduta e aosantecedentes do agente.

§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput desteartigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.

§   4º  Em  caso  de   reincidência,   as  penas   previstas  nosincisos II e III  do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazomáximo de 10 (dez) meses.

§   5º   A   prestação   de   serviços   à   comunidade   serácumprida em programas comunitários, entidades educacionais ouassistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ouprivados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente,da   prevenção   do   consumo   ou   da   recuperação   de   usuários   edependentes de drogas.

§   6º   Para   garantia   do   cumprimento   das   medidaseducativas a que se refere o caput, nos incisos I,  II e III,  a queinjustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê­lo,sucessivamente a:

I ­ admoestação verbal;II ­ multa.§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à

disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde,preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.

Art.  29.   Na   imposição  da  medida  educativa  a  que   serefere   o   inciso   II   do   §6º do   art.   28,   o   juiz,   atendendo   àreprovabilidade da conduta,  fixará  o número de dias­multa, emquantidade nunca inferior  a 40 (quarenta) nem superior a 100(cem),   atribuindo   depois   a   cada   um,   segundo   a   capacidadeeconômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezeso valor do maior salário mínimo.

Parágrafo único.  Os valores decorrentes da imposição damulta a que se refere o § 6º do art. 28 serão creditados à conta doFundo Nacional Antidrogas.

Art. 30.   Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e aexecução   das   penas,   observado,   no   tocante   à   interrupção   doprazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.

TÍTULO IVDA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO

TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art.   31.   É   indispensável   a   licença   prévia   daautoridade   competente   para   produzir,   extrair,   fabricar,transformar,   preparar,   possuir,   manter   em   depósito,importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor,oferecer,  vender,  comprar,   trocar,  ceder ou adquirir,  paraqualquer   fim,   drogas   ou   matéria­prima   destinada   à   suapreparação, observadas as demais exigências legais.

Art. 32.  As plantações ilícitas serão imediatamentedestruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50­A,que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, detudo   lavrando   auto   de   levantamento   das   condiçõesencontradas,   com a  delimitação  do   local,   asseguradas   asmedidas necessárias para a preservação da prova. (RedaçãoLei nº 12.961, de 2014)

§ 1º (Revogado).  (Redação L12.961, de 2014)§ 2º (Revogado).  (Redação L12.961, de 2014)§ 3°   Em caso  de   ser  utilizada  a  queimada  para

destruir   a   plantação,   observar­se­á,   além   das   cautelasnecessárias   à   proteção   ao   meio   ambiente,   o  dispostono Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber,dispensada   a   autorização   prévia   do   órgão   próprio   doSistema Nacional do Meio Ambiente ­ Sisnama.

§ 4º   As glebas cultivadas com plantações  ilícitasserão   expropriadas,   conforme   o   disposto   no art.   243   daConstituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.

CAPÍTULO IIDOS CRIMES

Art.   33.   Importar,   exportar,   remeter,   preparar,produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer,ter   em   depósito,   transportar,   trazer   consigo,   guardar,prescrever,   ministrar,   entregar   a   consumo   ou   fornecerdrogas,  ainda que gratuitamente,   sem autorização ou emdesacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena ­ reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos epagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos)dias­multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:I   ­   importa,   exporta,   remete,   produz,   fabrica,

adquire,  vende,  expõe à  venda,  oferece,   fornece,   tem emdepósito,   transporta,   traz   consigo   ou   guarda,   ainda   quegratuitamente,   sem   autorização   ou   em   desacordo   comdeterminação legal ou regulamentar, matéria­prima, insumoou produto químico destinado à preparação de drogas;

II   ­   semeia,   cultiva   ou   faz   a   colheita,   semautorização ou em desacordo com determinação  legal  ouregulamentar,  de  plantas  que   se   constituam em matéria­prima para a preparação de drogas;

III ­ utiliza local ou bem de qualquer natureza deque   tem  a  propriedade,  posse,   administração,   guarda  ouvigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda quegratuitamente,   sem   autorização   ou   em   desacordo   comdeterminação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito dedrogas.

§ 2º   Induzir,   instigar  ou auxiliar  alguém ao usoindevido de droga:     (Vide ADI nº 4.274)

Pena ­ detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multade 100 (cem) a 300 (trezentos) dias­multa.

§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivode   lucro,  a  pessoa  de   seu   relacionamento,  para   juntos   aconsumirem:

Pena ­ detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, epagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos)dias­multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo,as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedadaa conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agenteseja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividadescriminosas nem integre organização criminosa.     (Vide Resoluçãonº 5, de 2012)

RESOLUÇÃO Nº 5, DE 2012.Suspende,  nos   termos  do  art.  52,   inciso  X,  da  Constituição  Federal,   aexecução de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de2006.O Senado Federal resolve:

Art. 1º É suspensa a execução da expressão "vedada a conversãoem penas restritivas de direitos" do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23de agosto de 2006, declarada inconstitucional  por decisão definitiva doSupremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.Senado Federal, em 15 de fevereiro de 2012.Senador JOSÉ SARNEYPresidente do Senado FederalEste texto não substitui o publicado no DOU de 16.2.2012

Art. 34.  Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer,vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar oufornecer,   ainda   que   gratuitamente,   maquinário,   aparelho,instrumento   ou   qualquer   objeto   destinado   à   fabricação,preparação,   produção   ou   transformação   de   drogas,   semautorização   ou   em   desacordo   com   determinação   legal   ouregulamentar:

Pena ­ reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamentode 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias­multa.

Art. 35.  Associarem­se duas ou mais pessoas para o fimde praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstosnos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:

Pena ­ reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamentode 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias­multa.

Parágrafo   único.   Nas   mesmas   penas   do   caput   desteartigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crimedefinido no art. 36 desta Lei.

Art. 36.  Financiar ou custear a prática de qualquer doscrimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:

Pena   ­   reclusão,   de   8   (oito)   a   20   (vinte)   anos,   epagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias­multa.

Art.   37.   Colaborar,   como   informante,   com   grupo,organização ou associação destinados à prática de qualquer doscrimes previstos nos arts. 33, caput e §1º, e 34 desta Lei:

Pena ­ reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamentode 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias­multa.

Art. 38.   Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas,sem que delas necessite o paciente, ou fazê­lo em doses excessivasou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena  ­  detenção,  de 6 (seis)  meses a 2 (dois)  anos,  epagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias­multa.

Parágrafo   único.   O   juiz   comunicará   a   condenação   aoConselho   Federal   da   categoria   profissional   a   que   pertença   oagente.

Art.   39.   Conduzir   embarcação   ou   aeronave   após   oconsumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade deoutrem:

Pena ­ detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, alémda apreensão do veículo,   cassação da habilitação respectiva  ouproibição   de   obtê­la,   pelo   mesmo   prazo   da   pena   privativa   deliberdade   aplicada,   e   pagamento   de   200   (duzentos)   a   400(quatrocentos) dias­multa.

Parágrafo único.   As penas de prisão e multa, aplicadascumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis)

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias­multa,se o veículo referido no caput deste artigo for de transportecoletivo de passageiros.

Art. 40.  As penas previstas nos arts. 33 a 37 destaLei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:

I ­ a natureza, a procedência da substância ou doproduto   apreendido   e   as   circunstâncias   do   fatoevidenciarem a transnacionalidade do delito;

II ­ o agente praticar o crime prevalecendo­se defunção pública ou no desempenho de missão de educação,poder familiar, guarda ou vigilância;

III   ­   a   infração   tiver   sido   cometida   nasdependências ou imediações de estabelecimentos prisionais,de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis,sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, delocais  de   trabalho  coletivo,  de   recintos  onde   se   realizemespetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviçosde tratamento de dependentes de drogas ou de reinserçãosocial, de unidades militares ou policiais ou em transportespúblicos;

IV   ­   o   crime   tiver   sido  praticado   com violência,grave   ameaça,   emprego   de   arma   de   fogo,   ou   qualquerprocesso de intimidação difusa ou coletiva;

V   ­   caracterizado   o   tráfico   entre   Estados   daFederação ou entre estes e o Distrito Federal;

VI ­ sua prática envolver ou visar a atingir criançaou   adolescente   ou   a   quem   tenha,   por   qualquer   motivo,diminuída ou suprimida a  capacidade  de entendimento  edeterminação;

VII   ­  o  agente   financiar  ou  custear  a  prática  docrime.

Art.   41.   O   indiciado   ou   acusado   que   colaborarvoluntariamente  com a  investigação policial   e  o  processocriminal   na   identificação   dos   demais   co­autores   oupartícipes  do crime e  na  recuperação  total  ou parcial  doproduto   do   crime,   no   caso   de   condenação,   terá   penareduzida de um terço a dois terços.

Art. 42.  O juiz, na fixação das penas, considerará,com preponderância sobre o previsto no art. 59 do CódigoPenal,   a   natureza   e   a   quantidade   da   substância   ou   doproduto, a personalidade e a conduta social do agente.

Art. 43.  Na fixação da multa a que se referem osarts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe oart.   42   desta   Lei,   determinará   o   número   de   dias­multa,atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas dosacusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a5 (cinco) vezes o maior salário­mínimo.

Parágrafo   único.   As   multas,   que   em   caso   deconcurso   de   crimes   serão   impostas   semprecumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se,em virtude da situação econômica do acusado, considerá­laso juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.

Art. 44.  Os crimes previstos nos arts. 33, caput e §1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis desursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedadaa conversão de suas penas em restritivas de direitos.Parágrafo único.  Nos crimes previstos no caput deste artigo,dar­se­á  o livramento condicional após o cumprimento dedois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidenteespecífico.

Art. 45.  É isento de pena o agente que, em razãoda   dependência,   ou   sob   o   efeito,   proveniente   de   casofortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ouda   omissão,   qualquer   que   tenha   sido   a   infração   penalpraticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito

do fato ou de determinar­se de acordo com esse entendimento.Parágrafo   único.   Quando   absolver   o   agente,

reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época dofato previsto neste artigo, as condições referidas no caput desteartigo,   poderá   determinar   o   juiz,   na   sentença,   o   seuencaminhamento para tratamento médico adequado.

Art. 46.   As penas podem ser reduzidas de um terço adois terços se,  por força das circunstâncias previstas no art. 45desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão,a plena capacidade de entender o caráter   ilícito do  fato  ou dedeterminar­se de acordo com esse entendimento.

Art. 47.  Na sentença condenatória, o juiz, com base emavaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do agentepara   tratamento,   realizada   por   profissional   de   saúde   comcompetência específica na forma da lei, determinará que a tal seproceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei.

CAPÍTULO IIIDO PROCEDIMENTO PENAL

Art.   48.   O   procedimento   relativo   aos   processos   porcrimes definidos neste Título rege­se pelo disposto neste Capítulo,aplicando­se,   subsidiariamente,   as   disposições   do   Código   deProcesso Penal e da Lei de Execução Penal.

§1º O agente de qualquer das condutas previstas no art.28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos nosarts.   33   a   37   desta   Lei,   será   processado   e   julgado   na   formados arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais.

§2º Tratando­se da conduta prevista no art. 28 desta Lei,não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato serimediatamente   encaminhado   ao   juízo   competente   ou,   na   faltadeste,  assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando­setermo   circunstanciado   e   providenciando­se   as   requisições   dosexames e perícias necessários.

§3º   Se   ausente   a   autoridade   judicial,   as   providênciasprevistas   no   §2º deste   artigo   serão   tomadas   de   imediato   pelaautoridade   policial,   no   local   em   que   se   encontrar,   vedada   adetenção do agente.

§4º   Concluídos   os   procedimentos   de   que   trata   o   §2o deste  artigo,  o agente será   submetido a exame de corpo dedelito,   se   o   requerer   ou   se   a   autoridade   de   polícia   judiciáriaentender conveniente, e em seguida liberado.

§5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de1995,   que   dispõe   sobre   os   Juizados   Especiais   Criminais,   oMinistério Público poderá  propor a  aplicação  imediata de penaprevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na proposta.

Art. 49.  Tratando­se de condutas tipificadas nos arts. 33,caput   e   §1º,   e   34   a   37   desta   Lei,   o   juiz,   sempre   que   ascircunstâncias   o   recomendem,   empregará   os   instrumentosprotetivos   de   colaboradores   e   testemunhas   previstos   na Lei   nº9.807, de 13 de julho de 1999.

Seção IDa Investigação

Art. 50.  Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade depolícia   judiciária   fará,   imediatamente,   comunicação   ao   juizcompetente, remetendo­lhe cópia do auto lavrado, do qual serádada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro)horas.

§1º   Para   efeito   da   lavratura   do   auto   de   prisão   emflagrante   e   estabelecimento   da   materialidade   do   delito,   ésuficiente o  laudo de constatação da natureza e quantidade dadroga,  firmado por perito oficial  ou, na  falta deste,  por pessoaidônea.

§2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o§1º deste artigo não ficará impedido de participar da elaboraçãodo laudo definitivo.

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

§3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante,o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidadeformal do laudo de constatação e determinará a destruiçãodas drogas apreendidas, guardando­se amostra necessária àrealização do laudo definitivo. (Incluído L12.961/14) (7 deabril)

§4º A  destruição  das  drogas   será   executada  pelodelegado de polícia  competente no prazo de 15 (quinze)dias   na   presença   do   Ministério   Público   e   da   autoridadesanitária. (Incluído L12.961/14)

§5º O   local   será   vistoriado   antes   e   depois   deefetivada a destruição das drogas referida no § 3o, sendolavrado   auto   circunstanciado   pelo   delegado   de   polícia,certificando­se   neste   a   destruição   total   delas.  (IncluídoL12.961/14)

Art. 50­A.  A destruição de drogas apreendidas sema   ocorrência   de   prisão   em   flagrante   será   feita   porincineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contadoda data da apreensão, guardando­se amostra necessária àrealização do laudo definitivo, aplicando­se, no que couber,o   procedimento   dos   §§3º   a   5º do   art.   50.  (IncluídoL12.961/14)

Art.   51.   O   inquérito   policial   será   concluído   noprazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de90 (noventa) dias, quando solto.

Parágrafo  único.   Os prazos  a que  se refere  esteartigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o MinistérioPúblico,   mediante   pedido   justificado   da   autoridade   depolícia judiciária.

Art. 52.  Findos os prazos a que se refere o art. 51desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo osautos do inquérito ao juízo:

I ­ relatará sumariamente as circunstâncias do fato,justificando   as   razões   que   a   levaram   à   classificação   dodelito, indicando a quantidade e natureza da substância oudo produto apreendido, o local e as condições em que sedesenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, aconduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou

II ­ requererá sua devolução para a realização dediligências necessárias.Parágrafo único.  A remessa dos autos far­se­á sem prejuízode diligências complementares:

I ­ necessárias ou úteis à plena elucidação do fato,cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competenteaté   3   (três)   dias   antes   da   audiência   de   instrução   ejulgamento;

II   ­   necessárias   ou   úteis   à   indicação   dos   bens,direitos   e   valores   de   que   seja   titular   o   agente,   ou   quefigurem   em   seu   nome,   cujo   resultado   deverá   serencaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes daaudiência de instrução e julgamento.

Art. 53.  Em qualquer fase da persecução criminalrelativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, alémdos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvidoo   Ministério   Público,   os   seguintes   procedimentosinvestigatórios:

I ­ a infiltração por agentes de polícia, em tarefasde   investigação,   constituída   pelos   órgãos   especializadospertinentes;

II ­ a não­atuação policial sobre os portadores dedrogas,   seus   precursores   químicos   ou   outros   produtosutilizados em sua produção, que se encontrem no territóriobrasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizarmaior   número   de   integrantes   de   operações   de   tráfico   edistribuição, sem prejuízo da ação penal cabível.

Parágrafo único.  Na hipótese do inciso II deste artigo, aautorização   será   concedida   desde   que   sejam   conhecidos   oitinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou decolaboradores.

Seção IIDa Instrução Criminal

Art.   54.   Recebidos   em   juízo   os   autos   do   inquéritopolicial,   de   Comissão   Parlamentar   de   Inquérito   ou   peças   deinformação, dar­se­á vista ao Ministério Público para, no prazo de10 (dez) dias, adotar uma das seguintes providências:

I ­ requerer o arquivamento;II ­ requisitar as diligências que entender necessárias;III ­ oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas

e requerer as demais provas que entender pertinentes.Art.   55.   Oferecida   a   denúncia,   o   juiz   ordenará   a

notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, noprazo de 10 (dez) dias.

§1º   Na   resposta,   consistente   em   defesa   preliminar   eexceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas asrazões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificaras provas que pretende produzir e, até  o número de 5 (cinco),arrolar testemunhas.

§2º   As   exceções   serão   processadas   em   apartado,   nostermos   dos arts.   95   a   113   do   Decreto­Lei   no 3.689,   de   3   deoutubro de 1941 ­ Código de Processo Penal.

§3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiznomeará defensor para oferecê­la em 10 (dez) dias, concedendo­lhe vista dos autos no ato de nomeação.

§4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá  em 5 (cinco)dias.

§5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximode 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso, realizaçãode diligências, exames e perícias.

Art. 56.  Recebida a denúncia, o juiz designará dia e horapara a audiência de instrução e  julgamento, ordenará  a citaçãopessoal   do   acusado,   a   intimação   do   Ministério   Público,   doassistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.

§1º Tratando­se de condutas tipificadas como infração dodisposto nos arts. 33, caput e §1°, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, aoreceber a denúncia,  poderá  decretar  o afastamento cautelar  dodenunciado   de   suas   atividades,   se   for   funcionário   público,comunicando ao órgão respectivo.

§2º A audiência a que se refere o caput deste artigo serárealizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento dadenúncia,   salvo   se  determinada  a   realização  de  avaliação  paraatestar   dependência   de   drogas,   quando   se   realizará   em   90(noventa) dias.

Art. 57.  Na audiência de instrução e julgamento, após ointerrogatório  do acusado e a   inquirição das   testemunhas,   serádada a palavra,   sucessivamente,  ao representante do MinistérioPúblico   e   ao  defensor  do  acusado,  para   sustentação  oral,  peloprazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por mais10 (dez), a critério do juiz.

Parágrafo único.  Após proceder ao interrogatório, o juizindagará  das  partes   se   restou  algum  fato  para   ser   esclarecido,formulando   as   perguntas   correspondentes   se   o   entenderpertinente e relevante.

Art. 58.  Encerrados os debates, proferirá o juiz sentençade imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autospara isso lhe sejam conclusos.

§ 1º (Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014)  § 2º (Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014)  Art. 59.  Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e §1º, e

34  a  37 desta  Lei,  o   réu não  poderá   apelar   sem recolher­se  àprisão,   salvo   se   for   primário   e   de   bons   antecedentes,   assim

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

reconhecido na sentença condenatória.CAPÍTULO IV

DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENSDO ACUSADO

Art.   60.   O   juiz,   de   ofício,   a   requerimento   doMinistério Público ou mediante representação da autoridadede polícia judiciária, ouvido o Ministério Público, havendoindícios suficientes, poderá decretar, no curso do inquéritoou   da   ação   penal,   a   apreensão   e   outras   medidasassecuratórias  relacionadas aos bens móveis e  imóveis  ouvalores consistentes em produtos dos crimes previstos nestaLei, ou que constituam proveito auferido com sua prática,procedendo­se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto­Leinº 3.689, de 3 de outubro de 1941 ­ Código de ProcessoPenal.

§1º   Decretadas   quaisquer   das   medidas   previstasneste artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo de 5(cinco) dias, apresente ou requeira a produção de provasacerca da origem lícita do produto, bem ou valor objeto dadecisão.

§2º Provada a origem lícita  do produto, bem ouvalor, o juiz decidirá pela sua liberação.

§3º  Nenhum pedido de restituição será conhecidosem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juizdeterminar a prática de atos necessários à conservação debens, direitos ou valores.

§4º A ordem de apreensão ou seqüestro de bens,direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido oMinistério Público, quando a sua execução imediata possacomprometer as investigações.

Art. 61.  Não havendo prejuízo para a produção daprova dos fatos e comprovado o interesse público ou social,ressalvado   o   disposto   no   art.   62   desta   Lei,   medianteautorização   do   juízo   competente,   ouvido   o   MinistérioPúblico e cientificada a Senad, os bens apreendidos poderãoser utilizados pelos órgãos ou pelas entidades que atuam naprevenção do uso indevido, na atenção e reinserção socialde   usuários   e   dependentes   de   drogas   e   na   repressão   àprodução   não   autorizada   e   ao   tráfico   ilícito   de   drogas,exclusivamente no interesse dessas atividades.

Parágrafo   único.   Recaindo   a   autorização   sobreveículos,   embarcações   ou   aeronaves,   o   juiz   ordenará   àautoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro econtrole a expedição de certificado provisório de registro elicenciamento, em favor da instituição à qual tenha deferidoo uso, ficando esta livre do pagamento de multas, encargose tributos anteriores, até o trânsito em julgado da decisãoque decretar o seu perdimento em favor da União.

Art.   62.   Os   veículos,   embarcações,   aeronaves   equaisquer   outros   meios   de   transporte,   os   maquinários,utensílios,   instrumentos   e   objetos   de   qualquer   natureza,utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei, apósa sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridadede   polícia   judiciária,   excetuadas   as   armas,   que   serãorecolhidas na forma de legislação específica.

§1º  Comprovado o interesse público na utilizaçãode   qualquer   dos   bens   mencionados   neste   artigo,   aautoridade de polícia judiciária poderá deles fazer uso, sobsua responsabilidade e com o objetivo de sua conservação,mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público.

§2º  Feita a apreensão a que se refere o caput desteartigo, e tendo recaído sobre dinheiro ou cheques emitidoscomo   ordem   de   pagamento,   a   autoridade   de   políciajudiciária   que   presidir   o   inquérito   deverá,   de   imediato,requerer   ao   juízo   competente   a   intimação   do   Ministério

Público.§3º   Intimado, o Ministério Público deverá  requerer  ao

juízo, em caráter cautelar, a conversão do numerário apreendidoem moeda nacional,  se for o caso, a compensação dos chequesemitidos após a instrução do inquérito, com cópias autênticas dosrespectivos títulos, e o depósito das correspondentes quantias emconta judicial, juntando­se aos autos o recibo.

§4º   Após   a   instauração  da   competente   ação  penal,   oMinistério   Público,   mediante   petição   autônoma,   requererá   aojuízo competente que, em caráter cautelar,  proceda à  alienaçãodos   bens   apreendidos,   excetuados   aqueles   que   a   União,   porintermédio   da  Senad,   indicar  para   serem  colocados   sob  uso   ecustódia   da   autoridade   de   polícia   judiciária,   de   órgãos   deinteligência ou militares,  envolvidos nas ações de prevenção aouso indevido de drogas e operações de repressão à produção nãoautorizada   e   ao   tráfico   ilícito   de   drogas,   exclusivamente   nointeresse dessas atividades.

§5º   Excluídos os bens que se houver  indicado para osfins previstos no § 4o deste artigo, o requerimento de alienaçãodeverá conter a relação de todos os demais bens apreendidos, coma descrição e a especificação de cada um deles,   e   informaçõessobre quem os tem sob custódia e o local onde se encontram.

§6º  Requerida a alienação dos bens, a respectiva petiçãoserá autuada em apartado, cujos autos terão tramitação autônomaem relação aos da ação penal principal.

§7º Autuado o requerimento de alienação, os autos serãoconclusos   ao   juiz,   que,   verificada   a   presença   de   nexo   deinstrumentalidade entre o delito e os objetos utilizados para a suaprática   e   risco   de   perda   de   valor   econômico   pelo   decurso   dotempo, determinará a avaliação dos bens relacionados, cientificaráa Senad e intimará a União, o Ministério Público e o interessado,este, se for o caso, por edital com prazo de 5 (cinco) dias.

§8º  Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergênciassobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o valoratribuído aos bens e determinará sejam alienados em leilão.

§9º Realizado o leilão, permanecerá depositada em contajudicial a quantia apurada, até o final da ação penal respectiva,quando será transferida ao Funad, juntamente com os valores deque trata o §3º deste artigo.

§   10.   Terão   apenas   efeito   devolutivo   os   recursosinterpostos   contra   as   decisões   proferidas   no   curso   doprocedimento previsto neste artigo.

§ 11.  Quanto aos bens indicados na forma do § 4o desteartigo,   recaindo   a   autorização   sobre   veículos,   embarcações   ouaeronaves,   o   juiz   ordenará   à   autoridade   de   trânsito   ou   aoequivalente órgão de registro e controle a expedição de certificadoprovisório de registro e licenciamento, em favor da autoridade depolícia judiciária ou órgão aos quais tenha deferido o uso, ficandoestes   livres   do   pagamento   de   multas,   encargos   e   tributosanteriores, até o trânsito em julgado da decisão que decretar o seuperdimento em favor da União.

Art. 63.  Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirásobre   o   perdimento   do   produto,   bem   ou   valor   apreendido,seqüestrado ou declarado indisponível.

§1º Os valores  apreendidos em decorrência dos crimestipificados nesta Lei e que não forem objeto de tutela cautelar,após   decretado   o   seu   perdimento   em   favor   da   União,   serãorevertidos diretamente ao Funad.

§2º  Compete à Senad a alienação dos bens apreendidose não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento já tenha sidodecretado em favor da União.

§3º  A Senad poderá firmar convênios de cooperação, afim de dar  imediato  cumprimento ao estabelecido no §2º desteartigo.

§4º  Transitada em  julgado a   sentença condenatória,  o

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

juiz do processo, de ofício ou a requerimento do MinistérioPúblico,   remeterá   à   Senad   relação   dos   bens,   direitos   evalores declarados perdidos em favor da União, indicando,quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidadeou  o  órgão  em cujo  poder   estejam,  para  os   fins  de   suadestinação nos termos da legislação vigente.

Art. 64.  A União, por intermédio da Senad, poderáfirmar convênio com os Estados, com o Distrito Federal ecom   organismos   orientados   para   a   prevenção   do   usoindevido   de   drogas,   a   atenção   e   a   reinserção   social   deusuários   ou   dependentes   e   a   atuação   na   repressão   àprodução não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, comvistas na liberação de equipamentos e de recursos por elaarrecadados, para a implantação e execução de programasrelacionados à questão das drogas.

TÍTULO VDA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Art.   65.   De   conformidade   com os  princípios   danão­intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídicae do respeito à integridade territorial dos Estados e às leis eaos regulamentos nacionais em vigor, e observado o espíritodas Convenções das Nações Unidas e  outros   instrumentosjurídicos internacionais relacionados à questão das drogas,de   que   o   Brasil   é   parte,   o   governo   brasileiro   prestará,quando solicitado, cooperação a outros países e organismosinternacionais   e,   quando   necessário,   deles   solicitará   acolaboração, nas áreas de:

I   ­   intercâmbio de  informações  sobre  legislações,experiências, projetos e programas voltados para atividadesde prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserçãosocial de usuários e dependentes de drogas;

II   ­   intercâmbio   de   inteligência   policial   sobreprodução e tráfico de drogas e delitos conexos, em especialo  tráfico de armas,  a  lavagem de dinheiro  e  o desvio  deprecursores químicos;

III ­ intercâmbio de informações policiais e judiciaissobre produtores e traficantes de drogas e seus precursoresquímicos.

TÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 66.  Para fins do disposto no parágrafo únicodo art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologiada   lista   mencionada   no   preceito,   denominam­se   drogassubstâncias   entorpecentes,   psicotrópicas,   precursoras   eoutras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de12 de maio de 1998.

Art. 67.   A liberação dos recursos previstos na Leinº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de Estadose do Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito àsdiretrizes   básicas   contidas   nos   convênios   firmados   e   dofornecimento de dados necessários à atualização do sistemaprevisto   no   art.   17   desta   Lei,   pelas   respectivas   políciasjudiciárias.

Art. 68.  A União, os Estados, o Distrito Federal eos   Municípios   poderão   criar   estímulos   fiscais   e   outros,destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem naprevenção do uso indevido de drogas, atenção e reinserçãosocial   de   usuários   e   dependentes   e   na   repressão   daprodução não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.

Art.   69.   No   caso   de   falência   ou   liquidaçãoextrajudicial de empresas ou estabelecimentos hospitalares,de   pesquisa,   de   ensino,   ou   congêneres,   assim   como   nosserviços de saúde que produzirem, venderem, adquirirem,consumirem,   prescreverem   ou   fornecerem   drogas   ou   dequalquer   outro   em   que   existam   essas   substâncias   ou

produtos, incumbe ao juízo perante o qual tramite o feito:I  ­  determinar,   imediatamente à  ciência da falência ou

liquidação, sejam lacradas suas instalações;II ­ ordenar à autoridade sanitária competente a urgente

adoção  das  medidas  necessárias   ao   recebimento   e  guarda,   emdepósito, das drogas arrecadadas;

III   ­   dar   ciência   ao  órgão  do  Ministério  Público,   paraacompanhar o feito.

§1º   Da   licitação   para   alienação   de   substâncias   ouprodutos   não   proscritos   referidos   no   inciso   II   do   caput   desteartigo,   só   podem   participar   pessoas   jurídicas   regularmentehabilitadas   na   área   de   saúde   ou   de   pesquisa   científica   quecomprovem   a   destinação   lícita   a   ser   dada   ao   produto   a   serarrematado.

§2º   Ressalvada   a   hipótese   de   que   trata   o   §   3o desteartigo,   o   produto   não   arrematado   será,   ato   contínuo   à   hastapública,   destruído   pela   autoridade   sanitária,   na   presença   dosConselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério Público.

§3º   Figurando   entre   o   praceado   e   não   arrematadasespecialidades   farmacêuticas   em   condições   de   empregoterapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do Ministérioda Saúde, que as destinará à rede pública de saúde.

Art. 70.  O processo e o julgamento dos crimes previstosnos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional,são da competência da Justiça Federal.

Parágrafo  único.   Os   crimes  praticados  nos  Municípiosque não sejam sede de vara federal serão processados e julgadosna vara federal da circunscrição respectiva.

Art. 71.  (VETADO)Art.   72.   Encerrado   o   processo   penal   ou   arquivado   o

inquérito  policial,   o   juiz,   de  ofício,  mediante   representação  dodelegado   de   polícia   ou   a   requerimento   do   Ministério   Público,determinará   a   destruição   das   amostras   guardadas   paracontraprova, certificando isso nos autos.  (Redação dada pela Leinº 12.961, de 2014)

Art. 73.   A União poderá  estabelecer convênios com osEstados   e   o   com   o   Distrito   Federal,   visando   à   prevenção   erepressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e com osMunicípios, com o objetivo de prevenir o uso indevido delas e depossibilitar   a   atenção   e   reinserção   social   de   usuários   edependentes  de  drogas. (Redação  dada  pela  Lei  nº  12.219,  de2010)

Art. 74.   Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco)dias após a sua publicação.

Art. 75.  Revogam­se a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de 2002.Brasília,   23   de   agosto   de   2006;   185º da   Independência   e118º da República.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Márcio Thomaz BastosGuido MantegaJorge Armando FelixEste texto não substitui o publicado no DOU de 24.8.2006

TORTURA – LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.Define   os   crimes   de   tortura   e   dá   outrasprovidências.

O   PRESIDENTE DA   REPÚBLICA Faço   saber   que   o   CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Constitui crime de tortura:I   ­   constranger   alguém   com   emprego   de   violência   ou

grave ameaça, causando­lhe sofrimento físico ou mental:a)   com   o   fim   de   obter   informação,   declaração   ou

confissão da vítima ou de terceira pessoa;b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;c) em razão de discriminação racial ou religiosa;II   ­   submeter   alguém,   sob   sua   guarda,   poder   ou

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, aintenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicarcastigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena ­ reclusão, de dois a oito anos.§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa

presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físicoou mental, por intermédio da prática de ato não previsto emlei ou não resultante de medida legal.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas,quando tinha o dever de evitá­las ou apurá­las, incorre napena de detenção de um a quatro anos.

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ougravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; seresulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

§ 4º Aumenta­se a pena de um sexto até um terço:I ­ se o crime é cometido por agente público;II – se o crime é cometido contra criança, gestante,

portador   de   deficiência,   adolescente   ou   maior   de   60(sessenta) anos; (Redação L10.741/03)

III ­ se o crime é cometido mediante seqüestro.§ 5º A condenação acarretará  a  perda do cargo,

função ou emprego público e a interdição para seu exercíciopelo dobro do prazo da pena aplicada.

§   6º   O   crime   de   tortura   é   inafiançável   einsuscetível de graça ou anistia.

§  7º  O   condenado  por  crime  previsto  nesta  Lei,salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena emregime fechado.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica­se ainda quandoo   crime  não   tenha   sido   cometido  em  território  nacional,sendo a  vítima brasileira  ou encontrando­se o agente emlocal sob jurisdição brasileira.

Art.   3º  Esta  Lei   entra   em vigor  na  data  de   suapublicação.

Art. 4º Revoga­se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13de julho de 1990 ­ Estatuto da Criança e do Adolescente.Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109ºda República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSONelson A. JobimEste texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.4.1997

ESTATUTO DO DESARMAMENTOLEI Nº10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.

Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo emunição,   sobre   o  Sistema   Nacional   de   Armas   –   Sinarm,  definecrimes e dá outras providências.        O   PRESIDENTE   DA   REPÚBLICA Faço   saber   que   oCongresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I        DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS

         Art.   1º   O   Sistema   Nacional   de   Armas   –   Sinarm,instituído  no  Ministério  da   Justiça,  no  âmbito  da  PolíciaFederal, tem circunscrição em todo o território nacional.        Art. 2º Ao Sinarm compete:         I   –   identificar  as   características   e  a  propriedade  dearmas de fogo, mediante cadastro;        II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadase vendidas no País;         III  – cadastrar  as  autorizações  de porte de arma defogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal;         IV   –   cadastrar   as   transferências   de   propriedade,extravio,   furto,   roubo  e  outras  ocorrências   suscetíveis  dealterar   os   dados   cadastrais,   inclusive   as   decorrentes   defechamento   de   empresas   de   segurança   privada   e   detransporte de valores;         V   –   identificar   as   modificações   que   alterem   as

características ou o funcionamento de arma de fogo;        VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;        VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive asvinculadas a procedimentos policiais e judiciais;        VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem comoconceder licença para exercer a atividade;         IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas defogo, acessórios e munições;         X   –   cadastrar   a   identificação   do   cano   da   arma,   ascaracterísticas das impressões de raiamento e de microestriamentode   projétil   disparado,   conforme   marcação   e   testesobrigatoriamente realizados pelo fabricante;         XI   –   informar   às   Secretarias   de   Segurança   Pública   dosEstados e do Distrito Federal os registros e autorizações de portede armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter ocadastro atualizado para consulta.        Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam asarmas de  fogo das  Forças  Armadas  e  Auxiliares,  bem como asdemais que constem dos seus registros próprios.

CAPÍTULO IIDO REGISTRO

         Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgãocompetente.         Parágrafo   único.  As   armas  de   fogo  de  uso   restrito   serãoregistradas no Comando do Exército,  na forma do regulamentodesta Lei.         Art.   4º   Para   adquirir   arma   de   fogo   de   uso   permitido   ointeressado   deverá,   além   de   declarar   a   efetiva   necessidade,atender aos seguintes requisitos:        I   ­   comprovação   de   idoneidade,   com   a   apresentação   decertidões   negativas   de   antecedentes   criminais   fornecidas   pelaJustiça   Federal,   Estadual,   Militar   e   Eleitoral   e   de   não   estarrespondendo   a   inquérito   policial   ou   a   processo   criminal,   quepoderão   ser   fornecidas   por   meios   eletrônicos; (RedaçãoL11.706/08)        II – apresentação de documento comprobatório de ocupaçãolícita e de residência certa;         III   –   comprovação   de   capacidade   técnica   e   de   aptidãopsicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na formadisposta no regulamento desta Lei.         § 1º O Sinarm expedirá autorização de compra de arma defogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, emnome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferívelesta autorização.        §  2º  A aquisição de munição somente poderá  ser   feita nocalibre   correspondente   à   arma   registrada   e   na   quantidadeestabelecida no regulamento desta Lei. (Redação L11.706/08)        § 3º A empresa que comercializar arma de fogo em territórionacional   é   obrigada   a   comunicar   a   venda   à   autoridadecompetente, como também a manter banco de dados com todas ascaracterísticas  da arma e cópia dos documentos  previstos nesteartigo.        § 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios emunições   responde   legalmente   por   essas   mercadorias,   ficandoregistradas   como   de   sua   propriedade   enquanto   não   foremvendidas.         §   5º   A   comercialização   de   armas   de   fogo,   acessórios   emunições entre pessoas físicas somente será  efetivada medianteautorização do Sinarm.        § 6º A expedição da autorização a que se refere o § 1º seráconcedida, ou recusada com a devida fundamentação, no prazo de30   (trinta)   dias   úteis,   a   contar   da   data   do   requerimento   dointeressado.        § 7º O registro precário a que se refere o § 4º prescinde do

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

cumprimento   dos   requisitos   dos   incisos   I,   II   e   III   desteartigo.         § 8º  Estará  dispensado das exigências constantes doinciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, ointeressado em adquirir arma de fogo de uso permitido quecomprove estar autorizado a portar arma com as mesmascaracterísticas   daquela   a   ser   adquirida. (IncluídoL11.706/08)        Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, comvalidade   em   todo   o   território   nacional,   autoriza   o   seuproprietário  a  manter  a  arma de  fogo exclusivamente  nointerior   de   sua   residência   ou   domicílio,   ou   dependênciadesses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que sejaele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ouempresa. (Redação L 10.884/04)         § 1º  O certificado de registro de arma de fogo seráexpedido   pela   Polícia   Federal   e   será   precedido   deautorização do Sinarm.        § 2º Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III doart.   4º   deverão   ser   comprovados   periodicamente,   emperíodo não inferior a 3 (três) anos,  na conformidade doestabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação doCertificado de Registro de Arma de Fogo.               § 3º O proprietário de arma de fogo com certificadosde registro de propriedade expedido por órgão estadual oudo Distrito Federal até a data da publicação desta Lei quenão optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 destaLei deverá renová­lo mediante o pertinente registro federal,até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação dedocumento   de   identificação   pessoal   e   comprovante   deresidência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas edo   cumprimento   das   demais   exigências   constantes   dosincisos   I   a   III   do caput do   art.   4º   desta   Lei. (RedaçãoL11.706/08)           § 4º  Para fins do cumprimento do disposto no § 3ºdeste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter,no Departamento de Polícia Federal, certificado de registroprovisório,  expedido  na   rede  mundial  de computadores   ­internet,   na   forma   do   regulamento   e   obedecidos   osprocedimentos a seguir: (Redação L11.706/08)         I ­  emissão de certificado de registro provisório pelainternet,   com   validade   inicial   de   90   (noventa)   dias;e (Incluído L11.706/08)         II   ­   revalidação   pela   unidade   do   Departamento   dePolícia   Federal   do   certificado   de   registro   provisório   peloprazo que estimar como necessário para a emissão definitivado   certificado   de   registro   de   propriedade. (IncluídoL11.706/08)

CAPÍTULO IIIDO PORTE

        Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo oterritório   nacional,   salvo   para   os   casos   previstos   emlegislação própria e para:        I – os integrantes das Forças Armadas;         II   –   os   integrantes   de   órgãos   referidos   nos   incisosdo caput do art. 144 da Constituição Federal;        III – os integrantes das guardas municipais das capitaisdos   Estados   e   dos   Municípios  com   mais   de   500.000(quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas noregulamento desta Lei;         IV   ­   os   integrantes   das   guardas   municipais   dosMunicípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de500.000   (quinhentos   mil)   habitantes,   quando   emserviço; (Redação L10.867/04)         V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de

Inteligência   e   os   agentes   do   Departamento   de   Segurança   doGabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;        VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51,IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;        VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardasprisionais,   os   integrantes   das   escoltas   de   presos   e   as   guardasportuárias;        VIII – as empresas de segurança privada e de transporte devalores constituídas, nos termos desta Lei;         IX   –   para   os   integrantes   das   entidades   de   desportolegalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem ouso   de   armas   de   fogo,   na   forma   do   regulamento   desta   Lei,observando­se, no que couber, a legislação ambiental.        X ­ integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federaldo Brasil  e de Auditoria­Fiscal  do Trabalho, cargos de Auditor­Fiscal e Analista Tributário. (Redação L11.501/07)XI   ­   os   tribunais   do   Poder   Judiciário   descritos   no   art.   92   daConstituição  Federal   e  os  Ministérios  Públicos  da  União  e  dosEstados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoaisque efetivamente estejam no exercício de funções de segurança,na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional deJustiça ­ CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público ­CNMP.  (Incluído L12.694/12)        §   1º  As   pessoas   previstas   nos   incisos   I,   II,   III,   V   e   VIdo caput deste   artigo   terão   direito   de   portar   arma   de   fogo   depropriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ouinstituição, mesmo fora  de serviço,  nos   termos do regulamentodesta   Lei,   com   validade   em   âmbito   nacional   para   aquelasconstantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação L11.706/08)        § 1º­A (Revogado L11.706/08)     § 1º­B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardasprisionais poderão portar arma de fogo de propriedade particularou   fornecida  pela   respectiva   corporação  ou   instituição,  mesmofora   de   serviço,   desde   que   estejam:      (IncluídoL12.993/18.6.2014)  I   ­   submetidos   a   regime  de  dedicação  exclusiva;       (IncluídoL12.993/14)   II ­ sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento;e       (Incluído L12.993/14)   III ­ subordinados a mecanismos de fiscalização e de controleinterno.    (Incluído L12.993/14)        § 1º­C. (VETADO).       (Incluído L12.993/14)        §   2º   A   autorização   para   o   porte   de   arma   de   fogo   aosintegrantes  das   instituições  descritas  nos   incisos  V,  VI,  VII  e  Xdo caput deste   artigo   está   condicionada   à   comprovação   dorequisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Leinas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. (RedaçãoL11.706/08)        § 3º A autorização para o porte de arma de fogo das guardasmunicipais   está   condicionada   à   formação   funcional   de   seusintegrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial eà existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno,nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei, observadaa supervisão do Comando do Exército. (Redação L10.867/04)        § 4º Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federaise   estaduais   e   do   Distrito   Federal,   bem   como   os   militares   dosEstados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito noart. 4º, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisosI, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei.        § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte ecinco) anos que comprovem depender do emprego de arma defogo   para   prover   sua   subsistência   alimentar   familiar   seráconcedido   pela   Polícia   Federal   o   porte   de   arma   de   fogo,   nacategoria   caçador   para   subsistência,   de   uma   arma   de   usopermitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde queo   interessado   comprove   a   efetiva   necessidade   emrequerimento  ao  qual  deverão   ser   anexados  os   seguintesdocumentos: (Redação L11.706/08)         I   ­   documento   de   identificação   pessoal; (IncluídoL11.706/08)         II   ­   comprovante   de   residência   em   área   rural;e (L11.706/08)        III ­ atestado de bons antecedentes. (L11.706/08)         § 6º O caçador para subsistência que der outro uso àsua arma de fogo, independentemente de outras tipificaçõespenais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou pordisparo de arma de fogo de uso permitido. (L11.706/08)         §   7°  Aos   integrantes   das   guardas   municipais   dosMunicípios   que   integram   regiões   metropolitanas   seráautorizado   porte   de   arma   de   fogo,   quando   emserviço. (L11.706/08)        Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos empregadosdas   empresas   de   segurança   privada   e   de   transporte   devalores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade,responsabilidade  e   guarda   das   respectivas   empresas,somente   podendo   ser   utilizadas   quando   em   serviço,devendo   essas   observar   as   condições   de   uso   e   dearmazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo ocertificado de registro e a autorização de porte expedidospela Polícia Federal em nome da empresa.        § 1º O proprietário ou diretor responsável de empresade segurança privada e de transporte de valores responderápelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei,sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, sedeixar   de   registrar   ocorrência   policial   e   de   comunicar   àPolícia   Federal   perda,   furto,   roubo   ou   outras   formas   deextravio   de   armas   de   fogo,   acessórios   e   munições   queestejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)horas depois de ocorrido o fato.        § 2º A empresa de segurança e de transporte de valoresdeverá   apresentar   documentação   comprobatória   dopreenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta Leiquanto aos empregados que portarão arma de fogo.        § 3º A listagem dos empregados das empresas referidasneste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto aoSinarm.       Art. 7º­A.  As armas de fogo utilizadas pelos servidoresdas  instituições descritas no inciso XI do art. 6º serão depropriedade,   responsabilidade   e   guarda   das   respectivasinstituições,   somente   podendo   ser   utilizadas   quando   emserviço, devendo estas observar as condições de uso e dearmazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo ocertificado de registro e a autorização de porte expedidospela Polícia Federal em nome da instituição.  (L12.694/12)      § 1º A autorização para o porte de arma de fogo de quetrata   este   artigo   independe   do   pagamento   de   taxa. (L12.694/12)       § 2º O presidente do tribunal ou o chefe do MinistérioPúblico designará os servidores de seus quadros pessoais noexercício de funções de segurança que poderão portar armade fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta porcento)  do número de servidores  que exerçam funções  desegurança.  (L12.694/12)        § 3º O porte de arma pelos servidores das instituiçõesde que trata este artigo fica condicionado à apresentação dedocumentação   comprobatória   do   preenchimento   dosrequisitos   constantes   do   art.   4º   desta   Lei,   bem   como   àformação   funcional   em   estabelecimentos   de   ensino   deatividade   policial   e   à   existência   de   mecanismos   de

fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas noregulamento desta Lei.  (L12.694/12)            § 4º A listagem dos servidores das instituições de que trataeste   artigo   deverá   ser   atualizada   semestralmente   no   Sinarm. (L12.694/12)         § 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas aregistrar   ocorrência   policial   e   a   comunicar   à   Polícia   Federaleventual   perda,   furto,   roubo   ou   outras   formas   de   extravio   dearmas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda,nas  primeiras  24   (vinte   e  quatro)  horas   depois   de   ocorrido  ofato.  (L12.694/12)        Art. 8º As armas de fogo utilizadas em entidades desportivaslegalmente constituídas devem obedecer às condições de uso e dearmazenagem estabelecidas pelo órgão competente, respondendoo possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda naforma do regulamento desta Lei.         Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça a autorização doporte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãosestrangeiros em visita ou sediados no Brasil  e,  ao Comando doExército,  nos   termos  do   regulamento  desta  Lei,   o   registro   e   aconcessão   de   porte   de   trânsito   de   arma   de   fogo   paracolecionadores,   atiradores   e   caçadores   e   de   representantesestrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizadano território nacional.        Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de usopermitido,  em  todo  o   território  nacional,  é  de  competência  daPolícia   Federal   e   somente   será   concedida  após   autorização  doSinarm.        § 1º A autorização prevista neste artigo poderá ser concedidacom eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de atosregulamentares, e dependerá de o requerente:         I  – demonstrar  a sua efetiva necessidade por exercício deatividade profissional  de risco  ou de ameaça à   sua   integridadefísica;        II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;       III  –  apresentar  documentação de propriedade de arma defogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.        § 2º A autorização de porte de arma de fogo, prevista nesteartigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador delaseja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeitode substâncias químicas ou alucinógenas.         Art.   11.   Fica   instituída   a   cobrança   de   taxas,   nos   valoresconstantes   do   Anexo   desta   Lei,   pela   prestação   de   serviçosrelativos:        I – ao registro de arma de fogo;        II – à renovação de registro de arma de fogo;        III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;        IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;        V – à renovação de porte de arma de fogo;        VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma defogo.         §   1º   Os   valores   arrecadados   destinam­se   ao   custeio   e   àmanutenção das  atividades  do Sinarm, da Polícia  Federal  e  doComando   do   Exército,   no   âmbito   de   suas   respectivasresponsabilidades.        §   2º  São   isentas   do   pagamento   das   taxas   previstas  nesteartigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos I aVII e X e o §5º do art. 6º desta Lei. (L 11.706/08)        Art. 11­A.  O Ministério da Justiça disciplinará a forma e ascondições do credenciamento de profissionais pela Polícia Federalpara comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnicapara o manuseio de arma de fogo. (L11.706/08)        § 1º Na comprovação da aptidão psicológica, o valor cobradopelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos honoráriosprofissionais para realização de avaliação psicológica constante do

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

item   1.16   da   tabela   do   Conselho   Federal   dePsicologia. (L11.706/08)         § 2º  Na comprovação da capacidade técnica, o valorcobrado   pelo   instrutor   de   armamento   e   tiro   não   poderáexceder   R$   80,00   (oitenta   reais), acrescido   do   custo   damunição. (L11.706/08)        § 3º A cobrança de valores superiores aos previstos nos§§ 1º e 2º deste artigo implicará  o descredenciamento doprofissional pela Polícia Federal. (L11.706/08)

CAPÍTULO IVDOS CRIMES E DAS PENAS

        Posse irregular de arma de fogo de uso permitido         Art.  12. Possuir  ou manter  sob sua guarda arma defogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordocom determinação legal ou regulamentar, no interior de suaresidência ou dependência desta, ou, ainda no seu local detrabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal doestabelecimento ou empresa:        Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.        Omissão de cautela        Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias paraimpedir   que   menor   de   18   (dezoito)   anos   ou   pessoaportadora de deficiência mental se apodere de arma de fogoque esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:        Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.         Parágrafo   único.   Nas   mesmas   penas   incorrem   oproprietário   ou   diretor   responsável   de   empresa   desegurança e transporte de valores que deixarem de registrarocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda,furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,acessório   ou   munição   que   estejam   sob   sua   guarda,   nasprimeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.        Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido         Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, terem depósito,  transportar,  ceder,  ainda que gratuitamente,emprestar,   remeter,   empregar,   manter   sob   guarda   ouocultar   arma   de   fogo,   acessório   ou   munição,   de   usopermitido,   sem   autorização   e   em   desacordo   comdeterminação legal ou regulamentar:        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.         Parágrafo   único.   O   crime   previsto   neste   artigo   éinafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registradaem nome do agente. (Vide Adin 3.112­1)        Disparo de arma de fogo        Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição emlugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ouem direção a ela, desde que essa conduta não tenha comofinalidade a prática de outro crime:        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.         Parágrafo   único.   O   crime   previsto   neste   artigo   éinafiançável. (Vide Adin 3.112­1)         Posse   ou   porte   ilegal   de   arma   de   fogo   de   usorestrito         Art.   16.   Possuir,   deter,   portar,   adquirir,   fornecer,receber,   ter   em   depósito,   transportar,   ceder,   ainda   quegratuitamente,  emprestar,   remeter,   empregar,  manter   sobsua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou muniçãode uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordocom determinação legal ou regulamentar:        Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.        Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:        I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquersinal de identificação de arma de fogo ou artefato;         II – modificar as características de arma de fogo, deforma a torná­la equivalente a arma de fogo de uso proibido

ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzira erro autoridade policial, perito ou juiz;        III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivoou   incendiário,   sem   autorização   ou   em   desacordo   comdeterminação legal ou regulamentar;         IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer armade   fogo   com   numeração,   marca   ou   qualquer   outro   sinal   deidentificação raspado, suprimido ou adulterado;        V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente,arma   de   fogo,   acessório,   munição   ou   explosivo   a   criança   ouadolescente; e        VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal,ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.        Comércio ilegal de arma de fogo         Art.   17.   Adquirir,   alugar,   receber,   transportar,   conduzir,ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar,vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveitopróprio   ou   alheio,   no   exercício   de   atividade   comercial   ouindustrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorizaçãoou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:        Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.         Parágrafo   único.   Equipara­se   à   atividade   comercial   ouindustrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestaçãode   serviços,   fabricação   ou   comércio   irregular   ou   clandestino,inclusive o exercido em residência.        Tráfico internacional de arma de fogo        Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída doterritório nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessórioou munição, sem autorização da autoridade competente:        Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.         Art.  19. Nos crimes previstos nos arts.  17 e  18, a pena éaumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou muniçãoforem de uso proibido ou restrito.        Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, apena é aumentada da metade se forem praticados por integrantedos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei.         Art.   21.   Os   crimes   previstos   nos   arts.   16,   17   e   18   sãoinsuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112­1)

CAPÍTULO VDISPOSIÇÕES GERAIS

         Art. 22. O Ministério da Justiça poderá  celebrar convênioscom   os   Estados   e   o   Distrito   Federal   para   o   cumprimento   dodisposto nesta Lei.        Art.  23.   A classificação legal,   técnica e geral bem como adefinição das armas de fogo e demais produtos controlados, deusos   proibidos,   restritos,   permitidos   ou   obsoletos   e   de   valorhistórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder ExecutivoFederal,   mediante   proposta   do   Comando   doExército. (L11.706/08)         §  1º  Todas  as  munições  comercializadas  no  País  deverãoestar acondicionadas em embalagens com sistema de código debarras, gravado na caixa, visando possibilitar a  identificação dofabricante   e  do  adquirente,   entre   outras   informações   definidaspelo regulamento desta Lei.         §   2º   Para   os   órgãos   referidos   no   art.   6º,   somente   serãoexpedidas autorizações de compra de munição com identificaçãodo   lote   e  do  adquirente  no   culote  dos  projéteis,   na   forma  doregulamento desta Lei.        § 3º As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano dadata  de publicação desta  Lei   conterão  dispositivo   intrínseco  desegurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definidopelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos noart. 6º.        §   4º  As   instituições   de   ensino   policial   e   as   guardasmunicipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6º desta

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

Lei e no seu § 7º poderão adquirir insumos e máquinas derecarga de munição para o fim exclusivo de suprimento desuas atividades, mediante autorização concedida nos termosdefinidos em regulamento. (Incluído L11.706/08)        Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art.2º desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar efiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraçoalfandegário   e   o   comércio   de   armas   de   fogo   e   demaisprodutos   controlados,   inclusive   o   registro   e   o   porte   detrânsito  de arma de   fogo de  colecionadores,  atiradores  ecaçadores.        Art.   25.   As   armas   de   fogo   apreendidas,   após   aelaboração   do   laudo   pericial   e   sua   juntada   aos   autos,quando  não   mais   interessarem   à   persecução  penal   serãoencaminhadas   pelo   juiz   competente   ao   Comando   doExército, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas,para destruição ou doação aos órgãos de segurança públicaou   às   Forças   Armadas,   na   forma   do   regulamento   destaLei. (L11.706/08)        § 1º As armas de fogo encaminhadas ao Comando doExército   que   receberem   parecer   favorável   à   doação,obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ouórgão   de   segurança   pública,   atendidos   os   critérios   deprioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvidoo   Comando   do   Exército,   serão   arroladas   em   relatórioreservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições,abrindo­se­lhes   prazo   para   manifestação   deinteresse. (L11.706/08)         § 2º  O Comando do Exército encaminhará  a relaçãodas   armas   a   serem   doadas   ao   juiz   competente,   quedeterminará   o   seu   perdimento   em   favor   da   instituiçãobeneficiada. (L11.706/08)         § 3º O transporte das   armas de fogo doadas será deresponsabilidade da instituição beneficiada, que procederáao   seu   cadastramento   no   Sinarm   ou   noSigma. (L11.706/08)        § 4º (VETADO) (L11.706/08)        § 5º O Poder Judiciário instituirá instrumentos para oencaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se tratede   arma   de   uso   permitido   ou   de   uso   restrito,semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo,mencionando   suas   características   e   o   local   onde   seencontram. (L11.706/08)         Art.   26.   São   vedadas   a   fabricação,   a   venda,   acomercialização e a   importação de brinquedos,   réplicas  esimulacros   de   armas   de   fogo,   que   com   estas   se   possamconfundir.        Parágrafo único. Excetuam­se da proibição as réplicas eos simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou àcoleção de usuário autorizado, nas condições fixadas peloComando do Exército.         Art.  27.  Caberá   ao  Comando  do  Exército  autorizar,excepcionalmente,   a   aquisição   de   armas   de   fogo   de   usorestrito.        Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplicaàs aquisições dos Comandos Militares.        Art. 28.  É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anosadquirir   arma   de   fogo,   ressalvados   os   integrantes   dasentidades   constantes  dos   incisos   I,   II,   III,  V,  VI,  VII   e  Xdo caput do art. 6º desta Lei. (L11.706/08)        Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo jáconcedidas   expirar­se­ão   90   (noventa)   dias   após   apublicação desta Lei. (Vide L10.884/04)        Parágrafo único. O detentor de autorização com prazode validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová­la,

perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 destaLei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem ônuspara o requerente.        Art. 30.  Os possuidores e proprietários de arma de fogo deuso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu registroaté  o  dia  31 de dezembro de 2008,  mediante apresentação dedocumento de identificação pessoal e comprovante de residênciafixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação daorigem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito,ou declaração firmada na qual constem as características da armae   a   sua   condição   de   proprietário,   ficando   este   dispensado   dopagamento   de   taxas   e   do   cumprimento  das   demais   exigênciasconstantes   dos   incisos   I   a   III   do caput do   art.   4º   destaLei. (L11.706/08)          Parágrafo   único.   Para   fins   do   cumprimento   do   dispostono caput deste   artigo,   o   proprietário   de   arma   de   fogo   poderáobter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registroprovisório,   expedido   na   forma   do   §4º   do   art.   5º   destaLei. (L11.706/08)         Art.  31.  Os  possuidores  e  proprietários  de  armas de  fogoadquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá­las àPolícia  Federal,  mediante   recibo   e   indenização,  nos   termos  doregulamento desta Lei.        Art.   32.   Os   possuidores   e  proprietários  de   arma   de   fogopoderão   entregá­la,   espontaneamente,   mediante   recibo,   e,presumindo­se   de   boa­fé,   serão   indenizados,   na   forma   doregulamento,   ficando   extinta   a   punibilidade   de   eventual   posseirregular da referida arma. (L11.706/08)        Parágrafo único.  (Revogado L11.706/08)         Art.  33.  Será   aplicada multa  de R$ 100.000,00  (cem milreais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificaro regulamento desta Lei:         I  – à  empresa de transporte  aéreo, rodoviário,   ferroviário,marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qualquermeio, faça, promova, facilite ou permita o transporte de arma oumunição   sem   a   devida   autorização   ou   com   inobservância   dasnormas de segurança;        II – à empresa de produção ou comércio de armamentos querealize publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminadode armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.        Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, comaglomeração   superior   a  1000   (um mil)  pessoas,   adotarão,   sobpena de responsabilidade, as providências necessárias para evitaro ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidospelo inciso VI do art. 5º da Constituição Federal.         Parágrafo  único.  As  empresas   responsáveis  pela  prestaçãodos   serviços   de   transporte   internacional   e   interestadual   depassageiros   adotarão   as   providências   necessárias   para   evitar   oembarque de passageiros armados.

CAPÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS

         Art.  35.  É  proibida a  comercialização  de arma de   fogo emunição em todo o território nacional,  salvo para as entidadesprevistas no art. 6º desta Lei.         § 1º  Este dispositivo,  para entrar em vigor,  dependerá  deaprovação   mediante   referendo   popular,   a   ser   realizado   emoutubro de 2005.        § 2º Em caso de aprovação do referendo popular, o dispostoneste   artigo   entrará   em   vigor   na   data   de   publicação   de   seuresultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.         Art.  36. É  revogada a Lei nº 9.437, de 20 de fevereiro de1997.        Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.        Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAMárcio Thomaz Bastos

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

José Viegas FilhoMarina SilvaEste texto não substitui o publicado no DOU de 23.12.2003

ATIVIDADES

CRIMES HEDIONDOS1.   É   irrelevante   a   existência,   ou   não,  de   fundamentaçãocautelar para a prisão em flagrante por crimes hediondos ouequiparados.

2. A causa especial de aumento de pena prevista na lei decrimes   hediondos,   com   acréscimo   de   metade   da   pena,respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, foirevogada em relação ao crime de estupro de vulnerável.

3.   Considera­se   tortura   constranger   alguém   com   graveameaça,   causando­lhe   sofrimento   mental,   com   o   fim   deobter informação, ainda que de terceira pessoa.

4. Quando um cidadão for condenado por sentença por tercometido   crime   considerado   hediondo,   caberá   ao   juizdecidir fundamentadamente se o condenado poderá apelarem liberdade.

5.   De   acordo   com   a   Lei   n.º   8.072/1990,   são   crimeshediondos, entre outros, o latrocínio, a extorsão mediantesequestro, a tortura, o tráfico ilícito de drogas e o estupro.

6.   O   preso   provisório   ou   o   condenado,   nacional   ouestrangeiro,   sobre   o   qual   recaia   fundada   suspeita   deenvolvimento   em quadrilha  ou  bando  organizado  para  aprática de crime hediondo sujeita­se ao regime disciplinardiferenciado por prazo indeterminado, a critério do juiz daexecução.

7. Segundo o disposto na legislacao especifica, sao crimeshediondos,   entre   outros,   o   homicidio   qualificado,   olatrocinio, a epidemia com resultado morte e o genocidio.

8. Suponha que Francisco, imputavel, suspeito da pratica decrime de estupro seguido de morte, seja preso em flagrantedelito e, no decorrer de seu interrogatorio na esfera policial,confesse a autoria do crime, mas, apos a comunicacao daprisao ao juiz competente, verifique­se, pela prova pericial,que Francisco foi torturado para a confissao do crime. Nessasituacao, devera a autoridade judiciaria, mesmo se tratandode   crime   hediondo,   relaxar   a   prisao   de   Francisco,   semprejuizo da responsabilizacao dos autores da tortura.

9. Segundo entendimento sumulado do STF, nos crimes deestupro,   por   ser   este   hediondo   em   todas   as   suasmodalidades,   a   ação   penal   respectiva   é   públicaincondicionada.

10.   São   crimes   hediondos   relacionados   na   legislaçãoespecífica:   o   homicídio,   quando   praticado   em   atividadetípica de grupo de extermínio, o roubo simples, a extorsãomediante sequestro, entre outros.

11. O crime de homicídio é considerado hediondo quandopraticado em atividade típica de grupo de extermínio, aindaque cometido por um só agente, e quando for qualificado.

12.   O   condenado   pela   prática   de   crime   de   tortura,   porexpressa   previsão   legal,   não   poderá   ser   beneficiado   por

livramento  condicional,   se   for   reincidente  específico  em crimesdessa natureza.

GABARITO:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

C C C C E E C C E E C C

ABUSO AUTORIDADE1. Os crimes de abuso de autoridade serão analisados perante oJuizado   Especial   Criminal   da   circunscrição   onde   os   delitosocorreram, salvo nos casos em que tiverem sido praticados porpoliciais militares. 

2. Em caso de atitude suspeita, deixa o policial civil de praticar ocrime de abuso de autoridade ao invadir domicílio na busca doestado de flagrância de crime permanente. 

3. O processo administrativo para apurar a prática de ato de abusode autoridade deverá   ser  sobrestado para  o   fim de aguardar  adecisão   da   ação   penal   ou   civil,   interposta   concomitantementeàquele, a fim de evitar decisões contraditórias. 

4. Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou aconstrangimento  não autorizado em  lei  não  constitui  abuso deautoridade, mas sujeita o infrator ao pagamento de indenizaçãocivil por danos à moral da vítima. 

5. Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policialcivil, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória de nãopoder   o   acusado   exercer   funções   de   natureza   policial   nomunicípio da culpa, por prazo de um a cinco anos. 

6.   Conforme   entendimento   jurisprudencial   e   doutrináriodominantes, é da competência da justiça comum o crime de abusode autoridade praticado por policial  militar em desempenho deatividade   de   policiamento,   uma   vez   que   a   conduta   delituosaencontra­se   prevista   na   lei   que   disciplina   o   direito   derepresentação   e   o   processo   de   responsabilidade   nos   casos   deabuso de autoridade. 

7. Se um delegado de policia, mediante fundadas suspeitas de queum   motorista   esteja   transportando   em   seu   caminhao   certaquantidade   de   substancia   entorpecente   para   fins   decomercializacao, determinar a execucao de busca no veiculo, semautorizacao   judicial,   resultando   infrutiferas   as   diligencias,   umavez que nada tenha sido encontrado, essa conduta da autoridadepolicial   caracterizara   o   crime   de   abuso   de   autoridade,   pois,conforme   entendimento   doutrinario   dominante,   o   veiculoautomotor   onde   se   exerce   profissao   ou   atividade   licita   econsiderado domicilio. 

8.  Caso,  no  decorrer  do cumprimento  de mandado de busca  eapreensao   determinado   nos   autos   de   acao   penal   em   curso,   opolicial   responsavel   pela   diligencia   apreenda   umacorrespondencia   destinada   ao   acusado   e   ja   aberta   por   ele,apresentando­a   como   prova   no   correspondente   processo,   essaconduta do policial encontrar­se­a resguardada legalmente, pois osigilo  da correspondencia,  depois  de   sua chegada ao destino  eaberta pelo destinatario, nao e absoluto, sujeitando­se ao regimede qualquer outro documento.

9.   A   acao   penal   por   crime   de   abuso   de   autoridade   e   publicacondicionada   a   representacao   do   cidadao,   titular   do   direitofundamental lesado.

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

10.   Considerando   que   determinada   autoridade   policialexecute   a   prisão   em   flagrante   de   um   autor   de   furto,lavrando, logo após, o respectivo auto de prisão, a partir deentão,   essa   autoridade   policial   deverá,   entre   outrasprovidências, comunicar a prisão ao juiz competente, dentrode 24 horas, sob pena de incorrer em abuso de autoridade.

11. Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade,o sujeito ativo do crime e aquele que exerce cargo, empregoou funcao publica, de natureza civil ou militar, ainda quetransitoriamente e sem remuneracao. A vista disso, afasta­sea   possibilidade   de   concurso   de   pessoas   em   tais   delitos,quando o co­autor ou participe for um particular.A prática de um crime definido como abuso de autoridadesujeitará o seu autor à sanção administrativa, civil e penal,aplicadas,   cumulativamente,   pelo   juiz   que   presidiu   oprocesso de natureza criminal.

GABARITO:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

E E E E C C E C E C E

TORTURA1. O policial  condenado por  induzir,  por meio de torturapraticada nas dependências do distrito policial, um acusadode tráfico de drogas a confessar a prática do crime perderáautomaticamente  o seu  cargo,  sendo desnecessário,  nessasituação, que o juiz sentenciante motive a perda do cargo.

2. No crime de tortura em que a pessoa presa ou sujeita amedida de   segurança  é   submetida a   sofrimento   físico  oumental, por intermédio da prática de ato não previsto em leiou não resultante de medida legal, não é exigido, para seuaperfeiçoamento, especial fim de agir por parte do agente,bastando, portanto, para a configuração do crime, o dolo depraticar a conduta descrita no tipo objetivo.

3.  Se um policial  civil,  para obter a confissao de supostoautor de crime de roubo, impuser a este intenso sofrimento,mediante a promessa de mal injusto e grave dirigido a suaesposa   e   filhos   e,   mesmo   diante   das   graves   ameacas,   avitima   do   constrangimento   nao   confessar   a   pratica   dodelito, negando a sua autoria, nao se consumara o delito detortura, mas crime comum do Codigo Penal, pois a confissaodo fato delituoso nao foi obtida.

4.   O   crime   de   tortura   é   crime   comum,   podendo   serpraticado por qualquer pessoa, não sendo próprio de agentepúblico,   circunstância   esta   que,   acaso   demonstrada,determinará a incidência de aumento da pena.

5. A pratica do crime de tortura torna­se atipica se ocorrerem  razao   de  discriminacao   religiosa,   pois,   sendo   laico   oEstado, este nao pode se imiscuir em assuntos religiosos doscidadaos.

6.   O   tráfico   ilícito   de   entorpecentes   e   a   tortura,considerados crimes hediondos, são insuscetíveis de fiançaou anistia.

7. Considere a seguinte situação hipotética. No momento deseu   interrogatório   policial,   João,   acusado   por   tráfico   deentorpecentes,   foi   submetido   pelos   policiais   responsáveispelo   procedimento   a   choques   elétricos   e   asfixia   parcial,visando   à   obtenção   de   informações   sobre   o   endereço

utilizado pelo suposto traficante como depósito da droga. João,após   as   agressões,   comunicou   o   fato   à   autoridade   policial   deplantão, a qual, apesar de não ter participado da prática delituosa,não adotou nenhuma providência no sentido de apurar a notíciade   tortura.Nessa   situação,  a  autoridade  policial   responderá  porsua omissão, conforme previsão expressa na Lei de Tortura.

8.  Carlos,  após a prática  de atos eficientes  para  causar  intensosofrimento   físico   e   mental   em   José,   visando   à   obtenção   deinformações sigilosas,  matou­o para  que sua conduta  não  fossedescoberta. Nesse caso, Carlos responderá pelo crime de torturasimples em concurso material, com o delito de homicídio.

9. Júlio foi preso em flagrante pela prática de crime de tortura.Formulado o pedido de liberdade provisória, o magistrado alegouque analisaria o pleito após o interrogatório, o que não foi feito.Em posterior sentença, Júlio foi condenado, tendo o magistradonegado   a   ele   o   direito   de   recorrer   em   liberdade,   asseverandoapenas que perduravam os motivos que ensejaram a sua prisão.Nessa situação, a fundamentação adotada pelo juiz foi idônea esuficiente, pois prevalece o entendimento de que o réu que ficoupreso durante o processo permanecerá preso em caso de sentençacondenatória.

GABARITO:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

C C E C E E C C E

DROGAS1.   No   território   nacional,   é   expressamente   proibido   produzir,extrair,   fabricar,   transformar,   preparar,   possuir,   manter   emdepósito,   importar,   exportar,   reexportar,   remeter,   transportar,expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, paraqualquer   fim,   drogas   ou   matéria­prima   destinada   à   suapreparação, não havendo previsão de licença pública para tal fim.

2.   As   glebas   cultivadas   com   plantações   ilícitas   serãodesapropriadas   por   interesse   público,   mediante   indenização   aoproprietário   por   meio   de   títulos   da   dívida   pública   resgatáveisapenas após a comprovação de que as plantações  ilícitas forameliminadas da propriedade.

3.   As   penas   cominadas   ao   delito   de   tráfico   de   drogas   serãoaumentadas de um sexto a dois terços se o agente tiver utilizadotransporte   público   com   grande   aglomeração   de   pessoas   parapassar   despercebido,   sendo   irrelevante   se   ofereceu   ou   tentoudisponibilizar   a   substância   entorpecente   para   os   outrospassageiros.4. Nos termos da Lei de Drogas, para a lavratura do auto de prisãoem flagrante e para o estabelecimento da materialidade do delito,não   é   necessário   que   o   laudo   de   constatação   preliminar   danatureza   e   quantidade   da   droga   apreendida   seja   firmadoexclusivamente por perito oficial.

5.   Caso,   em   juízo,   o   usuário   de   drogas   se   recuse,injustificadamente,   a   cumprir   as   medidas   educativas   que   lheforam   impostas   pelo   juiz,   este   poderá   submetê­lo,alternativamente,   a   admoestação   verbal   ou   a   pagamento   demulta.

6.  Em geral,  o   trafico  de  drogas   ilicitas  se   faz  acompanhar  deoutras   atividades   criminosas,   como   a   corrupcao,   a   evasao   dedivisas e a lavagem de dinheiro.

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

7.  Por   sua  natureza   especial,   a  PF   efetua  as  prisoes  dossuspeitos   em   grandes   operacoes,   independentemente   deautorizacao da autoridade judiciaria.

8. Reconhece­se ser o trafico de drogas ilicitas responsavel,em   larga   medida,   pelo   aumento   da   violencia   e   dainseguranca  que   tem marcado  o  Brasil  nos  ultimos anos,especialmente nos grandes centros urbanos.

9. E vedada a progressao de regime do reu condenado portrafico de drogas, devendo aquele cumprir a totalidade dapena em regime fechado.

10.   Se   um   individuo,   imputavel,   ao   regressar   de   umaviagem realizada a trabalho na Argentina, for flagrado nafiscalizacao alfandegaria   trazendo  consigo  259  frascos  dasubstancia   denominada   lanca­perfume   e,   indagado   arespeito do material, alegar que desconhece as propriedadestoxicologicas da substancia e sua proibicao no Brasil em facedo uso frequente nos bailes  carnavalescos,  onde pretendecomercializar   o   produto,   nessa   situacao,   a   alegacao   dedesconhecimento   das   propriedades   da   substancia   eignorancia da lei sera inescusavel, nao se configurando errode proibicao.11. O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas namodalidade   de   importar   substancia   entorpecente   seratambem responsabilizado pelo crime de contrabando, vistoque a droga, de qualquer natureza, e tambem consideradaproduto de importacao proibida.

12.  Se  Y,   imputável,  oferecer  droga  a  Z,   imputável,   semobjetivo de lucro, para juntos a consumirem, a conduta de Yse enquadrará à figura do uso e não da traficância.

13. Em decorrencia da nova politica criminal adotada pelalegislacao   de   toxicos,   a   conduta   do   usuario   foidescriminalizada, porquanto, segundo o que institui a partegeral do Codigo Penal, nao se considera crime a conduta aqual a lei nao comina pena de reclusao ou detencao.

14. Caso um individuo, imputavel, seja abordado em umablitz policial portando expressiva quantidade de maconha,sobre  a  qual  alegue   ser  destinada  a  consumo pessoal,   e,apresentado   o   caso   a   autoridade   policial,   esta   defina   aconduta   como   trafico   de   drogas,   considerando,exclusivamente,   na   ocasiao,   a   quantidade   de   droga   empoder do agente, agira corretamente a autoridade policial,pois a quantidade de droga apreendida e o unico dado a serlevado em consideracao na ocasiao da lavratura da prisaoem flagrante.

15. Suponha que policiais civis, investigando a conduta deCarlos,   imputavel,   suspeito   de   trafico   internacional   dedrogas, tenham­no observado no momento da obtencao degrande quantidade de cocaina, acompanhando veladamentea   guarda   e   o   deposito   do   entorpecente,   antes   de   suadestinacao ao exterior. Buscando obter maiores informacoessobre o proposito de Carlos quanto a destinacao da droga,mantiveram   o   cidadao   sob   vigilancia   por   varios   dias   elograram a apreensao da droga, em pleno transporte, aindaem territorio nacional. A acao da policia resultou na prisaoem   flagrante   de   Carlos   e   de   outros   componentes   daquadrilha   por   trafico   de   drogas.   Nessa   situacao,   ficouevidenciada a hipotese de flagrante provocado, inadmissivelna legislacao brasileira.

16. Nos crimes de trafico de substancias entorpecentes, e isento depena o agente  que,  em razao da dependencia  ou sob o  efeito,proveniente de caso   fortuito  ou  forca  maior,  de droga,  era,  aotempo da acao ou da omissao, qualquer que tenha sido a infracaopenal praticada, inteiramente incapaz de entender o carater ilicitodo fato ou de determinar­se de acordo com esse entendimento.

17.  E atipica,  por  falta de previsao na  legislacao pertinente aoassunto, a conduta do agente que simplesmente colabora, comoinformante, com grupo ou associacao destinada ao trafico ilicitode entorpecentes.

18. Na hipótese de posse de drogas para consumo pessoal, não seimpõe prisão em flagrante. Nessa situação, o autor do fato deveser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na faltadesse, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando­setermo   circunstanciado   e   providenciando­se   as   requisições   dosexames e das perícias necessários.

19. No procedimento para apuração do delito de tráfico de drogas,oferecida a denúncia, o juiz deve ordenar a notificação do acusadopara oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de quinze dias,decidindo o juiz em dez dias quanto ao recebimento ou não dainicial  acusatória.As  diligências,  os  exames e  as  perícias  só   sãorealizados após o recebimento da denúncia.

20.   Considere   que   determinado   cidadão   guardasse,   em   suaresidência, cerca de 21 kg de cocaína, em depósito, para fins demercancia e que, durante uma busca realizada por ordem judicialem sua casa, a droga tenha sido encontrada e os fatos tenham sidoimediatamente   apresentados   à   autoridade   policial   competente.Nessa  situação,  esse  cidadão não  pode  ser  preso  em  flagrante,pois, no momento da abordagem, ele não praticava nenhum atotípico da traficância.

21.   A   legislação   descriminalizou   a   conduta   de   quem   adquire,guarda,   tem   em   depósito,   transporta   ou   traz   consigo,   paraconsumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo comdeterminação   legal  ou  regulamentar.  Atualmente,  o  usuário  dedrogas será isento da aplicação de pena e submetido a tratamentopara recuperação e reinserção social.

22.   É   atípica   a   conduta   do   agente   que   semeia   plantas   queconstituam matéria­prima para a preparação de drogas, ainda quesem  autorização  ou  em  desacordo   com  determinação   legal   ouregulamentar. 

23. Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas semautorização   ou   em   desacordo   com   determinação   legal   ouregulamentar   poderá   ser   submetido   a   prestação   de   serviços   àcomunidade, a qual, em prol da dignidade da pessoa humana, afim de não causar situação vexatória ao autor do fato, não poderáser   cumprida   em entidades  que   se  destinem  à   recuperação  deusuários e dependentes de drogas.

24. Nos crimes de tráfico de entorpecentes, é admitida a prisãoprovisória,   desde   que   verificada   ser   imprescindível   para   asinvestigações do inquérito policial.

25. Poderá o agente ser preso em seu domicílio, a qualquer horado   dia   ou   da   noite,   se   a   polícia   tiver   informação   segura   daexistência de grande quantidade de drogas ali guardadas capazesde causar dependência física ou psíquica.

GABARITO:

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]

DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO PROF. MOURA AULA 7/9

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

E E C C E C E C E C E C E E E

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C E C E E E E E C C

DESARMAMENTO1.   Responderá   pelo   delito   de   omissão   de   cautela   oproprietário   ou   o   diretor   responsável   de   empresa   desegurança e transporte  de valores  que deixar de registrarocorrência  policial   e  de  comunicar  à  Polícia  Federal,  nasprimeiras vinte e quatro horas depois de ocorrido o fato, aperda de munição que esteja sob sua guarda. 

2. Suponha que Tobias, maior, capaz, tenha sido abordadopor policiais militares quando trafegava em sua moto, tendosido   encontradas   com   ele   duas   armas   de   uso   restrito   emunições, e atestada, em exame pericial, a impossibilidadede as armas efetuarem disparos. Nessa situação hipotética,resta caracterizado o delito de porte de arma de uso restrito,devendo Tobias responder por crime único. 

3.  De acordo com entendimento do Superior  Tribunal  deJustiça,   o   simples   fato   de   portar   arma   de   fogo   de   usopermitido com numeração raspada viola o previsto no art.16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito de meraconduta  ou  de  perigo  abstrato,   cujo  objeto   imediato   é   asegurança coletiva.

4.  No caso especifico de trafico  internacional de arma defogo, em que a acao se inicie no territorio nacional e tenda aconsumacao no territorio estrangeiro, ou vice­versa, a acaopenal   correspondente   e   publica   incondicionada   e   decompetencia da justica federal. 5. Os crimes de posse ou porte ilegal de arma de fogo deuso restrito e o comércio ilegal de arma de fogo, nos termosda   legislação   específica,   são   insuscetíveis   de   liberdadeprovisória.

6.  Considere  que um policial  civil   tenha em sua casauma arma de  fogo de uso permitido sem registro  doórgão   competente,   a   qual   foi   encontrada,   por   acaso,pela   autoridade  policial  hierarquicamente   superior  aoservidor, no interior de um guarda­roupa, em condiçõesde   ser   disparada.  Nessa situação, a autoridade policial deverá apreender oarmamento   e   responsabilizar   o   policial   pela   posseirregular de arma de fogo de uso permitido. 

GABARITO:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

C C C C E C

LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – AGENTE PENITENCIÁRIO – PROF. MOURA – CELULAR (61) 8447-6414www.mouracoaching.com [email protected]