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Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra EB1 Afonsoeiro Ano Letivo 2013/14 Análise do inquérito sobre Utilização da Internet O projeto O Projeto TIC que temos vindo a desenvolver na escola, desde o ano letivo 2011/12, tem tido diferentes propostas de trabalho, consoante os objetivos que fomos definindo. Começou pela construção coletiva da página da escola, por todos os professores, existindo ainda algumas atividades onde os alunos foram envolvidos (ano letivo 2011/12). No ano seguinte (2012/13) foi desenvolvido um projeto envolvendo docentes, alunos e comunidade educativa, com recurso às TIC, onde os alunos e os Pais/Encarregados de Educação foram convidados a realizar alguns trabalhos relacionados com as áreas curriculares, abordando ao mesmo tempo questões relacionadas com a pesquisa na internet (como pesquisar, definição de fontes e plágio), regras de netiqueta e comunicação na Internet. Durante este ano letivo 2013/14, foi nossa intenção continuar o trabalho desenvolvido, nomeadamente através da participação da escola no Concurso “Conta-nos uma História”, com uma história coletiva e a criação e manutenção de uma página no facebook, para que as atividades desenvolvidas tivessem uma maior visibilidade. Esse mesmo projeto foi apresentado aos Pais/Encarregados de Educação numa reunião que ocorreu no dia 6 de janeiro de 2014. 1

Análise dos dados do inquérito

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Análise dos dados do inquérito sobre utilização da Internet.

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Page 1: Análise dos dados do inquérito

Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra

EB1 Afonsoeiro

Ano Letivo 2013/14

Análise do inquérito sobre Utilização da Internet

O projeto

O Projeto TIC que temos vindo a desenvolver na escola, desde o ano letivo 2011/12, tem tido

diferentes propostas de trabalho, consoante os objetivos que fomos definindo. Começou pela

construção coletiva da página da escola, por todos os professores, existindo ainda algumas

atividades onde os alunos foram envolvidos (ano letivo 2011/12). No ano seguinte (2012/13)

foi desenvolvido um projeto envolvendo docentes, alunos e comunidade educativa, com

recurso às TIC, onde os alunos e os Pais/Encarregados de Educação foram convidados a realizar

alguns trabalhos relacionados com as áreas curriculares, abordando ao mesmo tempo

questões relacionadas com a pesquisa na internet (como pesquisar, definição de fontes e

plágio), regras de netiqueta e comunicação na Internet.

Durante este ano letivo 2013/14, foi nossa intenção continuar o trabalho desenvolvido,

nomeadamente através da participação da escola no Concurso “Conta-nos uma História”, com

uma história coletiva e a criação e manutenção de uma página no facebook, para que as

atividades desenvolvidas tivessem uma maior visibilidade.

Esse mesmo projeto foi apresentado aos Pais/Encarregados de Educação numa reunião que

ocorreu no dia 6 de janeiro de 2014. Nessa mesma reunião, foi também apresentado o

inquérito dirigido a todos os amigos da escola no facebook. Foi explicado que os dados

recolhidos seriam alvo de análise e com base nos resultados obtidos, seriam trabalhadas várias

temáticas relacionadas com a utilização segura da Internet.

O inquérito

O inquérito foi disponibilizado aos Pais/Encarregados de Educação/amigos da escola no

facebook e através de papel, a todos os que o pediram, durante os meses de janeiro, fevereiro

e março.

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Page 2: Análise dos dados do inquérito

Era constituído por 28 questões, divididas em cinco grandes temas:

- Dados pessoais;

- Dados relativos às tecnologias;

- Utilização do facebook;

- Pegada digital;

- Encontros e comportamentos.

Relativamente aos dados pessoais, serve para situar o inquirido relativamente ao seu sexo,

idade e profissão.

No que diz respeito aos dados relativos às tecnologias, pretende-se saber se possui

computador em casa com ligação à Internet e há quanto tempo a usa, quanto tempo passa,

em média, na internet e as razões que o levam a usá-la, qual o espaço onde estão instalados os

dispositivos com ligação à internet na sua casa e quais são os dispositivos usados pelas

crianças/jovens, assim como o tempo diário que cada criança despende no manuseamento

desses mesmos equipamentos.

Na parte relativa à utilização do facebook, pretende-se saber quanto tempo é gasto

diariamente nesta rede social, quais as informações disponibilizadas no seu perfil público, se

tem uma foto que o identifique, quantos amigos tem, se são aceites todos os pedidos de

amizade que lhe são feitos, se conhece pessoalmente todos os amigos do facebook e se

partilha fotos pessoais ou de familiares.

No que concerne à pegada digital, é perguntado se o inquirido sabe o seu significado, se

deixaria um futuro empregador consultar a sua página do facebook, o que faria se um amigo

publicasse uma foto do inquirido numa rede social, se conhece alguém que tenha visto fotos

suas publicadas na internet sem o seu consentimento e sem conseguir que sejam retiradas e

finalmente, que tipo de dados pensa que é possível encontrar na internet por qualquer pessoa.

Relativamente aos Encontros e comportamentos, é perguntado se existem pessoas que

possam ser consideradas verdadeiros amigos mas que são apenas amigos virtuais, se conhece

alguém fisicamente que tenha conhecido primeiro virtualmente, se encontrou virtualmente

alguém que já não via há muito tempo, o que fazia se alguém que conhece apenas

virtualmente, o convidasse para se encontrar e se conhece alguém que possa já ter sido alvo

de alguns crimes relacionados com o uso da internet.

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Page 3: Análise dos dados do inquérito

Os dados recebidos

Foram recebidas 72 respostas (67 através do facebook e 5 entregues em papel), o que

corresponde a sensivelmente 35% dos amigos da escola no facebook. Esta amostra, apesar de

ser relativa, faz-nos acreditar que os dados apurados poderão ser considerados como uma

referência de utilização da Internet por parte das pessoas que acompanham a escola no

facebook.

Com base neste pressuposto, analisamos as perguntas individualmente e chegamos a algumas

conclusões, relativas à utilização que os nossos amigos fazem da Internet e a forma como este

recurso é encarado, no seu quotidiano.

Principais Conclusões

- A maior parte dos inquiridos pertencem ao sexo feminino, facto esse que comprova a

existência de um maior número de Encarregados de Educação do sexo feminino, que

acompanha diariamente aquilo que é feito na escola;

- Obtivemos vinte e uma respostas de inquiridos com idade inferior a 13 anos o que revela que

não foram cumpridos todos os requisitos no que diz respeito à criação de uma conta no

facebook;

- Existe uma grande panóplia de profissões, não sendo possível chegar a conclusões mais

específicas, relativas a este item. No entanto, os grupos mais representados são os docentes

(20,83%) e os estudantes (30,56%);

- A totalidade dos inquiridos possui computador em casa com ligação à Internet o que revela

uma utilização massiva, dentro da amostra do nosso estudo;

- A maior parte dos inquiridos podem ser considerados utilizadores experientes uma vez que

usam a Internet há mais de 5 anos (72%). No entanto, esse uso é moderado uma vez que a

maior parte dos inquiridos usa a Internet até 5 horas por semana, principalmente para

questões relacionadas com o divertimento/curiosidade (40%);

- Considerando apenas o grupo “Menos de 13 anos”, verificamos que 14 dos inquiridos

utilizam a internet “Entre 1 a 5 anos” e que 7 inquiridos utilizam a internet há “Mais de 5

anos”;

- Existe alguma preocupação em acompanhar as crianças/jovens na utilização dos

computadores, quer em termos de espaço já que 82% dos inquiridos referiu que essa

utilização é feita em áreas comuns da casa, quer em termos de tempo que se situa entre meia

e uma hora diárias;

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Page 4: Análise dos dados do inquérito

- Os dispositivos eletrónicos mais utilizados são o tablet (28%), seguido do computador

portátil, facto esse que nos faz pensar que os inquiridos apostam na mobilidade em vez de

terem um dispositivo fixo;

- Relativamente à utilização do facebook, a mesma é moderada (menos de uma hora por dia).

No entanto, disponibilizam várias informações que lhes permitirão ser facilmente

encontrados/conhecidos como por exemplo o local de trabalho/escola. Por outro lado,

revelam alguma preocupação já que nenhum dos inquiridos disponibiliza números de

identificação pessoal ou contactos telefónicos. Acreditam também que é possível encontrar a

idade, fotos, escola/trabalho de todas as pessoas assim como a morada da residência;

- 78% dos inquiridos identifica-se abertamente no facebook, através de uma fotografia

pessoal;

- A maior parte dos inquiridos (71%) tem até 200 amigos no facebook o que faz com que

tenham uma rede moderada de contactos;

- A maioria dos indivíduos (71) revela cuidado na hora de escolher os amigos virtuais já que

não aceita todos os pedidos de amizade. No entanto, só 76% afirmam conhecer pessoalmente

todos os seus amigos.

- 76% dos inquiridos partilham fotografias pessoais ou de familiares e aceitam que outros

partilhem fotografias do próprio (24%). Referem também desconhecer que algumas pessoas

tenham publicado fotografias que eram de outras pessoas (89%);

- 65% dos alunos desconhece o significado da expressão “pegada digital”. No entanto, 57% dos

inquiridos não permitiria o acesso à sua página de facebook por parte de futuros

empregadores o que nos leva a pensar que alguns conteúdos não serão passíveis de ser

visualizados por parte de todas as pessoas;

- 10% dos inquiridos consideram que têm amigos, que embora sejam virtuais, podem ser

considerados verdadeiros amigos;

- 22% dos inquiridos afirmaram que têm amigos que conheceram primeiro virtualmente e que

através do facebook, foi possível encontrar pessoas que já não viam há muito tempo;

- A maior parte dos inquiridos (55,55%) afirma que não se encontraria com alguém que apenas

conhece virtualmente. No entanto, 2 dos inquiridos iriam ao encontro dessa pessoa, outros 2

inquiridos referem que dependeria do grau de empatia que tivesse com a pessoa enquanto

que outros 5 inquiridos dizem que dependeria do contexto e da pessoa. Apenas 2 avisariam os

pais/adultos e apenas uma pessoa avisaria as autoridades;

- A maior parte dos inquiridos (53%) conhece pessoas que são dependentes das tecnologias.

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