Apresentação plano de curso artes autonomia 2011

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Oficina de Artes Acelerao 3Prof. Beatriz de OliveiraFerreira MaiaPCRJ SME E/DEDFUNDAO ROBERTO MARINHOPROJETO AUTONOMIA CARIOCA

Um olhar sobre a ArteAs formas da Arte:1 Arte - Msica (som); 2 Arte - Dana/Coreografia (movimento); 3 Arte - Pintura (cor); 4 Arte - Escultura (volume); 5 Arte - Teatro (representao); 6 Arte - Literatura (palavra); 7 Arte - Cinema8 Arte - Fotografia (imagem); 9 Arte - Arte Sequencial (quadrinhos); 10 Arte - Videogame (alguns jogos integram todos elementos de todas as artes anteriores somado a 11, porm no mnimo, ele integra as 1, 3, 4, 6, 9 arte somadas a 11 desde a Terceira Gerao dos Videogames); 11 Arte - Arte digital (integra artes grficas computadorizadas 2D, 3D e programao).

Apresentao da proposta de trabalho Um olhar sobre a arteAps aprender as formas em que a arte pode ser classificada, prope-se que os estudantes reflitam sobre as seguintes perguntas:O que arte?Quem faz arte?Para que serve a arte?Onde se encontra a arte?

Proposta de trabalho na disciplina de artes visuaisEste curso tem como objetivo estabelecer formas de dialogar com as artes em geral e com as artes visuais em particular;O recorte principal o advento dos meios tcnicos de reprodutibilidade da arte visual e sonora, que tornou possvel o acesso a arte a todos os interessados;O curso sugere que o professor, junto com seus alunos, torne-se autodidata e principalmente desenvolva o olhar sensvel as produes artsticas que teremos acesso.

Sugesto de atividade:

Sugira a seus estudantes que eles sero os curadores de uma exposio. Eles organizar-se-o em grupos e escolhero artistas e obras a serem trabalhados. Quando organizarem a mostra de sua produo, cada grupo apresentar sua exposio, lendo o ttulo e os critrios de seleo das obras. Segue-se introduo Arte:

I. Quando a arte acontece?A verdade que convivemos com a arte o tempo todo; ela est nos desenhos das ruas, na representaes de naturezas mortas e vivas, na fotografia do seu primo, na festa de sua av.As artes so a expresso mais antiga do velho e sempre atual esprito humano, a arte como ns expressamos nossa compreenso do mundo, como nos relacionamos com ele, como amamos ou odiamos. Sempre ela nos companheira, j que no podemos nos expressar sem ela.

II. Descobrindo os mistrios da Natureza com o fim da Idade Mdia e a descoberta da Amrica que surge, na Europa, a arte autoral. Os artistas passam a assinar suas obras, as tcnicas, materiais e recursos avanam muito e surge um mercado para a Arte.Os artistas do Renascimento se dedicaram a construo de novas concepes estilsticas, rompendo com o obscurantismo difundido pelas religies oficiais;

O Renascimento um conceito fora de sua poca pois apenas foi definido a posteriori de sua concepo;Seguindo-se ao Renascimento, o Barroco ser o pice da concepo neo agostiniana, opondo-se ao estilo anterior;

Vista parcial da abbada da Capela Sistina (1508-11)

Michelangelo E a arte crist

Dizem que o papa Jlio II, quando questionava o artista sobre o trmino da obra da Capela Sistina, sempre recebia a mesma resposta: Estar pronto quando eu terminar.A Piet (1499) uma obra atemporal, j que demonstra o amor da me pelo seu filho morto. Sua obra demonstra um desejo sincero de perfeccionismo e maestria.

Davi (1504)

Davi encanta pela sua perfeio e beleza. Michelangelo fazia suas esculturas partindo de blocos macios de mrmore de Carrara . Eram necessrios muitos estudos e esboos para a execuo de obras que excedem o tamanho natural dos seres humanos.

Jesus adentra o paraso

Utilizando provavelmente pigmentos a base de cobalto, vemos um Jesus em sua plena beleza fsica. No o pobre e magro descrito na cruz, mas o forte que volta em carne aos domnios de seu pai.Neste detalhe, vemos que o estilo do artista excede ao pedido do papa ou aos desejos da Santa Madre Igreja CatlicaMichelangelo O Juzo Final (1534-41; detalhe)

Aleijadinho e o Barroco no Brasil

Retrato de Aleijadinho - Euclsio Ventura (sc. XIX)

O sofrimento como inspirao

Acometido pela Hansenase, na poca chamada de lepra, Aleijadinho ia perdendo partes do corpo enquanto modelava em pedra sabo seus famosos e tombados profetas.O sofrimento fazia com que o devoto olhasse o cu e clamasse contra sua misria.Como escultor, foi um dos mestres dos detalhes, destacando sempre o olhar e o movimento das peas. O olhar se suas esculturas buscam a misericrdia divina, a compaixo dos homens. Aleijadinho - O profeta Ezequiel (1800-5)

III. A arte brasileira no sculo XIXO sculo XIX, corolrio da dupla revoluo, significou um passo adiante na integrao dos povos sob um sistema internacional de Estados-Nao; no caso especifico do Brasil, negros, brancos, indgenas e suas mestiagens, assim como os imigrantes, seriam temas constantes desta poca.Debret, em 1829, montou a primeira exposio pblica de arte no Brasil, trazendo da Frana um novo olhar.

Debret a beleza no Romantismo

No toa chamado de Damas da corte, este quadro de Debret tornou-se fonte primria para o entendimento da sociedade escravista do sculo XIX no Brasil.Reparem nos detalhes captadospelo artista, que ao mesmo tempo em que retrata a boa sociedade da poca, redefine os padres de beleza desta. Neste quadro vemos a influncia francesa na indumentria da elite imperial.

Debret - Dames de la Cour (c. 1820-30)

O Rio de Debret

Artista e retratista talentoso, Debret foi extremamente generoso em suas pinturas, dando privilgio beleza da cidade e de seus moradores. A sujeira, a fome, o esquecimento nos trpicos sero ignorados em suas temticas. A dor mostrada nas formas de castigos que os negros recebiam no Brasil, mas sua viso extremamente elogiosa beleza das diferentes raas. Senhoras brancas ou negras, moleques e senhores, todos sero retratados de maneira a enaltecer suas qualidades.Debret - Interior de uma casa cigana (c. 1820)

O casamento de S.M.I. D. Pedro I(c. 1829)

Cortina de cena do Teatro da Corte ocasio da coroao de D. Pedro I (c. 1822)

Roupas de ministros e secretrios de Estado estudo (1826)

Famlia de Botocudos em marcha (1834)

Famlia de um chefe Camacan se preparando para uma festa (c. 1820-30)

IV. Uma nova maneira de pensar a ArteA chamada Era da Razo ser um perodo de convivncia e confluncia de diversos estilos: O Romntico, o neo clssico e o impressionismo. Tornando se assim um perodo onde a arte abandono definitivo da figura do mecenas e se redefine como um novo mercado.A partir desse perodo difundiu-se a construes de museus que tornasem pblicas a grande arte.

As meninas de Renoir

Pierre-Auguste Renoir Rosa e azul (1881)

Renoir - Romantico, neo-clssico e impressionista

Renoir foi to representativo nesse perodo de produo artstica que expressou em suas pinturas toda efervescncia de sua poca.Seus quadros pesam pela beleza esttica e os detalhes.

Pierre-Auguste Renoir

Pontilhismo - O Impressionismo tardio

Pontilhismo

O pontilhismo uma tcnica do impressionismo tardio que consiste em pontilhar ao invs de pincelar ou desenhar.Podemos fazer com nossos alunos vrias experincias usando essa tcnica.Georges Seurat Uma tarde de domingo na Ilha da Grande Jatte (1884)

V. Introduo aos tempos modernosOs artistas dos primeiros anos do sculo XX se mostraram desiludidos pela Primeira Guerra Mundial e impressionados com suas novas invenes e seus maus usos (como no caso de Santos Dumont, que se matou ao ver sua inveno, o avio, sendo utilizado como arma de guerra). Era como se vissem caro morrendo novamente.Inconformados com os massacres, expressaram em suas obras o fim definitivo da inocncia nas artes. A partir da, ela passaria a ser toda intencional e muitas vezes militante.

Vicente, o olhar inocente

A grandeza simples

Durante toda sua vida, Vincent Van Gogh foi pobre. Muitas vezes esteve faminto ou doente. Quando faleceu em 1890, aos 37 anos, parecia que seu trabalho seria esquecido; ao invs disso, tornou-se um dos pintores mais emblemticos de sua gerao.Vincent era um mestre esquecido pelos seus contemporneos. Passeou por diversos estilos da poca, como o expressionismo, o pontilhismo, naturezas mortas, perspectivas, luz, sombras, vazios e ausncias com cores fortes e tintas duras e de pouca elasticidade; as pinceladas de Vincent so emblemticas para o estudo contemporneo das cores e de seus usos. Vincent Van Gogh Quarto em Arles (1888)

O gnio incomprendido

Van Gogh jamais teve em vida o reconhecimento pela sua grande obra ou de sua genialidade; na verdade, ficou sempre marcado pela loucura. Seus quadros eram ridicularizados pelos seus contemporneos, que no os compreendiam.Aos 37 anos, escreveu a seu irmo Tho:Minha vida est ameaada no mais profundo do meu ser, e meus passos esto vacilantes. Bem, em meu trabalho estou arriscando minha vida, e metade de minha razo se desfez por causa dele.Em 27 de julho de1890, Vicente foi para o campo e atirou em si mesmo. Morreu dois dias depois, nos braos de seu nico amigo.

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Picasso - O desenhista compulsivo

Pablo Picasso o mais famoso pintor do sculo XX

Pablo Picasso representa o auge da pintura moderna, engajada com os grandes debates sociais de seu tempo. Foi um pintor extremamente prolfico, apaixonado pelo corpo feminino e seu universo, retratando-o com cores fortes e pinceladas msculas.Hoje um dos artistas mais famosos da histria, comparado aos grandes mestres, como Michelangelo e Da Vinci.Picasso desnudava os sentimentos em suas obras; nelas encontramos volpias, dor, solido, desejo, devassido, morte, complacncia, ou (in)justia, como em Guernica, seu quadro mais emblemticoPablo Picasso O sonho (1932)

Pablo Picasso

Salvador Dal e o delrio literal do Surrealismo

O incomformismo e a viso diferenciada da arte

Em suas primeiras lies na escola de Belas Artes, Dal era sempre repreendido por retratar um universo diferente daqueles propostos pelos mestres: o corpo feminino, representava como uma balana.Questionado, afirmava ver outros aspectos da realidade; por isso, seu universo pode ser classificado como surreal, fruto de uma imaginao galopante e conflitante e inquieta.Nasceram da imagens aliengenas, que so ao mesmo tempo impossveis na realidade mas plenamente construdas na imaginao.Salvador Dal A persistncia da memria (1931)

Salvador Dal

Paul Klee as figuras de sua imaginao

A flor polcroma (1936)

Paul klee

VI. O modernismo no BrasilO modernismo no Brasil surge definitivamente com a Semana de arte moderna de 1922, esse ser o momento de maturidade estilstica nas produes artsticas brasileiras.Nossos artistas desenvolveram uma maneira tropical de ver o mundo, utilizando-se de diversas tcnicas passadas por meio de uma esttica indita, o antropofagismo.

Abaporu Tarsila do Amaral

Tarsila A moderna criada na fazenda

Tarsila foi a pioneira feminina na intelectualidade do Brasil. Junto com seus companheiros da Semana de 22, revolucionou toda a histria da pintura brasileira, ainda muito presa ao romantismo. Tarsila representou sua ama de leite, as cores do campo, a imaginao infantil levada ao seu apogeu estilstico. Seus anjos so caipiras, suas santas brasileiras, e as negras so representadas em sua beleza mestia.O modernismo no Brasil foi um movimento com cores e atitude nacionais, objetivando o entendimento de nossa cultura por meio de uma esttica prpria, no que se contrapunha aos tradicionalistas.

Tarsila do Amaral

Tarsila uma estrela que brilhar eternamente,no apenas pela grandiosidade de sua obra para o Brasil, mas pelo sentido simples e ingnuo que ela representa. A alma feminina e sua generosidade o olhar de Tarsila.Como atividade, propomos utilizar o desenho para pintar do Abaporu. A ideia que os alunos utilizem cores diferentes do original. Isso permitira a apreenso da obra com sua produo artstica. Como todas as atividades propostas nesse curso, no final de cada produo os trabalhos devem ser organizados de forma esttica, tendo como objetivo divulgar e difundir nossas produes artsticas.

Cndido Portinari

Cndido Portinari nasceu em Brodsqui, no interior paulista, sendo criado na fazenda Santa Rosa. Durante sua carreira, a temtica rural ser redefinida a partir de seus trabalhos, que valorizam o trabalho humano, ampliando seus horizontes.Pintou seu primeiro quadro aos 10 anos. Desde muito jovem o artista percebeu as injustias da sociedade brasileira moderna e tentava ser crtico a ela.Cndido pintou desde estrelas em tetos de igreja a fachadas de prdios monumentais, como o Palcio Gustavo Capanema ou o Edifcio-sede da ONU.Como estudante da Escola Nacional de Belas Artes viveu um tempo morando literalmente em um banheiro de penso. Em 1930 casou-se e, vivendo em Paris, teve a chance de conhecer o trabalho de grandes mestres, como Giotto, Matisse, Modigliani, assim como Van Gogh e Czanne.Portinari - A descoberta da terra (1941)

caro e Prometeu (1920)

Caf o homem vence a forma

Quando volta de Paris e redescobre o Brasil, Portinari transforma suas pinturas, agora sem formas ou regras regulares. O homem se torna sua preocupao principal.A partir de 1936, desenvolveu a pintura de grande superfcies, tornando-se um dos maiores muralistas da histria.Portinari - Caf (1938)

VII. Inaugurando um novo olhar sobre a ArteCom o advento da Segunda Grande Guerra Mundial, as artes sofreram uma nova transformao , tornando-se populares e passveis de fcil reproduo;Aristas como Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Marcel Duchamp vo criar uma nova arte, totalmente voltada para a difuso dos cones de consumo de sua gerao e rompendo com a bi-dimensionalidade da pintura tradicional.

Marcel Duchamp Roda de bicicleta (1913)

Marcel coloca um bigode na Mona Lisa L.H.O.O.Q. (1919)

Roy Lichtenstein e a arte HQ!

Roy Lichtenstein Whaam! (1963)

Roy Lichtenstein - Blam (1962)

Roy Lichtenstein Still Life with Glass and Peeled Lemon (1972)

VIII. Plano e profundidadeOs artistas contemporneos vm constituindo uma viso muito particular de plano e profundidade; Alfredo Volpi ser um dos principais idealizadores dessa gerao; seus trabalhos esto marcados por uma viso concreta da realidade.

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Alfredo Volpi

Alfredo Volpi (1896-1988) foi um pintor talo-brasileiro, considerado pela crtica como um dos artistas mais importantes da segunda gerao do modernismo. Uma das caractersticas de suas obras so as bandeirinhas e os casarios.Autodidata, comeou a pintar em 1911, executando murais decorativos. Em seguida, trabalhou com leo sobre madeira, consagrando-se como mestre utilizador de tmpera sobre tela.Grande colorista, explorou atravs das formas, composies magnficas, de grande impacto visual. Trabalhou tambm como pintor decorador em residncias da sociedade paulista da poca, executando trabalho de decorao artstica em paredes e murais.Bandeirinha (1958)

Realizou a primeira exposio individual aos 47 anos de idade. Na dcada de 1950 evoluiu para o abstracionismo geomtrico, de que exemplo a srie de bandeiras e mastros de festas juninas. Recebeu o prmio de melhor pintor nacional na segunda Bienal de So Paulo, em 1953. Participou da primeira Exposio de Arte Concreta, em 1956, mesmo no pertencendo oficialmente ao Grupo Santa Helena, ao qual era muito ligado.

IX. Voc tem fome de qu?A arte contempornea, no ltimo tero do sculo XX buscou a ideia de instalaes, criaes de ambientes onde a arte no apenas vista mas vivenciada;Os grandes expoentes deste estilo no Brasil so Lgia Clark Hlio Oiticica, que, com seus penetrveis e teros, colocam as pessoas para experimentar novas formas de ver o mundo.

Hlio Oiticica Penetrvel Quadrado Mgico (1977)

Nosso olhar sobre a ArteChegamos ao fim do curso. Para cumprir plenamente nossos objetivos, devemos comear, com nossos alunos, a organizar a exposio de seus trabalhos;A mostra deve seguir critrios estticos de apresentao e ser instalada em lugar de destaque na UE, para que toda a comunidade escolar possa participar e se deliciar;Duas sugestes de stios a se visitar:http://culturas.colorir.com/pre-historia/ e http://www.smartkids.com.br/desenhos-para-colorir/artes.htmlConfira esta apresentao em http://www.slideshare.net/biabouchBoa sorte e boas artes!