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Universidade Federal da Bahia Faculdade de Direito História do Direito Prof. Dr. Julio Cesar de Sá da Rocha Império Egípcio - direito

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Universidade Federal da Bahia Faculdade de Direito

História do DireitoProf. Dr. Julio Cesar de Sá da Rocha

Império Egípcio - direito

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• 1. Civilização Egípcia

• Primeiros habitantes no Neolítico povoamento efetivo na bacia do Nilo 7000 a.C,

• Organização baseada em aldeias(clãs) – NOMOS (5000 a.C).Período Pré-Dinástico: Chefes dos nomos – nomarcas

• Divisão política (3500 a 3200 a.C):• a) Alto Egito (Sul)• b) Baixo Egito (Norte)

• Nemés (Narmer): rei do Alto Egito, responsável pela unificação dos reinos do Vale do Nilo (faraó, divindade encarnada) tendo como capital Mênfis.

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Transformação dos chefes de 42 nomos em funcionários públicos

Escrita hieroglífica - instrumento hieros (sagrado)

2. Império Egípcioa) Antigo Império (3200 – 2280/2000 a.C) – unificação, época

das pirâmidesb) Médio Império (2280/2000 – 1580 a.C) – recomposição do

poder monárquico até a invasão dos hicsos (povo nômade), papel importante na nobreza de Tebas

c) Novo Império (1580 – 1085/525 a.C.) – expulsão dos hicsos e invasão persa

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Antigo ImpérioO Império Antigo é caracterizado por um crescente comércio com o Líbano, Palestina, Mesopotâmia e Punt, assim como por expedições comerciais para exploração mineral nas minas do Sinai e Mar Vermelho (Deserto Oriental) e por campanhas militares contra núbios e líbios. Adquiriu ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro, mirra, malaquita e electrum. Com o comércio foi criada a primeira frota marítima egípcia.Construção de pirâmides como monumentos fúnebres para os faraós.Entre as mais proeminentes pode-se citas as pirâmides de Djoser (Pirâmide de degraus), Seneferu (Pirâmide de Meidum, Pirâmide Romboidal e Pirâmide Vermelha), Quéops (Pirâmide de Quéops), Quéfren (Pirâmide de Quéfren e a Esfinge de Guizé) e Miquerinos (Pirâmide de Miquerinos).[

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Novo Império

Os faraós do Império Novo estabeleceram um período de prosperidade sem precedentes, ao assegurar suas fronteiras e reforçar os laços diplomáticos com seus vizinhos.

Relevância de Ramsés II – faraó deus entre os homens

Posteriormente nas sucessões do reino houve intensificação dos conflitos com nações (povos do Mar e Líbia) com fragmentação do Império e ocupação persa

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Ocupação pelos macedônios dois séculos depois

Ocupação do Império Romano – 30 a.C (600 anos), posteriormente – Árabes

Sociedade egípcia:a) Nobres: proprietários de grandes domíniosb) Escribas: cobradores de impostos, organização das leisc) Sacerdotes: cultos, dispensados dos impostosd) Soldados: viviam dos produtos e dos saquese) Artesãos: trabalhadores (recebiam alimentos pelo trabalho)f) Camponeses – maior parte da sociedade, pagavam tributos

pela produçãog) Escravos (dívida ou dominação)

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• 3. Direito Egípcio

• Fontes históricas deterioradas, não há indícios de codificação propriamente dita.

• Excertos de contratos, testamentos, decisões judiciais e atos administrativos (com a decifração dos hieróglífos)

Judiciário: kenbet aat (tribunal superior) para aplicar a maat (princípio da justiça, deusa da justiça)

O faraó julgava em última instância. O chefe da justiça comandava os juízes, dirigindo o serviço e fazendo leis. O vizir poderia julgar pelas leis e regulamentos

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• O vizir era o representante supremo do rei, responsável por todas as áreas da administração e funcionamento do país e, como tal, também dirigente do aparelho judiciário

• O vizir presidia ao Grande Tribunal, sendo o responsável pelo julgamento dos casos de maior gravidade. Enquanto juiz ouvia depoimentos, tratava das diligências necessárias e proferia as sentenças. Julgava essencialmente questões civis complexas, que escapavam aos tribunais locais e que poderiam estabelecer um precedente legal.

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• O aparelho judiciário egípcio era pois encabeçado pelo vizir. Acima dele só o faraó e, abaixo dele, uma imensa máquina burocrática que assegurava a manutenção do

• funcionamento da administração do país e em particular do domínio jurídico. Isto é, tal como o faraó delegava poderes no vizir, também este se apoiava num conjunto de funcionários que o auxiliavam no cumprimento das suas funções

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• Para além do Grande Tribunal temos os tribunais locais, que estavam espalhados por todo o território, sendo também conhecidos como tribunais do nomo. Eram presididos pelo nomarca e constituídos por uma assembleia composta pelos homens mais proeminentes da comunidade. Estes tribunais tinham competências em casos civis (cumprimento de obrigações, litígios de propriedade e familiares) e penais (casos de violência, roubo entre privados e violação de costumes).

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• A maioria do material disponível sobre o aspecto legal da vida no Antigo Egito é composta por documentos da prática jurídica (registos dos tribunais, contratos, testamentos, em escritos privados, em decretos‐reais) e por trabalhos literários (Sabedorias e Lamentações e autobiografias) não diretamente relacionados com o sistema jurídico

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• Simbologia jurídica

Livro dos Mortos – Papiro Nu, passagens elucidativas do sistema jurídico (Império Novo, 1580 – 1085 a.C)

Confissão negativa: o morto deveria apresentar-se a Osíris e ser julgado conforme seu comportamento em vida presidido pela deusa Maat

Símbolo da balança pena de um lado e o coração de outro: equilíbriada (cidadão justo, íntegro), possibilidade de lugar no reino do Além; caso contrário (impuro) a pessoa seria devorada por Ammut.

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Característica: direito privado com autonomia da vontade, com fontes que comprovam contratos de venda, arrendamento, doação.

Valorização da retórica.

Sistema jurídico individualista

Direito de família: habitantes considerados iguais perante o direito, sem previlégios. Marido e mulher em ‘”pé de igualdade”.

Casamento como algo privado.

Direito penal: aplicação de penas bárbaras (ex: decapitação, fogueira, embalsamento com vida, cetro faraônico (adúltera);existência de fase de inquérito