14
FILOSOFIA Aula 2 Clássicos gregos I Prof. Ms. Elizeu N. Silva

Aula 02 filosofia clássicos gregos - i

Embed Size (px)

Citation preview

FILOSOFIAAula 2 – Clássicos gregos I

Prof. Ms. Elizeu N. Silva

Os filósofos “pré-socráticos” discutem questões relacionadas

à cosmologia e à ontologia.

•Cosmologia: teorias do cosmo, do mundo; constitui-se uma

discussão sobre a physis, ou seja, sobre o mundo natural.

•Ontologia: discussão sobre o ser, com abordagens sobre a

linguagem e a lógica.

Sócrates e os sofistas ampliam a conversação para o campo

da ética, da moral e da política. Adotam, como tema central

dos debates, o homem.

Os chamados sofistas, particularmente, discorrem sobre

questões ontológicas, mas preferem falar da “arte de bem

viver”, do “saber viver”, o que inclui a arte da argumentação

– a retórica.

Para os sofistas os

ensinamentos dos

cosmologistas tinham

erros e contradições e não

tinham utilidade para a

vida na pólis.

Entendiam que por meio da retórica podiam transformar

jovens em bons cidadãos.

Retórica: Arte da persuasão. Os sofistas ensinavam técnicas

aos jovens para que estes aprendessem a defender seus

pontos de vista e contra argumentar ante os oponentes.

Sócrates e Platão não os reconheciam como filósofos.

Diziam que não tinham amor verdadeiro pela sabedoria, mas

que defendiam qualquer ideia que lhes parecesse vantajosa.

Protágoras (490–422), um dos sofistas, cria uma máxima

que gera discussões até a contemporaneidade, ao afirmar

que “o homem é a medida de todas as coisas”.

Esta proposição origina as

ideias de relativismo e

subjetivismo, pois se o

homem é a medida de todas

as coisas, então as coisas

não têm padrão de medida

em si mesmas, mas

dependem de padrão

externo.“Homem vitruviano”. Leonardo Da Vinci

Sócrates, um dos mais importantes filósofos gregos, não

deixou registro de seus pensamentos. O que se sabe a

respeito dele resulta do relato de seus discípulos, entre os

quais Platão.Sócrates filosofa por meio de perguntas

abrangentes: “O que é a amizade?” “O

que é a coragem?” “O que é a honra?”. A

este método, deu-se o nome de maiêutica

– uma forma de fazer surgir as ideias por

meio de questionamentos.

Sócrates. Atenas, 469–399

Embora excelente método provocativo, a maiêutica não

conduz a resultados conclusivos. O método não favorece,

portanto, a formação de conceitos.

Sócrates não considerava que este fosse um defeito

metodológico. Para ele, ter crenças sólidas (conceituais)

sobre as coisas não leva necessariamente ao conhecimento

sobre a moral. Para Sócrates, é mais sábio aquele que

“sabe que nada sabe”.

Sócrates é acusado de desencaminhar os cidadãos,

corromper a juventude e ofender os deuses. Seus

questionamentos incomodavam.

Foi condenado à

morte por

envenenamento.

Morre em 399

a.C., aos 70 anos,

rodeado de seus

discípulos.

A morte de Sócrates. Jacques-Louis David, 1787

Platão foi o mais importante discípulo de Sócrates.

Fundou a Academia e, com ela, a Filosofia como campo

sistemático de estudo.

Platão produz tratados filosóficos.

Estabelece debate com sofistas e pré-socráticos,

sobre ontologia, teoria do conhecimento,

cosmologia e metafísica.

Platão. 427–347 a.C.

A escola de Atena. Rafael Sanzio

Dois aspectos da filosofia de Platão:

• Alegoria da caverna;

• Teoria da linha divisória.

Alegoria da Caverna

Descrita no livro “A República”. Prisioneiros vivem

amarrados no fundo de uma caverna, sem poder mexer o

corpo e nem a cabeça. Só lhes é permitido olhar fixamente

para a parede do fundo da caverna. Nunca lhes foi permitido

conhecer outra condição.

Alegoria da Caverna (cont.)

Atrás deles há um muro, através do muro pessoas passando

e levando objetos na cabeça. Encobertas pelo muro, é

possível perceber apenas os objetos conduzidos pelas

pessoas. Num plano mais atrás, há um fogo, que ilumina as

pessoas que levam os objetos e projeta luz para a parede do

interior da caverna na fresta da parte superior do muro.

Os prisioneiros veem as sombras dos objetos conduzidos

pelas pessoas no fundo da caverna. Ouvem também o eco

das vozes da rua.

Alegoria da Caverna (cont.)

Os prisioneiros passam a vida inteira crendo como

verdadeiros a sombra e o eco das vozes.

Um dos prisioneiros consegue escapar. No início, é cegado

pelo brilho da luz. Depois, com o tempo, consegue ver o

campo, as árvores e as pessoas. Consegue ouvir as vozes

diretamente de quem fala. Depois de algum tempo,

consegue olhar para o sol.

Platão sugere que se ele voltasse e contasse aos demais

que passaram a vida inteira tomando as sombras como

realidade, seria severamente castigado por dizer mentiras.

Alegoria da Caverna

Fontes bibliográficas:

CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, 13ª edição,

Ed. Ática, 2005

GHIRALDELLI JR., Paulo. Introdução à filosofia. Barueri, Ed.

Manole, 2003

Internet

CEIA, Carlos. E-dicionário de temas literários. Disponível em

www.edtl.com.pt. Consulta realizada em 21/02/2013.