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PROF. CADU PROF. CADU Formação do Território Brasileiro FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO Os contornos do nosso país, nem sempre foram como atualmente. Muitas terras que pertencem atualmente ao Brasil foram conquistadas em guerras, acordos, tratados e compradas de outros países. A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das atividades econômicas. Inicialmente, com a economia colonial (1500- 1822), tudo girava em função das produções ligadas aos gêneros primários. Essa demanda também correspondia aos anseios de exportação para atender os desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado. DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL IBGE; Complexos regionais/regiões geoeconômicas; Região concentrada.

Aula 1 Frente 2

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PROF. CADU

PROF. CADUFormação do Território Brasileiro

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

• Os contornos do nosso país, nem sempre foram

como atualmente.

• Muitas terras que pertencem atualmente ao Brasil

foram conquistadas em guerras, acordos, tratados e

compradas de outros países.

A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das atividades econômicas. Inicialmente, com a economia colonial (1500- 1822), tudo girava em função das produções ligadas aos gêneros primários. Essa demanda também correspondia aos anseios de exportação para atender os desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado.

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL

•IBGE;

•Complexos regionais/regiões geoeconômicas;

•Região concentrada.

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FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

• A primeira divisão oficial do Brasil foi pelo TRATADO

DE TORDESILHAS, assinado entre Espanha e Portugal.

• Esse tratado, assinado em 7 de junho de 1494, em

Tordesilhas, na Espanha, estabeleceu uma linha

imaginária que passava a 370 léguas a oeste do

arquipélago de Cabo Verde (África).

O Tratado de Tordesilhas foi um acordo firmado em 7 de junho de 1494, entre os reis da Espanha e Portugal, com o objetivo de dispor sobre a repartição das terras descobertas ou a descobrir pelos dois países. O Tratado de Tordesilhas está estreitamente relacionado com as Bulas Alexandrinas, e seus efeitos foram imediatamente notados na América e na Ásia. Assim como as Bulas Alexandrinas significaram um grande triunfo para os Reis Católicos, o Tratado de Tordesilhas impôs a habilidade de negociador do rei João II de Portugal, quando tudo estava a favor de Castela. A partir de agosto de 1493, o monarca português tentou modificações e ampliações na linha de demarcação. Após muitos meses de duras negociações, embaixadores dos dois países reuniram-se na vila de Tordesilhas e assinaram um tratado. Estabelecia uma linha imaginária de demarcação, de norte a sul, distante 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Desta forma, tudo o que se descobrisse, a partir de então, a leste da referida linha pertenceria a Portugal e o que se encontrasse a oeste seria de Castela.

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

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: Luís

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Público.

EVOLUÇÃO DA DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA

Page 3: Aula 1 Frente 2

COMPONENTE CURRICULAR, 1º anoFormação do Território BrasileiroFORMAÇÃO DO BRASIL NO SÉCULO XVIII

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1709 1789

EVOLUÇÃO DA DIVISÃO REGIONAL

BRASILEIRA

ALGUNS ESTADOS SOFRERAM MODIFICAÇÕES – PERNAMBUCO (1817)

Pernambuco

Comarca de

São Francisco

(PE)

Ceará

Paraíba

Rio Grande

do Norte

Bahia

Comarca de

Sergipe Del Rei

(BA)

Comarca das

Alagoas (PE)

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de

ilustração de Autor Desconhecido.

Page 4: Aula 1 Frente 2

• A formação do território brasileiro foi sendo

modificada com o decorrer do tempo.

• Alguns estados foram anexados de outros

países (Acre / Bolívia).

• Vários estados da federação foram criados e

divididos.

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO

BRASILEIRO

Recebe o nome de Tratado de Petrópolis o documento firmado entre a Bolívia e o Brasil a 17 de novembro de 1903. Assinado naquela cidade do estado do Rio de Janeiro, este tratado tornou oficial a anexação do atual estado do Acre ao território brasileiro. Por esse instrumento, ficou acordado que a Bolívia receberia compensações territoriais em vários pontos da fronteira com o Brasil. O governo brasileiro se comprometeria a construir a Estrada de ferro Madeira-Mamoré, e preservaria a liberdade de trânsito pela ferrovia e pelos rios até o oceano Atlântico, facilitando o escoamento das exportações bolivianas. Como não havia equivalência entre as áreas permutadas, estabeleceu-se, ainda, uma indenização de dois milhões de libras esterlinas, a ser paga pelo Brasil em duas parcelas. A Bolívia cederia a parte meridional do Acre, reconhecidamente boliviana, mas povoada por brasileiros, e desistiria da reclamação da outra parte do território mais ao norte, também ocupada só por brasileiros.

CAUSAS DAS MODIFICAÇÕES NO

TERRITÓRIO BRASILEIRO

• Expansão da ocupação portuguesa;

• As lutas entre os portugueses e os povos nativos;

• As disputa pela terra com invasores;

• Busca por riquezas ou ciclos econômicos.

1988

COMPLEXOS

REGIONAIS

1942

1967

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GEÓGRAFO PINCHAS GEIGER

1- Amazônia: Brasil do futuro – Historicamente é umaregião despovoada e esquecida, mas que tem sido vistacom outros olhos nas últimas décadas devido a suapotencialidade natural (recursos naturais).

2- Centro-Sul: Brasil do Presente – É o atual centrofinanceiro e econômico do país. A industrialização doBrasil consolidou a centralização do poder – abriga amegalópole brasileira.

3- Nordeste: Brasil do Passado - marcado pelacolonização voltada para a exploração da cana.Atualmente situa-se à margem do centro financeiro eeconômico do país.

COMPLEXOS REGIONAIS DE PEDRO PINCHAS GEIGER

MEIO-NORTE

SERTÃO

AGRESTE

ZONA DA MATA

O meio-norte corresponde à faixa de transição entre o sertão semiárido do Nordeste e a região Amazônica, inclui os estados do Maranhão e oeste do Piauí. A vegetação natural dessa área é a mata de cocais, carnaúbas e babaçus, em sua maioria. Apresenta índices pluviométricos maiores a oeste. As atividades econômicas de maior destaque são o extrativismo vegetal, praticado na mata de cocais remanescente, a pecuária extensiva e o cultivo do arroz e do algodão. O sertão é uma extensa área de clima semiárido, que compreende o centro da região Nordeste, está presente em quase todos os estados da região. As chuvas são escassas e mal distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. A bacia do rio São Francisco é a maior da região e a única fonte de água perene para as populações que habitam suas margens, é aproveitado para irrigação e também é fonte de energia através de hidrelétricas como a de Sobradinho (BA). As maiores concentrações humanas estão nos vales dos rios Cariri e São Francisco. A pecuária é a principal atividade econômica, ao lado do cultivo irrigado de frutas e flores. O agreste é a área de transição entre a zona da mata, úmida e cheia de brejos, e o sertão semiárido. A principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira. A zona da mata compreende uma faixa litorânea de até 200

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quilômetros de largura que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. É a sub-região mais urbanizada e populosa. O clima é tropical úmido e o solo é fértil em razão da regularidade de chuvas. A vegetação natural é a mata Atlântica, praticamente extinta e substituída por cana de açúcar. Além da cana, do cacau, do fumo e da lavoura de subsistência, destaca-se também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte.

REGIÃO CONCENTRADA

A REGIÃO CONCENTRADA

DO PROFESSOR MILTON SANTOS

A regionalização dos “4 Brasis” proposta pelo professor Milton

Santos em 1999, ficou conhecida como regionalização do "Meio

técnico-científico-informacional”.

Para Milton Santos, o Brasil poderia ser dividido em quatro regiões: A

Amazônia, a Nordeste, a Centro-Oeste (que inclui o Tocantins) e a que

foi denominada Região Concentrada (abrangendo SP, RJ, MG, ES,

PR, SC e RS). O critério dessa regionalização é o grau de acumulação

da ciência, da tecnologia e da informação.

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PONTOS EXTREMOS DO BRASIL

Norte - nascente do Rio Ailã, no Monte Caburaí, em Roraima. Sul - Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. Oeste - nascente do Rio Moa, na Serra Contamana, no Acre. As distâncias máximas entre os pontos extremos Norte e Sul (4.394km) e Leste e Oeste (4.319 km) são enormes e quase equivalentes.