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13/8/2015 1 unipacs.com.br Aula 3 AULA 3 CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES Disciplina: Tecnologia da Construção unipacs.com.br Aula 3 IMPLANTAÇÃO DA OBRA IMPLANTAÇÃO E LOCAÇÃO DA OBRA É a orientação do posicionamento da obra em relação a determinado ponto ou lugar. É fundamental que se inicie essa etapa de posse de todos os projetos gráficos, memoriais descritivos, cronograma e orçamento. Os projetos são os principais elementos de trabalho de um profissional da construção. Devem constar de no mínimo: Localização e situação (fundamental para a locação do gabarito) Arquitetônico com plantas baixa arquitetônica, cortes e fachadas Urbanização (pode estar detalhado na planta-baixa arquitetônica) Instalações (abastecimento de água, coleta e afastamento/tratamento de esgoto, incêndio, telefonia/lógica) Estrutural (projeto estrutural, detalhamentos das armaduras, formas, memoriais) Memoriais descritivos, cronograma físico-financeiro, orçamentos.

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CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES

Disciplina: Tecnologia da Construção

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IMPLANTAÇÃO DA OBRA

IMPLANTAÇÃO E LOCAÇÃO DA OBRA

É a orientação do posicionamento da obra em relação a determinado ponto ou lugar. É fundamental que se inicie essa etapa de posse de todos os projetos gráficos, memoriais descritivos, cronograma e orçamento. Os projetos são os principais elementos de trabalho de um profissional da construção. Devem constar de no mínimo:

Localização e situação (fundamental para a locação do gabarito) Arquitetônico com plantas baixa arquitetônica, cortes e fachadas Urbanização (pode estar detalhado na planta-baixa arquitetônica) Instalações (abastecimento de água, coleta e afastamento/tratamento de esgoto,

incêndio, telefonia/lógica) Estrutural (projeto estrutural, detalhamentos das armaduras, formas, memoriais) Memoriais descritivos, cronograma físico-financeiro, orçamentos.

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IMPLANTAÇÃO DA OBRA

Muitas vezes, durante a implantação do canteiro de obras, já tem início a obra principal. Nessa etapa são verificados os primeiros movimentos de terra, sempre que necessários, acompanhados pelos responsáveis pela marcação (topógrafos) dos principais pontos (RN – Referência de Nível) As marcações das RNs se fazem necessárias, porque a partir desses pontos a obra será demarcada, seja quanto as medidas horizontais (comprimentos e larguras) seja quanto as medidas verticais (alturas). E, o mais, importante, é que os RNs sejam o mais preciso possível e devidamente protegidos quanto a sua destruição e seus deslocamentos.

cuidar desbarrancamentos Após os movimentos de terra, o RN inicial deve ser conferido e realizados os ajustes necessários.

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IMPLANTAÇÃO DA OBRA

TIPO DE LOCAÇÃO - GABARITO

Em obras com poucos elementos a serem locados, cavaletes estrategicamente colocados nos principais alinhamentos são os mais recomendados. E em obras com diversos elementos, a utilização de sarrafos de madeira ao longo da periferia da obra é a mais adequada e segura. Em ambos os casos, essas marcações vão estar aproximadamente, 50 cm acima do solo no seu ponto mais alto e muito bem fixadas ao solo e em nível.

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TIPO DE LOCAÇÃO - GABARITO

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Conferência e precisão nas locações

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Conferência e precisão nas locações

TIPO DE LOCAÇÃO - GABARITO

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TIPO DE LOCAÇÃO - GABARITO

Recomenda-se que as estacas estejam Entre 1,50m a 2,0m de distância uma da outra. Quando há declividades ou aclividades no terreno, usa-se a mangueira de nível para a locação das estacas.

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Uma vez definido o eixo principal da obra, deve-se proceder à marcação de um eixo transversal, o que se consegue com a utilização dos conceitos básicos do triângulo retângulo. Relação 3-4-5 Outra forma de conferência é a medida dos eixos diagonais. Sempre que o gabarito deva estar com ângulos de 90º, as diagonais devem ser exatamente iguais. Princípio do losango.

TIPO DE LOCAÇÃO - GABARITO

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Sobre os sarrafos, já em nível, deverão ser marcados os alinhamentos das peças construtivas, de acordo com o projeto e como a figura abaixo: Normalmente são utilizados linhas de nylon 60 ou arames galvanizados nº 18

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Um gabarito bem locado, deve ter o seguinte aspecto:

Sarrafos fixados nos

pontaletes;

Linhas dos eixos das

paredes a serem

construídas;

Cotas do projeto

marcadas de forma

cumulativa;

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ESCAVAÇÃO DE VALAS - ESCORAMENTOS

Numa escavação, seja ela simples drenagem, seja para outros fins, cuidados quanto a desmoronamentos deverão ser tomados. Para tanto, devem ser observadas as normas pertinentes para o tipo de serviço:

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NBR 9061:1985 - SEGURANÇA DE ESCAVAÇÃO A CÉU ABERTO

O escoramento consiste na contenção lateral do solo de cavas, poços e valas, através de pranchas de madeira ou metálicas, fincadas perpendicularmente ao solo e travadas entre si com o uso de pontaletes e longarinas, também de madeira ou metálicos, para a constatação da possibilidade de alteração da estabilidade de estruturas adjacentes à área de escavação ou com o objetivo de evitar o desmoronamento por ocorrência de solos inconsistentes, pela ação do peso do solo e das cargas eventuais ao longo da área escavada em valas de maior profundidades. Definições básicas: Cortinas Elementos estruturais destinados a resistir às pressões laterais devidas à terra e à água; são flexíveis e têm o peso próprio desprezível em face das forças atuantes. (ficha) Empuxo de terra Ação produzida pelo maciço terroso sobre as obras com ele em contato.

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Escora Peça estrutural para amparar e sustar. Trabalha fundamentalmente à compressão. Ficha Trecho da cortina que fica enterrada no solo abaixo da cota máxima da escavação em contato com a cortina. Talude Superfície inclinada do terreno natural, de uma escavação ou de um aterro.

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6 Proteção das escavações As medidas de proteção das paredes das escavações são adotadas com a finalidade de que, durante a execução das escavações, não ocorram acidentes que possam ocasionar danos materiais e humanos. As proteções adotadas são classificadas:

a) quanto à forma da proteção; b) quanto ao tipo de apoio das cortinas; c) quanto à rigidez estrutural das cortinas.

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NBR 9061:1985 - SEGURANÇA DE ESCAVAÇÃO A CÉU ABERTO

6.1 Classificação quanto à forma da proteção Quanto à forma da proteção das paredes da escavação, para fins desta Norma, são classificadas em três grupos, a saber:

a) escavação taludada - com as paredes em taludes; b) escavação protegida - com as paredes protegidas com estruturas

denominadas “cortinas”; c) escavação mista - com as paredes em taludes e paredes protegidas por

cortinas.

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6.2 Classificação quanto à forma dos apoios Quanto à forma de apoio das cortinas de proteção das escavações, para fins desta Norma são classificadas em quatro grupos, a saber:

a) cortinas escoradas; b) cortinas ancoradas; c) cortinas chumbadas; d) cortinas em balanço.

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6.2.1 Cortinas escoradas Utilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados dentro da área escavada, denominadas “escoras”. 6.2.2 Cortinas ancoradas Utilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados ancoradas no terreno através de injeções e protensão-ancoragens. 6.2.3 Cortinas chumbadas Utilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados, ancorados no terreno através de injeções, não protendidos, atuando passivamente. 6.2.4 Cortinas em balanço Não utilizam apoios, possuem o topo livre. A sua estabilidade é garantida pelo trecho que fica enterrado no solo abaixo da cota máxima de escavação, ou seja, pela ficha da cortina. Neste tipo de cortina é necessário que seja calculada a deformação no seu topo, a fim de ser verificado se esta deformação não introduz descompressão no terreno.

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12 Escavações padronizadas 12.1.1 Quando as condições de vizinhança permitirem (construções vizinhas, redes de utilidades públicas, etc.), bem como a ausência do nível d’água no trecho a ser escavado, pode-se utilizar as prescrições deste capítulo sem que seja feito um cálculo mais rigoroso. 12.1.2 Estas prescrições, a serem utilizadas, pressupõem um solo homogêneo; se houver dúvida quanto à homogeneidade do solo, então o cálculo deve ser realizado, e estas prescrições não utilizadas.

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12.2 Escavações não protegidas para cava de fundações e valas 12.2.1 Escavações no máximo de 1,25 m de profundidade podem ser construídas com paredes verticais sem medidas de proteção especiais se a inclinação da superfície do solo adjacente é: a) menor que 1:10, em solos não coesivos; b) menor que 1:2, em solos coesivos. Em solos coesivos é permitido escavar a uma profundidade de até 1,75 m, conforme as Figuras 4a e 4b.

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4.3 Edificações vizinhas e redes de utilidades públicas

É indispensável o levantamento topográfico do terreno, o levantamento das edificações

vizinhas (tipo de fundações, cotas de assentamento das fundações, distância à borda da

escavação) e das redes de utilidades públicas, não só para a determinação das

sobrecargas como, também, no estudo das condições de deslocabilidade e

deformabilidade que podem ser provocadas pela execução da escavação.

Os levantamentos devem abranger uma faixa, em relação às bordas, de pelo menos

duas vezes a maior profundidade a ser atingida na escavação.

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ESCAVAÇÃO DE VALAS - ESCORAMENTOS

Conforme o tipo de terreno, deverá ser o escoramento e para profundidades acima de 1,25m um escoramento deverá ser considerado.

Para terrenos com consistência média, são usadas tábuas colocadas na vertical,

espaçadas de pelo menos 1m e apertadas contra o terreno por meio de “estroncas”

horizontais na largura da canaleta;

Em terrenos pouco consistentes, deve ser feita a colocação de tábuas umas junto as

outras, unidas por uma prancha de madeira, na horizontal e ao longo da escavação, e

devidamente “estroncadas”.

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ESCORAMENTO DESCONTÍNUO

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ESCORAMENTO DESCONTÍNUO

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ESCORAMENTO CONTÍNUO

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ESCORAMENTO METÁLICOS

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ESCORAMENTO MISTO

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IMPLANTAÇÃO DA OBRA

ESCORAMENTO E BLINDAGEM

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IMPLANTAÇÃO DA OBRA

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IMPLANTAÇÃO DA OBRA

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IMPLANTAÇÃO DA OBRA

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FUNDAÇÕES

Chama-se fundação a parte de uma edificação que transmite ao terreno a carga da obra, também denominada de infraestrutura. São portanto elementos estruturais destinados a suportar a carga de pressão proveniente dos carregamentos de esforços do peso próprio da edificação, transmitida através dos elementos estruturais da supraestrutura, devidamente acrescidos dos carregamentos provenientes do uso (sobrecargas). Para uma perfeita decisão sobre o tipo de fundação a ser utilizado, é imprescindível não só o conhecimento das cargas atuantes no solo como também das características do solo, que vai suportar tais esforços. A capacidade de carga do solo e o comportamento que desempenha a partir dos diversos tipos de carregamentos são fundamentais para tal escolha.

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FUNDAÇÕES

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FUNDAÇÕES

FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS OU FUNDAÇÕES RASAS

Não necessitam de equipamentos complexos para sua execução e por serem de pouca profundidade. Nesse grupo encontram-se os seguintes tipos:

Sapata; Bloco; Radier; Viga de fundação (viga baldrame)

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FUNDAÇÕES

FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS OU FUNDAÇÕES RASAS

• Sapatas isoladas e blocos armados São elementos estruturais cujos esforços não podem ser absorvidos somente pelo concreto e, para tanto, são usadas armaduras para suporte dos esforços de tração. Normalmente essas sapatas são assentadas sobre estacas de concreto ou simplesmente apoiadas no solo, de acordo com o carregamento ou o tipo de solo.

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Profª Engª Civil Alexandra Müller Barbosa

Dúvidas:

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Para baixar os arquivos:

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