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Souza Cruz S.A. e Souza Cruz S.A. e Sociedades Controladas CNPJ 33.009.911/0001-39 NIRE 33.300.136.860 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Exercício findo em 31 de dezembro de 2009 Evolução dos volumes de exportação de fumo: 3) Resultados Financeiros Receit a Líquida de V endas A receita líquida de vendas no exercício de 2009 cresceu 9,3%, alcançando R$ 5.792,7 milhões, em decorrência do melhor desempenho das marcas de cigarro no segmento “Premium” e dos maiores preços praticados em 2009. Além disso, no segmento de exportação de fumo, os melhores preços em dólar combinados com a depreciação média do real em relação a moeda americana influenciaram positivamente as receitas desse segmento. Evolução da Receita Líquida de Vendas: T ributos sobre V endas A Souza Cruz posiciona-se entre os 10 maiores contribuintes de tributos no Brasil, gerando tributos sobre vendas em 2009 de aproximadamente R$ 6.328,6 milhões, uma elevação de 10,1% em relação a 2008 (R$ 5.745,8 milhões). Nos últimos cinco anos, somente os tributos sobre vendas da Souza Cruz aumentaram em mais de R$ 2 bilhões e totalizaram aproximadamente R$ 26 bilhões. Evolução dos tributos sobre as vendas: Lucro Operacional O lucro operacional consolidado antes do resultado financeiro foi de R$ 1.889,6 milhões, sendo 17,8% superior ao registrado no ano anterior (R$ 1.603,5 milhões), e reflete principalmente: Melhores preços de cigarros praticados em 2009 – aumento médio de 23% em relação a 2008 – parcialmente compensados pelos aumentos do IPI e do PIS/COFINS em aproximadamente 41% e pelo menor volume de vendas; Melhores preços praticados em dólar nas exportações de fumo em cerca de 17%; Depreciação média de 10% do real em relação ao dólar em 2009, o que impactou positivamente as receitas com exportações de fumo; Acréscimo no custo dos produtos vendidos, sobretudo em função dos aumentos nos materiais cujos preços estão sujeitos à variação cambial e do aumento do custo do fumo adquirido nas safras de 2008 e 2009 em aproximadamente 9%. Lucro Líquido do Exercício O aumento de 17,8% no lucro operacional contribuiu para que o lucro líquido consolidado atingisse o montante de R$ 1.484,9 milhões o qual foi 18,8% superior em relação ao obtido no ano anterior. Evolução do lucro operacional e do lucro líquido do exercício: EBITDA O EBITDA (lucro antes dos efeitos financeiros, impostos sobre a renda, depreciação e amortização) atingiu R$ 2.033,7 milhões, apresentando um crescimento de 16,9% em relação a 2008 (R$ 1.739,5 milhões), principalmente como conseqüência do crescimento no lucro operacional. Evolução do EBITDA: Fumo (mil tons) 117,1 115,0 121,0 127,8 113,4 2005 2006 2007 2008 2009 2005 2006 2007 2008 2009 R$ Milhões 3.727,0 4.241,0 4.846,7 5.300,6 5.792,7 2009 2008 2007 2006 2005 R$ Milhões 6.328,6 5.745,8 5.111,3 4.458,5 4.238,0 2005 2006 2007 2008 2009 1.099,2 29% 1.231,9 29% 1.430,1 30% 1.739,5 33% 2.033,7 35% EBITDA (R$ Milhões) Margem EBITDA Senhores Acionistas, Em atendimento às disposições societárias, apresentamos o Relatório da Administração da Souza Cruz S.A. referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009. 1) Contexto do Negócio Mercado de Cigarros O volume total de cigarros comercializados no mercado brasileiro em 2009, estimado em cerca de 117,3 bilhões de unidades, apresentou uma redução de 7,3% em relação a 2008 (126,5 bilhões de unidades). Essa redução decorre principalmente dos aumentos de preços dos cigarros promovidos pelas empresas a fim de compensar a elevação média das tributações do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), ocorrida em maio de 2009, e do PIS/COFINS, ocorrida em julho de 2009, em 23,5% e 72,5%, respectivamente. Essa redução dos volumes reflete a elasticidade média histórica do setor a aumentos de preços. A forte carga tributária sobre a produção e venda de cigarros continua sendo o principal fator de incentivo à comercialização informal do produto no Brasil. Nos últimos anos o Governo Federal vem tomando diversas medidas de combate a essas atividades ilegais, tais como maior fiscalização, a implantação da nota fiscal eletrônica e a adoção do Sistema de Controle e Rastreamento da Produção de Cigarros (Scorpios). Em que pese o progresso obtido pelas autoridades brasileiras, estima-se que o mercado ilegal de cigarros no Brasil, compreendido pelo contrabando e pela comercialização sem o pagamento de todos os tributos, ainda representa cerca de 27% do consumo brasileiro de cigarros e equivale a aproximadamente R$ 2 bilhões de evasão de impostos federais, estaduais e municipais. A redução da oferta de produtos contrabandeados e/ou oriundos da evasão fiscal é fundamental para reduzir o acesso de pessoas de faixa etária inferior a 18 anos, bem como para minimizar a comercialização de produtos de baixa qualidade. Estudo desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas revela que o preço relativo de cigarros vendidos legalmente no Brasil está entre os seis mais caros do mundo. A Souza Cruz tem continuamente apoiado todas as iniciativas governamentais que visam a redução da concorrência desleal provocada pelo não pagamento de tributos no setor, além de incentivar fortemente a adoção de práticas de sustentabilidade tais como a campanha contra venda de cigarros a menores de 18 anos. Mercado de Fumo Cerca de 90% do tabaco brasileiro é produzido nos três estados da Região Sul. O Estado do Rio Grande do Sul tem a maior participação, com 54% da área plantada, seguido de Santa Catarina, com 29% e Paraná com 17%. Na safra 2008/09 foram gerados R$ 4,0 bilhões em receita para os produtores de fumo brasileiros (safra 2007/ 2008 – R$ 3,8 bilhões). (Fonte: Anuário Brasileiro do Tabaco 2009). Estima-se que a produção de fumo seja a fonte complementar de renda de cerca de 223 mil pequenos produtores rurais nesses estados, com importante contribuição social, envolvendo direta e indiretamente mais de 2,4 milhões de pessoas no processo. (Fonte: Associação dos Fumicultores do Brasil - Afubra). A boa produtividade e o clima favorável elevaram a safra 2008/09 para além das expectativas. A Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra revelou que a produção total atingiu 793 mil toneladas o que representa um crescimento de 10% em relação a 2008, quando foram produzidas aproximadamente 720 mil toneladas. O Sindicato da Indústria do Fumo – SindiTabaco estima que haverá um aumento de 2% a 6% nas áreas de plantio de fumo no Brasil para a safra 2009/10 e abrangerá uma área superior a 400 mil hectares. O Brasil, além de ser o 2º maior produtor de tabaco do mundo, é o líder na exportação mundial do produto há mais de 15 anos. Cerca de 85% do fumo produzido no Brasil é destinado à exportação com cerca de 675 mil toneladas de fumo exportadas em 2009. O volume é 2,5% inferior ao do ano anterior quando os embarques atingiram 692 mil toneladas. Por outro lado, o faturamento cresceu cerca de 11% tendo alcançado US$ 3,1 bilhões contra US$ 2,8 bilhões de 2008. (Fonte: Ministério da Agricultura). Principais clientes do fumo brasileiro (Fonte: SindiTabaco - 2008): 2) Desempenho Operacional da Companhia Cigarros A Companhia manteve ao longo de 2009 ações de marketing voltadas principalmente para as marcas do segmento “Premium”, com lançamento de marca, oferta de edições limitadas e diversificação do portfolio de marcas com o objetivo de alavancar oportunidades no mercado. Além disso, a Souza Cruz continuou implementando diversas iniciativas nos segmentos “Value for Money” no sentido de defender volume e market share em face à pressão do mercado ilegal após o aumento de preços. Essas ações contribuíram para a Companhia atingir o volume de 72,8 bilhões de cigarros comercializados em 2009, 7,4% inferior aos 78,6 bilhões vendidos no ano 2008. No entanto, esse desempenho deve ser considerado excelente dado o crescimento no preço médio dos cigarros em cerca de 23% para compensar os aumentos de impostos de aproximadamente 41%. Com isso, a participação da Companhia no mercado total alcançou 62,0%, praticamente em linha em relação a 2008 (62,1%). Evolução da participação no mercado e do volume de vendas: 75,9 59,2 78,2 60,4 78,8 60,9 78,6 62,1 72,8 62,0 Resultados das principais marcas em 2009: Dunhill/Carlton – A marca Dunhill, lançada no terceiro trimestre de 2008 no âmbito do programa-piloto intitulado “Carlton by Dunhill”, apresentou desempenho positivo em 2009, apesar da redução do volume de vendas da Companhia em 7,4%. A participação consolidada de Dunhill/Carlton no mercado total alcançou 7,1%, mantendo- se em linha com o ano de 2008, demonstrando excelente resiliência ao substancial aumento de preços ocorrido em abril de 2009. Free – Apresentou uma performance positiva em 2009 e encerrou o ano com uma participação de 9,4% no mercado total, em linha também com o ano de 2008. As ações ao longo do ano associadas à nova plataforma da marca e aos lançamentos das versões “Free Fresh” e “Free Mix” contribuíram de forma significativa para essa performance. Hollywood – A participação da marca no mercado total encerrou 2009 com 10,4%, 0,6 p.p. abaixo de 2008 em função da maior atratividade do comércio ilegal de cigarros, a partir do substancial aumento de preços/impostos, e da migração parcial de consumidores para a marca Derby. Derby – Apesar das pressões exercidas pelo comércio ilegal de cigarros, a marca atingiu um volume de vendas de 33,3 bilhões de cigarros em 2009 com uma participação de 28,3% no mercado total, o que representou um aumento de 0,4 p.p. em relação a 2008. Lucky Strike – A marca se consolidou no mercado brasileiro ao longo do ano por meio do desenvolvimento de atividades de marketing focadas no segmento “Full Flavor” e por diversas promoções oferecidas aos consumidores. Essas ações contribuíram para a marca manter seu volume de vendas e participação no mercado nos mesmos níveis de 2008. Vogue – No final de 2008 a Souza Cruz lançou em todo o território nacional a marca Vogue, considerada uma das marcas internacionais que mais cresce globalmente, sendo comercializada em mais de 50 países. A marca apresenta excelente desempenho com crescimento de cerca de 52% em seu volume de vendas quando comparada a Capri, a qual substituiu, em função da ampliação de sua disponibilidade e visibilidade no mercado. Exportação de Fumo As exportações de fumo em 2009 totalizaram 113,4 mil toneladas, 11,3% inferiores àquelas realizadas em 2008 (127,8 mil toneladas). O maior volume em 2008 decorreu de vendas e embarques de estoques excedentes naquele ano e também em função de diferentes cronogramas de entrega do produto estabelecidos pelos clientes. Por outro lado, os melhores preços em dólar praticados em 2009 e a depreciação do real em relação ao dólar americano, em aproximadamente 10%, impactaram positivamente as receitas de exportação de fumo da Companhia que totalizaram R$ 1.460,8 milhões (R$ 1.277,7 milhões no mesmo período de 2008). Lucro Operacional Lucro Líquido R$ Milhões 965,9 692,7 1.101,8 824,1 1.309,1 1.033,6 1.603,5 1.249,6 1.889,6 1.484,9 2005 2006 2007 2008 2009 América do Norte 13% União Européia Europa Outros 40% Leste Europeu 12% Extremo Oriente 21% Àfrica Oriente Médio 9% América Latina 5%

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Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOExercício findo em 31 de dezembro de 2009

Evolução dos volumes de exportação de fumo:

3) Resultados FinanceirosReceita Líquida de VendasA receita líquida de vendas no exercício de 2009 cresceu 9,3%, alcançando R$ 5.792,7 milhões, em decorrênciado melhor desempenho das marcas de cigarro no segmento “Premium” e dos maiores preços praticados em2009. Além disso, no segmento de exportação de fumo, os melhores preços em dólar combinados com adepreciação média do real em relação a moeda americana influenciaram positivamente as receitas dessesegmento.

Evolução da Receita Líquida de Vendas:

Tributos sobre VendasA Souza Cruz posiciona-se entre os 10 maiores contribuintes de tributos no Brasil, gerando tributos sobre vendasem 2009 de aproximadamente R$ 6.328,6 milhões, uma elevação de 10,1% em relação a 2008 (R$ 5.745,8 milhões).Nos últimos cinco anos, somente os tributos sobre vendas da Souza Cruz aumentaram em mais de R$ 2 bilhõese totalizaram aproximadamente R$ 26 bilhões.

Evolução dos tributos sobre as vendas:

Lucro OperacionalO lucro operacional consolidado antes do resultado financeiro foi de R$ 1.889,6 milhões, sendo 17,8%superior ao registrado no ano anterior (R$ 1.603,5 milhões), e reflete principalmente:

Melhores preços de cigarros praticados em 2009 – aumento médio de 23% em relação a 2008 – parcialmentecompensados pelos aumentos do IPI e do PIS/COFINS em aproximadamente 41% e pelo menor volume devendas;

Melhores preços praticados em dólar nas exportações de fumo em cerca de 17%;

Depreciação média de 10% do real em relação ao dólar em 2009, o que impactou positivamente as receitascom exportações de fumo;

Acréscimo no custo dos produtos vendidos, sobretudo em função dos aumentos nos materiais cujos preçosestão sujeitos à variação cambial e do aumento do custo do fumo adquirido nas safras de 2008 e 2009 emaproximadamente 9%.

Lucro Líquido do ExercícioO aumento de 17,8% no lucro operacional contribuiu para que o lucro líquido consolidado atingisse o montantede R$ 1.484,9 milhões o qual foi 18,8% superior em relação ao obtido no ano anterior.

Evolução do lucro operacional e do lucro líquido do exercício:

EBITDAO EBITDA (lucro antes dos efeitos financeiros, impostos sobre a renda, depreciação e amortização) atingiuR$ 2.033,7 milhões, apresentando um crescimento de 16,9% em relação a 2008 (R$ 1.739,5 milhões),principalmente como conseqüência do crescimento no lucro operacional.

Evolução do EBITDA:

Fumo (mil tons)

117,1

115,0

121,0

127,8

113,4

2005 2006 2007 2008 2009

2005 2006 2007 2008 2009

R$ Milhões

3.72

7,0

4.24

1,0 4.

846,

7

5.30

0,6 5.79

2,7

2009

2008

2007

2006

2005

R$ Milhões

6.328,6

5.745,8

5.111,3

4.458,5

4.238,0

2005 2006 2007 2008 2009

1.099,2

29%

1.231,9

29%

1.430,1

30%

1.739,5

33%

2.033,7

35%

EBITDA (R$ Milhões) Margem EBITDA

Senhores Acionistas,

Em atendimento às disposições societárias, apresentamos o Relatório da Administração da Souza Cruz S.A.referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009.

1) Contexto do NegócioMercado de CigarrosO volume total de cigarros comercializados no mercado brasileiro em 2009, estimado em cerca de 117,3bilhões de unidades, apresentou uma redução de 7,3% em relação a 2008 (126,5 bilhões de unidades). Essaredução decorre principalmente dos aumentos de preços dos cigarros promovidos pelas empresas a fim decompensar a elevação média das tributações do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), ocorrida em maiode 2009, e do PIS/COFINS, ocorrida em julho de 2009, em 23,5% e 72,5%, respectivamente. Essa redução dosvolumes reflete a elasticidade média histórica do setor a aumentos de preços.A forte carga tributária sobre a produção e venda de cigarros continua sendo o principal fator de incentivo àcomercialização informal do produto no Brasil. Nos últimos anos o Governo Federal vem tomando diversasmedidas de combate a essas atividades ilegais, tais como maior fiscalização, a implantação da nota fiscaleletrônica e a adoção do Sistema de Controle e Rastreamento da Produção de Cigarros (Scorpios).Em que pese o progresso obtido pelas autoridades brasileiras, estima-se que o mercado ilegal de cigarros noBrasil, compreendido pelo contrabando e pela comercialização sem o pagamento de todos os tributos, aindarepresenta cerca de 27% do consumo brasileiro de cigarros e equivale a aproximadamente R$ 2 bilhões deevasão de impostos federais, estaduais e municipais.A redução da oferta de produtos contrabandeados e/ou oriundos da evasão fiscal é fundamental para reduziro acesso de pessoas de faixa etária inferior a 18 anos, bem como para minimizar a comercialização deprodutos de baixa qualidade.Estudo desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas revela que o preço relativo de cigarros vendidos legalmenteno Brasil está entre os seis mais caros do mundo.A Souza Cruz tem continuamente apoiado todas as iniciativas governamentais que visam a redução daconcorrência desleal provocada pelo não pagamento de tributos no setor, além de incentivar fortemente aadoção de práticas de sustentabilidade tais como a campanha contra venda de cigarros a menores de 18anos.

Mercado de FumoCerca de 90% do tabaco brasileiro é produzido nos três estados da Região Sul. O Estado do Rio Grande do Sultem a maior participação, com 54% da área plantada, seguido de Santa Catarina, com 29% e Paraná com 17%.Na safra 2008/09 foram gerados R$ 4,0 bilhões em receita para os produtores de fumo brasileiros (safra 2007/2008 – R$ 3,8 bilhões). (Fonte: Anuário Brasileiro do Tabaco 2009).Estima-se que a produção de fumo seja a fonte complementar de renda de cerca de 223 mil pequenos produtoresrurais nesses estados, com importante contribuição social, envolvendo direta e indiretamente mais de 2,4milhões de pessoas no processo. (Fonte: Associação dos Fumicultores do Brasil - Afubra).A boa produtividade e o clima favorável elevaram a safra 2008/09 para além das expectativas. A Associação dosFumicultores do Brasil – Afubra revelou que a produção total atingiu 793 mil toneladas o que representa umcrescimento de 10% em relação a 2008, quando foram produzidas aproximadamente 720 mil toneladas.O Sindicato da Indústria do Fumo – SindiTabaco estima que haverá um aumento de 2% a 6% nas áreas de plantiode fumo no Brasil para a safra 2009/10 e abrangerá uma área superior a 400 mil hectares.O Brasil, além de ser o 2º maior produtor de tabaco do mundo, é o líder na exportação mundial do produto hámais de 15 anos. Cerca de 85% do fumo produzido no Brasil é destinado à exportação com cerca de 675 miltoneladas de fumo exportadas em 2009. O volume é 2,5% inferior ao do ano anterior quando os embarquesatingiram 692 mil toneladas. Por outro lado, o faturamento cresceu cerca de 11% tendo alcançado US$ 3,1bilhões contra US$ 2,8 bilhões de 2008. (Fonte: Ministério da Agricultura).

Principais clientes do fumo brasileiro (Fonte: SindiTabaco - 2008):

2) Desempenho Operacional da CompanhiaCigarrosA Companhia manteve ao longo de 2009 ações de marketing voltadas principalmente para as marcas do segmento“Premium”, com lançamento de marca, oferta de edições limitadas e diversificação do portfolio de marcas com oobjetivo de alavancar oportunidades no mercado. Além disso, a Souza Cruz continuou implementando diversasiniciativas nos segmentos “Value for Money” no sentido de defender volume e market share em face à pressãodo mercado ilegal após o aumento de preços.Essas ações contribuíram para a Companhia atingir o volume de 72,8 bilhões de cigarros comercializados em2009, 7,4% inferior aos 78,6 bilhões vendidos no ano 2008. No entanto, esse desempenho deve ser consideradoexcelente dado o crescimento no preço médio dos cigarros em cerca de 23% para compensar os aumentos deimpostos de aproximadamente 41%.Com isso, a participação da Companhia no mercado total alcançou 62,0%, praticamente em linha em relação a2008 (62,1%).

Evolução da participação no mercado e do volume de vendas:

75,9

59,2

78,2

60,4

78,8

60,9

78,6

62,172,8

62,0

Resultados das principais marcas em 2009:

• Dunhill/Carlton – A marca Dunhill, lançada no terceiro trimestre de 2008 no âmbito do programa-piloto intitulado“Carlton by Dunhill”, apresentou desempenho positivo em 2009, apesar da redução do volume de vendas daCompanhia em 7,4%. A participação consolidada de Dunhill/Carlton no mercado total alcançou 7,1%, mantendo-se em linha com o ano de 2008, demonstrando excelente resiliência ao substancial aumento de preços ocorridoem abril de 2009.• Free – Apresentou uma performance positiva em 2009 e encerrou o ano com uma participação de 9,4% nomercado total, em linha também com o ano de 2008. As ações ao longo do ano associadas à nova plataforma damarca e aos lançamentos das versões “Free Fresh” e “Free Mix” contribuíram de forma significativa para essaperformance.• Hollywood – A participação da marca no mercado total encerrou 2009 com 10,4%, 0,6 p.p. abaixo de 2008 emfunção da maior atratividade do comércio ilegal de cigarros, a partir do substancial aumento de preços/impostos,e da migração parcial de consumidores para a marca Derby.• Derby – Apesar das pressões exercidas pelo comércio ilegal de cigarros, a marca atingiu um volume de vendasde 33,3 bilhões de cigarros em 2009 com uma participação de 28,3% no mercado total, o que representou umaumento de 0,4 p.p. em relação a 2008.• Lucky Strike – A marca se consolidou no mercado brasileiro ao longo do ano por meio do desenvolvimento deatividades de marketing focadas no segmento “Full Flavor” e por diversas promoções oferecidas aos consumidores.Essas ações contribuíram para a marca manter seu volume de vendas e participação no mercado nos mesmosníveis de 2008.• Vogue – No final de 2008 a Souza Cruz lançou em todo o território nacional a marca Vogue, considerada umadas marcas internacionais que mais cresce globalmente, sendo comercializada em mais de 50 países. A marcaapresenta excelente desempenho com crescimento de cerca de 52% em seu volume de vendas quandocomparada a Capri, a qual substituiu, em função da ampliação de sua disponibilidade e visibilidade no mercado.

Exportação de FumoAs exportações de fumo em 2009 totalizaram 113,4 mil toneladas, 11,3% inferiores àquelas realizadas em 2008(127,8 mil toneladas). O maior volume em 2008 decorreu de vendas e embarques de estoques excedentesnaquele ano e também em função de diferentes cronogramas de entrega do produto estabelecidos pelosclientes.Por outro lado, os melhores preços em dólar praticados em 2009 e a depreciação do real em relação ao dólaramericano, em aproximadamente 10%, impactaram positivamente as receitas de exportação de fumo da Companhiaque totalizaram R$ 1.460,8 milhões (R$ 1.277,7 milhões no mesmo período de 2008).

Lucro Operacional Lucro Líquido

R$ Milhões

965,9

692,7

1.101,8

824,1

1.309,1

1.033,6

1.603,5

1.249,6

1.889,6

1.484,9

2005 2006 2007 2008 2009

Américado Norte

13%

União EuropéiaEuropa Outros

40%

LesteEuropeu

12%

ExtremoOriente

21%

ÀfricaOrienteMédio

9%

AméricaLatina

5%

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Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

Geração de Caixa

A geração de caixa operacional continua sendo a principal fonte de recursos da Companhia e alcançou R$ 1.615,8milhões em 2009, inferior em 1% em relação a 2008. A forte geração de caixa continuou a permitir uma agressivapolítica de pagamento de dividendos.

Evolução do fluxo de caixa:

2009

2008

2007

2006

2005

R$ Milhões

1.615,8

1.626,3

1.132,3

854,7

706,5

Valor AdicionadoA Souza Cruz gerou um valor adicionado consolidado de R$ 8.840,1 milhões em 2009, 10,5% superior ao de2008 (R$ 8.003,0 milhões), o qual representa a riqueza criada pela Companhia e suas controladas.

Distribuição do valor adicionado:

4) Programa de InvestimentosEm 2009, os investimentos alcançaram R$ 189 milhões (R$ 198 milhões em 2008) e foram aplicados,principalmente, na modernização do parque industrial, frota de veículos e em projetos para atualização deprocessos e da plataforma de marcas. Como parte destes investimentos, destacam-se:

• Transferência e renovação do parque gráfico para Cachoeirinha (RS) que atenderá toda a demanda internada Souza Cruz;

• Renovação da frota de veículos;

• Atualização do sistema integrado de processamento de dados SAP, com aquisição de novos módulos deFaturamento, Prestação de Contas, Contas a Receber e Movimentações de Estoques de Cigarros;

• Projetos relacionados às novas plataformas de marcas, notadamente Dunhill/Carlton e portfolio Free.

Esses investimentos foram distribuídos da seguinte forma:

5) Premiações

Como resultado da dedicação de seus colaboradores e às suas ações sustentáveis, a Souza Cruz vem sendopermanentemente reconhecida como uma organização de excelência no meio empresarial brasileiro einternacional. Esse reconhecimento pode ser comprovado por meio das premiações recebidas ao longo dosúltimos anos.

Em 2009, a Companhia foi homenageada com 21 prêmios, que reforçam ainda mais seu compromisso com asociedade e com altos padrões de qualidade, produtividade e governança corporativa. Os principais prêmiosrecebidos pela Souza Cruz em 2009 foram:

Prêmio Época de Mudanças Climáticas – A Souza Cruz foi uma das 21 empresas premiadas pela revistaÉpoca, em parceria com a PricewaterhouseCoopers. Este prêmio reconhece as empresas líderes em iniciativase contribuições socioambientais. Este é o segundo ano consecutivo que a Companhia é premiada nessa indicação.

Anuário Valor Econômico 1.000 – A Souza Cruz foi escolhida a campeã do setor de Bebidas e Fumo da nonaedição do anuário Valor 1000. Publicado pelo jornal Valor Econômico, o anuário lista as 1.000 maiores companhiaspor receita líquida no país e escolhe, entre elas, a melhor de cada setor com base nos dados de balanço. Esteé o sexto ano que a Companhia ganha este prêmio.

Prêmio IstoÉ Dinheiro – A Souza Cruz ficou entre as cinco melhores empresas no setor Bebidas e Fumo doprêmio da Revista IstoÉ Dinheiro, que audita dados das 500 melhores companhias do país. A Souza Cruz sedestacou em três dos cinco quesitos que avaliam as empresas: sustentabilidade financeira, responsabilidadesocioambiental e governança corporativa.

Melhores do Agronegócio – A Souza Cruz foi eleita a melhor empresa do setor de Fumo, Cigarros eBebidas Alcoólicas na quinta edição do Prêmio “As Melhores do Agronegócio”. A escolha foi feita com base emcritérios técnicos e objetivos desenvolvidos conjuntamente pela revista Globo Rural, da Editora Globo, e peloSerasa, levando em consideração índices de desempenho, como rentabilidade, lucratividade e endividamento.

Certificado IDHO – A Souza Cruz recebeu o certificado das “100 Melhores Empresas em Indicador deDesenvolvimento Humano Organizacional (IDHO)” após pesquisa nacional concebida pela Gestão & RH Editora.O estudo destaca as organizações que unem suas marcas a atitudes éticas, boa imagem institucional e umaatuação socioambiental responsável. Esta foi a segunda edição deste prêmio.

Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente – O Prêmio Consumidor Modernotem como objetivo identificar e difundir as melhores práticas em serviços ao cliente no Brasil, reconhecendo asempresas que privilegiam a excelência não só no atendimento, mas também aquelas que conseguem manteraltos índices de satisfação e fidelidade. Os resultados são obtidos por meio de auditoria de qualidade, verificadospelo Instituto GFK Indicator. A Souza Cruz venceu o “X Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviçosao Cliente” na categoria Indústria. Há dez anos invicta nesse prêmio, a Companhia também foi eleita a Empresada Década.

Prêmio Respeito ao Investidor Individual – Pela sexta vez consecutiva, a Souza Cruz ganhou o PrêmioRespeito ao Investidor Individual. A política de relacionamento e comunicação da Companhia com seusinvestidores permitiu mais esta conquista.

Principais Indicadores FinanceirosResumo dos principais indicadores financeiros consolidados da Companhia nos exercícios de 2009 e 2008:

2009 2008 %

Lucro líquido do exercício (R$ milhões) 1.484,9 1.249,6 19%Lucro líquido por ação (R$) 4,86 4,09Patrimônio líquido (R$ milhões) 1.895,4 2.128,3 -11%Patrimônio líquido por ação (R$) 6,20 6,96EBITDA (R$ milhões) 2.033,7 1.739,5 17%EBITDA por ação (R$) 6,65 5,69Geração operacional de caixa (R$ milhões) 1.615,8 1.626,3 -1%

6) Negociações das Ações na Bovespa

Quantidadede ações Número de Valor Cotação Índice

negociadas negócios negociado R$ BOVESPA(Milhões) (Mil) (R$ Milhões) Fechamento Fechamento

2008 85,2 239,3 3.832,1 44,10 37.5502009 83,9 300,7 4.595,9 57,76 68.588Variação % -1,4% 25,6% 19,9% 31,0% 82,7%

Em 2009, a cotação das ações da Souza Cruz apresentou um crescimento de 31,0% em relação a 2008,quando esses papéis se desvalorizaram em 8,5%. Essa performance contribuiu para a valorização do índiceBOVESPA em 82,7% no mesmo período (2008 – desvalorização de 41,2%), o que demonstra fortes sinais derecuperação após a crise financeira mundial de 2008.

Além disso, em 2009 houve crescimento de cerca de 25% no número de negócios na BOVESPA envolvendoações da Souza Cruz.

7) Remuneração dos Acionistas

Em 31 de dezembro de 2009, a administração da Companhia propôs o pagamento de dividendos no montantede R$ 561,9 milhões com base no lucro apurado no exercício de 2009, a ser referendado pela AssembléiaGeral de Acionistas.

Assim, considerando os juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 27,4 milhões declarados em dezembro de 2009e a remuneração intermediária (JCP e dividendos) paga durante o ano de R$ 846,8 milhões, a remuneração totaldos acionistas por conta dos lucros obtidos no exercício de 2009 totalizará a R$ 1.436,1 milhões (R$ 4,697887por ação), representando 96,7% do lucro líquido consolidado do exercício de 2009.

Os dividendos propostos e os juros sobre o capital próprio declarados serão atualizados pela taxa SELIC apartir de 31 de dezembro de 2009 até a data dos seus respectivos pagamentos.

8) Instituto Souza Cruz

Seguindo firme sua missão de educar e formar jovens empreendedores no meio rural brasileiro, o InstitutoSouza Cruz destaca suas principais iniciativas realizadas no ano de 2009:

• O Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR), implementado em parceria com o Centro deDesenvolvimento do Jovem Rural (Cedejor), formou 66 novos “Agentes de desenvolvimento rural” nos trêsnúcleos onde o Programa é implementado. Atualmente, estão em formação 85 jovens, incluindo a turma doPEJR do território paranaense Caminhos do Tibagi, fruto da parceria entre o Instituto Souza Cruz e o Ministériodo Desenvolvimento Agrário (MDA).

• O Instituto Souza Cruz passou a integrar o GIFE, primeira associação da América do Sul a reunir empresas,institutos e fundações que praticam investimento social privado. Como associado do GIFE, o Instituto SouzaCruz passa a fazer parte de uma rede com diversas vantagens e ganha mais visibilidade entre as organizaçõescongêneres e perante a opinião pública.

• Realização da III Jornada Nacional do Jovem Rural, reunindo cerca de 800 jovens e educadores rurais detodos os estados brasileiros, para debater o tema “Trabalho e sustentabilidade do campo”, em Pernambuco.Além de palestras, minicursos e oficinas em que eram expostas metodologias e técnicas próprias para ocampo, os participantes trouxeram produtos de agricultura familiar de suas regiões para uma feira de troca ecomercialização.

• Na área de produção e difusão de conhecimento, o Instituto lançou o livro “Vozes e visões do campo”, umregistro em textos e fotos do II Intercâmbio da Juventude Rural Brasileira, e a décima edição da revista MarcoSocial, cujo tema foi “Trabalho e sustentabilidade do campo”.

9) Sustentabilidade

O ano de 2009 foi marcado pela implementação da nova estratégia de Sustentabilidade da Souza Cruz, que temcomo principal diferencial a atuação da empresa em todos os componentes de sua cadeia de valor. Alinhadoàs mais modernas práticas de gestão da Sustentabilidade, o novo modelo torna este tema uma disciplinatransversal na empresa e o integra à sua estratégia, garantindo maior engajamento de todas as áreas denegócio na implementação das iniciativas relacionadas às suas atividades.

Ao atuar em toda a cadeia de valor, a empresa desenvolveu diversas iniciativas junto aos seus principaisfornecedores e clientes – os fumicultores e varejistas – para reforçar a importância do respeito às questõessocioambientais e contribuir para a sua capacitação gerencial, visando o desenvolvimento sustentável dosseus negócios. São exemplos dessas iniciativas o estímulo à preservação ambiental das pequenas propriedadesde fumo e a conscientização dos varejistas quanto ao seu compromisso em coibir a venda de cigarros paramenores de 18 anos.

Signatária do Pacto Global da ONU, a Souza Cruz sempre foi comprometida com a mitigação de seus impactos.Resultado de décadas de postura ambiental responsável, a empresa quantificou suas emissões de Gases doEfeito Estufa e concluiu, em 2009, que suas operações não contribuem para o aquecimento global.

Todas as ações de Sustentabilidade desenvolvidas e seus resultados demonstram que a estratégia definidapela empresa adiciona valor ao seu negócio, além de reforçar o seu compromisso em colaborar com odesenvolvimento sustentável do país.

10) Instrução CVM n° 381/03

Em atendimento à Instrução CVM n° 381/03, incisos I a IV do artigo 2°, a Souza Cruz informa que o Grupo possuioutros contratos de prestação de serviços com seus Auditores Independentes cujos honorários representammenos de 5% da remuneração pelos serviços de auditoria externa.

11) Mensagem do Presidente

O ano de 2009 apresenta evidências claras de nosso progresso frente a estratégia “construindo nossasustentabilidade”. Tais evidências podem ser observadas nas diversas iniciativas promovidas nas “alavancasestratégicas”, Crescimento, Produtividade, Responsabilidade e Organização Vencedora, respaldados poruma excelente capacidade competitiva e de execução.

O ano foi marcado pela ampliação de ofertas e consolidação de versões em grande parte do nosso portfoliode marcas. Destaco as ações na marca Free e a extensão do bem sucedido lançamento das marcasinternacionais Dunhill e Vogue, que contribuíram especialmente para qualificar o resultado dos segmentosPremium e Internacional.

As inovações em nosso portfólio, aliadas às diversas ações realizadas com os varejistas, contribuíram paraconsolidar a nossa liderança de mercado com 62% de participação e 72,8 bilhões de cigarros comercializados.

Essa liderança de mercado é pautada por uma atuação responsável da Souza Cruz em todas as suasatividades. Neste sentido, vale destacar o amplo programa de conscientização implementado junto aos varejistassobre a proibição de venda de cigarros para menores de 18 anos, lançado pelas entidades do setor, com totalapoio da Companhia.

Ainda no ambiente do mercado de cigarros, cabe ressaltar que o mercado ilegal continua afetando fortementea sociedade, com impactos negativos adicionais decorrentes da elevação da carga tributária.

A ilegalidade acaba gerando um efeito perverso à sociedade por deixar de arrecadar impostos, diminuir ageração de empregos e promover uma competição desleal com a indústria que cumpre com suas obrigaçõesfiscais. Além disso, o preço muito mais baixo do produto ilegal é um estímulo ao jovem e ao público de menorpoder aquisitivo a adquirir estes produtos que não observam os mínimos critérios de qualidade estabelecidospela ANVISA.

Vale ressaltar que o aumento de impostos do último ano colocou o cigarro brasileiro entre os mais caros domundo.

No segmento fumo, obtivemos resultado positivo decorrente de uma gestão financeira eficaz em um ano decrise internacional, combinada com a ampliação de ações direcionadas para o desenvolvimento sustentáveldo produtor rural e sua propriedade, visando fortalecer, cada vez mais, o sistema integrado de produção.

No que se refere ao desenvolvimento sustentável, a Souza Cruz tem implementado uma série de ações quedemonstra sua responsabilidade na condução de seus negócios. Um exemplo disso é a publicação do nossobalanço de emissões de carbono que assegura que 91% de nossas emissões são neutras e o restante,compensado por ações de preservação ambiental.

Em relação aos investimentos, menciono com destaque a transferência e modernização do Parque Gráficopara Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul. Este investimento possibilitará a geração de maior eficiência operacionala partir da sua integração logística com a fábrica e o Centro de Pesquisas naquela localidade.

Ao concluir esta mensagem, expresso a certeza de que seguiremos investindo firmemente neste país, comofazemos há mais de um século. Construir a nossa sustentabilidade junto com o Brasil, em um ambiente dediálogo democrático, responsável e respeitoso, sempre será motivo de orgulho e motivação para os milharesde integrantes da nossa cadeia produtiva e para o nosso grupo de colaboradores.

Dante João LettiPresidente

Prêmio ABRASCA de Criação de Valor – A Souza Cruz recebeu o Prêmio Destaque Setorial na categoriaAlimentos, Bebidas e Fumo durante o 2º Prêmio Abrasca de Criação de Valor. A condecoração é concedida àsempresas que obtiveram o maior índice de sustentabilidade nos resultados, controle de riscos, transparênciae atuação social.

Máquinas e equipamentos

Hardware e software

Outros

Edifícios

Veículos

20%

10%

20%

10%

40%

Acionistas15,0%

Governo77,1%

Colaboradores6,3%

Financiadores1,0%

Reinvestimento0,6%

Acionistas16,2%

Governo76,7%

Colaboradores6,1%

Financiadores0,4%

Reinvestimento0,6%

2009 2008

Page 3: Balan o souza_cruz

Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhões de reais

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP31 de 31 de 31 de 31 de 1º de

dezembro dezembro dezembro dezembro janeiroNota de 2009 de 2008 de 2009 de 2008 de 2008

ATIVO CIRCULANTE:Caixa e Equivalentes de Caixa (5) 1.035,3 969,3 775,8 889,3 441,1Contas a Receber (6) 401,1 454,4 328,4 370,1 410,5Adiantamentos 25,7 23,8 25,6 23,8 1,6Estoques (7) 897,3 833,9 892,6 818,6 862,4Tributos a Recuperar 34,4 23,1 33,2 22,3 18,0Despesas e Impostos Antecipados 183,1 97,9 182,3 97,2 89,2Outros 7,1 6,2 7,1 6,2 5,0

2.584,0 2.408,6 2.245,0 2.227,5 1.827,8

ATIVO NÃO CIRCULANTE:Contas a Receber (6) 12,1 13,8 12,1 13,8 13,8Estoques (7) 9,5 3,3 9,5 3,3 16,4Tributos a Recuperar 14,7 16,2 14,7 16,2 12,8Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (20a) 177,3 177,7 170,1 171,7 178,7Empréstimos a Receber 19,0 27,7 - - -Depósitos Judiciais (13c) 113,8 81,3 110,6 78,1 66,8Despesas Antecipadas 37,6 45,0 37,6 45,0 49,2Investimentos em Sociedades Controladas e Coligada (8) 12,1 4,2 1.502,7 1.584,3 1.057,5Imobilizado (9) 766,4 745,8 757,0 734,3 670,5Intangível (10) 66,2 83,5 66,1 83,2 74,4Outros 4,4 6,6 1,7 2,7 5,2

1.233,1 1.205,1 2.682,1 2.732,6 2.145,3

TOTAL DO ATIVO 3.817,1 3.613,7 4.927,1 4.960,1 3.973,1As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONSOLIDADO - IFRS) - Em milhões de reaisAjuste de Dividendo

Capital Social Reserva de Capital- Manutenção de Investi- Incentivos Avaliação Lucros AdicionalRealizado Venda de Imóveis Legal Capital de Giro mentos Fiscais Patrimonial Acumulados Proposto Total

Saldos em 31 de dezembro de 2007 625,3 1,9 49,7 117,6 175,0 - 262,7 54,4 377,3 1.663,9Variação Cambial sobre Empréstimos de Longo Prazo em US$ com investida no exterior (IAS 21) - - - - - - (333,7) - - (333,7)Variação Cambial sobre Empréstimos em Moeda Estrangeira - - - - - - 4,0 - - 4,0Imposto de Renda e Contribuição Social sobre os efeitos de Variação Cambial sobre Empréstimos - - - - - - 112,1 - - 112,1Variação Cambial sobre Investimentos no Exterior - - - - - - 324,1 - - 324,1Ganhos e Perdas Resultantes de Conversão de Moeda Estrangeira - - - - - - 32,7 - - 32,7Reversão de Dividendos Prescritos - - - - - - - 0,5 - 0,5Dividendos Pagos (AGO de 14/03/08) (R$ 1,234397 por ação) - - - - - - - - (377,3) (377,3)Lucro Líquido do Exercício - - - - - - - 1.249,6 - 1.249,6Realocação da parcela não societária do resultado do exercício - - - - - - 37,4 (37,4) - -Destinações do Lucro Líquido do Exercício:Incentivos Fiscais Realizados - - - - - 8,3 - (8,3) - -Juros sobre o Capital Próprio Intermediário (R$ 0,250829 por ação) - - - - - - - (76,7) - (76,7)Dividendo Intermediário (R$ 1,432457 por ação) - - - - - - - (437,9) - (437,9)Juros sobre o Capital Próprio - Complementar (R$ 0,108006 por ação) - - - - - - - (33,0) - (33,0)Dividendo Adicional Proposto (R$ 2,148615 por ação) - - - - - - - (656,8) 656,8 -

- - 49,7 117,6 175,0 8,3 - - - -Saldos em 31 de dezembro de 2008 625,3 1,9 350,6 439,3 54,4 656,8 2.128,3Aumento de capital aprovado em AGE realizada em 19 de março de 2009 229,4 - - - (175,0) - - (54,4) - -Variação Cambial sobre Empréstimos de Longo Prazo em US$ com investida no exterior - - - - - - 376,3 - - 376,3Variação Cambial sobre Empréstimos em Moeda Estrangeira - - - - - - 10,5 - - 10,5Imposto de Renda e Contribuição Social sobre os efeitos de Variação Cambial sobre Empréstimos - - - - - - (131,5) - - (131,5)Variação Cambial sobre Investimentos no Exterior - - - - - - (395,8) - - (395,8)Ganhos e Perdas Resultantes de Conversão de Moeda Estrangeira - - - - - - (46,9) - - (46,9)Reversão de Dividendos Prescritos - - - - - - - 0,6 - 0,6Dividendos Pagos (AGO de 19/03/09) (R$ 2,148615 por ação) - - - - - - - - (656,8) (656,8)Lucro Líquido do Exercício - - - - - - - 1.484,9 - 1.484,9Realocação da parcela não societária do resultado do exercício - - - - - - 37,9 (37,9) - -Destinações do Lucro Líquido do Exercício:Incentivos Fiscais Realizados - - - - - 11,5 - (11,5) - -Juros sobre o Capital Próprio Intermediário (R$ 0,296941 por ação) - - - - - - - (90,8) - (90,8)Dividendo Intermediário (R$ 2,473094 por ação) - - - - - - - (756,0) - (756,0)Juros sobre o Capital Próprio - Complementar (R$ 0,089574 por ação) - - - - - - - (27,4) - (27,4)Dividendo Adicional Proposto (R$ 1,838278 por ação) - - - - - - - (561,9) 561,9 -

- - 49,7 117,6 - 19,8 - - - -Saldos em 31 de dezembro de 2009 854,7 1,9 187,1 289,8 - 561,9 1.895,4

2009 2008Valor patrimonial por ação do capital social no fim do exercício - R$ 6,20 6,96

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Reservas de Lucros

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhões de reais

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAPNota 2009 2008 2009 2008

RECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS (16) 5.792,7 5.300,6 5.475,2 5.198,7Custo dos Produtos Vendidos (18) 2.348,7 2.287,1 2.331,0 2.277,5LUCRO BRUTO 3.444,0 3.013,5 3.144,2 2.921,2Despesas (Receitas) OperacionaisCom Vendas (18) 847,5 782,8 833,7 774,7Gerais e Administrativas (18) 750,3 709,4 745,9 705,4Outras (Receitas) Despesas, Líquidas (19) (43,4) (82,2) 1,5 (27,7)

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 1.889,6 1.603,5 1.563,1 1.468,8RESULTADO FINANCEIRO (17)Receitas Financeiras 93,7 84,4 88,5 76,0Despesas Financeiras (45,2) (40,8) (119,0) (122,5)Receitas com Variações Cambiais, Líquidas 19,1 40,5 20,6 39,9

PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIASResultado de Equivalência Patrimonial (8) 7,9 8,6 365,7 189,0

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 1.965,1 1.696,2 1.918,9 1.651,2Imposto de Renda e Contribuição Social (20b)Corrente 479,6 442,5 471,1 433,3Diferido 0,6 4,1 0,8 5,8

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.484,9 1.249,6 1.447,0 1.212,1Lucro líquido por ação (básico e diluído) do capital social no fim do exercício - R$ (24) 4,86 4,09 4,73 3,97

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora - BRGAAP2009 % 2008 %

1 - RECEITASReceita Bruta (Nota 16) 11.803,8 100 10.944,5 100Provisão para devedores duvidosos (9,7) - 6,6 -Outras (Receitas)/Despesas (23,8) - 13,5 -

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos - ICMS e IPI)

Matérias-primas consumidas 1.511,8 13 1.425,5 13Custo das mercadorias e serviços vendidos 759,6 6 806,2 7Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 920,3 8 935,9 9(Perda) Recuperação de valores ativos 17,9 - (45,5) -

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO ( 1 - 2 ) 8.560,7 73 7.842,5 714 - RETENÇÕESDepreciações e amortizações 136,1 1 125,8 1

5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO ( 3 - 4 ) 8.424,6 72 7.716,7 706 - RECEBIDO DE TERCEIROSResultado de equivalência patrimonial 365,7 3 189,0 2Receitas financeiras 72,2 1 129,6 1

7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) 8.862,5 76 8.035,3 738 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADOColaboradores 538,8 6 500,4 6Governo 6.773,2 77 6.166,0 77Financiadores 103,6 1 156,8 2Acionistas 1.436,1 16 1.204,4 15Reinvestimento 10,8 - 7,7 -

VALOR ADICIONADO DISTRIBUIDO 8.862,5 100 8.035,3 100As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DOS VALORES ADICIONADOSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhões de reais

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP31 de 31 de 31 de 31 de 1º de

dezembro dezembro dezembro dezembro janeiroNota de 2009 de 2008 de 2009 de 2008 de 2008

PASSIVO CIRCULANTE:Empréstimos e Financiamentos (11) 212,8 51,7 212,8 51,7 205,6Fornecedores 68,4 81,5 65,5 79,4 90,4Imposto de Renda e Contribuição Social 84,9 58,9 84,6 60,0 72,3Tributos a Recolher sobre Vendas 672,2 376,6 672,2 376,6 298,7Remuneração dos Acionistas (15f) 30,9 36,1 30,9 36,1 32,7Salários e Encargos Sociais 195,1 173,6 195,1 173,6 137,2Adiantamentos de Clientes 14,0 60,3 72,9 36,8 5,9Outros Passivos Operacionais (12) 45,9 66,8 45,6 66,4 71,9Outras Contas a Pagar 81,9 81,7 72,5 70,6 93,6

1.406,1 987,2 1.452,1 951,2 1.008,3PASSIVO NÃO CIRCULANTE:Sociedade Ligada (23) - - 1.081,6 1.393,0 838,8Provisões para Contingências (13b) 147,2 141,2 134,8 129,7 105,9Outros Passivos Operacionais (12) 48,8 48,1 40,5 42,5 42,0Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (20a) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1Incentivos Fiscais (14) 310,8 296,6 100,2 51,4 -Tributos a Recolher e Outras Contas a Pagar 8,7 12,2 8,7 12,2 25,0

515,6 498,2 1.365,9 1.628,9 1.011,8PATRIMÔNIO LÍQUIDO: (15)Capital Social Realizado 854,7 625,3 854,7 625,3 625,3Reservas de Capital 1,9 1,9 553,7 553,7 553,7Reservas de Lucros 187,1 350,6 187,1 350,6 342,3Ajustes de Avaliação Patrimonial 289,8 439,3 (48,3) 139,2 -Lucros Acumulados - 54,4 - 54,4 54,4Dividendo Adicional Proposto 561,9 656,8 561,9 656,8 377,3

1.895,4 2.128,3 2.109,1 2.380,0 1.953,0TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.817,1 3.613,7 4.927,1 4.960,1 3.973,1

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhões de reais

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Lucro líquido do exercício 1.484,9 1.249,6 1.447,0 1.212,1Ajustes para reconciliar o lucro líquido com recursos provenientes de atividades operacionais:

Depreciações e amortizações 136,2 127,4 136,1 125,8Resultado de equivalência patrimonial (7,9) (8,6) (365,7) (189,0)Provisão para impairment de contas a receber 9,7 (6,6) 9,7 (6,6)Provisões para litígios fiscais e trabalhistas 6,0 25,1 5,1 23,8Provisão para ajuste ao valor de recuperação de ativos (“impairment”) (2,3) 0,2 0,2 (2,2)Demais provisões (0,6) (12,0) (3,2) (12,6)Baixa de produtos avariados e obsoletos 22,0 13,5 22,0 13,5Valor residual do ativo permanente baixado 3,0 0,2 3,0 0,2Juros s/empréstimos com sociedades ligadas - - 74,2 82,0Juros s/empréstimos em moeda nacional e estrangeira 7,3 9,3 7,3 9,3

173,4 148,5 (111,3) 44,2

Variações nos ativos e passivos operacionaisContas a receber 30,8 42,6 13,1 51,7Adiantamentos efetuados 14,8 (44,0) 6,8 (36,3)Estoques (91,6) 40,6 (102,2) 43,3Tributos antecipados e a recuperar (100,9) (9,8) (100,6) (9,5)Despesas antecipadas 11,2 (0,2) 11,3 0,4Outros ativos 9,8 4,9 14,1 3,2Depósitos judiciais (32,4) (11,3) (32,4) (11,3)Fornecedores (12,3) (18,7) (11,4) (28,4)Adiantamento de clientes (46,2) (25,9) 36,1 30,9Impostos e contribuições a recolher, salários a pagar e outros 147,9 256,7 244,4 280,0Imposto de renda e contribuição social 26,4 (6,7) 26,2 (5,3)

(42,5) 228,2 105,4 318,7Recursos provenientes das atividades operacionais 1.615,8 1.626,3 1.441,1 1.575,0

Atividades de investimentoRecursos obtidos na venda de ativos permanentes 1,8 1,7 1,8 1,7Dividendos recebidos de controladas e aumento de capital em coligada 8,0 - 12,5 11,0Adições ao imobilizado e intangível (188,3) (198,0) (188,3) (198,0)

Recursos aplicados nas atividades de investimento (178,5) (196,3) (174,0) (185,3)

Atividades de financiamentoEmpréstimos e financiamentos 164,3 (159,2) 155,0 (20,6)Dividendos e juros sobre o capital próprio distribuídos (1.535,6) (920,9) (1.535,6) (920,9)

Recursos aplicados nas atividades de financiamento (1.371,3) (1.080,1) (1.380,6) (941,5)Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa 66,0 349,9 (113,5) 448,2

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 969,3 619,4 889,3 441,1Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.035,3 969,3 775,8 889,3Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa 66,0 349,9 (113,5) 448,2

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

(Reapresentados Nota 2.2)

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Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA - BRGAAP) - Em milhões de reais

Ajustes de DividendoCapital Social Incentivos Venda de Manutenção de Investi- Incentivos Avaliação Lucros Adicional

Realizado Fiscais Imóveis Legal Capital de Giro mentos Fiscais Patrimonial Acumulados Proposto Total

Saldos em 1º de janeiro de 2008 (Reapresentado - Nota 2.2) 625,3 551,8 1,9 49,7 117,6 175,0 - 54,4 377,3 1.953,0Variação Cambial sobre Empréstimos de Longo Prazo em US$ com investida no exterior (IAS 21) - - - - - - - (333,7) - - (333,7)Variação Cambial sobre Empréstimos em Moeda Estrangeira (IAS 39) - - - - - - - 4,0 - - 4,0Imposto de Renda e Contribuição Social sobre os efeitos de Variação Cambial sobre Empréstimos - - - - - - - 112,1 - - 112,1Variação Cambial sobre Investimentos no Exterior - - - - - - - 324,1 - - 324,1Ganhos e Perdas Resultantes de Conversão de Moeda Estrangeira - - - - - - - 32,7 - - 32,7Reversão de Dividendos Prescritos - - - - - - - - 0,6 - 0,6Dividendos Pagos (AGO de 14/03/08) (R$ 1,234397 por ação) - - - - - - - - - (377,3) (377,3)Lucro Líquido do Exercício - - - - - - - - 1.212,1 - 1.212,1Destinações do Lucro Líquido do Exercício:Incentivos Fiscais Realizados - - - - - - 8,3 - (8,3) - -Juros sobre o Capital Próprio Intermediário (R$ 0,250829 por ação) - - - - - - - - (76,7) - (76,7)Dividendo Intermediário (R$ 1,432457 por ação) - - - - - - - - (437,9) - (437,9)Juros sobre o Capital Próprio - Complementar (R$ 0,108006 por ação) - - - - - - - - (33,0) - (33,0)Dividendo Adicional Proposto (R$ 2,148615 por ação) - - - - - - - - (656,8) 656,8 -

- 551,8 1,9 49,7 117,6 175,0 8,3 - - - -Saldos em 31 de dezembro de 2008 (Reapresentado - Nota 2.2) 625,3 553,7 350,6 139,2 54,4 656,8 2.380,0Aumento de capital aprovado em AGE realizada em 19 de março de 2009 229,4 - - - - (175,0) - - (54,4) - -Variação Cambial sobre Empréstimos de Longo Prazo em US$ com investida no exterior (IAS 21) - - - - - - - 376,3 - - 376,3Variação Cambial sobre Empréstimos em Moeda Estrangeira (IAS 39) - - - - - - - 10,5 - - 10,5Imposto de Renda e Contribuição Social sobre os efeitos de Variação Cambial sobre Empréstimos - - - - - - - (131,5) - - (131,5)Variação Cambial sobre Investimentos no Exterior - - - - - - - (395,8) - - (395,8)Ganhos e Perdas Resultantes de Conversão de Moeda Estrangeira - - - - - - - (47,0) - - (47,0)Reversão de Dividendos Prescritos - - - - - - - - 0,6 - 0,6Dividendos Pagos (AGO de 19/03/09) (R$ 2,148615 por ação) - - - - - - - - - (656,8) (656,8)Lucro Líquido do Exercício - - - - - - - - 1.447,0 - 1.447,0Destinações do Lucro Líquido do Exercício:Incentivos Fiscais Realizados - - - - - - 11,5 - (11,5) - -Juros sobre o Capital Próprio Intermediário (R$ 0,296941 por ação) - - - - - - - - (90,8) - (90,8)Dividendo Intermediário (R$ 2,473094 por ação) - - - - - - - - (756,0) - (756,0)Juros sobre o Capital Próprio - Complementar (R$ 0,089574 por ação) - - - - - - - - (27,4) - (27,4)Dividendo Adicional Proposto (R$ 1,838278 por ação) - - - - - - - - (561,9) 561,9 -

- 551,8 1,9 49,7 117,6 - 19,8 - - - -Saldos em 31 de dezembro de 2009 854,7 553,7 187,1 (48,3) - 561,9 2.109,1

2009 2008Valor patrimonial por ação do capital social no fim do exercício - R$ 6,90 5,64

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Reservas de LucrosReservas de Capital

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Lucro líquido do exercício 1.484,9 1.249,6 1.447,0 1.212,1Outros componentes do resultado abrangente:Variação Cambial sobre Empréstimos de Longo Prazo em US$ com investida no exterior 376,3 (333,7) 376,3 (333,7)Variação Cambial sobre Empréstimos em Moeda Estrangeira 10,5 4,0 10,5 4,0Imposto de Renda e Contribuição Social sobre os efeitos de Variação Cambial sobre Empréstimos (131,5) 112,1 (131,5) 112,1Variação Cambial sobre Investimentos no Exterior (442,7) 356,8 (442,8) 356,8

Resultado abrangente 1.297,5 1.388,8 1.259,5 1.351,3

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS ABRANGENTES - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhões de reais

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008Em milhões de reais (exceto valores por ação, ou quando indicado diferentemente)

1. Contexto operacionalA Souza Cruz S.A. (“Companhia” ou “Souza Cruz”), fundada em 25 de abril de 1903, conta com cerca de 7.300colaboradores diretos e 3 mil funcionários sazonais na época das safras do fumo. É um dos maiores gruposempresariais do Brasil e líder absoluta no mercado de cigarros com destaque na produção e exportação defumo. Desde 1914, a Companhia é controlada pela BAT – British American Tobacco p.l.c., com sede no ReinoUnido, segundo maior grupo do mundo no setor de cigarros, que detém 75,3% de seu capital acionário.A Companhia é uma sociedade anônima de capital aberto, listada na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA).A Companhia tem sua matriz localizada no Rio de Janeiro e duas fábricas de cigarros, em Uberlândia (MG) e emCachoeirinha (RS), que operam de acordo com a mais avançada tecnologia de processo e preservação ambiental.Em Cachoeirinha, a Companhia além de possuir uma fábrica de cigarros, estabeleceu também o seu centro deprocessamento de dados (data center), a central telefônica de atendimento (call center), o Centro de Pesquisae Desenvolvimento (CPD) e mais recentemente o novo parque gráfico (DG) que foi transferido do Rio deJaneiro em abril de 2009. A integração da fábrica com o CPD e o DG assegura maior eficiência operacional,integração logística da cadeia de produção e aumento de produtividade para a Companhia.Esse parque gráfico será uma das maiores indústrias gráficas do País que, além de atender toda demandainterna da Souza Cruz, poderá fornecer material gráfico para outras cigarreiras do Grupo BAT na América Latina.A Companhia conta, ainda, com usinas de processamento de fumo nas principais regiões produtoras detabaco, em Santa Cruz do Sul (RS), Blumenau (SC), Rio Negro (PR) e Patos (PB). Estas unidades abrigam todaa estrutura de assistência técnica aos produtores de fumo com mais de 250 orientadores agrícolas.Com atuação em toda a cadeia produtiva, desde a produção de sementes, a produção agrícola de sua matéria-prima - o tabaco - seu processamento, e a fabricação e distribuição dos cigarros, a Companhia atende hojediretamente cerca de 247 mil pontos de venda e detém 62% de participação no mercado total brasileiro, com72,8 bilhões de unidades de cigarros comercializadas no ano de 2009.Na produção de tabaco, a Companhia conta com cerca de 40 mil produtores integrados que atuam em parceria,com a reconhecida assistência técnica da Companhia. Além do fumo utilizado na produção de cigarros, em 2009foram exportadas 113,4 mil toneladas de fumo processado para mais de 40 países nos cinco continentes.A estrutura de distribuição de cigarros da Souza Cruz conta com seis Centrais Integradas de Distribuição (CID),localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Contagem, Curitiba, Porto Alegre e Recife, além de 24 Centros deDistribuição e mais de 80 Postos de Abastecimento, que são locais próprios ou terceirizados estrategicamentelocalizados.No coração desse sistema está a CID São Paulo, o maior e mais moderno centro de distribuição de cigarros daAmérica Latina. Essa CID atende cerca de 40 mil clientes, processa 9 mil notas fiscais e movimenta 85 milhõesde cigarros diariamente, além de centralizar a operação de vendas da maior região metropolitana do continente.Outra operação importante é a presença internacional na Brascuba Cigarrillos, S.A. (Brascuba), associação(joint-venture) entre a Companhia (por intermédio de sua controlada Yolanda Participações S.A.) e o governode Cuba, estabelecida em 1996, para a produção de cigarros. O mercado cubano representa cerca de 13bilhões de unidades de cigarro por ano, dos quais aproximadamente 1,5 bilhão é comercializado pelo mercadoem divisas estrangeiras, onde a Brascuba detém cerca de 96% de participação. Além do mercado interno, aexportação de cigarros de fumo negro representa um enorme desafio e um grande mercado em outras partesdo mundo onde este produto tem boa penetração.Em 2002, a Souza Cruz constituiu, em parceria com a Ambev, o Agrega, uma empresa de inteligência de compraque visa por meio de aumento de escala gerar economias na aquisição de materiais e serviços não específicos.Desde a sua fundação, o Agrega passou a prestar serviço para outras grandes empresas do cenário nacional.

2. Apresentação das demonstrações financeirasAs presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em10 de fevereiro de 2010.Essas demonstrações financeiras incluem:• Demonstrações financeiras consolidadas da Souza Cruz S.A. e suas subsidiárias preparadas de acordo comas normas internacionais de relatórios financeiros emitidas pelo IASB - International Accounting Standards Board(“IFRS”).• Demonstrações financeiras individuais da controladora Souza Cruz S.A. preparadas de acordo com aspráticas contábeis adotadas no Brasil (“BRGAAP”).Existem certas diferenças entre essas demonstrações financeiras preparada em IFRS e em BRGAAP queestão apresentadas a seguir:

2.1. Demonstrações financeiras consolidadas - IFRSConsiderando a importância e a necessidade de que as práticas contábeis brasileiras sejam convergentes comas práticas contábeis internacionais e buscando maior transparência e confiabilidade em suas informaçõesfinanceiras, usando as prerrogativas constantes da Instrução CVM nº 457, de 13 de julho de 2007, a administraçãoda Companhia passou a apresentar, a partir do exercício social de 2008, as demonstrações financeirasconsolidadas da Souza Cruz S.A. e Sociedades Controladas adotando o padrão contábil internacional, tendocomo base os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board - IASB.As políticas contábeis adotadas nas demonstrações financeiras consolidadas foram consistentes com asaplicadas no exercício anterior, exceto pela aplicação do IAS 1 revisado. A norma revisada introduz o conceitode resultado total abrangente (total comprehensive income), que representa as movimentações no patrimôniolíquido durante o exercício que não aquelas com os acionistas. O resultado abrangente pode ser apresentadotanto em uma demonstração única de resultados abrangentes (combinando o resultado do exercício com asmovimentações de patrimônio líquido que não com acionistas) quanto apresentar uma demonstração específicade resultados abrangentes separada da de resultado do período. A Companhia optou pela apresentação de umademonstração específica de resultado abrangente como parte de suas demonstrações financeiras obrigatórias.A reconciliação e descrição dos efeitos de transição das práticas contábeis adotadas no Brasil (BRGAAP)para as normas internacionais de contabilidade (IFRS) no patrimônio líquido e no lucro líquido da Companhiaestão demonstradas na Nota 4.

2.2. Demonstrações financeiras da controladora - BRGAAPAs demonstrações financeiras da controladora, em 31 de dezembro de 2009, foram elaboradas e estão sendoapresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas naLei das Sociedades por Ações e nas normas definidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).Conforme permitido pela Deliberação CVM n°603, de 10 de novembro de 2009, a administração da Companhia

optou por antecipar a adoção dos pronunciamentos CPC com aplicação obrigatória prevista para asdemonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2010. Nesse sentido, a Companhia reapresentou os saldoscomparativos de 2008 ajustados a adoção dessas novas normas contábeis. Os pronunciamentos CPC queproduziram impacto nestas demonstrações financeiras por conta da referida adoção antecipada foram:• CPC 24 - Eventos Subsequentes e ICPC 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos:O pronunciamento CPC 24 e sua correspondente interpretação técnica (ICPC 08) preveem que os dividendosdeclarados após o período contábil a que se referem as demonstrações financeiras, mas antes da data deautorização de emissão dessas demonstrações, não devem ser reconhecidos como passivo ao final doexercício, podendo ser mantidos no patrimônio líquido, em rubrica específica do tipo “Dividendo AdicionalProposto”. A adoção antecipada desse pronunciamento resultou na reapresentação das demonstraçõesfinanceiras em 31 de dezembro e em 1º de janeiro de 2008, com os saldos originalmente apresentados narubrica “Remuneração dos Acionistas” no passivo circulante, nessas mesmas datas reclassificados para opatrimônio líquido na rubrica “Dividendo Adicional Proposto”, conforme segue:

31 de dezembro de 2008 1º de janeiro de 2008Reapre- Reclassi- Reapre- Reclassi-

Original sentado ficação Original sentado ficaçãoPassivo Circulante

Remuneração dos Acionistas 692,9 36,1 (656,8) 410,0 32,7 (377,3)Patrimônio Líquido

Dividendo Adicional Proposto - 656,8 656,8 - 377,3 377,3

• CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis: A norma introduz o conceito de resultado total abrangente, que representa o resultado do exercício agregadoàs movimentações no patrimônio líquido durante o exercício que não aquelas com os acionistas.Exceto pelo mencionado acima, as políticas contábeis adotadas pela Companhia em BRGAAP foram aplicadasconsistentemente com as apresentadas no exercício anterior.

3. Sumário das principais práticas contábeis e estimativas contábeis críticas3.1. Sumário das principais práticas contábeisAs práticas contábeis a seguir apresentadas são geralmente aplicáveis para as demonstrações financeirasdo consolidado (IFRS) e da controladora (BRGAAP), exceto para os itens mencionados nos itens 3.1.1. e 3.1.2a seguir:(a) Base de conversão de moeda(i) Moeda funcionalOs itens incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados utilizando-se a moeda do ambiente econômicoprimário no qual cada entidade atua. As demonstrações financeiras da controladora e do consolidado estãoapresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional e a moeda de apresentação da Companhia.(ii) Transações e saldosAs transações em moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional utilizando a taxa de conversãona data da transação. Os ganhos e perdas oriundos dessas transações são reconhecidos no resultado doexercício.(iii) ControladasAlgumas controladas, direta ou indiretamente, possuem moeda funcional diferente da controladora, como (i)Souza Cruz Overseas S.A., (ii) Yolanda Netherlands B.V. e (iii) Brascuba Cigarillos, S.A..As demonstrações financeiras destas controladas são convertidas para a moeda de apresentação daCompanhia (Reais), com base nos termos apresentados no IAS 21 (CPC 02), que estabelece, entre outrosassuntos, as seguintes regras de conversão:• os ativos e passivos são convertidos com base nas taxas de câmbio do final do exercício;• o patrimônio líquido inicial de um exercício corresponde ao patrimônio líquido final do exercício anteriorconforme convertido à época. As mutações do patrimônio inicial durante o exercício são convertidas pelastaxas em vigor nas respectivas datas de ocorrência; e• as contas apresentadas nas demonstrações do resultado são convertidas com base na taxa de câmbio emvigor nas datas das transações ou, por razões práticas, por uma taxa média apurada para os exercícios,desde que a diferença entre essas taxas não seja significativa.No caso de variação cambial de investimento em coligadas e controladas no exterior, as variações no valor doinvestimento decorrentes exclusivamente de variação cambial são registradas na conta “Ajuste de avaliaçãopatrimonial”, no patrimônio líquido da Companhia, e somente são registradas ao resultado do exercício quando oinvestimento for vendido ou baixado para perda (IAS 21 e CPC 02). O investimento nesse contexto incluiempréstimos entre companhias do grupo onde a liquidação não é planejada e nem é provável no futuro previsível.Os mesmos procedimentos de conversão de moeda estrangeira são aplicados quando da utilização do métodode equivalência patrimonial para investidas com moeda funcional diferente do Real.(b) Reconhecimento da receitaAs receitas com vendas representam o valor justo do valor recebido ou a receber pela venda de produtos eserviços no curso normal das atividades da Companhia e é apurada em conformidade com o regime contábil decompetência. A receita é apresentada líquida dos descontos incidentes sobre esta, sendo que os impostos sobrevendas são reconhecidos quando as vendas são reconhecidas/contabilizadas, e os descontos sobre vendasquando conhecidos.

A receita é reconhecida da seguinte maneira:(i) Venda de produtosAs receitas de vendas de produtos são reconhecidas: (i) quando o valor das vendas é mensurável de formaconfiável; (ii) os custos incorridos ou que serão incorridos em respeito à transação podem ser mensurados demaneira confiável; (iii) é provável que os benefícios econômicos serão recebidos pela Companhia; e (iv) osriscos e benefícios foram integralmente transferidos ao comprador.As vendas de cigarro e de cartões telefônicos são reconhecidas no momento da entrega e aceite da mercadoriapelo cliente. O reconhecimento da receita de fumo ocorre em função dos termos negociados para embarqueinternacional, cuja modalidade usual é “free on board” com o reconhecimento da receita no momento que amercadoria transpassa o costado do navio.

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

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(ii) Receita financeiraA receita financeira é reconhecida em base “pro rata dia” com base no método da taxa de juros efetiva.(c) Caixa e equivalentes de caixaContemplam numerários em caixa, saldos em bancos e investimentos de liquidez imediata, com prazos devencimento original de até três meses. Estão demonstrados ao custo acrescido das remunerações contratadase reconhecidas proporcionalmente até a data das demonstrações financeiras.

(d) Instrumentos financeirosA Companhia classifica seus ativos financeiros em função da finalidade para a qual os ativos financeiros foramadquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.Empréstimos e recebíveisIncluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativoscom pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante,exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificadoscomo ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos acoligadas, contas a receber de clientes, demais contas a receber e caixa e equivalentes de caixa. Os empréstimose recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, com base no método da taxa de juros efetiva.Valor justoOs valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Para osativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo através detécnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, areferência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontadose os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelomercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela administração da própria entidade.A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo deativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (impairment).

(e) Contas a receberAs contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de mercadoriase serviços no decurso normal das atividades da Companhia. As contas a receber de clientes, inicialmente,reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com base no métodode taxa de juros efetiva menos a provisão para impairment, se necessária.A provisão para perdas com créditos (impairment) é fundamentada em análise dos créditos pela administração,que leva em consideração o histórico e os riscos envolvidos em cada operação, e é constituída em montanteconsiderado suficiente para cobrir as prováveis perdas na realização das contas a receber.

(f) EstoquesOs estoques estão demonstrados pelo menor valor entre o valor líquido de realização e o custo médio deprodução ou preço médio de aquisição. As provisões para perda de estoque de baixa rotatividade ou obsoletos,ou aquelas constituídas para ajustar ao valor de mercado são contabilizadas quando consideradas necessáriaspela Administração.

(g) Outros ativos circulantes e não circulantesOs tributos a recuperar encontram-se demonstrados pelos seus respectivos valores de recuperação e estãocompostos substancialmente por: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS sobre comprade ativo imobilizado para as unidades fabris, com realização em até 4 anos, diferencial de alíquota de ICMSentre os estados, imposto de renda e contribuição social a recuperar e Finsocial a restituir.As despesas antecipadas representam principalmente contratos de locação de espaço e outras despesasinerentes às operações da Companhia.Os demais ativos são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, osrendimentos, as variações nas taxas de câmbio e as variações monetárias auferidos.

(h) ImobilizadoDemonstrado ao custo combinado com os seguintes aspectos:• Depreciação de bens do imobilizado, calculada pelo método linear às taxas anuais mencionadas na Nota 9,que levam em consideração a vida útil-econômica desses bens, com exceção dos terrenos que não sãodepreciados.• Perda para valor recuperável dos ativos (impairment), quando aplicável. O valor residual dos itens doimobilizado é baixado imediatamente ao seu valor recuperável quando o saldo residual exceder o valorrecuperável.Custos subsequentes ao do reconhecimento inicial são incorporados ao valor residual do imobilizado oureconhecidos como item específico, conforme apropriado, somente se os benefícios econômicos associadosa esses itens forem prováveis e os valores mensurados de forma confiável. O saldo residual do item substituídoé baixado. Demais reparos e manutenções são reconhecidos diretamente no resultado quando incorridos.Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cadaexercício.(i) IntangívelÉ avaliado ao custo de aquisição deduzido da amortização acumulada e perdas por redução do valor recuperável,quando aplicável. Os ativos intangíveis são compostos de software e licenças de uso, os quais são amortizadoslevando em conta uma vida útil estimada de 5 anos.

(j) Empréstimos e financiamentosEmpréstimos e financiamentos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, líquido dos custos de transaçãoincorridos. Subsequentemente, são mensurados ao custo amortizado com base no método da taxa de jurosefetiva.Estão demonstrados pelos valores de contratação, acrescidos dos encargos pactuados, que incluem juros eatualização monetária ou cambial incorridos.Empréstimos e financiamentos são classificados no passivo circulante exceto, quando aplicável, pelas parcelasque podem incondicionalmente ser liquidadas após 12 meses da data de encerramento do balanço dasdemonstrações financeiras.

(k) Provisões para contingênciasAs provisões para contingências tributárias, trabalhistas e outras são constituídas com base na expectativade perda provável nas respectivas ações em andamento, manifestada pelos consultores jurídicos internos eexternos da Companhia (Nota 13).

(l) Outros passivos circulante e não circulanteOutros passivos são, incialmente, reconhecidos pelo valor justo e, subsequentemente, mensurado pelo custoamortizado com base no método de taxa de juros efetiva.(m) Transações com partes relacionadasOs contratos de mútuos entre a Companhia e empresas ligadas são atualizados pela taxa média ponderada decaptação no mercado acrescida de variação cambial no caso das empresas no exterior. A Companhia nãopossui responsabilidade por avais a suas sociedades coligadas. As operações são realizadas a valores,prazos e condições de mercado sempre que observáveis operações similares.

(n) Imposto de renda e contribuição socialA despesa de imposto de renda e contribuição social corrente é calculada de acordo com as bases legaistributárias vigentes nas jurisdições onde a Companhia atua, na data de apresentação das demonstraçõesfinanceiras. Periodicamente a administração avalia posições tomadas com relação a questões tributárias queestão sujeitas a interpretação e reconhece provisão quando há expectativa de pagamento de imposto derenda e contribuição social conforme as bases tributárias.Imposto de renda e contribuição social diferidos são registrados, em sua totalidade, sobre as diferençasgeradas entre ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e seus correspondentes valores apresentadosnas demonstrações financeiras. São calculados com base nas alíquotas e legislação vigente na data depreparação dessas demonstrações e aplicáveis ou quando o respectivo imposto de renda e contribuiçãosocial forem realizados.Imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que sejaprovável a existência de base tributável para a qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas eprejuízos fiscais compensados (Nota 20).

(o) Plano de pensãoOs custos com planos de pensão são registrados com base em modelos atuariais em consonância com osrequerimentos estabelecidos no CPC 33 e no IAS 19, aplicados respectivamente nas demonstrações financeirasda controladora e consolidadas.(i) Plano de benefício definidoO passivo relacionado aos planos de pensão de benefício definido utiliza modelos com atribuição que geralmentedesdobra eventos individuais ao longo da vida estimada dos funcionários no plano. A política da Companhia éde financiar seus planos de aposentadoria com base em recomendações atuariais e em consonância com alegislação e os regulamentos de imposto de renda aplicáveis.As receitas ou despesas líquidas de aposentadoria são calculadas utilizando-se as premissas do início decada exercício fiscal. Essas premissas são definidas ao final do exercício fiscal anterior e incluem as taxas deretorno de longo prazo e esperadas nos ativos do plano, taxas de desconto e aumentos de taxas salariais.Um conjunto de taxas históricas reais, taxas esperadas e dados externos é utilizado pela Companhia paradeterminar as premissas usadas nos modelos atuariais. Quando os cálculos resultam em benefícios para aCompanhia, o reconhecimento do ativo fica limitado ao total líquido de qualquer serviço passado não reconhecidoe ao valor presente de qualquer reembolso do plano ou reduções das contribuições futuras do plano.A Companhia utiliza-se do “corridor approach” para reconhecimento de ganhos e perdas atuariais no resultadodo exercício, onde a parcela dos ganhos/perdas atuariais, a ser acrescida como receita ou despesa, é o valordos ganhos/perdas não reconhecidos que exceder, em cada exercício, ao maior dos seguintes limites:(i) 10% do valor presente da obrigação atuarial total do benefício definido; e(ii) 10% do valor justo dos ativos do plano.A parcela que exceder os limites será amortizada anualmente, dividindo-se o seu montante pelo tempo médioremanescente de trabalho estimado para os participantes ativos do plano.(ii) Plano de contribuição definidaPara os planos de contribuição definida, a Companhia paga contribuições em bases compulsórias, contratuaisou voluntárias. Assim que as contribuições tiverem sido feitas, a Companhia não tem obrigações relativas apagamentos adicionais. As contribuições regulares compreendem os custos periódicos líquidos do exercícioem que são devidas e, assim, são incluídas nos custos de pessoal.

(p) Distribuição de dividendosO estatuto da Companhia e a legislação societária prevêem que, no mínimo, 25% do lucro líquido anual ajustadoseja distribuído como dividendos. Portanto, a Companhia registra provisão, no encerramento de cada exercíciosocial, no montante do dividendo mínimo obrigatório que ainda não tenha sido distribuído, caso este limite nãotenha sido atingido pelas remunerações intermediárias. Os dividendos superiores a esse limite são destaca-dos em conta específica no patrimônio líquido denominada “Dividendo Adicional Proposto”.

(q) Provisão para recuperação dos ativos de vida longaAtivos que têm vida útil indefinida e não sujeitos à amortização têm sua recuperação testada anualmente,enquanto que os ativos sujeitos à depreciação ou amortização têm seu valor de recuperação revisados pelaadministração sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que seus valores contábeisnão poderão ser recuperados.Os ativos são agrupados e avaliados segundo a possível recuperação com base nos fluxos futuros de caixaprojetados descontados durante a vida remanescente estimada dos ativos, conforme o surgimento de novosacontecimentos ou circunstâncias. Nesse caso, as perdas são reconhecidas com base no montante pelo qual

o valor contábil excede o valor provável de recuperação de um ativo de vida longa. O valor provável derecuperação é determinado como sendo o maior valor entre (a) o valor de venda estimado dos ativos menosos custos estimados para venda e (b) o valor em uso, determinado pelo valor presente esperado dos fluxosde caixa futuros do ativo ou da unidade geradora de caixa.

(r) Remuneração com base em açõesA Companhia oferece a empregados e executivos planos de remuneração fixa e variável o qual possui umaparcela referenciada ao preço das ações do acionista controlador, não havendo, no entanto, entrega/emissãode ações para liquidação. Esses valores são reconhecidos como despesa tendo como contrapartida umaprovisão a pagar ao empregado. Na data do balanço, a Companhia revisa essas estimativas de benefício quesão integralmente liquidadas em dinheiro.

(s) Informações sobre segmentosA apresentação dos segmentos operacionais da Companhia considerou (i) a classificação utilizada pelo“tomador de decisões operacionais” da Companhia quando das análises de resultado; (ii) a existência deinformações financeiras desagregada para o segmento; (iii) o agrupamento de segmentos com características,riscos e retornos semelhantes entre eles; e (iv) a relevância das informações por segmento.Informações sobre segmentos são apresentadas de forma consolidada em consonância com a estrutura dossegmentos de negócio, da estrutura da administração da Companhia e de relatórios internos.

3.1.1. Políticas contábeis aplicáveis somente as demonstrações financeiras consolidadas - IFRS(a) Princípios de consolidaçãoO processo de consolidação das contas patrimoniais, do resultado e do fluxo de caixa corresponde à somahorizontal dos saldos das contas de ativo, passivo, receitas e despesas e de suas correspondentes mutaçõesou variações, segundo a sua natureza, complementada pelas seguintes eliminações:• Das participações da controladora no capital, reservas e resultados acumulados das sociedades controladas.• Dos saldos de contas correntes e outras integrantes do ativo e/ou passivo mantidos entre as sociedades,cujos balanços patrimoniais foram consolidados.• Dos efeitos decorrentes de transações realizadas entre essas sociedades, incluindo a eliminação de ganhosou perdas não realizadas.

SubsidiáriasSubsidiárias são todas as entidades controladas direta e indiretamente pela Companhia. Considera-se existircontrole quando a Companhia detém, direta ou indiretamente, a maioria dos direitos de voto ou o poder dedeterminar as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, a fim de obter benefícios de suas atividades.Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, as demonstrações financeiras consolidadas compreendem asinformações contábeis da Souza Cruz S.A. (controladora) e as das seguintes subsidiárias:

Controladas % de participação no capital totalDiretasYolanda Participações S.A. 100%Souza Cruz Trading S.A. 100%

IndiretasYolanda Netherlands B.V. 100%Souza Cruz Overseas S.A. 100%

Empresa coligadaEmpresas coligadas são aquelas em que a Companhia possui influência significativa, mas não exerce ocontrole sobre as políticas operacionais e financeiras. Influência significativa é geralmente obtida quando oGrupo detém entre 20% e 50% das ações com direito a voto. A Companhia reconhece as movimentaçõesnesses investimentos com base no método de equivalência patrimonial.Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Companhia possuía apenas uma empresa coligada - AgregaInteligência em Compras Ltda. (Nota 8).

Empresa controlada em conjuntoSão aquelas entidades cujas atividades são controladas em conjunto pela Companhia e por um ou mais sócios,mediante acordos contratuais ou estatutários. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Companhia possuíauma controlada em conjunto - Brascuba Cigarillos, S.A. (Nota 1).De acordo com o IAS 31, as demonstrações financeiras da controlada em conjunto, Brascuba Cigarillos, S.A.foram consolidadas proporcionalmente, com base na participação da Companhia nesta investida. Os componentesde ativo e passivo, as receitas e gastos das sociedades com controle compartilhado são somados às posiçõescontábeis consolidadas, na proporção da participação do investidor em seu capital social.

(b) Subvenções fiscais para investimentoAs subvenções fiscais para investimento, destinadas à aquisição de ativo imobilizado, vêm sendo diferidas ereconhecidas na demonstração do resultado do exercício com base no saldo acumulado dessas subvenções,à medida que as despesas de depreciação do respectivo ativo são reconhecidas no resultado do exercício.

3.1.2. Políticas contábeis aplicáveis somente às demonstrações financeiras da Controladora –BRGAAP(a) InvestimentosReferem-se a participação em sociedade controlada e coligada avaliada pelo método da equivalência patrimonial.As práticas contábeis adotadas pela sociedade coligada são uniformes às adotadas pela Companhia.

(b) Demonstração do valor adicionadoA Companhia elaborou a demonstração do valor adicionado conforme o disposto no Pronunciamento TécnicoCPC 09.

(c) Subvenções fiscais para investimentoConforme estabelecido nos pronunciamentos CPC 07 e CPC 13, o saldo da reserva de capital de doações esubvenções para investimento, existente em 31 de dezembro de 2007, foi mantido nessa conta e será utilizadode acordo com as disposições contidas na legislação societária brasileira.As subvenções fiscais para investimento destinadas à aquisição de ativo imobilizado, geradas durante osexercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, vêm sendo diferidas e reconhecidas na demonstraçãodo resultado do exercício da controladora à medida que as despesas de depreciação do respectivo ativo éreconhecida ao resultado.Todavia, para fins de atendimento às práticas contábeis adotadas no Brasil e a fim de que o valor da subvençãonão seja distribuído aos sócios, a parcela reconhecida no resultado é reclassificada da conta de lucrosacumulados para a reserva de lucros de incentivos fiscais.

3.2. Estimativas contábeis críticasPráticas contábeis críticas são aquelas que são tanto (a) importantes para demonstrar a condição financeirae os resultados quanto que (b) requerem os julgamentos mais difíceis, subjetivos ou complexos por parte daadministração, frequentemente como resultado da necessidade de fazer estimativas que têm impacto sobrequestões inerentemente incertas. À medida que aumenta o número de variáveis e premissas que afetam apossível solução futura dessas incertezas, esses julgamentos se tornam ainda mais subjetivos e complexos.As seguintes estimativas foram consideradas de maior complexidade quando da preparação dessasdemonstrações financeiras:a) Vida útil dos ativos de longa vida – A depreciação e amortização dos ativos de longa vida considera a melhorestimativa da administração sobre a utilização dos ativos ao longo de suas operações. Mudanças no cenárioeconômico e/ou no mercado consumidor podem requerer a revisão dessas estimativas de vida útil.b) Plano de pensão – O valor atual do plano de pensão depende de uma série de fatores que são determinadoscom base em cálculos atuariais, que utilizam uma série de premissas, como, por exemplo, taxa de desconto, eoutras, que estão divulgadas na Nota 22. A mudança em uma dessas estimativas poderia afetar os resultadosapresentados.

(c) Contingências – As contingências são analisadas pela administração em conjunto com seus assessoresjurídicos. A Companhia considera em suas análises fatores como hierarquia das Leis, jurisprudências disponíveis,decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico. Essas avaliações envolvemjulgamentos da administração.Na preparação das demonstrações financeiras, a Companhia adotou estimativas e premissas derivadas deexperiência histórica e vários outros fatores que entende como razoáveis e relevantes sob certascircunstâncias.Os resultados reais, baseados em julgamentos, foram semelhantes aos estimados sob variáveis, premissasou condições diferentes.

3.3. Normas, alterações e interpretações de normas(a) Novos pronunciamentos, alterações e interpretações do IFRS(i) Vigentes em 2009, sem impacto relevante para a CompanhiaIAS 23 - Custos de empréstimos - Exclui a opção de reconhecer os custos de empréstimos em despesaquando incorridos e requer que uma entidade capitalize os custos de empréstimos diretamente atribuíveis àaquisição, construção ou à produção de um ativo qualificável como parte dos custos desse ativo.IFRS 8 - Segmentos operacionais– Este pronunciamento define segmento operacional como componente deuma entidade sobre a qual informações financeiras segregadas são disponibilizadas e avaliadas peloresponsável pelo gerenciamento do negócio em suas decisões de como alocar recursos e avaliar suaperformance. Adotada antecipadamente pela Companhia desde as demonstrações financeiras de 2008.IAS 27 (revisada) – Demonstrações financeiras consolidadas e individuais - A norma alterada requer que osefeitos de todas as operações com participações em subsidiárias sejam registrados no patrimônio líquidoenquanto ainda existir uma relação de controle.IFRIC 16 – Hedge de investimento líquido em operações no exterior - Determina especificamente que apenas orisco das diferenças entre as moedas funcionais da controladora e da subsidiária podem ser objeto deoperações de hedge. Determina também que o instrumento de hedge de um investimento líquido pode serdetido por qualquer empresa do grupo, salvo a própria operação estrangeira.Melhorias às IFRS (2008) - As Melhorias às IFRS são um conjunto de pequenas alterações nas normasexistentes.IFRS 2 (revisada) – Pagamentos com ações – Condições de aquisição e pagamento(ii) Vigentes em períodos subseqüentes a 1 de janeiro de 2010Alguns novos procedimentos contábeis e interpretações do IFRIC foram publicados e têm a sua adoçãoobrigatória para o exercício iniciado em 1º de janeiro de 2010, ou após essa data. Todavia não houve adoçãoantecipada dessas normas e alterações das normas por parte da Companhia.(b) Novos pronunciamentos, alterações e interpretações BRGAAPConforme descrito na Nota 2.2, a Companhia antecipou a adoção dos novos pronunciamentos CPC queestarão em vigor para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010.

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Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

5. Caixa e equivalentes de caixa Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Caixa e Bancos 140,8 138,0 131,0 125,4Aplicações em “time deposit” 217,0 33,4 - -Operações compromissadas 201,8 545,5 169,6 516,8Certificados de Depósitos Bancários - CDB 475,7 252,4 475,2 247,1

1.035,3 969,3 775,8 889,3

Do saldo consolidado de caixa e equivalentes de caixa, R$ 226,8 (2008 - R$ 38,6) referem-se a recursosmantidos em dólares norte-americanos. Os depósitos bancários de curto prazo são aplicados em títulos deliquidez imediata de instituições financeiras que possuem classificação externa de crédito considerada deprimeira linha pelas agências de avaliação de riscos.

6. Contas a receber

(a) Composição do saldo Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

CirculanteClientes 421,8 441,1 358,6 362,6Contas a Receber de Agricultores 42,3 51,7 42,3 51,7Provisão para Impairment (94,3) (84,6) (94,3) (84,6)Outras 31,3 46,2 21,8 40,4

401,1 454,4 328,4 370,1Não Circulante - Contas a Receber de Agricultores 12,1 13,8 12,1 13,8Parcela do saldo a receber de clientes mantido em dólar do Estados Unidos 154,8 228,8 94,8 154,5

(b) Idade do saldo de contas a receber de clientes e de agricultores Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP

2009 2008 2009 2008A vencer 429,2 459,2 366,0 380,7Vencidos até 180 dias 40,7 41,8 40,7 41,8Vencidos há mais de 180 dias 6,3 5,6 6,3 5,6

476,2 506,6 413,0 428,1

As contas a receber de agricultores constituem-se basicamente de: (i) fornecimento de insumos agrícolaspara o plantio e colheita do fumo e (ii) investimentos para construção de estufas e galpões para cura esecagem do fumo pelo produtor.

(c) Movimentações na provisão para impairment de contas a receberSaldos em 31 de dezembro de 2007 91,3Adições 57,0Baixas (63,7)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 84,6Adições 34,1Baixas (24,4)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 94,3

(b) Movimentação do saldo de investimento

Sociedades Controladas e Coligada Controladas ColigadaYolandaPartici- Agrega

paçoes S.A. InteligênciaSouza Cruz e sociedades em Compras

Trading S.A. controladas Ltda. TotalPrincipais Informações

Quantidade de ações ordinárias/ quotas possuídas:em 31 de dezembro de 2008 1 111.405 55.000 -em 31 de dezembro de 2009 1 111.405 55.000 -

Percentual de participação no capital social:em 31 de dezembro de 2008 100,00 % 100,00 % 50,00 % -em 31 de dezembro de 2009 100,00 % 100,00 % 50,00 % -

Patrimônio líquido:em 31 de dezembro de 2008 23,7 1.556,4 8,4 -em 31 de dezembro de 2009 24,2 1.466,4 24,2 -

Lucro líquido do exercício:em 31 de dezembro de 2008 1,2 179,2 17,3 -em 31 de dezembro de 2009 0,5 357,3 15,8 -

Movimentação dos investimentos

Saldos em 31 de dezembro de 2007 22,6 1.031,3 3,6 1.057,5

Ajustes de Avaliação Patrimonial apropriados diretamente no Patrimônio Líquido:Variação Cambial sobre Investimentos no Exterior - 324,1 - 324,1Ganhos e Perdas Resultantes de Conversão de Moeda Estrangeira - 32,7 - 32,7Resultado de equivalência patrimonial 1,1 179,3 8,6 189,0Dividendos - (11,0) (8,0) (19,0)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 23,7 1.556,4 4,2 1.584,3

Ajustes de Avaliação Patrimonial apropriados diretamente no Patrimônio Líquido:Variação Cambial sobre Investimentos no Exterior - (395,8) - (395,8)Ganhos e Perdas Resultantes de Conversão de Moeda Estrangeira - (47,0) - (47,0)Resultado de equivalência patrimonial 0,5 357,3 7,9 365,7Dividendos - (4,5) - (4,5)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 24,2 1.466,4 12,1 1.502,7

7. EstoquesConsolidado - IFRS Controladora - BRGAAP

2009 2008 2009 2008CirculanteProdutos Acabados 517,7 497,0 513,2 482,1Produtos em Elaboração 3,1 2,8 3,1 2,8Matérias-Primas 260,6 226,9 260,4 226,5Produtos de Revenda 89,9 73,6 89,9 73,6Materiais Diversos 26,0 33,6 26,0 33,6

897,3 833,9 892,6 818,6Não Circulante - Matéria-Prima (fumo) 9,5 3,3 9,5 3,3

8. Investimentos em sociedades controladas e coligada

(a) Composição do saldoConsolidado - IFRS Controladora - BRGAAP

Subsidiárias 2009 2008 2009 2008Souza Cruz Trading S.A. - - 24,2 23,7Yolanda Participações S.A. e subsidiárias - - 1.466,4 1.556,4

ColigadaAgrega Inteligência em Compras Ltda. 12,1 4,2 12,1 4,2

12,1 4,2 1.502,7 1.584,3

(b) Síntese da movimentação do ativo imobilizado consolidado - IFRSEquipamentos de

Terrenos/ Máquinas e Imobilizado em Processamento Móveis e OutrosCusto do imobilizado bruto Cercas Edifícios Equipamentos Veículos Andamento de Dados Utensílios Imobilizados Total

Saldos em 31/12/2007 39,7 364,7 1.094,8 101,0 112,8 87,7 30,8 40,4 1.871,9Adições 0,2 1,2 10,9 25,1 142,3 7,0 1,6 0,7 189,0Transferências - 5,2 48,7 16,6 (97,4) 8,9 2,5 4,6 (10,9)Baixas - - 5,0 3,2 - 1,2 0,2 0,5 10,1Impairment - - 2,1 - - - - - 2,1Efeito do Câmbio - - 6,8 - - - - - 6,8

Saldos em 31/12/2008 39,9 371,1 1.158,3 139,5 157,7 102,4 34,7 45,2 2.048,8Adições - 11,9 50,8 15,9 74,5 12,2 1,5 1,9 168,7Transferências - 56,4 68,3 1,7 (159,8) 12,1 2,4 (10,8) (29,7)Baixas - 6,8 64,3 3,7 - 13,2 5,4 0,9 94,3Impairment - - 0,4 - - - - - 0,4Efeito do Câmbio - - (7,1) - - - - - (7,1)

Saldos em 31/12/2009 39,9 432,6 1.206,4 153,4 72,4 113,5 33,2 35,4 2.086,8Depreciação acumuladaSaldos em 31/12/2007 1,0 136,5 895,1 67,8 - 59,4 21,8 14,2 1.195,8Adições 0,1 15,6 50,0 17,6 - 16,0 1,8 5,9 107,0Transferências - - 7,0 - - - - - 7,0Baixas - - 4,9 2,8 - 1,2 0,2 0,2 9,3Efeito do Câmbio - - 2,5 - - - - - 2,5

Saldos em 31/12/2008 1,1 152,1 949,7 82,6 - 74,2 23,4 19,9 1.303,0Adições 0,1 17,0 57,1 20,6 - 14,8 2,0 5,5 117,1Transferências - (0,2) (0,4) (0,4) - (0,1) - (8,7) (9,8)Baixas - 3,6 61,3 3,5 - 13,1 5,3 0,3 87,1Efeito do Câmbio - - (2,8) - - - - - (2,8)

Saldos em 31/12/2009 1,2 165,3 942,3 99,3 - 75,8 20,1 16,4 1.320,4Imobilizado líquidoSaldos em 31/12/2007 38,7 228,2 199,7 33,2 112,8 28,3 9,0 26,2 676,1Saldos em 31/12/2008 38,8 219,0 208,6 56,9 157,7 28,2 11,3 25,3 745,8Saldos em 31/12/2009 38,7 267,3 264,1 54,1 72,4 37,7 13,1 19,0 766,4

(c) DepreciaçãoA depreciação do ativo imobilizado foi distribuída nas seguintes contas:

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Custo dos Produtos Vendidos 46,9 40,8 46,9 40,8Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas 63,4 63,5 63,4 61,9

110,3 104,3 110,3 102,7Estoques 4,6 4,0 4,6 4,0

114,9 108,3 114,9 106,7

9. Imobilizado

(a) Saldos Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP Taxas anuais de depreciação2009 2008 2009 2008 %

Terrenos e Cercas 38,7 38,8 38,7 38,8 -Edifícios 267,3 219,0 267,3 219,0 4Máquinas e Equipamentos 264,1 208,6 251,2 192,5 10-25Veículos 54,1 56,9 54,1 56,9 20Imobilizado em Andamento 72,4 157,7 72,4 157,7 -Equipamentos de Processamento de Dados 37,7 28,2 37,7 28,2 20Móveis e Utensílios 13,1 11,3 13,0 11,4 10Outros Imobilizados 19,0 25,3 22,6 29,8 -

766,4 745,8 757,0 734,3 -

4. Reconciliação das demonstrações financeiras consolidadas (IFRS) e da controladora (BRGAAP)A reconciliação do patrimônio líquido e dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de2008 está demonstrada como segue:

Lucro líquidoPatrimônio líquido do exercício

2009 2008 2009 2008

Controladora (BRGAAP) 2.109,1 2.380,0 1.447,0 1.212,1

Resultados não realizados nas transações entre a controladora e suas controladas - (2,0) 2,0 (2,0)Incentivos Fiscais (a) (210,6) (245,2) 34,6 36,7Movimentações em Outros Ativos (3,1) (4,5) 1,3 2,8

Consolidado (IFRS) 1.895,4 2.128,3 1.484,9 1.249,6

Descrição das diferenças entre as práticas contábeis e respectivos ajustesAs principais diferenças entre IFRS e BRGAAP que afetaram as demonstrações financeiras consolidadas daCompanhia podem ser assim descritas:Incentivos fiscaisDe acordo com IFRS, incentivos fiscais recebidos pela Companhia se enquadram no conceito de receitadiferida, conforme determinado pelo IAS 20 e deve ser reconhecido no resultado de acordo com a depreciaçãodos bens do ativo imobilizado que o geraram.Conforme mencionado na Nota 14, a Souza Cruz possui incentivo fiscal de ICMS (FUNDOPEM) concedido peloEstado do Rio Grande do Sul. Esses incentivos, de acordo com a norma brasileira de contabilidade anterior, eramcontabilizados diretamente no patrimônio liquido da Companhia, como Reserva de Capital até 31 de dezembro de2007. Com o advento do CPC 07, ocorreu a equiparação prospectivamente do tratamento contábil das práticascontábeis brasileiras com as normas internacionais de contabilidade a partir de 1º de janeiro de 2008.Para fins de IFRS, a administração da Companhia reclassificou o montante de incentivos fiscais correspondentesao valor residual (parcela ainda não depreciada) dos bens que foram base de geração dos incentivos em 31 dedezembro de 2007, que se encontrava registrado no patrimônio líquido, para o passivo não circulante. Para fins depráticas contábeis brasileiras a adoção foi prospectiva para incentivos recebidos a partir de 1º de janeiro de 2008.A diferença entre as parcelas realizadas apuradas separadamente para fins de BRGAAP e de IFRS é ajustadacomo “Realocação da parcela não societária do resultado do exercício” na conta “Ajustes de AvaliaçãoPatrimonial” no patrimônio líquido.

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Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

14. Incentivos fiscaisConcedidos em 1997 com base no programa estadual de incentivos fiscais do ICMS - Fundo OperaçãoEmpresa (FUNDOPEM) do Estado do Rio Grande do Sul, para construção da fábrica de cigarros na cidade deCachoeirinha, município da região metropolitana de Porto Alegre e da Usina de Processamento de Fumo nacidade de Santa Cruz do Sul, benefícios esses que terminaram em junho de 2005.Em agosto de 2005, o Programa foi estendido para contemplar a transferência para Cachoeirinha do Centro dePesquisas e Desenvolvimento (CPD) e do Departamento Gráfico (DG), sediados no Rio de Janeiro àquelaépoca, além da construção de nova linha de processamento de talos de folhas de fumo na cidade de SantaCruz do Sul.

10. Intangível

(a) Composição Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Programas de Software-Licenças de Uso 222,8 226,4 218,1 220,3Amortização Acumulada (156,6) (142,9) (152,0) (137,1)

66,2 83,5 66,1 83,2

(b) Movimentações - consolidado - IFRS

2008 Saldos Transfe- Efeito Saldosem 2007 Adições rências Baixas Impairment Câmbio em 2008

Custo do intangível 198,6 9,0 17,4 - - 1,4 226,4Amortização acumulada (122,5) (19,1) - - - (1,3) (142,9)

Intangível líquido 76,1 (10,1) 17,4 - - 0,1 83,5

2009 Saldos Transfe- Efeito Saldosem 2008 Adições rências Baixas Impairment Câmbio em 2009

Custo do intangível 226,4 21,7 10,4 33,6 (0,6) (1,5) 222,8Amortização acumulada (142,9) (19,1) - (3,9) - 1,5 (156,6)

Intangível líquido 83,5 2,6 10,4 29,7 (0,6) - 66,2

11. Empréstimos e financiamentosCirculante Encargos 2009 2008Moeda NacionalCapital de Giro Taxas de mercado 21,2 18,5

Moeda estrangeiraAdiantamentos de contratos de câmbio (ACC) 0,65% a.a. (2008 - 3,03% a.a.)

US$ 110,1 milhões (2008 - US$ 14,2 milhões) + variação cambial 191,6 33,2212,8 51,7

Não Circulante - controladora BRGAAPFinanciamento para exportação de fumo captadoda Yolanda Netherlands B.V. (controlada indireta) 6,57% a.a. (2008 - 7,2% a.a.)US$ 621,2 milhões - (2008 - US$ 596,1 milhões) + variação cambial 1.081,6 1.393,0

Instituição financeira: Vencimento 2009 2008Banco Unibanco S.A. Até 1 ano - 8,3Banco Bradesco S.A. Até 1 ano 40,1 -HSBC Bank Brasil S.A. Até 1 ano 19,0 2,2Banco Bradesco S.A. 1 —- 3 meses - 25,0Banco Citibank S/A Até 1 ano 8,7 -Banco do Brasil S.A. Até 1 ano 99,2 3,0Banco do Brasil S.A. 1 —- 3 meses 30,2 -Banco Itaú BBA S.A. Até 30 dias - 8,2Banco Itaú BBA S.A. Até 1 ano 15,6 5,0

212,8 51,7Os adiantamentos de contrato de câmbio têm como garantia os contratos de exportação. Os empréstimos paracapital de giro são para suprir necessidades temporárias de caixa e têm como garantia cédula de crédito bancário.

12. Outros passivos operacionaisConsolidado - IFRS Controladora - BRGAAP

Circulante 2009 2008 2009 2008Comissões e Serviços 13,5 37,3 13,2 36,8Diversos Gastos Operacionais 21,3 15,6 21,3 15,7Custo de Reestruturação 11,1 13,9 11,1 13,9

45,9 66,8 45,6 66,4Não Circulante - Honorários Advocatícios 48,8 48,1 40,5 42,5

13. Contingências e depósitos judiciaisA Companhia é parte envolvida em processos tributários, trabalhistas, cíveis e de outras naturezas, cujasdiscussões se encontram em andamento nas esferas administrativa e judicial.

O risco de perda associado a cada processo é avaliado periodicamente pela administração em conjunto comseus consultores jurídicos internos e externos e leva em consideração: (i) histórico de perda envolvendodiscussões similares; (ii) entendimentos dos tribunais superiores relacionados a matérias de mesma natureza;(iii) doutrina e jurisprudência aplicável a cada disputa. Com base nessa avaliação, a Companhia constitui provisãopara contingência para aqueles processos cuja avaliação de risco é considerada como provável de perda.

(a) ComposiçãoEm 31 de dezembro de 2009, a Companhia e suas controladas possuíam a seguinte posição de processosadministrativos e judiciais:

Risco de perdaProvável Possível Total

Tributárias:• Taxa ANVISA de inspeção sanitária (i) 40,8 - 40,8• IPI sobre cigarros sinistrados (ii) - 35,6 35,6• Demais ações 30,5 89,8 120,3

71,3 125,4 196,7

Cíveis: 1,0 28,7 29,7

Trabalhistas: 74,9 84,1 159,0

Total 147,2 238,2 385,4

Comentários sobre os principais processos envolvendo a Companhia e suas controladas (valoresindividuais acima de R$ 30 milhões):(i) Taxa ANVISA de inspeção sanitáriaA Companhia, suportada por mandado de segurança, vem depositando judicialmente os valores cobrados pelaANVISA a título da taxa de inspeção sanitária exigida no registro e renovação de produtos. Por entender que aspossibilidades de perda nessa discussão são prováveis, esses valores são periodicamente provisionados ecorrigidos pela administração.

(ii) IPI sobre cigarros sinistradosAs autoridades fiscais autuaram a Companhia pelo não recolhimento do IPI sobre cigarros roubados. A administraçãoentende que esse tributo não é devido considerando que a entrega efetiva das mercadorias aos clientes nãoocorreu e, portanto, não se configurou o evento econômico, pressuposto para a tributação.Nessa linha, recentemente foram concedidas 2 decisões favoráveis à tese defendida pela Souza Cruz que sebaseia no fato de que o fato gerador para fins tributários deveria ser associado à materialização do eventoeconômico, o qual não ocorre no caso de sinistros com mercadorias. Considerando que as possibilidades deperda nessas discussões são consideradas possíveis, a Companhia não mantém provisão para contingênciadesses valores.

(b) Responsabilidade pelo fato do produtoEm 31 de dezembro de 2009, havia 317 processos (2008 – 313 processos) dessa natureza em andamento. Deacordo com opiniões dos consultores jurídicos internos e externos da Companhia, não existem ações quejustifiquem provisão referente à responsabilidade pelo fato do produto.

Foram proferidas pelo Judiciário brasileiro 280 decisões definitivas (2008 – 233), todas favoráveis aos argumentosde defesa da Companhia.

(c) Provisões para contingênciasA movimentação das provisões para contingências consolidadas pode ser resumida como segue:

Tributárias Cíveis Trabalhistas Total

Saldos em 31 de dezembro de 2007 55,7 2,1 58,4 116,2Adições e reversões 12,0 - 20,2 32,2Baixas por pagamento (0,1) (0,9) (6,2) (7,2)

Saldos em 31 de dezembro de 2008 67,6 1,2 72,4 141,2Adições e reversões 9,6 1,0 7,3 17,9Baixas por pagamento (5,9) (1,2) (4,8) (11,9)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 71,3 1,0 74,9 147,2

(d) Depósitos judiciaisA posição consolidada de depósitos judiciais relacionados por natureza pode ser resumida como segue:

Tributárias Cíveis Trabalhistas TotalSaldos em 31 de dezembro de 2008 59,2 6,3 15,8 81,3Saldos em 31 de dezembro de 2009 76,9 9,2 27,7 113,8

(i) Consolidado - IFRSDe acordo com o IAS 20, os valores referentes a subsídios do Governo não devem ser registrados no patrimôniolíquido e estabelece sua contabilização em conta do passivo, com apropriação para o resultado baseado narealização do correspondente ativo incentivado. Durante o exercício de 2009, R$ 60,2 (2008 - R$ 59,7) relativos àparcela não realizada foram registrados na conta “Incentivos Fiscais” no passivo não circulante e R$ 46,1 (2008 -R$ 45,0) relativos à parcela realizada foram registrados na conta “Outras (Receitas) Despesas, Líquidas” noresultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Os incentivos fiscais ainda não realizados, no montantede R$ 310,8 (2008 - R$ 296,6) foram registrados na conta “Incentivos Fiscais” no passivo não circulante.

(ii) Controladora - BRGAAPDe acordo com o CPC 07 e o CPC 13, as subvenções para investimentos destinadas à aquisição de ativoimobilizado geradas a partir do início do exercício de 2008, devem ter sua contabilização em conta do passivo,com apropriação para o resultado baseado na realização do correspondente ativo incentivado. Durante oexercício de 2009, R$ 60,2 (2008 - R$ 59,7) relativos à parcela não realizada foram registrados na conta“Incentivos Fiscais” no passivo não circulante e R$ 11,5 (2008 - R$ 8,3) relativos à parcela realizada foramregistrados na conta “Outras (Receitas) Despesas, Líquidas” no resultado do exercício findo em 31 dedezembro de 2009. O saldo de R$ 499,4 relativo a incentivos fiscais gerados em exercícios anteriores foimantido no patrimônio líquido na conta “Reserva de Capital - Incentivos Fiscais”.

15. Patrimônio líquido(a) Capital socialO Capital Social é composto de 305.690.100 ações ordinárias escriturais, sem valor nominal, assim distribuídasem 31 de dezembro:

2009 2008Quantidade Quantidade

de ações % de ações %

Controle Acionário: 230.076.378 75,3% 230.076.378 75,3%British-American Tobacco Company (Nederland) B.V. 230.076.378 75,3% 230.076.378 75,3%

Acionistas Minoritários: 75.613.722 24,7% 75.613.722 24,7%Domiciliados no Exterior 43.846.594 14,3% 39.354.133 12,9%Pessoas Físicas 23.767.381 7,8% 23.154.684 7,6%Fundos de Pensão 3.372.489 1,0% 7.672.595 2,4%Pessoas Jurídicas 4.627.258 1,5% 5.432.310 1,8%

305.690.100 100% 305.690.100 100,0%

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19 de março de 2009, foi aprovado aumento de R$ 229,4 nocapital social, sem emissão de novas ações, mediante capitalização de:

• “Lucros Acumulados” relativos ao exercício social de 1995, no valor de R$ 54,4; e

• “Reserva para Investimentos” no valor de R$ 175,0, constituída nos seguintes exercícios sociais:

– 1985: R$ 6,0– 1991: R$ 1,5– 1992: R$ 49,6– 1994: R$ 117,9

(b) Reservas

(i) Reserva legalConstituída com 5% do lucro líquido do exercício, limitada a 20% do capital social. A Companhia poderá deixar deconstituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas decapital, exceder a 30% do capital social, conforme previsto na Lei das Sociedades por Ações.

(ii) Reserva estatutária para manutenção de capital de giroConstituída com a finalidade de assegurar a disponibilidade de recursos próprios para o desenvolvimento dosnegócios sociais e a manutenção dos estoques da Companhia, assim como possibilitar a compra de safrasfuturas de fumo. O estatuto da Companhia determina que essa reserva pode ser constituída em valor de até 30%do lucro líquido do exercício e o seu saldo não poderá exceder a 80% do capital social.

(iii) Reserva estatutária para investimentosConstituída com a finalidade de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido em seu plano deinvestimentos, conforme orçamento de capital proposto pelos administradores da Companhia, a ser deliberadona Assembléia Geral em observância ao Artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.

(iv) Reserva de incentivos fiscais (de lucros)A administração da Companhia propôs, ad referendum da Assembléia Geral de Acionistas, a apropriação dovalor dos incentivos fiscais para investimentos realizados no resultado do exercício findo em 31 de dezembrode 2009, no montante de R$ 11,5 (2008 – R$ 8,3), à conta de “Reserva de incentivos fiscais” no patrimôniolíquido (Nota 14).

(c) Remuneração dos acionistasDe acordo com as disposições estatutárias da Companhia, o dividendo mínimo obrigatório é de 25% do lucrolíquido do exercício, ajustado na forma da lei societária.

Em 31 de dezembro de 2009, a administração da Companhia propôs o pagamento de dividendos no montantede R$ 561,9 (2008 – R$ 656,8) com base no lucro apurado no exercício de 2009, a ser referendado pelaAssembleia Geral de Acionistas, o qual foi transferido para a reserva “Dividendo Adicional Proposto”, conformedisposto na Deliberação CVM nº 601/2009. Esses dividendos serão reconhecidos no passivo quando houveraprovação em 2010.

Assim, considerando os juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 27,4 declarados em dezembro de 2009 e aremuneração intermediária (JCP e dividendos) paga durante o ano de R$ 846,8, a remuneração total dosacionistas por conta dos lucros obtidos no exercício de 2009 totalizará a R$ 1.436,1 (R$ 4,697887 por ação),representando 96,7% do lucro líquido consolidado do exercício de 2009.Os dividendos propostos e os juros sobre o capital próprio declarados serão atualizados pela taxa SELIC a partirde 31 de dezembro de 2009 até a data dos seus respectivos pagamentos.

2009 2008R$ Milhões R$ por ação R$ Milhões R$ por ação

Lucro líquido do exercício (controladora) 1.447,0 4,73 1.212,1 3,97Realização de Incentivos Fiscais (11,5) (0,03) (8,3) (0,03)Reversão de Dividendos Prescritos 0,6 - 0,6 -

Base de cálculo dos dividendos 1.436,1 4,70 1.204,4 3,94Juros sobre o capital próprio - intermediários 90,8 0,296941 76,7 0,250829Dividendo intermediário 756,0 2,473094 437,9 1,432457Juros sobre o capital próprio - complementar 27,4 0,089574 33,0 0,108006Dividendo proposto - complementar 561,9 1,838278 656,8 2,148615

1.436,1 4,697887 1.204,4 3,939907Porcentagem sobre o lucro líquido do exercício consolidado 96,7% 96,4%

16. Receita Líquida das VendasA receita líquida das vendas para o exercício possui a seguinte composição:

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Receita bruta de vendas 12.121,3 11.046,4 11.803,8 10.944,5Tributos incidentes sobre vendas (6.328,6) (5.745,8) (6.328,6) (5.745,8)

Receita líquida das vendas 5.792,7 5.300,6 5.475,2 5.198,7

17. Resultado financeiroO resultado financeiro pode ser demonstrado como segue:

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Receitas FinanceirasRendimentos sobre Aplicações Financeiras 73,5 60,6 69,1 53,2Juros e Variações Monetárias sobre Contas a Receber 15,2 19,1 15,2 19,0Juros e Variações Monetárias sobre Impostos a Recuperar 0,7 0,6 0,7 0,5Outras Receitas Financeiras 4,3 4,1 3,5 3,3

93,7 84,4 88,5 76,0Variações Cambiais sobre PassivosAdiantamentos sobre Cambiais Entregues (ACE) 7,0 (7,8) 7,0 (7,8)Fornecedores e Outras Contas a Pagar 11,4 (9,1) 11,3 (9,1)Adiantamentos de Clientes no Exterior 18,5 3,2 18,6 3,2

36,9 (13,7) 36,9 (13,7)Despesas FinanceirasJuros sobre Empréstimos com Investida no Exterior - - (74,2) (82,0)Juros SELIC sobre Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio a Pagar (29,2) (23,9) (29,2) (23,9)Juros sobre Empréstimos baseados na Resolução nº 2.770 do BACEN - (1,0) - (1,0)Juros sobre Empréstimos em Moeda Nacional (6,0) (5,3) (6,0) (5,3)Juros sobre Adiantamentos de Contrato de Câmbio e Adiantamentos sobre Cambiais entregues (ACC/ACE) (1,3) (3,0) (1,3) (3,0)Outras Despesas Financeiras (8,7) (7,6) (8,3) (7,3)

(45,2) (40,8) (119,0) (122,5)Variações Cambiais sobre AtivosContas a Receber no Exterior (17,3) 37,4 (16,4) 37,4Contas Correntes com Companhias do Grupo Controlador (6,7) 11,3 (6,7) 11,3Outras Variações Cambiais 6,2 5,5 6,8 4,9

(17,8) 54,2 (16,3) 53,667,6 84,1 (9,9) (6,6)

Page 8: Balan o souza_cruz

Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

Os resultados dos segmentos em 2008 são os seguintes:a) Consolidado - IFRS

Exportação Outros Não Total doCigarros de Fumo Negócios Alocados Grupo

RECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS 3.302,4 1.277,7 720,5 - 5.300,6Custo dos Produtos Vendidos 668,7 990,6 627,8 - 2.287,1

LUCRO BRUTO 2.633,7 287,1 92,7 - 3.013,5Despesas (Receitas) Operacionais - Líquidas 1.290,9 93,4 25,7 - 1.410,0

LUCRO OPERACIONAL 1.342,8 193,7 67,0 - 1.603,5Resultado Financeiro - - - 84,1 84,1Resultado de Equivalência Patrimonial - - 8,6 - 8,6

RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - - - - 1.696,2

Imposto de Renda e Contribuição Social - - - 446,6 446,6LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - - - - 1.249,6

b) Controladora - BRGAAP

Exportação Outros Não Total doCigarros de Fumo Negócios Alocados Grupo

RECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS 3.302,3 1.201,0 695,3 - 5.198,6Custo dos Produtos Vendidos 668,8 989,8 618,9 - 2.277,5

LUCRO BRUTO 2.633,5 211,2 76,4 - 2.921,1Despesas (Receitas) Operacionais - Líquidas 1.298,2 138,3 15,9 - 1.452,4

LUCRO OPERACIONAL 1.335,3 72,9 60,5 - 1.468,7Resultado Financeiro - - - (6,5) (6,5)Resultado de Equivalência Patrimonial - - 189,0 - 189,0

RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - - - - 1.651,2Imposto de Renda e Contribuição Social - - - 439,1 439,1

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - - - - 1.212,1

22. Plano de suplementação de aposentadoria (FASC)A Fundação Albino Souza Cruz, da qual a Companhia é a única patrocinadora, é uma entidade fechada deprevidência complementar, sem fins lucrativos e de personalidade jurídica própria, tendo por objetivo principala suplementação da aposentadoria dos seus colaboradores, através dos planos de Benefício Definido (BD) ede Contribuição Definida (CD). Os valores relacionados com os planos de benefícios foram apurados emavaliação atuarial anual, conduzida pelos atuários independentes em 31 de dezembro de 2009 e de 2008.

Principais premissas atuariais utilizadas e outras informações relevantes do plano de Benefício Definido (BD):

Premissas atuariais adotadas nos cálculos 2009 2008Hipóteses econômicas:Taxa de desconto nonimal para a obrigação atuarial 10,25% 10,25%Taxa de rendimento nominal esperada sobre ativos do plano 9,77% 12,49%Índice estimado de aumento nominal dos salários 9,20% 8,15%Índice estimado de aumento nominal dos benefícios 5,00% 5,00%Taxa estimada de inflação no longo prazo 5,00% 5,00%

Hipóteses demográficas:Tábua biométrica de mortalidade geral AT 83 AT 83Tábua biométrica de entrada em invalidez 50% * Mercer DisabilityTábua biométrica de mortalidade de inválidos IAPB57Probabilidade de ingresso em aposentadoria 3% por ano a partir da primeira

elegibilidade à aposentadoria e100% aos 58 anos de idade

Os investimentos do plano de benefício definido são bem diversificados, de forma que o fracasso de um únicoinvestimento não tenha impacto relevante no nível geral dos ativos do plano. A Administração avalia que arentabilidade combinada é suficiente para cumprir com as metas atuariais do plano.Categorias de ativos investidos 2009 2008Renda variável 10,00% 6,15%Renda fixa 89,50% 93,42%Imóveis 0,50% 0,42%

Consolidado - Plano de Benefício Definido2009 2008

Reconciliação do valor das obrigações atuariaisValor das obrigações no início do ano 543,6 512,9Custo do serviço corrente bruto 2,8 2,0Juros sobre obrigação atuarial 53,6 50,6(Ganho)/perda atuarial (3,5) 17,2Benefícios pagos (39,1) (39,1)Valor das obrigações calculadas no final do ano 557,4 543,6

Reconciliação do valor justo dos ativosValor justo dos ativos no início do ano 519,0 531,7Rendimento esperado no ano 62,3 65,2Ganho/(perda) atuariais nos ativos do plano 34,3 (38,8)Benefícios pagos (39,1) (39,1)Valor justo dos ativos no final do ano 576,5 519,0

Conciliação dos valores reconhecidos no balançoValor presente das obrigações atuariais 557,4 543,6Valor justo dos ativos do plano 576,5 519,0

Déficit / (Superávit) para planos cobertos (19,1) 24,6Ganhos / (Perdas) atuariais não reconhecidos (43,6) (43,6)Efeito do limite do valor total a ser contabilizado 19,1 -

Passivo / (Ativo) líquido passível de contabilização (43,6) (19,0)

Saldo contabilizado em 31 de dezembro - -O ativo não foi reconhecido pela Companhia, pois não é permitida a compensação ou redução efetiva de suas contribuições no futuro.Componentes da despesa/(receita) do planoValores reconhecidos no demonstrativo de resultados do exercícioCusto do serviço corrente 2,8 2,0Juros sobre as obrigações atuariais 53,6 50,6Rendimento esperado dos ativos do plano (62,3) (65,2)Amortização de (ganhos) ou perdas atuariais (37,8) -Efeito do limite do valor total a ser contabilizado 19,1 -Total da despesa no exercício (24,6) (12,6)

Controladora - Plano de Benefício Definido

Conciliação dos ativos e passivos reconhecidos no balanço de:2009 2008

Valor presente das obrigações atuariaisa) Assistidos 459,1 446,2b) Ativos 98,3 97,4Total 557,4 543,6

Valor presente das obrigações atuariais 557,4 543,6Valor justo dos ativos do plano

a) Valor antes do ajuste (576,6) (519,0)b) Ajuste para limitar o valor total a ser contabilizado 34,9 18,5Valor líquido do ativo (541,7) (500,5)

Ajustes por diferimentos permitidosa) (Ganhos) ou perdas atuariais não reconhecidos 15,7 53,5Total 15,7 53,5

Passivo / (Ativo) atuarial líquido total a ser provisionadoa) Valor antes do ajuste (34,9) (29,0)b) Limite para o ativo a ser contabilizado - (10,5)c) Ajuste para limitar o valor total a ser contabilizado 34,9 18,5Valor líquido a ser contabilizado - (10,5)

Saldo contabilizado em 31 de dezembro - -O ativo não foi reconhecido pela Companhia, pois não é permitida a compensação ou redução efetiva de suas contribuições no futuro.

18. Despesas por naturezaO detalhamento do resultado por natureza pode ser assim resumido em 31 de dezembro:

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Matéria-prima e materiais 2.043,0 2.028,7 2.025,4 2.007,1Salários, encargos e benefícios 665,6 611,2 660,7 611,2Despesas com marketing 341,5 328,7 337,8 328,7Serviços de terceiros 288,0 262,4 285,1 262,4Depreciação e amortização 135,9 125,4 135,5 125,4Manutenção e materiais diversos 136,9 121,4 136,6 121,4Energia, água e comunicação 58,7 55,1 58,7 55,1Despesas com viagens 46,1 54,6 46,1 54,6Fretes, armazenagens, aduanas e outras 47,1 48,2 46,6 48,2Perda com créditos a agricultores e clientes 46,2 67,2 46,2 67,2Contingências fiscais e trabalhistas 26,8 42,2 26,1 42,2Aluguéis 25,9 24,2 25,8 24,2Seguros e sinistros 18,6 16,2 18,6 16,2Contribuições a fundação - FASC 12,4 11,7 12,4 11,7Impostos (CPMF e outros) 14,3 14,2 14,2 14,2Doações e patrocínios (Lei Rouanet, Fundo da criança e outros) 15,6 14,0 15,6 14,0Despesas bancárias 10,8 7,3 10,8 7,3(Reversão)/provisão para perdas nos estoques 1,1 (57,8) 1,1 (57,8)Outras despesas 12,0 4,4 7,3 4,3

3.946,5 3.779,3 3.910,6 3.757,6Classificadas como:Custo dos produtos vendidos 2.348,7 2.287,1 2.331,0 2.277,5Despesas com vendas 847,5 782,8 833,7 774,7Despesas gerais e administrativas 750,3 709,4 745,9 705,4

3.946,5 3.779,3 3.910,6 3.757,6

As despesas com salários e benefícios incluem R$ 7,2 (2008 – R$ 10,8) relativos ao programa de incentivo aempregados e diretores na forma de remuneração variável conforme Nota 3.1(r).Reclassificação de saldos contábeisPara melhor comparabilidade e análise das demonstrações dos resultados, as provisões para impairment docontas a receber que em 2008 (R$ 60,7 - consolidado e controladora) estavam classificadas na rubrica“Despesas Gerais e Administrativas” foram reclassificadas para a rubrica “Despesas com Vendas” no compa-rativo com 2009.

19. Outras (receitas) despesas, líquidasA composição da linha de “Outras (Receitas) Despesas, Líquidas”, apresentada na demonstração do resultadoem 31 de dezembro, pode ser assim resumida:

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Receitas Operacionais por:Incentivos Fiscais (Nota 14) 46,1 45,0 11,5 8,3Recuperação de Custos de Estocagem e Carregamento de Estoques 8,7 15,3 - -Recuperação de Créditos do Contas a Receber 8,5 7,0 8,5 7,0Doações Recebidas em Mercadorias 0,3 2,4 0,3 2,4Vendas de Sucatas, Materiais e Lenha 1,8 2,6 1,8 2,6Recuperação de Impostos e Seguros 7,2 5,8 6,2 5,8Outras 2,8 7,5 1,7 4,7

75,4 85,6 30,0 30,8Despesas Operacionais por:Baixa de Bens do Ativo Imobilizado 29,5 1,5 29,5 1,5PIS e COFINS sobre Outras Receitas Operacionais 0,7 1,2 0,7 1,2Outras 1,8 0,7 1,3 0,4

32,0 3,4 31,5 3,143,4 82,2 (1,5) 27,7

Em 2009, foi reconhecida na rubrica “Outras Receitas Operacionais, Líquidas” uma baixa no montante de R$ 30,1a título de impairment de ativo intangível referente a uma plataforma de sistema de marketing e distribuição. Estabaixa foi suportada por estudos, análises e laudo técnico que atestaram a descontinuidade desta plataforma.

20. Imposto de renda e contribuição social(a) Composição dos tributos diferidos – Consolidado (IFRS)Os saldos de ativos e passivos diferidos da Companhia e suas controladas apresentam-se como segue:

Ativo PassivoDiferenças temporárias geradas por: 2009 2008 2009 2008Provisões para contingências 80,7 79,0 - -Provisão para perdas em ativos 44,4 40,2 - -Provisão para participações no resultado 29,2 27,1 - -Provisões para diversas dívidas 4,8 3,5 - -Provisão para benefícios trabalhistas 7,6 8,1 - -Provisão para custos com reestruturação 3,8 5,4 - -Outras 6,8 14,4 0,1 0,1

177,3 177,7 0,1 0,1Os ativos e passivos diferidos de imposto de renda e contribuição social, decorrentes de diferenças temporárias,são reconhecidos levando-se em consideração a realização provável desses tributos, a partir de projeçõesde resultados futuros elaboradas com base em premissas internas e em cenários econômicos futuros quepodem, portanto, sofrer alterações.Apesar das normas contábeis estabelecerem que uma Companhia que diferencie circulante e não circulantenão deve classificar os ativos e passivos fiscais diferidos como ativos e passivos circulantes, existe ummontante de R$ 89,0 (2008 - R$ 90,6), classificado como ativo fiscal diferido não circulante que, de acordo coma expectativa da administração, será realizado durante o ano de 2010. O saldo remanescente será realizadono período de até 5 anos.(b) Reconciliação da despesa do imposto de renda e da contribuição socialOs valores de imposto de renda (alíquota de 25%) e contribuição social (alíquota de 9%), demonstrados noresultado, apresentam a seguinte reconciliação em seus valores à alíquota nominal combinada:

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Lucro antes da tributação 1.965,1 1.696,2 1.918,9 1.651,2Juros sobre o Capital Próprio (118,2) (109,7) (118,2) (109,7)Resultado de Investimentos em Controladas e Coligada (363,6) (186,1) (365,7) (189,0)Adições sobre preços de transferência 12,2 7,6 12,2 7,6Inovação Tecnológica - Lei 11.196/2005 (39,3) (47,7) (39,3) (47,7)Realização de Incentivos Fiscais (46,1) (45,0) (11,5) (8,3)Itens permanentes, líquidos 2,3 (1,8) (8,5) (12,6)

Lucro tributável 1.412,4 1.313,5 1.387,9 1.291,5Alíquota combinada do imposto de renda e da contribuição social - % 34% 34% 34% 34%

Imposto de renda e contribuição social no resultado 480,2 446,6 471,9 439,1Alíquota efetiva 24,4% 26,3% 24,6% 26,6%

Como a base tributável do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido decorre não apenasdo lucro que pode ser gerado, mas também da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis,incentivos fiscais e outras variáveis, não existe uma correlação imediata entre o lucro líquido da Companhia eo resultado de imposto de renda e contribuição social. Portanto, a expectativa da utilização dos créditos fiscaisnão deve ser tomada como único indicativo de resultados futuros da Companhia.

21. Informações por segmento de negócioA administração definiu os segmentos operacionais do grupo, com base nos relatórios utilizados para suatomada de decisão estratégica nos negócios. Esses segmentos são:• Fabricação e venda de cigarros atendendo diretamente a cerca de 246 mil pontos-de-venda de varejos eatacados no país.• Operações de exportação de fumo para mais de 50 países nos cinco continentes.A administração efetua sua análise sobre o negócio sob o ponto de vista de comercialização dos produtos daCompanhia. Cigarros são vendidos integralmente no Brasil e fumo exclusivamente no exterior. A segregaçãogeográfica é natural pelo tipo de negócio.A Companhia também possui outros pequenos negócios representados por vendas de fumo desfiado, papéispara cigarros, distribuição de cartões telefônicos e prestação de serviços de pesquisas e de infra-estruturade informática. Separadamente, nenhum desses negócios constitui um segmento.Os ativos e passivos por segmento de negócio não estão sendo apresentados, uma vez que não são objetode análise para tomada de decisão estratégica por parte da administração.

Os resultados dos segmentos em 2009 são os seguintes:

a) Consolidado - IFRSExportação Outros Não Total do

Cigarros de Fumo Negócios Alocados GrupoRECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS 3.646,0 1.460,8 685,9 - 5.792,7Custo dos Produtos Vendidos 733,0 1.029,4 586,3 - 2.348,7

LUCRO BRUTO 2.913,0 431,4 99,6 - 3.444,0Despesas (Receitas) Operacionais - Líquidas 1.396,3 130,2 27,9 - 1.554,4

LUCRO OPERACIONAL 1.516,7 301,2 71,7 - 1.889,6Resultado Financeiro - - - 67,6 67,6Resultado de Equivalência Patrimonial - - 7,9 - 7,9

RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - - - - 1.965,1 Imposto de Renda e Contribuição Social - - - 480,2 480,2

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - - - - 1.484,9

b) Controladora - BRGAAPExportação Outros Não Total do

Cigarros de Fumo Negócios Alocados GrupoRECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS 3.645,9 1.174,6 654,6 - 5.475,1Custo dos Produtos Vendidos 734,4 1.022,7 574,0 - 2.331,1

LUCRO BRUTO 2.911,5 151,9 80,6 - 3.144,0Despesas (Receitas) Operacionais - Líquidas 1.399,0 166,8 15,2 - 1.581,0

LUCRO OPERACIONAL 1.512,5 (14,9) 65,4 - 1.563,0Resultado Financeiro - - - (9,8) (9,8)Resultado de Equivalência Patrimonial - - 365,7 - 365,7

RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - - - - 1.918,9Imposto de Renda e Contribuição Social - - - 471,9 471,9

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - - - - 1.447,0

Page 9: Balan o souza_cruz

Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

2009 2008Prazos para reconhecimento a partir de 31/12 (em anos)Ganhos ou perdas atuariais não reconhecidos 3,0 3,2

Movimentação do passivo (ativo) atuarial líquidoPassivo / (ativo) no início do ano reconhecido no balanço após o ajuste para limitar o valor a ser reconhecido (10,5) (6,3)Reversão do ajuste 18,5 10,0

Passivo / (ativo) atuarial líquido no início do ano (29,0) (16,3)Despesa (receita) reconhecida na demonstração do resultado do ano (5,9) (12,7)

Passivo / (ativo) atuarial líquido no final do ano (34,9) (29,0)Ajuste para limitar o valor a ser reconhecido 34,9 18,5

Passivo / (ativo) atuarial líquido a ser reconhecido no final do ano após o ajuste - (10,5)Reconciliação do valor justo dos ativosValor justo dos ativos no início do ano 519,0 531,7Benefícios pagos no ano 39,1 39,1Rendimento efetivo dos ativos no ano 96,7 26,4

Valor justo dos ativos no final do ano 576,6 519,0Reconciliação do valor presente das obrigaçõesValor das obrigações no início do ano 543,6 512,9Custo do serviço corrente bruto (com juros) 2,8 2,0Juros sobre obrigação atuarial 53,7 50,6Benefícios pagos no ano 39,1 39,1Alteração das hipóteses 7,3 3,5Obrigações - (G)/P (10,7) 13,7

Valor das obrigações calculadas no final do ano 557,6 543,6Cálculo dos (ganhos) / perdasValor (ganho) / perda no início do ano 53,5 (2,6)(Ganho) / perda nas obrigações atuariais (3,4) 17,2(Ganho) / perda nos ativos do plano (34,4) 38,9(Ganho) / perda no final do ano 15,7 53,5Cálculo do corredor (% do maior entre o patrimônio e o valor da obrigação) 57,7 54,4

No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Companhia efetuou contribuições em favor da Fundação, atítulo de contribuições, custos de pensões, amortização do passivo atuarial e despesas administrativas omontante de R$ 12,4 (2008 - R$ 11,7).Não são esperadas contribuições para o plano de benefício definido para o exercício a findar em 31 dedezembro de 2010.

23. Transações e saldos com partes relacionadasI - Consolidado - IFRSA Companhia e suas controladas possuem transações comerciais com Companhias interligadas ao grupocontrolador no exterior, representadas por exportação de produtos e serviços, adiantamentos recebidos porconta de exportação de fumo e despesas com serviços de apoio técnico especializado. Todas as operações sãorealizadas a valores, prazos e condições de mercado, quando existentes. Os montantes dessas transações esaldos em 31 de dezembro são os seguintes:

2009 2008Contas a receber (pagar) - líquidas 36,6 13,1Receitas 1.086,2 766,2Despesas e Custos 72,1 42,5

II - Controladora - BRGAAPSociedades controladas e coligada

DespesasReceitas e Custos Direitos Obrigações

2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008Souza Cruz Trading S. A. - 0,1 - 0,2Yolanda Participações S.A. 883,0 861,6 790,5 703,8 1,5 25,0 70,2 35,0Yolanda Netherlands B.V. - controlada indireta - - 74,2 82,0 - - 1.081,6 1.393,0Agrega Inteligência em Compras Ltda. - - - - - 8,0 - -

883,0 861,7 864,7 786,0 1,5 33,0 1.151,8 1.428,0

Direitos: Contas a receber da controlada indireta Souza Cruz Overseas, decorrentes das exportações de fumo.Obrigações: Adiantamento recebido da Souza Cruz Overseas (controlada indireta) por conta de compra futura defumo e financiamento para exportação de fumo captado da Yolanda Netherlands B.V. (controlada indireta) à taxa dejuros de 6,8% a.a., com vencimentos entre 2010 e 2014. Essas obrigações estão indexadas ao dólar dos EstadosUnidos. Apesar dos vencimentos contratuais, a Companhia considera esses financiamentos como permanente e asvariações cambiais decorrentes são apresentadas nas demonstrações dos resultados abrangentes.Receitas/Custos/Despesas: Transações comerciais representadas por vendas de produtos, serviços,variações cambiais sobre adiantamentos recebidos/contas a receber da controlada indireta Souza CruzOverseas e variação cambial e encargos sobre financiamento para exportação de fumo com sua controladaindireta Yolanda Netherlands B.V..Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Companhia não possuía responsabilidade por avais a suas sociedadescontroladas.Todas as operações são realizadas a valores, prazos e condições de mercado sempre que observaremoperações similares.III - Remuneração do pessoal-chave da administraçãoEm 2009, a remuneração do pessoal-chave da administração, que contempla a Direção e o Conselho deAdministração da Companhia, totalizou R$ 14,9 (2008 – R$ 20,4) e inclui salários, honorários e benefíciosvariáveis (bônus executivo).

24. Lucro líquido por açãoO lucro por ação é computado pela razão do lucro líquido do exercício atribuídos aos acionistas da Companhiapela quantidade média ponderada das ações em circulação no mesmo exercício, conforme requerido pelo IAS33 (“Earning per Share”). Em 2009, não houve emissão de novas ações para circulação aos acionistas, nemações potencialmente diluíveis.

Consolidado - IFRS Controladora - BRGAAP2009 2008 2009 2008

Lucro líquido do exercício 1.484,9 1.249,6 1.447,0 1.212,1Quantidade de ações em circulação (milhares) 305.690,1 305.690,1 305.690,1 305.690,1Lucro líquido por ação (básico e diluído) ao final do exercício - R$ 4,86 4,09 4,73 3,97

25. Garantias prestadas e outras responsabilidadesA Companhia tem compromissos com os bancos, na forma de avais aos agricultores, provenientes de operaçõesde crédito rural, no valor total de R$ 257,3 em 31 de dezembro de 2009 (2008 - R$ 249,8), vencíveis até o ano de2015 (2008 - até 2014), as quais serão quitadas pelos agricultores através de fornecimento de fumo.Para a determinação do valor justo dos avais que a Companhia estima honrar decorrente desses compromissosbancários, a Companhia mantém provisão para impairment classificada como redutora dos créditos a receberdesses mesmos agricultores (Nota 6).

26. Instrumentos financeirosA Companhia e suas controladas avaliaram seus principais ativos e passivos em relação aos valores demercado/realização, por meio de informações disponíveis e metodologias de avaliação estabelecidas pela

administração. Entretanto, tanto a interpretação dos dados de mercado quanto a seleção de métodos deavaliação requerem considerável julgamento e razoáveis estimativas para se produzir o valor de realizaçãomais adequado. Como consequência, as estimativas apresentadas não indicam, necessariamente, os montantesque poderão ser realizados no mercado corrente. O uso de diferentes hipóteses de mercado e/ou metodologiaspara estimativas pode ter um efeito não material nos valores de realização estimados.A administração da Companhia revisou os principais instrumentos financeiros ativos e passivos em 31 dedezembro de 2009 e de 2008, bem como os critérios para a sua valorização, avaliação, classificação e osriscos a eles relacionados, os quais estão descritos a seguir:(a) Instrumentos financeiros por categoria:(i) Empréstimos e recebíveisSão classificados como empréstimos e recebíveis os valores de caixa e equivalentes de caixa, contasreceber, empréstimos a coligadas e outros ativos circulante, cujos valores contabilizados aproximam-se dosde realização. Quanto ao preço do produto, a Companhia considera que não existem riscos inerentes, uma vezque não vêm apresentando volatilidade nos mercados nos quais a Companhia opera.(ii) Outros passivos financeirosSão classificados neste grupo os empréstimos e financiamentos, os saldos mantidos com fornecedores eoutros passivos circulantes. Os empréstimos estão sujeitos a juros com taxas correntes de mercado e àvariação cambial, conforme descrito na Nota 11.(b) Estimativa do valor justoPressupõe que a provisão de contas a receber de clientes,e contas a pagar aos fornecedores pelo valorcontábil, menos a perda (impairment), esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos passivosfinanceiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futurospela taxa de juros vigentes no mercado, para instrumentos financeiros similares. A Companhia utilizou ospreços cotados em mercados ativos para instrumentos idênticos quando da avaliação dos valores justosutilizados.As análises do valor justo dos instrumentos financeiros para fins de divulgação são semelhantes aos valorescontábeis.(c) Gerenciamento de riscos de instrumentos financeirosUma das principais responsabilidades da administração da Companhia é o gerenciamento, dentro de umapolítica global, das exposições aos riscos de taxa de juros, taxa de câmbio, crédito e liquidez. Neste contexto,a Companhia mantém operações com instrumentos financeiros, cujos riscos são administrados por meio deestratégias de posições financeiras e sistemas de controles de limites de exposições aos mesmos.• Risco de taxa de jurosO objetivo da política de gerenciamento do risco de taxa de juros da Companhia é o de minimizar as possibilidadesde perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas aempréstimos captados no mercado.Para o gerenciamento do risco de taxa de juros, a Companhia adota a estratégia de diversificação de instrumentosfinanceiros lastreado em taxas fixas e variáveis.A Companhia e suas controladas monitoram continuamente as taxas de juros de mercado com objetivo deavaliar a eventual necessidade de contratação de operações para se proteger contra o risco de volatilidadedessas taxas e adotam política conservadora de captação e aplicação de seus recursos financeiros.A variação de 1 ponto percentual nas taxas de juros resultaria em um aumento ou redução no resultadofinanceiro de cerca de R$ 10,3.• Risco de taxa de câmbioParcela significativa das operações da Companhia é realizada no mercado internacional, sobretudo asexportações de fumo. A Companhia também está exposta ao risco de taxa de câmbio na conversão de balançoda moeda funcional das subsidiárias domiciliadas no exterior para Reais, a moeda de reporte da Companhia.Com isso, sua estrutura patrimonial está exposta principalmente nas rubricas de caixa, contas a receber,fornecedores, empréstimos e contas de resultado operacional, preponderantemente denominadas em dólaresdos Estados Unidos.Para reduzir esse risco, além do monitoramento permanente do mercado de câmbio pela sua administração aCompanhia contrata, quando julga necessário, derivativos financeiros para compensar esses eventuaisimpactos. Adicionalmente, a Companhia protege seu investimento líquido em subsidiárias no exterior com acontratação de empréstimo em moeda estrangeira de forma a evitar a volatilidade de seu resultado financeiro,reduzindo a exposição à variação cambial. Não há operações de derivativos financeiros em aberto em 31 dedezembro de 2009 e de 2008.As normas contábeis requerem que seja apresentado uma análise sensitiva que mostre os impactos decorrentede variações hipotéticas nas taxas de câmbios sobre itens de ativos e passivos em moeda estrangeira. Aanálise de sensibilidade efetuada pela Companhia considera os efeitos de um aumento ou de redução de 10%entre o real e o dólar dos Estados Unidos sobre aqueles itens em aberto na data das demonstrações financeirasconsolidadas.Uma variação de 10% do Real em relação ao dólar dos Estados Unidos resultaria em um aumento ou reduçãode cerca de R$ 24,2 no Patrimônio Líquido da Companhia.• Risco de créditoA política de vendas da Companhia está intimamente associada ao nível de risco de crédito a que está dispostaa se sujeitar no curso de seus negócios.A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes e agricultores, assim como oacompanhamento dos prazos de financiamento de vendas e limites individuais de posição, são procedimentosadotados a fim de minimizar eventuais problemas de inadimplência em suas contas a receber. A Companhia nãopossui concentração de risco de crédito de clientes e o rating de crédito é revisto regularmente. Quanto aorisco de crédito associado às aplicações financeiras, a Companhia somente realiza operações em instituiçõescom baixo risco de crédito avaliadas por agências independentes de rating, além de manter limites financeirosde operações individualizados por instituição financeira.• Risco de liquidezA política de gerenciamento de risco de liquidez implica em manter um nível seguro de disponibilidade de caixae acessos a recursos imediatos. Dessa forma, a Companhia somente possui aplicações com vencimentosinferiores a 90 dias e com liquidez imediata, cujos montantes são suficientes para fazer face a uma eventualexigibilidade imediata dos saldos de fornecedores que tem vencimento de menos de 1 ano, das garantiasconcedidas aos fumicultores e de empréstimos e financiamentos, cujo cronograma de vencimento estáapresentado na Nota 11. Os demais passivos financeiros da Companhia apresentam vencimento com períodoinferior a 1 ano.(d) Gestão de capitalOs objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidadede suas operações, para oferecer retorno aos seus acionistas e garantia às demais partes interessadas,além de manter uma adequada estrutura de capital.A Companhia utiliza capital de terceiro substancialmente para financiar parte do seu capital circulante e utilizacapital próprio para a realização de investimentos de longo prazo. A distribuição de dividendos é também parterelevante da estratégia de gestão de capital, tendo a Companhia nos últimos 3 exercícios destinado seusexcedentes de caixa aos seus acionistas.

27. Cobertura de Seguros - ConsolidadoA Companhia desenvolve um programa de gerenciamento com o objetivo de limitar riscos, contratando coberturascompatíveis com seu porte e com a dimensão de suas operações. As coberturas foram contratadas por montantesconsiderados adequados pela administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da suaatividade, a dispersão geográfica de suas dependências, os riscos envolvidos em suas operações e a orientaçãode consultores especializados.As coberturas de seguros contratadas em 31 de dezembro podem ser demonstradas como segue:

Importâncias seguradas (US$ milhões)Ramos 2009 2008Incêndio de bens do imobilizado 1.431,2 1.302,1Responsabilidade civil 0,1 0,1Avarias nos estoques 912,4 771,9

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

DANTE JOÃO LETTI LUIS CLAUDIO RAPPARINI SOARESPresidente Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

ANTONIO FRANCISCO LIMA DE REZENDE DIMAR PAULO FROZZADiretor Diretor

ALEX GUIMARÃES BARBOSA FERNANDO LUIZ MENDES PINHEIRODiretor Diretor

FERNANDO CHAGAS DE ARAÚJO TEIXEIRA JORGE ARAYA REMAGNIDiretor Diretor

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODIRETORIA

MARK MARTIJN COBBENPresidente

DANTE JOÃO LETTIVice-Presidente

LUIS CLAUDIO RAPPARINI SOARESMembro

CÉLIO DE OLIVEIRA BORJAMembro

LUIZ FELIPE PALMEIRA LAMPREIAMembro

ISRAEL VAINBOIMMembro

RUDOLF HOHNMembro

JOÃO PEDRO GOUVÊA VIEIRA FILHOMembro

CARLOS GERALDO LANGONIMembro

ANTONIO DUARTE CARVALHO DE CASTROMembro

HUMBERTO CASAGRANDE NETOMembro

JAIME LUIZ KALSINGMembro

CONSELHO FISCAL

ANDRÉ LUIZ DE SOUZA PORTUGALCRC-MG-076038/O-1 S-RJ

CONTADOR RESPONSÁVEL

João César de Oliveira Lima JúniorContador CRC 1RJ077431/O-8

Auditores IndependentesCRC 2SP000160/O-5 “F” RJ

Aos Administradores e AcionistasSouza Cruz S.A.

1. Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Souza Cruz S.A. e suas controladas (“Consolidado”)em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e os balanços patrimoniais da Souza Cruz S.A. (“Controladora”) em 31 dedezembro de 2009 e de 2008 e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado, das mutaçõesdo patrimônio líquido, dos resultados abrangentes e dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 dedezembro de 2009 e de 2008, e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimôniolíquido, dos resultados abrangentes, dos fluxos de caixa e dos valores adicionados da Companhia (“Controladora”)para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, elaborados sob a responsabilidade de suaadministração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quaisrequerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação dasdemonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam:(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemascontábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dosregistros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e dasestimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentaçãodas demonstrações financeiras tomadas em conjunto.3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam adequadamente,em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Companhia (“Consolidado”)

em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e o resultado consolidado das operações, as mutações do patrimôniolíquido consolidado, os resultados abrangentes consolidados e os fluxos de caixa consolidados desses exercícios,de acordo com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB - International Accounting StandardsBoard (“IFRS”).4. Somos de parecer, também, que as demonstrações financeiras da Companhia (“Controladora”) apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia em 31 dedezembro de 2009 e de 2008 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido, os resultadosabrangentes, os fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes aos exercícios findosnessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.5. Conforme mencionado na Nota 2.2, nos termos da Deliberação CVM nº 603/2009, a administração da Companhiaoptou por antecipar a adoção dos novos CPCs emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) nodecorrer de 2009, com aplicação obrigatória prevista para as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de2010. Por essa razão, as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008apresentadas para fins de comparação, foram ajustadas e estão sendo reapresentadas.

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2010

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Souza Cruz S.A. eSouza Cruz S.A. e Sociedades Controladas

CNPJ 33.009.911/0001-39NIRE 33.300.136.860

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Souza Cruz S.A., no uso de suas atribuições legais e estatutárias, dando cumprimentoao que dispõe o artigo 163, da Lei 6.404/76 e suas posteriores alterações, examinou o relatório da administração,as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 e a proposta de distribuição dedividendos, por conta do lucro líquido do exercício findo nessa data.

Com base nos documentos examinados, nos esclarecimentos prestados por representantes da administraçãoda Companhia e no parecer sem ressalvas emitido pelos auditores independentes PricewaterhouseCoopers,opinam por unanimidade que os mencionados documentos refletem adequadamente a situação patrimonial, aposição financeira e as atividades da Companhia no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 e estão emcondições de serem submetidos à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas.

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2010

ANTONIO DUARTE CARVALHO DE CASTRO HUMBERTO CASAGRANDE NETO JAIME LUIZ KALSINGMembro Membro Membro

PARECER DO COMITÊ DE AUDITORIA

Recomendação ao Conselho de AdministraçãoO Comitê de Auditoria da Souza Cruz, reunido em 9 de fevereiro de 2010, aprovou a seguinte declaração para oConselho de Administração:“O Comitê de Auditoria, com base nos trabalhos realizados ao longo do exercício de 2009 e nas apresentações eesclarecimentos que recebeu da administração da Souza Cruz, assegura que a empresa adota as melhorespráticas contábeis e de controles internos, reconhecidos, inclusive, pela auditoria externa, PricewaterhouseCoopers.Examinados os resultados referentes ao exercício de 2009, a luz dos preceitos referidos, o Comitê recomendaao Conselho de Administração manifestação favorável sobre esses resultados, para que sejam posteriormenteencaminhados à AGO - Assembleia Geral Ordinária para a devida aprovação.”

ADIR PEREIRA KEDDI JOSÉ ALFREDO LAMYNELSON LAKS EIZIRIKRUDOLF HOHNPresidente Comitê de Auditoria