2. CADERNODE EXERCCIOS REA DE CINCIAS HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS
3. O Caderno de Exerccio foi organizado levando em considerao
as competncias, as habilidades e os contedos relacionados a partir
de uma anlise feita pelos organizadores desse material. Ressalta-se
que um recurso didtico utilizado pelos educadores para que os
estudantes possam construir a noo de como esses trs elementos esto
integrados na Prova do ENEM. As questes aqui apresentadas so
oriundas de duas fontes: questes do ENEM (2009 2014) e do Relatrio
do INEP. Competncia de rea 1 Compreender os elementos culturais que
constituem as iden- tidades. H1 Interpretar historicamente e/ou
geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura. 1
ENEM 2010 Cartaz da Revoluo Constitucionalista. Disponvel em: .
Acesso em: 29 jun. 2012. Elaborado pelos partidrios da Revoluo
Constitucionalista de 1932, o cartaz apre- sentado pretendia
mobilizar a populao paulista contra o governo federal. Essa
mobiliza- o utilizou-se de uma referncia histrica, associando o
processo revolucionrio A. experincia francesa, expressa no chamado
luta contra a ditadura. B. aos ideais republicanos,indicados no
destaque bandeira paulista. C. ao protagonismo das Foras Armadas,
representadas pelo militar que empunha a bandeira. D. ao
bandeirantismo,smbolo paulista apresentado em primeiro plano. E. ao
papel figurativo de Vargas na poltica, enfatizado pela pequenez de
sua figura no cartaz. 21
4. 2 (ENEM, 2010) Homens da Inglaterra,por que arar para os
senhores que vos mantm na misria? Por que tecer com esforos e
cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem? Por que
alimentar,vestir e poupar do bero at o tmulo esses parasitas
ingratos que exploram vosso suor ah, que bebem vosso sangue?
SHELLEY. Os homens da Inglaterra Apud HUBERMAN, L. Histria da
Riquezado Homem. Rio de Janeiro:Zahar,1982. A anlise do trecho
permite identificar que o poeta romntico Shelley (1792-1822)
registrou uma contradio nas condies socioeconmicas da nascente
classe trabalhadora inglesa durante a Revoluo Industrial.Tal
contradio est identificada A. na pobreza dos empregados, que estava
dissociada da riqueza dos patres. B. no salrio dos operrios,que era
proporcional aos seus esforos nas indstrias. C. na burguesia, que
tinha seus negcios financiados pelo proletariado. D. no trabalho,
que era considerado uma garantia de liberdade. E. na riqueza, que
no era usufruda por aqueles que a produziam. 3 (ENEM, 2012) Em um
engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um
modo muito semelhante ao que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e
em toda a sua paixo. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a
vossa em um engenho de trs. Tambm ali no faltaram as canas, porque
duas vezes entraram na Paixo: uma vez servindo para o cetro de
escrnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixo
de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem
descansar, e tais so as vossas noi- tes e os vossos dias. Cristo
despido, e vs despidos; Cristo sem comer, e vs famintos; Cristo em
tudo maltratado, e vs maltratados em tudo. Os ferros, as prises, os
aoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compe a
vossa imitao, que, se for acompanhada de pacincia, tambm ter
merecimento de martrio. VIEIRA, A. Sermes.Tomo XI. Porto:Lello
&Irmo,1951 (adaptado). O trecho do sermo do Padre Antnio Vieira
estabelece uma relao entre a Paixo de Cristo e A. a atividade dos
comerciantes de acar nos portos brasileiros. B. a funo dos mestres
de acar durante a safra de cana. C. o sofrimento dos jesutas na
converso dos amerndios. D. o papel dos senhores na administrao dos
engenhos. E. o trabalho dos escravos na produo de acar. REA DE
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5. 4(ENEM, 2009) Na dcada de 30 do sculo XIX, Tocqueville
escreveu as seguintes linhas a respeito da moralidade nos EUA: A
opinio pblica norte-americana particularmente dura com a falta de
moral, pois esta desvia a ateno frente busca do bem-estar e
prejudica a harmonia domstica, que to essencial ao sucesso dos
negcios. Nesse sentido, pode-se dizer que ser casto uma questo de
honra. TOCQUEVILLE, A. Democracy in America.Chicago: Encyclopedia
Britannica, Inc., Great Books 44, 1990 (adaptado). Do
trecho,infere-se que, paraTocqueville, os norte-americanos do seu
tempo A. buscavam o xito,descurando as virtudes cvicas. B. tinham
na vida moral uma garantia de enriquecimento rpido. C. valorizavam
um conceito de honra dissociado do comportamento tico. D.
relacionavam a conduta moral dos indivduos com o progresso
econmico. E. acreditavam que o comportamento casto perturbava a
harmonia domstica. 5 (ENEM, 2012) Para Plato, o que havia de
verdadeiro em Parmnides era que o objeto de conhecimento um objeto
de razo e no de sensao, e era preciso estabelecer uma relao entre
objeto racional e objeto sensvel ou material que privilegiasse o
primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente,a
Doutrinadas Ideias formava-seem sua mente. ZINGANO,M. Plato
eAristteles:o fascnio da filosofia. So Paulo: Odysseus, 2012
[adaptado]. O texto faz referncia relao entre razo e sensao, um
aspecto essencial da Doutrina das Ideias, de Plato (427 a.C. 346
a.C.). De acordo com o texto, como Plato se situa diante dessa
relao? A. Estabelecendo um abismo instransponvel entre as duas. B.
Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles. C.
Atendo-se posio de Parmnides de que razo e sensao so inseparveis.
D. Afirmando que a razo capaz de gerar conhecimento,mas a sensao
no. E. Rejeitando a posio de Parmnides de que a sensao superior
razo. 6 (ENEM, 2012) No ignoro a opinio antiga e muito difundida de
que o que acontece no mundo decidido por Deus e pelo acaso. Essa
opinio muito aceita em nossos dias, devido s grandes transformaes
ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam conjectura
humana. No obstante, para no ignorar inteiramente o nosso
livre-arbtrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade
dos nossos atos, mas [o livre-arbtrio] nos permite o controle sobre
a outra metade. AQUIAVEL, N. O prncipe.Braslia: Ed.UnB, 1979
(adaptado). 23
6. Em O Prncipe, Maquiavel refletiu sobre o exerccio do poder
em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vnculo entre o
seu pensamento poltico e o humanismo renas- centista ao A.
valorizar a interferncia divina nos acontecimentos definidores do
seu tempo. B. rejeitar a interveno do acaso nos processos polticos.
C. afirmar a confiana na razo autnoma como fundamento da ao humana.
D. romper com a tradio que valorizava o passado como fonte de
aprendizagem. E. redefinir a ao poltica com base na unidade entre f
e razo. 7 (ENEM, 2009) Como se assistisse demonstrao de um
espetculo mgico, ia reven- do aquele ambiente to caracterstico de
famlia, com seus pesados mveis de vinhtico ou de jacarand, de
qualidade antiga, e que denunciavam um passado ilustre, geraes de
Meneses talvez mais singelos e mais calmos; agora, uma espcie de
desordem, de relaxa- mento, abastardava aquelas qualidades
primaciais. Mesmo assim era fcil perceber o que haviam sido, esses
nobres da roa, com seus cristais que brilhavam mansamente na
sombra, suas pratas semiempoeiradas que atestavam o esplendor
esvanecido, seus marfins e suas opalinas ah, respirava-se ali
conforto, no havia dvida, mas era apenas uma sobrevivncia de coisas
idas. Dir-se-ia, ante esse mundo que se ia desagregando, que um mal
oculto o roa, como um tumor latente em suas entranhas. CARDOSO, L.
Crnica da casa assassinada. Rio de Janeiro:Civilizao Brasileira,
2002 (adaptado). O mundo narrado nesse trecho do romance de Lcio
Cardoso, acerca da vida dos Meneses,famlia da aristocracia rural de
Minas Gerais,apresenta no apenas a histria da de- cadncia dessa
famlia, mas , ainda, a representao literria de uma fase de
desagregao poltica, social e econmica do pas. O recurso expressivo
que formula literariamente essa desagregao histrica o de descrever
a casa dos Meneses como A. ambiente de pobreza e privao, que carece
de conforto mnimo para a sobre- vivncia da famlia. B. mundo mgico,
capaz de recuperar o encantamento perdido durante o perodo de
decadncia da aristocracia rural mineira. C. cena familiar, na qual
o calor humano dos habitantes da casa ocupa o primeiro
plano,compensando a frieza e austeridade dos objetos antigos. D.
smbolo de um passado ilustre que, apesar de superado, ainda resiste
sua total dissoluo graas ao cuidado e asseio que a famlia dispensa
conservao da casa. E. espao arruinado, onde os objetos perderam seu
esplendor e sobre os quais a vida repousa como lembrana de um
passado que est em vias de desaparecer completamente. REA DE
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7. 8 (ENEM, 2011) At que ponto, a partir de posturas e
interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a
cena poltica nacional na Primeira Repblica? A unio de ambas foi um
trao fundamental, mas que no conta toda a histria do perodo. A unio
foi feita com a preponderncia de uma ou de outra das duas fraes.
Com o tempo, surgiram as discusses e um grande desacerto final.
FAUSTO, B. Histria do Brasil.So Paulo:Edusp,2004 (adaptado). A
imagem de um bem-sucedido acordo caf com leite entre So Paulo e
Minas, um acordo de alternncia de presidncia entre os dois estados,
no passa de uma idealizao de um processo muito mais catico e cheio
de conflitos. Profundas divergncias polticas colocavam-nos em
confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comrcio
exterior. TOPIK,S. A presena do estado na economia poltica do
Brasilde 1889 a 1930. Rio de Janeiro:Record,1989 (adaptado). Para a
caracterizao do processo poltico durante a Primeira Repblica,
utiliza-se com frequncia a expresso Poltica do Caf com Leite. No
entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilizao:
A. A riqueza gerada pelo caf dava oligarquia paulista a
prerrogativa de indicar os candidatos presidncia, sem necessidade
de alianas. B. As divises polticas internas de cada estado da
federao invalidavam o uso do conceito de aliana entre estados para
esse perodo. C. As disputas polticas do perodo contradiziam a
suposta estabilidade da aliana entre mineiros e paulistas. D. A
centralizao do poder no Executivo Federal impedia a formao de uma
alian- a duradoura entre as oligarquias. E. A diversificao da
produo e a preocupao com o mercado interno unifica- vam os
interesses das oligarquias. 9 (ENEM, 2009) O autor da constituio de
1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que
o eleitor seria aptico; a democracia de partidos conduziria desor-
dem; a independncia do Poder Judicirio acabaria em injustia e
ineficincia; e que apenas o Poder Executivo, centralizado em Getlio
Vargas, seria capaz de dar racionalidade impar- cial ao Estado,
pois Vargas teria providencial intuio do bem e da verdade, alm de
ser um gnio poltico. CAMPOS. F.O Estadonacional.Rio de Janeiro: Jos
Olympio,1940 (adaptado) Segundo as ideias de Francisco Campos, A.
os eleitores,polticos e juzes seriam mal-intencionados. B. o
governo Vargas seria um mal necessrio,mas transitrio. 25
8. C. Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia
de partidos. D. a Constituio de 1937 seria a preparao para uma
futura democracia liberal. E. Vargas seria o homem capaz de exercer
o poder de modo inteligente e correto. 10 (ENEM, 2013) PEDERNEIRAS,
R. Revista da Semana, ano 35, n. 40, 15 set. 1934. In: LEMOS, R.
(Org.). Uma histriado Brasilatravsdas caricaturas (18402001). Rio
de Janeiro.Bom Texto,Letras e Expresses, 2001. Na imagem, da dcada
de 1930, h uma crtica conquista de um direito pelas mu- lheres,
relacionado com a A. rediviso do trabalho domstico. B. liberdade de
orientao sexual. C. garantia da equiparao salarial. D. aprovao do
direito ao divrcio. E. obteno da participao eleitoral. 11 (ENEM,
2013) Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados em
so- berbos cavalos; depois destes, marchava o Embaixador do Rei do
Congo magnificamente ornado de seda azul para anunciar ao Senado
que a vinda do Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em
resposta obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e
admirado de tanta grandeza. Coroao do Rei do Congo em Santo Amaro,
Bahia apud DEL PRIORE,M. Festas eutopias no Brasilcolonial. In:
CATELLI JR, R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. So
Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado). REA DE CINCIASHUMANAS E
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9. Originrias dos tempos coloniais,as festas da Coroao do Rei
do Congo evidenciam um processo de A. excluso social. B. imposio
religiosa. C. acomodao poltica. D. supresso simblica. E.
ressignificao cultural. 12 (ENEM, 2013) O CANTO TRISTE DOS
CONQUISTADOS: OS LTIMOS DIAS DE TENOCHTITLN Nos caminhos jazem
dardos quebrados; os cabelos esto espalhados. Destelhadas esto as
casas, Vermelhas esto as guas, os rios,como se algum as tivesse
tingido, Nos escudos esteve nosso resguardo, mas os escudos no detm
a desolao... PINSKY,J. et al. Histriada Amrica atravsde textos. So
Paulo.Contexto, 2007 (fragmento). O texto um registro asteca, cujo
sentido est relacionado ao() A. tragdia causada pela destruio da
cultura desse povo. B. tentativa frustrada de resistncia a um poder
considerado superior. C. extermnio das populaes indgenas pelo
Exrcito espanhol. D. dissoluo da memria sobre os feitos de seus
antepassados. E. profetizao das consequncias da colonizao da
Amrica. 13 (ENEM, 2013) 27
10. META DE FAMINTO JK Voc agora tem automvel brasileiro,para
correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro,com gazolina
brasileira. Que mais quer? JECA Um prato de feijo brasileiro,seu
dout! THEO. In: LEMOS, R. (Org.) Uma histriado Brasilatravsda
caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro:Bom Texto,Letras
&Expresses. 2001. A charge ironiza a poltica desenvolvimentista
do governo Juscelino Kubitschek, ao A. evidenciar que o incremento
da malha viria diminuiu as desigualdades regio- nais do pas. B.
destacar que a modernizao das indstrias dinamizou a produo de
alimentos para o mercado interno. C. enfatizar que o crescimento
econmico implicou aumento das contradies so- cioespaciais. D.
ressaltar que o investimento no setor de bens durveis incrementou
os salrios de trabalhadores. E. mostrar que a ocupao de regies
interioranas abriu frentes de trabalho para a populao local. H2
Analisar a produo da memria pelas sociedades humanas. 1 (ENEM,
2012) O que o projeto governamental tem em vista poupar Nao o
preju- zo irreparvel do perecimento e da evaso do que h de mais
precioso no seu patrimnio. Grande parte das obras de arte at mais
valiosas e dos bens de maior interesse histrico, de que a
coletividade brasileira era depositria, tm desaparecido ou se
arruinado irremedia- velmente. As obras de arte tpicas e as
relquias da histria de cada pas no constituem o seu patrimnio
privado e sim um patrimnio comum de todos os povos. ANDRADE,R. M.
F., Defesa do patrimnio artstico e histrico. O Jornal,30 out. 1936.
In: AVVES FILHO, I. Brasil,500 anos em documentos.Rio de Janeiro:
Mauad, 1999 (adaptado) A criao no Brasil do Servio do Patrimnio
Histrico Artstico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por
ideias como as descritas no texto, que visavam A. Submeter a memria
e o patrimnio nacional ao controle dos rgos pblicos, de acordo com
a tendncia autoritria do Estado Novo. B. Transferir para a
iniciativa privada a responsabilidade de preservao do patri- mnio
nacional, por meio de leis de incentivo fiscal. C. Definir os fatos
e personagens histricos a serem cultuados pela sociedade brasi-
leira,de acordo com o interesse pblico. D. Resguardar da destruio
as obras representativas da cultura nacional, por meio de polticas
pblicas preservacionistas. REA DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS
CADERNO DE EXERCCIOS28
11. E. Determinar as responsabilidades pela destruio de
patrimnio nacional, de acordo com a legislao brasileira. 2
(ENEM,2011) difcil encontrar um texto sobre a Proclamao da Repblica
no Brasil que no cite a afirmao de Aristides Lobo,no Dirio Popular
de So Paulo,de queo povo assistiu quilo bestializado.Essa verso foi
relida pelos enaltecedores da Revoluo de 1930, que no descuidaram
da forma republicana, mas realaram a excluso social,o militarismo e
o estran- geirismo da frmulaimplantada em 1889. Isto porque o
Brasil brasileiroterianascido em 1930. MELLO, M.T. C. A repblica
consentida:cultura democrtica e cientfica no final do Imprio. Rio
de Janeiro:FGV, 2007 (adaptado). O texto defende que a consolidao
de uma determinada memria sobre a Proclamao da Repblica no Brasil
teve,na Revoluo de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os
defensores da Revoluo de 1930 procuraram construir uma viso
negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de A.
valorizar as propostas polticas democrticas e liberais vitoriosas.
B. resgatar simbolicamente as figuras polticas ligadas Monarquia.
C. criticar a poltica educacional adotada durante a Repblica Velha.
D. legitimar a ordem poltica inaugurada com a chegada desse grupo
ao poder. E. destacar a ampla participao popular obtida no processo
da Proclamao. 3 (ENEM,2009)A partir de 1942 e estendendo-seat o
final do Estado Novo,o Ministro do Trabalho,Indstriae Comrcio de
GetlioVargas falou aos ouvintesda Rdio Nacional sema- nalmente, por
dez minutos,no programaHora do Brasil. O objetivo declarado do
governo era esclarecer os trabalhadores acerca das inovaes na
legislao de proteo ao trabalho. GOMES, A. C. A inveno do
trabalhismo. Rio de Janeiro:IUPERJ /Vrtice. So Paulo: Revista dos
Tribunais,1988 (adaptado). Os programasHora do Brasilcontriburam
para A. conscientizar os trabalhadores de que os direitos sociais
foram conquistados por seu esforo,aps anos de lutas sindicais. B.
promover a autonomia dos grupos sociais, por meio de uma linguagem
simples e de fcil entendimento. C. estimular os movimentos
grevistas, que reivindicavam um aprofundamento dos direitos
trabalhistas. D. consolidar a imagem de Vargas como um governante
protetor das massas. E. aumentar os grupos de discusso poltica dos
trabalhadores, estimulados pelas palavras do ministro. 29
12. 4 (ENEM, 2010) I. Para consolidar-se como governo, a
Repblica precisava eliminar as arestas, con- ciliar-se com o
passado monarquista, incorporar distintas vertentes do
republicanismo. Tiradentes no deveria ser visto como heri
republicano radical, mas sim como heri cvico religioso,como mrtir,
integrador,portador da imagem do povo inteiro. CARVALHO, J. M. C. A
formao das almas: O imaginrio da Republica no Brasil. So Paulo:
Companhia das Letras, 1990. II. Ei-lo, o gigante da praa, / O
Cristo da multido! Tiradentes quem passa / Deixem passar o Tito.
ALVES, C. Gonzaga ou a revoluo de Minas.In: CARVALHO. J. M.C. A
formao das almas: O imaginrio da Republica no Brasil.So Paulo:
Companhia das Letras, 1990. A primeira Repblica brasileira, nos
seus primrdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de
congregar diferenas e sustentar simbolicamente o novo regime.
Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei
Caneca ou Bento Gonalves. A transformao do inconfidente em heri
nacional evidencia que o esforo de construo de um simbolismo por
parte da Repblica estava relacionado A. ao carter nacionalista e
republicano da Inconfidncia, evidenciado nas ideias e na atuao de
Tiradentes. B. identificao da Conjurao Mineira como o movimento
precursor do positi- vismo brasileiro. C. ao fato de a proclamao da
Repblica ter sido um movimento de poucas razes populares,que
precisava de legitimao. D. semelhana fsica entre Tiradentes e
Jesus, que proporcionaria, a um povo ca- tlico como o
brasileiro,uma fcil identificao. E. ao fato de Frei Caneca e Bento
Gonalves terem liderado movimentos separatis- tas no Nordeste e no
Sul do pas. 5 (ENEM, 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros esto nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilnia vrias vezes destruda. Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde
foram os pedreiros,na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma est cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre
quem triunfaram os csares? BRECHT,B. Perguntas de um trabalhador
que l. Disponvel em: http://recantodasletras.uol.com.br Acesso em:
28 abr. 2010. REA DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE
EXERCCIOS30
13. Partindo das reflexes de um trabalhador que l um livro de
Histria, o autor censura a memria construda sobre determinados
monumentos e acontecimentos histricos. A cr- tica refere-se ao fato
de que A. os agentes histricos de uma determinada sociedade
deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos
e,por isso, ficaram na memria. B. a Histria deveria se preocupar em
memorizar os nomes de reis ou dos gover- nantes das civilizaes que
se desenvolveram ao longo do tempo. C. os grandes monumentos
histricos foram construdos por trabalhadores, mas sua memria est
vinculada aos governantes das sociedades que os construram. D. os
trabalhadores consideram que a Histria uma cincia de difcil
compreen- so, pois trata de sociedades antigas e distantes no
tempo. E. as civilizaes citadas no texto, embora muito importantes,
permanecem sem terem sido alvos de pesquisas histricas. 6 (EXEMPLO
INEP) A Superintendncia Regional do Instituto do Patrimnio Histrico
e Artstico Nacional(Iphan) desenvolveuo projetoComunidades Negrasde
SantaCatarina,que tem como objetivo preservara memriado povo
afrodescendente no Sul do Pas.A ancestrali- dade negra abordada em
suas diversas dimenses: arqueolgica, arquitetnica, paisagstica e
imaterial. Em regies como a do Serto de Valongo, na cidade de Porto
Belo, a fixao dos primeiros habitantes ocorreu imediatamente aps a
abolio da escravido no Brasil.O Iphan identificou nessa regio um
total de 19 refernciasculturais,como os conhecimentos tradicio-
nais de ervas de ch, o plantio agroecolgico de bananas e os cultos
adventistasde adorao. Disponvel em: . Acesso em: 1 jun. 2009. (com
adaptaes). O texto acima permite analisar a relao entre cultura e
memria, demonstrando que A. as referncias culturaisda populao
afrodescendente estiveram ausentes no Sul do Pas, cuja composio
tnica se restringe aos brancos. B. a preservao dos saberes das
comunidades afrodescendentes constitui impor- tante elemento na
construo da identidade e da diversidade cultural do Pas. C. a
sobrevivncia da cultura negra est baseada no isolamento das
comunidades tradicionais, com proibio de alteraes em seus costumes.
D. os contatos com a sociedade nacional tm impedido a conservao da
memria e dos costumes dos quilombolas em regies como a do Serto de
Valongo. E. a permanncia de referenciais culturais que expressam a
ancestralidade negra compromete o desenvolvimento econmico da
regio. 31
14. 7 (ENEM, 2013) A frica tambm j serviu como ponto de partida
para comdias bem vulgares,mas de muito sucesso,como Um prncipeem
Nova York e AceVentura: um maluco na frica; em ambas, a frica
parece um lugar cheio de tribos doidas e rituais de desenho ani-
mado. A animao O rei Leo, da Disney, o mais bem-sucedido filme
americano ambientado na frica, no chegava a contar com elenco de
seres humanos. LEIBOWITZ, E.Filmes de Hollywood sobrefrica ficam no
clich. Disponvel em: http://noticias.uol.com.br.Acesso em 17
abr,2010. A produo cinematogrfica referida no texto contribui para
a constituio de uma memria sobre a frica e seus habitantes. Essa
memria enfatiza e negligncia, respectiva- mente,aos seguintes
aspectos do continente africano: A. A histria e a natureza. B. O
exotismo e as culturas. C. A sociedade e a economia. D. O comrcio e
o ambiente. E. A diversidade e a poltica. 8 (ENEM, 2013) MOREAUX,
F.R. Proclamao da Independncia. Disponvel em:
www.tvbrasil.org.br.Acesso em 14 jun. 2010. FERREZ, M.D. Pedro II.
SCHWARCZ, L. M. As barbasdo Imperador. D. Pedro II, um monarca nos
trpicos.So Paulo: Cia das Letras, 1998. REA DE CINCIASHUMANAS E
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15. As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram
transmitir determinadas representaes polticas acerca dos dois
monarcas e seus contextos de atuao. A ideia que cada imagem evoca
,respectivamente: A. Habilidade militar riqueza pessoal. B.
Liderana popular estabilidade poltica. C. Instabilidade econmica
herana europeia. D. Isolamento poltico centralizao do poder. E.
Nacionalismo exacerbado inovao administrativa. H3 Associar as
manifestaes culturais do presente aos seus processos histricos. 1
(ENEM, 2012) Torna-se claro que quem descobriu a frica no Brasil,
muito antes dos europeus, foram os prprios africanos trazidos como
escravos. E esta descoberta no se res- tringia apenas ao reino
lingustico, estendia-se tambm a outras reas culturais, inclusive da
regio. H razes para pensar que os africanos, quando misturados e
transportados ao Brasil, no demoraram em perceber a existncia entre
si de elos culturais mais profundos. SLENES, R. Malungu,ngoma
vem!frica coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12,
dez./jan./fev.1991-92 (adaptado). Com base no texto, ao favorecer o
contato de indivduos de diferentes partes da frica, a experincia da
escravido no Brasil tornou possvel a A. formao de uma identidade
cultural afro-brasileira. B. superao de aspectos culturais
africanos por antigas tradies europeias. C. reproduo de conflitos
entre grupos tnicos africanos. D. manuteno das caractersticas
culturais especficas de cada etnia. E. resistncia incorporao de
elementos culturais indgenas. 2 (ENEM, 2010) A gente no sabemos
escolher presidente A gente no sabemos tomar conta da gente A gente
no sabemos nem escovar os dentes Tem gringo pensando que nis
indigente Intil A gente somos intil MOREIRA, R. Intil.1983
(fragmento). 33
16. O fragmento integra a letra de uma cano gravada em momento
de intensa mobili- zao poltica. A cano foi censurada por estar
associada A. ao rock nacional, que sofreu limitaes desde o incio da
ditadura militar. B. a uma crtica ao regime ditatorial que, mesmo
em sua fase final, impedia a esco- lha popular do presidente. C.
falta de contedo relevante, pois o Estado buscava, naquele
contexto, a cons- cientizao da sociedade por meio da msica. D.
dominao cultural dos Estados Unidos da Amrica sobre a sociedade
brasilei- ra, que o regime militar pretendia esconder. E. aluso
baixa escolaridade e falta de conscincia poltica do povo
brasileiro. 3 (ENEM, 2010) Os tropeiros foram figuras decisivas na
formao de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra
tropeiro vem detropa que, no passado, se referia ao conjunto de
homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do sculo
XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de
mulas. O tropeirismo acabou associado ativi- dade mineradora, cujo
auge foi a explorao de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Gois.
A extrao de pedras preciosas tambm atraiu grandes contingentes
populacionais para as novas reas e, por isso, era cada vez mais
necessrio dispor de alimentos e produ- tos bsicos. A alimentao dos
tropeiros era constituda por toucinho, feijo preto, farinha,
pimenta-do-reino, caf, fub e coit (um molho de vinagre com fruto
custico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijo quase sem
molho com pedaos de carne de sol e toucinho, que era servido com
farofa e couve picada. O feijo tropeiro um dos pratos tpicos da
cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos
cozinheiros das tropas que conduziam o gado. Disponvel em:
http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov.2008. A
criao do feijo tropeiro na culinria brasileira est relacionada A.
atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas
minas. B. atividade culinria exercida pelos moradores cozinheiros
que viviam nas regies das minas. C. atividade mercantil exercida
pelos homens que transportavam gado e mercado- ria. D. atividade
agropecuria exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de
ali- mentos. E. atividade mineradora exercida pelos tropeiros no
auge da explorao do ouro. REA DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS
CADERNO DE EXERCCIOS34
17. 4 (ENEM, 2009) Hoje em dia, nas grandes cidades,enterrar os
mortos uma prtica quase ntima, que diz respeito apenas famlia. A
menos, claro, que se trate de uma personalida- de conhecida.
Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os
sepultamentos so uma fonte de informaes importantes para que se
compreenda, por exemplo, a vida poltica das sociedades. No que se
refere s prticas sociais ligadas aos sepultamentos, A. na Grcia
Antiga, as cerimnias fnebres eram desvalorizadas,porque o mais im-
portante era a democracia experimentada pelos vivos. B. na Idade
Mdia, a Igreja tinha pouca influncia sobre os rituais
fnebres,preocu- pando-se mais com a salvao da alma. C. no Brasil
colnia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela
obser- vncia da hierarquia social. D. na poca da Reforma, o
catolicismo condenou os excessos de gastos que a bur- guesia fazia
para sepultar seus mortos. E. no perodo posterior Revoluo Francesa,
devido s grandes perturbaes so- ciais, abandona-se a prtica do
luto. 5 (ENEM, 2009) O Egito visitado anualmente por milhes de
turistas de todos os qua- drantes do planeta, desejosos de ver com
os prprios olhos a grandiosidade do poder escul- pida em pedra h
milnios: as Pirmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os
numero- sos templos construdos ao longo do Nilo. O que hoje se
transformou em atrao turstica era, no passado, interpretado de for-
ma muito diferente,pois A. significava, entre outros aspectos, o
poder que os faras tinham para escravizar grandes contingentes
populacionais que trabalhavam nesses monumentos. B. representava
para as populaes do Alto Egito a possibilidade de migrar para o Sul
e encontrar trabalho nos canteiros faranicos. C. significava a
soluo para os problemas econmicos,uma vez que os faras sacri-
ficavam aos deuses suas riquezas, construindo templos. D.
representava a possibilidade de o fara ordenar a sociedade,
obrigando os desocupados a trabalharem em obras pblicas que
engrandeceram o prprio Egito. E. significava um peso para a populao
egpcia, que condenava o luxo faranico e a religio baseada em crenas
e supersties. 35
18. 6 (ENEM, 2011) SMITH, D. Atlas da Situao Mundial.So Paulo:
Cia. Editora Nacional,2007 (adaptado). Uma explicao de carter
histrico para o percentual da religio com maior nmero de adeptos
declarados no Brasil foi a existncia, no passado colonial e
monrquico,da A. incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos
de outras religies. B. incorporao da ideia de liberdade religiosa
na esfera pblica. C. permisso para o funcionamento de igrejas no
crists. D. relao de integrao entre Estado e Igreja. E. influncia
das religies de origem africana. 7 (ENEM, 2013) No final do sculo
XIX, as Grandes Sociedades carnavalescas alcanaram ampla
popularidade entre os folies cariocas. Tais sociedades cultivavam
um pretensioso objetivo em relao comemorao carnavalesca em si
mesma: com seus desfiles de car- ros enfeitados pelas principais
ruas da cidade, pretendiam abolir o entrudo (brincadeira que
consistia em jogar gua nos folies) e outras prticas difundidas
entre a populao desde os tempos coloniais, substituindo-os por
formas de diverso que consideravam mais civiliza- das, inspiradas
nos carnavais de Veneza. Contudo, ningum parecia disposto a abrir
mo de suas diverses para assistir ao carnaval das sociedades. O
entrudo, na viso dos seus anima- dos praticantes,poderia coexistir
perfeitamente com os desfiles. PEREIRA, C. S. Os senhores da
alegria: a presena das mulheres nas Grandes Sociedades
carnavalescas cariocas em fins do sculo XIX. In: CUNHA, M.C. P.
Carnavais e outras festas: ensaios de histria social da cultura.
Campinas: Unicamp; Cecult, 2002 (adaptado). REA DE CINCIASHUMANAS E
SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS36
19. Manifestaes culturais como o carnaval tambm tm sua prpria
histria, sendo constantemente reinventadas ao longo do tempo. A
atuao das Grandes Sociedades, des- crita no texto,mostra que o
carnaval representava um momento em que as A. distines sociais eram
deixadas de lado em nome da celebrao. B. aspiraes cosmopolitas da
elite impediam a realizao da festa fora dos clubes. C. liberdades
individuais eram extintas pelas regras das autoridades pblicas. D.
tradies populares se transformavam em matria de disputas sociais.
E. perseguies policiais tinham carter xenfobo por repudiarem
tradies estran- geiras. 8 (ENEM, 2013) A recuperao da herana
cultural africana deve levar em conta o que prprio do processo
cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. No se trata,
portanto, do resgate ingnuo do passado nem do seu cultivo
nostlgico, mas de procurar perceber o prprio rosto cultural
brasileiro. O que se quer captar seu movimento para me- lhor
compreend-lo historicamente. MINAS GERAIS: Cadernosdo Arquivo
1:Escravido em Minas Gerais.Belo Horizonte: Arquivo Pblico
Mineiro,1988. Com base no texto, a anlise de manifestaes culturais
de origem africana, como a capoeira ou o candombl,deve considerar
que elas A. permanecem como reproduo dos valores e costumes
africanos. B. perderam a relao com o seu passado histrico. C.
derivam da interao entre valores africanos e a experincia histrica
brasileira. D. contribuemparao distanciamento culturalentrenegros e
brancosno Brasil atual. E. demonstram a maior complexidade cultural
dos africanos em relao aos euro- peus. H4 Comparar pontos de vista
expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da
cultura. 1 (ENEM, 2010) Pecado nefando era expresso correntemente
utilizada pelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que no
pode ser dito. A assembleia de clrigos reunida em Salvador, em
1707, considerou a sodomia to pssimo e horrendo crime, to contrrio
lei da natu- reza, queera indigno de ser nomeadoe, por isso
mesmo,nefando. NOVAIS, F.;MELLO E SOUZA, L. Histriada Vida Privada
no Brasil.V.1. So Paulo.Companhia das letras,1997 (adaptado)
37
20. O nmero de homossexuais assassinados no Brasil bateu o
recorde histrico em 2009. De acordo com o Relatrio Anual de
Assassinato de Homossexuais (LGBT Lsbicas, Gays, Bissexuais e
Travestis), nesse ano foram registrados 195 mortos por motivao
homofbica no Pas. Disponvel em: alm da
notcia.com.br/ultimas_noticias.php?codnoticia=3871. Acesso em: 29
abr.2010 (adaptado) A homofobia a rejeio e menosprezo orientao
sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de
comportamentos violentos. Os textos indicam que as condena- es
pblicas,perseguies e assassinatos de homossexuais no pas esto
associadas A. baixa representatividade poltica de grupos
organizados que defendem os di- reitos de cidadania dos
homossexuais. B. falncia da democracia no pas, que torna impeditiva
a divulgao de estatsti- cas relacionadas violncia contra
homossexuais. C. constituio de 1988, que exclui do tecido social os
homossexuais, alm de imped-los de exercer seus direitos polticos.
D. a um passado histrico marcado pela demonizao do corpo e por
formas recor- rentes de tabus e intolerncia. E. a uma poltica
eugnica desenvolvida pelo Estado, justificada a partir dos posi-
cionamentos de correntes filosfico-cientficas. 2 (ENEM, 2012) TEXTO
I Anaxmenes de Mileto disse que o ar o elemento originrio de tudo o
que existe, existiu e existir, e que outras coisas provm de sua
descendncia. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo
que os ventos so ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar
por feltragem (sie, ainda mais condensadas, transformam-se em gua.
A gua, quando mais condensada ao mximo possvel, transforma-se em
pedras. BURNET, J. A aurora da filosofiagrega.Rio de
Janeiro:PUC-Rio, 2006 (adaptado). TEXTO II Baslio Magno, filsofo
medieval, escreveu: Deus, como criador de todas as coisas, est no
princpio do mundo e dos tempos. Quo parcas de contedo se nos
apresentam, em face desta concepo, as especulaes contraditrias dos
filsofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro
elementos, como ensinam os Jnios, ou dos tomos, como julga
Demcrito. Na verdade, do a impresso de quererem ancorar o mundo
numa teia de aranha. GILSON, E.:BOEHNER, P.Histria da
FilosofiaCrist. So Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filsofos dos
diversos tempos histricos desenvolveram teses para explicar a
origem do universo, a partir de uma explicao racional. As teses de
Anaxmenes, filsofo grego antigo, e de Baslio, filsofo medieval,tm
em comum na sua fundamentao teorias que REA DE CINCIASHUMANAS E
SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS38
21. A. eram baseadas nas cincias da natureza. B. refutavam as
teorias de filsofos da religio. C. tinham origem nos mitos das
civilizaes antigas. D. postulavam um princpio originrio para o
mundo. E. defendiam que Deus o princpio de todas as coisas. 3
(ENEM, 2012) TEXTO I Experimentei algumas vezes que os sentidos
eram enganosos,e de prudncia nun- ca se fiar inteiramente em quem j
nos enganou uma vez. DESCARTES, R. MeditaesMetafsicas.So Paulo:
Abril Cultural, 1979. TEXTO II Sempre que alimentarmos alguma
suspeita de que uma ideia esteja sendo empre- gada sem nenhum
significado, precisaremos apenas indagar: de que impresso deriva
esta suposta ideia? E se for impossvel atribuir-lhe qualquer
impresso sensorial, isso servir para confirmar nossa suspeita.
HUME,D. Uma investigao sobreo entendimento.So Paulo: Unesp, 2004
(adaptado). Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a
natureza do conhecimento hu- mano.A comparao dos excertos permite
assumir que Descartes e Hume A. defendem os sentidos como critrio
originrio para considerar um conhecimen- to legtimo. B. entendem
que desnecessrio suspeitar do significado de uma ideia na reflexo
filosfica e crtica. C. so legtimos representantes do criticismo
quanto gnese do conhecimento. D. concordam que conhecimento humano
impossvel em relao s ideias e aos sentidos. E. atribuem diferentes
lugares ao papel dos sentidos no processo de obteno. 4 (ENEM, 2013)
Quando ningum duvida da existncia de um outro mundo, a morte uma
passagem que deve ser celebrada entre parentes e vizinhos. O homem
da Idade Mdia tem a convico de no desaparecer completamente,
esperando a ressurreio. Pois nada se detm e tudo continua na
eternidade. A perda contempornea do sentimento religioso fez da
morte uma provao aterrorizante,um trampolim para as trevas e o
desconhecido. DUBY, G. Ano 2000 na pista do nossosmedos. So Paulo:
Unesp, 1998 (adaptado). Ao comparar as maneiras com que as
sociedades tm lidado com a morte, o autor considera que houve um
processo de 39
22. A. mercantilizao das crenas religiosas. B. transformao das
representaes sociais. C. disseminao do atesmo nos pases de maioria
crist. D. diminuio da distncia entre saber cientfico e eclesistico.
E. amadurecimento da conscincia ligada civilizao moderna. 5 (ENEM,
2013) TEXTO I H j algum tempo eu me apercebi de que, desde meus
primeiros anos, recebera muitas falsas opinies como verdadeiras, e
de que aquilo que depois eu fundei em princ- pios to mal
assegurados no podia ser seno mui duvidoso e incerto. Era necessrio
tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as
opinies a que at ento dera crdito,e comear tudo novamente a fim de
estabelecer um saber firme e inabalvel. DESCARTES, R.
Meditaesconcernentes Primeira Filosofia. So Paulo: Abril Cultural,
1973 (adaptado). TEXTO II o carter radical do que se procura que
exige a radicalizao do prprio processo de busca. Se todo o espao
for ocupado pela dvida, qualquer certeza que aparecer a partir da
ter sido de alguma forma gerada pela prpria dvida, e no ser
seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por
essa mesma dvida. SILVA, F. L. Descartes. a metafsica da
modernidade. So Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). A exposio e a
anlise do projeto cartesiano indicam que,para viabilizar a
reconstru- o radical do conhecimento,deve-se A. retomar o mtodo da
tradio para edificar a cincia com legitimidade. B. questionar de
forma ampla e profunda as antigas ideias e concepes. C. investigar
os contedos da conscincia dos homens menos esclarecidos. D. buscar
uma via para eliminar da memria saberes antigos e ultrapassados. E.
encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser
questionados. 6 (ENEM, 2013) At hoje admitia-se que nosso
conhecimento se devia regular pelos ob- jetos; porm, todas as
tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse
nosso conhecimento malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos,
pois, uma vez, expe- rimentar se no se resolvero melhor as tarefas
da metafsica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo
nosso conhecimento. KANT, I. Crtica da razo pura.Lisboa:
Calouste-Guibenkian, 1994 (adaptado). REA DE CINCIASHUMANAS E
SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS40
23. O trecho em questo uma refernciaao que ficou conhecido como
revoluo coper- nicana da filosofia. Nele, confrontam-se duas posies
filosficas que A. assumem pontos de vista opostos acerca da
natureza do conhecimento. B. defendem que o conhecimento impossvel,
restando-nos somente o ceticismo. C. revelam a relao de
interdependncia entre os dados da experincia e a refle- xo
filosfica. D. apostam, no que diz respeito s tarefas da filosofia,
na primazia das ideias em relao aos objetos. E. refutam-se
mutuamentequanto naturezado nosso conhecimento e so ambas recusadas
por Kant. 7 (ENEM, 2013) Os produtos e seu consumo constituem a
meta declarada do em- preendimento tecnolgico. Essa meta foi
proposta pela primeira vez no incio da Modernidade, como
expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto,
essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores
como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, no surgiu de
um prazer de po- der, de um mero imperialismo humano, mas da
aspirao de libertar o homem e de enriquecer sua vida, fsica e
culturalmente. CUPANI, A. A tecnologia como problema filosfico:trs
enfoques, Scientiae Studia. So Paulo,v. 2 n. 4, 2004 (adaptado).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o
projeto Iluminista concebem a Cincia como uma forma de saber que
almeja libertar o homem das intemp- ries da natureza. Nesse
contexto, a investigao cientfica consiste em A. expor a essncia da
verdade e resolverdefinitivamenteas disputas tericas ainda
existentes. B. oferecer a ltima palavra acerca das coisas que
existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia. C. ser a
expresso da razo e servir de modelo para outras reas do saber que
alme- jam o progresso. D. explicitar as leis gerais que permitem
interpretar a natureza e eliminar os discur- sos ticos e
religiosos. E. explicar a dinmica presente entre os fenmenos
naturais e impor limites aos debates acadmicos. 41
24. H5 Identificar as manifestaes ou representaes da
diversidade do patrimnio cultural e artstico em diferentes
sociedades. 1 (ENEM, 2011) Em geral,os nossos tupinambs ficam bem
admirados ao ver os franceses e os outros dos pases longnquos terem
tanto trabalho para buscar o seu arabot, isto , pau-brasil. Houve
uma vez um ancio da tribo que me fez esta pergunta:Por que vindes
vs outros,mairs e pers (franceses e portugueses), buscar lenha de
to longe para vos aquecer? No tendes madeira em vossa terra?. LRY,
J.Viagem Terra do Brasil.In: FERNANDES, F. MudanasSociaisno
Brasil.So Paulo: Difel, 1974. O viajante francs Jean de Lry
(1534-1611) reproduz um dilogo travado, em 1557, com um ancio
tupinamb, o qual demonstra uma diferena entre a sociedade europeia
e a indgena no sentido A. do destino dado ao produto do trabalho
nos seus sistemas culturais. B. da preocupao com a preservao dos
recursos ambientais. C. do interesse de ambas em uma explorao
comercial mais lucrativa do pau-bra- sil. D. da curiosidade,
reverncia e abertura cultural recprocas. E. da preocupao com o
armazenamento de madeira para os perodos de inverno. 2 (ENEM, 2009)
O homem construiu sua histria por meio do constante processo de
ocu- pao e transformao do espao natural. Na verdade, o que
variou,nos diversos momentos da experincia humana, foi a
intensidade dessa explorao. Disponvel em:
http://www.simposioreformaagraria.propp.ufu.br. Acesso em: 09
jul.2009 (adaptado). Uma das consequncias que pode ser atribuda
crescente intensificao da explora- o de recursos
naturais,facilitada pelo desenvolvimento tecnolgico ao longo da
histria, A. a diminuio do comrcio entre pases e regies, que se
tornaram autossuficien- tes na produo de bens e servios. B. a
ocorrncia de desastres ambientais de grandes propores, como no caso
de derramamento de leo por navios petroleiros. C. a melhora
generalizada das condies de vida da populao mundial,a partir da
eliminao das desigualdades econmicas na atualidade. D. o
desmatamento, que eliminou grandes extenses de diversos biomas
impro- dutivos, cujas reas passaram a ser ocupadas por centros
industriais modernos. E. o aumento demogrfico mundial,sobretudo nos
pases mais desenvolvidos, que apresentam altas taxas de crescimento
vegetativo. REA DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE
EXERCCIOS42
25. 3 (ENEM, 2012) Prximo da Igreja dedicada a So Gonalo nos
deparamos com uma im- pressionante multido que danava ao som de
suas violas. To logo viram o Vice-Rei, cerca- ram-no e o obrigaram
a danar e pular, exerccio violento e pouco apropriado tanto para
sua idade quanto posio.Tivemos ns mesmos que entrar na dana, por
bem ou por mal,e no deixou de ser interessante ver numa igreja
padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a danar e pular
misturados, e a gritar a plenos pulmesViva So Gonalo do Amarante.
BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage autour Du monde. Apud:
TINHORO,J. R. As festasno BrasilColonial. So Paulo: Ed 34, 2000
(adaptado). O viajante francs, ao descrever suas impresses sobre
uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em
entend-la, porque, como outras manifesta- es religiosas do perodo
colonial, ela A. seguia os preceitos advindos da hierarquia catlica
romana. B. demarcava a submisso do povo autoridade constituda. C.
definia o pertencimento dos padres s camadas populares. D. afirmava
um sentido comunitrio de partilha da devoo. E. harmonizava as
relaes sociais entre escravos e senhores. 4 (ENEM, 2009) O que se
entende por Corte do antigo regime ,em primeiro lugar,a casa de
habitao dos reis de Frana, de suas famlias, de todas as pessoas
que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As despesas da Corte,
da imensa casa dos reis, so consignadas no registro das despesas do
reino da Frana sob a rubrica significativa de Casas Reais. ELIAS,
N. A sociedadede corte. Lisboa: Estampa, 1987. Algumas casas de
habitao dos reis tiveram grande efetividade poltica e termina- ram
por se transformar em patrimnio artstico e cultural,cujo exemplo A.
o palcio de Versalhes. B. o Museu Britnico. C. a catedral de
Colnia. D. a Casa Branca. E. a pirmide do fara Quops. 5 (ENEM,
2010) As runas do povoado de Canudos,no Serto Norte da Bahia, alm
de sig- nificativas para a identidade cultural dessa regio, so teis
s investigaes sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos
antigos revoltosos. Essas runas foram reconhecidas como patrimnio
cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimnio Histrico e
Artstico Nacional), porque renem um conjunto de 43
26. A. objetos arqueolgicos e paisagsticos. B. acervos
museolgicos e bibliogrficos. C. ncleos urbanos e etnogrficos. D.
prticas e representaes de uma sociedade. E. expresses e tcnicas de
uma sociedade extinta. 6 (EXEMPLO INEP) O trfico de escravos em
direo Bahia pode ser dividido em quatro perodos: 1 O ciclo da
Guin,durante a segunda metade do sculo XVI; 2 O ciclo de Angola e
do Congo, no sculo XVII; 3 O ciclo da Costa da Mina, durante os trs
primeiros quartos do sculo XVIII; 4 O ciclo da Baa de Benin, entre
1770 e 1850, estando includo a o perodo do trfico clandestino. A
chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois ltimos perodos. A
dos nag-ioru- bs corresponde, sobretudo, ao ltimo. A forte
predominncia dos iorubs na Bahia, de seus usos e costumes, seria
explicvel pela vinda macia desse povo no ltimo dos ciclos. VERGER,
Pierre.Fluxo erefluxo do trfico de escravos entreo golfo do Benin
ea Bahia de Todos os Santos:dos sculos XVII a XIX. Traduo de Tasso
Gadzanis. So Paulo: Corrupio,1987. p. 9. (com adaptaes). Os
diferentes ciclos do trfico de escravos da costa africana para a
Bahia, no Brasil, indicam que A. o incio da escravido no Brasil
data do sculo XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os
chamadosnegros da Guin, especialistas na extrao de ouro. B. a
diversidade das origens e dos costumes de cada nao africana
impossvel de ser identificada, uma vez que a escravido moldou os
grupos envolvidos em um processo cultural comum. C. os ciclos
correspondentes a cada perodo do trfico de diferentes naes africa-
nas para a Bahia esto relacionados aos distintos portos de
comercializao de escravos. D. o trfico de escravos jejes para a
Bahia, durante o ciclo da Baa de Benin, ocorreu de forma mais
intensa a partir do final do sculo XVII at a segunda metade do
sculo XVIII. E. a escravido nessa provncia se estendeu do sculo XVI
at o incio do sculo XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras
regies do Pas. REA DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE
EXERCCIOS44
27. 7 (ENEM, 2013) No dia 1.de julho de 2012, a cidade do Rio
de Janeiro tornou-se a primei- ra do mundo a receber o ttulo da
Unesco de Patrimnio Mundial como Paisagem Cultural. A candidatura,
apresentada pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico
Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36. Sesso do Comit do
Patrimnio Mundial.O presidente do Iphan explicou que a paisagem
carioca a imagem mais explcita do que podemos chamar de civilizao
brasileira, com sua originalidade, desafios, contradies e
possibilidades. A partir de agora, os locais da cidade valorizados
com o ttulo da Unesco sero alvo de aes integra- das visando
preservao da sua paisagem cultural. Disponvel em:
www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013 (adaptado). O
reconhecimento da paisagem em questo como patrimnio mundial deriva
da A. presena do corpo artstico local. B. imagem internacional da
metrpole. C. herana de prdios da ex-capital do pas. D. diversidade
de culturas presente na cidade. E. relao sociedade-natureza de
carter singular. Competncia de rea 2 Compreender as transformaes
dos espaos geogrficos como produto das relaes socioeconmicas e
culturais de poder. H6 Interpretar diferentes representaes grficas
e cartogrficas dos espaos geogrficos. 1 (ENEM, 2009) Na figura
observa-se uma classificao de regies da Amrica do Sul, se- gundo o
grau de aridez verificado Disponvel em: http:// www.mutirao.com.br.
Acesso em: 5 ago. 2009. 45
28. Em relao s regies marcadas na figura, observa-se que A. a
existncia de reas superridas, ridas e semiridas resultado do
processo de desertificao, de intensidade varivel,causado pela ao
humana. B. o emprego de modernas tcnicas de irrigao possibilitou a
expanso da agri- cultura em determinadas reas do semirido,
integrando-as ao comrcio inter- nacional. C. o semirido, por
apresentar dficit de precipitao, passou a ser habitado a partir da
Idade Moderna, graas ao avano cientfico e tecnolgico. D. as reas
com escassez hdrica na Amrica do Sul se restringem s regies tropi-
cais, onde as mdias de temperatura anual so mais altas,
justificando a falta de desenvolvimento e os piores indicadores
sociais. E. o mesmo tipo de cobertura vegetal encontrado nas reas
superridas, ridas e semiridas, mas essa cobertura, embora adaptada
s condies climticas, desprovida de valor econmico. 2 (ENEM, 2009) O
grfico mostra o percentual de reas ocupadas,segundo o tipo de pro-
priedade rural no Brasil, no ano de 2006. De acordo com o grfico e
com referncia distribuio das reas rurais no Brasil, conclui-se que
A. imveis improdutivos so predominantes em relao s demais formas de
ocu- pao da terra no mbito nacional e na maioria das regies. B. o
ndice de 63,8% de imveis improdutivos demonstra que grande parte do
solo brasileiro de baixa fertilidade,imprprio para a atividade
agrcola. REA DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE
EXERCCIOS46
29. C. o percentual de imveis improdutivos iguala-se ao de
imveis produtivos soma- dos aos minifndios, o que justifica a
existncia de conflitos por terra. D. a regio Norte apresenta o
segundo menor percentual de imveis produtivos, possivelmente em
razo da presena de densa cobertura florestal, protegida por
legislao ambiental. E. a regio Centro-Oeste apresenta o menor
percentual de rea ocupada por mini- fndios, o que inviabiliza
polticas de reforma agrria nesta regio. 3 (ENEM, 2010) Fonte:
Incra, Estatsticas cadastrais 1998. O grfico representa a relao
entre o tamanho e a totalidade dos imveis rurais no Brasil. Que
caracterstica da estrutura fundiria brasileira est evidenciada no
grfico apre- sentado? A. A concentrao de terras nas mos de poucos.
B. A existncia de poucas terras agricultveis. C. O domnio
territorial dos minifndios. D. A primazia da agricultura familiar.
E. A debilidade dos plantations modernos. 47
30. 4 (ENEM, 2009) A partir do mapa apresentado possvel inferir
que nas ltimas dcadas do sculo XX registraram-se processos que
resultaram em transformaes na distribuio das atividades econmicas e
da populao sobre o territrio brasileiro, com reflexos no PIB por
habitante. Assim, A. as desigualdades econmicas existentes entre
regies brasileiras desapareceram, tendo em vista a modernizao
tecnolgica e o crescimento vivido pelo pas. B. os novos fluxos
migratrios instaurados em direo ao Norte e ao Centro-Oeste do pas
prejudicaram o desenvolvimento socioeconmico dessas regies, inca-
pazes de atender ao crescimento da demanda por postos de trabalho.
C. o Sudeste brasileiro deixou de ser a regio com o maior PIB
industrial a partir do processode desconcentraoespacial do setor,em
direoaoutrasregiesdo pas. D. o avano da fronteira econmica sobre os
estados da regio Norte e do Centro- Oeste resultou no
desenvolvimento e na introduo de novas atividades econ- micas,
tanto nos setores primrio e secundrio,quanto no tercirio. E. o
Nordeste tem vivido, ao contrrio do restante do pas, um perodo de
retra- o econmica, como consequncia da falta de investimentos no
setor industrial com base na moderna tecnologia. REA DE
CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS48
31. 5 (ENEM, 2010) A interpretao do mapa indica que,entre 1990
e 2006, a expanso territorial da pro- duo brasileira de soja
ocorreu da regio A. Sul em direo s regies Centro-Oeste e Nordeste.
B. Sudeste em direo s regies Sul e Centro-Oeste. C. Centro-Oeste em
direo s regies Sudeste e Nordeste. D. Norte em direo s regies Sul e
Nordeste. E. Nordeste em direo s regies Norte e Centro-Oeste. 6
(ENEM, 2010) O mapa mostra a distribuio de bovinos no bioma
amaznico, cuja ocu- pao foi responsvel pelo desmatamento de
significativas extenses de terra na regio. Verifica-se que existem
municpios com grande contingente de bovinos, nas reas mais es-
curas do mapa, entre 750.001 e 1.500.000 cabeas de bovinos. 49
32. A anlise do mapa permite concluir que A. os estados do
Par,Mato Grosso e Rondnia detm a maior parte de bovinos em relao ao
bioma amaznico. B. os municpios de maior extenso so responsveis
pela maior produo de bovi- nos, segundo mostra a legenda. C. a
criao de bovinos a atividade econmica principal nos municpios
mostra- dos no mapa. D. o efetivo de cabeas de bovinos se distribui
amplamentepelo bioma amaznico. E. as terras florestadas so as reas
mais favorveis ao desenvolvimento da criao de bovinos. 7 (ENEM,
2010) A maior frequncia na ocorrncia do fenmeno atmosfrico
apresentado na figura relaciona-se a A. concentraes
urbano-industriais. B. episdios de queimadas florestais. C.
atividades de extrativismo vegetal. D. ndices de pobreza elevados.
E. climas quentes e muito midos. REA DE CINCIASHUMANAS E
SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS50
33. 8 (ENEM, 2011) TEIXEIRA, W. et al. Decifrandoa Terra.So
Paulo: Nacional,2009 (adaptado). O grfico relaciona diversas
variveis ao processo de formao do solo. A interpreta- o dos dados
mostra que a gua um dos importantes fatores de pedognese, pois nas
reas A. de clima temperado ocorrem alta pluviosidade e grande
profundidade de solos. B. tropicais ocorre menor pluviosidade, o
que se relaciona com a menor profundi- dade das rochas inalteradas.
C. de latitudes em torno de 30 ocorrem as maiores profundidades de
solo, visto que h maior umidade. D. tropicais a profundidade do
solo menor, o que evidencia menor intemperismo qumico da gua sobre
as rochas. E. de menor latitude ocorrem as maiores
precipitaes,assim como a maior profun- didade dos solos. 9 (ENEM,
2013) 51
34. O processo registrado no grfico gerou a seguinte
consequncia demogrfica: A. Decrscimo da populao absoluta. B. Reduo
do crescimento vegetativo. C. Diminuio da proporo de adultos. D.
Expanso de polticas de controle da natalidade. E. Aumento da
renovao da populao economicamente ativa. 10 (ENEM, 2013) REA DE
CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS52
35. Os mapas representam distintos padres de distribuio de
processos socioespaciais. Nesse sentido, a menor incidncia de
disputas territoriais envolvendo povos indgenas se explica pela A.
fertilizao natural dos solos. B. expanso da fronteira agrcola. C.
intensificao da migrao de retorno. D. homologao de reservas
extrativistas. E. concentrao histrica da urbanizao. H7 Identificar
os significados histrico-geogrficos das relaes de poder entre as
naes 1 (ENEM, 2010) Eu, o Prncipe Regente, fao saber aos que o
presente Alvar virem: que desejando promover e adiantar a riqueza
nacional, e sendo um dos mananciais dela as ma- nufaturas e a
indstria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer proibio que
haja a este respeito no Estado do Brasil. Alvar de liberdade para
as indstrias. (1o de abril de 1808), in Bonavides,P.;Amaral, R.
Textospolticosda Histriado Brasil. Vol. 1. Braslia: Senado Federal,
2002 (adaptado). O projeto industrializante de D. Joo, conforme
expresso no alvar, no se concreti- zou.Que caractersticas desse
perodo explicam esse fato? A. A ocupao de Portugal pelas tropas
francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas. B. A
dependncia portuguesa da Inglaterra e o predomnio industrial ingls
sobre suas redes de comrcio. C. A desconfiana da burguesia
industrial colonial diante da chegada da famlia real portuguesa. D.
O confronto entre a Frana e a Inglaterrae a posio dbia assumida por
Portugal no comrcio internacional. E. O atraso industrial da colnia
provocado pela perda de mercados para as inds- trias portuguesas. 2
(ENEM, 2009) Do ponto de vista geopoltico, a Guerra Fria dividiu a
Europa em dois blocos. Essa diviso propiciou a formao de alianas
antagnicas de carter militar, como a OTAN, que aglutinava os pases
do bloco Ocidental, e o Pacto de Varsvia, que concentrava os do
bloco Oriental. importante destacar que, na formao da OTAN, esto
presentes, alm dos pases do Oeste Europeu,os EUA e o Canad. Essa
diviso histrica atingiu igualmente os mbitos poltico e econmicoque
se refletiam pela opo entreos modelos capitalista esocialista.
53
36. Essa diviso europeia ficou conhecida como A. Cortina de
Ferro. B. Muro de Berlim. C. Unio Europeia. D. Conveno de Ramsar.
E. Conferncia de Estocolmo. 3 (ENEM, 2010 adaptado) G-20 o grupo
que rene os pases do G7, os mais industria- lizados do mundo (EUA,
Japo, Alemanha, Frana, Reino Unido, Itlia e Canad), a Unio Europeia
e os principais emergentes (Brasil,Rssia, ndia, China, frica do
Sul,Arbia Saudita, Argentina, Austrlia, Coreia do Sul, Indonsia,
Mxico e Turquia). Esse grupo de pases vem ganhando fora nos fruns
internacionais de deciso e consulta. ALLAN, R. Crise global.
Disponvel em: http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br. Acesso
em: 31 jul.2010. Entre os pases emergentes que formam o G-20, esto
os chamados BRICS (Brasil, Rssia, ndia, China e frica do Sul),
termo criado em 2001 e renomeado em 2011, com o ingresso da frica
do Sul (South Africa), para referir-se aos pases que A. Apresentam
caractersticas econmicas promissoras para as prximas dcadas. B.
Possuem base tecnolgica mais elevada. C. Apresentam ndices de
igualdade social e econmica mais acentuados. D. Apresentam
diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia glo-
bal. E. Possuem similaridades culturais capazes de alavancar a
economia mundial. 4 (ENEM, 2009) Colhe o Brasil, aps esforo contnuo
dilatado no tempo, o que plantou no esforo da construo de sua
insero internacional. H dois sculos formularam-se os pilares da
poltica externa. Teve o pas inteligncia de longo prazo e clculo de
oportunidade no mundo difuso da transio da hegemonia britnica para
o sculo americano. Engendrou concepes, conceitos e teoria prprias
no sculo XIX, de Jos Bonifcio ao Visconde do Rio Branco. Buscou
autonomia decisria no sculo XX. As elites se interessaram, por meio
de calorosos debates, pelo destino do Brasil. O pas emergiu, de
Vargas aos militares, como ator responsvel e previsvel nas aes
externas do Estado. A mudana de regime poltico para a democracia no
alterou o pragmatismo externo,mas o aperfeioou. SARAIVA, J. F. S. O
lugardo Brasile o silnciodo parlamento.Correio Braziliense,
Braslia, 28 maio 2009 (adaptado). Sob o ponto de vista da poltica
externa brasileira no sculo XX, conclui-se que REA DE
CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS54
37. A. o Brasil um pas perifrico na ordem mundial, devido s
diferentes conjunturas de insero internacional. B. as
possibilidades de fazer prevalecer ideias e conceitos prprios, no
que tange aos temas do comrcio internacional e dos pases em
desenvolvimento, so m- nimas. C. as brechas do sistema
internacional no foram bem aproveitadas para avanar posies voltadas
para a criao de uma rea de cooperao e associao inte- grada a seu
entorno geogrfico. D. os grandes debates nacionais acerca da insero
internacional do Brasil foram embasados pelas elites do Imprio e da
Repblica por meio de consultas aos diversos setores da populao. E.
a atuao do Brasil em termos de poltica externa evidencia que o pas
tem ca- pacidade decisria prpria, mesmo diante dos constrangimentos
internacionais. 5 (ENEM, 2009) As terras brasileiras foram
divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo
com esses tratados,identificados no mapa, conclui-se que A.
Portugal,peloTratado de Tordesilhas,detinha o controle da foz do
rio Amazonas. B. oTratado deTordesilhasutilizavaos rios como
limitefsico da Amrica portuguesa. 55
38. C. o Tratado de Madri reconheceu a expanso portuguesa alm
da linha de Tordesilhas. D. Portugal,peloTratado de San
Ildefonso,perdia territrios na Amrica em relao ao de Tordesilhas.
E. o Tratado de Madri criou a diviso administrativa da Amrica
Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental. 6 (ENEM, 2013) De
ponta a ponta, tudo praia-palma, muito ch e muito formosa. Pelo
serto nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender
olhos, no podamos ver seno terra com arvoredos, que nos parecia
muito longa. Nela, at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem
prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porm a
terra em si de muito bons ares [...].Porm o melhor fruto que dela
se pode tirar me parece que ser salvar esta gente. Carta de Pero
Vaz de Caminha. In: MARQUES, A; BERUTTI, F.;FARIA, R. Histria
modernaatravsde textos.So Paulo: Contexto,2001. A carta de Pero Vaz
de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova
terra. Nesse trecho,o relato enfatiza o seguinte objetivo: A.
Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. B.
Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
C. Transmitir o conhecimento dos indgenas sobre o potencial
econmico existen- te. D. Realar a pobreza dos habitantes nativos
para demarcar a superioridade euro- peia. E. Criticar o modo de
vida dos povos autctones para evidenciar a ausncia de tra- balho.
H8 Analisar a ao dos estados nacionais no que se refere dinmica dos
fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem
econmico-social. 1 (ENEM, 2009) A luta pela terra no Brasil marcada
por diversos aspectos que chamam a ateno. Entre os aspectos
positivos, destaca-se a perseverana dos movimentos do campe- sinato
e, entre os aspectos negativos, a violncia, que manchou de sangue
essa histria. Os movimentos pela reforma agrria articularam-se por
todo o territrio nacional, principalmen- te entre 1985 e 1996, e
conseguiram de maneira expressiva a insero desse tema nas discus-
ses pelo acesso terra. O mapa seguinte apresenta a distribuio dos
conflitos agrrios em todas as regies do Brasil nesse perodo e o
nmero de mortes ocorridas nessas lutas. REA DE CINCIASHUMANAS E
SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS56
39. Com base nas informaes do mapa acerca dos conflitos pela
posse de terra no Brasil, a regio A. conhecida historicamente como
das Misses Jesuticas a de maior violncia. B. do Bico do Papagaio
apresenta os nmeros mais expressivos. C. conhecida como Oeste
baiano tem o maior nmero de mortes. D. do norte do Mato Grosso,rea
de expanso da agricultura mecanizada, a mais violenta do pas. E. da
Zona da Mata mineira teve o maior registro de mortes. 2 (ENEM,
2011) As migraes transnacionais, intensificadas e generalizadas nas
ltimas dcadas do sculo XX, expressam aspectos particularmente
importantes da problemtica racial, visto como dilema tambm mundial.
Deslocam-se indivduos, famlias e coletividades para lugares prximos
e distantes, envolvendo mudanas mais ou menos drsticas nas con-
dies de vida e trabalho, em padres e valores socioculturais.
Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas,
algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizaes totalmente
diversas. IANNI, O. A era do globalismo.Rio de Janeiro:Civilizao
Brasileira,1996. A mobilidade populacional da segunda metade do
sculo XX teve um papel importante na formao social e econmica de
diversos estados nacionais. Uma razo para os movimentos migratrios
nas ltimas dcadase uma poltica migratria atualdos pases
desenvolvidosso 57
40. A. a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de
barreiras contra a imigra- o. B. a necessidade de qualificao
profissional e a abertura das fronteiras para os imi- grantes. C. o
desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acautelamento dos bens
dos imi- grantes. D. a expanso da fronteira agrcola e a expulso dos
imigrantes qualificados. E. a fuga decorrente de conflitos polticos
e o fortalecimento de polticas sociais. 3 (ENEM, 2009) Para Caio
Prado Jr., a formao brasileira se completaria no momento em que
fosse superada a nossa herana de inorganicidade social o oposto da
interligao com objetivos internos trazida da colnia. Este momento
alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passarmos a Srgio Buarque de
Holanda, encontraremos algo anlogo. O pas ser moderno e estar
formado quando superar a sua herana portuguesa, rural e autoritria,
quando en- to teramos um pas democrtico. Tambm aqui o ponto de
chegada est mais adiante, na dependncia das decises do presente.
Celso Furtado, por seu turno, dir que a nao no se completa enquanto
as alavancas do comando, principalmente do econmico, no passa- rem
para dentro do pas. Como para os outros dois, a concluso do
processo encontra-se no futuro,que agora parece remoto. SCHWARZ, R.
Os seteflegosde um livro.Sequncias brasileiras. So Paulo: Cia. das
Letras,1999 (adaptado). Acerca das expectativas quanto formao do
Brasil,a sentena que sintetiza os pon- tos de vista apresentados no
texto : A. Brasil, um pas que vai pra frente. B. Brasil, a eterna
esperana. C. Brasil, glria no passado, grandeza no presente. D.
Brasil, terra bela, ptria grande. E. Brasil, gigante pela prpria
natureza. 4 (ENEM, 2013) Nasce daqui uma questo: se vale mais ser
amado que temido ou temi- do que amado. Responde-se que ambas as
coisas seriam de desejar; mas porque difcil junt-las, muito mais
seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas.
Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que so
ingratos, volveis, simula- dores, covardes e vidos de lucro, e
enquanto lhes fazes bem so inteiramente teus, ofere- cem-te o
sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o
perigo est longe; mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N.
O prncipe.Rio de Janeiro:Bertrand,1991. REA DE CINCIASHUMANAS E
SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS58
41. A partir da anlise histrica do comportamento humano em suas
relaes sociais e polticas,Maquiavel define o homem como um ser A.
munido de virtude, com disposio nata a praticar o bem a si e aos
outros. B. possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para
alcanar xito na poltica. C. guiado por interesses,de modo que suas
aes so imprevisveis e inconstantes. D. naturalmente racional,
vivendo em um estado pr-social e portando seus direi- tos naturais.
E. socivel por natureza, mantendo relaes pacficas com seus pares. 5
(ENEM, 2013) Ningum desconhece a necessidade que todos os
fazendeiros tm de aumentar o nmero de seus trabalhadores. E como at
h pouco supriam-se os fazendeiros dos braos necessrios? As fazendas
eram alimentadas pela aquisio de escravos, sem o menor auxlio
pecunirio do governo. Ora, se os fazendeiros se supriam de braos
sua cus- ta, e se possvel obt-los ainda, posto que de outra
qualidade, por que motivo no ho de procurar alcan-los pela mesma
maneira, isto , sua custa? Resposta de Manuel Felizardo de Souza e
Mello,diretor geral das Terras Pblicas,ao SenadorVergueiro.
In:ALENCASTRO, L. F.(Org.) Histriadavidaprivadano Brasil.So
Paulo:Cia das Letras,1998 (adaptado). O fragmento do discurso
dirigido ao parlamentar do Imprio refere-se s mudanas ento em curso
no campo brasileiro, que confrontaram o Estado e a elite agrria em
torno do objetivo de A. fomentar aes pblicas para ocupao das terras
do interior. B. adotar o regime assalariado para proteo da mo de
obra estrangeira. C. definir uma poltica de subsdio governamental
para o fomento da imigrao. D. regulamentaro trfico interprovincial
de cativos para sobrevivncia das fazendas. E. financiar a fixao de
famlias camponesas para estmulo da agricultura de sub- sistncia. H9
Comparar o significado histrico-geogrfico das organizaes polticas e
socioeconmicas em escala local, regional ou mundial. 1 (ENEM, 2012)
TEXTO I A Europa entrou em estado de exceo personificado por
obscuras foras econmi- cas sem rosto ou localizao fsica conhecida,
que no prestam contas a ningum e se espa- lham pelo globo por meio
de milhes de transaes dirias no ciberespao. ROSSI, C. Nem fim do
mundo nem mundo novo.Folha de S.Paulo,11 dez. 2011 (adaptado).
59
42. TEXTO II Estamos imersos numa crise financeira como nunca
tnhamos visto desde a Grande Depresso iniciada em 1929 nos Estados
Unidos. Entrevista de George Soros.Disponvel em: www.nybooks.com.
Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado). A comparao entre os
significados da atual crise econmica e do Crash de1929 ocul- ta a
principal diferena entre essas duas crises, pois A. o Crash da
Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e
a atual crise o resultado dos gastos militares desse pas nas
guerras do Afeganisto e Iraque. B. a crise de 1929 ocorreu devido a
um quadro de superproduo industrial nos EUA e a atual crise
resultou da especulao financeira e da expanso desmedida do crdito
bancrio. C. a crise de 1929 foi o resultado da concorrncia dos
pases europeus reconstru- dos aps a I Guerra e a atual crise se
associa emergncia dos BRICS como novos concorrentes econmicos. D. o
Crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de protees ao setor
produtivo estadunidense e a atual crise tem origem na
internacionalizao das empresas e no avano da poltica de livre
mercado. E. a crise de 1929 decorreu da poltica intervencionista
norte-americana sobre o sistema de comrcio mundial e a atual crise
resultou do excesso de regulao do governo desse pas sobre o sistema
monetrio. 2 (ENEM, 2009) A formao dos Estados foi certamente
distinta na Europa, na Amrica Latina, na frica e na sia. Os Estados
atuais, em especial na Amrica Latina onde as insti- tuies das
populaes locais existentes poca da conquista ou foram eliminadas,
como no caso do Mxico e do Peru, ou eram frgeis, como no caso do
Brasil , so o resultado, em geral, da evoluo do transplante de
instituies europeias feito pelas metrpoles para suas colnias. Na
frica, as colnias tiveram fronteiras arbitrariamente traadas,
separando etnias, idiomas e tradies, que, mais tarde, sobreviveram
ao processo de descolonizao, dando razo para conflitos que, muitas
vezes, tm sua verdadeira origem em disputas pela explorao de
recursos naturais. Na sia, a colonizao europeia se fez de forma
mais indire- ta e encontrou sistemas polticos e administrativos
mais sofisticados, aos quais se superps. Hoje, aquelas formas
anteriores de organizao, ou pelo menos seu esprito, sobrevivem nas
organizaes polticas do Estado asitico. GUIMARES, S. P.
Nao,nacionalismo, Estado.Estudos Avanados. So Paulo: Edusp,v. 22,
n. 62, jan.- abr.2008 (adaptado). Relacionando as informaes ao
contexto histrico e geogrfico por elas evocado, assinale a opo
correta acerca do processo de formao socioeconmica dos continentes
mencionados no texto. REA DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS
CADERNO DE EXERCCIOS60
43. A. Devido falta de recursos naturais a serem explorados no
Brasil, conflitos tnicos e culturais como os ocorridos na frica
estiveram ausentes no perodo da inde- pendncia e formao do Estado
brasileiro. B. A maior distino entre os processos
histrico-formativos dos continentes cita- dos a que se estabelece
entre colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os
demais. C. poca das conquistas, a Amrica Latina, a frica e a sia
tinham sistemas po- lticos e administrativos muito mais
sofisticados que aqueles que lhes foram im- postos pelo
colonizador. D. Comparadas ao Mxico e ao Peru, as instituies
brasileiras, por terem sido elimi- nadas poca da conquista,
sofreram mais influncia dos modelos institucionais europeus. E. O
modelo histrico da formao do Estado asitico equipara-se ao
brasileiro,pois em ambos se manteve o esprito das formas de
organizao anteriores conquis- ta. 3 (ENEM, 2009) Populaes inteiras,
nas cidades e na zona rural, dispem da parafernlia digital global
como fonte de educao e de formao cultural. Essa simultaneidade de
cul- tura e informao eletrnica com as formas tradicionais e orais
um desafio que necessita ser discutido. A exposio via mdia
eletrnica, com estilos e valores culturais de outras so- ciedades,
pode inspirar apreo, mas tambm distores e ressentimentos. Tanto
quanto h necessidade de uma cultura tradicional de posse da educao
letrada, tambm necessrio criar estratgias de alfabetizao eletrnica,
que passam a ser o grande canal de informao das culturas
segmentadas no interior dos grandes centros urbanos e das zonas
rurais. Um novo modelo de educao. BRIGAGO, C. E.;RODRIGUES, G. A
globalizao a olho nu: o mundo conectado. So Paulo: Moderna, 1998
(adaptado). Com base no texto e considerando os impactos culturais
da difuso das tecnologias de informao no marco da
globalizao,depreende-se que A. a ampla difuso das tecnologias de
informao nos centros urbanos e no meio rural suscita o contato
entre diferentes culturas e, ao mesmo tempo, traz a neces- sidade
de reformular as concepes tradicionais de educao. B. a apropriao,
por parte de um grupo social, de valores e ideias de outras cultu-
ras para benefcio prprio fonte de conflitos e ressentimentos. C. as
mudanas sociais e culturais que acompanham o processo de
globalizao, ao mesmo tempo em que refletem a preponderncia da
cultura urbana, tornam obsoletas as formas de educao tradicionais
prprias do meio rural. D. as populaes nos grandes centros urbanos e
no meio rural recorrem aos instru- mentos e tecnologias de informao
basicamente como meio de comunicao mtua, e no os veem como fontes
de educao e cultura. 61
44. E. a intensificao do fluxo de comunicao por meios
eletrnicos, caracterstica do processo de globalizao, est dissociada
do desenvolvimento social e cultural que ocorre no meio rural. 4 -
(ENEM, 2013) DISNEYLNDIA Multinacionais japonesas instalam empresas
em Hong-Kong E produzem com matria-prima brasileira Para competir
no mercado americano [] Pilhas americanas alimentam eletrodomsticos
ingleses na Nova Guin Gasolina rabe alimenta automveis americanos
na frica do Sul [] Crianas iraquianas fugidas da guerra No obtm
visto no consulado americano do Egito Para entrarem na Disneylndia
ANTUNES, A Disponvel em: www.radio.uol.com.br Acesso em: fev 2013
(fragmento). Na cano, ressalta-se a coexistncia, no contexto
internacional atual, das seguintes situaes: A. Acirramento do
controle alfandegrio e estmulo ao capital especulativo. B. Ampliao
das trocas econmicas e seletividade dos fluxos populacionais. C.
Intensificao do controle informacional e adoo de barreiras
fitossanitrias. D. Aumento da circulao mercantil e desregulamentao
do sistema financeiro. E. Expanso do protecionismo comercial e
descaracterizao de identidades nacio- nais. REA DE CINCIASHUMANAS E
SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS62
45. H10 Reconhecer a dinmica da organizao dos movimentos
sociais e a importncia da participao da coletividade na transformao
da realidade histrico-geogrfica. 1 (ENEM, 2011) MOVIMENTO DOS
CARAS-PINTADAS O movimento representado na imagem, do incio dos
anos de 1990,arrebatou milha- res de jovens no Brasil.Nesse
contexto,a juventude,movida por um forte sentimento cvico, A.
aliou-se aos partidos de oposio e organizou a campanha Diretas J.
B. manifestou-se contra a corrupo e pressionou pela aprovao da Lei
da Ficha Limpa. C. engajou-se nos protestos relmpago e utilizou a
internet para agendar suas ma- nifestaes. D. espelhou-se no
movimento estudantil de 1968 e protagonizou aes revolucio- nrias
armadas. E. tornou-se porta voz da sociedade e influenciou no
processo de impeachmentdo ento presidente Collor. 2 (ENEM, 2011) No
clima das ideias que se seguiram revolta de So Domingos,o desco-
brimento de planos para um levante armado dos artfices mulatos na
Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos
demonstravam aquilo que os brancos conscien- tes tinham j comeado a
compreender:as ideias de igualdade social estavam a propagar-se
numa sociedade em que s um tero da populao era de brancos e iriam
inevitavelmente ser interpretados em termos raciais. MAXWELL, K.
Condicionalismos da Independncia do Brasil.In: SILVA, M. N.
(coord.) O Imprio luso-brasileiro,1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.
63
46. O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das
propostas das lideranas popula- res da Conjurao Baiana (1798)
levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas
diante das reivindicaes populares. No perodo da Independncia, parte
da elite participou ativamente do processo, no intuito de A.
instalar um partido nacional, sob sua liderana, garantindo
participao contro- lada dos afro-brasileiros e inibindo novas
rebelies de negros. B. atender aos clamores apresentados no
movimentobaiano de modo a inviabilizar novas rebelies,garantindo o
controle da situao. C. firmar alianas com as lideranas
escravas,permitindo a promoo de mudanas exigidas pelo povo sem a
profundidade proposta inicialmente. D. impedir que o povo
conferisse ao movimento um teor libertrio, o que termina- ria por
prejudicar seus interesses e seu projeto de nao. E. rebelar-se
contra as representaes metropolitanas, isolando politicamente o
Prncipe Regente,instalando um governo conservador para controlar o
povo. 3 (ENEM, 2011) Charge da capa da revista O Malho,de 1904.
Disponvel em: http://1.bp.blogspot.com. A imagem representa as
manifestaes nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na pri- meira
dcada do sculo XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando
o contexto poltico-social da poca, essa revolta revela A. a
insatisfao da populao com os benefcios de uma modernizao urbana au-
toritria. B. a conscincia da populao pobre sobre a necessidade de
vacinao para a erra- dicao das epidemias. C. a garantia do processo
democrtico instaurado com a Repblica, atravs da de- fesa da
liberdade de expresso da populao. D. o planejamento do governo
republicano na rea de sade,que abrangia a popu- lao em geral. REA
DE CINCIASHUMANAS E SUASTECNOLOGIAS CADERNO DE EXERCCIOS64
47. E. o apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar
toda a populao em vez de privilegiar a elite. Competncia de rea 3
Compreender a produo e o papel histrico das instituies sociais,
polticas e econmicas, associando-as aos diferentes grupos,
conflitos e movi- mentos sociais. H11 Identificar registros de
prticas de grupos sociais no tempo e no espao. 1 (ENEM, 2009) No
final do sculo XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antnia
Nbrega Inquisio. Segundo o depoimento, esta lhe dava uns ps no sabe
de qu, e outros ps de osso de finado, os quais ps ela confessante
deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem
bem-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita
Antnia e ensinado que eram coisas diablicas e que os diabos lha
ensinaram. ARAJO,E.O teatro dos vcios.Transgresso e transigncia na
sociedade urbana colonial. Braslia: UnB/Jos Olympio,1997. Do ponto
de vista da Inquisio, A. o problema dos mtodos citados no trecho
residia na dissimulao, que acabava por enganar o enfeitiado. B. o
diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente
a justi- a do fogo poderia elimin-lo. C. os ingredientes em
decomposio das poes mgicas eram condenados por- que afetavam a sade
da populao. D. as feiticeiras representavam sria ameaa sociedade,
pois eram perceptveis suas tendncias feministas. E. os cristos
deviam preservar a instituio do casamento recorrendo exclusiva-
mente aos ensinamentos da Igreja. 2 (ENEM, 2012) Charge annima.
BURKE,P. A fabricao do rei. Rio de Janeiro:Zahar,1994. 65
48. Na Frana, o rei Lus XIV teve sua imagem fabricada por um
conjunto de estratgias que visavam sedimentar uma determinada noo
de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra A. a
humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos
prprios vestimenta real. B. a unidade entre o pblico e o
privado,pois a figura do rei com a vestimenta real representa o
pblico sem a vestimenta real,o privado. C. o vnculo entre monarquia
e povo,pois leva ao conhecimento do pblico a figura de um rei
despretensioso e distante do poder poltico. D. o gosto esttico
refinado do rei, pois evidencia a elegncia dos trajes reais em
relao aos de outros membros da corte. E. a importncia da vestimenta
para a constituio simblica do rei, pois o corpo poltico adornado
esconde os defeitos do corpo pessoal. 3 (ENEM, 2011) Foto de
Milito, So Paulo,1879. ALENCASTRO, L. F. (org.). Histria da vida
privada no Brasil.Imprio:a corte e a modernidade nacional. So
Paulo: Cia. das Letras, 1997. Que aspecto histrico da escravido no
Brasil do sculo XIX pode ser identificado a partir da anlise do
vesturio do casal retratado acima? A. O uso de trajes simples
indica a rpida incorporao dos ex-escravos ao mundo do trabalho
urbano. B. A presena de acessrios como chapu e sombrinha aponta
para a manuteno de elementos culturais de origem africana. REA DE
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49. C. O uso de sapatos um importante elemento de diferenciao
social entre negros libertos ou em melhores condies na ordem
escravocrata. D. A utilizao do palet e do vestido demonstra a
tentativa de assimilao de um estilo europeu como forma de distino
em relao aos brasileiros. E. A adoo de roupas prprias para o
trabalho domstico tinha como finalidade demarcar as fronteiras da
excluso social naquele contexto. 4 (ENEM, 2010) A bandeira da
Europa no apenas o smbolo da Unio Europeia, mas tambm da unidade e
da identidade da Europa em sentido mais lato. O crculo de estrelas
douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da
Europa. A que se pode atribuir a contradio intrnseca entre o que
prope a bandeira da Europa e o cotidiano vi- venciado pelas naes
integrantes da Unio Europeia? A. Ao contexto da dcada de 1930, no
qual a bandeira foi forjada e em que se pre- tendia
afraternidadeentreos povostraumatizados pela PrimeiraGuerraMundial.
B. Ao fato de que o ideal de equilbrio implcito na Bandeira nem
sempre se coadu- na com os conflitos e rivalidades regionais
tradicionais. C. Ao fato de que Alemanha eItliaainda so vistas com
desconfiana por Inglaterra e Frana mesmo aps dcadas do final da
Segunda Guerra Mundial. D. Ao fato de que a bandeira foi concebida
por portugueses e espanhis, que pos- suem uma convivncia mais
harmnica do que as demais naes europeias. E. Ao fato de que a
bandeira representa as aspiraes religiosas dos pases de voca- o
catlica, contrapondo-se ao cotidiano das naes protestantes. 5
(ENEM, 2010) O Imprio Inca, que corresponde principalmente aos
territrios da Bolvia e do Peru, chegou a englobar enorme
contingente populacional. Cuzco, a cidade sagrada, era o centro
administrativo, com uma sociedade fortemente estratificada e
composta por imperadores, nobres, sacerdotes, funcionrios do
governo, artesos, camponeses, escravos e soldados. A religio
contava com vrios deuses, e a base da economia era a agricultura,
principalmente o cultivo de batata e do milho. A principal
caracterstica da sociedade inca era a A. ditadura teocrtica, que
igualava a todos. B. existncia da igualdade social e da coletivizao
da terra. C. estrutura social desigual compensada pela coletivizao
de todos os bens. D. existncia de mobilidade social,o que levou
composio da elite pelo mrito. E. impossibilidade de se mudar de
extrato social e a existncia de uma aristocracia hereditria.
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50. 6 (ENEM, 2011) O caf tem origem na regio onde hoje se
encontra a Etipia, mas seu cultivo e consumo se disseminaram a
partir da Pennsula rabe. Aportou Europa por Constantinopla e,
finalmente, em 1615, ganhou a cidade de Veneza. Quando o caf chegou
regio europeia, alguns clrigos sugeriram que o produto deveria ser
excomungado, por ser obra do diabo. O papa Clemente VIII
(1592-1605), contudo, resolveu provar a bebida. Tendo gostado do
sabor, decidiu que ela deveria ser batizada para que se tornasse
uma bebida verdadeiramente crist. THORN, J. Guia do caf. Lisboa:
Livros e livros,1998 (adaptado). A posturados clrigos e do papa
ClementeVIIIdianteda introduodo caf na Europa Ocidental pode ser
explicada pela associao dessa bebida ao A. atesmo. B. judasmo. C.
hindusmo. D. islamismo. E. protestantismo. 7 (ENEM, 2013) Nos
estados, entretanto, se instalavam as oligarquias, de cujo perigo j
nos advertia Saint-Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou a
poltica dos governadores. Em crculos concntricos esse sistema vem
cumular no prprio poder central que o sol do nosso sistema. PRADO,
P.Retrato do Brasil.Rio de Janeiro:Jos Olympio,1972. A crtica
presente no texto remete ao acordo que fundamentou o regime
republicano brasileiro durante as trs primeiras dcadas do sculo XX
e fortaleceu o(a) A. poder militar,enquanto fiador da ordem
econmica. B. presidencialismo,com o objetivo de limitar o poder dos
coronis. C. domnio de grupos regionais sobre a ordem federativa. D.
interveno nos estados,autorizada pelas normas constitucionais. E.
isonomia do governo federal no tratamento das disputas locais. 8
(ENEM, 2013) O edifcio circular. Os apartamentos dos prisioneiros
ocupam a circun- ferncia. Voc pode cham-los, se quiser, de celas. O
apartamento do inspetor ocupa o cen- tro; voc pode cham-lo, se
quiser de alojamento do inspetor. A moral reformada; a sade
preservada; a indstria revigorada; a instruo difundida; os encargos
pblicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma
rocha; o n grdio da Lei sobre os Pobres no cortado, mas desfeito
tudo por uma simples ideia de arquitetura! BENTHAM,J. O panptico.
Belo Horizonte:Autntica, 2008. REA DE CINCIASHUMANAS E
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51. Essa a proposta de um sistema conhecido como panptico, um
modelo que mos- tra o poder da disciplina nas sociedades
contemporneas, exercido preferencialmente por mecanismos A.
religiosos,que se constituem como um olho divino controlador que
tudo v. B. ideolgicos, que estabelecem limites pela alienao,
impedindo a viso da do- minao sofrida. C. repressivos,que perpetuam
as relaes de dominao entre os homens por meio da tortura fsica. D.
sutis, que adestram os corpos no espao-tempo por meio do olhar como
instru- mento de controle. E. consensuais, que pactuam acordos com
base na compreenso dos benefcios gerais de se ter as prprias aes
controladas. 9 (ENEM, 2013) TEXTO I Ela acorda tarde depois de ter
ido ao teatro e dana; ela l romances, alm de des- perdiar o tempo a
olhar para a rua da sua janela ou da sua varanda; passa horas no
touca- dor a arrumar o seu complicado penteado; um nmero igual de
horas praticando piano e mais outras na sua aula de francs ou de
dana. Comentrio do Padre Lopes da Gama acerca dos costumes
femininos (1839) apud SILVA, T. V. Z. Mulheres, cultura e
literatura brasileira. Ipotasi Revista de Estudos Literrios.Juiz de
Fora, v.2. n. 2, 1998. TEXTO II As janelas e portas gradeadas com
trelias no eram cadeias confessas, positivas; mas eram, pelo
aspecto e pelo seu destino, grandes gaiolas, onde os pais e maridos
zelavam, sonegadas sociedade, as filhas e as esposas. MACEDO, J.
M.Memriasda Rua do Ouvidor (1878). Disponvel em:
www.dominiopublico.gov.br. Acesso