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Professor Jason Lima

CILP 2014 - slides 3 - Redação - aula 29/03

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Curso Isolado de Língua Portuguesa - Módulo Redação - Aula 3 - Tópico-frasal

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Professor Jason Lima

O PARÁGRAFO DISSERTATIVO

Professor Jason Lima

O parágrafo-padrão

a) introdução - também denominada tópico frasal, é geralmente a primeira frase do parágrafo, que expressa, de maneira sintética, a ideia principal do parágrafo, definindo seu objetivo;

b) desenvolvimento - corresponde a uma ampliação do tópico frasal, com apresentação de ideias secundárias que o fundamentam ou esclarecem;

c) conclusão - nem sempre presente, especialmente nos parágrafos mais curtos e simples, a conclusão retoma a ideia central, levando em consideração os diversos aspectos selecionados no desenvolvimento.

O tópico-frasal

A frase principal, que apresenta a informação central do parágrafo, chama-se tópico frasal. Geralmente tal período é mais curto que os outros, apresentando uma informação genérica, que as demais frases do parágrafo desenvolvem e aprofundam.

Professor Jason Lima

O tópico-frasal

Não é obrigatório que a primeira frase do parágrafo seja o tópico frasal. No entanto, na hora de escrever uma redação em um concurso, vale lembrar que costuma ser mais rápido escrever parágrafos iniciados pelo tópico frasal, apresentando brevemente a informação central daquele bloco. Isso evita que o autor do texto se perca e facilita o trabalho do corretor, o qual identifica rapidamente a que se refere cada parágrafo do texto, logo na primeira leitura.

Nunca é pouco lembrar os três primeiros aspectos vistos por um corretor:

a macroestrutura textual (paragrafação);

a introdução;

o tópico-frasal e o tamanho dos períodos.

O tópico-frasal

As frases que se sucedem ao tópico frasal devem se remeter a ele, aprofundando ou alargando algum aspecto nele contido.

O tópico-frasal

Devem-se evitar parágrafos com uma só frase. Um parágrafo formado por um único período invariavelmente incorrerá em um dos seguintes problemas:

1. comprimento excessivo, prejudicando a leitura;

2. superficialidade na abordagem, dada a exiguidade de informações apresentadas.

O desenvolvimento do tópico-frasal

adição;

causa;

consequência

exemplo;

oposição;

dados estatísticos;

argumento de autoridade;

finalidade;

comparação;

explicação;

condição / hipótese / profecia.

O desenvolvimento do tópico-frasal

Tópico frasal desenvolvido por enumeração:

Exemplo:

A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.

O desenvolvimento do tópico-frasal

Tópico frasal desenvolvido por confronto:

Trata-se de estabelecer um confronto entre duas ideias, dois fatos, dois seres, seja por meio de contrastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças. Veja o Exemplo:

Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seus planos sem considerar os contra-ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma de agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que se apresentam.

O desenvolvimento do tópico-frasal

Tópico frasal desenvolvido por razões:

No desenvolvimento apresentamos as razões, os motivos que comprovam o que afirmamos no tópico frasal.

As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que isso acontece de maneira tão generalizada? Porque, mais ou menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da experiência infantil de conquista da realidade. Para uma criança, o mundo está cheio de objetos misteriosos, de acontecimentos incompreensíveis, de figuras indecifráveis. A própria presença da criança no mundo é, para ela, uma adivinhação a ser resolvida. Daí o prazer de experimentar de modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura da surpresa.

O desenvolvimento do tópico-frasal

Tópico frasal desenvolvido por análise:

É a divisão do todo em partes.

Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de comunicação: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre a realidade. A segunda atende à procura de distração, de evasão, de divertimento por parte do público. A terceira procura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo produto. A quarta é realizada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos.

O desenvolvimento do tópico-frasal

Tópico frasal desenvolvido pela exemplificação:

Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos:

A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas, sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que "sejamos realistas, exijamos o impossível".

Outros exemplos de tópico-frasal

a) O isolamento de uma população determina as características culturais próprias. Essas sociedades não têm conhecimento das ideias existentes fora de seu horizonte geográfico. É o que acontece na terra dos cegos do conto de H.G. Welles. Os cegos desconhecem a visão e vivem tranquilamente com sua realidade, naturalmente adaptados, pois todos são iguais. Esse conceito pode ser exemplificado também pelo caso das comunidades indígenas ou mesmo qualquer outra comunidade isolada.”

Outros exemplos de tópico-frasal

b) Entre 1890 e 1930 Taylor e outros conceberam a administração científica. Taylor iniciou seus estudos nos Estados Unidos, no final do século XIX e o desenvolvimento das primeiras teorias sobre administração coincide com o início do século XX. Durante esse período, em 1916, Henry Fayol, na França, idealizou a teoria clássica das organizações, enquanto Max Weber, na Alemanha, por volta de 1910, desenvolveu seu trabalho sobre a escola burocrática de administração. Já Frederick Taylor, em 1900, pôs em prática algumas de suas ideias, demonstrando que as novas teorias podiam ser úteis ao aumento da produção e do lucro.

Outros exemplos de tópico-frasal

c) Não é fácil aprender um novo idioma. Existe um extenso vocabulário para ser aprendido. Cometemos uma porção de erros ao falar as novas palavras. Sentimos muitas dificuldades para entender os nativos falantes do idioma. A gramática do novo idioma possui uma estrutura diferente daquela que conhecemos. É necessário muita prática para escrevermos corretamente um texto no idioma que estamos aprendendo.

Outros exemplos de tópico-frasal

d) Enquanto a criminalidade aumenta nos Estados Unidos, onde se usa a pena de morte, a Inglaterra, que não tem pena de morte desde 1975, apresenta um dos mais baixos índices de criminalidade do mundo. Foi por esse e por vários outros motivos que o Parlamento inglês recusou a proposta de restabelecimento da pena de morte.

Outros exemplos de tópico-frasal

e) Na realidade, como bem assinalou Albert Camus, a execução da pena de morte “é um assassinato premeditado”. O Estado programa o assassinato, marca dia e hora, contrata o assassino e usa de toda sua força para transportar a pessoa que vai ser assassinada para o local em que isso deverá ocorrer. E tudo com grande publicidade, sabendo-se quem montou a cena da morte da pessoa, quem a transportou, quem se valeu da superioridade física e de armas para impedir que a pessoa fugisse e, afinal, quem praticou o gesto que acarretaria a morte dessa pessoa humana. E ninguém é punido e muitos recebem dinheiro do Estado por essa participação. Não pode haver maior absurdo, quando o mesmo Estado pune quem matou uma pessoa, mesmo que seja apenas culpado pelas mortes e não tenha tido a intenção de matar.

Agora vocês estão prontos para iniciar a produção textual. Muito

ainda há para se ver, mas o primeiro passo tem de ser dado!

Professor Jason Lima

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