22
U niversidade Federal de Pelotas Faculdade de Odontologia Unidade de Pré-Clínica II Evandro Piva Wellington Luiz de Oliveira da Rosa MATERIAIS PARA PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO E MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO (MTA) [email protected] INTRODUÇÃO MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO (MTA) HIDRÓXIDO DE CÁLCIO INTRODUÇÃO AO COMPLEXO DENTINO-PULPAR 1 2 3 INTRODUÇÃO AO COMPLEXO DENTINO-PULPAR Esmalte Dentina Polpa Vasos Sanguíneos Terminações Nervosas Órgão dental Conhecimento da fisiologia do complexo dentina-polpa e dos materiais e técnicas restauradoras Exercício da Odontologia voltada à mínima intervenção e máxima preservação da estrutura dental.

Cimento de hidróxido de cálcio e mta

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Page 1: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Odontologia Unidade de Pré-Clínica II

Evandro Piva Wellington Luiz de Oliveira da Rosa

M A T E R I A I S P A R A P R O T E Ç Ã O D O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A R

CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO E MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO (MTA)

[email protected]

I N T R O D U Ç Ã O

MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO (MTA)HIDRÓXIDO DE CÁLCIOINTRODUÇÃO AO

COMPLEXO DENTINO-PULPAR

1 2 3

I N T R O D U Ç Ã O A O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A R

Esmalte

Dentina

Polpa

Vasos Sanguíneos

Terminações Nervosas

Órgão dental

Conhecimento da fisiologia do complexo dentina-polpa e dos materiais e técnicas restauradoras

Exercício da Odontologia voltada à mínima intervenção e máxima

preservação da estrutura dental.

Page 2: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

I N T R O D U Ç Ã O A O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A R

Esmalte

Dentina

Polpa

Vasos Sanguíneos

Terminações Nervosas

Órgão dental

C O M P O N E N T E S E S T R U T U R A I S

Dentina: dentina mineralizada e pré-dentina não mineralizada

Polpa: tecido conjuntivo frouxo

Ambos tem mesma origem embriogênica e

atuam como uma entidade funcional única

I N T R O D U Ç Ã O A O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A RKATCHBURIAN, ARANA, 2004

Prolongamento odontoblástico

Dentina peritubular

Dentina intertubular

Pré-dentina Camada de Odontoblastos

Zona pobre em células

Zona rica em células

Região central

Constituintes da periferia da polpa dentária

I N T R O D U Ç Ã O A O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A R

FUNÇÕES DA POLPA Formativa: Formação de dentina

Nutritiva: rica vascularização

Sensorial: responder com dor

Defensiva: se defende de estímulos agressores (esclerose dentinária ou dentina terciária)

Prolongamento odontoblástico

KATCHBURIAN, ARANA, 2004

Dentina peritubular

Dentina intertubular

Pré-dentina Camada de Odontoblastos

Zona pobre em células

Zona rica em células

Região central

Constituintes da periferia da polpa dentária

4 Proximidade da polpa: tem influência

no número e diâmetro dos túbulos,

idade e grau de mineralização da

dentina

A permeabilidade é proporcional ao

número e diâmetro dos túbulos

Quanto mais profunda a cavidade

Maior a permeabilidade

I N T R O D U Ç Ã O A O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A RKATCHBURIAN, ARANA, 2004

Fases iniciais da dentinogênese

PERMEABIL IDADE

Page 3: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

Proximidade da polpa: tem influência

no número e diâmetro dos túbulos,

idade e grau de mineralização da

dentina

A permeabilidade é proporcional ao

número e diâmetro dos túbulos

Quanto mais profunda a cavidade

Maior a permeabilidade

I N T R O D U Ç Ã O A O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A RKATCHBURIAN, ARANA, 2004

PROFUNDIDADE DAS CAVIDADES

RASA

MÉDIAPROFUNDA

MUITO PROFUNDA

PERMEABIL IDADE

L E S Õ E S N Ã O - C A R I O S A S

L E S Õ E S P O R C Á R I E

A B R A S Ã O , A B F R A Ç Ã O , E R O S Ã O

T R A U M A T I S M O S P R E P A R O S C A V I T Á R I O S

F A T O R E S Q U E P O D E M L E V A R A A G R E S S Ã O D O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A R

M E C Â N I C O S Q U Í M I C O F Í S I C O B I O L Ó G I C O

F A T O R E S Q U E P O D E M L E V A R A A G R E S S Ã O D O C O M P L E X O D E N T I N O - P U L P A R

M E C A N I S M O S D E D E F E S A

Page 4: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

INFLAMAÇÃO PULPARDEPÓSITO DE

DENTINA TERCIÁRIAESCLEROSE DENTINÁRIA

1 2 3M E C A N I S M O S D E D E F E S A

ESCLEROSE DENTINÁRIA

M E C A N I S M O S D E D E F E S A

Clinicamente: coloração escura da dentina Produzida por agentes irritantes leves ou moderados, como cáries de progressão lenta, traumatismo moderado após o preparo cavitário, abrasão, erosão, atrição e avanço da idade. Não ocorre com odontoblastos destruídos

Agressões externas

Primeiramente o tecido responde com esclerose local dos túbulos

Deposição contínua de dentina intratubular (peritubular) nas regiões subjacentes às lesões cariosas

TORRES, 2013

DEPÓSITO DE DENTINA TERCIÁRIA

M E C A N I S M O S D E D E F E S A

Depende da atividade de lesão cariosa

TORRES, 2013

Agressões externas

Segunda linha de defesa: Depósito de matriz de dentina terciária

reacional com o intuito de aumentar a distância entre o agente agressor e o tecido pulpar

M E C A N I S M O S D E D E F E S A

TORRES, 2013

Agressões externas

Inflamação pulpar Vasodilatação, aumento da pressãoo pulpar, dor

Inflamação pulpar irreversível Intensidade e frequência da agressão estiverem acima da

capacidade defensiva da polpa

Pode levar a polpa a necrose

INFLAMAÇÃO PULPAR

TORRES, 2013

Page 5: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R

B A S E S F O R R A D O R E SMaterial usado para proteger a polpa em cavidades preparadas, conferindo isolamento térmico; uma base também pode ter propriedades terapêuticas.

Materiais que cobrem o fundo de uma cavidade preparada para proteger a polpa; são aplicados em camadas finas

B A S E B A S E

F O R R A D O R

ANUSAVICE, 2013

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R

ID

EA

L

Ser biocompatível

Proteger choques termoelétricos

Agente bactericida ou inibir a atividade bacteriana

Aderir e liberar fluoretos à estrutura dental

Estimular a formação de dentina terciária

Prevenir a descoloração

Evitar a penetração de elementos tóxicos ou irritantes

Melhorar o vedamento marginal de restaurações

Adequada resistência mecânica

Baixa solubilidade

TORRES, 2013

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R

Definição geral: Capacidade de um biomaterial desempenhar a função esperada em relação a uma terapia sem desencadear efeito indesejado local ou sistêmico no receptor ou beneficiário dessa terapia, produzindo a resposta celular ou tecidual benéfica mais apropriada para aquela situação específica.

ANUSAVICE, 2013

B I O C O M P A T I B I L I D A D E

Page 6: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R

Ser biocompatível

M I C R O I N F I L T R A Ç Ã O

BALDISSERA, 2013MANCHAMENTO MARGINAL

Definição geral: Influxo de fluidos orais e bactérias nos espaços entre uma superfície dental preparada e o material restaurador

ANUSAVICE, 2013

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R

PROFUNDIDADE DAS CAVIDADES

F O R R A D O R

ANUSAVICE, 2013

FATORES PARA INDICAÇÃO

B A S E

IDADE DO PACIENTE

CONDIÇÃO PULPAR

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R

ANUSAVICE, 2013

FATORES PARA INDICAÇÃO

IDADE DO PACIENTE

M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A RFATORES PARA INDICAÇÃO TORRES, 2013

RASA Sistema adesivo + Resina Composta

MÉDIA Sistema adesivo + Resina Composta

PROFUNDA CIV + Amálgama CIV + Sistema Adesivo + Resina Composta

MUITO PROFUNDA Ca(OH)2 + CIV + Amálgama Ca(OH)2 + CIV + Sistema Adesivo + Resina Composta Ca(OH)2 +CIV

B A S E

F O R R A D O R

Page 7: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O B R E V E H I S T Ó R I C O

B R E V E H I S T Ó R I C O

1920 1960

Hermann: Uso do Ca(OH)2 puro como pasta semilíquida: mistura do pó com água

Cimentos de Hidróxido de Cálcio que tomam presa

ANUSAVICE, 2013

1980 2000 20151930

Ca(OH)2 utilizado para proteção do complexo destino-pulpar

Cimentos de Hidróxido de Cálcio com duas pastas

Cimentos de Hidróxido de Cálcio fotoativado

1990 2010

P A R A Q U E S E R V E O H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O ?

B A S E

F O R R A D O R

Tratamento expectante

Remoção parcial de dentina cariada

Limpeza e hemostasia

VAN NOORT, 2007

Capeamento Pulpar Direto e Indireto

Page 8: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

P A R A Q U E S E R V E O H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O ?

CIMENTAÇÃO DE COROAS PROV ISÓR IAS?

P R O P R I E D A D E S

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

pH alcalino Ação antimicrobiana

Estimula a formação de dentina esclerosada ou terciária Protege a polpa de estímulos térmicos e elétricos

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

A P R E S E N T A Ç Ã O

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

P A S T A

TORRES, 2013

P Ó ( P r ó - a n á l i s e o u P . A . )

S O L U Ç Ã O C I M E N T O

Deve se limitar ao local da exposição pulpar

Como em pó ou pasta não toma presa, é necessário recobrí-lo com uma cobertura de cimento de hidróxido de cálcio e, sobre ele, uma camada de CIV.

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

P Ó ( P r ó - a n á l i s e o u P . A . )

F o r m a P u r a

Hidróxido de Cálcio p.a. Cimento de Hidróxido de Cálcio Restauração provisória de CIV

T I P O S

Page 9: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

1920: Descrito pela primeira vez por Hermann

Apresenta pH alcalino

Formulação pré-preparada: Atualmente utilizado como medicamento intracanal

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

P A S T A

T I P O S

Pode ser preparada com água destilada e pó de Ca(OH)2 p.a.

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

TORRES, 2013

S O L U Ç Ã O A L C A L I N A ( Á g u a d e C a l )

Limpeza de Cavidades Neutralização do Meio

Ação hemostática

Hidróxido de Cálcio p.a. (10g) +

Água destilada/Soro (100ml) Solução alcalina

T I P O S

Não agitar!

Água de Cal com Precipitado

Os ingredientes responsáveis pela presa são o Hidróxido de Cálcio e um Salicilato

Reagem para formar um dissalicilato de cálcio amorfo.

Radiopacidade: Tungstato de Cálcio ou Sulfato de Bário

CRAIG, 2002

C I M E N T O Tungstato de cálcio, fosfato de cálcio tribásico, e óxido de zinco em salicilato de glicol.Pasta base

Pasta catalisadora Hidróxido de cálcio, óxido de zinco e estearato de zinco em sulfonamida de etileno tolueno.

T I P O S

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

pH menor que o pó pelo menor teor de Ca(OH)2

Maior resistência que o pó e pasta

Menor solubilidade que pó e pasta

CRAIG, 2002

C I M E N T O Tungstato de cálcio, fosfato de cálcio tribásico, e óxido de zinco em salicilato de glicol.Pasta base

Pasta catalisadora Hidróxido de cálcio, óxido de zinco e estearato de zinco em sulfonamida de etileno tolueno.

T I P O S

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

Page 10: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

ANUSAVICE, 2013

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I OA U T O A T I V A D O F O T O A T I V A D O

CRAIG, 2002; ANUSAVICE, 2013

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

Tempos de presa Variam de 2,5 a 5,5 minutos

Solubilidade Contaminação local e aumento da infiltração marginal com selamento deficiente

Perda do material e até o completo desaparecimento sob restaurações com selamento marginal deficientes: espaço vazio na interface e a diminuição da resistência à fratura de

restaurações.

A U T O A T I V A D O

CRAIG, 2002; ANUSAVICE, 2013

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I OA U T O A T I V A D O

Baixos valores de resistência a tração e compressão.

Baixo módulo de elasticidade (restringe seu uso apenas para áreas não críticas para suportar as restaurações).

Não é sugerida uma espessura maior que 0,5mm

Características gerais

ANUSAVICE, 2013

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I OA U T O A T I V A D O F O T O A T I V A D O

Page 11: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

CRAIG, 2002; ANUSAVICE, 2013

Controle do tempo de trabalho

Baixa dissolução em ácido (<0,5%)

Baixa solubilidade após 24h em água (<0,1%)

Alta resistência a compressão (80 MPa)

Resina polimérica permite melhor união a materiais restauradores resinosos

Características gerais

F O T O A T I V A D O

Comprimentos iguais de duas pastas de cores diferentes são dispensados num bloco de papel e depois misturados até

atingirem cor uniforme.

M A N I P U L A Ç Ã O

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

CRAIG, 2002

M I S T U R A P A S T A - P A S T A

T E M P O D E P R E S A : 2 - 3 m i n Aumento de umidade e temperatura diminui tempo de presa e trabalho. Em boca o tempo de presa é menor!

M A N I P U L A Ç Ã O

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

CRAIG, 2002

P a s t a B a s e + P a s t a C a t a l i s a d o r a P a r t e s i g u e i s

M i s t u r a e n t r e 1 0 - 1 5 s e g a t é o b t e r m i s t u r a u n i f o r m e I n s e r ç ã o n a c a v i d a d e

CRAIG, 2002

Aplicador de Hidróxido de Cálcio/Instrumento de Caulk

Beija-Flor: Pó de Hidróxido de Cálcio

M A N I P U L A Ç Ã O

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

Page 12: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

M E C A N I S M O D E A Ç Ã OH I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

M E C A N I S M O D E A Ç Ã O

Necrose superficial (pH > 12) A pasta em contato com a polpa causa a formação de uma camada de tecido necrótico de cerca de 1,0-1,5 mm de espessura que por fim desenvolve uma camada calcificada.

Efeito antimicrobiano: pH alcalino.

GRAHAM, 2006; VAN NOORT, 2007; ANUSAVICE, 2013

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

ACORRINTE, 2008

PONTE DE DENTINA

M E C A N I S M O D E A Ç Ã O

Necrose superficial (pH > 12) A pasta em contato com a polpa causa a formação de uma camada de tecido necrótico de cerca de 1,0-1,5 mm de espessura que por fim desenvolve uma camada calcificada.

Efeito antimicrobiano: pH alcalino.

H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

O material poderia solubilizar e estimular a liberação de moléculas dentinárias bioativas que estimulam a

formação de tecido calcificado (BMPs, TGF-B1)

ACORRINTE, 2008

PONTE DE DENTINA

GRAHAM, 2006; VAN NOORT, 2007; ANUSAVICE, 2013

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Page 13: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

B R E V E H I S T Ó R I C O

B R E V E H I S T Ó R I C O

1878 1993 1995 1998

Witte publica relato de caso na Alemanha sobre o uso de cimento de construção

para preencher canais radiculares.Primeiro relato de Mineral Trióxido

Agregado (Lee et al., 1993)

Primeira Patente do MTA

depositada

CAMMILERI, 2005; ANUSAVICE, 2013; TAWII, 2015

Aprovação do FDA nos EUA e Patente Publicada

ProRoot MTA lançado no mercado (Dentsply, EUA)

1999 2001

MTA Angelus com reduzido tempo de presa

é lançado no Brasil

2011

MTA Angelus recebe aprovação do FDA e é

lançado nos EUA

2010

Depósito da Patente do MTA Fillapex (Angelus, Brasil)

2014

Patente do MTA Fillapex concedida

nos EUAMTA Branco é lancádo

2002

B R E V E H I S T Ó R I C O

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

Page 14: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

I N D I C A Ç Õ E S

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

Capeamento pulpar

Reparo de lesão de furca

ANUSAVICE, 2013; TAWII, 2015

Reaborção radicular

Reparo de perfuração

ApicificaçãoRetro-obturação

I N D I C A Ç Õ E S

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

Capeamento pulpar

Reparo de lesão de furca

ANUSAVICE, 2013; TAWII, 2015

Reaborção radicular

Reparo de perfuração

ApicificaçãoRetro-obturação

CAPEAMENTO PULPAR Capeamento direto: Exposições pulpares Capeamento indireto: Próximo a polpa, sem exposição

REPARO DE LESÃO DE FURCA Lesão em região de furca em função de cárie ou traumatismo durante preparo ou abertura coronária

REPARO DE PERFURAÇÕES Perfurações no canal rad icu lar , em espec ia l durante procedimentos endodônticos, o que permite o correto vedamento do canal

I N D I C A Ç Õ E S

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

ANUSAVICE, 2013; TAWII, 2015

RETRO-OBTURAÇÃO Abordagem microcirúrgica extraradicular para abordar a porção final da raiz. Permite a vedação física e promove proliferação de células diretamente sobre o cemento.

REABSORÇÃO RADICULAR Processo multifatorial que resulta na perda de estrutura dental, em conseqüência da atividade não-controlada de células clásticas presentes no ligamento periodontal. Origem fisiológica (movimentos ortodônticos, traumas, dentes inclusos ou inflamações) ou idiopática.

Reabsorção apical radicular e tratamento endodôntico insatisfatório (JACOBOVITZ, 2009)

I N D I C A Ç Õ E S

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

APICIFICAÇÃO Tratamento de polpa necrótica em raiz imatura (canal amplo com paredes divergentes na região apical) para estimular a formação de barreira apical calcificada.

A pasta de hidróxido de cálcio necessita de várias aplicações durante meses no tratamento da apicificação.

Ápice aberto e perda óssea na crista distal em dente com fratura coronorradicular (GRÜNDLING, 2010)

Page 15: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

1g MTA =Para que utilizar um material de alto custo?

TORRES, 2013

276g Ca(OH)2

816g Ca(OH)2 p.a.

Alto custo

I N D I C A Ç Õ E S

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

I N D I C A Ç Õ E S

Reparo de perfurações de furca com MTA Branco (Roberts, 2007)

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

I N D I C A Ç Õ E S

Retro-obturação com MTA no tratamento de reabsorção apical externa (JACOBOVITZ, 2009)

Após 34 meses Imediatamente após aplicação do MTA Cirurgia parendodôntica com apicectomia e curetagem periapical

Reabsorção apical radicular e tratamento endodôntico insatisfatório

P A R A Q U E S E R V E O M T A ?

são tratamentos avançados que envolvem microcirurgias periapicais, reparo de perfurações, retro-obturação, tratamentos de apicificação.

2 4 M I L H Õ E S de procedimentos endodônticos realizados anualmente só nos EUA

Mais de

5,5%

TAWIL, 2015

I N D I C A Ç Õ E S

Page 16: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

C O M P O S I Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Água estéril

L Í Q U I D O

ANUSAVICE, 2013

P ÓPrincipais Componentes

Cargas Radiopacas Outros componentes

+

C O M P O S I Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Silicato tricálcico Silicato dicálcico

P R I N C I P A I S C O M P O N E N T E S

Óxido de Bismuto ou Óxido de Tantálio

Aluminato de Cálcio Gesso

C A R G A S R A D I O P A C A S

O U T R O S

Hidraulicamente ativos: Tomam presa com água

Aglomerante hidráulico: Toma presa através de reação com água, e forma um produto resistente à água.

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

C O M P O S I Ç Ã O D O P ÓReação: Hidratação dos silicatos

C A R G A S R A D I O P A C A S

C O M P O S I Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

O U T R O S

Composição do Mineral Trióxido AgregadoFases Cerâmicas % em Peso

Silicato tricálcico: (CaO)3, SiO2 45-75

Silicato dicálcico: (CaO)2, SiO2 7-32

Cargas radiopacas: Bi2O3 ou Ta2O5 20-35

Aluminato tricálcico: (CaO)3.Al203 0-13

Tetracálcio aluminoferrita: (CaO)4.Al2O3.Fe2O3 0-18

Gesso: CaSO4.2H2O 2-10

ANUSAVICE, 2013

P R I N C I P A I S C O M P O N E N T E S

Á g u a e s t é r i l+

C O M P O S I Ç Ã O

V S . C I M E N T O P O R T L A N D

Análise elementar comparando Cimento Portland e o Cimento ProRoot MTA Branco (% em peso)

Elemento Cimento Portland MTA Branco

O 48,1 38

Ca 40,3 37,1

Si 6,7 6,5

Al 2,1 0,6

S 1,5 0,9

K 0,9 -

Mg 0,3 -

Fe 1,0 -

Bi 0 16,9ROBERTS, 2007

P a r t í c u l a s d e t a m a n h o r e d u z i d o e p a d r o n i z a d o P o u c o s m e t a i s p e s a d o s t ó x i c o s ( c o m o c o b r e , m a n g a n ê s , e s t r ô n c i o e a r s ê n i c o )

S e g u e r i g o r o s o s p r o c e s s o d e m a n u f a t u r a e p r o d u ç ã o P a d r o n i z a ç ã o n a p u r i f i c a ç ã o e c o m p o s i ç ã o

MTA

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Page 17: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

C O M P O S I Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

B R A N C O V S . C I N Z A

ROBERTS, 2007

Principal diferença: proporção relativa de óxido de ferro que o MTA branco tem 90,8% menos quando comparado com o original MTA cinza.

Mesmo com modificações, o MTA branco ainda possui propriedades semelhantes ao MTA cinza.

Composição química do MTA Branco e MTA Cinza (% em peso)Fases Cerâmicas MTA Branco MTA Cinza

CaO 44,23 40,45

SiO2 21,20 17

Bi2O3 16,13 15,90

Al203 1,92 4,26

MgO 1,35 3,10

SO3 0,53 0,51

Cl 0,43 0,43

FeO 0,40 4,39

P2O5 0,21 0,18

TiO2 0,11 0,06

H2O+CO2 4,49 13,72

TAWIL, 2015

M E C A N I S M O D E A Ç Ã OM I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

M E C A N I S M O D E A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

MTA + Água Estéril

Formação de Ca(OH)2 Alta alcalinidade após a hidratação

TORRES, 2013

M E C A N I S M O D E A Ç Ã O

Colabora na adesão e proliferação celular

Cria um meio alcalino antibacteriano e antifúngico

Modula a produção de citocinas

Promove a diferenciação e migração de células

produtoras de tecido duro

Forma apatia carbonatada quando exposto a soluções

fisiológicas, promovendo o reparo biológico

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

MTA + Água Estéril

Formação de Ca(OH)2 Alta alcalinidade após a hidratação

Hidróxido de Cálcio formado libera íons Cálcio:

TORRES, 2013

Page 18: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

M E C A N I S M O D E A Ç Ã O

Dissolução de moléculas bioativas que potencialmente influenciam eventos de regeneração e reparo dentinário (Tomson, 2007)

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

MTA + Água Estéril

Formação de Ca(OH)2 Alta alcalinidade após a hidratação

TOMSON, 2007

M E C A N I S M O D E A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

LEITES, 2011

Menor resposta inflamatória observada após 7 dias da aplicação do MTA em suínos com deposição inicial de dentina (seta, 40x)

Resposta inflamatória observada após 7 dias da aplicação de Ca(OH)2 em suínos. Uma formação inicial de dentina pode ser notada com algumas células odontoblastóides na região (seta, 100x)

MTA Ca(OH)2

M A N I P U L A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Maioria: 3:1 (Pó:Água) De 2:1 a 4:1 Fabricante

P R O P O R Ç Ã OPresa inicial: 165 min Presa final: Aprox. 6h

Imediato: 10,2 3h: 12,5

T E M P O D E P R E S A p H

Toma presa pe la reação com água, forma um c imento a l tamente a lca l ino , composto de uma matr iz r íg ida de hidrato de s i l icato de cálc io e hidróxido de cálc io .

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

A P L I C A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

O material é misturado com água estéril para obter uma mistura arenosa e granulada que pode ser cuidadosamente colocada na área desejada.

Page 19: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

M A N I P U L A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Considerações GeraisSangramento não controlado: MTA sofre descoloração pela infiltração de sangue

Sangramento

Se não usado imediatamente: gaze umedecida sobre cimento previne desidratação. Cimento seco: pode ser reconstituído com água na primeira hora

Umidade

Incorporar o pó gradualmente no l íquido até que uma consistência de massa de vidraceiro seja obtida.

Consistência

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

M A N I P U L A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Considerações Gerais

Resinas compostas ou uma restauração provisória de CIV podem ser diretamente aplicadas sobre o MTA.

O condicionamento ácido não deve ser aplicado diretamente antes da presa do MTA porque o ácido destrói a integridade do

material e impede que tome presa.

Forramento

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

Um forramento com ionômero de vidro modificado por resina pode ser efetuado e fotopolimerizado

Restaurações

Não é solúvel em água como o Hidróxido de Cálcio

Va

nta

ge

ns Ba ixa solubi l idade

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

Biocompatib i l idadeMenos citotóxico que os cimentos de Hidróxido de Cálcio e Óxido de Zinco e Eugenol reforçados

Antimicrobiano e Anti fúngicoApós a espatulação o pH sobe e ocorre l iberação de Hidróxido de Cálcio, o que torna o material antimicrobiano e antifúngico

M A N I P U L A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Única sessão: Aplicação de um forrador cavitário e base protetora (CIV ou CIV modificado por resina) para realizar a restauração na mesma sessão.

Duas sessões clínicas: 1a sessão: proteção direta com MTA, bolinha de algodão estéril umedecida em água destilada ou solução fisiológica sobre o MTA para permitir o endurecimento do cimento, e realiza-se uma restauração provisória. 2a sessão: remove-se a restauração provisória e a bolinha de algodão, e realiza-se a restauração definitiva.

De

sva

nta

ge

ns Tempo de Presa Prolongado

Alto custoMaior custo quando comparado com Cimento de Hidróxido de Cálcio

TORRES, 2013; ANUSAVICE, 2013

M A N I P U L A Ç Ã O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Page 20: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

C O M T E M P O D E P R E S A R E D U Z I D O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

TAWIL, 2015

C O M T E M P O D E P R E S A R E D U Z I D O

TAWIL, 2015

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Propriedades similares com menor tempo de presa

MTA Tradicional

MTA Angelus

ENDOCEM MTA

2-3h (165min) 10-15min 2-4min

Concentração mais baixa de sulfato de cálcio Substância responsável pela maior tempo de presa na formulação original.

(Angelus, Brasil) (Maruchi Co. Ltd., Coreia do Sul)

Procedimentos restauradores podem ser feitos na mesma sessão

MTA Angelus ENDOCEM MTA

C I M E N T O O B T U R A D O R E N D O D Ô N T I C O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

RAWTIYA, 2013

D E S C O L O R A Ç Ã O

T E M P O D E P R E S A L O N G OB A I X A F L U I D E Z

R E S I S T Ê N C I A A C O M P R E S S Ã O I N A D E Q U A D A

D I F Í C I L D I S S O L U Ç Ã O

De

sva

nta

ge

ns

RAWTIYA, 2013

C I M E N T O O B T U R A D O R E N D O D Ô N T I C O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

MTA Fillapex (Angelus, Brasil) EndoSeal MTA (Maruchi, Coréia do Sul)

ProRoot Endo Sealer (Dentsply Tulsa Dental Specialties, Suíça). CPM Sealer (EGEO SRL, Argentina)

MTA Obtura (Angelus, Brasil)

Page 21: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

VITTI, 2013; RAWTIYA, 2013

C I M E N T O O B T U R A D O R E N D O D Ô N T I C O

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

Pasta base

Pasta catalisadora

Pode ser removido com técnicas convencionais de remoção de guta-percha.

Tempo de trabalho: 23 minutos Presa inicial: 2h - 2h30min

Presa final: 4h 30min

Mais fluido que o MTA tradicional

Resina salicilato, resina natural, tungstato de cálcio, sílica nanoparticulada, pigmentos.

Resina diluente, MTA, sílica nanoparticulada, pigmentos

E V I D Ê N C I A S C I E N T Í F I C A S

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O V S . H I D R Ó X I D O D E C Á L C I O

E V I D Ê N C I A S C I E N T Í F I C A S

O MTA teria taxa de sucesso comparável com do Hidróxido de Cálcio

CAPEAMENTO PULPAR DIRETO

ACORRINTE, 2008; MENTE, 2010; HILTON, 2011; MENTE, 2014

M I N E R A L T R I Ó X I D O A G R E G A D O

E V I D Ê N C I A S C I E N T Í F I C A S

O MTA apresenta taxa de sucesso comparável com do Hidróxido de Cálcio

P U L P O T O M I A

YIN, 2010; MORO, 2013; SYED, 2014

A P I C I F I C A Ç Ã O

R E T R O - O B T U R A Ç Ã O

O MTA seria melhor que amálgama e guta-percha, e similar com IRM

Page 22: Cimento de hidróxido de cálcio e mta

P E R S P E C T I V A S F U T U R A S E C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I SP A R A Q U E S E R V E M O S M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R ?

P A R A Q U E S E R V E M O S M A T E R I A I S D E P R O T E Ç Ã O P U L P A R ?

Capeamento pulpar

Reparo de lesão de furca

ANUSAVICE, 2013; TAWII, 2015

Reaborção radicular

Reparo de perfuração

ApicificaçãoRetro-obturação

Custo-benefício

Considerar cada caso clínico Vantagens e Desvantagens

Situações cl ínicas em que o Hidróxido de Cálcio não é tão ef icaz quando o MTA por causa da alta solubil idade ou

menores propriedade mecânicas: retro-obturação, apicificação, reparo de perfuração e lesão de furca

P E R S P E C T I V A S F U T U R A S E C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S

PIVA, 2014

P E R S P E C T I V A S F U T U R A S E C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S

LI, 2014

P E R S P E C T I V A S F U T U R A S E C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S