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Resseguro como instrumento eficiente de alocação de capital, no âmbito da Resolução CNSP Nº 302, de 2013 Fernando Tilger – Miller do Brasil

Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

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Apresentação de Fernando Tilger sobre as Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital, realizada no Seminário de Resseguro de São Paulo.

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Page 1: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Resseguro como instrumento eficiente de alocação de capital, no âmbito da Resolução CNSP Nº 302, de 2013

Fernando Tilger – Miller do Brasil

Page 2: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Agenda

Alocação de Capital

O que é?

Qual a sua importância?

Modelos de requerimento de capital adotados até 2013

Papel do Resseguro nestes cenários

Modelo de requerimento de capital atual

Exemplos de Resseguro como instrumento eficiente de alocação de capital neste novo

cenário

Outros tipos de Resseguro

2

Page 3: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Requerimento de Capital

Importância da alocação de capital

Solvência

Provisões técnicas – prêmios e sinistros

Ativos garantidores ou Ativos líquidos

São ativos que garantem as

provisões técnicas, cuja política de

investimento é regulada pelo CMN

Ativos livres

São ativos que não garantem reserva

técnica e, por isso, são de livre

investimento

3

Page 4: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

CAPITAL MÍNIMO

Capital mínimo total que deve ser mantido

para a sociedade operar

CAPITAL BASE

Montante fixo de capital (segmento de

mercado e região)

Capital Mínimo:

Maior valor entre o Capital Base e a Margem de Solvência

Evolução da Regulamentação – 2002 a 2007

4

MARGEM DE SOLVÊNCIA

Maior valor entre:

20% prêmios - 1 ano 33% média anual sinistros - 3 anos

Fonte: SUSEP

Page 5: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

CAPITAL MÍNIMO REQUERIDO

Capital mínimo total que deve ser mantido

para a sociedade operar

CAPITAL BASE

Montante fixo de capital (segmento de mercado e

região)

Capital Mínimo Requerido (CMR):

Maior valor entre a soma do Capital Base e o Capital Adicional (CAsubs) e a Margem de Solvência

Evolução da Regulamentação – 2008 a 2011

5

MARGEM DE SOLVÊNCIA

Maior valor entre:

20% prêmios - 1 ano 33% média anual sinistros - 3 anos

CAPITAL ADICIONAL

CAsubs

Fonte: SUSEP

Page 6: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

CAPITAL MÍNIMO REQUERIDO

Capital mínimo total que deve ser mantido

para a sociedade operar

CAPITAL BASE

Montante fixo de capital (segmento de mercado e

região)

Capital Mínimo Requerido (CMR):

Maior valor entre a soma do Capital Base e o Capital Adicional (CAsubs + CAcred) e a Margem de Solvência

Evolução da Regulamentação – 2011 a 2013

6

MARGEM DE SOLVÊNCIA

Maior valor entre:

20% prêmios - 1 ano 33% média anual sinistros

3 anos

CAPITAL ADICIONAL

CAsubs + CAcred

Fonte: SUSEP

Page 7: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

CAPITAL MÍNIMO REQUERIDO

Capital mínimo total que deve ser mantido

para a sociedade operar

CAPITAL BASE

Montante fixo de capital (segmento de

mercado e região)

Capital Mínimo Requerido (CMR):

Maior valor entre o Capital Base, o Capital de Risco (CRsubs + CRcred + CRoper + CRmerc) e a Margem de

Solvência

Evolução da Regulamentação – 2013

7

MARGEM DE SOLVÊNCIA

Maior valor entre:

20% prêmios - 1 ano 33% média anual sinistros - 3 anos

CAPITAL DE RISCO

CRsubs + CRcred + CRoper + CRmerc

Fonte: SUSEP

Metodologia Própria: Mínimo 95% de

confiança

Page 8: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

CAPITAL MÍNIMO REQUERIDO

Capital mínimo total que deve ser mantido

para a sociedade operar

CAPITAL BASE

Montante fixo de capital (segmento de mercado e

região)

Resolução CNSP 302/2013

Capital Mínimo Requerido (CMR):

Maior valor entre o Capital Base e o Capital de Risco (CRsubs + CRcred + CRoper + CRmerc)

Evolução da Regulamentação – Modelo Atual

8

CAPITAL DE RISCO

CRsubs + CRcred + CRoper + CRmerc

Fonte: SUSEP

Metodologia Própria: Mínimo 99% de

confiança

Page 9: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Regras de aplicação regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN):

Moeda Nacional - Resolução CMN Nº 3.308/05 e alterações

Moeda Estrangeira - Resolução CMN Nº 3.543/08

Resolução CNSP nº 302/2013

9

Fonte: SUSEP

Liquidez em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR)

Mínimo de 20% do CMR aplicado em ativos líquidos.

Page 10: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Resolução CNSP nº 302/2013

10

Fonte: SUSEP

Insuficiência de PLA até 50% ou insuficiência de liquidez

Plano de Recuperação de Solvência

Insuficiência de PLA de 50% a 70% Regime Especial de Direção-Fiscal

Insuficiência de PLA acima de 70% Liquidação Extrajudicial

Medidas em caso de insuficiência de PLA ou de liquidez em relação ao CMR

Page 11: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Capital Base

Seguradoras: Parcela fixa de R$ 1.200.000,00 e parcela variável de acordo com a região,

conforme quadro a seguir:

Resseguradores locais: R$ 60.000.000,00

11

Região Estados Parcela Variável (em Reais)

1 AM, PA, AC, RR, AP, RO 120.000,00

2 PI, MA, CE 120.000,00

3 PE, RN, PB, AL 180.000,00

4 SE, BA 180.000,00

5 GO, DF, TO, MT, MS 600.000,00

6 RJ, ES, MG 2.800.000,00

7 SP 8.800.000,00

8 PR, SC, RS 1.000.000,00

O capital base para operar em todo país corresponde a R$ 15.000.000,00.

Resolução CNSP nº 302/2013 Fonte: SUSEP

Page 12: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Capital de Risco

Risco de Mercado

Risco Operacional

Risco de Crédito Risco de

Subscrição

CAPITAL DE RISCO

Resolução CNSP nº 302/2013

12

Fonte: SUSEP

Risco de Mercado: Metodologia própria até Regulamentação em Dez/14

Page 13: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Emissão / Precificação

Danos

Provisão de Sinistro

Vida e Previdência

Despesas Administrativas

Sobrevivência

Eventos Ocorridos

Período de cobertura Repartição

Risco

Período de cobertura

Capitalização

Dotal Puro

PMBAC s/ garantia

Dotal Misto

PMBAC c/ garantia

PMBC

Risco de Subscrição

Capital de Risco de Subscrição

13

Fonte: SUSEP

Page 14: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Capital de Risco de Crédito

14

Fonte: SUSEP

Tipo 1 – Seguradoras, EAPC, Resseg. Locais

e Capitalização

Tipo 2 - Resseg.

Admitidas

Tipo 3 – Resseg. Eventual

Grau 1 1,93% 2,53% 3,04%

Grau 2 - 4,56% 5,48%

Grau 3 - 11,36% 13,36%

FPR = Fator de Ponderação do Risco, varia de 20% a

100% de acordo com o risco referente às aplicações,

créditos, títulos ou direitos.

Page 15: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

CRoper = min [ 30% x CRoutros ; max (OPprêmio ; OPprovisão) ]

OPprovisão= PROV vida

PROV não-vida

0,08% 0,41%

OPprêmio= PREM vida

01-12 meses

PREM vida

01-12 meses

PREM vida

13-24 meses

110% 0,25% max 0;

PREM não-vida 01-12 meses

PREM não-vida 01-12 meses

PREM não-vida 13-24 meses

110% 0,67% max 0;

Capital de Risco Operacional

15

Fonte: SUSEP

Page 16: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Capital de Risco de Mercado

16

Fonte: SUSEP

Risco de Mercado

Taxas de Juros Ações Câmbio Commodities

Page 17: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Exemplo 01

17

Seguradora A 2011 2012 2013

Prêmio Retido (Milhões R$) 178,9 226,8 220,7

Sinistro Retido (Milhões R$) 107,5 125,8 134,1

Sinistralidade 60,1% 55,5% 60,8%

CRsubs (modelo Padrão) 35,0 45,0 44,0

Seguradora B 2011 2012 2013

Prêmio Retido (Milhões R$) 178,9 226,8 220,7

Sinistro Retido (Milhões R$) 107,5 125,8 134,1

Sinistralidade 60,1% 55,5% 60,8%

CRsubs (modelo Padrão) 35,0 45,0 44,0

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

Jan/11 Jul/11 Jan/12 Jul/12 Jan/13 Jul/13

Sinistralidade Mensal

Seguradora A Seguradora B

Page 18: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Distribuições dos Sinistros Agregados Mensais

18

Distribuição de Probabilidade de Sinistros Agregados Mensais da Seguradora A

Page 19: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Distribuição de Probabilidade de Sinistros Agregados Anuais da Seguradora A

Distribuição de Probabilidade de Sinistros Agregados Anuais da Seguradora B

Modelo Interno Simplificado Baseado no Sinistro Agregado Mensal

19

CRsubs Modelo = R$ 21,7Mi

CRsubs Padrão = R$ 44,0Mi

CRsubs Modelo = R$ 45,5Mi

CRsubs Padrão = R$ 44,0Mi

Após a simulação de 10.000 cenários anuais...

Page 20: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Exemplo 2

20

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

110%

120%

130%

Jan/11 Jul/11 Jan/12 Jul/12 Jan/13 Jul/13

Sinistralidade Mensal

Seguradora B Seguradora B com Resseguro Estruturado

Resseguro Estruturado Plurianual por 03 anos (Spread Loss) Sinistralidade: Min 50% - Max 75%

Custo Anual do Resseguro R$ 2,000,000

Limite do Contrato (aplicado ao final dos 3 anos) R$ 20,000,000

Page 21: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

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Distribuições dos Sinistros Agregados Mensais

Page 22: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Distribuição de Probabilidade de Sinistros Agregados Anuais da Seguradora B após resseguro

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Após a simulação de 10.000 cenários anuais... CRsubs Modelo = R$ 19,5Mi

CRsubs Padrão = R$ 44,0Mi

Alívio de Capital de BRL 24,5 milhões

Distribuição de Probabilidade de Sinistros Agregados Anuais da Seguradora B

CRsubs Modelo = R$ 45,5Mi

CRsubs Padrão = R$ 44,0Mi

Modelo Interno Simplificado Baseado no Sinistro Agregado Mensal

Page 23: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Exemplo 02 - Custo do Resseguro

23

Custo Anual = 8,16%

Alívio de Capital

Page 24: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Exemplo 03 – Seguradora XPTO

24

32

5

6

3 7

40

R$ 0

R$ 5

R$ 10

R$ 15

R$ 20

R$ 25

R$ 30

R$ 35

R$ 40

R$ 45

R$ 50

CRsubs CRcred CRmerc CRoper Diversificação CMR

Milh

ões

CMR separado por Risco (R$) – Modelo Padrão

Prêmio Retido R$ 100,000,000

Sinistro Retido R$ 60,000,000

Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) R$ 30,000,000

Page 25: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Contratação Resseguro Proporcional – Cessão 30%

25

22

10

5

6

2 5

30

R$ 0

R$ 5

R$ 10

R$ 15

R$ 20

R$ 25

R$ 30

R$ 35

R$ 40

CRsubs CRcred CRmerc CRoper Diversificação CMR

Milhões

CMR separado por Risco (R$) – Modelo Padrão (após resseguro proporcional)

Page 26: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Exemplo 03 - Custo do Resseguro Proporcional

26

Custo do Resseguro = 33,3%

Alívio de Capital

Page 27: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Contratação Resseguro de Excesso de Danos no Agregado

27

Excesso de Danos no Agregado

R$ 10 Mi xs R$ 104 Mi

Custo do Resseguro:

R$ 1Mi

No Claims Bonus (NBC): 30%

R$ 10Mi

CRsubs Modelo

(após Resseguro)

R$ 22,0Mi CRsubs Modelo = R$ 32,0Mi

Page 28: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Contratação Resseguro de Excesso de Danos no Agregado

28

22

10

5

6

2 5

30

R$ 0

R$ 5

R$ 10

R$ 15

R$ 20

R$ 25

R$ 30

R$ 35

R$ 40

CRsubs CRcred CRmerc CRoper Diversificação CMR

Milhões

CMR separado por Risco (R$) – Modelo Interno Parcial (após resseguro excesso de danos no agregado)

Page 29: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Exemplo 03 - Custo do Resseguro de Excesso de Danos no Agregado

10

0,7 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Alívio de Capital Custo do Resseguro(Após NCB)

Milhões

Custo do Resseguro – R$

29

Custo do Resseguro = 7,0%

Alívio de Capital

Page 30: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Tipos de Resseguros versus Benefícios no Modelo

Tipo de Resseguro Benefício no Modelo

Padrão Benefício no Modelo Interno

Metodologia Própria

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Resseguros Estruturados (Spread Loss, Plurianuais, Resseguro Financeiro, etc.)

Baixo efeito no Alívio de Capital Alto efeito no Alívio de Capital – Redução da volatilidade adequadamente refletido

Resseguros Retrospectivos (Transferência de Carteira e Desvio Adverso das Perdas)

Baixo efeito no Alívio de Capital Alto efeito no Alívio de Capital – Redução no desvio adverso das reservas

Excesso de Danos no Agregado (Stop Loss)

Baixo efeito no Alívio de Capital Alto efeito no Alívio de Capital – Redução no nível de Confiança 99% - via transferência de risco

Excesso de Danos por Risco Baixo efeito no Alívio de Capital Alto efeito no Alívio de Capital – Redução da volatilidade adequadamente refletido

Proporcionais: Quota-Parte e Excedente de Responsabilidade

Alto efeito no Alívio de Capital – Reduz Prêmio e Sinistro Retidos

Alto efeito no Alívio de Capital – Reduz Prêmio e Sinistro Retidos

Page 31: Cláusulas de Controle de Sinistros: Resseguro como Instrumento Eficiente de Alocação de Capital

Resseguro como instrumento eficiente de alocação de capital, no âmbito da Resolução CNSP Nº 302, de 2013

Fernando Tilger – Miller do Brasil