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Introdução Prezada aluna, prezado aluno, Seja bem-vinda, seja bem-vindo ao curso CONHECENDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO! Veja, a seguir, algumas orientações para otimizar a utilização dos recursos didáticos e técnicos do nosso curso. Guia do Estudante GUIA DO ESTUDANTE O material didático, elaborado conforme os preceitos da Educação a Distância, é autoinstrucional. A própria aluna ou aluno determina seu ritmo de estudo. Navegador Abra o curso SEMPRE pelo navegador Mozilla Firefox. Se abrir pelo Internet Explorer, você poderá ter dificuldades na utilização de alguns aplicativos. Menu de opções da plataforma Aqui você visualiza três campos (“Comunicação”, “Apoio” e “Avaliação”), onde utilizará os seguintes itens ao longo do curso: Comunicação Fórum Apoio Caderno Glossário Dicionários Webiblioteca Bibliografia Links relacionados Mapas Perguntas frequentes Versão para imprimir

Conhecendo o novo acordo ortografico

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Curso com Exercícios, matricule-se no link http://www.senado.gov.br/sf/senado/ilb/asp/ED_Cursos_ConhecendoNovoAcordoOrtografico.asp

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Page 1: Conhecendo o novo acordo ortografico

Introdução

Prezada aluna, prezado aluno,

Seja bem-vinda, seja bem-vindo aocurso CONHECENDO O NOVOACORDO ORTOGRÁFICO!

Veja, a seguir, algumas orientações para otimizar a

utilização dos recursos didáticos e técnicos do nosso curso.

Guia do Estudante

GUIA DO ESTUDANTE

O material didático, elaborado conforme os preceitos da Educação a Distância, é autoinstrucional. Aprópria aluna ou aluno determina seu ritmo de estudo.

Navegador

Abra o curso SEMPRE pelo navegador Mozilla Firefox. Se abrir pelo Internet Explorer, você poderá terdificuldades na utilização de alguns aplicativos.

Menu de opções da plataforma

Aqui você visualiza três campos (“Comunicação”, “Apoio” e “Avaliação”), onde utilizará os seguintesitens ao longo do curso:

ComunicaçãoFórum

ApoioCadernoGlossário

DicionáriosWebibliotecaBibliografia

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Perguntas frequentesVersão para imprimir

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AvaliaçãoAvaliações

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Logo que você registra seu e-mail e senha, abre-se para você uma página, contendo:

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Na “AGENDA”, você lerá os avisos, chamadas e comentários da Coordenação do curso.

Acessando “DADOS”, você tem a opção de inserir sua foto e de trocar sua senha, a qualquer momento.

Na aba “CURSO”, clique em “acessar curso”. É a sua porta de entrada em nossa sala de aula virtual.

Explore o ambiente do curso e suas funcionalidades.

página 02

Duração do curso

Este curso dura sessenta dias, contados a partir do momento em que, tendo enviado seu cadastro erecebido sua senha de acesso, você finalizou seu processo de matrícula no presente curso.

Você poderá checar a data máxima para conclusão do curso logo na primeira página, no mesmo campoem que você visualiza o ícone “acessar curso”.

Se você não conseguir cumprir esse prazo, sua matrícula será automaticamente cancelada, o que a/oimpedirá por três meses de se inscrever para outro curso oferecido pelo Instituto LegislativoBrasileiro – ILB.

Portanto, fique atenta/o a esse prazo.

Não desista no meio do curso! Faça um esforço para chegar até o final. Conte com a ajuda daCoordenação, quando tiver dificuldades.

Coordenação

A Coordenação vai ajudar você em todos os assuntos referentes à utilização da plataforma e seusrecursos e à dinâmica do curso. Contate-a/o pelo correio eletrônico, enviando sua mensagem [email protected].

Programa

O programa compõe-se de módulos e unidades, com informações e exercícios objetivos e de múltiplaescolha.

MÓDULO I – CONTEXTO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico

Page 3: Conhecendo o novo acordo ortografico

UNIDADE 2: A presença da Língua Portuguesa no mundo

UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário?

UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico

MÓDULO II – MUDANÇAS TRAZIDAS PELO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

UNIDADE 1: Regras de acentuação gráfica

UNIDADE 2: Emprego do hífen

UNIDADE 3: Composição do alfabeto

UNIDADE 4: Eliminação do trema

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Fórum Temático entre Alunos / Críticas, Sugestões e Elogios

Utilize este Fórum sempre que quiser trocar ideias com seus colegas. Ele foi criado para esse fim.Acesse-o clicando em “FÓRUM”, no campo da “COMUNICAÇÃO”, no menu lateral à esquerda.

Se, no entanto, você não estiver conseguindo acessar a plataforma ou quiser se dirigir particularmenteà Coordenação, recorra, então, ao correio eletrônico, escrevendo para [email protected].

Quando postar mensagens pelo correio eletrônico, lembre-se sempre de identificar o seu curso nocampo “ASSUNTO” da mensagem e assinar seu nome completo no final dela.

Avaliações

Após finalizar cada uma das quatro unidades do Módulo II, acesse os exercícios de fixação deaprendizagem.

Clique em “Avaliações”, no menu lateral à esquerda, e abra a atividade correspondente.

Resolva o exercício e salve. A correção aparecerá automaticamente, juntamente com uma nota,apenas para seu conhecimento. Quando quiser rever a correção, clique em “Ver’.

Após resolver todos os exercícios de fixação e já tiver segurança de que apreendeu todo o conteúdo docurso, acesse, então, a Avaliação Final. O sistema só permite um acesso.

Depois de salvar a sua resposta, ela não poderá ser refeita. Portanto, responda às questões apenasquando tiver certeza da resposta!

A nota da Avaliação Final será o único instrumento válido para a certificação do curso.

IMPORTANTE: Uma vez aberta a avaliação, não fique mais de três minutos sem trabalharna plataforma. O sistema bloqueia o acesso automaticamente, e você perde o seu trabalho.

Certificação Eletrônica

A Avaliação Final vale 100 pontos. Para conseguir aprovação, você deverá obter no mínimo 70pontos.

Nesse caso, você fará jus ao CERTIFICADO e à DECLARAÇÃO, com o conteúdo programático.

Você poderá extraí-los por meio do ícone “EMITIR CERTIFICADO”, que surgirá sessenta dias após aefetivação da matrícula.

Caso não tenha obtido o desempenho exigido, não desista. Você poderá se inscrever novamente nesteou em outro curso do Instituto Legislativo Brasileiro após três meses.

Page 4: Conhecendo o novo acordo ortografico

O ILB não fornece autenticação digital ou quaisquer outras comprovações além do CERTIFICADO e daDECLARAÇÃO.

Suporte técnico

O Núcleo Web do Instituto Legislativo Brasileiro – ILB oferece apoio para a solução de problemas deacesso ao ambiente virtual de aprendizagem e orientações para a utilização dos recursos e

ferramentas de Educação a Distância - EaD.

Acesse-o pelo email [email protected].

Não se esqueça de identificar a mensagem, informando seu nome completo e o curso em que estáinscrito.

Telefone: (00+55) (61) 3303-1475

Horários de atendimento ao aluno virtual: 10h às 12h e 15h às 17h (dias úteis)

Recomendações

Agora que você já conhece todos os recursos disponíveis na plataforma do curso, aqui vão algumassugestões para que você obtenha o máximo de aproveitamento possível:

assegure-se de que terá disponibilidade para se dedicar ao estudo, pois o prazo para conclusãodo curso é limitado – dois meses;

administre bem seu tempo;

consulte regularmente a “AGENDA” na primeira página;

responda aos exercícios de fixação e à Avaliação Final.

Esperamos que este curso atenda à sua expectativa de enriquecimento e de aperfeiçoamentoprofissional e pessoal e lhe proporcione momentos prazerosos no contato com seus colegas e aCoordenação.

Felicidades!

Coordenação de Educação a Distância

Instituto Legislativo Brasileiro

Senado Federal

Apresentação

APRESENTAÇÃO O curso CONHECENDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO tem por objetivo apresentar ao

aluno o contexto histórico do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e de sua implantação naComunidade dos Países de Língua Portuguesa, bem como esclarecer os motivos que ensejaram aassinatura desse tratado.

Além disso, o aluno aprenderá as modificações ortográficas introduzidas e se familiarizará com

elas, aplicando-as em exercícios de fixação objetivos e autoinstrucionais. Ao longo do curso, o aluno será incentivado também a adquirir a prática da consulta e da

pesquisa, podendo recorrer, para esse fim, à farta documentação e material de estudo disponibilizadosna plataforma do curso.

Page 5: Conhecendo o novo acordo ortografico

Módulo I - Contexto do Novo Acordo Ortográfico

MÓDULO ICONTEXTO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico

UNIDADE 2: A presença da língua portuguesa no mundo

UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário?

UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico

UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico

UNIDADE 1: O Acordo Ortográfico

Desde 1º de janeiro de 2009, estão em vigor no Brasil as regras do novo Acordo Ortográfico da

Língua Portuguesa. Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

tem o objetivo primordial de unificar a Ortografia nos países que têm o português como língua oficial. Ao fazê-lo, pretende garantir maior status à língua portuguesa no plano internacional,

facilitando o intercâmbio cultural, comercial e jurídico-institucional entre os países da CPLP –Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Assim, incrementando o prestígio internacional do português, habilita-o a ingressar no rol dos

idiomas oficiais utilizados na Organização das Nações Unidas (ONU). Tais medidas, entretanto, não têm aplicabilidade imediata. O decreto legislativo assinado pelo

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê um período de transição para a aplicação das novas regras:de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012.

Nesse período, as duas grafias são reconhecidas como oficiais. No entanto, a partir de 1º de janeiro de 2013, a Ortografia oficial vigente será aquela

assentada nas bases do Acordo Ortográfico.

UNIDADE 2: A presença da língua portuguesa no mundo

UNIDADE 2: A presença da língua portuguesa no mundo

Page 6: Conhecendo o novo acordo ortografico

Estima-seque mais de 240milhões de pessoasfalem português, oque faz da nossa aquinta língua maisfalada no mundo e aterceira noOcidente. Aindaassim, o portuguêsostentava (ouostenta) o título deser o único idiomano mundo a ter duasortografias oficiais,a do Brasil e a dePortugal.

Para saber mais sobre a história da língua portuguesa, assista aos vídeos:http://www.youtube.com/watch?v=sQaEFXIuy4c&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=bYd9HrqsbyI&feature=related

1) Fonte: Centro de Língua Portuguesa – Instituto Camões (Portugal)

Países e regiões onde se fala português

Ocorre que, do ponto de vista das relações internacionais, a dupla grafia oficial implica flagrantesdesvantagens ao País, pois dificulta a afirmação do idioma no âmbito das Nações Unidas, bem comolimita a possibilidade de compartilhamento, entre países lusófonos, de conteúdos no plano cultural,comercial e político.

Com vistas a mudar essa realidade,um dos propósitos fundamentais doAcordo, como vimos, é congregarem torno do mesmo sistemaortográfico, todos os Estadossignatários (as chamadas partes), asaber: Angola, Brasil, Cabo Verde,Guiné-Bissau, Moçambique,Portugal, São Tomé e Príncipe eTimor-Leste.

Ressalte-se que as partes, na

formulação do Acordo, mesmobuscando o consenso entre asortografias brasileira e portuguesa,optaram, em alguns casos, pormanter duas redações oficiais

Page 7: Conhecendo o novo acordo ortografico

UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário?

UNIDADE 3: Como fica o nosso dicionário?

Do ponto de vista do léxico da língua portuguesa, estima-se que o número de palavras cujaortografia foi alterada com a celebração do Acordo, segundo dados da Academia de Ciências de Lisboa,é de pouco mais de duas mil num universo de cerca de 110.000. Com isso, unifica-se a ortografia deaproximadamente 98% do total de palavras da língua portuguesa.

No caso brasileiro, calcula-se que as modificações atingiram aproximadamente 0,5% das

palavras. Já no caso do português de Portugal, a estimativa é de que 1,6% dos vocábulos foi alteradocom a entrada em vigor do novo Acordo.

Observamos que, nesse levantamento, não foram contabilizadas, à época, as alterações

decorrentes das novas regras de uso do hífen, bem como aquelas resultantes da supressão do trema.

UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico

UNIDADE 4: Breve histórico do Acordo Ortográfico

Pelo quadro abaixo, pode-se acompanhar, no tempo, como evoluiu o processo de unificação daOrtografia da língua portuguesa.

BREVE HISTÓRICO DO ACORDO ORTOGRÁFICO

1904 O foneticista Gonçalves Viana (1840-1914) publica, emLisboa, a maior obra sobre Ortografia da língua portuguesa,a Ortografia Nacional, que foi adotada pelo governoportuguês como oficial em 1911. Nela, o estudiosoapresenta proposta de simplificar a ortografia:• eliminação dos fonemas gregos /th/ (theatro), /ph/(philosofia), /ch/ (com som de < k >, como em chimica), /rh/(rheumatismo) e /y/ (lyrio);• eliminação das consoantes dobradas, com exceção de < rr >e < ss >: ‘cabello’ (=cabelo); ‘communicar’ (=comunicar);‘ecclesiastico’ (=eclesiástico); ‘sâbbado’ (=sábado).• eliminação das consoantes nulas, quando não influenciamna pronúncia da vogal que as precede: ‘licção’ (=lição);‘dacta’ (=data); ‘posthumo’ (=póstumo); ‘innundar’(=inundar); ‘chrystal’ (=cristal);• regularização da acentuação gráfica.

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BREVE HISTÓRICO DO ACORDO ORTOGRÁFICO

1907 A partir de uma proposta do jornalista, professor, político eescritor Medeiros e Albuquerque, a Academia Brasileira deLetras (ABL) elabora projeto de reformulação ortográfica combase nas propostas de Gonçalves Viana.

1911 Portugal oficializa, com pequenas modificações, o sistema deGonçalves Viana.

1915 A ABL aprova a proposta do professor, filólogo e poeta SilvaRamos, que ajusta a reforma ortográfica brasileira aos padrõesda reforma portuguesa de 1911.

1919 A ABL volta atrás e revoga o projeto de 1907, ou seja, nãohá mais reforma.

1931 A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira deLetras assinam acordo para unir as ortografias dos doispaíses.

1933 O governo brasileiro oficializa o acordo de 1931.1934 A Constituição brasileira revoga o acordo de 1931 e

estabelece a volta das regras ortográficas de 1891, ou seja,‘ortografia’ voltaria a ser grafada ‘orthographia’. Protestosgeneralizados, porém, fazem com que essa ortografia sejaconsiderada optativa.

1943 Convenção Luso-Brasileira retoma, com pequenasmodificações, o acordo de 1931.

1945 As modificações introduzidas pelo novo Acordo, aopriorizarem a ortografia lusitana, foram de tal monta queprovocaram intensos protestos de parte dos brasileiros,culminando com a revogação do Acordo em 1955,restabelecendo-se o sistema ortográfico, instituído no Brasilem 1943.Divergências na interpretação de regras resultam noAcordo Ortográfico Luso-Brasileiro. Em Portugal, as normasvigoram, mas o Brasil mantém a ortografia de 1943.Como consequência passaram a existir duas normasortográficas oficiais para a língua portuguesa: uma brasileira(1943) e uma lusitana (1945).

1971Decreto do governo altera algumas regras da ortografia de1943:• abolição do trema nos hiatos átonos: ‘saüdade’(=saudade), ‘vaïdade’ (=vaidade);• supressão do acento circunflexo diferencial nas letras < e> e < o > da sílaba tônica das palavras homógrafas, comexceção de ‘pôde’ em oposição a ‘pode’; ‘almôço’ (=almoço),‘êle’ (=ele), ‘enderêço’ (=endereço), ‘gôsto’ (=gosto);• eliminação dos acentos circunflexos e graves quemarcavam a sílaba subtônica nos vocábulos derivados com osufixo < -mente > ou iniciados por < z >: ‘bebêzinho’(=bebezinho), ‘vovôzinho’ (=vovozinho), ‘sòmente’(=somente), ‘sòzinho’ (=sozinho), ‘ùltimamente’(=ultimamente).

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1975 As colônias portuguesas na África (São Tomé e Príncipe,Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e Moçambique)

Page 9: Conhecendo o novo acordo ortografico

tornam-se independentes.1986 São finalmente redigidas as Bases Analíticas da Ortografia

Simplificada de 1945, renegociadas em 1975 e consolidadasem 1986.Iniciam-se, assim, as discussões de que resultaram as basesdo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entreBrasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,Moçambique e São Tomé e Príncipe.

1991 Surge outra versão do documento anterior (1986): o Acordode Ortografia Simplificado entre Brasil e Portugal para aLusofonia, conhecido como Acordo Ortográfico de 1995,aprovado oficialmente em 1995 pelos dois principais paísesenvolvidos (Brasil e Portugal).

1995 Brasil e Portugal aprovam oficialmente o documento de1990, que passa a ser reconhecido como Acordo Ortográficode 1995.

1998 Em Cabo Verde, foi assinado um Protocolo Modificado aoAcordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas apenasBrasil, Portugal e Cabo Verde o aprovaram.No Primeiro Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográficoda Língua Portuguesa, fica estabelecido que todos osmembros da Comunidade dos Países de LínguaPortuguesa (CPLP) devem ratificar as normas propostasno Acordo Ortográfico de 1995, para que este sejaimplantado.

2002 Timor-Leste torna-se independente e passa a fazer parte daCPLP.

2004 Com a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo aoAcordo Ortográfico da Língua Portuguesa, fica determinadoque basta a ratificação por três membros para que o acordoentre em vigor.No mesmo ano, o Brasil ratifica o acordo.

2005 Cabo Verde ratifica o Acordo.2006 São Tomé e Príncipe ratifica o documento, possibilitando a

entrada em vigor do acordo.2008 Portugal aprova o Acordo Ortográfico.2008 O Decreto Presidencial nº 6.586, de 29 de setembro de

2008, determina a implementação do Acordo Ortográfico apartir de 1º de janeiro de 2009 no Brasil, estabelecendoperíodo de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de

dezembro de 2012.

Módulo II - Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico

MÓDULO IIMUDANÇAS TRAZIDAS PELO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

UNIDADE 1:

REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Page 10: Conhecendo o novo acordo ortografico

UNIDADE 2:NO EMPREGO DO HÍFEN

UNIDADE 3:NA COMPOSIÇÃO DO ALFABETO

UNIDADE 4:NA ELIMINAÇÃO DO TREMA

Com a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico, muitos podem pensar: “de que valeu oesforço para entender por que ‘infraestrutura’ se escrevia com hífen e anti-imperialista, sem ele?”

Entretanto, esteja a favor do acordo ou contrário a ele, ninguém está livre de uma revisão

ortográfica. O acordo, porém, visa unificar a ortografia e não a pronúncia e o significado das palavras.

As tiras abaixo são um bom exemplo disso. A primeira saiu em um jornal português; a segunda,num jornal brasileiro.

Unidade 1 - Regras da Acentuação Gráfica

Unidade 1 - Regras da Acentuação Gráfica

Page 11: Conhecendo o novo acordo ortografico

Pela fala expressamos a melodia da língua. É umprocesso quase intuitivo, que praticamos quandoexpiramos com maior ou menor força.

Na escrita, utilizamos recursos gráficos para“ensinar” ao leitor a cantar essa melodia, oraapontando a sílaba tônica, ora indicando se o somvocálico é aberto ou fechado com o uso dos sinaisdiacríticos. Por isso é que se diz que a palavra“acento” encontra sua etimologia, ou seja, a origemda sua formação na expressão latina ad cantum(=para o canto).

Sinal diacrítico é um signográfico que se associa a umaletra para lhe dar umacaracterística fonéticadiferente daquela que a letra possui isoladamente. Exemplo clássico de sinaldiacrítico é a cedilha, que diferencia a pronúncia do < c > de ‘caco’ do < c > de‘caço’ (do verbo ‘caçar’). Além dela, existem o acento agudo (‘lá’), o til (‘lã’), oacento circunflexo (‘lâmpada’) e o acento grave (‘àquela’).

Então, se aplicamos acentos gráficos para “ajudar a cantar” a melodia da língua, quais as regrasformuladas pelo Novo Acordo Ortográfico no particular?

No que interessa aos brasileiros, a acentuação gráfica, que é tratada nas Bases VIII, IX, X e XI

do Acordo, é o tema em que se verifica o maior índice de alterações, se considerada a quantidade depalavras que tiveram a grafia modificada.

De modo geral, as modificações se concentram:. nas palavras paroxítonas (‘heroico’, ‘ideia’),. naquelas em que ocorre hiato (‘feiura’, ‘voo’) e. nas homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia (‘pelo’, ‘pera’). Essas modificações têm sempre o objetivo de eliminar os acentos gráficos até então presentes

nesses grupos de palavras, e não de acrescentá-los.

1ª Regra

1ª REGRA: Elimina-se o acento agudo das palavras paroxítonas cuja sílaba tônica seja formada pelos

ditongos abertos < ei > e < oi >.

Como era antes Como deve ser agora

Page 12: Conhecendo o novo acordo ortografico

alcalóide alcaloidealcatéia alcateia

apóio (verbo apoiar) apoioasteróide asteroide

assembléia assembleiabóia boia

clarabóia claraboiacolméia colmeiaCoréia CoreiaGaliléia Galileiageléia geleia

hebréia hebreiaheróico heroicoidéia ideia

intróito introitojibóia jiboiajóia joia

odisséia odisseiaonomatopéia onomatopeia

paranóico paranoicoplatéia plateiaprotéico proteicotramóia tramoia

Atenção! O acento PERMANECE: 1. Nas palavras oxítonas, mesmo que ocorram os ditongos abertos < ei > e < oi >, como em:‘hotéis’, ‘heróis’, ‘papéis’, ‘troféu’, ‘troféus’; 2. Nas paroxítonas terminadas em < r >, como em: ‘blêizer’, ‘contêiner’, ‘destróier’, ‘gêiser’; 3. Nos monossílabos tônicos: ‘dói’, ‘méis’, ‘réis’, ‘sóis’.

2ª Regra

2ª REGRA: Elimina-se o acento agudo de palavra paroxítona formada pelas vogais < i > e < u > precedidas

de ditongo.

Como era antes Como deve ser agorabaiúca baiuca

bocaiúva bocaiuva

boiúna boiunacauíla cauila

feiúra feiura

maoísmo maoismo

Sauípe Sauipe

taoísmo taoismo

Page 13: Conhecendo o novo acordo ortografico

Mais uma vez atenção! O acento permanece nas palavras oxítonas onde o < i > ou o < u > estiverem em posição final,após ditongo, mesmo que seguidos de < s >, como em: ‘tuiuiú’, ‘tuiuiús’, ‘Piauí’.

3ª Regra

3ª REGRA: Elimina-se o acento circunflexo nos seguintes casos:

1. Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos ‘crer’, ‘dar’,‘ler’, ‘ver’ e seus derivados.

Como era antes Como deve ser agoracrêem (verbo crer) creemdêem (verbo dar) deem

descrêem (do verbo descrer) descreem

lêem (verbo ler) leemrelêem (do verbo reler) releem

vêem (verbo ver) veem

2. Na vogal tônica fechada do hiato < oo > em palavras paroxítonas, seguidas ou não de < s >.

Como era antes Como deve ser agoraabençôo (verbo abençoar) abençoo

dôo (verbo doar) doo

enjôo (verbo ou subst.) enjoomagôo (verbo magoar) magooperdôo (verbo perdoar) perdoopovôo (verbo povoar) povoovôo (verbo ou subst.) voo

zôo zoo

4ª Regra

4ª REGRA: Elimina-se o acento agudo na vogal < u > das formas verbais que contenham < qu > e < gu >

rizotônicos, ou seja, quando o < u > presente nessas sequências é tônico e faz parte da raiz do verbo. Em tempo: para melhor compreendermos os enunciadosseguintes, vale recordar:

Page 14: Conhecendo o novo acordo ortografico

* As formas verbais regulares podem ser decompostas em trêselementos: raiz, vogal temática e desinências. Assim, em‘amaremos’, por exemplo, tem-se o radical < am >; a vogaltemática < a >; e duas desinências: a desinência < mos >, queindica a pessoa do verbo (no caso, a 1ª pessoa) e o número (nocaso, plural); e a desinência < re >, que anuncia o modo(indicativo) e o tempo (futuro de presente). * Quando a tonicidade da forma verbal flexionada recai sobre araiz ou radical, dizemos que é rizotônica; quando não, dizemosque é arrizotônica. É o caso do exemplo dado acima. A forma‘amaremos’ tem a tonicidade marcada na sílaba < re >,portanto recai fora da raiz do verbo (< am >) e é, então,arrizotônica. Para saber mais, consulte o link: http://educacao.uol.com.br/portugues

/verbo-2.jhtm

Na prática, além de perderem o trema quando o < u > é átono, verbos como ‘arguir’ e

‘redarguir’ e suas flexões não mais recebem o acento agudo, ainda que mantida a tonicidade no < u >.

ARGUIR arguo, arguis, argui, arguímos, arguís,arguem

REDARGUIR redarguo, redarguis, redargui, redarguímos,redarguís, redarguem

Atenção!

Quando no hiato < ui >a tonicidade recair sobre o < i >, este deve ser acentuado, como no

exemplo: “Eu arguí todas as testemunas do caso”. Ainda: ‘arguíste’, ‘arguímos’, ‘arguís’.

Em alguns verbos, o emprego do acento é determinado pela pronúncia, como em ‘aguar’,‘apaniguar’, ‘apaziguar’, ‘apropinquar’, ‘averiguar’, ‘desaguar’, ‘enxaguar’, ‘obliquar’ e ‘delinquir’.Nesses casos, admite-se que sejam grafados de duas formas, de acordo com a pronúncia.

1. Nas formas rizotônicas, ou seja, quando a tonicidade recai sobre o radical (aquele elemento

que aparece em todas as formas flexionadas de verbos regulares), acentuam-se o < a > e o < i > doradical.

Veja, por exemplo, a conjugação dos verbos ‘aguar’ e ‘averiguar’, em que a tonicidade recai

sobre os radicais < ag > de ‘aguar’ e < averig > de ‘averiguar’:

AGUAR AVERIGUAR(eu) águo (que eu) águe (eu) averíguo (que eu)

averígue(tu) águas (que tu) águes (tu) averíguas (que tu)

averígues(ele) água (que ele) águe (ele) averígua (que ele)

averígue(nós) aguamos

(*)(que nós)aguemos

(nós)averiguamos

(que nós)averiguemos

(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós)averigueis

(eles) águam (que eles)águem

(eles) averíguam (que eles)averíguem

Page 15: Conhecendo o novo acordo ortografico

(*) Observe que, nas formas destacadas, a sílaba tônica recai fora do radical < ag > de ‘aguar’ e forado radical < averig > de ‘averiguar’. Portanto, não são acentuadas. Veja o caso seguinte. 2. Já se a tonicidade da pronúncia recai fora do radical (arrizotônica), não se utiliza o acento.

Nos exemplos abaixo, a tonicidade não recai nem sobre o radical < ag > de ‘aguar’, nem sobre oradical < averig > de ‘averiguar’.

Veja o quadro abaixo:

AGUAR AVERIGUAR(eu) aguo (que eu) ague (eu) averiguo (que eu)

averigue(tu) aguas (que tu) agues (tu) averiguas (que tu)

averigues(ele) agua (que ele) ague (ele) averigua (que ele)

averigue(nós) aguamos (que nós)

aguemos(nós)

averiguamos(que nós)

averiguemos(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós)

averigueis(eles) aguam (que eles)

aguem(eles) averiguam (que eles)

averiguem Assim, se a tonicidade recair sobre o < u >, este não receberá acento gráfico, como nas formas

‘enxague’, ‘oblique’; porém, se a tonicidade recair sobre as vogais < a > ou < i > da sílaba anterior,estas, obrigatoriamente, receberão acento gráfico (‘enxágue’, ‘oblíque’).

Atenção! No Brasil, a pronúncia mais corrente é a exposta no primeiro quadro, aquela com < a > e < i >tônicos.

5ª Regra

5ª REGRA: Quando palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia, verifica-se o fenômeno da

homografia. As palavras homógrafas podem também ser homófonas, ou seja, terem o mesmo som,

apresentarem os mesmos traços fonéticos. Para a Ortografia isso representava um complicador, daí acriação de ACENTOS DIFERENCIAIS – agudo ou circunflexo –, a fim de que, mesmo se tomadasisoladamente, fora de contexto, essas palavras contivessem “marcas” que indicassem a qual camposemântico pertenciam.

Entretanto, com a entrada em vigor do Novo Acordo, a regra geral é no sentido de que não

mais se distinguem palavras homógrafas.

Como era antes Como deve ser agorapára (verbo parar) / para

(preposição)para (verbo e preposição)

péla (verbo pelar) / pela(preposição) / péla (substantivo)

pela (preposição, verbo esubstantivo)

Page 16: Conhecendo o novo acordo ortografico

pólo (substantivo) / pôlo(substantivo) / polo (preposição

antiga)

polo (substantivos e preposição)

pélo (verbo pelar) / pêlo(substantivo) / pelo (preposição)

pelo (verbo, substantivo epreposição)

pêro (substantivo) / pero(conjunção antiga)

pero (substantivo e conjunçãoantiga)

pêra (substantivo) / pera(preposição antiga)

pera (substantivo e preposiçãoantiga)

Apenas algumas palavras permanecem acentuadas para se distinguir pelo acento gráfico:

- ‘pôr’ (verbo) para diferenciar de ‘por’ (preposição); - ‘pôde’ (verbo na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciarde ‘pode’ (3ª pessoa do singular do presente do indicativo); e - os verbos ‘ter’ e ‘vir’, bem como seus derivados (‘manter’, ‘deter’, ‘reter’, ‘conter’, ‘convir’,‘intervir’, ‘advir’ etc.) para diferenciar as formas da 3ª pessoa no singular (presente doindicativo) das formas da 3ª pessoa no plural (presente do indicativo).

6ª Regra

6ª REGRA:CASOS FACULTATIVOS O Acordo recebeu assim a duplicidade articulatória de algumas palavras geralmente

provenientes do francês, que, como reporta, “nas pronúncias cultas, ora é registrada como aberta, oracomo fechada”, admitindo, pois, tanto o acento agudo como o acento circunflexo:

1) Algumas palavras oxítonas terminadas em < e > tônico admitem tanto o acento agudo quanto o

acento circunflexo.

É facultativobebê bebébidê bidé

canapê canapécaratê caratécrochê crochéguichê guichénenê nenépurê purérapê rapé

2) Torna-se facultativo o emprego do acento circunflexo nas palavras oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’;

3) É facultado, para fins de diferenciação, o uso do acento agudo nas formas verbais paroxítonas dopretérito perfeito do indicativo, na 1ª pessoa do plural, quando coincidirem com a forma verbalcorrespondente do presente do indicativo.

Presente doIndicativo

Pretérito perfeito doIndicativo

Aceita-se a grafiapara representar opretérito perfeito

amamos amamos amámos

Page 17: Conhecendo o novo acordo ortografico

cantamos cantamos cantámosdançamos dançamos dançámoslouvamos louvamos louvámos

Atenção! É facultativo o uso do acento da palavra ‘fôrma’ (substantivo) para diferenciar da palavra ‘forma’(substantivo e verbo ‘formar’).

Veja, a seguir, um quadro resumido das novas regras de acentuação gráfica:

QUADRO RESUMIDO

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

REGRA NOVAEXEMPLOS

Atenção!Como era Como fica

Não seacentuam mais

os ditongosabertos < ei > e

< oi > daspalavras

paroxítonas.

andróide,estóico, geléia,heróico, idéia,

platéia

androide,estoico, geleia,heroico, ideia,

plateia

O acentopermanece:

1) Nas palavrasoxítonas, mesmoque ocorram osditongos abertos< ei > e < oi >,

como em:‘hotéis’, ‘heróis’,‘papéis’, ‘troféu’,

‘troféus’;2) Nas

paroxítonasterminadas em <

r >, como‘blêizer’,

‘contêiner’,‘destróier’,‘gêiser’;3) Nos

monossílabostônicos: ‘dói’,‘méis’, ‘réis’,

‘sóis’.

Não seacentuam maiso < i > e o < u

> tônicosquando vierem

depois deditongos em

palavrasparoxítonas.

baiúca bocaiúva,cauíla, feiúra

baiuca, bocaiuva,cauila, feiura

O acentopermanece:

1) nas palavrasoxítonas em queo < i > e o < u >

aparecem emposição final,

seguidos ou nãode < s >, tal

como em ‘Piauí’ e‘tuiuiús’;2) nas

paroxítonas emque o < i > e o <

u > não vêmdepois de

ditongo, comoacontece em

Page 18: Conhecendo o novo acordo ortografico

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

REGRA NOVA EXEMPLOS Atenção!Como era Como fica‘juíza’, ‘uísque’,‘ruína’ e ‘saúva’.

Não seacentuam mais

as palavrasterminadas em< eem > e < oo

>.

abençôo, crêem,enjôo, lêem,perdôo, vêem

abençoo, creem,enjoo, leem,perdoo, veem

Não se acentuamais o < u >

tônico precedidode < g > ou < q

> naconjugação deverbos como

arguir,redarguir,apaziguar,obliquar eaveriguar.

apazigúe, argúi,averigúe, obliqúe

apazigue, argui,averigue, oblique

Não se usa maiso acento

diferencial em:‘pára/para’,‘péla/pela’,‘pêlo/pelo’,

‘pólo/polo/pôlo’,‘péra/pêra’.

“Ela pára ocarro”;

“Foi ao mercadocomprar pêra”;“Viajaram aopólo Norte”;“O cachorroestava com opêlo macio”

“Ela para ocarro”:

“Foi ao mercadocomprar pera”;“Viajaram aopolo Norte”;“O cachorroestava com opelo macio”.

Permanecem osseguintesacentos:1) o que

diferencia ‘pode’(verbo ‘poder’,3ª pessoa doPresente do

Indicativo) de‘pôde’ (verbo‘poder’, 3ªpessoa do

Pretérito Perfeitodo Indicativo);

2) o quediferencia ‘por’(preposição) de‘pôr’ (verbo);

3) o quediferencia osingular doplural na 3ªpessoa do

Presente doIndicativo dos

verbos ‘ter’ e ‘vir’e seus derivados,

tais como‘manter’, ‘reter’,‘deter’, ‘conter’,

‘convir’,‘intervir’, ‘advir’

etc:ele mantém/ eles

mantêm; eledetém/elesdetêm; ele

intervém/elesintervêm.

Devido à duplicidade articulatóriaobservada em certas regiões,

admite-se tanto o acento agudo

‘bebê ou bebé’;‘bidê ou bidé’,

‘caratê ou

São facultativos:1) o acento

circunflexo nas

Page 19: Conhecendo o novo acordo ortografico

como o acento circunflexo emalgumas palavras oxítonas

terminadas em < e > tônico.

caraté’; ‘guichêou guiché’; ‘nenê

ou nené’

palavras oxítonas‘judô’ e ‘metrô’;

e

2) o acentocircunflexo paradiferenciar as

palavras ‘forma’(substantivo e

verbo ‘formar’) e‘fôrma’

(substantivo).Para fins de diferenciação, é

facultativo o uso do acento agudonas formas verbais paroxítonas

do pretérito perfeito do indicativo,na 1ª pessoa do plural, quandocoincidirem com a forma verbalcorrespondente do presente do

indicativo.

‘amamos ouamámos’;

‘cantamos oucantámos’;

‘louvamos oulouvámos’

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

MÓDULO II – UNIDADE 1EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Para você fixar o que aprendeu, oferecemos-lhe exercícios referentes àUnidade 1 do Módulo II, que você poderá acessar em “Avaliações”, no menulateral à esquerda.

Além desses, você encontrará mais três blocos de exercícios de

fixação após cada uma das próximas unidades. Tente resolver todos eles e depois os refaça. É a melhor forma de se

preparar para a Avaliação Final. Complemente o seu estudo, consultando o material de estudo que

disponibilizamos em GLOSSÁRIO, DICIONÁRIOS, WEBIBLIOTECA e LINKS RELACIONADOS no menu àesquerda.

Unidade 2 - O Emprego do Hífen

MÓDULO II – UNIDADE 2EMPREGO DO HÍFEN

O termo deriva do grego hýphen (juntos,juntamente). O vocábulo chegou ao portuguêspelo latim tardio hyphen, que, frise-se, manteve

Page 20: Conhecendo o novo acordo ortografico

o < h > na grafia, muito embora essa letra jánão fosse pronunciada.

O hífen, como garante a sua origem, existe paraunir e não para “separar”. Ainda quando“separa”, para evitar a criação de uma sílabaindesejada e, assim, indicar uma melhorpronúncia, como em ‘mal-humorado’,‘pan-hospitalar’, ‘sub-reino’, a sua simplespresença preserva a “unidade semântica esintagmática” do vocábulo, expressão usada noNovo Acordo Ortográfico.

Eis os casos em que, segundo o novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa, emprega-se o hífen:

EMPREGA-SE O HÍFEN:

1) Nas palavras compostas que designam nomes de plantas e animais, estejam ou não ligados porpreposição ou qualquer outro elemento.

abóbora-meninabênção-de-deusbem-me-quer

couve-florerva-do-chá

ervilha-de-cheiro

fava-de-santo-inácioandorinha-grande

cobra-capeloformiga-branca

andorinha-do-mar

cobra-d’águalesma-de-conchinha

bem-te-vitartaruga-marinha

Observação: tendo em vista que, nesses casos, ora se utilizava o hífen, ora não, oAcordo uniformizou a grafia.

2) O Acordo define que o hífen só será usado em palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos,como nos seguintes casos:

2.1 Quando o segundo elemento começa por < h >.

anti-higiênico

arqui-hipérbolecontra-harmônicocircum-hospitalarpan-helenismo

eletro-higrômetromini-hospital

pré-históriaextra-humanosemi-hospitalar

geo-históriasub-hepáticoneo-helênicosuper-homem

Page 21: Conhecendo o novo acordo ortografico

Observação: Não se usa o hífen em formações que contenham os prefixos < des > e < in > enas quais o segundo elemento perdeu o < h > inicial: ‘desumano’, ‘desumidificar’, ‘inábil’,‘inumano’ etc.

página 02

Exceção: ‘subumano’, em que ‘humano perde o < h >.

2.2 Quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo coincidir com a vogal inicial do segundo elementoda composição.

anti-ibéricomicro-ondas

auto-observaçãomicro-organismocontra-almirantesemi-intensivo

infra-axilarsupra-auricular

2.3 Nos compostos formados pelos prefixos ‘ex’, ‘sota’, ‘soto’, ‘vice’ e ‘vizo’. ex-almiranteex-hospedeira

ex-diretorex-primeiro-

ministro-ministro

sota-piloto soto-mestre vice-reitorvice-presidente

vizo-rei

2.4 Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ ou ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas em vogal, <m > ou < n >.

circum-escolar

circum-navegaçãopan-mágicopan-africano

pan-americanopan-negritude

Page 22: Conhecendo o novo acordo ortografico

2.5 Quando os prefixos ‘hiper’, ‘inter’ e ‘super’ formar compostos com palavras iniciadas por < r >.

hiper-realistahiper-requintadohiper-resistente

inter-racialinter-regionalinter-relação

super-resistentesuper-revista

3) Para ligar duas ou mais palavras que formam encadeamentos vocabulares do tipo:

- divisas: ‘Liberdade-Igualdade-Fraternidade’;- trajetos e percursos: ‘ponte Rio-Niterói’, ‘trecho São Paulo-

Santos’;- em que se opõem relações e noções: ‘professor-aluno’, ‘ensino-

aprendizagem

4) Nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas,como < açu >, < guaçu > e < mirim >, e quando a vogal final do primeiro elemento é acentuadagraficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos:

amoré-guaçuanajá-mirim

andá-açucapim-açu

Ceará-mirimtamanduá-mirim

5) Nos compostos formados com os advérbios ‘bem’ e ‘mal’ quando estes formam, com o elemento quese segue, uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou < h >.

bem-aventurado

bem-estarbem-humorado

bem-criadobem-ditosobem-falante

bem-mandadobem-nascidobem-soante

mal-afortunadomal-estar

mal-humorado

Observações: - Em muitos compostos, o advérbio ‘bem’ aparece aglutinado com o segundo elemento, quer estetenha ou não vida à parte: ‘benfazejo’, ‘benfeito’, ‘benfeitor’, ‘benquerença’ etc. - No entanto, o advérbio ‘bem’, ao contrário de ‘mal’, pode não se aglutinar com palavrasiniciadas por consoante.

página 03

Casos em que não se emprega o hífen.

Page 23: Conhecendo o novo acordo ortografico

NÃO SE EMPREGA O HÍFEN:

1) Nos compostos formados por prefixo ou falso prefixo terminado em vogal em combinação compalavra iniciada por < r > ou < s >, que, nesses casos, são dobrados.

COMO ERA COMO DEVE SERante-sala

auto-retratoanti-social

contra-sensoultra-sonografia

supra-renal

antessalaautorretratoantissocial

contrassensoultrassonografia

suprarrenal

Observação: A medida uniformiza várias exceções antes existentes.

2) Nos compostos, quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo é diferente da vogal inicial dapalavra com a qual se combinam.

COMO ERA COMO DEVE SERanti-aéreo

anti-americanismoauto-afirmação

auto-ajudainfra-estrutura

neo-impressionista

antiaéreoantiamericanismo

autoafirmaçãoautoajuda

infraestruturaneoimpressionista

3) Nos compostos que, devido ao uso, perderam a noção de composição.

COMO ERA COMO DEVE SERmanda-chuvapára-quedaspára-quedista

pára-lamapára-choquepára-vento

mandachuvaparaquedasparaquedista

paralamaparachoqueparavento

4) Nos compostos que apresentam elementos de ligação.

pé de molequepé de ventopai de todos

dia a diafim de semanacor de vinho

ponto e vírgulacamisa de força

cara de pauolho de sogra.

Observação: Incluem-se nesse caso os compostos que formam uma oração, como: ‘maria vaicom as outras’, ‘leva e traz’, ‘diz que diz que’, ‘deus me livre’, ‘deus nos acuda’, ‘cor de burroquando foge’, ‘bicho de sete cabeças’, ‘faz de conta’.

Page 24: Conhecendo o novo acordo ortografico

Exceções (7): ‘água-de-colônia’, ‘arco-da-velha’, ‘cor-de-rosa’, ‘mais-que-perfeito’, ‘pé-de-meia’,‘ao deus-dará’, ‘à queima-roupa’.

página 04

5) Nas formações com o prefixo < co > este se une diretamente ao segundo elemento, mesmo quando este seinicia por < o > ou < h >.

coobrigaçãocoediçãocoeducar

cofundadorcoabitaçãocoerdeiro

corréucorresponsávelcoocorrência.

Observação: Dobra-se o < r > inicial do segundo elemento.

6) Nos vocábulos formados pelos < pre > e < re >, mesmo diante de palavras começadas por < e >.

preexistentepreelaborarreescreverreedição.

Observação: Como o acento do prefixo < pré > é praticamente imperceptível em algumaspalavras, como ‘predeterminado’ e ‘preexistente’, na dúvida é sempre bom consultar o dicionário. Não se usa o hífen na formação de locuções com o advérbio ‘não’.

(acordo de) não agressão(reservado para) não fumantes

Observação: O Acordo Ortográfico aboliu o hífen das formas em que a palavra ‘não’ tem valorprefixal: ‘não agressão’, ‘não engajado’, ‘não fumante’, ‘não violência’, ‘não participação’, ‘nãogovernamental’ etc.

Divisão silábica e translineação

Na divisão silábica quando da translineação de uma palavra composta ou de uma combinação depalavras em que há um hífen ou mais, se a partição coincidir com o final de um dos elementos oumembros, deve-se, por clareza gráfica, repetir o hífen no início da linha imediata: Exemplos:

“O comandante da polícia é um ex--capitão do Exército”

Page 25: Conhecendo o novo acordo ortografico

“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá--los-emos na próxima semana.”Ou “Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá-los--emos na próxima semana.” O carro do presidente era seguido de perto pelo do vice--presidente.”

página 05

QUADRO-RESUMO

NÃO SE USA O HÍFEN:

REGRA EXEMPLOS OBSERVAÇÕESEm palavras

compostas queapresentam

elementos deligação.

pé de moleque, pé devento, pai de todos,

dia a dia, fim desemana, cor devinho, ponto e

vírgula, camisa deforça, cara de pau,

olho de sogra.

Incluem-se nessecaso os compostosque formam umaoração. Ex.: Mariavai com as outras,leva e traz, diz quediz que, deus melivre, deus nos

acuda, cor de burroquando foge, bichode sete cabeças, faz

de conta.* Exceções (7):água-de-colônia,arco-da-velha,cor-de-rosa,

mais-que-perfeito,pé-de-meia, aodeus-dará, à

queima-roupa.Se o prefixo

terminar com letradiferente daquela

com que se inicia aoutra palavra.

autoajuda,autoestrada,autoescola,antiaéreo,

intermunicipal,supersônico,

superinteressante,agroindustrial,aeroespacial,semicírculo.

Se o prefixoterminar por vogale a outra palavracomeçar por < r >

ou < s >,dobram-se essas

contrarrelógio,minissaia,

antirracismo,ultrassom, semirreta.

Page 26: Conhecendo o novo acordo ortografico

NÃO SE USA O HÍFEN:

REGRA EXEMPLOS OBSERVAÇÕESletras.

Quando o prefixo <co- > juntar-secom o segundo

elemento, mesmoquando este se

inicia por < o > ou< h >.

coobrigação,coedição, coeducar,

cofundador,coabitação,

coerdeiro, corréu,corresponsável,coocorrência.

Com os prefixos <pre- > e < re- >,mesmo diante de

palavras começadaspor < e >.

preexistente,preelaborar,

reescrever, reedição.

Como o acento doprefixo é

praticamenteimperceptível emalgumas palavras,

como‘predeterminado’ e‘preexistente’, nadúvida é semprebom consultar o

dicionário.Na formação de

compostoscomeçados por

‘não’.

(acordo de) nãoagressão

(reservado para) nãofumantes.

O acordo ortográficoaboliu o hífen dasformas em que apalavra "não" temvalor prefixal: ‘não

agressão’, ‘nãoengajado’, ‘nãofumante’, ‘nãoviolência’, ‘não

participação’, ‘nãogovernamental’ etc.

página 06

USA-SE O HÍFEN:REGRA EXEMPLOS OBSERVAÇÕES

Com os prefixos <circum- > e < pan-

>, quando osegundo elemento

começa por vogal, <h >, < m > ou < n

>.

circum-navegação,pan-africano;

Com os prefixos <hiper- >, < inter- >

e < super- >,quando o segundoelemento começa

por < r >.

hiper-realista esuper-resistente

Page 27: Conhecendo o novo acordo ortografico

USA-SE O HÍFEN:REGRA EXEMPLOS OBSERVAÇÕES

Quando o prefixoterminar com a

mesma letra comque se inicia a outra

palavra.

micro-ondas,anti-inflacionário,sub-bibliotecário,

inter-regional, infra-axilar

Nas palavrascompostas que não

apresentamelementos de

ligação.

guarda-chuva,arco-íris, boa-fé,segunda-feira,mesa-redonda,

vaga-lume,joão-ninguém,

porta-malas, porta-bandeira, pão-duro,

bate-boca.

Não se usa o hífenem certas palavras

que perderam anoção de

composição, como‘girassol’,

‘madressilva’,‘mandachuva’,

‘pontapé’,‘paraquedas’,‘paraquedista’,‘paraquedismo’.

Em palavrasonomatopeicas (istoé, que representam

ruídos ou sonsnaturais) que são

compostas, mas nãoapresentam

elementos deligação.

reco-reco,blá-blá-blá,

zum-zum, tico-tico,tique-taque, cri-cri,glu-glu, rom-rom,pingue-pongue,

zigue-zague, bi-bi,fom-fom, tim-tim

(tim-tim portim-tim).

Nos compostos entrecujos elementos há

o emprego doapóstrofo.

queda-d'água,gota-d'água,copo-d'água.

Nas palavrascompostas derivadas

de topônimos(nomes de lugares)que apresentam ounão elementos de

ligação.

belo-horizontino(Belo Horizonte);porto-alegrense(Porto Alegre);

mato-grossense-do-sul (Mato Grosso

do Sul);rio-grandense-do-norte (Rio

Grande do Norte)

Nos compostos quedesignam espéciesanimais e botânicas(nomes de plantas,

flores, frutos, raízes,sementes), tenhamou não elementos

de ligação.

bem-te-vi, peixe-espada, peixe-

do-paraíso,mico-leão-dourado,andorinha-da-serra,lebre-da-patagônia,erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-

da-índia.

Não se usa o hífen,quando os

compostos quedesignam espécies

botânicas ezoológicas são

empregados fora deseu sentido original.Observe a diferençade sentido entre os

pares: 1) arroz-do-campo (certo tipode erva) e arroz defesta (alguém que

está semprepresente em festas).

Page 28: Conhecendo o novo acordo ortografico

USA-SE O HÍFEN:REGRA EXEMPLOS OBSERVAÇÕES

2) bico-de-papagaio(espécie de plantaornamental) e bico

de papagaio(deformação nas

vértebras).3) olho-de-boi

(espécie de peixe) eolho de boi (selo

postal).Diante de palavracomeçada por < h

>.

anti-higiênico,sub-hepático, super-

homem, sobre-humano.

Exceção: ‘subumano’

Com o prefixo <sub- >, usa-se o

hífen também diantede palavra

começada por < b >e < r >.

sub-base,sub-bibliotecário,

sub-região,sub-reitor,

sub-regional.

Com os prefixos <ex- >, < sem- >, <além- >, < aquém->, < recém- >, <

pós- >, < pré- >, <pró- >, < vice- >.

ex-aluno, sem-terra,além-mar,

aquém-mar, recém-casado,

pós-graduação,pré-vestibular,pró-europeu,

vice-rei.

A dúvida, nesse caso,é sempre comum.Como o acento nosprefixos < pré- >, <pós- > e < pró- > é

praticamenteimperceptível nafala, em algumaspalavras, como

‘predeterminado’ e‘preexistente’,

muitos não sabem seo hífen deve ou nãoser usado. Assim,também aqui ésempre bomconsultar odicionário.

Com o prefixo <mal- >, quando apalavra seguinte

começar por vogal,< h > ou < l >.

mal-assombrado,mal-entendido,

mal-estar,mal-humorado,

mal-limpo.

* Nos outros casos,escreve-se sem

hífen: malcriado,malcomportado,

malcheiroso,malfeito,

malsucedido,malvisto.

* Quando malsignifica doença,

usa-se o hífen se apalavra não tiver

elemento de ligação.Ex.: mal-francês. Sehouver elemento deligação, escreve-sesem hífen. Ex.: malde lázaro, mal de

Page 29: Conhecendo o novo acordo ortografico

sete dias.Com < bem- >, demodo geral, nos

compostos.

bem-aventurado,bem-intencionado,bem-humorado,bem-merecido,bem-nascido,bem-falante,bem-vindo,bem-visto,

bem-disposto.

* Mas há várioscasos em que bem se

liga sem hífen àpalavra seguinte.Ex.: benfazejo,

benfeito, benfeitor,benquisto.

Regra de ouro:Para não correr o risco de errar, quando não se souber se a palavra perdeu a noção decomposição, é aconselhável consultar o dicionário, que determina qual é a grafia consagrada pelouso. Exemplos disso são as palavras malmequer (sem hífen) e bem-me-quer (consagrada comhífen).

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

MÓDULO II – UNIDADE 2EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Recomendamos que você exercite o que aprendeu, respondendo aosexercícios de fixação referentes à Unidade 2 do Módulo II, disponíveisem “Avaliações”, no menu lateral à esquerda.

Dessa forma, você estará se preparando para a Avaliação Final.Consulte o material de estudo que disponibilizamos em

GLOSSÁRIO, DICIONÁRIOS, WEBIBLIOTECA e LINKS RELACIONADOSno menu à esquerda.

Atividade complementar: JOGO DO HÍFENPara jogar, acesse o link abaixo:http://educarparacrescer.abril.com.br/regras-hifen/index.shtml

Observação:Consulte também o link http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23!

Unidade 3 - Composição do Alfabeto

MÓDULO II – UNIDADE 3

Page 30: Conhecendo o novo acordo ortografico

COMPOSIÇÃO DO ALFABETO

Uma inovação que otexto de unificação ortográficade 1990 apresenta, logo naBase I, é a apresentação doalfabeto, acompanhado dasdesignações que usualmentesão dadas às diferentes letras.

No alfabeto português

passam a figurar também asletras < k >, < w > e < y >,pelas seguintes razões: a) Os dicionários da língua járegistram estas letras,apresentando um razoávelnúmero de palavras do léxicoportuguês iniciado por elas; b) Na aprendizagem doalfabeto é necessário fixar quala ordem que elas ocupam; e

c) Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que são grafadascom elas. Apesar da inclusão no alfabeto das letras < k >, < w > e < y >, mantiveram-se as regras já

fixadas anteriormente quanto ao seu uso restritivo, uma vez que existem outros grafemas com omesmo valor fonético daquelas.

Ocorre que se, de fato, fossem abolidas as restrições quanto ao uso das letras < k >, < w > e <

y >, provavelmente seria introduzido no sistema ortográfico português mais um fator de perturbação,ou seja, a possibilidade de representar, indiscriminadamente, por aquelas letras fonemas que sãotranscritos por outras.

O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução das letras < k >, < w > e < y >,

largamente utilizadas na escrita de símbolos de unidades de medida, como km (quilômetro) e W(watt), e em palavras de origem estrangeira, como show, windsurf e playboy.

página 02

A Base I do Acordo Ortográfico trata do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seusderivados:

1) O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma formaminúscula e outra maiúscula:

Page 31: Conhecendo o novo acordo ortografico

Observação:a) Além dessas letras, usam-se o < ç > (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: < rr > (erreduplo), < ss > (esse duplo), < ch > (cê-agá), < lh > (ele-agá), < nh > (ene-agá), < gu >(guê-u) e < qu > (quê-u). b) Os nomes das letras acima sugeridos podem ser designados de outras formas.

2) As letras < k >, < w > e < y > usam-se nos seguintes casos especiais:a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano;Kant, kantistno; Darwin, darwinismo: Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor,taylorista; b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kwanza; Kuwait, kuwaitiano;Malawi, malawiano; c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de cursointernacional: TWA, KLM; K (de kalium – potássio), W (West – oeste); kg (quilograma); km(quilômetro); kW (kilowatt); yd (yard – jarda); Watt.

3) Em congruência com o número anterior, mantém-se nos vocábulos derivados eruditamente denomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares ànossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersônia, deJefferson; mülleriano, de Müller; shakesperiano, de Shakespeare.

Os vocábulos autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgaçãode certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, bungavília/bunganvílea/bougainvíllea).

4) Os dígrafos finais de origem hebraica (< ch >, < ph > e < th >) podem conservar-se em formasonomásticas da tradição bíblica, como ‘Baruch’, ‘Loth’, ‘Moloch’, ‘Ziph’, ou então simplificar-se: ‘Baruc’,‘Lot’, ‘Moloc’, ‘Zif’.

Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo,elimina-se, como em ‘José’ e ‘Nazaré’, em vez de ‘Joseph’ e ‘Nazareth’; e se algum deles, porforça do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: ‘Judite’, em vezde ‘Judith’.

5) As consoantes finais grafadas (< b >, < c >, < d >, < g > e < h >) mantêm-se, quer sejam mudas,quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropônimos etopônimos da tradição bíblica: ‘Jacob’, ‘Job’, ‘Moab’, ‘Isaac’; ‘David’, ‘Gad’; ‘Gog’, ‘Magog’, ‘Bensabat’,‘Josafat’.

Integram-se também nessa forma: ‘Cid’, em que o < d > é sempre pronunciado; ‘Madrid’ e‘Valhadolid’, em que o < d > ora é pronunciado, ora não; e ‘Calcem’ ou ‘Calicut’, em que o < t >se encontra nas mesmas condições. Nada impede, entretanto, que os antropônimos em apreçosejam usados sem a consoante final ‘Jó’, ‘Davi’ e ‘Jacó’.

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6) Recomenda-se que os topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, porformas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, oupossam entrar, no uso corrente.

Exemplos: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona;Genève, por Genebra; Justland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Muniche;Torino, por Turim; Zürich, por Zurique etc.

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Emprego de maiúsculas e minúsculas Se compararmos as disposições do Novo Acordo com o que está definido no atual Formulário

Ortográfico Brasileiro (1943), observaremos que se implementou uma simplificação quanto aoemprego das letras maiúsculas.

Uso restrito:

· Aos antropônimos reais ou fictícios: Maria, José, Dom Quixote, Sancho Pança;· Aos topônimos reais ou fictícios: Belo Horizonte, Pará, Rio de Janeiro, Lumpalândia,

Herzoslováquia;· Aos nomes de instituições (pessoas jurídicas): Universidade de Brasília, Instituto Nacional

da Seguridade Social, Ministério da Educação;· Aos nomes de seres mitológicos ou antropomorfizados: Júpiter, Netuno, Minerva; Saci

Pererê;· Aos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Carnaval, Ano Novo;· Às designações dos pontos cardeais e colaterais quando se referem a grandes regiões do

Brasil e do mundo: Nordeste, Sudeste, Oriente, Ocidente;· Às siglas: CPF, IPI, AGU, FAO, ONU;· Às iniciais de abreviaturas: ‘Sr.’, ‘Gen.’, ‘V. Exª’; e· Aos títulos de periódicos: Diário do Povo, Veja, Estadão, Folha de S. Paulo.

Uso facultativo:

· Nas citações bibliográficas, com exceção do primeiro vocábulo e daqueles obrigatoriamentegrafados com letras maiúsculas: O Primo Basílio ou O primo Basílio; Casa-grande eSenzala ou Casa-grande e senzala, Memórias Póstumas de Braz Cubas ou Memóriaspóstumas de Braz Cubas.

· Nos pontos cardeais e colaterais ordinários, mas não nas suas abreviaturas: norte, sul,leste, mas SW, SE, N etc.

· Nos axiônimos (formas de tratamento e reverência) e hagiônimos (nomes sagrados e quedesignam crenças religiosas): Senhor Pedro ou senhor Pedro; Doutora Marta ou doutoraMarta; Governador Agnelo ou governador Agnelo; Magnífico Senhor Reitor ou magníficosenhor reitor; Santa Cecília ou santa Cecília; Papa Bento XVI ou papa Bento XVI.

· Nos nomes que designam domínios do saber ou disciplinas: Medicina ou medicina,Matemática ou matemática, Arte Renascentista ou arte renascentista.

· Nas categorizações de logradouros públicos, templos e edifícios: Rua/rua Teodoro Sampaio,Igreja/igreja de Santa Efigênia, Edifício/edifício Copasa etc.

Observação: no particular, nem o Acordo Ortográfico em vigor, nem o Formulário OrtográficoBrasileiro foram suficientemente explícitos ao tentarem estabelecer normas e critérios para o empregodas iniciais maiúsculas.

Tanto é assim que o Acordo lança, ao final do tema, a seguinte observação:

“Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras

especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações

específicas (terminologias antropológica, geológica, biológica, botânica, zoológica etc.),

promanadas de entidades científicas ou normalizadoras reconhecidas

internacionalmente”.

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Ainda assim, vale observar certas tendências. - O emprego de maiúsculas em excesso, assim como dos negritos, dos sublinhados ou dosdestaques, deve ser evitado, pois “polui" o texto. - A tendência é, pois, a seguinte:

a) mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúsculas; b) mais modernidade, menos “poluição" gráfica, mais simplicidade: minúsculas.

Atenção! - A mídia é uma fonte inesgotável de criação de tendências, formulando, para cada caso,

normas próprias. - Nunca se pode, no entanto, esquecer a regra taxativa que preceitua o emprego obrigatório de

inicial maiúscula nos substantivos próprios de qualquer natureza.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

MÓDULO II – UNIDADE 3EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Vamos fixar o que você aprendeu? Acesse os exercícios de fixação referentes à Unidade 3 do Módulo II,

que disponibilizamos para você em “Avaliações”, no menu lateral àesquerda.

Leia também o material de estudo que oferecemos em GLOSSÁRIO,

DICIONÁRIOS, WEBIBLIOTECA e LINKS RELACIONADOS no menu àesquerda.

Unidade 4 - Eliminação do Trema

MÓDULO II – UNIDADE 4ELIMINAÇÃO DO TREMA

Objeto da Base XIV, o TREMA, ou sinal de diérese(divisão de duas vogais adjacentes em duas sílabas), éinteiramente suprimido em palavras portuguesas ou

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aportuguesadas, permanecendo, contudo, em nomespróprios estrangeiros e derivações: ‘Hübner’, ‘hüberiano’,‘Müller’, ‘mülleriano’.

Empregado em diversas línguas, o trema ocorre

para:a) indicar alteração do som regular ou ordinário de

uma vogal;b) indicar, em encontros vocálicos, que a vogal átona

não formava ditongo com a anterior;c) dar identidade própria a determinada letra;d) assinalar a independência de uma vogal em

relação a uma vogal anterior. No português, o trema é o diacrítico que se emprega

sobre a letra < u >, quando átona, para indicar que eladeveria ser pronunciada nos grupos < gue >, < gui >, <que >, < qui >.

Histórico do trema O trema foi extinto da língua portuguesa pela segunda vez! Sim; até 1971, ainda que pouco difundido, era facultado o uso do trema para indicar hiatos

átonos. Dessa forma, podíamos encontrar o trema sobre o < u > e até sobre o < i > em palavras como‘païsinho’ e ‘paraïbano’, para indicar a pronúncia do hiato pa-i-si-nho (diminutivo de país) e pa-ra-i-ba-no.

Como recurso poético, para estender a métrica da palavra ‘saudade’, era possível encontrar a

grafia ‘saüdade’, (sa-u-da-de). Entretanto, justamente por ser de emprego facultativo e ainda porque em todas as línguas

impera o princípio do menor esforço (gráfico e oral), o uso do trema na representação de hiatosátonos, de tão raro, acabou caindo no esquecimento. Com a reforma ortográfica de 1971, acabou-sepor extinguir o uso do trema nesses casos.

Entretanto, a partir da década de 70, maus articulistas e outros não muito dedicados autores

generalizaram o equívoco de que, com a reforma recém-implantada, o trema havia sido abolidodefinitivamente da língua pátria, como de resto já ocorrera em Portugal desde 1945.

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Pronúncia das palavras afetadas Mesmo com o fim do trema, não haverá modificação na pronúncia das palavras.O novo acordo garante o direito de se manter a grafia original com o trema nos casos de nomes

próprios, de empresas e de marcas com registro público.

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Observações:a) Embora o trema não seja mais usado, a pronúncia das palavras que recebiam o trema não

mudará, ou seja, deveremos continuar pronunciando a letra < u >.b) Não esqueça que jamais houve trema quando a letra < u > estava seguida de “o” ou “a”,

como em ambíguo, longínquo, averiguar, adequado...c) Se a letra < u >, antes de < e > ou < i >, fosse pronunciada e tônica, devíamos usar acento

agudo em vez do trema, tal como em “que ele averigúe”, “que eles apazigúem”, “ele argúi”, “elesargúem” etc. Este acento também foi abolido, como vimos anteriormente.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

MÓDULO II – UNIDADE 4EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Teste os conhecimentos adquiridos respondendo aos exercícios de

fixação referentes à Unidade 4 do Módulo II, disponíveis em “Avaliações”,no menu lateral à esquerda.

Mais uma vez recomendamos consultar o material de estudo que

disponibilizamos em GLOSSÁRIO, DICIONÁRIOS, WEBIBLIOTECA e LINKSRELACIONADOS no menu à esquerda.

Atividade Complementar: JOGO DA ORTOGRAFIA

Para jogar, acesse o link:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/objetos_de_aprendizagem/PORTUGUES/game.swf

Créditos

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CRÉDITOS

Conteudista

Cláudio Augusto Vizioli

CoordenaçãoCarlos Escosteguy

Núcleo pedagógicoCarlos Escosteguy

Claudia PohlJenifer de FreitasLucas Machado

Marcelo Larroyed (Diretor)Marcia L. N. EggPolliana Alves

Simone DouradoTatiana Beust

Valéria Maia e SouzaVinícius Henrique B. dos SantosWilliam Robespierre Athanazio

Núcleo webAlessandra Brandão

Bruno CarvalhoCarlos InocenteFrancisco WenkeÍtalo FernandesRenerson IanSônia Mendes

Núcleo administrativo

Luciano MarquesMaxlano Cardoso