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DIRETORIA DE ENSINO LESTE 4 NÚCLEO PEDAGÓGICO "Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais”. EDUCAÇÃO ESPECIAL

Deficiência Intelectual na Escola

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Apresentação da PCNP Regina Leôncio sobre deficiência intelectual, durante a orientação técnica de Filosofia, realizada no Núcleo Pedagógico da DE Leste 4, em 30 de abril de 2013.

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Page 1: Deficiência Intelectual na Escola

DIRETORIA DE ENSINO LESTE 4

NÚCLEO PEDAGÓGICO

"Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais”.

EDUCAÇÃO

ESPECIAL

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• Constituição Federal: Artigos 5º; 205; 206 (incisos I e VII); 208 (incisos

III e V).

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996): Artigos 4º (inciso III); 58

(parágrafos 1º a 3º); 59 (incisos I a IV).

• Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva, MEC, 2008

• Deliberação CEE nº 68/2007

• Resolução SE nº 11/2008, alterada pela Resolução SE nº 31/2008.

• Decreto Federal nº 7.611, de 17 de novembro de 2011.

• Decreto Federal nº 7.612, de 17 de novembro de 2011.

• Todos esses documentos podem ser consultados na página do

CAPE na internet (http://cape.edunet.sp.gov.br, menu Legislação)

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – EDUCAÇÃO ESPECIAL

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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

NA ESCOLA

Page 4: Deficiência Intelectual na Escola

Segundo D´Antino, a definição de deficiência mental mais

difundida e aceita é a da Associação Americana de Deficiência

Mental, de 1992, que representa um avanço conceitual :

“Deficiência mental corresponde a um funcionamento

intelectual significativamente abaixo da média, coexistindo com

outras limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas de

habilidades adaptativas:

Comunicação, auto cuidado, habilidades sociais, participação

familiar e comunitária, autonomia, saúde e segurança,

funcionalidade acadêmica, lazer e trabalho, manifestando-se

antes dos dezoito anos de idade”

D´Antino (1997, p.97)

Page 5: Deficiência Intelectual na Escola

Como identificar a Deficiência Intelectual?

Observando-se duas coisas :

1- a capacidade do cérebro da pessoa para aprender, resolver

problemas, encontrar um sentido do mundo, uma inteligência do mundo

que as rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo ou

funcionamento intelectual

2- a competência necessária para viver com autonomia e

independência na comunidade em que se insere (a esta competência

também se chama comportamento adaptativo ou funcionamento

adaptativo).

Enquanto o diagnóstico do funcionamento cognitivo é

normalmente realizado por técnicos devidamente habilitados (psicólogos,

neurologistas, fonoaudiólogos, psiquiatras, etc.), já o funcionamento

adaptativo deve ser objeto de observação e análise por parte da família,

dos pais e dos educadores que convivem com a criança.

Page 6: Deficiência Intelectual na Escola

A deficiência é uma condição que abrange os campos da

saúde e da educação e tem implicações na área social e familiar.

Nenhuma dessas áreas deve ter predominância sobre a outra.

Em outras palavras, as áreas da educação e da saúde se completam,

mas não se sobrepõem.

O foco deve ser exclusivamente a criança: o que preciso

fazer para atender, da melhor forma possível, esta criança?

O que deve nortear a atuação do professor é a avaliação

pedagógica de seus alunos. E não estar preso a um laudo ou um

diagnóstico médico.

Para obter dados a respeito do comportamento adaptativo

deve procurar saber-se o que a criança consegue fazer em

comparação com crianças da mesma idade cronológica.

Page 7: Deficiência Intelectual na Escola

ADNM ou Deficiência Intelectual

Page 8: Deficiência Intelectual na Escola

DIAGNÓSTICO DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A deficiência intelectual pelo atual CID -10 (classificação internacional

de doenças):

-Retardo mental leve F70

-Retardo mental moderado F71

-Retardo mental grave F72

-Retardo mental profundo F73

-Outro retardo mental F78

-Retardo mental não especificado F79

-Variação normal de inteligência (VNI)

O diagnóstico só poderá ser dado pelo médico neurologista

ou psiquiatra.

Page 9: Deficiência Intelectual na Escola

CONDUTA MÉDICA

O médico deverá fazer uma anamnese e exame neurológico

completos com um exame de imagem como tomografia computadorizada

de encéfalo ou RMN de encéfalo para avaliar a possibilidade de

malformações cerebrais ou lesões cerebrais por infecções, anóxia etc...

avaliação oftalmológica e audiológica.

Lembrar que déficits auditivos e visuais podem apresentar

sintomas clínicos que lembram quadros de deficiência mental e devem

sempre fazer parte da investigação inicial dos pacientes com atraso ou

suspeita de deficiência mental

Page 10: Deficiência Intelectual na Escola

CONDUTA MÉDICA

Solicitar exames metabólicos como :

-Hemograma completo

-Eletrólitos (Na,K,Mg,Ca,CI)

-Glicemia de jejum

-Provas hepáticas e renais

-Provas reumatológicas

-Erros inatos do metabolismo

-Provas tireoidianas e paratireoidianas

-Fenilcetonúria

O diagnóstico de deficiência intelectual é fundamentado através

de avaliação psicológica (testes psicológicos) e da avaliação do

desempenho e rendimento do paciente ou seja , como o paciente funciona

no dia a dia.

Page 11: Deficiência Intelectual na Escola

AVALIAÇÃO DA GENÉTICA MÉDICA

(mapeamento genético)

Lembrar que a maioria das síndromes são acompanhadas de

deficiência mental (por exemplo: Síndrome do X frágil, Down, Klinefelter

entre outras.

A importância de fazer uma investigação para diagnosticar o

paciente com atraso ou deficiência mental é fundamental, pois apenas

através de um diagnóstico definido podemos ter uma conduta terapêutica.

Condições que podem levar a um quadro de Deficiência Intelectual

ou ADNM:

Page 12: Deficiência Intelectual na Escola

ERROS INATOS DO METABOLISMO

Grupo de doenças geneticamente determinadas, decorrentes da deficiência

de alguma via metabólica envolvida na síntese, transporte ou degradação de

alguma substância.

Fenilcetonúria: o mais conhecido dos erros inatos.Ocorre acúmulo de

fenilalanina no sangue e seu tratamento é dietário.

Sem tratamento pode ocorrer atraso no DNPM, DI e até traços autísticos.

Page 13: Deficiência Intelectual na Escola

A fenilcetonúria (PKU) é uma doença rara na qual o bebê nasce sem a

habilidade de quebrar adequadamente um aminoácido chamado

fenilalanina.

Causas

A fenilcetonúria é hereditária, isto é, passa de pais para filhos. O pai e a

mãe devem passar o gene defeituoso para que o bebê tenha essa doença.

Isso é conhecido como traço recessivo autossômico.

Os bebês com PKU não possuem uma enzima chamada fenilalanina

hidroxilase, necessária para quebrar um aminoácido essencial denominado

fenilalanina. Essa substância é encontrada em alimentos que contêm

proteínas.

Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias

associadas a ela crescem no organismo. Tais substâncias são prejudiciais

ao sistema nervoso central e causam dano cerebral.

Page 14: Deficiência Intelectual na Escola

AUTISMO

Os sintomas autísticos se caracterizam principalmente por:

-Estereotipias (balançar o corpo ou as mãos, girar objetos,etc..)

-Ecolalia (repetir geralmente a última palavra falada pelo entrevistador)

-Não falar ou falar pouco (ou emitir vocalizações)

-Isolamento (ficar restrito ao quarto ou sempre no mesmo lugar da

casa

-Não gostar de contato físico (abraços, toques)

-Não gostar da mudança de rotina (sentar no mesmo lugar,comer os

mesmos alimentos, fazer o mesmo caminho de ida e volta, às vezes

acompanhados de rituais, toques e tiques)

Page 15: Deficiência Intelectual na Escola

Como diagnosticar o autismo?

Diagnóstico

Para o diagnóstico do autismo, deverá ser utilizado um amplo

protocolo de avaliações de preferência multidisciplinares (neurologista,

pediatra, psicóloga, fonoaudióloga dentre outros), bem como a

realização de exames não para a detecção do autismo, mas para

identificação de outros quadros que com frequência se associam ao

autismo. É comum para este fim a realização de avaliação auditiva,

análise bioquímica para erros inatos do metabolismo, exames de

cariótipo, eletroencefalograma, ressonância magnética de crânio, além

de outros.

Page 16: Deficiência Intelectual na Escola

DEFICIÊNCIA MENTAL DE CAUSA HORMONAL

Hipotireoidismo congênito “cretinismo” O Cretinismo é uma deficiência mental provocada por Hipotireoidismo congênito..

Durante o desenvolvimento do recém-nascido a

ausência da tiroxina, um dos hormônios da tireóide,

impede o amadurecimento cerebral normal

Page 17: Deficiência Intelectual na Escola

PARALISIA CEREBRAL

Definição: encefalopatia crônica não

progressiva é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro.

Sequela de uma agressão encefálica,que se caracteriza

primordialmente por um transtorno persistente,porém não invariável, do

tônus, da postura e do movimento, que surge na primeira infância e que

não é somente secundária a esta lesão não evolutiva do encéfalo, mas se

deve também à influência que a referida lesão exerce sobre a maturação

neurológica.

O fator causador pode ter ocorrido antes, durante ou após o parto.

Page 18: Deficiência Intelectual na Escola

O termo paralisia cerebral (PC) é usado para definir qualquer desordem caracterizada por alteração do movimento secundária a uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento. O cérebro comanda as funções do corpo. Cada área do cérebro é responsável por uma determinada função, como os movimentos dos braços e das pernas, a visão, a audição e a inteligência.

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SÍNDROME DE DOWN

A mais conhecida das síndromes causadoras de DI,

antigamente conhecida por mongolismo (pelo aspecto facial).

Consequência da trissomia do cromossomo 21, tem

grande correlação com a idade materna, fato que ocorrerá também

na Síndrome de Klinefelter.

O grau de comprometimento intelectual é variável.

Page 20: Deficiência Intelectual na Escola

SÍNDROME DE PRADER-WILLI Citadas em conjunto por que são decorrentes de deficiência do

cromossomo 15 (sendo que respectivamente da hereditariedade

paterna e materna)

Prader-Willi:hipotonia neonatal, DI leve a moderado, baixa

estatura, hipogonadismo, chama atenção a polofagia (diabetes) e

consequente associação com obesidade.

SÍNDROME DE ANGELMAN

Angelman: Também conhecida como “Síndrome da marionete feliz”,

ocorre quadro de sinais e sintomas extra-piramidais (movimentos

abruptos, marcha irregular, parte superior do braço inflexível0, DI

severo,não há linguagem falada normal, paroxismos de risos

inapropriados, hiperatividade e por vezes acessos de agitação

(surtos).

Page 21: Deficiência Intelectual na Escola

A deficiência dos hormônios sexuais pode resultar em um desenvolvimento

defeituoso das características sexuais primárias ou secundárias, pouco

desenvolvimento das genitálias, ou efeitos de retirada (por exemplo,

menopausa prematura) em adultos. O desenvolvimento defeituoso das

gônadas resulta em infertilidade.

O termo hipogonadismo é geralmente aplicado para os defeitos

permanentes, ao invés dos temporários ou reversíveis, e geralmente implica

deficiência dos hormônios reprodutivos, com ou sem defeitos de fertilidade.

O termo é menos usado para infertilidade sem deficiência hormonal

Hipotonia é uma condição na qual o tônus muscular está anormalmente

baixo, geralmente envolvendo redução da força muscular.

SÍNDROME DE PRADER-WILLI

Page 22: Deficiência Intelectual na Escola

SÍNDROME DO TRIPLO X

• Também conhecida como Síndrome de Jacob.

• Acomete apenas mulheres, o cariótipo é 47 XXX;

• A hereditariedade pode ser materna ou paterna, as características

físicas são aparentemente normais, porém ocorre DI leve.

• Diferente de algumas outras síndromes, as portadoras podem ser

férteis.

Page 23: Deficiência Intelectual na Escola

SÍNDROME DO X FRÁGIL

É a causa de origem hereditária mais comum para DI, em graus que

vão de dificuldades de aprendizado, déficit de atenção a DI profundo.

A transmissão por linhagem materna é mais comum. Todas as mães

de indivíduos portadores da doença (que causa mutação do braço longo do

cromossomo X) são portadoras do gene alterado, o que traz alto risco de

outros filhos com a síndrome. O aconselhamento genético é muito importante.

A síndrome afeta ambos os sexos, mas é mais frequente em homens

, além do que neles as manifestações são mais graves.

Tendem a ser instáveis, demoram a falar, fazem pouco contato

visual, por vezes com tiques, estereotipias, retraídos socialmente, podem

haver traços autísticos.

Page 24: Deficiência Intelectual na Escola

SÍNDROME DE KLINEFELTER

• Restrita apenas a homens

• O cariótipo é 47 XXY. O cromossomo adicional em 50% dos casos é

de origem materna (como já dito há influência da idade) .

• Tem hipogonadismo, níveis baixos de testosterona, aspecto físico

(pêlos, gordura corporal, proporções) mais feminilizado.

• O diagnóstico é difícil antes da puberdade. Costumam ter baixo

índice de fertilidade.

• O quadro é de DI leve ou déficit de aprendizagem.

Page 25: Deficiência Intelectual na Escola

Síndrome da marionete feliz

Hipogonadismo e associação c/ obesidade

X frágil + autismo Klinefelter

Down

Page 26: Deficiência Intelectual na Escola

FUNCIONALIDADE DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

O paciente após receber o diagnóstico médico definido, pode ser

avaliado por outras especialidades terapêuticas e inclusive pelo pedagogo

que sabendo das dificuldades do paciente poderá fazer uma estratégia de

como melhor abordar cada caso em particular.

O profissional poderá comparar o desenvolvimento do paciente

através do tempo de tratamento ou abordagem pedagógica, uma vez que

possui uma avaliação antes de iniciar o processo de ensino ou tratamento.

Page 27: Deficiência Intelectual na Escola

TRATAMENTO

A abordagem adequada é multiprofissional

-Psicologia

-Psicopedagogia

-Terapia Ocupacional

-Fonoaudiologia

-Fisioterapia

-Neurologia

-Psiquiatria

-Fisiatria

-Ensino com especificações de deficientes auditivos

e visuais

-Equoterapia

-Etc..

Atendimento é oferecido no CAPS

Page 28: Deficiência Intelectual na Escola

PROGNÓSTICO

Podemos afirmar com certeza que na grande maioria dos casos,

os pacientes sempre terão melhora dos seus quadros, uma vez que

tenham um diagnóstico e sejam abordados de forma correta.

Observamos pacientes que receberam diagnóstico de ADNM e

após a correção de fatores como dificuldade visual, auditiva ou causas

metabólicas ou hormonais, passaram a apresentar desempenho dentro

da normalidade

Page 29: Deficiência Intelectual na Escola

SÍNDROME DE MOEBIUS

Síndrome neurológica rara, decorrente do desenvolvimento

anormal dos pares cranianos.

A característica principal é perda parcial ou total dos

movimentos da face, comprometendo expressões faciais, movimentos

oculares.

A associação com DI é frequente, e também podem acontecer

alterações dentárias, fraqueza muscular na parte superior do corpo e

malformações de extremidades (por exemplo sindactilia).

Ainda não há causa definida, mas há uma relação evidente com o uso

do misoprostol (CYTOTEC)

(Sindactilia é uma anormalidade embriológica que

resulta na visível união entre dois ou mais dedos das

mãos ou dos pés.)

Page 30: Deficiência Intelectual na Escola

Como lidar com alunos com deficiência intelectual na

escola?

As limitações impostas pela deficiência dependem muito do

desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus aprendizados,

variando bastante de uma criança para outra.

Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades para que a

criança interprete conteúdos abstratos. Isso exige estratégias diferenciadas

por parte do professor, que diversifica os modos de exposição nas aulas,

relacionando os conteúdos curriculares a situações do cotidiano, e mostra

exemplos concretos para ilustrar ideias mais complexas.

O professor é capaz de identificar rapidamente o que o aluno não é

capaz de fazer. O melhor caminho para se trabalhar, no entanto, é identificar

as competências e habilidades que o aluno tem.

Propor atividades paralelas com conteúdos mais simples ou

diferentes, não caracteriza uma situação de inclusão.

Page 31: Deficiência Intelectual na Escola

É preciso redimensionar o conteúdo com relação ás formas de

exposição, flexibilizar o tempo para a realização das atividades e usar

estratégias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala – o que

também contribui para a integração e para a socialização do aluno.

Em sala, também é importante a mediação do adulto no que diz

respeito à organização da rotina. Falar para o aluno com deficiência

intelectual, previamente, o que será necessário para realizar determinada

tarefa e quais etapas devem ser seguidas é fundamental.

Page 32: Deficiência Intelectual na Escola

O aluno com deficiência intelectual: podemos falar em regularidades

quanto ao processo de aprendizagem? Sim, mas...........

É preciso considerar que...

•O aluno é um sujeito epistêmico (sujeito do conhecimento )

•O aluno é uma pessoa contextualizada

•O aluno atribui significado ao meio físico e social

•O aluno incorpora elementos de sua cultura

Page 33: Deficiência Intelectual na Escola

Motivação

Os fatores motivacionais afetam o desempenho de alunos com

Deficiência Intelectual. Dentre esses fatores se destacam a qualidade das

relações sociais, as interações sociais negativas, a expectativa de fracasso, a

dependência dos outros e a baixa autoestima.

No plano pedagógico:

1- Reconhecer o esforço do aluno;

2- Acompanhar o aluno em seu percurso de resolução de problema quando

ele apresenta dificuldade, mas jamais fazer a tarefa em seu lugar;

3- Propor ao aluno problemas compatíveis com o seu nível de

desenvolvimento (zona de desenvolvimento proximal);

Page 34: Deficiência Intelectual na Escola

Atenção

Na deficiência intelectual o sujeito possui déficit de atenção, sente

dificuldade em orientar sua atenção para aquilo que realmente interessa,

comprometendo o desenvolvimento do aluno:

No ritmo de aprendizagem;

Na resolução de problemas;

Na transferência de informações no interior de um procedimento No plano pedagógico, é fundamental:

1- Dar orientações breves e precisas aos alunos;

2- Solicitar ao aluno que explore sistematicamente e descreva o material

sobre o qual ele deve trabalhar; 3- Explicar para o aluno exatamente o que está sendo solicitado dele

(compreensão do problema);

4- propor atividades de aprendizagem significativas e de interesse do

aluno;

5- orientar o aluno a verificar suas respostas.

Page 35: Deficiência Intelectual na Escola

Memória

Os sujeitos com deficiência intelectual possuem dificuldades no

processo da memória. Suas causas podem ser tanto de natureza estrutural

como na ausência de utilização de estratégias cognitivas de reagrupamento

ou de repetição interna que dificulta o processamento da memória a curto

prazo.

O déficit na memória de curto prazo pode causar dificuldades

nas situações de aprendizagem. Assim como nessa memória, a de longo

prazo também apela para as estratégias cognitivas de codificação e de

recuperação de informação.

Page 36: Deficiência Intelectual na Escola

No plano pedagógico:

1- Solicitar que o aluno formule com suas próprias palavras a demanda do

professor ;

2- Perguntar ao aluno se ele já realizou aprendizagens ou problemas

semelhantes;

3- interrogar frequentemente o aluno sobre as orientações para a realização

da tarefa; 4- Solicitar ao aluno que verifique se ele respeitou as orientações para a

realização da tarefa;

5- Pedir ao aluno que organize as informações, reagrupando-as de maneira

que possibilite a conservação da informação;

6- Ajudar ao aluno a dar sentido ao seu percurso

Page 37: Deficiência Intelectual na Escola

TRANSFERÊNCIA

No plano pedagógico:

1- Estabelecer relações com a família de maneira que as aprendizagens feitas

na escola possam ser aplicadas também em situações da vida cotidiana e vice

versa;

2- Planejar com o aluno a aplicação de seus novos saberes e saber fazer em

diferentes contextos.

Os sujeitos que apresentam deficiência intelectual sentem dificuldade na

transferência de conhecimentos de uma situação a outra.

Page 38: Deficiência Intelectual na Escola

Metacognição

Na deficiência intelectual existe uma fragilidade metacognitiva. A

passividade no plano intelectual pode ser resultado dessa fragilidade. Assim,

dificuldades em definir com clareza a natureza do problema a resolver,

estabelecer relações com outros problemas semelhantes, selecionar

estratégias úteis para solucioná-los são comuns em pessoas com deficiência

intelectual.

As pessoas com deficiência intelectual não solicitam

espontaneamente as estratégias metacognitivas tais como:

• Antecipar a natureza e as implicações do problema;

• Comparar e selecionar as estratégias de execução pertinentes; significa

“pensar sobre o próprio pensamento”.

Page 39: Deficiência Intelectual na Escola

O que considerar então na prática pedagógica?

1. Desenvolvimento de habilidades/recursos que estão em conexão com o

ensino voltado para as diferenças.

2. Análise dos objetivos que estão sendo perseguidos com relação ao

ensino voltado para as diferenças.

3. Identificação das principais estratégias de ensino que desenvolve em sala

de aula.

4. Compreensão das estratégias utilizadas. 5. Reflexão sobre a eficácia das estratégias e atividades no atendimento às

diferenças.

6. Reflexão sobre a leitura que faz da dinâmica dos seus alunos desde que

estão sujeitos a esse contexto de ensino.

Page 40: Deficiência Intelectual na Escola

AS AULAS DEVEM...

Partir de um planejamento que envolva a organização da rotina, o clima

social da aula, as estratégias e os recursos pedagógicos.

Ajudar os alunos a atribuir significado pessoal à aprendizagem.

Explorar as ideias prévias antes de iniciar nova aprendizagem.

Adotar uma variedade de estratégias e possibilidades de escolha.

Utilizar estratégias de aprendizagem cooperativa.

Dar oportunidade para que os alunos pratiquem e apliquem com autonomia

o que foi aprendido.

Preparar e organizar os materiais e recursos de aprendizagem.

Monitorar permanentemente o processo de aprendizagem dos alunos para

ajustar o ensino.

Page 41: Deficiência Intelectual na Escola

COMO SUPERAR ESSES DESAFIOS?

•Pautar-se pelas potencialidades dos alunos;

•Implementar atividades cooperativas/colaborativas (Aprendizagem

cooperativa);

•Considerar os diferentes níveis, ritmos e estilos de aprendizagem;

•Rever concepções;

•Romper com o modelo conservador de ensino;

•Oferecer opções de materiais diferenciados para a realização de uma mesma

atividade;

•Fortalecer as Interações entre professor-aluno e dos alunos entre si;

•Estabelecer expectativas positivas.

Page 42: Deficiência Intelectual na Escola

•Planejar e preparar recursos, materiais e estratégias de intervenção;

•Fortalecer os saberes dos professores (curriculares, experienciais...);

•Pautar-se pela colaboração entre os profissionais da escola;

•Instaurar a reflexão pelo professor sobre a prática que realiza;

•Realizar trabalho simultâneo, cooperativo e participativo;

•Considerar as necessidades do educando e as propostas

educacionais a serem propiciadas.

•Planejar atividades para uma turma levando em conta a presença de

alunos com deficiências e contemplá-los na programação;

Page 43: Deficiência Intelectual na Escola

Concluindo...

O ENSINO COM ATENÇÃO AS DIFERENÇAS DEVE...

Organizar as interações e as atividades, de modo que cada aluno seja

confrontado constantemente, ou ao menos com bastante frequência,

com as situações didáticas mais fecundas para ele.

Possibilitar o acesso a uma cultura de base comum através de uma

diferenciação no interior de situações didáticas abertas e variadas

levando cada aluno a se confrontar com aquilo que é do seu interesse

ou que é obstáculo na construção do conhecimento. Utilizar diversas estratégias didáticas, de forma que sejam respeitadas

e atendidas as características individuais dos alunos.

Desenvolver diferentes atividades ao mesmo tempo na sala de aula, o

que implica numa organização apropriada da classe bem como na

possibilidade de cooperação estreita entre os professores no

planejamento.

Page 44: Deficiência Intelectual na Escola

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:

EMIR MACEDO..................................................................... 2 SALAS

JANDYRA VIEIRA DA CUNHA BARRA............................... 2 SALAS

JOCELYN PONTES GESTAL............................................... 2 SALAS

MISSIONÁRIO MANOEL DE MELLO.................................. 2 SALAS

MARIA DE LOURDES ROSÁRIO NEGREIROS................... 2 SALAS

MARIA DE LOURDES NOGUEIRA ALBERGARIA.............. 2 SALAS

MENOTTI DEL PICCHIA....................................................... 2 SALAS

OCTÁVIO MARCONDES FERRAZ.......................................2 SALAS

SÃO JOÃO EVANGELISTA................................................... 1 SALA

DEFICIÊNCIA VISUAL:

ORESTES ROSOLIA............................................................. 2 SALAS

DEFICIÊNCIA AUDITIVA:

SÃO JOÃO EVANGELISTA................................................... 2 SALAS

AUTISMO:

BERNARDO RODRIGUES NOGUEIRA................................. 2 SALAS

AUGUSTO BAILLOT............................................................... 2 SALAS

SALAS DE RECURSO – LESTE 4

Page 45: Deficiência Intelectual na Escola

IMPORTÂNCIA DO

REGISTRO

Page 46: Deficiência Intelectual na Escola

VOCÊ PENSA VOCÊ ESCREVE

O aluno não sabe O aluno não adquiriu os conceitos, está em fase de aprendizado

Não tem limites Apresenta dificuldades de auto-regulação, pois...

É nervoso Ainda não desenvolveu habilidades para o convívio no ambiente

escolar, pois...

Tem o costume de

roubar

Apresenta dificuldades de autocontrole quando...

É agressivo Demonstra agressividade em situações de conflito; usa de meios

físicos para alcançar o que deseja.

É bagunceiro,

relaxado, porco

Ainda não desenvolveu hábitos próprios de higiene e de cuidados

com seus pertences.

Não sabe nada Aprendeu algumas noções, mais necessita desenvolver...

É largado da família Apresenta ser desassistido pela família, pois...

É desobediente Costuma não aceitar e compreender as solicitações dos adultos;

tem dificuldades em cumprir regras...

Page 47: Deficiência Intelectual na Escola

É apático,

distraído

Ainda não demonstra interesse em participar das

atividades propostas; muitas vezes parece se desligar

da realidade, envolvido em seus pensamentos.

É mentiroso Costuma utilizar inverdade para justificar seus atos ou

relatar as atitudes dos colegas.

É fofoqueiro Costuma se preocupar com os hábitos e atitudes dos

colegas.

É chiclete É muito afetuoso; demonstra constantemente seu

carinho.

É sonso e

dissimulado

Em situações de conflito coloca-se como espectador,

mesmo quando está clara a sua participação.

Page 48: Deficiência Intelectual na Escola

É preguiçoso Não realiza as tarefas, aparentando desânimo e cansaço,

porém logo parte para brincadeiras e outras atividades.

É mimado Aparenta desejar atenções diferenciadas para si, solicitando

que sejam feitas todas as suas vontades.

É deprimido,

isolado,

antissocial

Evita o contato e o diálogo com os colegas e professores

preferindo permanecer sozinho;

Ainda não desenvolveu hábitos e atitudes próprias do convívio

social.

É tagarela Costuma falar mais do que o necessário, não respeitando os

momentos em que o grupo necessita de silêncio.

Tem a boca suja Utiliza-se de palavras pouco cordiais para repelir ou afrontar.

Page 49: Deficiência Intelectual na Escola

Possui distúrbio de

comportamento

Apresenta comportamento pouco comum para sua idade

o que desfavorece o seu convívio no grupo, tais como...

É egoísta Ainda não sabe dividir o espaço e os materiais de forma

coletiva.

Coloque sempre as intervenções feitas para as ações

apresentadas, isto ressalta o trabalho do educador em sala

de aula.

Page 50: Deficiência Intelectual na Escola

OBRIGADA.

Regina Leôncio PCNP Educação Especial – DE Leste 4