2. O Epicurismo foi criado pelo filosofo grego Epicuro de
Samos, que viveu em Atenas na Grcia Antiga, no sculo (IV a.C.), que
foi o "Profeta do Prazer e da amizade". A filosofia epicurista foi
publicada por seus seguidores, que dentre deles destacado Lucrcio,
poeta latino (98-55 a.C.). A base do epicurismo se baseia nos
prazeres moderados, fazendo com que a pessoa encontre um estado de
tranquilidade se libertando do medo que conhea o mundo mas com
limitaes dos desejos, mas sem que isso possa prejudicar seu modo de
vida. Se os desejos forem estremos sero causa de perturbaes como
fobias, medo e ansiedade. Para Epicuro essencial manter a sade do
corpo e a serenidade da mente para poder encontrar a
felicidade.
3. Uma pessoa que segue o sistema filosfico criado por Epicuro
precisa saber que o sentido de vida a procura do prazer em cada
ato, em cada ao humana que a vida proporciona. E as angustias,
medos em relao ao futuro, a morte, s intempries no devem
interferir. O dia so para ser vividos sem se preocupar com o
destino, o conselho maior de Epicuro sempre foi a prudncia. Atravs
da prudncia pode- se reconhecer os amigos e pode-se viver de
maneira agradvel, tendo justia nas atitudes e pensamentos sadios,
vivendo de forma prazerosa sem ofender ningum. Epicuro estabelece
que o homem virtuoso sempre pode ser feliz, garantindo a sensao que
os prazeres lhe proporcionam sem exageros.
4. O estoicismo tira seu nome do poltico (stoa), local de
Atenas em que se reuniam seus adeptos. Diferente do epicurismo, o
estoicismo no est ligado a uma autoridade incontestvel de um
fundador. A doutrina estoica se constituiu progressivamente em trs
chefes da escola: Zeno de Cicio, Cleanto de Assos e Crisipo. O
estoicismo mdio representado pelo Pencio (180- 110) e possidnio
(135-51), que tiveram grande mrito histrico de introduzir o
estoicismo em Roma sob o imprio e est ligado a trs grandes nome:
Sneca (0-65 d.C.), Epiteto, um escravo, (50-125 d.C.) e o imperador
Marco Aurlio (121-180). A filosofia estoica a primeira da histria a
considerar se sistemtica. A palavra sistema designava em grego a
constituio de um organismo ou de uma cidade e foram os estoicos que
aplicaram na filosofia, querendo significar que a sabedoria um
todo.
5. Para o estoico, preciso estar em consonncia com a natureza
para tingir a sabedoria. O nico bem que existe a retido da vontade
e o nico mal, o vcio. O que no nem virtude nem vicio indiferente.
Assim, a doena, a morte, a pobreza, a escravido, por exemplo, no so
males, so indiferentes por que os males , por definio feliz, mesmo
no sofrimento. O mau sempre infeliz, uma vez que aflige a si
prprio, pelo seu vcio. A experincia estoica consiste na tomada da
conscincia da situao trgica do homem condicionado pelo destino.
Segundo o estoicismo, h uma oposio radical entre o que depende de
ns e pode ser bom ou mau, por que objeto de nossa deciso, e o que
no depende de ns, mas de causas exteriores, do destino, e
indiferentes. Isso significa que: a conformao ao destino que esta
nossa liberdade e onde se pode exercer a escolha moral;
6. Na vontade de fazer o bem que se encontra a nossa liberdade,
a independncia, a invulnerabilidade estoico, a coerncia consigo
mesmo; No h diferena entre viver segundo a razo e o segundo o
destino, pois a mesma coisa no pode ser universal e constantemente
agradar se no o que normalmente direito. A frase de epiteto no
deseja que o que acontece acontea como queres, mas queiras o que
acontea como acontece e sers feliz. Isso significa que: No quer
dizer que h um inconformismo indiferente, uma v que tudo
indeterminado pelo destino; No quer dizer que o estoico indiferente
por que no se pode saber se uma coisa boa ou m;
7. Doutrina fundada pelo filsofo Pirro de lida (375-275 a.C.),
verdadeiro fundador do ceticismo, suas ideias so voltadas para o
lado prtico, material, cotidiano da vida e pode ser resumido assim:
No se deve ter nenhum julgamento sobre coisa alguma. Nada se deve
afirmar ou negar, pois o intelecto humano incapaz de chegar
verdade, essa proposio conhecida por Dvida Universal. Tudo que
julgamos ser a verdade no passa de simples conveno ou acordo, ou
apenas hbito. Sculos depois o filsofo Hume retomou a tese por
desacreditar da Lei da Causalidade (causa e efeito), pois para ele
nada garantia que o mesmo Efeito de uma Causa ocorra como antes. O
que se tem o hbito de observar que um efeito acontece por uma
causa, mas nada assegura que se repetir.
8. Devemos sempre distinguir os Fenmenos (os sentidos) dos e as
Causas incognoscveis, devemos nos contentar apenas em saber o que
acessvel aos cinco sentidos e esquecer o restante. Para Pirro
quando o humano consegue focalizar seus esforos apenas naquilo que
consegue compreender, se abstendo de julgamentos, chegar ao estado
de Indiferena, assim, encontrando a Paz de Esprito.
9. O Cinismo foi uma escola filosfica grega no pode ser
constituda por uma doutrina sistemtica, mas pela opo de modo de
vida que se manifestava contra as transformaes ocorridas na Grcia,
no perodo do domnio macednico - criada por Antstenes, seguidor de
Scrates, porm, foi Digenes de Snope, que a tornou mais conhecia,
por volta do ano 400 a.C.. Estes filsofos menosprezavam os aspectos
sociais, defendiam o desapego de bens materiais e a existncia nmade
que levavam, bem como rejeitavam aquilo que os homens em geral
consideram indispensvel: as regras, a vida em sociedade, a
propriedade, o governo, a poltica, etc. A origem da palavra cinismo
derivada da palavra grega kynos, que significa cachorro, ou
kynicos, significando como um co. O qual, a vida destes animais,
servia de referncia a estes filsofos, assim sendo pregada pelos
cnicos.
10. Hoje, o termo cinismo se refere queles desprovidos de
vergonha ou de qualquer sentimento de generosidade em relao dor do
outro. Porm eles desejavam se desprender de todo o tipo de
preocupao, inclusive com o sentimento alheio. Scrates j expressava
a sua rejeio pelos bens materiais em demasia, dos quais a
humanidade dependia para sobreviver. Ele tinha como alvo a
felicidade plena, uma vez que os bens materiais no eram necessrios
para ser feliz, pois ela estava conectada aos estados da alma, no a
objetos externos. Posteriormente os cnicos passaram a pregar
justamente esta forma de viver, na prtica diria. O nome de Digenes,
seu principal defensor, tornou-se praticamente sinnimo desta
Escola.
11. Os dualistas compreendem a existncia como uma oposio entre
formas distintas, ou seja entre o bem e o mal, o consciente, luz e
trevas, matria e espirito, alma e corpo, entre outras, as quais no
podem ser reduzidas umas s outras. Ren descartes, porm, ardoroso
defensor desta ideia, no confia no conhecimento revelado atravs dos
sentidos. Para este filosofo h no mundo duas substancias res
cogitans ou res extensa. Da primeira esfera se destaca o universo
do pensamento, da reflexo, da atividade intelectual e da liberdade
de agir; da segunda partiria o plano da extenso, de tudo que est
determinado de alguma forma, e da atitude passiva. Para descartes,
em uma viso que depende ao pantesmo, apenas em deus estas as
substancias poderiam se fundir e constituir um todo, pois da
divindade que elas teriam se originado. Mas ele no consegue
explicar como algo finito pode ter como fonte um ser infinito.
12. O mtodo cientfico refere-se a um aglomerado de regras
bsicas de como deve ser o procedimento a fim de produzir
conhecimento cientfico, quer um novo conhecimento, quer uma correo
(evoluo) ou um aumento na rea de incidncia de conhecimentos
anteriormente existentes. Na maioria das disciplinas cientficas
consiste em juntar evidncias empricas verificveis, baseadas na
observao sistemtica e controlada, geralmente resultantes de
experincias ou pesquisa de campo - e analis-las com o uso da lgica.
Para muitos autores o mtodo cientfico nada mais do que a lgica
aplicada cincia.
13. Metodologia cientfica literalmente refere-se ao estudo dos
pormenores dos mtodos empregados em cada rea cientfica especfica, e
em essncia dos passos comuns a todos estes mtodos, ou seja, do
mtodo da cincia em sua forma geral, que se supe universal. Embora
procedimentos variem de uma rea da cincia para outra, diferenciadas
por seus distintos objetos de estudo, consegue-se determinar certos
elementos que diferenciam o mtodo cientfico de outros mtodos
encontrados em reas no cientficas, a citarem-se os presentes na
filosofia, na matemtica e mesmo nas religies.
14. Os sofistas sistematizaram e transmitiram uma srie de
conhecimentos estudas at os dias de hoje, dominavam tcnicas
avanadas de discurso e atraiam muitos aprendizes. Eles no ensinavam
em um determinado local, eram conferencistas itinerantes, viajando
constantemente. Os sofistas ensinavam por meio de uma designao
geral de filosofia que compreendia uma srie de conhecimentos no
abordados pela escola regular, como: fsica, geometria, medicina,
astronomia, retrica, artes e a filosofia em si.
15. Os sofistas se preocupavam em manejar minuciosamente as
tcnicas de discurso, a tal ponto que o interlocutor se convencesse
rapidamente daquilo que estavam discursando. Para eles no
interessava se o que estavam falando era verdadeiro, pois o
essencial era conquistar a adeso do pblico ouvinte. Contrapondo-se
maiutica de Scrates, a retrica dos sofistas no se propunha a levar
o interlocutor a questionar-se sobre a verdade dos fatos, dos
princpios ticos ou dos sentimentos, ao contrrio, a retrica busca
inculcar no ouvinte ideologias que sejam aproveitveis para
manipulao do povo.