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Claudio A. Pinho Evolução do Marco Regulatório Brasileiro 30.Jan.2014 (Turma I) 03.Abr.2014 (Turma II)

Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Aula proferida na Universidade Petrobras sobre Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo.

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Claudio A. Pinho

Evolução do Marco Regulatório Brasileiro

30.Jan.2014 (Turma I) 03.Abr.2014 (Turma II)

Page 2: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Disclaimer - Exclusão de Responsabilidade

Todo o conteúdo constante desta apresentação foi elaborado para fins acadêmicos da pós graduação em Direito Empresarial da Universidade Petrobras/IBMEC. As opiniões emitidas não representam a opinião da

Petrobras ou do IBMEC. Esta apresentação pode conter previsões sobre eventos futuros como previsões que reflitam as análises feitas em palestra ou

sala de aula. Palavras ou expressões tais como, mas sem se limitar a, “acreditar”, “esperar”, “previsão”, “intenção”, “tendência”, “plano”, “projeto”

podem se relacionar a essas previsões. Essas previsões podem envolver riscos ou incertezas não mensuráveis no momento em que foram proferidas. As

expectativas geradas sobre previsões futuras podem ter diferentes resultados para diferentes pessoas. As previsões são apenas para fins acadêmicos e

didáticos, não representando a opinião legal sobre determinada matéria ou assunto, que deve ser sempre consultado e formalizado por meio de contrato

de honorários e para fins específicos. As previsões e análises refletem a opinião pessoal do professor estando expressamente excluídas, todas as instituições acadêmicas ou profissionais das quais o professor participe.

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Programa apresentado

A Lei do Petróleo (Lei nº 9.478, de 06/08/1997). A ANP: estrutura, competência e controles. O Conselho Nacional de Política Energética -

CNPE: atribuições legais. O Contrato de Concessão e seus aspectos principais: as fases de exploração e produção, a individualização (ou

unitização) de poço e outras questões. O novo papel da Petrobras após a Lei do Petróleo: regras especificas aplicáveis à Empresa. Participação

Governamental. Bônus de Assinatura. Royalties. Participação Especial. Aluguel. Novo Marco Regulatório no Brasil: Lei 12.276/10 e Lei 12.351/10. A

convivência de três regimes contratuais (Concessão, Cessão Onerosa e Partilha da Produção) 8 horas

Módulo: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro. Contrato de Concessão Petrolífera.

Campos Marginais. Conteúdo Local.

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Regulamentação legal, aspectos

técnicos e econômicos

Geopolítica

Ciência Política

Ferramentas de desenvolvimento da atividade econômica

Tendências da atividade econômica em face da política econômica adotada

Motivação e implicações na tomada de decisão

de determinada política econômica

Níveis de análise das atividades econômicas

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Regulamentação legal, aspectos

técnicos e econômicos

Geopolítica

Ciência Política Dentro dos objetivos de nossa abordagem observaremos a

regulação e regulamentação legal

dentro de determinada política econômica já estabelecida sem nos

atermos a este ou aquele pensamento dentro da ciência

política

Níveis de análise das atividades econômicas

Page 6: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Atividades Produtivas

Indústria

Serviços

Comércio

Qual é a essência das atividades produtivas??

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Perspectiva Financeira de cada Atividade

Benchmarking no Comércio

O segmento de supermercados sempre foi uma atividade familiar, regida pelos pilares: compras à prazo, venda à vista e manutenção de estoques que proporcionam o ganho de escala

O que faz o Carrefour?

Compra preponderantemente de fornecedores que possam entregar nacionalmente aumentando o poder de barganha em grandes quantidades

Os fornecedores entregam just in time evitando assim grandes espaços de armazenamento e centros de distribuição

Vende mercadorias abaixo de custo de aquisição de modo que o ganho financeiro entre a venda e o pagamento gere lucro financeiro

Page 8: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Perspectiva Financeira de cada Atividade

Benchmarking no Comércio

Pense de novo: Estamos falando de uma atividade preponderantemente comercial

ou de uma atividade financeira

impulsionada pelo comércio?

Page 9: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Perspectiva Financeira de cada Atividade

Benchmarking nos Serviços

O que faz a Localiza?

Negocia e compra diretamente das montadoras o veículo parcelado em 12 vezes (financiado direto pelo banco das montadoras)

Consegue autorização do DETRAN (MG e PR) para registrar e emplacar o carro possuindo acesso ao sistema e lacre

Em poucas horas após o veículo sair da linha de montagem ele está emplacado e pronto para a locação de modo a gerar receita

Após 12 meses com o vencimento do financiamento e da garantia o veículo é vendido como semi-novo gerando receita extra

Page 10: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Perspectiva Financeira de cada Atividade

Benchmarking nos Serviços

Pense de novo: Estamos falando de uma atividade preponderantemente de serviços

ou de uma atividade financeira

impulsionada pelos serviços?

Page 11: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Perspectiva Financeira de cada Atividade

Benchmarking na Indústria

A Xerox detém propriedade intelectual que uma tecnologia que permite a reprogramai de documentos

O que faz a Xerox?

Ao invés de vender seu equipamento ela cede o equipamento em operação de leasing de longo prazo

Ela vende com exclusividade os suprimentos para o funcionamento de seus equipamentos

Page 12: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Perspectiva Financeira de cada Atividade

Benchmarking na Indústria

Pense de novo: Estamos falando de uma atividade preponderantemente industrial

ou de uma atividade financeira impulsionada pela indústria?

Page 13: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Perspectiva Financeira de cada Atividade

E a indústria do petróleo?

Estamos falando de uma atividade

preponderantemente financeira (capital intensivo)

impulsionada por alta tecnologia e de alto risco

pelas incertezas na obtenção de uma commodity especial

(petróleo)

Page 14: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Bibliografia sugerida para este módulo

Page 15: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Marco Regulatório (operação, aspectos ambientais)

Contratualização

Tributação

Conhecimento geológico

Infraestrutura de operação e de escoamento

Mitigação de risco e "compliance"

Financiamento

Análise de uma oportunidade

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Contratualização no Mundo do Petróleo

O que é o contrato sob o aspecto jurídico??

“O Contrato é uma espécie de negócio jurídico que se distingue, na formação, por exigir a presença pelo menos de duas partes.” Orlando Gomes

O que é o contrato na realidade do cidadão comum??

“Quando o sujeito é bom não precisa de contrato.” !

“Quando o sujeito é ruim não adianta o contrato.” !

“Sempre que precisamos olhar o contrato para confirmar se temos ou não direito no mais das vezes estamos numa situação de negativa do próprio

contrato (não-contrato).”

Page 17: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Contratualização no Mundo do Petróleo

A expressão chave que sintetiza todo o trabalho do planejamento à execução na indústria do petróleo

(bem como em atividades financeiras e de capital intensivo) é Mitigação de Risco

Page 18: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Contratualização no Mundo do Petróleo

Em verdade algo é feito ou não é feito não em virtude de simplesmente ser o mais

eficiente. !

A melhor solução será sempre a que tem o menor risco!!

!

Isso é Mitigação de Risco!

Page 19: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Receita Bruta

Excedente EconômicoCustos

Custos Exploratórios

Custos Totais sob a Ótica do Governo

Renda Petrolífera

Custos de Desenvolvimento

Custos Operacionais

Custos de Abandono

Parcela da Empresa

Parcela do Governo

Custos Totais sob a Ótica da EmpresaRoyalties, Impostos e

Participações Governamentais

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Minimizando Riscos

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Modelos Regulatórios

Concessão Partilha da Produção

Regime de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos no qual o contratado exerce, por sua conta e risco, as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção e, em caso de descoberta comercial, adquire o direito à apropriação do custo em óleo, do volume da produção correspondente aos royalties devidos, bem como de parcela do excedente em óleo, na proporção, condições e prazos estabelecidos em contrato (art. 2º, I da Lei nº 12.351/10)

Regime de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos no qual o cessionário exerce a atividade, por sua conta e risco, pagando as participações governamentais e impostos sobre o petróleo efetivamente explorado (petróleo desenterrado ou na boca do poço).

Nesse regime jurídico o governo (cedente) não fica com a propriedade do petróleo recebendo apenas o que cobra em face da descoberta.

A propriedade d

o

petróleo

é a gr

ande

diferença

Page 22: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Produção

Excedente em ÓleoCusto em Óleo Royalty

Parcela do Contratante (PC)

Total do Contratante

Participação Governamental

PC depois dos impostos

Tributação sobre PC

Total do Governo

Esquema do Contrato de Partilha da Produção

Page 23: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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NOC IOC

custos

60% 40%

National Oil Company International Oil Company

Empresa nacional Operador

Contrato de Partilha da Produção (simplificado)

Page 24: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Quanto ao Marco Regulatório Brasileiro

1a. Parte (1953/1997) Da criação da Petrobras até a Lei do Petróleo

(Lei nº 9.478/97)

2a. Parte (1997/2010) O período do contrato de concessão

3a. Parte (a partir de 2010) Novos regimes

Exclusivamente para os fins didáticos deste módulo dividiremos a regulação em três partes

Page 25: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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A Constituição de 1988 e a abertura do mercado

A maioria dos problemas gerados com a abertura do mercado após a promulgação da Emenda Constitucional nº 9/95 foi que o modelo da atividade de petróleo e gás havia sido idealizado no regime de monopólio e com a

criação de mercado e a multiplicação dos agentes econômicos gerou grandes distorções

As correções das distorções foram imaginadas pontualmente sem uma revisão sistêmica da base

constitucional do setor do petróleo e gás sem resolver problemas que perduram até hoje

Page 26: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. PinhoClaudio A. Pinho

Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)

CNPE - Conselho Nacional de Política EnergéticaArt. 2° Fica criado o Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, vinculado à Presidência da República e presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, com a atribuição de propor ao Presidente da República políticas nacionais e medidas específicas destinadas a:

I - promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do País;

II - assegurar o suprimento de insumos energéticos às áreas mais remotas ou de difícil acesso do País;

III - rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do País, considerando as fontes convencionais e alternativas e as tecnologias disponíveis;

IV - estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do carvão, da energia termonuclear, dos biocombustíveis, da energia solar, da energia eólica e da energia proveniente de outras fontes alternativas;        

V - estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de consumo interno de petróleo e seus derivados, biocombustíveis, gás natural e condensado, e assegurar o adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis;

Page 27: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)

CNPE - Conselho Nacional de Política Energética

VI - sugerir a adoção de medidas necessárias para garantir o atendimento à demanda nacional de energia elétrica, considerando o planejamento de longo, médio e curto prazos, podendo indicar empreendimentos que devam ter prioridade de licitação e implantação, tendo em vista seu caráter estratégico e de interesse público, de forma que tais projetos venham assegurar a otimização do binômio modicidade tarifária e confiabilidade do Sistema Elétrico;

VII - estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externos;

VIII - definir os blocos a serem objeto de concessão ou partilha de produção;

IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de gás natural, de outros hidrocarbonetos fluidos e de biocombustíveis, bem como da sua cadeia de suprimento; 

X - induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem observados em licitações e contratos de concessão e de partilha de produção, observado o disposto no inciso IX;

Page 28: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)

CNPE - Conselho Nacional de Política Energética

Na página eletrônica do Ministério das

Minas e Energia o Plano Nacional de Energia para 2030

é baseado em dados de 2005

Page 29: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)

CNPE - Conselho Nacional de Política Energética

Na página eletrônica da Empresa de

Pesquisa Energética os dados do Plano

Nacional de Energia datam de 2008

Page 30: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)

CNPE - Conselho Nacional de Política Energética

VI - sugerir a adoção de medidas necessárias para garantir o atendimento à demanda nacional de energia elétrica, considerando o planejamento de longo, médio e curto prazos, podendo indicar empreendimentos que devam ter prioridade de licitação e implantação, tendo em vista seu caráter estratégico e de interesse público, de forma que tais projetos venham assegurar a otimização do binômio modicidade tarifária e confiabilidade do Sistema Elétrico;

VII - estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externos;

VIII - definir os blocos a serem objeto de concessão ou partilha de produção;

IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de gás natural, de outros hidrocarbonetos fluidos e de biocombustíveis, bem como da sua cadeia de suprimento; 

X - induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem observados em licitações e contratos de concessão e de partilha de produção, observado o disposto no inciso IX;

Page 31: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

O conjunto regulatório do Pré-Sal

Marco Regulatório do Pré-Sal

O Governo encaminha em regime de urgência quatro

projetos que posteriormente foram consolidades em três:

Criação da PPSA

Capitalização da Petrobras e cessão onerosa do Pré-Sal

Page 32: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

NOC IOC

custos

60% 40%

Contrato de Partilha da Produção

National Oil Company International Oil Company

Empresa nacional Operador

Lei nº 12.351/10

Page 33: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

IOC

custos

60% 40%

PPSA

Contrato de Partilha da Produção

NOC

Lei nº 12.276/10

Page 34: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

IOC

custos

60% 40%

5 bilhõ

es de

barri

sPPSA

30% Petrobras 70% Consórcio

Contrato de Partilha da Produção

Lei nº 12.304/10

Page 35: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2010

- Em Março de 2010 começa a polarização dos royalties

- 30 de Março de 2010: Todas as emendas ambientais são rejeitadas em prol da celeridade

- 20 de Abril de 2010: Acidente com a Deep Horizon no Golfo do México

Page 36: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2010

É retirado o pedido de urgência dos projetos na condição de que fossa a provada a capitalização da Petrobras antes da eleição Presidencial, deixando a

discussão dos royalties para depois da eleição. !

Com a inversão dos projetos é dada outra interpretação à capitalização da Petrobras que dá

possibilidade à criação de um terceiro marco regulatório:

Lei nº 9.478/97 - Lei do Petróleo (ou Lei do Pós-Sal) Lei nº 12.351/10 - Lei do Pré-Sal

Lei nº 12.304/10 - “Lei da Cessão Onerosa”

Page 37: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

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Royalties: O que são?

Basicamente hoje os royalties são uma compensação pela utilização

de recursos naturais

Aprofundaremos que tipo de

compensação mais adiante

Page 38: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Constituição Federal de 1946

Page 39: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

O texto originário da distribuição de royalties veio

descrito no art. 27 da Lei nº 2.004/53, mas não

havia previsão de distribuição dos royalties do

petróleo explorado na Plataforma Continental.

A alíquota originária era de 5%.

Distribuição dos Royalties na Legislação

Page 40: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Constituição Federal de 1967

Page 41: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

O art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.453/85, incluindo o §4º para operações na

Plataforma Continental (alíquota de 5%).

Distribuição dos Royalties na Legislação

1,5% Estados e Territórios confrontantes

1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas

1% Ministério da Marinha

1% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios

Page 42: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

O art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.453/85, incluindo o §4º para operações na

Plataforma Continental (alíquota de 5%).

Distribuição dos Royalties na Legislação

1,5% Estados e Territórios confrontantes

1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas

1% Ministério da Marinha

1% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios

Page 43: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Constituição Federal de 1988

Page 44: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Constituição Federal de 1988

Desde que os royalties foram instituídos a alíquota

sempre foi de 5% (essa era a realidade do legislador

constituinte conhecia)

A parcela dos Estados sempre foi 1,5% dos 5% que

equivalem a 30% do total dos royalties recolhidos

Primeiras premissas:

Page 45: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

O §4º do art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.990/89 para operações na Plataforma

Continental (alíquota de 5%).

Distribuição dos Royalties na Legislação

1,5% Estados e Distrito Federal

0,5% Municípios onde se localizarem as instalações marítimas

1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas

1% Ministério da Marinha

0,5% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios

Page 46: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

O §4º do art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.990/89 para operações na Plataforma

Continental (alíquota de 5%).

Distribuição dos Royalties na Legislação

1,5% Estados e Distrito Federal

0,5% Municípios onde se localizarem as instalações marítimas

1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas

1% Ministério da Marinha

0,5% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios

Page 47: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Emenda Constitucional nº 9/95

Incluiu dois parágrafos no artigo 177 da Constituição

Federal, quebrando o exercício do monopólio que

até então era realizado pela Petrobras, criando os

elementos para criação da agência reguladora e o

início da competição no mercado da exploração do

petróleo e gás natural.

Page 48: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

A principal mudança relativamente aos royalties foi que a alíquota deixa de ser 5% e passa a ser

de 5% a 10%, dependendo da dificuldade exploratória do bloco a ser licitado,

sendo definida no edital.

Lei nº 9.478/97

O art. 48 define que os 5% mínimos são obrigatórios

Os mesmos 5%

históricos

Page 49: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Lei nº 9.478/97

O doutrina passa a classificar os royalties em dois tipos:

!

Royalties compensatórios (os 5% obrigatórios)

!

Royalties sobre o excedente da produção

(entre 5% a 10% )

Page 50: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Distribuição dos Royalties na Legislação

22,5% Estados produtores confrontates

22,5% Municípios produtores confrontantes

15% Ministério da Marinha

7,5% Municípios afetados pelas operações de embarque e desembarque

7,5% Todos os Estado, Territórios e Municípios

25% Ministério da Ciência e Tecnologia

Page 51: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2010

A alíquota do pré-sal fica estabelecida em 10%. !

É aprovada a distribuição igualitária dos royalties (Emenda Ibsen Pinheiro / Pedro Simon)

!

Presidente Lula veta o artigo 64 que alterava não só a distribuição dos royalties para a

Lei do Pré-Sal (Lei nº 12.351/10), bem como para a Lei do Petróleo (Lei nº 9.478/97)

Page 52: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2011

Projeto de Lei nº 2.565/2011 objetiva rediscutir a matéria dos royalties e consolidar

todos os projetos de lei que tramitavam sobre a matéria nas duas casas.

!

Em 18.10.2011 o Senador Vital do Rêgo/PI, apresenta o Relatório que votado e aprovado amplia a repatição

dos royalties não só para os futuras rodadas, mas também para os contratos já licitados.

!

Modifica também a alíquota de 10% para 15% para a Lei do Pré-Sal.

Page 53: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2011

Cria uma tabela progressiva de compensação para os Estados produtores.

Page 54: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2012

Projeto de Lei nº 2.565/2011 volta para a Câmara e sob a Relatoria do Deputado Carlos Zarattini são mantidas as mesmas idéias do

Senado Federal !

O parecer foi proferido em plenário em 06.11.2012, sendo posteriormente convertido na Lei 12.734, de

30 de novembro de 2012.

Page 55: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2012

Através da Mensagem nº 522, de 30 de Novembro de 2012 a Presidenta da República veta alguns

dispositivos que gerariam margem sobre a incidência nos contratos decorrentes de leilões já ocorridos.

Em 3 de dezembro de 2012 foi editada a Medida Provisória nº 592, retirando a integralidade dos

recursos dos royalties para “projetos direcionados ao desenvolvimento da educação”.

Page 56: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Fatos ocorridos em 2013

O veto da Presidência da República é derrubado, sendo que no dia 15.03.2013 são impetradas as seguintes ações diretas de inconstitucionalidade:

4.016 Governador do Estado do Espírito Santo

4.017 Governado do Estado do Rio de Janeiro

4.018Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado

do Rio de Janeiro

4.020 Governador do Estado de São Paulo

Page 57: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Da análise dos fatos

A compensação dos royalties definidos na Constituição não é só de natureza ambiental é de perda financeira pela regra do Sistema Tributário Nacional baseada em três pilares:

Tributação do ICMS no Estado produtor do bem (18%)

Alíquota interestaduais para incentivar o consumo (12% - 6%)

Alíquota interestaduais para reduzir as desigualdades regionais (7% - 11%)

Page 58: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Da análise dos fatos

Em se tratando de determinados bens gerados e geridos sob o regime de monopólio teve que se excepcionar a tributação para totalmente no consumo como é o caso da Energia Elétrica (por conta de Itaipú) e do Petróleo e Gás (por conta da Petrobras).

Criou-se a imunidade tributária das operações interestaduasis [art. 155, §2º, X, b)]

Criou-se a imunidade tributária do art. 155, §3º

Referências nos MS 24.312-1/DF e RE 228.800-5/DF do Supremo Tribunal Federal

Page 59: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Da análise dos fatos

O Supremo Tribunal Federal no MS 24.312/DF já se pronunciou que a receita dos royalties constitui receita originária do Estado, sendo que o fato gerador desta receita se dá com a materialização do contrato de cessão em decorrência do leilão.

Os Estados produtores contestaram não somente o veto derrubado, mas toda a Lei nº12.734/12.

Page 60: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

Conclusões quanto aos Royalties

- A compensação dos Estados produtores, ou que primeiro recebem o bem produzido na plataforma continental ou na ZEE, não é só de natureza ambiental, mas também de recomposição de perda de receita financeira pela excepcionalização do regime tributário da Constituição de 1988

- A higidez do §1º do art. 20 da Constituição Federal só protege a alíquota histórica-obrigatória de 5%, sendo que acima desta alíquota é possível se dar uma interpretação conforme para distribuir da forma que bem entender o legislador.

Page 61: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro do Petróleo

Claudio A. Pinho

- Respeitado o parâmetro da limitação constitucional não há como restringir a distribuição futura dos royalties nas próximas rodadas da ANP.

Conclusões quanto aos Royalties

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