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Extrato de obras do poeta das moreninhas

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Page 1: Extrato de obras do poeta das moreninhas

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POETA DAS MORENINHAS

Sou um eterno poeta apaixonadoJovem trovador ...Astronalfa do céu estreladoMensageiro do amor.

Falo com o ventoEm questões de momentosTransmito o conhecimento,Procuro entender o sentimento.

Nas minhas noites de insôniaTrago a lua pra perto de mim,Conversamos intensivamenteE ela me diz, o amor não tem fim.

Esse infinito amorProcuro passar, E..Sem sequelas de dorSó jeito de amar ...

Por isso muitos me chamam de poetaOutros de eterno sonhador,Profetizando a minha meta.Por este mundo vou sendo mensageiro do senhor.

Levando em mente a inspiração,No peito o amor,Sem ódio e opressãoSendo somente um poeta pacificador.

A paz levarei ao mundo inteiroPisarei todas as linhas,Como jovem ceresteiroPOETA DAS MORENINHAS.

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f'RATERNH)ADE E EDUCAÇÃO

Sou pobre e oprimidoSou muito entre os esquecidos,Vivo na opressãoSem saber e sem educação.

Me ensina a escreverVenha me educarTenho sede do saberQuero também evangelizar.

Sou indefeso, sou criançaVem, me dê as mãosDo mundo sou a esperançaSe me derem educação.

Quero lê...Quero aprender,Quero crescerPara nesse mundo melhor viver.

Anseio a fraternidade,Sonho com a igualdadeQuero ser cidadãoMas será impossível,Se não me derem educação.

Vem igreja,Vem educar no amor,Esta criança indefesaQue tem fome da palavra do senhor.

Educar é ser luz,Ensinar o caminho,O de Jesus

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Que jamais deixa alguém sozinho.

Então venha cristão,Cumprir sua missãoQuero ser cidadão

Anseio pela educação.

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MI6RANTE ESPECIAL

Sua terra deixou ainda criança,Andou pelo mundo,Em busca de mudança,Se fez peregrino e não perdeu a esperança.

A liberdade queria conquistar,Numa terra distante,Que aprendeu a amarE nela é chamado de migrante.

Longe da terra que o viu nascer,Esse humilde migranteNa terra nova quer desenvolver,Para melhor viver.

Os negros da África,Pedem licença para mostrarSeu gingado na capoeira ...Os brancos da Europa,Mostram suas forças de primeiro mundo,Através das cores nas bandeiras.

Os índios da América,Lutam pra sobreviver,Os amarelos da Ásia,Ficam extasiados ao verO continente crescer.

Longe da terra natal,Eles sobrevivem também,Numa terra especialOnde hoje querem bem.

Pois Jesus se fez peregrino,34

E foi muito além ...Deixou sua terra natalPra ser chamado de rei em Jerusalém.

Santo de casa não faz milagre,Diz o ditado popular,Por isso muitos se arribam,Na esperança de um novo amanhã conquistar.

Vai migrante! Derruba as barreirasQue te impede de lutar, 'Mostra a cultura de sua terra natal.Transmite aos povos o dom de amarE será chamado migrante especial. '

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RUMO À 16UAWAlD!E

Braços dados lá vão eles ...Em busca da igualdade,Negros e brancos, índios e sem-terra, sem-tetoTodos sonham com a fraternidade.

Querem viver ser feliz junto a socidade,Nada de desigualdade,Somente paz, amor, união, sinceridadeAh! Felicidade ...

Na cidade grita o sem-teto ...Na sociedade, sofre o negro a discriminação,Mãos calejadas, clama o sem-terraPor um pedaço de chão ...

E o pobre índio, outrora ricoCom ouro, pesca e caça ...Hoje ao buscar independênciaÉ queimado na praça.

JUSTiÇA, DIGNIDADE. ..Onde estão?Só mesmo ao pobres indigentesQue morrem pedindo um pedaço de pão.

E a elite burguesa,Com nada tem haver,Tanto fez, tanto faz,Não se interessa se o excluído venha a morrer.

Ah, Pátria amada! Ah poder!Porque poucos são ricos.E a maioria vive a sofrer.

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Mãos dadas vamos gritar, Pátria livre, cidadaniaA toda sociedadeSonhar com a alegria,E a esperada igualdade.

Vamos semear o amor,A paz e a união,Sem ódio, e sem dorA toda nação.

Desperta mundo para a fraternidade,Pois você não é inferno,Muito menos campo de distração,É apenas uma universidade,Onde toda sociedade,Busca a salvação.

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JOVEM ESTUDANTE

Cadernos e livros nas mãos ...Lá vai o jovem estudante,Certeza da naçãoCom futuro brilhante.

o futuro te esperaTal qual as flores de primaveraA enfeitarem a aquarela.

Hoje és a sementePlantada neste país varonilAmanhã serás a certezaDo gigante Brasil.

Por isso neste tempo de escola,Guarde os ensinamentos na cachola,Seja bravo ao carregar sua sacola,As~i[D v~n,c,~~$p"ejamais pedirá esmola.

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Hoje és simples estudáAt"e,De olhos brilhantesAlma cintilante ...Coração gigante.

Vai jovem estudante ...Dê passos firmesOlhe o mundo com amor.Preste atenção nos ensinamentosE valorize o professor.

Este professor que estáLá na frente a te ensinar,Dele um dia irá se lembrarQuando a idade te alcançar.

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Enquanto a idade não chega,Colham enquanto podemSeus botões de rosasA velhice vem voandoE esta flor hoje viçosaAmanhã estará murchando.

E.M. José Mauro Messias da Sil\l'a,~"Poeta das Moreninhas"

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Revívendo o Passado Verdes olhosOntem passei por láTanta lembrançaA mangueira, a rua, a estação ...Ali passei minha infânciaEsquina com o hotel Gaspar,Tanta recordação.

Nas tardes fagueirasBalançava debaixo do abacateiroEscutava sempre o apito do trem.O grito do pipoqueiro,Não sentia canseiraE minha infância,Era uma eterna brincadeira.

Tão belos faróis de riquezaTamanha magiaRecanto da belezaInspiração e poesia.

De manhã o trem chegava apitandoTrazendo gente nova pra cidade,Avistava tudo da janela.As charretes com os cavalos saiam pulandoNa maior felicidadeEram os taxistasDa minha morena moderna.

Brilho celesteMagia no ar,A poesia enriqueceCom a beleza deste olhar.

Olhos que guiam as rimas do trovadorVerdes chamas da paixãoObras do criadorMotivo de inspiração.

Verdes chamas incandescentesLuz divina,Estrela cintilanteVerdes versos de minha rima.

Hoje tudo está mudadoA estação virou feira,O casarão ficou abandonado,As charretes foram embora.Solitário ficou a mangueira,E eu cresci, com saudade de outrora.

Verdes olhos faróis de belezaMotivo de muita inspiração,Onde o pai da naturezaOperou com tamanha perfeição.

Saudade do passadoDo meu tempo de criança,Daqueles tempos douradosQue pra sempre ficará na lembrança.

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Sonho de Poeta

Sou poeta ...E não vivo na maresiaLabuto nessa terraVejo ódio vejo alegriaVejo fome vejo guerraVejo uma peste chamada burguesia.

Sou poeta ...E não vivo de papo pro arEm tudo presto atençãoVejo um juiz nos roubarE o país nesse mar de corrupção.

Meu Brasil colosso,Ouça o meu clamor,Como é do meu gostoEm teu celeiro ...Semear paz e amor.

Por este solo brasileiroOnde a miséria se consomeEste humilde poeta guerreiroTornar-se-ia suas rimas em alimentos,E acabar com esta fomeDando ao homem força e sustento.

Sou poeta ...E vivo a sonharSonho com a pujançaNesse céu anilE a esperançaDe um dia ver um diferente Brasil.

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Ser ou não Ser brasileiro Essa burguesia que anda de carro novoRoupas de marcas,Não tem compromisso com o povoMuito menos com a pátria.

É mesmo uma merda viver nesse paísManchado está o Congresso,Esse se contra diz.E o país no retrocesso. o pobre cada vez mais pobre,

Mal consegue sobreviver,Bem que o rico podia ter a alma nobreEajudar o pobre crescer.

Credibilidade não tem o senadoO roubo fica no anonimatoO povo coitado ...Esse paga o pato. O rico quanto mais tem, mais quer ...

Esse é o dito popular.Se for políticoAí sim que esse sádicoVem a nos roubar.

Morre criança, jovem, negro, branco ...Todo dia morre genteE o país de tanto santoVive nas mãos de delinqüentes.

De muita gente, a casa são os viadutosO cobertor o papelão,A comida um resto podre de carneEncontrada no lixão.

O café da manhã esse não tem não,Com o estômago vazio,Enfrenta a lida o cidadãoEnquanto a burguesia goza de três refeições.

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Estrela de Campo Grande Moreninha quero sempre estar ao seu lado,Hoje este poeta fala emocionadoO que por você pude escrever,Estrela de Campo Grande,

Dona do meu coração,Vila cheia de belezaIsso digo com emoção.

Minha radiante estrela,Você me viu crescer,Moreninha minha terra queridaNunca vou lhe esquecer.Moreninha vila sem igual,

Outrora tão carente,Hoje Cidade satéliteFormada de homens inteligentes.

Moreninha bairro distante,Vila de muita gente,Onde eram poucas pessoasAumentou imensamente.

Ali tem as igrejas, Nossa Senhora das Graças,São Pedro e São Paulo e Nossa Senhora Aparecida,Onde a comunidade reza em busca de Jesus.As escolas Waldemir de Barros e Célia M. NáglisE mais embaixo o parque lackes da Luz.

Uma vila que a pouco tempo nasceu,Hoje passeio e vejo:Escolas, correio, supermercados, banco.Vila cheia de alegria,Como ela já desenvolveu

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Moreninha minha Inspiração

Meu bairro idolatrado ,

Voltou a ser destaque no jornal,Dizem que os jovens desalmadosAprontaram coisa mal.

Famílias foram destruídas ,O que fazer agora?Mães derramam lágrimasA paz foi-se embora.

Será que voltou a violência?Tomara a Deus que não!Então com decênciaVamos dar as mãos.

Deixe a violência de lado ,Viva sua plenitude,E por este bairro abençoado,Teremos uma nova juventude.

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É hora de tirar a arma da cintura ,Ter gosto pela leitura ...É com alegria que se caminha,Faça isso e teremos,Uma nova moreninha.

Formada de pessoas inteligentes.Um bairro sem igual,Moreninhas da pujança,Terra da esperançaEstrela da capital

Moren"inhas

Basta uma folha em branco e uma canetaPra eu te dar toda belezaPois em meu mundo de matiz e de magiaDou-te toda realeza.

Em teus becos eu cresci,Fiz-me homem ...Estive longe, estive perto.E de ti jamais esqueci.

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Chão brasileiroHoje em prosas e versosQuero apenas retribuir,Pelo carinho que teve por mim a tempos atrás.Uso dos meus poemas esculturais,Pra fazer de ti uma rainha.Pretendo coloca-Ias nos jornaisQueridas Moreninhas!Tirar vou das páginas policiaisE colocar te vou nas páginas culturais.

Um povoado, pessoas idônea.Um sonho, uma certeza ...Uma pequena colônia,Em meio a natureza.

Morros verdejantes,Pelos quais o sol aparece todos os dias,Colorindo o cenário,E dando aos colonos mais alegria.

Quero mostrar pra sociedade,Conservadora e correta,Que em vilas e favelas,Nascem homens inteligentes,Doutores e poetas.

Vida simples e pacata,Distante do perjúrio da cidade,É aí que mora acalmaria,E a esperada felicidade.

Eles vão instruindo a população,Mostrando-lhes toda verdade,Em meio a discriminação.Constroem uma nova sociedadeLonge da marginalizaçãoAssim é o mundo em evolução.

o cavalo encilhado,Espera a hora de ir pro campo,O cigarro, o chapéu de palha,Mostra um pouco desse encanto,Onde a mão do homem ainda não atrapalha.

Gente humilde do sertão,Labutadores, da agricultura ou da pecuária,São os calos em suas mãos,De vidas sedentárias.Que ajudam a enriquecer o nosso rincão.

A flora e a fauna andam lado a lado,Nesse reino encantado,Onde o pai idolatrado,Intitulou Areado.

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