Antero de Abreu parece ter preferência por poemas longos, embora também tenha outros como o que acabamos de analisar, que aparentemente é uma forma poética fixa, de um soneto, mas em rigor não é.

O soneto e a canção são formas poéticas fixas, isto é, obedecem a uma estrutura sempre igual.

O SONETO é sempre composto por 14 versos repartidos por 2 quadras + 2 tercetos. Os versos são sempre decassílabos (10 sílabas métricas) e o esquema rimático é, habitualmente, abab nas quadras e cdc cde nos tercetos.

A CANÇÃO é um poema em que se desenvolve um tema, normalmente amoroso, composto por um número mais ou menos longo de estrofes, de tamanho variável e combina versos decassílabos com versos de 6 sílabas métricas. Na última estrofe, mais curta (chamada finda) o sujeito poético invoca a própria canção.

A balada é outra forma poética fixa, composta por 3 estrofes de 8 versos (oitavas) e uma quadra final, ou uma quintilha e versos octassílabos.

Quando os poemas têm estrofes irregulares, com número diferente de versos, são formas poéticas livres.